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A JORNADA DO ADOLESCENTE_desenvolvimento da consciencia

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A JORNADA DO ADOLESCENTE
Me. Vinícius Farani
O processo de individuação
O início da adolescência, para muitos é um período muito conturbado, o mais intenso de todo o ciclo de vida. Todavia, é uma jornada em que se oferece a oportunidade para o crescimento pessoal, para o desenvolvimento da consciência do indivíduo.
O processo de Individuação é uma jornada em busca de si, do autoconhecimento.
“Os heróis frequentemente são peregrinos: a peregrinação é uma imagem da nostalgia, do anseio nunca aplacado que em parte alguma encontra seu objeto, da procura pela mãe perdida” (Jung, 1912). 
O jovem recebe um “chamado” do Self, e sem perceber, envolvido com suas tarefas diárias, ele está enredado na construção do Eu
É um processo em movimento à Totalidade do Ser, portanto cheio de riscos, enfretamentos, ajudantes e sombras. Um caminho tortuoso em busca do crescimento pessoal e do encontro com o Self.
Diferente do caminho para o individualismo, a individuação não exclui a pessoa do mundo, mas a aproxima o mundo dela.
“em qualquer circunstância, conquistar um lugar na sociedade e modificar a própria natureza original de modo que ela se adapte mais ou menos a esta forma de existência, constitui um fato notável. É uma luta travada dentro e fora de si próprio, e comparável a luta da criança pela existência do eu” (JUNG, 2000, p.344).
“‘o chamado da aventura’ – significa que o destino convocou o herói e transferiu-lhe o centro de gravidade do seio da sociedade para uma região desconhecida” (CAMPBELL, p.66, 2003). Na vida do adolescente, este chamado se dá pelas manifestações do Self onde o indivíduo tem que deixar o aconchego da sua família para a busca de uma vida independente. Porém, a recusa a este chamado, pode ser entendida, como uma “recusa a renunciar àquilo que a pessoa considera interesse próprio” (CAMPBELL, p.67, 2003). 
Os personagens da trama: O Self
Persona e Sombra; Anima e Animus; Self
 
O Self é o centro regular, o guia, o Ego seria o peregrino na jornada em direção à alma.
Empiricamente o si-mesmo aparece espontaneamente na forma de símbolos específicos, e na sua totalidade pode ser discernida, acima de tudo, na mandala e em suas incontáveis variantes. (Jung)
O diálogo com figuras 
interiores é uma característica
vital da abordagem junguiana, 
e o si-mesmo costuma ser
 vivenciado desse modo.
O Si-mesmo é a fonte 
inconsciente interna que
movimenta, mobiliza e nos
 impulsiona a mergulhar no 
autoconhecimento.
Persona e Sombra
 Persona – Máscaras Sombra – O desconhecido
A sombra se constrói a partir de qualidades reprimidas , não aceitas, ou não admitidas porque são incompatíveis com as qualidades que escolhi viver.
A persona são as máscaras que construa na relação com o mundo. Com elas tendo mostrar ao outro aquilo que gostaria que vissem em mim, escondendo dos outros, e de mim, a parte sombria e escura que não conheço ou não aceito.
 Aqueles que se identificam com a Persona podem tentar tornar-se perfeitos demais, incapazes de aceitar seus erros ou fraquezas, ou quaisquer desvios de sua auto-imagem idealizada. Aqueles que se identificam totalmente com a Persona tenderão a reprimir todas as tendências que não se ajustam, e a projetá-las nos outros, atribuindo a eles a tarefa de representar aspectos de sua identidade negativa reprimida.
Anima e Animus
As transformações hormonais nos adolescentes indicam ao mesmo que estão pronto à buscar o encontro com um outro.
Meninos e meninas precisam agora aprender a lidar com as características psíquicas de masculino e feminino para aprenderem a lidar consigo e com o outro.
Animus: masculino 
Anima: feminino
“algumas características físicas e hormônios do homem estão presentes no corpo da mulher e vice-versa. Esse fato biológico expressa-se também psiquicamente: ambos os sexos contêm elementos um do outro. Assim, no inconsciente de cada homem encontra-se uma personalidade feminina, e no de cada mulher, uma personalidade masculina” (GRINBERG, p.150, 1997).
As batalhas
Não é fácil uma adequação aos moldes da sociedade, nem tão pouco esquecer-se de entender quem se é. É um processo que percorre toda a vida do indivíduo, mais que se encontra acentuado na adolescência. É uma luta que precisa ser travada.
Enfrentar a si, o mundo, os pais e as escolhas, é uma batalha que precisa ser trava dentro e fora.
Simbolicamente, na ruptura do adolescente com suas figuras parentais originais, o grupo se faz presente como uma fonte de fortalecimento a este indivíduo
.“Assim, o grupo satisfaz as exigências do arquétipo que foi lesado e torna-se uma espécie de segundo pai ou mãe, aos quais o jovem é simbolicamente sacrificado, renascendo numa nova vida” (HENDERSON, 1977).
Ao fim da jornada, é importante ao jovem ter aprendido o valor de si, levando em conta a ação dos seus feitos sobre o outro e do coletivo sobre si. 
Admitir os valores coletivos que se intercruzam com as escolhas pessoas é uma tarefa difícil, mas necessária para a entrada em uma nova etapa da vida.

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