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INTRODUÇÃO GERAL AO MISSAL ROMANO INTRODUÇÃO GERAL AO MISSAL ROMANO INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 3ª edição típica NORMAS GERAIS SOBRE O ANO LITÚRGICO E O CALENDÁRIO SECRETARIADO NACIONAL DE LITURGIA ImprImatur 4 de Dezembro de 2003 No 40º aniversário da aprovação da Constituição sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium. @ D. António Maria Bessa Taipa. Presidente da Comissão Episcopal de Liturgia. Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor © ConferênCia episCopal portuguesa Impressão e acabamento: G.C.– Gráfica de Coimbra, Lda. Depósito Legal nº 204403/03 ISBN 972-8286-32-5 Distribuição: Secretariado Nacional de Liturgia Santuário de Fátima Apartado 31 2496-908 FÁTIMA secretariado@liturgia.pt www.liturgia.pt APRESENTAÇÃO A Instrução Geral do Missal Romano é um texto fundamental para a compreensão da liturgia da Missa. De facto, entre nós já foram publicadas seis edições: uma apareceu na revista beneditina “Ora et Labora”, com notas e comentários da autoria de D. Tomás Gonçalinho de Oliveira, e outra, nas publicações do “Mensageiro” do Secretariado Nacional do Apostolado da Oração. As quatro últimas edições foram do Secretariado Nacional de Liturgia. O texto desta Instrução excede em muito o âmbito de uma simples introdução ao Missal e distingue-se sobretudo pelo seu carácter doutrinal e pastoral. Nela descobrimos a teologia da celebração. Nela encontramos as orientações fundamentais para conduzir a comunidade cristã à participação consciente, activa e frutuosa, na celebração da Palavra e da Eucaristia, segundo o espírito da Constituição conciliar Sacrosanctum Concilium. A presente edição encontra-se enriquecida com as alterações introduzidas na nova edição típica latina do Missal Romano. A numeração é totalmente nova, dado que os números do Proémio foram integrados como os primeiros da Instrução. Muitos textos foram modificados e alguns são mesmo novos, como p. ex. todo o capítulo IX sobre as adaptações. Integram ainda esta edição as “Normas Gerais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário”, introduzidas pela Carta Apostólica Mysterii Paschalis do Papa Paulo VI, que ajudam a compreender os diversos dias e tempos litúrgicos ao longo do ano. Este conjunto forma uma verdadeira introdução ao Missal. Fazemos votos para que a presente edição ajude a alcançar os objectivos desta Instrução e as suas orientações regulem toda a celebração eucarística. É nosso dever “procurar que os presbíteros, diáconos e fiéis leigos compreendam sempre profundamente o genuíno sentido dos ritos e textos litúrgicos, e desse modo sejam levados à celebração activa e frutuosa da Eucaristia” (IGMR 22). Recomendamos a leitura atenta desta Instrução a todos os fiéis, mormente os que exercem os ministérios aqui descritos e recomendados. António Maria Bessa Taipa CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA “MISSALE ROMANUM” PELA QUAL É PROMULGADO O MISSAL ROMANO REFORMADO POR DECRETO DO CONCILIO VATICANO II PAULO BISPO servo dos servos de deus para perpétua memória O missal romano, promulgado em 1570 pelo Nosso Predecessor S. Pio V, de acordo com os decretos do Concílio de Trento,1 é considerado por todos como um dos muitos e admiráveis frutos que daquele Sagrado Sínodo advieram para toda a Igreja de Cristo. Com efeito, durante quatro séculos, ele constituiu para os sacerdotes do rito latino a norma da celebra- ção do sacrifício eucarístico e foi levado a quase todas as partes do mundo pelos arautos do Evangelho. Inumeráveis foram também os varões santos que alimentaram a sua piedade para com Deus com as leituras bíblicas e as orações deste Missal, cuja ordenação geral, na sua parte mais importante, se deve a S. Gregório Magno. Entretanto, como consequência do movimento litúrgico que se foi afirmando e desenvolvendo entre o povo cristão e que o Nosso Predecessor Pio XII, de veneranda memória, qualificou como “sinal das disposições providenciais de Deus para o tempo presente e como passagem salutar do Espírito Santo pela Igreja”,2 começou a sentir-se claramente a necessidade de rever e enriquecer os formulários do Missal Romano. Nesse sentido, 1 Const. Apost. Quo primum, 14 de Julho de 1570. 2 Cf. Pio XII, Alocução aos participantes no primeiro Congresso mundial de Liturgia pastoral de Assis, 22 de Setembro de 1956: AAS 48 (1956), p. 712. 