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Juspositivismo e suas tendências

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Filosofia 	
JUSPOSITISMO (direito positivo): o juspositivismo é um método de pensamento, uma corrente filosófica que coloca o direito positivo como centro.
O positivismo em seu inicio surge como uma resposta a corrente idealista (Em Kant e Hegel o direito estaria ligado a moral, quando falamos em preceitos morais, nós temos um pensamento tipicamente idealista, porque a moral é o ideal, para Kant a carga idealista estaria concentrada no conhecimento apriori, tudo que é racional, tudo que é moral estaria inserido no conhecimento apriori e o conhecimento aposteriori seria pela a experiência). O positivismo em seus primórdios aparece como uma ciência que vai valorizar a experiência (vai tirar o apriori da consideração do conhecimento), por isso, entre outras coisas, mas no inicio, o positivismo é chamado de reducionista, porque nós temos uma valorização exclusiva da experiência, ele reduz a abrangência dos fatores a serem considerados quando falamos em conhecimento. Ao contrário do que defende a corrente jusnaturalista (jusnaturalismo), a corrente juspositivista (juspositivismo) acredita que só pode existir o direito e consequentemente a justiça através de normas positivadas, ou seja, normas emanadas pelo Estado com poder coercivo, podemos dizer que são todas as normas escritas, criadas pelos homens por intermédio do Estado. O direito positivo é aquele que o Estado impõe à coletividade, e que deve estar adaptado aos princípios fundamentais do direito natural.
Augusto Conte é tido como o primeiro positivista, se baseia nas ciências da natureza, as ciências da natureza são tipicamente experimentais (natureza experimental), a inspiração positivista vem das ciências da natureza e a valorização (ab initio) da experiência como foco do conhecimento. Conte menciona que todo esforço humano deveria concentrar-se na experiência, porque ali teríamos um conhecimento confiável, temos uma derivação empirista quando falamos em positivismo. 
Conte em sua analise sociológica, concebe a sociedade sobre dois prismas: estático (ordem) e dinâmico. O perfil estático da sociedade é o que mantem ela sem mudanças, o que lhe mantem unida, esse perfil é representado pela ordem. O perfil dinâmico está relacionado à necessidade que o homem tem de evoluir, esse perfil é representado pelo progresso. 
POSITIVISMO JURIDICO E SUAS TENDENCIAS FUNDAMENTAIS
O juspositivismo se mostra como já dito oposto a teorias idealistas, focando os seus esforços na ordem jurídica, ou seja, volta as suas atenções para o processo legislativo e respeito aos ditames constitucionais. Por assim dizer busca uma aplicação do direito ao caso concreto tendo como base apenas os preceitos legais, desconsiderando fatores supralegais nesta finalidade. 
JURISPRUDENCIA DOS CONCEITOS
Fundamentações ideológicas da ordem jurídica que procuravam constituir-se em substitutos para a justiça. Elas encontram-nos, nomeadamente, nos interesses ou nas necessidades, quer dos indivíduos, quer da sociedade ou comunidade, ou em outros objetivos extrajurídicos. Foi Puchta o principal representante da escola alemã do séc. XIX que estruturou a ciência jurídica como um sistema lógico na forma de uma pirâmide de conceitos. Também se destacaram Savigny e Ihering, sendo que este último tornou-se, posteriormente, um dos principais críticos do sistema formal, partindo para uma Jurisprudência pragmática, que foi o ponto de partida para a Jurisprudência dos Interesses de Philipp Heck. A Jurisprudência dos Conceitos cedeu espaço à Jurisprudência dos Interesses, que se abre às valorações sociais e aos objetivos do Direito. 
