Buscar

Apostila Tópicos Especiais em Contabilidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CADERNO 
 
 
TEXTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
ANÁLISE DE BALANÇOS 
 
1. VALOR ECONÔMICO AGREGADO (EVA) – ECONOMIC VALUE ADDED 
 O EVA (ou lucro econômico) corresponde à diferença entre o 
lucro operacional após o imposto de renda e o custo do capital total, e está 
baseado em conceitos de Administração Financeira que tem por objetivo 
principal demonstrar se a empresa está efetivamente gerando valor econômico 
agregado aos seus sócios. 
 
1.1 CUSTO DE OPORTUNIDADE 
 O custo de oportunidade representa o quanto que a empresa 
sacrificou em termos de renda por ter aplicado os seus recursos em 
alternativas de investimentos. Mas essa comparação é muito difícil de ser 
mensurada devido à característica do fator risco que cada investimento 
apresenta, pois os graus de riscos, dependendo do tipo de investimento, são 
bem diferentes. 
 
1.2 CÁLCULO DO EVA 
 O EVA é obtido pela aplicação de taxas de juros incidentes sobre 
os recursos de terceiros e os recursos próprios de uma empresa. O custo do 
capital de terceiros é calculado mediante a aplicação da taxa de juros que a 
empresa paga na captação dos recursos multiplicado pelo valor de captação 
dos recursos. O custo do capital próprio é obtido mediante a aplicação de uma 
taxa de juros de quanto os acionistas ganhariam se aplicassem os seus 
recursos em outras alternativas de investimentos, com o mesmo nível de risco 
que a sua empresa (custo de oportunidade). 
 
Conclusão, o Valor Econômico Agregado (ou Economic Value Added – EVA) 
é obtido: 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
EVA = Lucro Operacional após o IR – Custo do Capital Total, em que: 
Custo do Capital Total = Custo do Capital de Terceiros + Custo do Capital 
Próprio 
Custo do Capital de Terceiros = Taxa de aplicação do Capital de Terceiros x 
Capital de Terceiros 
Custo do Capital Próprio = Taxa de aplicação do Capital Próprio x Capital 
Próprio. 
---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
3 
 
 
 2. NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 
 Consoante o modelo desenvolvido por Michel Fleuriet, o Ativo 
Circulante (AC) e o Passivo Circulante (PC) que compõem o Capital Circulante 
Líquido (CCL) são compostos por dois grupos distintos de contas, de acordo 
com as operações de uma empresa.: 
a) Contas Cíclicas (ou Contas Operacionais) 
b) Contas Erráticas (Contas Financeiras ou Contas de Tesouraria) 
 
AC = ACcíclico + ACerrático PC = PCcíclico + PCerrático 
CCL = AC – PC 
CCL = ACcíclico + ACerrático – (PCcíclico + PCerrático) 
CCL = ACcíclico + ACerrático – Pccíclico – Pcerrático 
CCL= ACcíclico – PCcíclico + ACerrático – Pcerrático 
 A Necessidade de Capital de Giro (NCG) ou Investimento 
Operacional em Giro (IOG) é obtida mediante a diferença entre o Ativo 
Circulante Cíclico (ou Ativo Circulante Operacional) e o Passivo Circulante 
Cíclico (ou Passivo Circulante Operacional). 
NCG = ACcíclico - PCcíclico 
 
2.1 CONTAS CÍCLICAS 
 As contas cíclicas (ou contas operacionais) estão relacionadas 
diretamente com as atividades operacionais de uma empresa. 
 
Ativo Circulante Cíclico Passivo Circulante Cíclico 
Duplicatas a Receber Duplicatas a Pagar 
Mercadorias Fornecedores 
Adiantamento a Fornecedores Adiantamento de Clientes 
Despesas do Exercício Seguinte Salários a Pagar 
ICMS a Recuperar ICMS a Recolher 
 
2.2 CONTAS ERRÁTICAS 
 As contas erráticas (ou contas financeiras) estão relacionadas 
diretamente com as atividades financeiras de uma empresa. 
 
