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Jéssika Souza Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle e prevenção da Infecção Hospitalar nos últimos cinco anos: uma 
revisão integrativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPO GRANDE 
2012 
 
 
 
 
 
 
Jéssika Souza Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Controle e prevenção da Infecção Hospitalar nos últimos cinco anos: uma 
revisão integrativa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPO GRANDE 
2012 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Enfermagem 
da Universidade Federal de Mato 
Grosso do Sul como requisito parcial 
para obtenção do título de Bacharel em 
Enfermagem. 
 
Orientadora: Profª. Ma. Caroline Neris 
Ferreira Sarat. 
 
 
 
 
 
 
SANTOS, J.S. Controle e prevenção da Infecção Hospitalar nos últimos cinco 
anos: uma revisão integrativa. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul como 
requesito parcial para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. 
 
 
 
Aprovado em: Campo Grande, MS, ............ de .............................................. de 
2012. 
 
Resultado: 
................................................................................................................................. 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Orientador___________________________________________________________ 
Profª. Ma. Caroline Neris Ferreira Sarat. 
 
 
 
 
 
 
1 Examinador________________________________________________________ 
Profa. Msc. Vânia Paula Stolte 
 
 
 
 
 
2 Examinador________________________________________________________ 
Profa. Esp. Ieda Bispo 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho aos meus pais por sempre acreditarem no meu sucesso, 
assim como todos aqueles que torceram por mim durante esse tempo de vida 
acadêmica. 
 
 
Jéssika Souza Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus, por me direcionar e conceder a 
oportunidade de ter entrado em uma Universidade, pois sem o cuidado e amor dele 
isso não seria possível. 
Aos meus pais Pedro e Evelize por terem me guiado nos caminhos corretos, 
pelo incentivo, confiança que depositaram em mim durante todos esses anos. Amo 
vocês e nada do que disser ou escrever poderá retribuir tudo o que vocês fizeram 
por mim. 
A minha irmã Jhaiére por estar sempre perto em todos os momentos que 
precisei. 
Aos meus amigos e familiares que fizeram parte dessa etapa da minha vida e 
torceram sempre pelo meu sucesso. 
Ao meu amado esposo Moisés pela paciência, companheirismo e incentivo! 
A minha orientadora professora Ma. Caroline Neris Ferreira Sarat, que aceitou 
o pedido e que contribuiu e me ajudou muito, mesmo quando não parecia possível, 
pela sua dedicação e pelo seu exemplo de profissional na qual vou me espelhar e 
lembrar pelo resto da vida. 
Enfim, agradeço a todos que fazem parte da Universidade Federal de Mato 
Grosso do Sul que direta ou indiretamente fizeram parte desse caminho e que 
colaboraram para o meu crescimento como pessoa e minha formação profissional. 
 
Muito Obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Há aqueles que lutam um dia, e por isso são bons. Há 
aqueles que lutam muitos dias, e por isso são muito 
bons. Há aqueles que lutam anos, e são melhores 
ainda. Porém há aqueles que lutam toda a vida, esses 
são imprescindíveis.” 
Bertold Brecht 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Este estudo teve como objetivo caracterizar as evidências disponíveis em 
publicações científicas produzidas pela Enfermagem brasileira nos últimos cinco 
anos sobre a prevenção e o controle de infecção hospitalar e que medidas de 
prevenção e controle podem ser identificadas nas experiências abordadas nestes 
periódicos. O estudo foi realizado através do método da revisão integrativa, na qual 
foram pesquisados artigos com a palavra-chave “Infecção Hospitalar” no site Bireme, 
procurando captar a totalidade de artigos que abordassem a infecção hospitalar. 
Resultaram em 23 artigos, os quais constituem a amostra deste trabalho. Para 
análise e discussão dos resultados foram categorizados de acordo com seus 
objetivos, metodologias, referênciais teóricos, resultados, conclusões e 
recomendações. A análise dos artigos sugere e evidência a responsabilidade não só 
da equipe de enfermagem mais também da equipe de saúde em geral em prevenir e 
controlar a infecção. Trata-se também da importância de pequenas ações que a 
Enfermagem e Equipe de Saúde devem adotar e praticar no cotidiano, e que se 
realizadas com responsabilidade e corretamente irão fazer a diferença. 
 
 
 
