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MARATONA PARA GABARITAR PENAL.docx

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MARATONA PARA GABARITAR PENAL - P2 BOTTILINDO
Crime:
Ação/ omissão típica, antijurídica e culpável
Ação: movimento voluntário
Exclusão da ação:
-Coação moral irresistível
Ex: ameaça de morte às pessoas da família
-Coação física
Supõe-se que não se possa resistir à força exercida pelo outro
-Movimentos biológicos 
Ações naturais do corpo involuntárias
Ex: espirro, sonambulismo
-Embriaguez total não planejada
2) Tipicidade: descrição legal de um fato que a lei proíbe
a) objetiva: identificação entre a conduta e o descrito na lei
ação > nexo de causalidade > resultado
b) subjetiva: intenção do agente 
-Dolo: deseja a ocorrência do resultado ou aceita sua ocorrência
Direto: Se deseja diretamente o resultado
Eventual: Prevê a possibilidade de ocorrência do resultado e aceita essa possibilidade, consentimento prévio da sua ocorrência, o agente considera sua ação mais importante que o resultado (Ah, se acontecer, foda-se)
- Culpa: o agente não agiu visando o resultado, ocorre por negligência ( deixar de fazer o que deveria), imprudência ( agir por impulso, agir quando não deveria) ou imperícia ( referente apenas à profissionais, ex: clínico geral fazendo cirurgia plástica)
Consciente: o agente prevê, mas não acredita na possibilidade de ocorrência do resultado, se acreditasse, não agiria. O agente considera o resultado mais importante que sua ação, não existe anuência quanto a ocorrência do resultado ( Ex: Caçador que, avistando um companheiro próximo do animal que deseja abater, confia em sua condição de perito atirador para não atingi-lo quando disparar, causando, ao final, lesões ou morte da vítima ao desfechar o tiro.
Inconsciente: o agente não prevê o resultado de sua conduta, apesar de ser este previsível (Ex.: indivíduo que atinge involuntariamente a pessoa que passava pela rua, porque atirou um objeto pela janela por acreditar que ninguém passaria naquele horário.
 Excludentes da tipicidade
Coação física irresistível
Adoção do princípio da insignificância: não considera o ato praticado como um crime, por isso, sua aplicação resulta na absolvição do réu, para ser utilizado, faz-se necessária a presença de certos requisitos, tais como:
(a) a mínima ofensividade da conduta do agente, 
(b) a nenhuma periculosidade social da ação, 
(c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento 
(d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada (exemplo: o furto de algo de baixo valor).
 Sua aplicação decorre no sentido de que o direito penal não se deve ocupar de condutas que produzam resultado cujo desvalor - por não importar em lesão significativa a bens jurídicos relevantes - não represente, por isso mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem social.
