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CADERNO TEXTO 2 ANÁLISE DE BALANÇOS 1. VALOR ECONÔMICO AGREGADO (EVA) – ECONOMIC VALUE ADDED O EVA (ou lucro econômico) corresponde à diferença entre o lucro operacional após o imposto de renda e o custo do capital total, e está baseado em conceitos de Administração Financeira que tem por objetivo principal demonstrar se a empresa está efetivamente gerando valor econômico agregado aos seus sócios. 1.1 CUSTO DE OPORTUNIDADE O custo de oportunidade representa o quanto que a empresa sacrificou em termos de renda por ter aplicado os seus recursos em alternativas de investimentos. Mas essa comparação é muito difícil de ser mensurada devido à característica do fator risco que cada investimento apresenta, pois os graus de riscos, dependendo do tipo de investimento, são bem diferentes. 1.2 CÁLCULO DO EVA O EVA é obtido pela aplicação de taxas de juros incidentes sobre os recursos de terceiros e os recursos próprios de uma empresa. O custo do capital de terceiros é calculado mediante a aplicação da taxa de juros que a empresa paga na captação dos recursos multiplicado pelo valor de captação dos recursos. O custo do capital próprio é obtido mediante a aplicação de uma taxa de juros de quanto os acionistas ganhariam se aplicassem os seus recursos em outras alternativas de investimentos, com o mesmo nível de risco que a sua empresa (custo de oportunidade). Conclusão, o Valor Econômico Agregado (ou Economic Value Added – EVA) é obtido: ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- EVA = Lucro Operacional após o IR – Custo do Capital Total, em que: Custo do Capital Total = Custo do Capital de Terceiros + Custo do Capital Próprio Custo do Capital de Terceiros = Taxa de aplicação do Capital de Terceiros x Capital de Terceiros Custo do Capital Próprio = Taxa de aplicação do Capital Próprio x Capital Próprio. ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3 2. NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO Consoante o modelo desenvolvido por Michel Fleuriet, o Ativo Circulante (AC) e o Passivo Circulante (PC) que compõem o Capital Circulante Líquido (CCL) são compostos por dois grupos distintos de contas, de acordo com as operações de uma empresa.: a) Contas Cíclicas (ou Contas Operacionais) b) Contas Erráticas (Contas Financeiras ou Contas de Tesouraria) AC = ACcíclico + ACerrático PC = PCcíclico + PCerrático CCL = AC – PC CCL = ACcíclico + ACerrático – (PCcíclico + PCerrático) CCL = ACcíclico + ACerrático – Pccíclico – Pcerrático CCL= ACcíclico – PCcíclico + ACerrático – Pcerrático A Necessidade de Capital de Giro (NCG) ou Investimento Operacional em Giro (IOG) é obtida mediante a diferença entre o Ativo Circulante Cíclico (ou Ativo Circulante Operacional) e o Passivo Circulante Cíclico (ou Passivo Circulante Operacional). NCG = ACcíclico - PCcíclico 2.1 CONTAS CÍCLICAS As contas cíclicas (ou contas operacionais) estão relacionadas diretamente com as atividades operacionais de uma empresa. Ativo Circulante Cíclico Passivo Circulante Cíclico Duplicatas a Receber Duplicatas a Pagar Mercadorias Fornecedores Adiantamento a Fornecedores Adiantamento de Clientes Despesas do Exercício Seguinte Salários a Pagar ICMS a Recuperar ICMS a Recolher 2.2 CONTAS ERRÁTICAS As contas erráticas (ou contas financeiras) estão relacionadas diretamente com as atividades financeiras de uma empresa. Ativo Circulante Errático Passivo Circulante Errático Caixa Duplicatas Descontadas Bancos Conta Movimento Dividendos a Pagar 4 Aplicações de Liquidez Imediata Empréstimos Dividendos a Receber Financiamentos 2.3 EFEITO TESOURA O Saldo de Tesouraria (T) é obtido por meio da diferença entre o Ativo Circulante Errático e o Passivo Circulante Errático, conforme expressão a seguir: T = ACerrático - PCerrático Quando o saldo de tesouraria for menor do que zero, significa que a empresa possui obrigações vencíveis no curto prazo contraídas junto a instituições financeiras com a finalidade