 
Descritores: Infecção Hospitalar, Assistência de Enfermagem, Controle e 
Prevenção de Infecção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO......................................................................................09 
2. OBJETIVOS……………………………………………………………………….11 
3. MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................12 
3.1 Identificação do tema – questionamentos....................................................12 
3.2 Busca na literatura – amostragem................................................................12 
3.3 Categorização dos estudos..........................................................................13 
3.4 Avaliações dos estudos incluídos na Revisão Integrativa............................13 
4. REVISÃO DE LITERATURA......................................................................... 14 
4.1 Infecção Hospitalar.................................................................................... 14 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................... 17 
 5.1 Atuação da enfermagem no controle e prevenção de infecção hospitalar...22 
6. CONSIDERAÇÔES FINAIS.......................................................................... 26 
REFERÊNCIAS............................................................................................ 27 
 ANEXOS....................................................................................................... 30
9 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Infecção hospitalar (IH) é definida como aquela adquirida após a internação 
do paciente e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta quando 
puder ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares (BRASIL, 
2005). 
Os principais fatores que influenciam a aquisição de uma infecção de acordo 
com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2005) são: status 
imunológicos, uso abusivo de antibióticos, procedimentos invasivos, 
imunossupressão e falhas nos procedimentos de controle de infecção, o que torna a 
Infecção Hospitalar um problema de saúde pública. 
Diferentes microrganismos como bactérias, fungos, e vírus causam infecções 
hospitalares, os agentes etiológicos responsáveis pelas infecções hospitalares 
podem ser de duas fontes: a endógena e a exógena. As endógenas, responsáveis 
por cerca de 70% das infecções hospitalares, são provenientes da própria 
microbiana do indivíduo, enquanto as exógenas resultam da transmissão de 
micorganismos de outras fontes, que não o paciente (AGUIAR, SILVA e SANTOS, 
2008). Algumas IH são evitáveis e outras não. 
A epidemiologia e a prática do controle das infecções hospitalares são 
disciplinas dinâmicas que estão sofrendo evolução constante. O conhecimento dos 
mecanismos de transmissão, aliados a ampliação dos recursos diagnósticos 
laboratoriais, delinearam medidas objetivas para o controle. Entre os principais 
meios de prevenção incluem-se a lavagem de mãos, isolamento de doenças 
transmissíveis e medidas específicas para cada sítio de infecção. A prevenção das 
infecções hospitalares deve constituir o objetivo de todos os profissionaisde saúde 
(MACHADO et al, 2001). 
Os profissionais, por sua vez, precisam buscar novos conhecimentos, 
habilidades e atitudes sobre o assunto, fazendo com que, cada vez mais, seu 
trabalho seja valorizado e, ao mesmo tempo, indispensável dentro das instituições 
prestadoras de assistência à saúde, para que a assistência seja de qualidade e 
assim o controle e prevenção das infecções hospitalares (SILVA, 2005). 
10 
 
 
 
 
Outro ponto fundamental para o controle e prevenção da infecção é de que a 
equipe de enfermagem veja o cliente como um ser complexo, com suas 
individualidades e necessidades, isso diminuirá o tempo de internação e 
consequentemente o índice de infecções relacionadas a doença. Estudar 
indicadores epidemiológicos, avaliar condutas, intervir, sistematizar ações de 
prevenção de infecções permite antecipar danos assim como oferecer uma 
assistência igualitária e justa àquele que está sob cuidados (FONTANA, 2006). 
Para que essas mudanças aconteçam é preciso que todos os profissionais de 
saúde não só a enfermagem insiram essa nova maneira de agir em suas práticas 
diárias, pois, o controle e prevenção das infecções não servem apenas para 
proteger o cliente, mas também, a equipe e visitantes que utilizam a instituição. 
Levando em consideração o alto índice de Infecção Hospitalar (cerca de 5% a 
15% de pacientes contraem algum tipo de infecção) o que a torna um problema de 
saúde pública de grande complexidade, é preciso que todos os profissionais se 
conscientizem, pois, a prevenção e controle das infecções dependem da instituição 
hospitalar e de seus trabalhadores da equipe de saúde (OLIVEIRA e BETTCHER, 
2009). 
Para que a infecção seja prevenida e controlada temos que identificar a sua 
existência quer como esporádica, endêmica ou epidemiológica. 
Ações de prevenção e controle das infecções hospitalares precisam estar 
presentes no cotidiano de todos os trabalhadores da área da saúde, pois não se faz 
prevenção sem a participação de todos. Medidas voltadas à prevenção e ao controle 
das infecções hospitalares influenciarão na redução dos índices de morbidade e 
mortalidade dos pacientes/clientes e na redução dos custos (MACHADO et al, 
2001). 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
2. OBJETIVOS 
 
 
 
Este estudo tem como objetivo caracterizar as evidências disponíveis em 
publicações científicas produzidas pela Enfermagem brasileira nos últimos cinco 
anos sobre a prevenção e o controle de infecção hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Este estudo consiste em uma pesquisa, desenvolvida por meio do método da 
Revisão integrativa. É uma metodologia específica de pesquisa, que sintetiza um 
determinado assunto ou referencial teórico para se obter um entendimento e 
compreensão maior de uma questão, permite ampliação da análise da literatura. 
Esse método trás como principal ponto de desenvolvimento a Prática Baseada em 
Evidências e tem como pressuposto um processo de síntese da realidade 
pesquisada (MENDES; SILVEIRA E GALVÂO, 2008). 
 
3.1 Identificação do tema – questionamentos 
 
Inicialmente foi definida a Infecção Hospitalar como tema desta revisão, uma 
vez que esse assunto tem uma grande importância dentro do espaço de prática da 
enfermagem e dentro dos hospitais. Ainda nesta etapa de definição do tema a ser 
pesquisado, ficou decidido que um subtema iria orientar a pesquisa: Controle e 
prevenção da Infecção Hospitalar nos últimos cinco anos. 
 Duas questões norteadoras emergiram dessa decisão: (1) qual é o papel da 
enfermagem na prevenção e controle da infecção hospitalar apresentados nos 
periódicos científicos da área nos últimos cinco anos? (2) que medidas para o 
controle e prevenção estão sendo usadas na prática de trabalho da equipe de 
enfermagem 
 
3.2 Busca na literatura – amostragem 
 
A coleta das informações para essa pesquisa bibliográfica, realizada de abril a 
setembro de 2012, se deu por meio da exploração da base de dados da Biblioteca 
Virtual em Saúde (BVS), acessada através da Bireme. Foram pesquisados artigos 
na língua portuguesa, que estavam disponíveis na íntegra no período de 2007 à 
2012. Foram excluídos da amostra os artigos não correspondiam ao tema proposto 
e não estavam disponíveis na íntegra. O período de identificação das referências se 
concentrou no mês de outubro de 2012. 
13 
 
 
 
 
A busca na base de dados foi orientada pelas palavras chaves “infecção 
hospitalar” “controle e prevenção” “enfermagem”, buscando-se, com isto, captar a 
totalidade de artigos publicados no período proposto que abordasse o papel da 
enfermagem dentro do controle e prevenção da infecção hospitalar. 
 
