Ed
há 2 semanas
Vamos analisar as alternativas apresentadas em relação à discrepância entre Platão e Aristóteles sobre a centralidade da filosofia: a) Para ambos, a filosofia é o campo central do conhecimento humano e não há discrepâncias entre os dois filósofos quanto a este ponto que sejam dignas de nota. - Esta afirmação não é correta, pois há diferenças significativas entre as visões de Platão e Aristóteles. b) Que essa discrepância surgiu apenas a partir do séc. XIX d.C., quando os historiadores da filosofia passaram a apontar que Agostinho de Hipona seguiu mais Platão que Aristóteles e que Tomás de Aquino, pelo contrário, valeu-se mais dos ensinamentos do Estagirita que dos do fundador da Academia de Atenas. - Esta afirmação é imprecisa, pois a discrepância entre Platão e Aristóteles já existia antes do século XIX. c) O Estagirita tende a considerar a metafísica – cerne da filosofia – como um saber sintetizador e unificador dos demais saberes humanos, ao passo que Platão considera a filosofia como o saber humano mais alto que existe, ao mesmo tempo em que adverte que os saberes não-filosóficos têm peculiaridades e temáticas autônomas, que, contudo, devem ser fundamentadas na filosofia. - Esta alternativa reflete bem a diferença entre os dois filósofos, destacando a visão de Aristóteles sobre a metafísica e a posição de Platão sobre a superioridade da filosofia. d) Aristóteles vê a filosofia como um saber auxiliar das ciências empíricas, enquanto Platão sustenta o oposto. - Embora Aristóteles tenha uma visão mais empírica, essa afirmação não captura completamente a complexidade das visões de ambos. e) O Estagirita considera a metafísica – cerne da filosofia – como o... - A alternativa está incompleta e não pode ser avaliada. Diante da análise, a alternativa correta é: c) O Estagirita tende a considerar a metafísica – cerne da filosofia – como um saber sintetizador e unificador dos demais saberes humanos, ao passo que Platão considera a filosofia como o saber humano mais alto que existe, ao mesmo tempo em que adverte que os saberes não-filosóficos têm peculiaridades e temáticas autônomas, que, contudo, devem ser fundamentadas na filosofia.