de financiar o seu capital de giro. EXEMPLO A empresa Alfa em relação aos seus Ativos e Passivos Circulantes apresentou os seguintes valores nos anos 1, 2 e 3: Balanço Patrimonial do ano 1 ACcíclico 1.500,00 PCcíclico 600,00 ACerrático 500,00 PCerrático 400,00 = AC ano 1 2.000,00 = PC ano 1 1.000,00 NCG ano 1 = ACcíclico – PCcíclico > NCG ano 1 = 1.500,00 – 600,00 = 900,00 T ano 1 = ACerrático – PCerrático > T ano 1 = 500,00 – 400,00 = 100,00 CCL ano 1 = AC – PC > CCL ano 1 = 2.000,00 – 1.000,00 = 1.000,00 Balanço Patrimonial do ano 2 ACcíclico 1.700,00 PCcíclico 600,00 ACerrático 300,00 PCerrático 400,00 = AC ano 2 2.000,00 = PC ano 2 1.000,00 NCGano 2 = ACcíclico – PCcíclico > NCGano 2 = 1.700,00 – 600,00 = 1.100,00 T ano 2 = ACerrático – PCerrático > T ano 2 = 300,00 – 400,00 = (100,00) CCL ano 2 = AC – PC > CCL ano 2 = 2.000,00 – 1.000,00 = 1.000,00 Balanço Patrimonial do ano 3 ACcíclico 1.800,00 PCcíclico 400,00 ACerrático 200,00 PCerrático 600,00 = AC ano 3 2.000,00 = PC ano 3 1.000,00 NCGano 3 = ACcíclico – PCcíclico > NCGano 3 = 1.800,00 – 400,00 = 1.400,00 T ano 3 = ACerrático – PCerrático > T ano 3 = 200,00 – 600,00 = (400,00) CCL ano 3 = AC – PC > CCL ano 3 = 2.000,00 – 1.000,00 = 1.000,00 5 Analisando a situação da empresa nos três anos consecutivos, podemos observar que ela está sofrendo o efeito tesoura, embora o CCL e a LC (Liquidez Corrente) permaneçam constante. LC = AC = 2.000,00 LC ano 1 = LC ano 2 = LC ano 3 = 2,0 PC 1.000,00 MEMORIZAR PARA A PROVA CCL = ACcíclico – PCcíclico + ACerrático – PCerrático NCG = ACcíclico – PCcíclico ou NCG = ACoperacional – PCoperacional T = ACerrático – Pcerrático ou T = ACfinanceiro – PCfinanceiro Conclusão: CCL = NCG + T 3. ÍNDICES DE LIQUIDEZ Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento das obrigações de uma empresa, por meio da comparação entre as disponibilidades e direitos e as obrigações dessa empresa. Conclusão, da análise dos índices de liquidez, podemos avaliar a capacidade que a empresa possui em saldar as suas obrigações de curto e longo prazos. 3.1 LIQUIDEZ IMEDIATA A liquidez imediata avalia a capacidade de pagamento imediato das obrigações de curto prazo que uma empresa possui, utilizando as suas disponibilidades (Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações de Liquidez Imediata, Numerários em Trânsito, etc.). Liquidez Imediata = Disponibilidades Passivo Circulante 3.2 LIQUIDEZ CORRENTE A liquidez corrente avalia a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo que uma empresa possui, utilizando as suas disponibilidades e direitos de curto prazo. Liquidez Corrente = Ativo Circulante Passivo Circulante 3.3 LIQUIDEZ SECA A liquidez seca avalia a capacidade de pagamento dasobrigações de curto prazo que uma empresa possui, nas situações em que a rotação de estoques dessa empresa é muito baixa. Portanto, no cálculo desse índice, que também é denominado de Teste Ácido, eliminamos o montante dos estoques do total do Ativo Circulante. 6 Liquidez Seca = Ativo Circulante - Estoque Passivo Circulante 3.4 LIQUIDEZ GERAL A liquidez geral avalia a capacidade de pagamento das obrigações de curto e longo prazos que uma empresa possui, utilizando as disponibilidades e os direitos de curto e longo prazos. Liquidez Geral = Ativo Circulante + AÑC Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante 4. ÍNDICADORES DE ENDIVIDAMENTO Os indicadores de endividamento (ou indicadores da estrutura de capital) estão relacionados com a composição dos capitais de terceiros e capitais próprios, que se encontram investidos no Ativo, com a finalidade de gerar retornos para os acionistas (PL) e terceiros (PC + PÑC). Os indicadores de endividamento são obtidos por meio da comparação entre o montante do capital próprio e de terceiros e os recursos aplicados no Ativo. 