3.3 Categorização dos estudos 
 
Esta etapa propôs a elaboração de instrumentos que arganizarão 
adequadamente a extração das informações dos estudos que foram selecionados, 
com finalidade de facilitar a análise e avaliar adequadamente o nível das evidências 
pesquisadas. Essa etapa possibilita a determinação e a confiança dos resultados e 
fortalece as conclusões sobre o estado atual do tema investigado (MENDES; 
SILVEIRA E GALVÂO, 2008). Foram estabelecidas duas categorias: infecção 
hospitalar e atuação da enfermagem no controle e a prevenção da infecção 
hospitalar. 
 
3.4 Avaliações dos estudos incluídos na Revisão Integrativa 
 
Visando garantir o desenvolvimento da revisão com rigor metodológico, os 
dados foram coletados utilizando o protocolo (Anexo A) proposto por Sarat (2007) 
contendo os elementos constituintes da pesquisa. Foi realizada uma análise 
descritiva após leitura na íntegra dos trabalhos selecionados. 
Ao término na analíse da amostra, concluiu-se que os artigos selecionados 
permitiam responder às questões propostas neste estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
4. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
4.1 Infecção Hospitalar 
 
Estudos mostram que as Infecções Hospitalares já existiam antes mesmo de 
Cristo, porém, em 1980, com o episódio da morte do presidente Tancredo Neves, a 
infecção hospitalar torna-se popular pelo trabalho realizado pela mídia. É nesse 
período que começam, então, as denúncias das infecções hospitalares, e seus 
riscos passam a fazer parte do cotidiano da população brasileira, por meio das 
manchetes dos jornais, tornando assim, IH um problema de saúde pública. E foi 
depois desse acontecido, que comissões de controle de infcções foram criadas 
assim como protocolos relacionados ao controle e prevenção. 
É um problema que acomete cerca de 15% dos pacientes internados nos 
hospitais hoje, e vem crescendo a cada dia segundo estatísticas mostradas. É 
considerado também como um problema n qualidade da assistência à saúde, devido 
a sua incidência e aumento da morbi mortalidade, custos altos para os hospitais, 
causando consequências sociais, econômicas e humanas (CUCOLO, FARIA e 
CESARINO, 2007). 
Qualquer pessoa internada em um ambiente hospitalar para diagnóstico ou 
tratamento médico está sujeito a adquirir algum tipo de infecção hospitalar. A 
frequência das infecções variam de acordo com cada paciente e o estado que ele se 
encontra. Dentre os fatores que influenciam a aquisição de uma infecção estão o 
status imunológicos, uso abusivo de antibióticos, procedimentos invasivos, 
imunossupressão e falhas nos procedimentos de controle de infecção, o que torna a 
Infecção Hospitalar um problema de saúde pública, que segundo estudos cerca de 
15% dos pacientes contraem algum tipo (OLIVEIRA e BETTCHER, 2009). 
Segundo estudos grande parte das infecções são trazidas pelos próprios 
funcionários para dentro dos hospitais, e cerca de 20% a 30% dos profissionais 
estão colonizados por bactérias o que os torna fontes importantes de transmissão 
vertical de infecçõe (SILVA et al, 2012). 
. A maioria das IH manifestam-se como complicações dos pacientes 
gravementeenfermos, em consequência da hospitalização e da realização de 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tancredo_Neves
15 
 
 
 
 
procedimentos invasivos ou imunossupressores a que o doente, correta ou 
incorretamente, foi submetido (MOURA et al, 2007). 
Infecções preveníveis são aquelas em que se pode interferir na cadeia de 
transmissão dos microrganismos. A interrupção dessa cadeia pode ser realizada por 
meio de medidas reconhecidamente eficazes como a lavagem das mãos, o 
processamento dos artigos e superfícies, a utilização dos equipamentos de proteção 
individual, no caso do risco laboral e a observação das medidas de assepsia. 
Infecções não preveníveis são aquelas que ocorrem a despeito de todas as 
precauções adotadas, como pode-se constatar em pacientes imunologicamente 
comprometidos, originárias a partir da sua microbiota. 
De acordo com pesquisas as infecções mais comuns no meio hospitalar são: 
Infecções Urinárias é uma das doenças mais freqüentes entre os pacientes 
internados, é a infecção hospitalar relacionada a procedimentos invasivos mais 
comum, compreendendo mais de 40% de todas as infecções adquiridas em 
instituições. Cerca de 70% a 88% dos casos de infecções do trato urinário ocorrem 
em pacientes submetidos a cateterismo vesical e 5% a 10% em pacientes após 
cistoscopias ou procedimentos cirúrgicos com manipulação do trato urinário. 
 Infecções Cirúrgicas é uma das causas mais comuns de infecção hospitalar 
nos hospitais, 14 à 16% das IH está relacionada com o sítio cirúrgico. Deve-se ser 
levado em consideração o diagnóstico precoce através de algumas estapas: tempo 
de observação, classificação e orgão afetado. As principais fontes de transmissão de 
infecção no paciente no centro cirúrgico são: o paciente, os funcionários do Centro 
Cirúrgico, o ambiente e os materiais e equipamentos. Entretanto, há que se 
considerar que cada uma dessas fontes tem sua ordem de importância, dependendo 
das próprias condições do paciente e dos procedimentos realizados; por isso o 
cuidado deve ser redobrado com a manupulação dos materias que serão usados e 
com o paciente. 
Infecções Respiratórias a taxa varia de 0,5% a 1% dos pacientes internados, 
dentre as IH respiratórias estão a Pneumonia que tem autos índices entre os 
pacientes. Uma das conseqüências importantes da pneumonia hospitalar para a 
instituição é o aumento do tempo de internação, tanto em unidades de terapia 
intensiva como em enfermarias. é fundamental a aplicação de normas bem 
16 
 