Antijuridicidade
- Fazem da ação típica lícita ou permitida
- Toda ação típica é ilícita, salvo quando justificada
- Depende do conhecimento dos pressupostos objetivos (previsão legal) e da consciência e vontade de realizar a conduta em prol de interesse maior
Excludentes de Ilicitude:
Estado de necessidade: Para salvar de perigo atual ou iminente, inevitável, não provocado voluntariamente, objeto próprio ou de terceiro, obriga-se a lesar outro alheio
Requisitos:
- Perigo atual e inevitável:
Real chance de dano
Pode resultar de ação humana ou evento natural 
Inexistência de outro meio menos gravoso para salvá-lo
-Direito próprio ou de terceiro, cujo sacrifício não era exigível
Ponderação dos bens em confronto: superior deve ser salvo
Se o sacrifício for razoavelmente exigível, pena pode ser reduzida
- Não provocado pela vontade do agente
Ele não pode ter voluntariamente causado o perigo
-Inexistência de dever de enfrentar o perigo
Compreende dever estritamente legal
-Ciência da situação fática
Vontade ou ânimo de salvar o bem em perigo
Tipos:
Justificante:
 O bem jurídico defendido tem valor maior que o lesado
Ex: para salvar vida, destrói-se patrimônio
Exculpante:
O bem jurídico salvo tem valor igual ou inferior
Ex: integridade física x vida
Mata-se o outro para não ser ferido, fato típico, antijurídico e culpável, mais a culpabilidade é reduzida
Legítima defesa: quem repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de terceiro, usando moderadamente os meios que dispõe
 Requisitos:
-Agressão como ação dirigida a produzir resultado ilícito, omissão não serve
-Inexistência de outra forma de evitar agressão
- Meios necessários usados com moderação
- Necessidade de fazer cessar a agressão
- Proporcionalidade entre agressão e ação de defensiva
- Conhecimento da agressão e vontade de defesa
- Admite-se diante de ataques de quem age culpavelmente
- A agressão injusta não pode ser provocada por quem pretende ficar em legítima defesa para se beneficiar da situação
Estrito cumprimento do dever legal
- Rigorosa obediência às condições que o dever está subordinado
- Cumprimento nos limites do dever imposto
- Conhecimento do dever e vontade de cumpri-lo
- Conduta típica, mas não ilícita
- Se fugir dos limites, responde pelo excesso
- Não cabe obediência hierárquica em empresa privada, pois a lei não dá poder ao agente
-Ex:
Policial que invade domicílio onde está sendo praticado delito
Emprego de força nos casos de resistência ou tentativa de fuga
Soldado que mata inimigo no campo de batalha
Oficial de justiça que invade domicílio para executar ordem de despejo
Exercício regular de Direito: Desempenho ou pratica de conduta autorizada por lei, que torna lícito fato típico
- Conduta embora antiética, não é ilícita
-Ex:
Correção do filho pelo pai
Violência na prática esportiva
Prisão em flagrante por particular
Trote acadêmico ou militar
Causas supralegais: não sujeitas à lógica da tipicidade, são previstas mas admitidas
- Consentimento do ofendido: tenho direitos dos quais posso abrir mão, direitos disponíveis
- Leva em consideração as normas culturais da sociedade
Culpabilidade:
Reprovabilidade da conduta, responsabilidade da pessoa pelo ato
Elementos:
Imputabilidade:
- Capacidade de entender/ querer
- Conjunto de condições de maturidade/ sanidade mental que permitirem ao agente conhecer o caráter ilícito de seu ato
 - Causas de exclusão da imputabilidade:
Doença mental
Desenvolvimento mental incompleto
Menoridade: inimputabilidade absoluta por presunção
Embriaguez 
Voluntária:
Não exclui a imputabilidade
Se pré-ordenada, constitui circunstância gravosa
Acidental:
se completa, exclui a imputabilidade
Se incompleta, reduz a pena
Potencial consciência da ilicitude
- Elemento intelectual da reprovabilidade
- Sua ausência recai no erro de proibição
Exigibilidade de conduta diversa:
- Elemento volitivo da reprovabilidade
- Causas de inexigibilidade de conduta diversa:
Coação moral irresistível:
- Necessária irresistibilidade da coação: se for resistível, a pena é atenuada
- Há espaço pra vontade ( na coação física irresistível não, por isso exclui a ação)
Obediência hierárquica: conduta de subordinado que obedece a ordem de hierárquico superior
Requisitos:
- Ordem não manifestamente ilegal
- Subordinação hierárquica fundada no direito ( agentes públicos) 
- estrita obediência da ordem: excesso punível
*Resumindo:
Causas de exclusão da culpabilidade:
Coação moral irresistível
Obediência hierárquica
Embriaguez acidental involuntária
Menoridade
Doença mental 
Erro de proibição
*Iter criminis:
1-cogitação: não há como punir, sem exteriorização.
2-preparação: alguns crimes que a mera preparação é crime
Ex: possuir petrechos para falsificar moeda
3-execução 
4-consumação
5-exaurimento: pós fato, impunível. 