4.1 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO A composição do endividamento avalia o montante das obrigações de curto prazo em relação à dívida total da empresa. Composição do Endividamento = Passivo Circulante x 100% Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Quanto menor a composição do endividamento, melhor é para a empresa, pois este indicador permite visualizar a ocorrência da renegociação de dívidas de curto prazo para longo prazo, bem como a contratação de empréstimos, caracterizando a dificuldade da empresa em saldar as suas dívidas de curto prazo. 4.2 GRAU DE ENDIVIDAMENTO O grau de endividamento demonstra o montante de recursos que a empresa obteve de capital de terceiros para cada real de capital próprio. Quanto maior o grau de endividamento, maior é a possibilidade de falência de uma empresa. Grau de Endividamento = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante x 100% 7 Patrimônio Líquido 4.3 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO O grau de imobilização do patrimônio líquido demonstra o montante de recursos que a empresa aplicou no AÑC Investimentos, Imobilizado e Intangível para cada real de capital próprio. Quanto menor esse índice, melhor é para a empresa, pois quanto mais recursos a empresa investe no AÑC Investimentos, Imobilizado e Intangível, mais dependente de capital de terceiros ela se torna para o seu capital de giro. Imobilização do PL = AÑC (Investimentos + Imobilizado + Intangível) x 100% Patrimônio Líquido 5. ÍNDICADORES DE RENTABILIDADE Os indicadores de rentabilidade demonstram o quanto renderam os investimentos dos capitais de terceiros e capitais próprios efetuados pela empresa. 5.1 GIRO DO ATIVO O giro do ativo demonstra o montante das vendas realizadas pela empresa para cada real de investimento total (Ativo). Giro do Ativo = Vendas Líquidas Ativo Total (ou Ativo médio) Quanto maior o giro do ativo, melhor é para empresa, pois significa que os recursos aplicados no Ativo estão sendo utilizados com maior eficiência. 8 5.2 MARGEM LÍQUIDA A margem líquida (ou retorno sobre as vendas) compara o lucro líquido do exercício com as vendas líquidas, tendo como resultado, o percentual de lucratividade gerada pela empresa. Margem Líquida = Lucro Líquido x 100% Vendas Líquidas 5.3 RENTABILIDADE DO ATIVO A rentabilidade do ativo (retorno do ativo ou taxa de retorno sobre investimentos) demonstra a relação entre o lucro líquido e o investimento total (Ativo) de uma empresa. Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido x 100% Ativo total (ou Ativo médio) 5.4 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO A rentabilidade do patrimônio líquido (ou retorno do capital próprio) representa o retorno que os acionistas estão obtendo em relação aos seus investimentos realizados na empresa. Rentabilidade do PL = Lucro Líquido x 100% PL total (ou PL médio) 6. ÍNDICADORES DE ROTATIVIDADE Os indicadores de rotatividade demonstram quantos dias a empresa demora, em média, para receber as suas vendas a prazo, pagar as suas compras a prazo e renovar os seus estoques. Quanto maior a velocidade dos recebimentos das vendas a prazo, a renovação dos estoques e o prazo 9 para pagamento das compras a prazo, melhor é para a empresa. São índices de rotatividade: a) Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE); b) Prazo Médio de Recebimentos de Clientes (PMRC); e c) Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMPF). 6.1 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES O prazo médio de rotação dos estoques demonstra quantos dias (ou meses), em média, os estoques (mercadorias ou produtos prontos) ficaram estocados na empresa antes da venda. O PMRE quanto maior, melhor é para a empresa, pois indica que os produtos comercializados têm uma alta demanda no mercado. PMRE = Estoques (ou média) X 360 dias CMV 6.2 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS DE CLIENTES O prazo médio de recebimentos de clientes (ou prazo médio de recebimento de vendas) mostra quantos dias (ou meses), em média, a empresa espera para receber as suas vendas a prazo. PMRC = Duplicatas a Receber (ou média) x 360 dias Vendas a Prazo do Período 6.3 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS A FORNECEDORES O prazo médio de pagamentos a fornecedores demonstra quantos dias (ou meses), em média, a empresa leva para efetuar o pagamento de seus fornecedores. PMRF = Fornecedores (ou média) x 360 dias Compras a Prazo do Período Caso seja necessário calcular as compras, temos: 10 CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final Compras = CMV + Estoque Final – Estoque Inicial. 