ESCOLA DA EXEGESE (FRANÇA)
Escola tipicamente positivista que surgiu na França a partir da promulgação do código napoleônico (1804) (que era considerado pelos franceses como um código perfeito, que não deixava lacunas, brechas, antinomias), forma de interpretação que ocorria mediante privilégio dos aspectos gramaticais e lógicos. Com ela, tem-se o ápice do positivismo jurídico. Afirmava ser o uso da letra da lei, ainda que defeituosa, a única forma de aplicação do Direito. Segundo os legalistas a lei é um conjunto de normas emanadas positivadas pelo legislador, abrangendo soluções para todas as possíveis situações de conflito. Teoricamente facilitaria a investigação da vontade do legislador, porquanto o magistrado teria apenas a função de aplicar a lei aos casos concretos. Todo o contexto social contemporâneo deveria ser ignorado, inclusive conceitos pessoais e valorativos do juiz, a não ser nos casos permitidos pela lei. Era constituída pelos comentadores dos códigos de Napoleão, principalmente o Código Civil de 1804. Fundava-se na concepção da perfeição do sistema normativo, na ideia de que a legislação era completa e de que, na generalidade da lei, encontrava-se solução para todas as situações jurídicas. Consequência desse entendimento era afirmar Bugnet que não conhecia o Direito Civil, pois só ensinava o Código de Napoleão, enquanto Demolombe fixava como divisa, como profissão de fé: "les textes avant tout!" A Escola da Exegese via na lei escrita a única fonte do Direito, expressão mesmo do Direito Natural. Adotava como método de interpretação, o literal, orientado para encontrar na pesquisa do texto a vontade ou intenção do legislador (mens legislatoris). Somente quando a linguagem fosse obscura ou incompleta, o intérprete lançaria mão do método lógico. A função do jurista consistia em extrair plenamente o sentido dos textos legais para apreender o significado deles. Negava valor aos costumes e repudiava a atividade criativa, mínima que fosse da jurisprudência. Os mais extremados representantes da escola entendiam, como Blondeau, que, em face de situações não previstas pelo legislador, deveria o juiz abster-se de julgar. Outros, porém, menos radicais, aceitavam, nessas hipóteses, o uso da analogia como mecanismo de integração do Direito. 
ESCOLA PANDECTISTA (ALEMANHA)
Formada por juristas que se dedicavam à pesquisa dos Pandectas (nome grego) ou Digesto de Justiniano (Corpus Juris Civilis), para eles o Direito é um conjunto de regras e formalidades a serem seguidas pelo intérprete. Tinha como modelo o Sistema do Direito Romano. Corresponde, até certo ponto, à Escola Exegética no que se refere ao apego aos métodos e técnicas de interpretação da lei. Mas, diferentemente da França, na Alemanha não havia um Código Civil, por isso esses juristas se mostraram menos legalistas, dando mais atenção aos usos e costumes, aceitando uma interpretação mais flexível da lei. Para os críticos dessa escola a lei não podia ser interpretada como se o intérprete vivesse há cem anos. Como a Escola da Exegese, foi também manifestação do positivismo jurídico do século XLX. Considerava o Direito como um corpo de normas positivas. Conferia primado à norma legal e às respectivas técnicas de interpretação. Negava qualquer fundamento absoluto ou abstrato à ideia do Direito. A falta, na Alemanha, de códigos como os de Napoleão, os pandectistas construíram um sistema dogmático de normas, usando como modelo as instituições do Direito Romano, cuja reconstituição histórica promoveu. Dedicaram-se ao estudo do Corpus Júris Civilis, de Justiniano, especialmente à segunda parte desse trabalho, as Pandectas, onde apareciam as normas de Direito Civil e as respostas dos jurisconsultos as questões que lhes haviam sido formuladas. O nome da Escola advém desse interesse pelas Pandectas. A Escola dos Pandectistas rejeitava as doutrinas jusnaturalistas dos séculos XVII e XVIII e valorizava os costumes jurídicos formados pela tradição. Essa atenção aos usos e costumes levava os pandectistas a uma interpretação do texto legal mais elástica do que a preconizada pela Escola da Exegese. Foi Windscheid quem colocou o problema da interpretação em termos de "intenção possível do legislador", não no seu tempo, mas na época em que se processasse o trabalho interpretativo. Se o texto da lei comportasse duas interpretações, seria lícito optar por aquela que realizasse um objetivo diverso do pretendido pelo
legislador, levando em consideração fatos supervenientes.
ESCOLA ANALITICA (INGLATERRA) 
Também manifestação do positivismo jurídico, a Escola Analítica de Jurisprudência entendia que o Direito tinha por objeto apenas as leis positivas, não lhe interessando os valores ou conteúdo ético das normas legais. Afirmava John Austin, fundador da Escola: "A ciência da jurisprudência ocupa-se com leis positivas ou, simplesmente, com leis em sentido estrito, sem considerar a sua bondade ou maldade". Segundo John Austin (1790-1859), os problemas relacionados com o Direito estão compreendidos em três campos distintos:
a) a jurisprudência geral ou filosofia do direito positivo, que trata da exposição dos princípios gerais comuns aos diversos sistemas jurídicos positivos;
b) a jurisprudência particular, que cuida do estudo das leis vigentes num determinado país;
c) a ciência da legislação, situada nos domínios da Ética, que abrange os princípios que o legislador deve ter em conta para elaborar leis justas e adequadas.