Obs: Uma vez consumado, transformar em bem patrimonial não é crime (comprar casa com dinheiro vindo de tráfico de drogas)
*Crime Impossível
- Inexistência de crime.
- Tentativa inidônea de praticar o elemento típico.
a)	Ineficácia absoluta do meio
Ex: arma descarregada
b)	 Absoluta impropriedade do objeto
Ex: homicídio de pessoa já morta
Obs.: A ineficácia relativa do meio (normalmente eficaz, mas naquela situação não operou o resultado) e a relativa impropriedade do objeto (elemento acidental do objeto obsta a lesão) são puníveis por tentativa
*Crime Putativo:
- o autor acredita estar cometendo atitude ilícita e age com consciência disso, mas não há crime.
*Erro de tipo:
- Ocorre, no caso concreto, quando o indivíduo não tem plena consciência do que está fazendo; imagina estar praticando uma conduta lícita, quando na verdade, está a praticar uma conduta ilícita, mas que por erro, acredite ser inteiramente lícita. 
- O erro sobre o fato típico diz respeito ao elemento cognitivo, o dolo (a vontade livre e consciente de praticar o crime, ou assumir o risco de produzi-lo) por isso, o erro de tipo exclui o dolo e, portanto, a própria tipicidade
a) Excusável ou invencível: quando o resultado ocorre, mesmo que o agente tenha praticado toda diligencia necessária, em suma, naquela situação todos agiriam da mesma forma. Havendo ação penal, pede-se seu trancamento.
 b) Inescusável ou vencível: se dá quando o agente, no caso concreto, em não agindo com a cautela necessária e esperada, acaba atuando abruptamente cometendo o crime que poderia ter sido evitado. Há a exclusão do dolo, mas o réu responde por crime culposo se existir essa modalidade
Ex: ia assustar com uma arma descarregada, atirei e ela tava carregada, matei. Erro do tipo evitável, negligência. Se foi alguém que pediu para assustar, me dando a arma carregada intencionalmente, o 3º responde por homicídio qualificado doloso e eu por culposo.
Ex: tio e sobrinho saem para uma caçada, cansados de esperar pela presa o sobrinho resolve sair para buscar água. Ao retornar de noite, seu tio acha que é sua caça e sem tomar as cautelas necessárias, acaba atirando. Ao se dirigir à suposta presa alveja, percebe que é o sobrinho. Neste caso o tio responde por homicídio culposo.
*Erro quanto à pessoa:
- O agente com sua conduta criminosa visa certa pessoa, mas por erro de representação, acredita ser aquela em que efetivamente deseja atingir
- Não há falha na execução do delito, apenas ocorreu uma falsa representação da realidade
- Ocorrendo o erro de pessoa, o agente responde como se tivesse atingindo a pessoa que pretendia e não as que efetivamente atingiu
Ex: Júnior, atirador de elite, resolve dar cabo na vida de José, seu pai. Para tanto usa de seus conhecimentos de atirador, esperando que seu pai passe, como de costume, pelo local onde o aguarda. Então vem um indivíduo com os mesmos caracteres físicos de seu pai. João prepara sua melhor mira e atira, mas acaba matando Pedro, irmão gêmeo de José, seu pai.
*Erro na Execução:
- O agente por execução imperfeita acaba atingindo um terceiro que, não pretendia
- Ex: Júnior, um desastrado, resolve matar seu irmão. Quando este passa pelo local esperado Júnior atira, mas por erro de pontaria, acaba não por atingir seu irmão, mas a namorada deste, que estava ao seu lado. 
-Havendo resultado único o agente responde por um só crime, mas levando-se em conta as condições da pessoa que queria atingir
- Pode ocorrer resultado duplo, onde o agente atingiu dolosamente a pessoa que queria e culposamente um terceiro, se não há intenção, responde-se a uma pena, aumentando-a. 
