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Exercícios sobre pessoas naturais e pessoas jurídicas

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1) - Considerando o que dispõe o Código Civil acerca das pessoas naturais e pessoas jurídicas, analise as questões abaixo e responda com argumentos jurídicos:
- No sistema do Código Civil, não se admite a declaração judicial de morte presumida sem decretação de ausência?
De acordo com o código civil de 2002 no art.7º, pode ser declarada a morte presumida sem a decretação de ausência, se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida, se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até 2 anos após o término da guerra. No entanto, a declaração da morte presumida, nestes casos, só poderá ser requerida depois de esgotada as buscas e averiguações e a sentença deverá fixar data provável do falecimento.
- A dissolução irregular da empresa não é suficiente de per si para justificar a desconsideração da personalidade jurídica, se não ficar comprovado abuso de personalidade ou fraude, a ensejar a responsabilização pessoal dos sócios por dívida da pessoa jurídica?
O código civil 2002, é bem claro em seu art.50 quando diz que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores, ou sócios da pessoa jurídica só em caso de abuso da personalidade jurídica que se caracteriza pelo desvio da finalidade ou pela confusão patrimonial. No entanto o novo direito societário confere a “Penhora em seus bens de sócio da empresa executada, Inocorrência da citação em nome próprio, como responsável pelo debito. Inadmissibilidade. Corrente dominantes na jurisprudência no sentido de que a constrição judicial só pode recair sobre bem do sócio tendo este sido regulamente citado para integrar a relação jurídica-processual”.
- A lei confere ao tutor o poder de emancipar, mediante instrumento público, o tutelado que tiver 16 anos de idade completos?
Não. Conforme o Art.5º do código civil 2002, a emancipação mediante instrumento público acontece pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, independente de homologação judicial. Já o tutor pode emancipar o tutelado através de sentença do juiz, ouvindo o tutor, se o menor tiver 16 anos completos.
- Havendo transmissibilidade da cota de um associado por morte, o herdeiro automaticamente adquire a qualidade de associado, a despeito de permissão estatutária ou consenso da associação?
De acordo com o Art. 56. Do código civil, a qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário.
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto.
e) - Segundo o código civil, a União, Estados, Munícipios, DF, legalmente constituídos possuem personalidade jurídica e, por isso, podem ser sujeitos de direitos e obrigações. Tal prerrogativa estende-se às câmaras municipais?
 Conforme art.40 do código civil de 2002, as pessoas jurídicas de direito público interno: I a União, II os Estados, o Distrito Federal e os territórios, III Os Munícipios e IV as Autarquias inclusive as associações públicas. Dessa forma, a Câmara Municipal é uma extensão do Município, pois a este pertence; portanto não é detentora de personalidade jurídica, não podendo o munícipio possui patrimônio próprio, que é de propriedade do Munícipio, cabendo a gestão deste patrimônio, ao poder executivo.
(Todas as respostas devem ser justificadas).
2) - Pesquisar em qual País e qual foi o precedente jurisprudencial que permitiu o desenvolvimento da doutrina da desconsideração da personalidade da pessoa jurídica (disregard of legal entity).
Na Inglaterra em 1897.Trata-se do famoso caso Salomon v. Salomon & Co, no qual um comerciante constituiu, com seus familiares ( ele com 20.000 ações e os outros membros com 1 ação cada) uma companhia, para o qual cedeu seu próprio fundo de comércio. Além de se tornar acionista majoritário também permaneceu como credor da companhia, com títulos garantidos. Ao encontrar dificuldades, a companhia entrou em liquidação situação em que se verificou que os bens disponíveis eram suficientes apenas à satisfação do crédito de que o próprio Salomon era titular, em prejuízo dos demais credores. Na decisão de 1ª instância o juiz desconsiderou a personalidade jurídica do senhor Salomon & Co, para tingir a responsabilidade pessoal do sócio. Embora a decisão tenha sido reformulada pelo caso dos Lordes, que julgou por unanimidade a validade a companhia e a inexistência de responsabilidade pessoal, a tese repercutiu e influenciou decisões posteriores em países como os Estados Unidos e a Alemanha.

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