8 o mesmo Nosso Predecessor deu início a este trabalho restaurando a Vigília Pascal e toda a liturgia da Semana Santa,3 dando assim o primeiro passo para a adaptação do Missal Romano às exigências da mentalidade contemporânea. O recente Concílio Ecuménico Vaticano II, na sua Constituição Sa- crosanctum Concilium, assentou as bases de uma reforma geral do Missal Romano. Nesta Constituição se determina, antes de mais, que os textos e os ritos sejam ordenados de modo a exprimirem com mais clareza as realidades santas que significam;4 depois, que o Ordinário da Missa seja revisto no sentido de realçar a característica própria de cada uma das suas partes e a sua mútua conexão, e de facilitar ao mesmo tempo a participação piedosa e activa dos fiéis;5 e ainda que a mesa da palavra de Deus seja preparada com mais abundância aos fiéis, abrindo-lhes mais amplamente os tesouros da Bíblia;6 finalmente, que seja elaborado um novo rito da concelebração, a inserir no Pontifical e no Missal Romano.7 Não se pense, todavia, que esta reforma do Missal Romano tenha sido realizada de um momento para o outro. O caminho já vinha sendo preparado pelos progressos da ciência litúrgica ao longo destes últimos quatro séculos. Depois do Concílio de Trento, o estudo dos antigos códices da Biblioteca Vaticana e de outras várias procedências – como afirma a Constituição Apostólica Quo primum, do nosso Predecessor Pio V – contribuiu não pouco para a revisão do Missal Romano. Além disso, desde então para cá, não só foram descobertos e publicados documentos das mais antigas fontes litúrgi- cas, como também se aprofundou mais o estudo dos formulários litúrgicos da Igreja Oriental. E assim foi despertando em muitos o desejo de que tais riquezas doutrinais e espirituais não ficassem sepultadas na obscuridade 3 Cf. S. Congr. dos Ritos, Decr. Dominicae resurrectionis, 9 de Fevereiro de 1951: AAS 43 (1951), pp. 128 ss.; Decr. Maxima redemptionis nostrae mysteria, 16 de Novembro de 1955: AAS 47 (1955), pp. 838 ss. 4 Conc. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 21: AAS 56 (1964), p. 106. 5 Ibidem, n. 50, p. 114. 6 Ibidem, n. 51, p. 114. 7 Ibidem, n. 57, p. 115. CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA 9 dos arquivos, mas fossem trazidas à luz, de modo a poderem iluminar e alimentar o espírito e a mente dos fiéis. Posto isto, apresentemos, nas suas linhas gerais, a nova estrutura do Missal Romano. Em primeiro lugar encontramos, como proémio de todo o livro, a Instrução Geral, com as novas normas para a celebração do sacrifício eucarístico, tanto no que se refere à execução dos ritos como no que toca à função própria de cada um dos participantes, como ainda no que respeita às alfaias e lugares sagrados. A inovação principal desta reforma está na chamada Oração Euca- rística. No rito romano, a primeira parte desta Oração, isto é, o Prefácio, teve sempre, no decurso dos séculos, formulários variáveis, ao passo que a segunda parte, chamada Cânone, desde os séculos IV-V mantém uma forma fixa. Pelo contrário, as Liturgias Orientais admitiram sempre uma certa va- riedade de Anáforas. Neste ponto, foi a Oração Eucarística enriquecida com novos prefácios, tirados uns da antiga tradição romana, outros compostos de novo. Estes prefácios, ao mesmo tempo que põem em relevo os aspectos mais salientes do mistério salvífico, apresentam também variados e ricos motivos de acçãode graças. Além disso, mandámos que fossem acrescentados a esta Oração Eucarística mais três novos Cânones. No entanto, tendo em conta razões de ordem pastoral e para facilitar a concelebração, ordenámos que as palavras do Senhor sejam as mesmas em todos os formulários do Cânone. Neste sentido, determinámos que as referidas palavras, em cada uma das Orações Eucarísticas, sejam proferidas do modo seguinte: — Sobre o pão: Accipite et manducate ex hoc omnes: Hoc est enim Corpus meum, quod pro vobis tradetur — Sobre o cálice: Accipite et bibite ex eo omnes: Hic est enim calix Sanguinis mei novi et aeterni testamenti, qui pro vobis et pro multis effunde- tur in remissionem peccatorum. Hoc facite in meam commemorationem. As palavras Mistério da fé são destacadas das palavras de Cristo Se- nhor e proferidas pelo sacerdote como introdução à aclamação dos fiéis. No que se refere ao Ordinário da Missa, os ritos foram simplificados, conservando a substância.8 Assim, foram suprimidas duplificações que se tinham introduzido no decurso dos tempos, bem como outros elementos de menor utilidade,9 o que se verifica particularmente nos ritos da