 
 
 
estabelecidas para a prevenção de tais infecções a fim de que esta realidade se 
modifique. 
 Infecções presentes na corrente sangínea, esse tipo de infecção pode ser 
considerada um infecção que não ocorre com frequência em relação as outras já 
citadas, embora, quando ocorre esse tipo de infecção é importante que se leve muito 
a sério pois, ela é letal se não tratada corretamente e diagnósticada precocemente 
(ANVISA, 2010). 
As infecções podem, parecer simples mais se agravam com o passar dos 
dias, portanto quanto antes o seu tratamento mais rápido o combate dela. Os sinais 
e sintomas podem ser febre, dor, calor, rubor, edema no local afetado e varia de 
intensidade conforme o paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A apresentação e a discussão dos resultados da revisão integrativa serão 
realizadas simultaneamente neste tópico. 
Foi fundamental nesta fase da revisão todas as características e os resultados 
dos estudos que compunham a amostra fossem levados em consideração e que 
fossem explicados, claramente, os procedimentos realizados nas etapas anteriores, 
para que a conclusão expressasse a síntese das evidências disponíveis na literatura 
(MENDES; SILVEIRA E GALVÂO, 2008). 
Aplicando os critérios de inclusão e exclusão, a amostra final foi constituída 
de 23 artigos. 
 
Quadro 1 – Publicações científicas produzidas pela Enfermagem brasileira nos 
últimos cinco anos sobre a prevenção e o controle da infecção hospitalar. 
Artigo Análise 
AGUIAR, D. F.; LIMA, A. B.; 
SANTOS, R. B. Uso das preucações-
padrão na assistência de 
enfermagem: um estudo 
restropectivo. Rev Enferm, set; 
12(3):571-75, 2008. 
Identificaram-se os requisitos 
universais sobre técnicas e 
procedimentos de precauções para 
prevenção e controle de infecção 
hospitalar. 
ANDERS, P. S.; TIPPLE, A. F. V.; 
PIMENTA, F.C. Kits para aerosol em 
um serviço de saúde: uma analíse 
microbiológica após 
reprocessamento. Rev Esc Enferm 
USP., 42(2):276-81, 2008. 
Verifica-se a possível contaminação 
microbiana em Kits para aerosol e 
identificação de microorganismos 
isolados. Padronização de normas e 
rotinas para melhor reprocessamento 
de artigos, educação permanente dos 
profissionaisque contribui para a 
diminuição de fatores de riscos de 
infecções e melhoria na assistência. 
CAIS, D. P.; et al. Infecções em 
pacientes submetidos a 
procedimentos hemodialítico: revisão 
sistemática. Rev Bras Ter Intensiva., 
21(3):269-275, 2009. 
Identificaram-se requisitos de 
avaliação sobre os procedimentos 
dialíticos que tem a infecção como 
principal complicação, uma revisão de 
literatura sobre infecções em 
pacientes submetidos a esse 
procedimento. Evidenciou-se a 
necessidade de estudos sobre a 
incidência de infecção ao paciente 
18 
 
 
 
 
critíco, com finalidade de direcionar 
medidas de prevenção e controle 
adequadas. 
CORREA, K. L. G.; et al. Diferença de 
tempo de positividade: método útil no 
diagnóstico de infecção de corrente 
sanguínea relacionada com cateter. 
Bras Patol Med Lab., v.8 n.3 p.195-
202, junho:2012. 
Identificam-se avaliações na rotina de 
DTP como ferramenta auxiliar no 
diagnóstico de ICSRC e determinação 
dos principais microorganismos 
isolados. Determinar a DTP como 
ferramenta auxiliar no diagnóstico de 
ICSRC. 
CUCOLO, D. F.; FARIA, J. I. L.; 
CESARINO, C. B. Avaliação 
emancipatória de um prograna 
educativo do serviço de controle de 
infecção hospitalar. Acta Paul 
Enferm., 20(1):49-54, 2007. 
Identificam-se os requisitos de 
avaliação emancipatótia pata 
subsidiar a transformação no 
Programa Educativo do Serviço de 
Infecção Hospitalar de um hospital de 
Ensino. Envolver os profissionais para 
restruturação do programa. 
FERREIRA, M. A.; ANDRADE, D.; 
RIGOTTI, M. A.; FERREIRA, M. V. F. 
Condições de limpeza de superfícies 
próximas ao paciente, em uma 
unidade de terapia intensiva. Rev 
Enferm., 19(3):08telas, 2011. 
Identificam-se os requisitos de 
avaliação para as condições de 
limpeza e desinfecção de quatro 
superfícies próximas ao paciente após 
o processo de limpeza. Rever a rotina 
de limpeza. 
FERREIRA, M. A.; ANDRADE, D.; 
HAAS, V. J. Contaminação 
microbiana das luvas de 
procedimentos após a abertura da 
caixa e durante a exposição 
ambiental. Rev esc Enferm USP., 
45(3):745-50, 2011. 
Identificam-se os requisitos para 
quantificar as unidade formadoras de 
colônias das luvas de latéx após a 
abertura das caixas. Verificar tempo 
de exposição e mudar rotina. 
KUSAHARA, D. M.; et al. Colonização 
orofarínge de crianças à admissao em 
uma unidade de cuidados intensivos. 
Acta Paul Enferm., 20(4)-421-7, 2007. 
Identificam-se aos requisitos de 
identificação do padrão microbiológico 
da colonização da orofaringe de 
crianças à admissão em unidade de 
cuidados intensivos pediátricos e 
verificação da influência de 
características relativas a terapêutica 
implementada antes da admissão. 
Invetigação do padrão microbiológico 
da colonização. 
LIMA, M. E.; ANDRADE, D.; HAAS, V. 
J. Avaliação prospectiva da 
ocorrência de infecção em pacientes 
Identificaram-se os requisitos de 
avaliação de infecção relacinada a 
procedimentos invasivos que resultam 
19 
 