O Direito está, dessa forma, completamente separado da Ética. O jurista ocupa-se das leis positivas, sejam as leis particulares de um Estado, sejam os princípios gerais comuns aos diversos sistemas jurídicos. Não considera se são justas ou injustas suas prescrições. Ao legislador ou ao filósofo é que interessam os aspectos morais das normas. Não há como confundir o "direito positivo", estudado pelos juristas, e o "direito justo ou ideal", objeto das reflexões do legislador ou filósofo. A Escola Analítica de Jurisprudência colocou seu fundamento na análise conceituai. Entendia que o conceito nada mais era que a representação intelectual da realidade. Assim, a realidade poderia ser integralmente conhecida através da análise dos conceitos que a representavam. A única fonte do Direito eram os costumes acolhidos e chancelados pelos tribunais. A escola tentou sistematizar e unificar o direito consuetudinário (essa foi sua contribuição, numa perspectiva histórica), com olhos postos na realidade inglesa, onde não se adotou uma constituição rígida e se fundou toda a estrutura jurídica no costume.
HANS KELSEN: filosofo austríaco, é tipicamente positivista,
Teoria pura do direito: é conferir ao DTO autonomia, Kelsen busca elevar o direito a uma modalidade de direito cientifico, chamada ciência do direito, mas essa ciência do direito teria que ser autônoma. Autônoma a influencias externas, por exemplo, moral, ética, sociologia... Influencias deste tipo não deveriam ser consideradas para o estudo direito, que deveria ser o estudo simplesmente do DTO. O DTO deve ser estudado com base nele próprio, tem que ser o estudo das normas e não o estudo pra ver se as normas estão de acordo com a justiça, moral, direito natural... Apenas uma analise dentro de um sistema normativo da norma. Por isso a sua proposta sobre ciência do direito é dogmática (dogma, no campo filosófico, é uma crença/doutrina imposta, que não admite contestação), mencionar que a ciência jurídica deve ser dogmática é mencionar que dogma da ciência jurídica é a norma, que a norma deve ser o principio básico do estudo da ciência jurídica.  Kelsen, ao criar sua "Teoria Pura do Direito", inovou todas as explicações dadas ao direito, pois o desenvolvimento de sua tese tentou fazer deste uma ciência, na qual, todo o seu pensamento ocorre em torno do desejo de ter uma 'teoria pura do direito', sendo esta ciência jurídica pura e independente de qualquer outra área de conhecimentos, como a política, a ética, os juízos de valores, a moral, a sociologia, a psicologia e etc. Assim, tenta explicar o direito através de uma doutrina, sendo apenas esta pura, lógica e precisa, contendo métodos fixos pelos quais se chegaria a um resultado irrefutável. A ciência jurídica deveria ser afastada da política, bem como de outras áreas de conhecimentos, pois se não auxiliam na explicação, devem ser mantidos fora do campo explicativo, haja vista que a referida ciência deverá desempenhar o papel de identificar e descrever as normas que integram determinado ordenamento jurídico. Em síntese, a pureza se dá em relação à doutrina, ciência jurídica, e não ao direito objeto desta última, pois a política é inerente ao próprio direito.
Ser e dever ser: Kelsen trás uma clara diferenciação entre ser e dever ser. Nesse sentido, menciona que as normas, que são ordens prescritivas da conduta humana, estão no plano do dever ser, e assim conferem significado aos fatos (plano do ser), esta proposta diferencia-se da perspectiva jusnaturalista, que coloca a natureza humana como influenciadora para criação das normas jurídicas.
Princípios de causalidade e imputação: importante mencionar o raciocínio Kelseniano de diferenciação entre principio da causalidade e imputação. Para Kelsen a norma jurídica expressa um mandamento imperativo, que exige adesão. Dentro de um juízo imperativo a falta de adesão à norma deve gerar imputação de pena (se a é, b deve ser). Por outro lado principio da causalidade é verificado no âmbito das ciências naturais, que sob um juízo de probabilidade busca explicar as coisas que existem por meio de uma relação entre causa e efeito (se a é, b também é). 
Lei X norma jurídica: Kelsen critica aqueles que igualam os conceitos de lei e norma. Para ele toda lei é norma jurídica, mas nem toda norma jurídica é lei. Em suma a norma jurídica seria todo ato emanado de autoridade competente que interessa ao direito, sendo muito mais amplo do que conceito de lei que é ato exclusivo do poder legislativo.