apresentação do pão e do vinho, da fracção do pão e da Comunhão. «MISSALE ROMANUM» 10 Por outro lado, seguindo a norma dos Santos Padres, foram restabe- lecidos certos elementos que, com o tempo, tinham desaparecido,10 entre os quais figuram a homilia,11 a oração universal ou oração dos fiéis,12 o rito penitencial ou de reconciliação com Deus e com os irmãos no princípio da Missa, rito este ao qual se restituiu a devida importância. Além disso, segundo a prescrição do Concílio Vaticano II, que manda se leia ao povo, no espaço de um determinado número de anos, a parte mais importante da Escritura Sagrada,13 o conjunto das leituras dominicais foi distribuído por um período de três anos. Por outro lado, nos dias festivos mais solenes, a leitura da Epístola e do Evangelho é precedida de outra leitura, tomada do Antigo Testamento ou, no tempo pascal, dos Actos dos Apóstolos. Deste modo, é posta mais em relevo a continuidade do mistério salvífico, apresentada nos próprios textos da revelação divina. Esta conside- rável abundância de leituras bíblicas, em que se oferece aos fiéis, nos dias festivos, a parte mais significativa da Sagrada Escritura, é completada ainda com as outras partes dos livros sagrados que se lêem nos dias da semana. Todo este ordenamento tem por finalidade despertar cada vez mais nos fiéis aquela fome da palavra de Deus 14 que leve o povo da nova aliança a sentir-se como que impelido pelo Espírito Santo a realizar a perfeita unidade da Igreja. Nestas condições, nutrimos a mais viva esperança de que este novo ordenamento do Missal irá proporcionar aos sacerdotes e aos fiéis a possibilidade de prepararem em comum mais santamente o espírito para a celebração da Ceia do Senhor, alimentando-se dia a dia mais abundantemente com a palavra do Senhor, através de uma meditação mais aprofundada da Sagrada Escritura. Daqui se seguirá, como é desejo do Concílio Vaticano 8 Ibidem, n. 50, p. 114. 9 Ibidem, n. 50, p. 114. 10 Ibidem, n. 50, p. 114. 11 Ibidem, n. 52, p. 114. 12 Ibidem, n. 53, p. 114. 13 Ibidem, n. 51, p. 114. 14 Cf. Amós 8, 11 CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA 11 II, que a Escritura divina se torne para todos fonte perene de vida espiritual, instrumento primordial de catequese cristã, compêndio substancial de formação teológica. Nesta reforma do Missal Romano, as alterações não se limitaram ape- nas às três partes de que tratámos, isto é, à Oração Eucarística, ao Ordinário da Missa e ao Leccionário; foram igualmente revistas, e até bastante modifi- cadas, as restantes partes do Missal, a saber: o Próprio do Tempo, o Próprio e o Comum dos Santos, as Missas rituais e as Missas votivas. Neste ponto, foram objecto de particular atenção as orações. Aumentou-se o seu número, de modo a corresponder, com formulários novos, às novas necessidades dos nossos tempos; foram revistos os formulários das orações mais antigas, cujo texto foi criticamente estabelecido à luz dos antigos códices. Assinale-se ainda que os dias feriais dos principais tempos litúrgicos – Advento, Natal, Quaresma e Páscoa – passam a ter uma oração própria para cada dia. Resta acrescentar que, embora não se tenha modificado o Gradual Romano, pelo menos no que se refere ao canto, julgou-se contudo opor- tuno restaurar, no sentido de os tornar mais acessíveis, o chamado salmo responsorial, a que S. Agostinho e S. Leão Magno tantas vezes se referem, e também as antífonas da entrada e da comunhão para as Missas rezadas. Para terminar, apraz-Nos tirar algumas conclusões de tudo o que ficou exposto relativamente ao novo Missal Romano. Quando o nosso Antecessor S. Pio V promulgou a primeira edição do Missal Romano, apresentou-o ao povo cristão como instrumento da unidade litúrgica e monumento do genu- íno culto religioso na Igreja. Também Nós, ainda que admitamos no novo Missal, de acordo com as prescrições do Concílio Vaticano II, variantes e adaptações legítimas 15 confiamos que ele irá ser recebido pelos fiéis como instrumento valioso para testemunhar e confirmar entre todos a mútua unidade. Por variadas que sejam as línguas, uma só e mesma oração, mais fragrante que o incenso, subirá ao Pai dos Céus, pelo nosso Sumo Pontífice Jesus Cristo, no Espírito Santo. 