- Importante: o erro na execução difere do erro quanto à pessoa porque neste, o agente atinge a vítima pensando que a desejada. Ou seja, há uma falsa representação da realidade. No erro na execução, o agente quer atingir a vítima desejada e sabe que é ela, só que erra na execução, e atinge outra pessoa
*Erro determinado por terceiro:
- Responde pelo crime o terceiro que determina o erro
-Ex: um médico, desejando matar o paciente, entrega à enfermeira uma injeção contendo veneno, afirmando que se trata de um anestésico e fez com que ela aplique, enfermeira não agiu dolosamente, mas por um erro que terceiro determinou, neste caso apenas o médico responde pelo crime de homicídio.
*Resultado diferente do pretendido:
- O agente quer atingir determinado bem jurídico, mas atinge outro
- Ex: Júnior quer atingir a vidraça, mas por erro de pontaria acaba por acertar a cabeça de José. Neste caso o agente só responde por lesões culposas
- Ex: se atiro, mato um e firo outro: homicídio doloso e lesão corporal dolosa.
*Erro de proibição:
- O agente acredita sinceramente que sua conduta é lícita
- Ex: turista que trazia consigo maconha para consumo próprio, pois em seu país era per exclui a culpabilidade, por inexistência de potencial conhecimento de ilicitude
- Exclui a culpabilidade
* Tipos de crime:
a) Qualificado: é aquele em que ao tipo básico a lei acrescenta circunstância que agrava a sua natureza, elevando os limites da pena.
Ex: homicídio qualificado é aquele praticado mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe’’ 
Ex: denomina-se furto qualificado o praticado com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa
b)Privilegiado: quando ao tipo básico a lei acrescenta circunstância que o torna menos grave, diminuindo, em consequência, suas sanções
Ex: homicídio praticado por relevante valor moral, como eutanásia
Qualificado pelo resultado: aquele em que o legislador, após descrever um crime com todos os seus elementos (descrição completa de um crime), acrescenta-lhe um resultado, cuja ocorrência acarreta um agravamento da sanção penal
Ocorre em duas etapas:
- prática de um crime completo, com todos os seus elementos, praticado a título de dolo ou culpa.
 - produção de um resultado agravador, além daquele que seria necessário para a consumação. Nesta segunda fase, há um resultado agravador produzido dolosa ou culposamente que acaba por tipificar um delito mais grave.
Ex: latrocínio ( roubo seguido de morte)
- Crime preterdoloso é uma das quatro espécies de crime qualificado pelo resultado, em que a conduta é dolosa mas o resultado agravador é culposo (preterdolo = além do dolo, da intenção do agente). Há, portanto, dolo no antecedente e culpa no conseqüente.
Ex: lesão corporal seguida de morte
*Tentativa: 
-É a não consumação de um crime, cuja execução foi iniciada, por circunstâncias alheias à vontade do agente. Na tentativa, “eu quero, mas não posso”.
-Início da execução 
- Não consumação por interferência de circunstâncias alheias à vontade do agente
- Não admite modalidade culposa 
- Pena da tentativa – a pena do crime tentado será a do crime consumado, diminuída de 1/3 a 2/3. Quanto mais próximo o agente chegar da consumação, menor será a redução
*Desistência voluntária:
- É a interrupção voluntária da execução do crime pelo agente, que impede, desse modo, a sua consumação. Nela dá-se o início da execução, porém o agente muda de idéia e, por sua própria vontade, interrompe a seqüência de atos executórios, fazendo com que o resultado não aconteça 
- Agente dono de sua vontade, podendo continuar na execução ( sem coação)
- Agente responde apenas pelos atos praticados
- Ponte de ouro oportuna para retirada do agente
- A mudança de atitude por parte do agente não precisa ser espontânea, basta que seja voluntária (pode ser por conselho de terceiros, mas não por proximidade da polícia)
- “Posso, mas não quero”
*Arrependimento eficaz:
- O agente, após encerrar a execução do crime, impede a produção do resultado. Nesse caso, a execução vai até o final, não sendo interrompida pelo autor. No entanto, este, após esgotar a atividade executória, arrepende-se e impede a consumação
- Ex: o agente descarrega a sua arma de fogo na vítima, ferindo-a gravemente, mas, arrependendo-se do desejo de matá-la, presta-lhe imediato e exitoso socorro, impedindo o evento letal 
- O arrependimento não precisa ser espontâneo, basta que seja voluntário.