 
 
 
críticos de unidade de terapia 
intensiva. Rev Bras Ter Intensiva., 
vol.19 n. 3,jul-set, 2007. 
na contração de infecções. Atuação 
sobre as situações, visando todos os 
fatores, não somente para aqueles 
que forem de risco. 
MARTINEZ, M. R.; CAMPOS, A. 
F.L.A.; NOGUEIRA, K. P. C. Adesão à 
técnica de lavagem de mãos em 
unidade de terapía intensiva neonatal. 
Rev Paul Pediatri., 27(2):179-85, 
2009. 
Identificaram-se os requisitos 
universais da técnica de lavagem das 
mãos. Deficit na realização adequada 
da técnica. Realizado programas 
educacionais para melhor adesão dos 
profissionais de saúde. 
MENDONÇA, K. M.; et al.Atuação da 
enfermagem na prevenção e controle 
de infecção de corrente sanguínea 
relacionada a cateter. Rev Enferm 
UERI., 19(2):330-3, 2011. 
Identificam-se requisitos relacionados 
a medidas preventivas relacionadas 
aos procedimentos com acesso 
vascular, evidenciando o papel da 
equipe sob a prespectiva de 
prevenção e controle de infecções de 
corrente sanguínea. Mudança de 
comportamento dos profissionais. 
MENDONÇA, S. H. F.; LACERDA, R. 
A. Impacto dos conectores sem 
agulhas na infecçãp da corrente 
sangínea: revisão sistemática. Acta 
Paul enferm., 23(4):568-73, 2010. 
 
Evidencia-se o impacto do uso de 
conectores sem agulhas para sistema 
fechado de infusão na ocorrência de 
infecção da corrente sanguína 
relacionada ao cateter venoso central. 
Recomendação do uso de de um tipo 
específico de conector sem agulha. 
MOURA, M. E. B.; et al. Infecção 
hospitalar: estudo de prevalência em 
um hospital público de ensino. Rev 
Bras Enferm, jul-ago; 60(4):416-21. 
Brasília, 2007. 
Identificam-se os requisitos de 
determinação da prevalência de 
infecção hospitalar e distribuição por 
topografia e por microorganismos e 
suas sensibilidades antimicrobianas. 
Implementação de medidas de 
preucações, isolamento, lavagem das 
mãos, higienização do ambiente, 
identificação de bactérias 
multiresistentes é medida importantes 
e determinates que podem interferir 
nos resultados com redução das 
taxas de prevalência de infecção 
hospitalar. 
MOURA, M. E. B.; et al. Infecção 
hospitalar no olhar de enfermeiros 
portugueses: representações sociais. 
Rev Enferm, out-dez; 17(4):743-9. 
Identificam-se os requisitos sobre as 
apresentações sociais sobre infecção 
hospitalar elaboradas por enfermeiros 
portugueses.Preoucupação dos 
20 
 
 
 
 
Florianopólis,2008 enfermeiros com os aspectos 
relacionados à política institucional e 
funcional adotada na prevenção e no 
tratamento das infecções 
hospitalares. 
OLIVEIRA, C. A.; CARDOSO, C. S.; 
MASCARENHAS, D. Conhecimentos 
e comportamento dos profissionais de 
um centro de terapia intensiva em 
relação à doação das preucações de 
contato. Rev Enferm. USP, set-out. 
2009. 
Identificaram-se os requisitos no uso 
das preucações preconizadas na 
assitência da enfermagem. Identifica 
o deficit do conhecimento e 
comportamento dos profissionais de 
em relação a preucação de contato 
para o controle de infecção hospitalar. 
Realiza avaliação dos profissionais. 
OLIVEIRA, A, C.; BETTCHER, L. 
Aspectos epidemiológicos da 
ocorrência de enterococcus resistente 
a vancomicina. Rev Esc Enferm USP., 
44(3):725-31, 2009. 
Objetivou-se identificar aspectos 
epidemiológicos que envolvem 
enterococcus resistente a 
vancomicina e descrição da evolução 
dos pacientes. Recomendações de 
controle da residência bacteriana 
devem ser colocadas no cotidiano, 
visando a reduçao da mortalidade, 
morbidade, custos hospitalares e 
consequentemente uma melhoria na 
qualidade da assistência ao paciente. 
OLIVEIRA, A. C.; CIOSAK, S. I.; 
D’LORENZO, C. Vigilância pós alta e 
o seu impacto na incidência da 
infecção do sítio cirurgico. Rev Esc 
Enferm USP., 41(4):653-9, 2007. 
Objetivou-se identificara incidência de 
infecção no sítio cirúrgico de 
pacientes submetidoa a à cirurgia de 
obesidade mórbida e gástrica. Avaliar 
e reavaliar a importância do 
acompanhamento pós alta a fim de 
melhorar a confiabilidade das taxas 
de incidência de infecção. 
OLIVEIRA, A. C.; CARDOSO, C. S.; 
MASCARENHAS, D. Preucações de 
contato em unidade de terapia 
intensiva: fatores facilitadores e 
dificultadores para adesão dos 
profissionais. Rev Esc Enferm USP., 
44(1):161-5, 2010. 
Identificaram-se os requisitos que 
facilitam e dificultam a adesão às 
preucações de contato em por parte 
dos profissionais no CTI. 
Implementação de medidas de 
preucações a fim de minimizar a ação 
de microorganismos resistentes. 
RABELO, A. H. S.; SOUZA, T. V. O 
conhecimento do 
familiar/acompanhante acerca da 
preocupação de contato: 
Identificam-se os requisitos para 
orientação dos familiares, a fim de 
contribuir para controle da infecção 
hospitalar. Orientação adequada para 
21 
 