15 Cf. Conc. Vat. II, Const. sobre a Sagrada Liturgia. Sacrosanctum Concilium, nn. 38-40: AAS 56 (1964), p. 110. «MISSALE ROMANUM» 12 Ordenamos que as prescrições contidas nesta Constituição entrem em vigor no dia 30 do próximo mês de Novembro do corrente ano, primeiro Domingo do Advento. Queremos também que tudo quanto nesta Constituição fica estabelecido e prescrito tenha força de lei, agora e para o futuro, não obstante, se for caso disso, as Constituições e Ordenações Apostólicas dos nossos Predecessores, ou quaisquer outras prescrições, ainda que dignas de especial menção ou derrogação. Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 3 de Abril, Quinta-Feira da Ceia do Senhor, do ano 1969, sexto do nosso Pontificado. PAULO PP. VI CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO PROÉMIO 1. Quando Cristo Senhor estava para celebrar com os discípulos a ceia pascal, na qual instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue, mandou preparar uma grande sala mobilada (Lc 22, 12). A Igreja sempre entendeu que esta ordem lhe dizia respeito e, por isso, foi estabelecendo normas para a celebração da santíssima Eucaristia, no que se refere às disposições da alma, aos lugares, aos ritos, aos textos. As presentes normas, promulgadas por vontade expressa do II Concílio do Vaticano, e o novo Missal que, de futuro, vai ser usado pela Igreja do Rito romano na celebração da Missa, constituem mais uma prova desta solicitude da Igreja, da sua fé e do seu amor inalterado para com o sublime mistério eucarístico, e da sua tradição contínua e coerente, não obstante a introdução de algumas inovações. Testemunho de fé inalterável 2. A natureza sacrificial da Missa, solenemente afirmada pelo Concílio de Trento,1 de acordo com toda a tradição da Igreja, foi mais uma vez for- mulada pelo II Concílio do Vaticano, quando, a respeito da Missa, proferiu estas significativas palavras: “O nosso Salvador, na última Ceia, instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue, com o fim de perpetuar através dos séculos, até à sua vinda, o sacrifício da cruz e, deste modo, confiar à Igreja, sua amada Esposa, o memorial da sua Morte e Ressurreição”.2 1 ConC. de trento, Sessão XXII, 17 de Setembro de 1562: DS 1738-1759. 2 II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 47; cf. Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 3, 28; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros,Presbyterorum ordinis, 2, 4, 5. 14 Esta doutrina do Concílio encontramo-la expressamente enunciada, de modo constante, nos próprios textos da Missa. Assim, o que já no anti- go Sacramentário, vulgarmente chamado Leoniano, se exprimia de modo inequívoco nesta frase: “todas as vezes que celebramos o memorial deste sacrifício, realiza-se a obra da nossa redenção”,3 aparece-nos desenvolvido com toda a clareza e propriedade nas Orações eucarísticas. Com efeito, no momento em que o sacerdote faz a anamnese, dirigindo-se a Deus, em nome de todo o povo, dá-Lhe graças e oferece-Lhe o sacrifício vivo e santo, isto é, a oblação apresentada pela Igreja e a Vítima, por cuja imolação quis o mesmo Deus ser aplacado;4 e pede que o Corpo e Sangue de Cristo sejam sacrifício agradável a Deus Pai e salvação para todo o mundo.5 Deste modo, no novo Missal, a norma da oração (lex orandi) da Igreja está em consonância perfeita com a perene norma de fé (lex credendi). Esta ensina-nos que, excepto o modo de oferecer, que é diverso, existe perfeita identidade entre o sacrifício da cruz e a sua renovação sacramental na Mis- sa instituída por Cristo Senhor na última Ceia, ao mandar aos Apóstolos que a celebrassem em memória d’Ele. Consequentemente, a Missa é ao mesmo tempo sacrifício de louvor, de acção de graças, de propiciação e de satisfação. 3. O mistério admirável da presença real do Senhor sob as espécies eucarísticas, reafirmado pelo II Concílio do Vaticano 6 e outros documentos do Magistério da Igreja,7 no mesmo sentido e com a mesma doutrina com que o Concílio de Trento o tinha proposto à nossa fé,8 é também claramente expresso na celebração da Missa, não só pelas próprias 3 Missa vespertina na Ceia do Senhor, oração sobre as oblatas. Cf. Sacramentarium Veronense, ed. L.C. Mohlberg, n. 93. 4 Cf. Oração eucarística III. 5 Cf. Oração eucarística IV. 6 II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 7, 47; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5, 18. 7 Cf. pio XII, Enc. Humani generis, 12 Ag. 1950: AAS 42 (1950) 570-571; paulo VI, Enc. Mysterium Fidei, 3 Setembro de 1965: AAS 57 (1965) 762-769; Sollemnis Professio Fidei [= Credo do Povo de Deus], 30 Junho 1968, 24-26: AAS 60 (1968) 442-443; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 Maio 1967, 3f, 9: AAS 59 (1967) 543, 547. 