- É preciso que o agente consiga impedir a consumação, caso não, responderá pela mesma
- Agente responde apenas pelos atos praticados
* Arrependimento posterior:
- É causa de diminuição de pena que ocorre nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, em que o agente, voluntariamente, repara o dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou queixa.
 
- Objetiva estimular a reparação do dano nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça
- A reparação do dano ou restituição da coisa deve ser sempre integral, a menos que a vítima ou seus herdeiros aceitem parte, renunciando ao restante.
* Concurso de pessoas: 
- Duas ou mais pessoas concorrem para a prática de uma mesma infração pena, respondendo cada uma conforme sua culpabilidade 
- Requisitos:
a) pluralidade de agentes e condutas
Cada um tem uma função na execução do crime
Ex: Caso Bruno: Bruno como mandante, Bola executor, etc
Ex 2: um furta, o outro vigia a retaguarda
b)relevância dos atos pra prática do crime
- Se a conduta for considerada irrelevante para o cometimento da ação penal, devemos desconsiderá-la e concluir que o agente não concorreu para o crime
- Ex: Maria quer matar Ana, e para isso pede a arma de Julia emprestada, contando o motivo, e Julia empresta. No dia, Maria encontra sua arma, e deixa a de Julia de lado, usando a própria. Neste caso, a conduta de Julia foi irrelevante, pois não influenciou no cometimento da infração penal.
c)Liame subjetivo entre agentes:
- agentes tem intenção de praticar o ato em conjunto, quando não, cada um responde isoladamente por sua conduta
-Ex: Pedro e Gabriel atiram contra José e ele morre, mas não se sabe quem o matou.
Havendo liame subjetivo, ambos respondem pelo crime consumado.
Não havendo liame subjetivo, cada um responde pela sua conduta isoladamente e, não se sabendo quem conseguiu acertar José, age o In dubio pro réu, e os dois são responsabilizados pela infração mais leve, tentativa de homicídio. 
-Ex 2: pessoas diferentes desconhecidas roubando o mesmo lugar, não há liame subjetivo, logo, não há concurso de pessoas.
Identidade de infração penal
- Os agentes, unidos pelo liame subjetivo, desejam praticar a mesma ação penal
- No concurso de pessoas, existe um crime único, e aqueles que concorrem para ele ( autores e partícipes) incidem nas penas a este cominadas, na medida da sua culpabilidade
*Agentes do crime:
1) Autor: pratica a conduta descrita no tipo penal, tem função essencial para o ato ilícito, se ele desistir, o crime não se consuma
2) Coautor: independente da execução material do delito, é considerado coautor se na divisão de tarefas lhe foi dada tarefa essencial para obtenção da meta visada, participação necessária ao cometimento da infração > não cabível para crimes culposos
-Autoria direta x indireta:
Direta: também chamado de autor executor, é o agente que tendo domínio dos fatos, realiza de forma dolosa e pessoal (com as próprias mãos) a ação típica
Indireta: quem comete o fato punível por meio de outra pessoa, através de:
a) Erro determinado por terceiro
Ex: médico que quer matar paciente e dá veneno para a enfermeira disfarçando-o como comprimido para dor de cabeça
b)coação moral irresistível
Ex: ameaça de matar família da pessoa, se ela não fizer o pedido
c)obediência hierárquica:
ex: policial que executa prisão a mando do delegado, que dizia já estar de posse da ordem, o delegado que deve responder pela sua conduta
-Crime próprio: só pode ser realizado por pessoas determinadas que gozem de condição especial exigida pelo tipo penal
Ex: infanticídio > mãe em estado puerperal
Ex2: peculato > funcionário público