 
 
 
contribuições para a enfermagem. 
Rev Enferm., abr-jun; 13(2):271-78, 
2009. 
que possam colocar em prática, tirar 
dúvidas dos familiares para que as 
orientações sejam válidas. 
SANHUDO, N. F.; MOREIRA, M. C.; 
CARVALHO, V. Tendências da 
produção do conhecimento de 
enfermagem no controle de infecção 
em oncologia. Rev Gaúcha Enferm, 
jun;32(2)-402-10. Posto Alegre, 2011. 
Identificam-se análises acerca do 
controle de infecção nos clientes com 
cãncer. Construção de ações voltadas 
no assunbto com uma visão 
sistemática, considerando a 
complexidade envolvendo os 
profissionais na prestação do cuidado 
de enfermagem. 
SILVA, E. C. B. F.; et al. Colonização 
pelo staphylococcus aureus em 
profissionais de enfermagem de um 
hospital escola de pernambuco. Rev 
Esc Enferm USP., 46(1):132-7, 2012. 
Identificam-se os requisitos de 
identificação da prevalência de 
colonização de taphylococcus em 
profissionais da enfermagem. 
Métodos de vigilância devem ser 
adotados a fim de minimizar a 
transferência desse microorganismo e 
rtedução de infecções. 
STORTI, A.; et al. Biofilme detectado 
em ponta de cateter venoso central 
por cultura usando método 
quantitativo. RBAC UNESP, vol.39(3): 
183-187, 2007. 
 
Identificam-se os requisitos de 
detecção da presença de 
microorganismos que colonizam 
cateteres venosos centrais usando 
método quantitativo de cultura. 
Detecção do biofilme e influência do 
mesmo na infecção relacionada ao 
cateter. 
TIPPLE, A. F. V.; et al. O 
monitoramento de processos físicos 
de esterilização em hospitais do 
interior do estado de goiás. Rev Esc 
Enferm., 45(3):751-7, 2011. 
 
Identificaram-se os requisitos de 
identificação da não realização de 
controle físico, químico e biológico 
dos processos de esterilização. Ações 
educativas e de vigilância para uma 
prática segura para beneficiar os 
clientes, profissionais e instituição. 
 
Nesta análise é válido destacar que os artigos escolhidos estão disponíveis 
em sua forma original e em língua portuguesa, o que possibilita a facilidade de 
manuseio. Com as publicações desses artigos a enfermagem ganha espaço e 
importância no meio cientifico, o que possibilita a aquisição de novos conhecimentos 
sobre assuntos que já fazem parte do nosso dia a dia. Vale ressaltar que os autores 
22 
 
 
 
 
citados embora abordarem temas diferentes, complementam a ideia do outro, 
facilitando assim a visão critica sobre o assunto proposto. 
A analíse sugere a existência de novos hábitos e nova postura para equipe de 
enfermagem, permitindo a formulação de críticas com enfoque no trabalho que a 
enfermagem vem fazendo e no que pode melhorar. 
A análise dos artigos também contribuirá para que novas pesquisas ciêntificas 
voltadas para esse assunto surjam, para que a equipe de enfermagem posso se 
tornar atualizada em seu conhecimento e assim garantir uma assistência de 
qualidade prestada ao paciente hospitalizado. 
No caso especifico da importância do controle e prevenção das infecções, 
este é um tema que merece ser explorado em pesquisas. Esses artigos têm grande 
valia para a observação e reflexãoe a um olhar crítico, não só, sobre como a 
enfermagem tem realizado o seu papel para a diminuição do índice de IH, mas, 
também, sobre que impacto essas abordagens estão influenciando novas atitudes 
no serviço. 
 
5.1 Atuação da enfermagem no controle e prevenção de infecção hospitalar 
 
Para que o controle e prevenção das infecções tenha sucesso é necessário 
que a equipe utilize os métodos de forma correta antes mesmo da internação do 
paciente (AGUIAR, SILVA e SANTOS, 2008). 
O número de infecções hospitalares, e das outras infecções também, pode 
ser reduzido em grande escala se for posto em prática hábitos simples. 
A lavagem das mãos (impede a transferência de microorganismos presentes 
nas mãos para os pacientes) feita de forma correta e por todos que de certa forma 
estão em contato com o paciente; visitantes, acompanhantes e os profissionais que 
devem ter sempre essa preocupação para não servirem de veículos dos agentes de 
contaminação e possível infecção, nota-se que a técnica principalmente por parte 
dos profissionais da enfermagem não está sendo seguida de forma uniforme dentro 
dos hospitais (MARTINEZ, CAMPOS e NOGUEIRA, 2009). 
É importante que a equipe de enfermagem oriente as pessoas que estarão 
em cotato com o paciente quanto aos cuidados que devem ser tomados pra a 
23 
 