7. CICLO FINANCEIRO O ciclo financeiro (ou ciclo de caixa) compreende o período desde a data em que a empresa realiza o pagamento das compras de mercadorias até o recebimento das vendas a prazo. O ciclo financeiro (CF) é obtido por meio da seguinte fórmula: CF = PMRE + PMRV – PMPC, em que 7.1 CICLO OPERACIONAL O Ciclo Operacional (CO) compreende o período desde a data em que a empresa efetua as compras de matérias-primas ou mercadorias até o recebimento de clientes. O ciclo operacional é obtido por meio da seguinte fórmula: CO = PMRE + PMRV 7.1.1 Ciclo operacional superavitário O ciclo operacional superavitário (COS) ocorre quando o prazo médio de rotação de estoques somado ao prazo médio de rotação de vendas é inferior, em dias ou meses, ao prazo médio de pagamento de compras. COS = PMRE + PMRV < 1 PMPC COMPRA VENDE RECEBE PAGA PMRE = 40 dias PMRV = 50 dias Folga Fin. = 10 dias PMPC = 100 dias Ciclo Operacional = 90 dias COS = 40 dias + 50 dias = 0,9 < 1 100 dias 7.1.2 Ciclo operacional deficitário 11 O ciclo operacional deficitário (COD) ocorre quando o prazo médiode rotação de estoques somado ao prazo médio de rotação de vendas é superior, em dias ou meses, ao prazo médio de pagamento de compras. COD = PMRE + PMRV > 1 PMPC COMPRA VENDE PAGA RECEBE PMRE = 45 dias PMRV = 55 dias PMPC = 80 dias Dias Finan. 20 dias Ciclo Operacional = 100 dias COD = 45 dias + 55 dias = 1,25 > 1 80 dias MEMORIZAR PARA A PROVA Ciclo Operacional Conclusão CO < 1 A empresa possui uma folga financeira, ou seja, recebe o pagamento dos clientes antes do prazo de pagamento aos fornecedores, dispondo de um período para investir o dinheiro e aumentar a sua rentabilidade final. CO > 1 Nesse caso o recebimento de clientes só ocorre depois do prazo de pagamento aos fornecedores, forçando a empresa a buscar novas fontes de financiamento, reduzindo a sua rentabilidade final. Ao invés de realizar um investimento estará realizando um financiamento. MEMORIZAR PARA A PROVA NCG = ACoperacional – PCoperacional ST = ACfinanceiro – PCfinanceiro CCL = NCG + ST NCG = CCL – ST, a equação mostra que a NCG corresponde a diferença entre o Capital Circulante Líquido (CCL) e o Saldo de Tesouraria (ST). 12 ACoperacional > PCoperacional Situação normal na maioria das empresas e nesse caso a empresa necessita de capital de giro no valor de: NCG = ACoperacional – PCoperacional ACoperacional = PCoperacional Situação de equilíbrio e nesse caso a empresa não necessita de capital de giro (NCG). NCG= ACoperacional = PCoperacional ACoperacional < PCoperacional Nesse caso a empresa possui mais financiamentos operacionais (PC Operacional) do que investimentos operacionais (AC Operacional), o que caracteriza a sobra de recursos das atividades operacionais, que podem ser aplicados no mercado financeiro. 8. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO 8.1. Margem de contribuição antes da existência de limitações Suponhamos que uma determinada empresa fabricante de barracas para camping produza quatro modelos diferentes (A, B, C e D). Os dados de custos que a empresa possui são bastante minuciosos: Quadro 8.1 MO Matéria Mão de Obra Custo Direto Custo Indir. Custo Variável DE Prima Direta Total Variável Total LO $/unid. $ / unid. $/unid. $/unid. $/unid. A 28 24 52 8 60 B 24 20 44 6 50 C 80 28 108 8 116 D 16 20 36 4 40 Os Custos Indiretos Fixos são os seguintes: Mão de obra Indireta R$ 64.000 / ano Aluguéis R$ 16.000 / ano Depreciações R$ 12.000 / ano Outros Indiretos Fixos R$ 8.000 / ano Total R$ 100.000 / ano 