Buscar

Aula 2 - Raças Suínas e Seleção

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari 
Alberto Gonçalves Evangelista 
Suinocultura 
 
 
1 
RAÇAS SUÍNAS E SELEÇÃO 
A origem da domesticação foi há 10 mil anos, iniciando na Turquia e China. A partir do século XX 
iniciou-se o melhoramento genético para potencializar a produção. O suíno doméstico foi 
resultado do cruzamento de duas subespécies de javali, a asiática e europeia. Todos os suínos 
domésticos descendem do javali e evoluíram pela domesticação. Um suíno tipo carne tem 30% 
de anterior e 70% de posterior, pois é na parte posterior que estão as carnes nobres. A forma 
do corpo determina sua função produtiva, que atualmente é voltada para carne. O traseiro é 
amplo e largo, linha dorso lombar comprida e menos espessura de gordura. 
As principais raças são: 
 Large White – Possui origem inglesa. Sua pelagem é branca, possui alta prolificidade e 
excelente habilidade materna, alto ganho de peso, rápido crescimento, ótima conversão 
alimentar e qualidade de carcaça, embora inferior que outras raças. Possui orelhas 
asiáticas e perfil cefálico céltico. 
 Landrace – Possui origem na Dinamarca. Sua pelagem é branca, possui boa prolificidade 
e habilidade materna, alto ganho de peso e rápido crescimento, boa qualidade de 
carcaça, principalmente para a produção de carnes nobres. Possui orelhas célticas e 
perfil cefálico ibérico. 
 Duroc – Possui origem nos EUA. Sua pelagem é vermelha, é um animal com maior vigor 
e rusticidade, mas com baixa habilidade materna e prolificidade. Sua qualidade de 
carcaça é excelente, com uma boa conversão alimentar. Possui orelhas ibéricas e perfil 
cefálico ibérico. 
 Pietrain – Possui origem belga. Sua pelagem é oveira, possui baixa habilidade materna, 
conhecido como raça dos quatro pernis e por possuir uma carne mais light. Possui uma 
desarmonia anátomo-funcional, por presença de linhagens com gene Halotano. Possui 
orelhas ibéricas e perfil cefálico céltico. O gene Halotano acaba causando um maior 
aparecimento de problemas de stress no animal, podendo gerar perda de peso, e até 
morte súbita. 
 Hampshire – Raça está se reduzindo. Pelagem preta com faixa branca. Rustico, com boa 
prolificidade e baixa qualidade materna. Ótima conversão alimentar, com alto ganho de 
peso. Muito usada para SISCAL por causa de sua pelagem que não gera queimaduras de 
Sol, e por ser mais rústico. Possui menos espessura de toucinho. 
 Wessex – Também preto com faixa branca, tem bom ganho de peso e rendimento de 
carcaça. Orelhas célticas e perfil cefálico ibérico. Boa prolificidade e habilidade materna. 
Tem origem na Inglaterra. 
 Raças Nacionais – Piau, Moura, Canastra, Canastrão, Nilo, Sorocaba, Junqueira, Pereira 
e Macau. Animais de alta rusticidade, boa prolificidade e baixa habilidade materna, com 
baixo ganho de peso. Possui alta conversão alimentar e baixo rendimento e boa 
qualidade de carcaça. Isso é causado porque as raças não foram melhoradas ainda a 
ponto de potencializar suas melhores características. 
No Brasil as raças mais presentes são o Landrace e Large White. O cruzamento entre essas raças 
é moldado pelas exigências do mercado, em que se usam nos programas de melhoramento os 
animais com maior potencial genético. Além do genótipo, deve-se levar em conta que a 
ambiência também é importante, pois o fenótipo é determinado pelas condições de genótipo e 
do ambiente em que o animal vive. 
Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari 
Alberto Gonçalves Evangelista 
Suinocultura 
 
 
2 
Na seleção de fêmeas busca-se um adequado comprimento de abdômen e boa estrutura da 
garupa, arqueamento normal da coluna, adequação do estado de condição corporal (ausência 
de deposição de gordura excessiva), qualidade de aprumo (sem desvios laterais), número e 
qualidade e quantidade de tetos (não podem ser cegos, invertidos, ou inferiores a 7 pares), vulva 
bem implantada e lábios vulvares proporcionais. 
Na seleção de machos, deve-se buscar adequado comprimento da linha dorso-abdominal, 
adequação do estado de condição corporal, arqueamento normal da coluna, indicativo de alto 
percentual de carne na carcaça, qualidade de aprumos e número de tetos, integridade dos 
órgãos reprodutivos. 
Desvios de coluna e vulva, menos de 7 pares de teto, hérnias, anormalidades, cabeça fora do 
padrão, má qualidade de aprumos e conformação corporal ruim são fatores desclassificantes 
para a seleção do animal. 
Para selecionarmos um reprodutor, deve-se levar em conta sua genealogia (que mostrará se ele 
possui alelos desejáveis), avaliação da progênie (pode não ser possível no caso de animal jovem), 
desempenho de índices zootécnicos, etc.

Outros materiais