 
 
 
prevenção da infecção uma vez que eles estarão em contato direto com o paciente 
hospitalizado (RABELO e SOUZA, 2009). 
Um ponto fundamental para prevenção e controle de infecções e treinar e 
capacitar a equipe de limpeza para que as medidas corretas sejam feitas. A limpeza 
deve ser feita diariamente no chão, ou sempre que necessário, medidas simples no 
processo de limpeza pode alcançar melhorias substanciais que poderão influenciar a 
redução dos índices de infecção (FERREIRA et al, 2011). 
A prevenção das infecções hospitalares deve constituir o objetivo de todos os 
profissionais de saúde (MENDONÇA et al, 2011). 
Isolamento de doenças transmissíveis e medidas específicas para cada sítio 
de infecção, assim como o isolamento de pacientes imunodeprimidos uma vez que 
esses pacientes tem maior risco de contração de infecção devido seu estado, 
evitando o contato desses pacientes com os outros; isso leva também a equipe a 
tomar os devidos cuidados quando manusear esse paciente isolado, usando EPIs 
(paramentação) o que vai proteger tanto o paciente como o profissional que esta em 
contato direto com esse paciente; lavagem das mãos toda vez que entrar e sair do 
isolamento, essa medidas simples vem sendo negligenciada pela equipe 
(SANHUDO, MOREIRA e CARVALHO, 2011). Evidencia-se que grande parte dos 
profissionais inseridos nos hospitais não possui conhecimento e comportamento 
adequados quanto á precaução de contato, o que leva a necessidade da elaboração 
implementação de atividades de orientação direcionadas para a equipe de 
enfermagem (OLIVEIRA, CARDOSO e MASCARENHAS, 2008). 
Também favorecem o desenvolvimento das infecções os procedimentos 
invasivos terapêuticos ou para diagnósticos, por isso o cuidado com o manuseio 
com os materiais que serão usados no paciente, pois podem veicular agentes 
infecciosos no momento de sua realização ou durante a sua permanência 
(MENDONÇA et al, 2011). É sempre bom frisar que o tempo de permanência dos 
acessos, técnica de inserção, são fatores de suma importância que deve ser 
lembrado todos os dias na prática, pois, esse fator é um dos principais meios de 
cultura de microorganismos que leva as infecções até o organismo do paciente, 
portanto a equipe de enfermagem deve ter responsabilidade em oferecer serviço de 
qualidade e que deram conforto e segurança ao paciente (STORI et al, 2007). O 
enfermeiro deve orientar e supervisionar a equipe quanto os riscos que uma técnica 
24 
 
 
 
 
mal realizada pode causar e que a manutenção dos acessos deve ser realizada 
conforme protocolos existentes (MENDOÇA et al, 2011). 
O uso abusivo de antibióticos dentro dos hospitais pela equipe médica torna 
os mircroorganismos resistentes, o que nos leva a pensar que devemos ter cuidado 
quanto à administração desses medicamentos, pois uma vez resistente torna-se um 
meio muito forte de contração de infecção, impossibilitando o tratamento devido a 
resistência dos microorganismos (MOURA et AL, 2008). Equipes de vigilância 
devem ser formadas a fim de realizar o diagnóstico precoce de pacientes que são 
resistentes aos medicamentos para que o controle das infecções sejam feitos 
através de novas técnicas e medicamentos que possam irradiar o foco (OLIVEIRA e 
BETTCHER, 2009). 
Os hospitais por sua vez, não estão realizando corretamente o controle e 
monitoramento dos materiais que serão esterilizados e limpos, o que nos chama 
atenção, pois esses mesmos materiais que já foram utilizados estão “contaminados” 
e deveriam ser tratados e valorizados com muita importância uma vez que serão 
reutilizados, tornando-se meio de transmissão de infecções (TIPPLE et al, 2011). 
Vale ressaltar que tanto na parte gerencial ou assistencial faz-se necessária 
uma boa supervisão da parte da enfermagem o que possibilita a detecção precoce 
de possíveis focos de infecções, assim como programas de educação permanente 
voltados para o assunto, como estratégia de implementação de medidas eficazes na 
busca de melhorias para diminuição dos índices de IH, gerando assim um olhar 
diferente que possibilitará novos hábitos e uma nova postura dos profissionais, 
assim como medidas de vigilância devem ser adotadas pela equipe visando 
minimizar o problema (MENDONÇA et al, 2011). 
Ações educativas e permanentes proporcionam para a equipe um nível maior 
de conhecimento, criação de novas atitudes por parte dos profissionais e assim a 
melhora dos índices de IH. O enfermeiro tem papel importante durante a ações que 
serão direcionadas a equipe, pois, a ele compete planejar, implementar e participar 
diretamente dessas ações de formação e qualificação da sua equipe além de 
promover saúde e garantir uma avaliação adequada dos serviços prestados aos 
pacientes a fim de prevenir e controlar os índices de IH (CUCOLO, FARIA e 
CESARINO, 2007). 
25 
 
 
 