Ativo Circulante Errático Passivo Circulante Errático 
Caixa Duplicatas Descontadas 
Bancos Conta Movimento Dividendos a Pagar 
4 
 
Aplicações de Liquidez Imediata Empréstimos 
Dividendos a Receber Financiamentos 
2.3 EFEITO TESOURA 
 O Saldo de Tesouraria (T) é obtido por meio da diferença entre o 
Ativo Circulante Errático e o Passivo Circulante Errático, conforme expressão a 
seguir: 
T = ACerrático - PCerrático 
 Quando o saldo de tesouraria for menor do que zero, significa 
que a empresa possui obrigações vencíveis no curto prazo contraídas junto a 
instituições financeiras com a finalidade de financiar o seu capital de giro. 
EXEMPLO 
 A empresa Alfa em relação aos seus Ativos e Passivos 
Circulantes apresentou os seguintes valores nos anos 1, 2 e 3: 
 
Balanço Patrimonial do ano 1 
ACcíclico 1.500,00 PCcíclico 600,00 
ACerrático 500,00 PCerrático 400,00 
= AC ano 1 2.000,00 = PC ano 1 1.000,00 
NCG ano 1 = ACcíclico – PCcíclico > NCG ano 1 = 1.500,00 – 600,00 = 900,00 
T ano 1 = ACerrático – PCerrático > T ano 1 = 500,00 – 400,00 = 100,00 
CCL ano 1 = AC – PC > CCL ano 1 = 2.000,00 – 1.000,00 = 1.000,00 
 
Balanço Patrimonial do ano 2 
ACcíclico 1.700,00 PCcíclico 600,00 
ACerrático 300,00 PCerrático 400,00 
= AC ano 2 2.000,00 = PC ano 2 1.000,00 
NCGano 2 = ACcíclico – PCcíclico > NCGano 2 = 1.700,00 – 600,00 = 1.100,00 
T ano 2 = ACerrático – PCerrático > T ano 2 = 300,00 – 400,00 = (100,00) 
CCL ano 2 = AC – PC > CCL ano 2 = 2.000,00 – 1.000,00 = 1.000,00 
 
Balanço Patrimonial do ano 3 
ACcíclico 1.800,00 PCcíclico 400,00 
ACerrático 200,00 PCerrático 600,00 
= AC ano 3 2.000,00 = PC ano 3 1.000,00 
NCGano 3 = ACcíclico – PCcíclico > NCGano 3 = 1.800,00 – 400,00 = 1.400,00 
T ano 3 = ACerrático – PCerrático > T ano 3 = 200,00 – 600,00 = (400,00) 
CCL ano 3 = AC – PC > CCL ano 3 = 2.000,00 – 1.000,00 = 1.000,00 
5 
 
 Analisando a situação da empresa nos três anos consecutivos, 
podemos observar que ela está sofrendo o efeito tesoura, embora o CCL e a 
LC (Liquidez Corrente) permaneçam constante. 
LC = AC = 2.000,00  LC ano 1 = LC ano 2 = LC ano 3 = 2,0 
 PC 1.000,00 
MEMORIZAR PARA A PROVA 
CCL = ACcíclico – PCcíclico + ACerrático – PCerrático 
NCG = ACcíclico – PCcíclico ou NCG = ACoperacional – PCoperacional 
T = ACerrático – Pcerrático ou T = ACfinanceiro – PCfinanceiro 
Conclusão: CCL = NCG + T 
3. ÍNDICES DE LIQUIDEZ 
 Os índices de liquidez avaliam a capacidade de pagamento das 
obrigações de uma empresa, por meio da comparação entre as 
disponibilidades e direitos e as obrigações dessa empresa. Conclusão, da 
análise dos índices de liquidez, podemos avaliar a capacidade que a empresa 
possui em saldar as suas obrigações de curto e longo prazos. 
 
