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TESTE SEUS CONHECIMENTOS - SUPERVENIENCIA CAUSAL

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Teste seus conhecimentos – Superveniência Causal – Márcia Pelissari
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
CAUSA
O que é causa?
O que é concausa?
O que é superveniência causal?
Defina como podem ser as concausas.
Como se dividem as concausas independentes? 
Concausas relativamente independente
preexistentes
concomitantes
supervenientes
Concausas absolutamente independentes
preexistentes
concomitantes
supervenientes
Defina relevância causal da omissão e quando ela é penalmente relevante? 
Qual a teoria adotada pelo CPB no tocante a omissão? 
No tocante ao dever de agir imposto por lei (§1º do art. 13, do CPB), qual a teoria adotada pelo CPB?
RESPOSTAS
Considera-se causa toda ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido (CPB, 13, in fine).
Toda causa que concorre, paralelamente a outra, contribuindo para a produção do resultado. Concausa = conduta do agente + outra causa qualquer. 
São causas independentes (relativamente ou absolutamente) surgidas após a pratica da conduta delituosa e, por si só, são aptas a produzir o resultado. 
Concausa pode ser dependente ou independente. Na primeira hipótese temos as causas que se encontram na linha de desdobramento da conduta, jamais rompem o nexo causal, v.g., um facada que provoca perfuração em órgão vital da vítima que provoca hemorragia aguda ocasionando a morte. Na segunda hipóteses estão aquelas que não se encontram na linha de desdobramento da conduta, ou seja, que por si só produzem o resultado. 
Dividem-se em relativamente independente ou absolutamente independente.
Concausa relativamente independente são aquelas que por si só produzem o resultado, mas se originam da conduta do agente, podem ser: 
Preexistente: já existia ao tempo da conduta do agente e, conjugada a este, produz o resultado. É o caso do agente que tencionando matar um desafeto lhe desfere um golpe de faca e este, por ser hemofílico, vem a falecer. A maior parte da doutrina entende que, nesta hipótese, não há rompimento do nexo causal, portanto,� responde o agente por homicídio doloso. 
 Concomitante: quando ocorre ao mesmo tempo da pratica da conduta, somando forças para a eclosão do resultado. O exemplo mais citado na doutrina é o do agente que, durante um assalto, efetua um disparo (em local não fatal), mas por ser a vítima cardíaca tem um enfarte (em virtude do susto) vindo a falecer. Utilizando-se o processo hipotético de eliminação de Thirèn se excluirmos a conduta do agente o resultado inda assim teria ocorrido? Não, pois o colapso se deu em virtude o susto com o disparo, logo, a nexo causal entre a conduta do agente e o resultado morte, respondendo o agente por crime doloso. 
Superveniente: a causa é superveniente quando ocorre após a pratica da conduta do agente e o §1º do art. 13 do CPB considera que a superveniência de causa relativamente independente, exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. É o clássico exemplo A dá um tiro em B, em virtude disto B é internado, em virtude de um ataque terrorista parte do hospital desmorona vindo B a falecer por soterramento. Aqui há rompimento do nexo causal, respondendo A somente por tentativa de homicídio.� 
Concausa absolutamente independente são aquelas que têm origem completamente diversa da conduta, ou seja, a causa provocativa do resultado não se originou da conduta do agente. Assim, as concausas absolutamente independentes, nos crimes de resultado (materiais), rompem o nexo causal entre a conduta e o resultado, respondendo o agente na medida de seu dolo. 
Preexistente: a causa preexistia a prática do ilícito, e em virtude dela é que ocorre o resultado lesivo. Ex.: A ingere veneno na intenção de cometer suicídio, B não tendo conhecimento desta conduta e tencionando matar A, desfere-lhe um tiro, A morre em virtude do veneno não do tiro. B responde somente por tentativa de homicídio.
Concomitante: quando se verificam ao mesmo tempo da conduta. Ex.: A tencionando matar B ministra-lhe veneno, mas antes que o veneno faça efeito entram bandidos no local e matam a vítima a disparos de arma. 
Superveniente: quando ocorre após a pratica da conduta delituosa. Ex: A atira em B, no intuito de matá-lo, entretanto, neste instante, um lustre cai na cabeça de B, vindo este a falecer em virtude de traumatismo craniano. 
A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei a obrigação de cuidado, proteção e vigilância (é o caso dos pais em relação aos filhos, o tutor em relação ao tutelado, etc. Nesta hipótese o dever jurídico decorre da lei); b) de outra forma assumiu o risco de produzir o resultado (aqui, o dever jurídico não decorre da lei, mas de uma situação fática, v.g., o salva vidas tem a obrigação de zelar pela segurança dos banhistas); c) com o seu comportamento anterior, criou o risco de ocorrência do resultado (é o caso, por exemplo, daquele que por brincadeira joga uma pessoa na água, percebendo que esta não sabe nadar tem a obrigação legal de salvá-la). 
Teoria eclética 
Observa-se que o §2º do art. 13 do CPB, trata do nexo de causalidade nos crimes comissivos por omissão ou omissivos impróprios, nesta hipótese, a simples omissão seria atípica.
A teoria das fontes. Nucci (apud Luiz Luisi) comenta que “neste dispositivo o nosso legislador se referiu não apenas a lei, mas especificou os deveres de cuidado, proteção e vigilância, e adotando essa redação não se limitou a chamada teoria formal, mas acolheu a teoria das fontes”.� 
01 A relação de causalidade 
A) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é imprescindível nos crimes formais. 
B) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é dispensável nos crimes materiais. 
C) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> é normativa no crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão. 
D) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> não está regulada, em nosso sistema, pela teoria da equivalência dos antecedentes causais. 
E) <!--INPUT TYPE="radio" NAME="Q1" VALUE="A"--> não fica excluída pela superveniência de causa relativamente independente. 
C
� Há autores que entendem não haver rompimento do nexo causal, pois houve uma somatória de forças para a eclosão do resultado (Victor Eduardo Rios Gonçalves), outra parte da doutrina entende que somente pode haver responsabilização se o agente que praticou a conduta conhecia a especial condição de hemofílico da vítima (Rogério Greco).
� Entretanto, a jurisprudência tem entendido que não é qualquer causa superveniente que é apta a excluir a imputabilidade. O TACrin/ SP já entendeu que o fato de a vítima ter contraído infecção hospitalar por se encontrar internada em virtude de agressão sofrida, não rompe o nexo causal. Respondendo o agente, nesta hipótese, por homicídio doloso.
� Código Penal Comentado, ed. RT, 2007, p. 149. 
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