 
Neste estudo fica evidenciado que a maioria das publicações sobre IH, visa 
identificar medidas preventivas simples que a equipe de enfermagem pode adotar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A Enfermagem tem papel fundamental para que o controle e prevenção desse 
problema considerado de saúde pública. O papel do enfermeiro é preconizado em 
quatro áreas, a saber: administrativa, assistencial, ensino e pesquisa. No papel 
administrativo, o enfermeiro realiza o planejamento, a organização, a direção e o 
controle das atividades desenvolvidas nesta unidade. No papel assistencial, elabora 
um plano de cuidados, utilizando metodologia científica para prestar assistência 
individualizada e o papel de ensino é relevante porque estimula o enfermeiro a 
buscar conhecimento para propiciar o aperfeiçoamento da equipe de enfermagem. 
Os hospitais por sua vez devem contar com uma Comissão de Controle de 
Infecção Hospitalar (CCIH) para: fazer o diagnóstico de casos de infecção hospitalar, 
padronizar as técnicas de assepsia, promover o treinamento de funcionários, ajudar 
no planejamento do espaço físico do hospital, controlar a utilização 
de antibióticos no trato das infecções (para impedir o uso abusivo), entre outras 
atribuições. A realização de medidas simples, que devem ser realizadas no dia a dia, 
devem ser levadas mais a sério, de forma que essas pequenas mudanças façam a 
diferença. 
Deste modo, foi importante conhecer e reconhecer o que já foi pesquisado e 
subsidiar possíveis adaptações para tornar a adesão de medida simples no controle 
e prevenção de infecções hospitalares. A ocorrência dasinfecções está associada 
na adesão dos profissionais as condutas para prevenção e controle, diante disto é 
possível afirmar que a Enfermagem tem papel de destaque no controle e prevenção 
de infecções, promovendo segurança e melhor qualidade dos serviços prestados 
aos clientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.infoescola.com/medicina/antibioticos/
27 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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OLIVEIRA, A. C.; CIOSAK, S. I.; D’LORENZO, C. Vigilância pós alta e o seu 
impacto na incidência da infecção do sítio cirurgico. Rev Esc Enferm USP., 
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29 
 
 
 
 
OLIVEIRA, A. C.; CARDOSO, C. S.; MASCARENHAS, D. Preucações de contato 
em unidade de terapia intensiva: fatores facilitadores e dificultadores para 
adesão dos profissionais. Rev Esc Enferm USP., 44(1):161-5, 2010. 
 
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acerca da preocupação de contato: contribuições para a enfermagem. Rev 
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SANHUDO, N. F.; MOREIRA, M. C.; CARVALHO, V. Tendências da produção do 
conhecimento de enfermagem no controle de infecção em oncologia. Rev 
Gaúcha Enferm, jun;32(2)-402-10. Posto Alegre, 2011. 
 
SARAT, C. N. F. Aplicação da teoria de orem na prática de enfermagem: análise 
de comunicações científicas . Dissertação, 96p. Rio de Janeiro, 2007. 
 
SILVA, A.C. et al. A infecção hospitalar e suas implicações para o cuidar da 
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SILVA, E. C. B. F.; et al. Colonização pelo staphylococcus aureus em 
profissionais de enfermagem de um hospital escola de pernambuco. Rev Esc 
Enferm USP., 46(1):132-7, 2012. 
 
STORTI, A.; et al. Biofilme detectado em ponta de cateter venoso central por 
cultura usando método quantitativo. RBAC UNESP, vol.39(3): 183-187, 2007. 
 
TIPPLE, A. F. V.; et al. O monitoramento de processos físicos de esterilização 
em hospitais do interior do estado de Goiás. Rev Esc Enferm., 45(3):751-7, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
Anexo A – Protocolo para análise de artigo (adaptado de SARAT, 2007). 
 
Identificação do artigo 
 
Título:_________________________________________________________
______________________________________________________ 
 
Periódico:__________________________________________________ 
 
Ano de publicação:______ 
 
Ano de realização da pesquisa:_______ 
 
Palavras-chave/unitermos:_____________________________________ 
__________________________________________________________ 
 
Trabalhos derivados ou recortes: 
( ) teses ( ) dissertações 
 ( ) monografia especialização ( ) monografia graduação 
( ) monografia iniciação científica ( ) não se aplica 
 
Identificação dos autores 
 1 Profissão/ocupação: ( ) enfermeiro ( ) outros profissionais 
 ( ) graduando 
 Se enfermeiro: ( ) assistencial ( ) docente ( ) ambos 
 
Titulação: ( ) graduação ( ) especialização 
 ( ) mestrado ( ) doutorado 
 Cidade de origem do pesquisador:______________________________ 
 
2 Profissão/ocupação: ( ) enfermeiro ( ) outros profissionais 
 ( ) graduando 
 Se enfermeiro: ( ) assistencial ( ) docente ( ) ambos 
 
Titulação: ( ) graduação ( ) especialização 
 ( ) mestrado ( ) doutorado 
 Cidade de origem do pesquisador:______________________________ 
 
3 Profissão/ocupação: ( ) enfermeiro ( ) outros profissionais 
 ( ) graduando 
 Se enfermeiro: ( ) assistencial ( ) docente ( ) ambos 
 
Titulação: ( ) graduação ( ) especialização 
 ( ) mestrado ( ) doutorado 
 
Cidade de origem do pesquisador:______________________________ 
Características do artigo 
31 
 
 
 
 
Delineamento do estudo 
( ) Quantitativo ( ) Qualitativo ( ) Quanti-quali 
( ) Não discriminado 
 
Estudo quantitativo 
 ( ) Experimental ( ) Quase-experimental 
( ) Não-experimental/ Descritivo ( ) Revisão bibliográfica 
 
Estudo qualitativo 
 ( ) Etnografia ( ) Fenomenologia 
 ( ) Teoria fundamentada nos dados ( ) Materialista dialético 
 ( ) Outros Qual?____________________________________________ 
 
Característica dos clientes (sujeitos) da pesquisa 
 ( ) Criança ( ) Jovem ( ) Adulto 
 ( ) Idoso ( ) OutrosQual?___________________________ 
 
Cenário 
 ( ) Ambulatorial ( ) Domiciliar ( ) Hospitalar 
 ( ) Não se aplica ( ) outros Qual?___________________________ 
 
Patologia associada? 
( ) Não ( ) sim Qual?_____________________ 
 
 
Objetivos 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
_______________________________________________________

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