3.1 LIQUIDEZ IMEDIATA 
 A liquidez imediata avalia a capacidade de pagamento imediato 
das obrigações de curto prazo que uma empresa possui, utilizando as suas 
disponibilidades (Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações de Liquidez 
Imediata, Numerários em Trânsito, etc.). 
Liquidez Imediata = Disponibilidades 
 Passivo Circulante 
 
3.2 LIQUIDEZ CORRENTE 
 A liquidez corrente avalia a capacidade de pagamento das 
obrigações de curto prazo que uma empresa possui, utilizando as suas 
disponibilidades e direitos de curto prazo. 
Liquidez Corrente = Ativo Circulante 
 Passivo Circulante 
 
3.3 LIQUIDEZ SECA 
 A liquidez seca avalia a capacidade de pagamento dasobrigações de curto prazo que uma empresa possui, nas situações em que a 
rotação de estoques dessa empresa é muito baixa. Portanto, no cálculo desse 
índice, que também é denominado de Teste Ácido, eliminamos o montante dos 
estoques do total do Ativo Circulante. 
 
6 
 
Liquidez Seca = Ativo Circulante - Estoque 
 Passivo Circulante 
3.4 LIQUIDEZ GERAL 
 A liquidez geral avalia a capacidade de pagamento das 
obrigações de curto e longo prazos que uma empresa possui, utilizando as 
disponibilidades e os direitos de curto e longo prazos. 
Liquidez Geral = Ativo Circulante + AÑC Realizável a Longo Prazo 
 Passivo Circulante 
 
4. ÍNDICADORES DE ENDIVIDAMENTO 
 Os indicadores de endividamento (ou indicadores da estrutura de 
capital) estão relacionados com a composição dos capitais de terceiros e 
capitais próprios, que se encontram investidos no Ativo, com a finalidade de 
gerar retornos para os acionistas (PL) e terceiros (PC + PÑC). 
 Os indicadores de endividamento são obtidos por meio da 
comparação entre o montante do capital próprio e de terceiros e os recursos 
aplicados no Ativo. 
 
4.1 COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO 
 A composição do endividamento avalia o montante das 
obrigações de curto prazo em relação à dívida total da empresa. 
Composição do Endividamento = Passivo Circulante x 100% 
 Passivo Circulante + Passivo Não Circulante 
 Quanto menor a composição do endividamento, melhor é para a 
empresa, pois este indicador permite visualizar a ocorrência da renegociação 
de dívidas de curto prazo para longo prazo, bem como a contratação de 
empréstimos, caracterizando a dificuldade da empresa em saldar as suas 
dívidas de curto prazo. 
 
4.2 GRAU DE ENDIVIDAMENTO 
 O grau de endividamento demonstra o montante de recursos que 
a empresa obteve de capital de terceiros para cada real de capital próprio. 
Quanto maior o grau de endividamento, maior é a possibilidade de falência de 
uma empresa. 
 
Grau de Endividamento = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante x 100% 
7 
 
 Patrimônio Líquido 
4.3 IMOBILIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
 O grau de imobilização do patrimônio líquido demonstra o 
montante de recursos que a empresa aplicou no AÑC Investimentos, 
Imobilizado e Intangível para cada real de capital próprio. Quanto menor esse 
índice, melhor é para a empresa, pois quanto mais recursos a empresa investe 
no AÑC Investimentos, Imobilizado e Intangível, mais dependente de capital de 
terceiros ela se torna para o seu capital de giro. 
Imobilização do PL = AÑC (Investimentos + Imobilizado + Intangível) x 100% 
 Patrimônio Líquido 
 
 5. ÍNDICADORES DE RENTABILIDADE 
 
 Os indicadores de rentabilidade demonstram o quanto renderam 
os investimentos dos capitais de terceiros e capitais próprios efetuados pela 
empresa. 
 
5.1 GIRO DO ATIVO 
 
 O giro do ativo demonstra o montante das vendas realizadas pela 
empresa para cada real de investimento total (Ativo). 
 
Giro do Ativo = Vendas Líquidas 
 Ativo Total (ou Ativo médio) 
 
 Quanto maior o giro do ativo, melhor é para empresa, pois 
significa que os recursos aplicados no Ativo estão sendo utilizados com maior 
eficiência. 
 
 
8 
 
 
 
5.2 MARGEM LÍQUIDA 
 A margem líquida (ou retorno sobre as vendas) compara o lucro 
líquido do exercício com as vendas líquidas, tendo como resultado, o 
percentual de lucratividade gerada pela empresa. 
 
