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SUPERVENIÊNCIA CAUSAL

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SUPERVENIÊNCIA CAUSAL 
 
É toda condição que atua paralelamente à conduta, interferindo no processo 
causal. 
A teoria adotada pelo nosso Código Penal é a teoria da equivalência dos antecedentes, 
sendo assim, não tem o menor sentido tentar estabelecer qualquer diferença entre 
causa, concausa, ocasião ou condição. Qualquer conduta que de algum modo, tiver 
contribuído para a eclosão do resultado deve ser considerado sua causa. Aplicando-se, 
assim, o critério da eliminação hipotética. 
 Existem duas espécies de causa, que são causa dependente e causa 
independente. 
 Causa dependente é aquela que, originando-se da conduta, insere-se na linha 
normal de desdobramento causal de conduta, ou seja, é aquela em que conduta e 
resultado estão intimamente ligados. 
 Causa independente é aquela que refoge ao desdobramento causal da 
conduta, produzindo, por si só, o resultado. Seu surgimento não é uma decorrência 
esperada, ou seja, neste caso o resultado acontece independente da conduta do 
agente. Há duas espécies de causas independentes: 
a) Causa Absolutamente Independente: Não tem relação com a conduta. 
Espécies de causas absolutamente independentes 
A) Preexistentes: o resultado ocorre por motivo anterior a conduta. (ex: um 
individuo A atira em B, que vem a falecer por motivo diverso, como um 
envenenamento provocado por C horas antes.) 
B) Concomitantes: A causa do resultado atua juntamente com a conduta, por 
coincidência. O resultado não tem ligação com a conduta. (ex: Individuo A 
iria praticar conduta contra B, mas por coincidência, ocorre outro fato como 
um assalto praticado por C que atira em B provocando a sua morte.) 
C) Supervenientes: atuam após a conduta. (ex: após A envenenar B, antes 
desse produzir efeitos, um maníaco C invade a casa e mata B a facadas.) 
Consequências 
Por romperem totalmente com o nexo causal o sujeito ativo do fato só 
responderá pelos atos até então praticados. Nos três exemplos acima, o agente 
A não foi responsável pela morte de B. Assim, não pode ser responsabilizado 
por homicídio consumado, mas responderá por tentativa de hocídio, com a 
qualificadora do veneno ou não. 
 
 a) Causa Relativamente Independente: Tem relação com a conduta. 
Espécies de causas relativamente independentes 
 
 
A) Preexistentes: atuam antes da conduta (ex: A desfere golpes de facadas a B, 
este que é hemofílico, e falece em consequência dos golpes desferidos por 
A somado sua condição de saúde.) 
B) Concomitantes: a conduta não é a causa do resultado (ex: A atira em B que 
com o susto sofre uma parada cardíaca e morre, a causa do óbito foi a 
parada cardíaca e não o disparo, originou-se relativamente a partir da 
conduta atuando ao mesmo tempo desta (concominante)) 
C) Supervenientes: A atira em B, que é socorrido e encaminhado em uma 
ambulância para o hospital, no trajeto acontece um acidente e a vitíma (b) 
vem a falecer. 
Consequências 
Conforme a pouco explicado, aplicando-se o critério da eliminação hipotética, 
podemos afirmar que nenhuma causa relativamente independente tem o 
condão de romper com o nexo causal. 
No caso das caudas preexistentes e concomitantes, pelo fato de existir nexo 
causal o agente deve responder pelo resultado, a menos que não tenha 
concorrido para ele com dolo ou culpa, no caso das supervenientes embora 
exista nexo físico-naturalístico, a lei, por expressa disposição do art 13, parág. 
1º, manda desconsiderá-lo, jamais respondendo o agente pelo resultado, mas 
apenas por tentativa.

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