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A História da Filosofia é uma disciplina que estuda o desenvolvimento do pensamento filosófico ao longo dos séculos. Ela é dividida em várias fases, que refletem as mudanças nas ideias e nos contextos sociais, políticos e culturais. A seguir, vou apresentar um resumo das principais fases e escolas da Filosofia: 1. Filosofia Antiga A Filosofia Antiga surgiu na Grécia, por volta do século VI a.C., e busca compreender o mundo através da razão, rompendo com as explicações mitológicas. Os principais filósofos dessa época são: · Pré-Socráticos: Filósofos como Heráclito, Parmênides e Pitágoras tentaram explicar a natureza e a origem do mundo a partir de princípios fundamentais. Eles buscaram entender o cosmos por meio da lógica e da observação, sem recorrer a mitos. · Socrático: Sócrates (470-399 a.C.) questionava os valores, as virtudes e as ideias preconcebidas da sociedade ateniense. Sua principal contribuição foi o método socrático, que se baseava em perguntas e respostas para chegar à verdade. Ele não deixou escritos, e suas ideias foram registradas por seus discípulos, especialmente Platão. · Platão: Fundador da Academia, Platão (427-347 a.C.) desenvolveu a teoria das ideias, segundo a qual o mundo sensível é uma cópia imperfeita do mundo das ideias, que é eterno e imutável. Sua obra mais conhecida é “A República”, onde discute justiça, política e a formação do Estado ideal. · Aristóteles: Discípulo de Platão, Aristóteles (384-322 a.C.) fundou a Liceu e fez importantes contribuições para diversas áreas, como ética, política, lógica e metafísica. Sua visão era mais empírica e prática, buscando a explicação do mundo físico e da experiência humana. 2. Filosofia Medieval A Filosofia Medieval foi marcada pela integração da fé cristã com a razão. Durante essa fase, as ideias de Platão e Aristóteles foram adaptadas ao cristianismo, e a razão foi vista como um meio para entender Deus e a criação. · Santo Agostinho: Filósofo e teólogo, Agostinho (354-430) buscou unir o cristianismo com as ideias platônicas, enfatizando a relação entre fé e razão e a busca pela verdade divina. · São Tomás de Aquino: São Tomás (1225-1274) é um dos principais filósofos da escolástica. Ele procurou integrar a filosofia aristotélica com a teologia cristã, criando a doutrina do tomismo, que afirma que a razão humana pode provar a existência de Deus e compreender a criação. 3. Filosofia Moderna A Filosofia Moderna, que começa no século XVII, marca um grande avanço na autonomia da razão humana. A busca por uma explicação do mundo através de princípios científicos e racionais prevalece. · René Descartes: Considerado o pai da filosofia moderna, Descartes (1596-1650) iniciou sua reflexão com a dúvida radical e chegou à famosa conclusão “Penso, logo existo”. Ele defendia a primazia da razão como base do conhecimento verdadeiro. · Immanuel Kant: Kant (1724-1804) é famoso por sua teoria do conhecimento, segundo a qual as condições do conhecimento humano são determinadas pelas estruturas mentais do sujeito. Sua obra “Crítica da Razão Pura” é um marco na filosofia moderna. 4. Filosofia Contemporânea A Filosofia Contemporânea, que vai do século XIX até os dias de hoje, é marcada pela diversidade de correntes e debates. · Friedrich Nietzsche: Nietzsche (1844-1900) criticou a moralidade tradicional e a religião cristã, propondo a ideia do super-homem e a vontade de poder. Ele também é conhecido por sua teoria do eterno retorno e pela frase “Deus está morto”. · Existencialismo: Filósofos como Jean-Paul Sartre e Albert Camus foram influentes no movimento existencialista, que se concentra na liberdade individual, na escolha e na busca pelo significado da vida em um mundo sem sentido absoluto. · Fenomenologia e Hermenêutica: Edmund Husserl e Martin Heidegger desenvolveram a fenomenologia, que estuda a experiência direta da consciência. Hans-Georg Gadamer e outros filósofos hermenêuticos trabalharam na interpretação dos textos e na compreensão das tradições. · Pós-Modernismo: Filósofos como Michel Foucault, Jacques Derrida e Jean-François Lyotard desafiaram as grandes narrativas e os conceitos universais, propondo uma visão mais fragmentada e pluralista do conhecimento e da verdade.