13 Quadro 8.2 Custo Variável Total Preço de Margem de Quadro 8.1 – $ / und. Venda – $/und. Contribuição - $/und. Mod. A 60 80 20 Mod. B 50 72 22 Mod. C 116 140 24 Mod. D 40 48 8 Analisando a coluna da Margem de Contribuição, verificamos de imediato que o modelo com maior capacidade de trazer recursos para a empresa é o modelo C. 8.2. Existência das limitações na capacidade produtiva Demanda existente no mercado – orçamento de vendas da empresa Modelo A – 3.300 unidades Modelo B – 2.800 unidades Modelo C – 3.600 unidades Modelo D – 2.000 unidades A empresa possui um nível máximo de produção de 97.000 horas-máquina, porém a demanda exigida para a produção solicitada pelo mercado é de 103.150 horas-máquina, conforme quadro abaixo: Quadro 8.3 Horas-máquinas Demanda Total Necessárias – h/und. Prevista Horas-máquinas Mod. A 9,50 3.300 31.350 Mod. B 9,00 2.800 25.200 Mod. C 11,00 3.600 39.600 Mod. D 3,50 2.000 7.000 Total 103.150 Desta forma é necessário efetuar corte de 6.150 horas (103.150 h – 97.000 h) Se optar cortar produção da barraca com menor margem de contribuição (d) teríamos: 6.150 = 1.757 unidades a serem cortadas da barraca d 3,50 h/unid. A partir dessa previsão, poderia constituir um quadro projetado do resultado para o ano: 14 Quadro 8.4 Quantidade Margem de Contribuição Margem de Contribuição Unidades Unitária – $ / unid. Total - $ Modelo A 3.300 20 66.000 Modelo B 2.800 22 61.600 Modelo C 3.600 24 86.400 Modelo D 243 8 1.944 Total Margem de Contribuição 215.944 (-) Custos Fixos (100.000) Resultado 115.944 8.3 Comprovação da utilização do critério correto Verifiquemos o que teria acontecido se a empresa tivesse optado pelo corte no produto C, ao invés de no D. O número de unidades não produzidas de C seria: 6.150 horas = 559 unidades, e o resultado seria: 11,00 h/unid. Quadro 8.5 Quantidade Margem de Contribuição Margem de Contribuição Unidades Unitária – $ / unid. Total - $ Modelo A 3.300 20 66.000 Modelo B 2.800 22 61.600 Modelo C 3.041 24 72.984 Modelo D 2.000 8 16.000 Total Margem de Contribuição 216.584 (-) Custos Fixos (100.000) Resultado 116.584 8.4 Margem de Contribuição e Fator de Limitação Apesar de por unidade o modelo C produzir muito mais de Margem de Contribuição do que o D, dentro das 6.150 horas cortadas ele produz menos. E isso é devido ao tempo de máquina que cada unidade leva para ser elaborada. 15 Uma unidade de C produz R$ 24 de Margem de Contribuição, mas leva 11 horas para ser feita. Assim, em cada hora a Margem de Contribuição é de R$ 2,18, enquanto o produto D produz só R$ 8 por unidade, mas leva apenas 3,5 horas para ser elaborado, fornecendo R$ 2,29 por hora. Logo, cada hora usada na linha D rende mais do que na linha C.O resultado correto seria obtido então com o seguinte cálculo: Quadro 8.6 Margem de Tempo de Margem de Contribuição Contrib. Unit – R$ Fabricação por hora-máquina - $/hm Modelo A 20 9,50 2,11 Modelo B 22 9,00 2,44 Modelo C 24 11,00 2,18 Modelo D 8 3,50 2,29 Vemos que o modelo que menos traz Margem de Contribuição por hora- máquina é o A, e este deverá então ser o item a ter sua produção limitada. O modelo D, que parecia o primeiro a ser eliminado, só seria cortado como 3ª. Opção, depois de A e C. Ele é, na realidade, o segundo produto mais interessante nessa situação. Concluímos então que a Margem de Contribuição continua sendo o elemento chave em matéria de decisão, só que agora não por unidade, mas pelo fator limitante de capacidade produtiva. Supondo que se tivesse decidido realmente pelo corte no produto A, por ser o de menor Margem de Contribuição por hora-máquina, a empresa obteria, então, o seguinte: 6.150 horas = 647 unidades, e o resultado seria: 9,50 h/unid. Quadro 8.7 Quantidade Margem de Contribuição Margem de Contribuição Unidades Unitária – $ / unid. Total - $ Modelo A 2.653 20 53.060 Modelo B 2.800 22 61.600 Modelo C 3.600 24 86.400 Modelo D 2.000 8 16.000 Total Margem de Contribuição 217.060
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