Margem Líquida = Lucro Líquido x 100% 
 Vendas Líquidas 
 
5.3 RENTABILIDADE DO ATIVO 
 A rentabilidade do ativo (retorno do ativo ou taxa de retorno sobre 
investimentos) demonstra a relação entre o lucro líquido e o investimento total 
(Ativo) de uma empresa. 
 
Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido x 100% 
 Ativo total (ou Ativo médio) 
 
5.4 RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 A rentabilidade do patrimônio líquido (ou retorno do capital 
próprio) representa o retorno que os acionistas estão obtendo em relação aos 
seus investimentos realizados na empresa. 
Rentabilidade do PL = Lucro Líquido x 100% 
 PL total (ou PL médio) 
 
 
6. ÍNDICADORES DE ROTATIVIDADE 
 
 Os indicadores de rotatividade demonstram quantos dias a 
empresa demora, em média, para receber as suas vendas a prazo, pagar as 
suas compras a prazo e renovar os seus estoques. Quanto maior a velocidade 
dos recebimentos das vendas a prazo, a renovação dos estoques e o prazo 
9 
 
para pagamento das compras a prazo, melhor é para a empresa. São índices 
de rotatividade: 
a) Prazo Médio de Rotação dos Estoques (PMRE); 
b) Prazo Médio de Recebimentos de Clientes (PMRC); e 
c) Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMPF). 
 
6.1 PRAZO MÉDIO DE ROTAÇÃO DOS ESTOQUES 
 O prazo médio de rotação dos estoques demonstra quantos dias 
(ou meses), em média, os estoques (mercadorias ou produtos prontos) ficaram 
estocados na empresa antes da venda. O PMRE quanto maior, melhor é para a 
empresa, pois indica que os produtos comercializados têm uma alta demanda 
no mercado. 
PMRE = Estoques (ou média) X 360 dias 
 CMV 
 
6.2 PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS DE CLIENTES 
 O prazo médio de recebimentos de clientes (ou prazo médio de 
recebimento de vendas) mostra quantos dias (ou meses), em média, a 
empresa espera para receber as suas vendas a prazo. 
PMRC = Duplicatas a Receber (ou média) x 360 dias 
 Vendas a Prazo do Período 
 
6.3 PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS A FORNECEDORES 
 O prazo médio de pagamentos a fornecedores demonstra 
quantos dias (ou meses), em média, a empresa leva para efetuar o pagamento 
de seus fornecedores. 
PMRF = Fornecedores (ou média) x 360 dias 
 Compras a Prazo do Período 
Caso seja necessário calcular as compras, temos: 
10 
 
CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final 
Compras = CMV + Estoque Final – Estoque Inicial. 
7. CICLO FINANCEIRO 
 O ciclo financeiro (ou ciclo de caixa) compreende o período desde 
a data em que a empresa realiza o pagamento das compras de mercadorias 
até o recebimento das vendas a prazo. O ciclo financeiro (CF) é obtido por 
meio da seguinte fórmula: 
 CF = PMRE + PMRV – PMPC, em que 
7.1 CICLO OPERACIONAL 
 O Ciclo Operacional (CO) compreende o período desde a data 
em que a empresa efetua as compras de matérias-primas ou mercadorias até o 
recebimento de clientes. O ciclo operacional é obtido por meio da seguinte 
fórmula: 
 CO = PMRE + PMRV 
7.1.1 Ciclo operacional superavitário 
 O ciclo operacional superavitário (COS) ocorre quando o prazo 
médio de rotação de estoques somado ao prazo médio de rotação de vendas é 
inferior, em dias ou meses, ao prazo médio de pagamento de compras. 
COS = PMRE + PMRV < 1 
 PMPC 
COMPRA VENDE RECEBE PAGA 
 
 PMRE = 40 dias PMRV = 50 dias Folga Fin. = 10 dias 
 PMPC = 100 dias 
 Ciclo Operacional = 90 dias 
COS = 40 dias + 50 dias = 0,9 < 1 
 100 dias 
 
7.1.2 Ciclo operacional deficitário 
11 
 
 O ciclo operacional deficitário (COD) ocorre quando o prazo 
médiode rotação de estoques somado ao prazo médio de rotação de vendas é 
superior, em dias ou meses, ao prazo médio de pagamento de compras. 
COD = PMRE + PMRV > 1 
 PMPC 
COMPRA VENDE PAGA RECEBE 
 