-Crime de mão própria: é preciso que o sujeito ativo pratique a conduta pessoalmente, ou seja, é de natureza personalíssima, a autoria não pode ser transmitida a ninguém
Ex: Prestar falso testemunho > testemunha
Ex2: desertar > militar
-Autor intelectual: planeja os atos criminosos, podendo participar ou não na execução
-Autor colateral: dois agentes cometem o mesmo ato criminoso, porém sem liame subjetivo
Ex: Pedro e Paulo atiram em Maria quando ela passa para matá-la, sem que um soubesse da presença do outro
-Autor incerto: sabe-se quem são os possíveis autores, mas não se consegue saber com certeza quem produziu o resultado
-Autor desconhecido: não se sabe quem fez/ tentou executar o ato criminoso, de maneira que não se pode atribuí-lo a ninguém
 3)Partícipe: não desenvolvem atividade principais, mas funções secundárias que influenciam na prática da infração penal
- O partícipe só pode ser punido se o autor chegar a iniciar a execução
- se quis praticar delito menos grave, e acaba acontecendo o mais grave, o partícipe é punido de acordo com seu dolo, ou seja, o desvio subjetivo da conduta do autor não fará com que o partícipe seja punido pela mesma.
Participação: só é possível enquanto o delito está em execução
Moral:
-induzimento: incutir, fazer brotar a idéia do crime na cabeça do agente que não tinha a idéia criminosa
-instigação: reforçar, estimular a idéia criminosa que o agente já tinha
Obs: se desiste/ se arrepende e consegue impedir que o autor cometa a ação criminosa, não é responsabilizado penalmente
 
Material:
-cumplicidade: facilitar materialmente a prática do crime
-ex: emprestar a arma para quem se sabe que deseja matar inimigo
-Obs: se desiste de participar e consegue reaver os recursos materiais que serviriam para a prática delituosa, e ela ocorre com outros meios, o partícipe não é mais responsabilizado penalmente.
Princípio da legalidade:
1- Princípio da Taxatividade necessidade de descrever com precisão
2- Anterioridade: não vale para atos anteriores 
Art5º XXXIX: não há crime sem lei anterior que o 
defina (reserva de lei, anterioridade, taxatividade)
3- Reserva de Lei (origem): o que determina o que pode ser crime ou não na dimensão penal é exclusivo do legislativo
4- Vedação de Analogia ou extensão: interpretação, só pode ser usada para beneficiar o réu
Vedação bis in item: não ser julgado 2 vezes pelo mesmo crime
Ultraatividade da lei penal benigna/ irretroatividade da lei penal gravosa: lei posterior mais benéfica retroage para beneficiar o réu, ou seja, quem foi punido deixa de ser, atinge inclusive aqueles cuja sentença foi transitada em julgado, quando não, só vale dali pra frente, os mais antigos não mudam
Princípio da Fragmentariedade: violações mais graves, reserva-se o código penal. Condutas aceitas e difundidas socialmente (adequação social) ou condutas que embora constituam lesão formal, não causam lesão material relevante, não são tratadas pelo DP, que age como ultima ratio. O DP se ocupa da proteção dos bens essências a estabilidade e convivência social, como a vida, liberdade e integridade física.
Lei penal no espaço:
Local do crime é onde houve a ação/ omissão e onde se produziu ou deveriam se produzir seus resultados
Lei penal no tempo:
Considera-se tempo do crime aquele em que ocorreu a ação/ omissão, ainda que outro seja o momento do resultado
Lei brasileira: territorialidade
- território nacional, incluindo porto e espaço aéreo correpondente
- extensão: barcos e aeronaves de bandeira brasileira 
privados em alto-mar ou espaço aéreo correspondente, públicas em qualquer lugar e privadas estrangeiras em território nacional

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