Norma jurídica: é uma ordem prescritiva da conduta humana que estabelece o que deve ser ou o que deve acontecer em sociedade, ou seja, estabelecem padrões de conduta que devem ser implantados em sociedade, ela está no plano do dever ser. O que faz com que ela seja obrigatória é o fato dela ter validade, ela tem validade quando é emanada de autoridade competente. A ordem jurídica não é um sistema de normas jurídicas ordenadas no mesmo plano, situadas umas ao lado das outras, mas é uma construção escalonada de diferentes camadas ou níveis de normas jurídicas. A sua unidade é produto da conexão de dependência que resulta do fato de a validade de uma norma, que foi produzida de acordo com outra norma, se apoiar sobre essa outra norma, cuja produção, por sua vez, é determinada por outra; e assim por diante, até abicar finalmente na norma fundamental - pressuposta. A norma fundamental - hipotética, nestes termos é, portanto, o fundamento de validade último que constitui a unidade desta interconexão criadora.
Direito e justiça: Kelsen produz uma obra para tratar diretamente sobre o tema justiça (o que é justiça?). Neste trabalho discorda do conceito de justiça trazido pelas ciências da religião, mencionando não conseguir conceber um padrão de justo entre velho e novo testamento. Critica o conceito platônico de que a justiça seria uma virtude absoluta na medida em que só seria plenamente possível no mundo das ideias. Quanto aos preceitos jusnaturalistas, critica a falta de uniformidade para definição do que é natural e o que é justo pela natureza humana. Em suma, afirma que a justiça é um valor inconstante, mutável e relativo e por isto aquilo que é valido deveria preponderar sobre aquilo que é justo.
NORBERTO BOBBIO: jusfilósofo italiano, defensor dos direitos humanos e da democracia, se posicionava contrario aos estados totalitários.
 Bobbio mencionava que os regimes totalitários em nome dos direitos coletivos, restringiam os direitos individuais, mas não porque visavam à igualdade, mas sim para garantir a dominação de uma determinada classe.
Bobbio importante filósofo italiano, concebe uma proposta socialista liberal de organização do estado. Nela haveria a síntese entre a proposta socialista (busca por garantir direitos coletivos, consolidação da igualdade por meio da atuação de um estado máximo) e da proposta liberal (busca por consolidar direitos individuais tendo como norte a liberdade pela atuação de um estado mínimo). Este modelo traria a necessidade de garantia
equilibrada e busca a liberdade e a igualdade.
Estado de direito: segundo sua concepção somente seria possível por meio da democracia e da consolidação de um modelo de Estado de direito. Isto porque o estado socialista liberal sustentaria-se em três pilares:
- consolidação de liberdades civis;
-instituição de garantias publica;
-garantia de direitos sociais.
Tais aspectos diretamente relacionados aos pilares do Estado democrático de DTO:
-separação dos poderes;
-limitação do poder politico estatal;
-busca por justiça social.
	SOCIALISMO
	LIBERALISMO
	PRIORIZA DTOS COLETIVOS
	PRIORIZA DTOS INDIVIDUAIS
	VISA A IGUALDADE P TODOS
	VISA A LIBERDADE P TODOS
	ESTADO MAXIMO: porque é um estado que vai intervir diretamente nas liberdades individuais. Irá restringir essas liberdades em prol da garantia dos direitos coletivos.
	ESTADO MÍNIMO: passa a não ter mais obrigação de controlar a vida dos cidadãos, cabendo então à produção e a promoção do bem-estar aos indivíduos.
	DIREITOS DE 2° GERACAO/DIMENSAO
	DIREITOS DE 1° GERACAO/DIMENSAO
Direitos humanos: quando defende os direitos humanos coloca-os como guia e norte de toda sociedade e Estado, sendo, pois indispensáveis ao progresso. Define três características centrais desses direitos:
-são históricos;
-necessários ao progresso;
-surgem na idade moderna (rev. Francesa).
A democracia seria condição a existência dos direitos humanos ao passo que estes seriam os responsáveis por efetivar um regime democrático. Menciona que até 1948 a questão/problema em relação ao direito humano se altera. Isto porque com a Declaração Universal dos Direitos dos Homens não há mais problemática de reconhecer a existência dos direitos humanos, mas sim de protegê-los.

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