 PMRE = 45 dias PMRV = 55 dias 
 PMPC = 80 dias Dias Finan. 20 dias 
 Ciclo Operacional = 100 dias 
COD = 45 dias + 55 dias = 1,25 > 1 
 80 dias 
 MEMORIZAR PARA A PROVA 
Ciclo Operacional Conclusão 
 CO < 1 A empresa possui uma folga financeira, ou seja, recebe o 
pagamento dos clientes antes do prazo de pagamento aos 
fornecedores, dispondo de um período para investir o 
dinheiro e aumentar a sua rentabilidade final. 
 CO > 1 Nesse caso o recebimento de clientes só ocorre depois do 
prazo de pagamento aos fornecedores, forçando a 
empresa a buscar novas fontes de financiamento, 
reduzindo a sua rentabilidade final. Ao invés de realizar um 
investimento estará realizando um financiamento. 
 
 MEMORIZAR PARA A PROVA 
NCG = ACoperacional – PCoperacional 
ST = ACfinanceiro – PCfinanceiro 
CCL = NCG + ST NCG = CCL – ST, a equação mostra que a NCG 
corresponde a diferença entre o Capital Circulante Líquido (CCL) e o Saldo de 
Tesouraria (ST). 
 
 
12 
 
ACoperacional > PCoperacional Situação normal na maioria das empresas e 
nesse caso a empresa necessita de capital de 
giro no valor de: NCG = ACoperacional – 
PCoperacional 
ACoperacional = PCoperacional Situação de equilíbrio e nesse caso a empresa 
não necessita de capital de giro (NCG). NCG= 
ACoperacional = PCoperacional 
ACoperacional < PCoperacional Nesse caso a empresa possui mais 
financiamentos operacionais (PC Operacional) 
do que investimentos operacionais (AC 
Operacional), o que caracteriza a sobra de 
recursos das atividades operacionais, que 
podem ser aplicados no mercado financeiro. 
 
8. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO E LIMITAÇÕES NA CAPACIDADE DE 
PRODUÇÃO 
8.1. Margem de contribuição antes da existência de limitações 
Suponhamos que uma determinada empresa fabricante de barracas para 
camping produza quatro modelos diferentes (A, B, C e D). 
Os dados de custos que a empresa possui são bastante minuciosos: 
Quadro 8.1 
 MO Matéria Mão de Obra Custo Direto Custo Indir. Custo Variável 
 DE Prima Direta Total Variável Total 
 LO $/unid. $ / unid. $/unid. $/unid. $/unid. 
 A 28 24 52 8 60 
 B 24 20 44 6 50 
 C 80 28 108 8 116 
 D 16 20 36 4 40 
Os Custos Indiretos Fixos são os seguintes: 
Mão de obra Indireta R$ 64.000 / ano 
Aluguéis R$ 16.000 / ano 
Depreciações R$ 12.000 / ano 
Outros Indiretos Fixos R$ 8.000 / ano 
Total R$ 100.000 / ano 
 
13 
 
Quadro 8.2 
 Custo Variável Total Preço de Margem de 
 Quadro 8.1 – $ / und. Venda – $/und. Contribuição - $/und. 
Mod. A 60 80 20 
Mod. B 50 72 22 
Mod. C 116 140 24 
Mod. D 40 48 8 
Analisando a coluna da Margem de Contribuição, verificamos de imediato que 
o modelo com maior capacidade de trazer recursos para a empresa é o modelo 
C. 
 
8.2. Existência das limitações na capacidade produtiva 
Demanda existente no mercado – orçamento de vendas da empresa 
 Modelo A – 3.300 unidades 
 Modelo B – 2.800 unidades 
 Modelo C – 3.600 unidades 
 Modelo D – 2.000 unidades 
A empresa possui um nível máximo de produção de 97.000 horas-máquina, 
porém a demanda exigida para a produção solicitada pelo mercado é de 
103.150 horas-máquina, conforme quadro abaixo: 
Quadro 8.3 
 Horas-máquinas Demanda Total 
 Necessárias – h/und. Prevista Horas-máquinas 
Mod. A 9,50 3.300 31.350 
Mod. B 9,00 2.800 25.200 
Mod. C 11,00 3.600 39.600 
Mod. D 3,50 2.000 7.000 
Total 103.150 
Desta forma é necessário efetuar corte de 6.150 horas (103.150 h – 97.000 h) 
Se optar cortar produção da barraca com menor margem de contribuição (d) 
teríamos: 6.150 = 1.757 unidades a serem cortadas da barraca d 
 3,50 h/unid. 
A partir dessa previsão, poderia constituir um quadro projetado do resultado 
para o ano: 
 
14 
 
Quadro 8.4 
 Quantidade Margem de Contribuição Margem de Contribuição 
 Unidades Unitária – $ / unid. Total - $ 
Modelo A 3.300 20 66.000 
Modelo B 2.800 22 61.600 
Modelo C 3.600 24 86.400 
Modelo D 243 8 1.944 
Total Margem de Contribuição 215.944 
(-) Custos Fixos (100.000) 
Resultado 115.944 
 
8.3 Comprovação da utilização do critério correto 
Verifiquemos o que teria acontecido se a empresa tivesse optado pelo corte no 
produto C, ao invés de no D. O número de unidades não produzidas de C seria: 
 6.150 horas = 559 unidades, e o resultado seria: 
 11,00 h/unid. 
 
Quadro 8.5 
 Quantidade Margem de Contribuição Margem de Contribuição 
 Unidades Unitária – $ / unid. Total - $ 
Modelo A 3.300 20 66.000 
Modelo B 2.800 22 61.600 
Modelo C 3.041 24 72.984 
Modelo D 2.000 8 16.000 
Total Margem de Contribuição 216.584 
(-) Custos Fixos (100.000) 
Resultado 116.584 
 
8.4 Margem de Contribuição e Fator de Limitação 
 
Apesar de por unidade o modelo C produzir muito mais de Margem de 
Contribuição do que o D, dentro das 6.150 horas cortadas ele produz menos. E 
isso é devido ao tempo de máquina que cada unidade leva para ser elaborada. 
15 
 
 Uma unidade de C produz R$ 24 de Margem de Contribuição, mas leva 
11 horas para ser feita. Assim, em cada hora a Margem de Contribuição é de 
R$ 2,18, enquanto o produto D produz só R$ 8 por unidade, mas leva apenas 
3,5 horas para ser elaborado, fornecendo R$ 2,29 por hora. Logo, cada hora 
usada na linha D rende mais do que na linha C.O resultado correto seria obtido então com o seguinte cálculo: 
Quadro 8.6 
 Margem de Tempo de Margem de Contribuição 
 Contrib. Unit – R$ Fabricação por hora-máquina - $/hm 
Modelo A 20 9,50 2,11 
Modelo B 22 9,00 2,44 
Modelo C 24 11,00 2,18 
Modelo D 8 3,50 2,29 
Vemos que o modelo que menos traz Margem de Contribuição por hora-
máquina é o A, e este deverá então ser o item a ter sua produção limitada. O 
modelo D, que parecia o primeiro a ser eliminado, só seria cortado como 3ª. 
Opção, depois de A e C. Ele é, na realidade, o segundo produto mais 
interessante nessa situação. 
 Concluímos então que a Margem de Contribuição continua sendo o 
elemento chave em matéria de decisão, só que agora não por unidade, mas 
pelo fator limitante de capacidade produtiva. 
 Supondo que se tivesse decidido realmente pelo corte no produto A, por 
ser o de menor Margem de Contribuição por hora-máquina, a empresa obteria, 
então, o seguinte: 
 
 6.150 horas = 647 unidades, e o resultado seria: 
 9,50 h/unid. 
 
Quadro 8.7 
 Quantidade Margem de Contribuição Margem de Contribuição 
 Unidades Unitária – $ / unid. Total - $ 
Modelo A 2.653 20 53.060 
Modelo B 2.800 22 61.600 
Modelo C 3.600 24 86.400 
Modelo D 2.000 8 16.000 
Total Margem de Contribuição 217.060

Continue navegando