8 Cf. ConC. de trento, Sessão XIII, 11 de Outubro 1551: DS 1635-1661. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 15 palavras da consagração, em virtude das quais Cristo se torna presente por transubstanciação, mas também pela forma como, ao longo de toda a liturgia eucarística, se exprimem os sentimentos de suma reverência e adoração. É este o motivo que leva o povo cristão a prestar culto peculiar de adoração a tão admirável Sacramento, na Quinta-Feira da Ceia do Senhor e na solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. 4. Quanto à natureza do sacerdócio ministerial próprio do Bispo e do presbítero, que na pessoa de Cristo oferecem o sacrifício e presidem à assem- bleia do povo santo, ela é posta claramente em relevo pela própria estrutura dos ritos, lugar de preeminência e função mesma do sacerdote. Os atributos desta função ministerial são enunciados explícita e desenvolvidamente no prefácio da Missa crismal, em Quinta-Feira da Semana Santa, precisamente no dia em que se comemora a instituição do sacerdócio. Nesta acção de graças é claramente afirmada a transmissão do poder sacerdotal mediante a imposição das mãos; e é descrito este poder, enumerando as suas diversas funções, como continuação do poder do próprio Cristo, Sumo Pontífice da Nova Aliança. 5. Mas esta natureza do sacerdócio ministerial vem também colocar na sua verdadeira luz outra realidade de suma importância, que é o sacerdócio real dos fiéis, cujo sacrifício espiritual é consumado pelo ministério do Bispo e dos presbíteros em união com o sacrifício de Cristo, único Mediador.9 Com efeito, a celebração da Eucaristia é acção de toda a Igreja; nesta acção cada um intervém fazendo tudo e só o que lhe compete, conforme a sua posição dentro do povo de Deus. E foi precisamente isto o que levou a prestar maior atenção a certos aspectos da celebração litúrgica insuficientemente valori- zados no decurso dos séculos. Este povo é o povo de Deus, adquirido pelo Sangue de Cristo, congregado pelo Senhor, alimentado com a sua palavra; povo chamado para fazer subir até Deus as preces de toda a família huma- na; povo que em Cristo dá graças pelo mistério da salvação, oferecendo o seu Sacrifício; povo, finalmente, que, pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo, se consolida na unidade. E este povo, embora seja santo pela sua 9 Cf. II ConC. do vatiCano, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 2. PROÉMIO 16 origem, vai continuamente crescendo em santidade, através da participação consciente, activa e frutuosa no mistério eucarístico.10 Uma tradição ininterrupta 6. Ao enunciar os princípios que deveriam presidir à revisão do Ordo Missae, o II Concílio do Vaticano, servindo-se dos mesmos termos usados por S. Pio V na Bula Quo primum, que promulgava o Missal Tridentino de 1570, determina, entre outras coisas, que certos ritos sejam restaurados “em conformidade com a antiga norma dos Santos Padres”.11 Na própria concordância de termos, pode já verificar-se como, não obstante o espaço de quatro séculos que medeia entre eles, ambos os Missais romanos seguem a mesma tradição. E, se examinarmos atentamente os elementos mais pro- fundos desta tradição, veremos também como, de uma forma muito feliz, o segundo Missal vem aperfeiçoar o primeiro. 7. Numa época particularmente difícil como aquela, em que estava em perigo a fé católica sobre o carácter sacrificial da Missa, sobre o sacerdócio ministerial, sobre a presença real e permanente de Cristo sob as espécies eucarísticas, o que mais preocupava S. Pio V era salvaguardar uma tradição, algo recente, é certo, mas injustamente atacada, e, consequentemente, introduzir o mínimo de alterações nos ritos sagrados. De facto, este Missal de 1570 pouco difere do primeiro impresso em 1474, o qual, por sua vez, reproduz fielmente o Missal do tempo de Inocêncio III. Além disso, se bem que os códices da Biblioteca Vaticana tenham ajudado a corrigir algumas expressões, não permitiram, naquela diligente investigação dos “antigos e mais fidedignos autores” ir além dos comentários litúrgicos da Idade Média. 8. Pelo contrário, hoje em dia, aquela “norma dos Santos Padres”, que os correctores do Missal de S. Pio V se propunham seguir, encontra- se enriquecida com numerosos estudos de eruditos. Com efeito, após a 10 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 11. 11 Ibidem, 50. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 17 primeira edição do chamado Sacramentário Gregoriano, publicado em 1571, os antigos Sacramentários romanos e Ambrosianos, bem como os antigos livros litúrgicos Hispânicos e Galicanos, têm sido objecto de várias edições críticas, que deram a conhecer numerosíssimas orações de grande valor espiritual, até então desconhecidas. Além disso, após a descoberta de numerosos documentos litúrgicos, também se conhecem melhor as tradições dos primeiros séculos, anteriores à formação dos ritos do Oriente e do Ocidente. Há ainda a acrescentar o progresso dos estudos patrísticos, que veio projectar nova luz sobre a teologia do mistério eucarístico, ilustrando-a com a doutrina dos mais eminentes Padres da antiguidade cristã, tais como S. Ireneu, S. Ambrósio, S. Cirilo de Jerusalém, S. João Crisóstomo. 9. Por isso, a “norma dos Santos Padres” não reclama somente a conservação daquelas tradições que nos legaram os nossos antepassados imediatos; exige tambémque se abranja e examine mais profundamente todo o passado da Igreja e todos esses diversos modos pelos quais se exprimiu a única e mesma fé, através das mais variadas formas de cultura e civilização, como as que correspondem às regiões semitas, gregas e latinas. Esta mais ampla perspectiva permite-nos descobrir como o Espírito Santo inspira ao povo de Deus uma admirável fidelidade na guarda imutável do depósito da fé, por mais variadas que se apresentem as formas da oração e dos ritos sagrados. Adaptação às novas circunstâncias 10. O novo Missal, se por um lado testemunha a norma da oração (lex orandi) da Igreja Romana e salvaguarda o depósito da fé tal como nos foi transmitido pelos Concílios mais recentes, por outro lado significa também um passo de grande importância na tradição litúrgica. Embora os Padres do II Concílio do Vaticano tenham reiterado as afirmações dogmáticas do Concílio de Trento, falavam contudo numa época da vida do mundo muito distante daquela, o que os levou a apresentar, no campo pastoral, resoluções e orientações impensáveis quatro séculos atrás. PROÉMIO 18 11. O Concílio de Trento já tinha reconhecido o grande valor catequético que encerra a celebração da Missa; não estava, todavia, em condições de poder extrair daí todas as consequências de ordem prática. Muitos solicitavam que fosse autorizado o uso da língua vernácula na celebração do sacrifício eucarístico. Atentas, porém, as circunstâncias particulares de então, face a um pedido desta natureza, o Concílio entendeu que devia reafirmar a doutrina tradicional da Igreja, segundo a qual o sacrifício eucarístico é, antes e acima de tudo, acção do próprio Cristo e, portanto, a eficácia que lhe é própria não pode ser afectada pelo modo como nele participam os fiéis. E assim, de modo firme e moderado, exprimiu-se nestes termos: “Embora a Missa contenha uma grande riqueza doutrinal para o povo fiel, todavia os Padres não julgaram oportuno que ela fosse habitualmente celebrada em língua vulgar”.12 E condenou quem sustentasse “ser de rejeitar o uso da Igreja Romana, de recitar em voz baixa o Cânone com as palavras da consagração; ou que se deve celebrar a Missa somente em língua vulgar”.13 No entanto, se por um lado o Concílio proibia o uso da língua vernácula na Missa, por outro impunha aos pastores de almas a obrigação de suprir esta deficiência com uma catequese adequada: “Para que as ovelhas de Cristo não passem fome..., ordena o sagrado Sínodo aos pastores e a todos os que têm cura de almas que, no decurso da celebração da Missa, façam com frequência, por si ou por outrem, uma explicação dos textos lidos na Missa e, entre outras coisas, exponham algum mistério deste santíssimo sacrifício, especialmente aos domingos e dias festivos”.14 12. Reunido o II Concílio do Vaticano, precisamente com a finalidade de adaptar a Igreja às exigências do seu múnus apostólico em nossos dias, prestou fundamental atenção, como já o fizera o de Trento, à índole didáctica e pastoral da sagrada Liturgia.15 E porque ninguém, entre os católicos, negava a legitimidade e eficácia do rito sagrado celebrado em latim, o Concílio não teve dificuldade em admitir que “não raro pode ser de grande utilidade para 12 ConC. de trento, Sessão XXII, Doutr. sobre o SS. Sacrifício da Missa, cap. 8: DS 1749. 13 Ibidem, can. 9: DS 1759. 14 Ibidem, cap. 8: DS 1749. 15 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 33. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 19 o povo o uso da língua vernácula na Liturgia” e autorizou o seu uso.16 O entusiasmo com que por toda a parte foi recebida esta decisão conciliar teve como resultado que, sob a égide dos Bispos e da própria Sé Apostólica, se passou a autorizar a língua vulgar em todas as celebrações litúrgicas com participação do povo, a fim de permitir uma compreensão mais plena do mistério celebrado. 13. Dado que o uso da língua vernácula na Liturgia é um instrumento de grande importância para exprimir mais claramente a catequese do mistério contida na celebração, o II Concílio do Vaticano entendeu dever relembrar a necessidade de pôr em prática algumas prescrições do Concílio de Trento que não tinham sido respeitadas em toda a parte, como a obrigação da homilia aos domingos e dias festivos 17 e a possibilidade de inserir admonições dentro dos próprios ritos sagrados.18 Mas, sobretudo, ao aconselhar “a participação mais perfeita na Missa, pela qual os fiéis, depois da comunhão do sacerdote, recebem do mesmo sacrifício o Corpo do Senhor”,19 o II Concílio do Vaticano exorta a pôr em prática outra recomendação dos Padres Tridentinos: que, para participarem mais plenamente na sagrada Eucaristia, “os fiéis presentes comunguem em cada Missa, não apenas pelo desejo espiritual, mas também pela recepção sacramental da Eucaristia”.20 14. Este mesmo espírito e zelo pastoral levaram o II Concílio do Vatica- no a reexaminar as decisões do Concílio de Trento referentes à comunhão sob as duas espécies. Uma vez que, hoje em dia, ninguém põe em dúvida os princípios doutrinais relativos ao pleno valor da comunhão eucarística recebida apenas sob a espécie do pão, o Concílio autorizou para certos casos a comunhão sob as duas espécies, com a qual, graças a uma apresentação mais clara do sinal sacramental, se dá aos fiéis uma ocasião oportuna para compreender mais profundamente o mistério em que participam.21 16 Ibidem, 36. 17 Ibidem,52. 18 Ibidem,35 § 3. 19 Ibidem,55. 20 ConC. de trento, Sessão XXII, Doutr. sobre o SS. Sacrifício da Missa, cap. 6: DS 1747. 21 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 55. PROÉMIO 20 15. Assim a Igreja, mantendo-se fiel à sua missão de mestra da verdade, conservando o que é “antigo”, isto é, o depósito da tradição, cumpre também o dever de considerar e adoptar o que é “novo” (cf. Mt 13, 52). Por isso, uma parte do novo Missal apresenta orações da Igreja mais directamente orientadas para as necessidades dos nossos tempos. Isto aplica-se de modo particular às Missas rituais e “para várias circunstâncias”, nas quais se encontram oportunamente combinadas a tradição e a inovação. Assim, enquanto se mantêm intactas inúmeras expressões herdadas da mais antiga tradição da Igreja, transmitidas pelo próprio Missal Romano nas suas múltiplas edições, muitas outras foram adaptadas às necessidades e circunstâncias actuais; outras ainda – como as orações pela Igreja, pelos leigos, pela santificação do trabalho humano, pela comunidade das nações, por algumas necessidades peculiares do nosso tempo – tiveram de ser compostas integralmente, utilizando as ideias, muitas vezes até as expressões, dos recentes documentos conciliares. Ao utilizar os textos da mais antiga tradição, tendo em conta a situação do mundo contemporâneo, entendeu-se que se podiam modificar certas frases ou expressões sem atentar em nada contra tão venerável tesouro, com o fim de adaptar melhor o seu estilo à linguagem teológica hodierna e reflectir mais perfeitamente a presente disciplina da Igreja; por exemplo: algumas expressões relativas ao apreço e uso dos bens terrenos e outras que se referem a formas de penitência exterior próprias de outros tempos. Deste modo, as normas litúrgicas do Concílio de Trento foram em grande parte completadas e aperfeiçoadas pelas do II Concílio do Vaticano, que pôde levar a termo os esforços no sentido de aproximar mais os fiéis da sagrada Liturgia, esforços estes desenvolvidos ao longo dos últimos quatro séculos, sobretudo nos tempos mais recentes, graças especialmente ao zelo litúrgico de S. Pio X e seus Sucessores. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO CAPÍTULO I IMPORTÂNCIA E DIGNIDADE DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA 16. A celebração da Missa, como acção de Cristo e do povo de Deushie- rarquicamente ordenado, é o centro de toda a vida cristã, tanto para a Igreja, quer universal quer local, como para cada um dos fiéis.22 Nela culmina toda a acção pela qual Deus, em Cristo, santifica o mundo, bem como todo o culto pelo qual os homens, por meio de Cristo, Filho de Deus, no Espírito Santo, prestam adoração ao Pai.23 Nela se comemoram também, ao longo do ano, os mistérios da Redenção, de tal forma que eles se tornam, de algum modo, presentes.24 Todas as outras acções sagradas e todas as obras da vida cristã com ela estão relacionadas, dela derivam e a ela se ordenam.25 17. Por isso, é da máxima importância que a celebração da Missa ou Ceia do Senhor de tal modo se ordene que ministros sagrados e fiéis, participando nela cada qual segundo a sua condição, dela colham os mais abundantes frutos.26 Foi para isso que Cristo instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue e o confiou à Igreja, sua amada esposa, como memorial da sua paixão e ressurreição.27 22 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 41; Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium,11; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 2, 5, 6; Decreto sobre o múnus pastoral dos Bispos, Christus Dominus, 30; Decreto sobre o Ecumenismo Unitatis redintegratio,15; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 3e, 6: AAS 59 (1967) 542.544-545. 23 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 10. 24 Cf. Ibidem,102. 25 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 10; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5. 26 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 14, 19, 26, 28, 30 27 Cf. Ibidem, 47. 22 18. Tal finalidade só pode ser atingida se, atentas a natureza e as circuns- tâncias peculiares de cada assembleia litúrgica, se ordenar toda a celebração de forma a conduzir os fiéis àquela participação consciente, activa e plena, de corpo e espírito, ardente de fé, esperança e caridade, que a Igreja deseja e a própria natureza da celebração reclama, e que, por força do Baptismo, constitui direito e dever do povo cristão.28 19. Embora nem sempre se consiga uma presença e uma participação activa dos fiéis que manifestem com toda a clareza a natureza eclesial da celebração,29 a celebração eucarística tem sempre assegurada a sua eficácia e dignidade, por ser acção de Cristo e da Igreja, em que o sacerdote realiza a sua principal função e actua sempre para a salvação do povo. Recomenda-se aos sacerdotes que, sempre que possível, celebrem o sacrifício eucarístico diariamente.30 20. A celebração eucarística, como toda a Liturgia, realiza-se por meio de sinais sensíveis, pelos quais se alimenta, fortalece e exprime a fé.31 Para isso, deve haver o máximo cuidado em escolher e ordenar as formas e os elementos propostos pela Igreja que, atendendo às circunstâncias de pessoas e lugares, mais intensamente favoreçam a participação activa e plena e mais eficazmente contribuam para o bem espiritual dos fiéis. 21. O objectivo desta Instrução é traçar as linhas gerais por que se há-de regular toda a celebração eucarística e expor as normas a que deverá obe- decer cada uma das formas de celebração.32 28 Cf. Ibidem,14. 29 Cf. Ibidem,41. 30 Cf. II ConC. do vatiCano, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 13; Código de Direito Canónico, cân. 904. 31 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 59. 32 Para as celebrações especiais, observe-se o que está estabelecido: para as Missas com assembleias particulares, cf. sagrada Congregação para o Culto divino, Instr. Actio pastoralis, 15 Maio de 1969: AAS 61 (1969) 806-811; para as Missas com crianças: Directório sobre as Missas com crianças, 1 de Novembro de 1973: AAS 66 (1974) 30-46; sobre o modo de unir as Horas do Ofício com a Missa: Instrução Geral sobre a Liturgia das Horas, 93-98; sobre o modo de ligar algumas bênçãos e a coroação da imagem da INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 23 22. A celebração da Eucaristia é da maior importância para a Igreja particular. O Bispo diocesano, como primeiro dispensador dos mistérios de Deus na Igreja particular que lhe está confiada, é o moderador, o promotor e o guardião de toda a vida litúrgica.33 Nas celebrações por ele presididas, principalmente na celebração eucarística com a participação do presbitério, dos diáconos e do povo, manifesta-se o mistério da Igreja. Esta celebração da Missa deve, pois, ser exemplar para toda a diocese. Por isso, ele deve procurar que os presbíteros, diáconos e fiéis leigos compreendam sempre profundamente o genuíno sentido dos ritos e textos litúrgicos, e desse modo sejam levados à celebração activa e frutuosa da Eucaristia. Neste mesmo sentido deve procurar que cresça a dignidade das mesmas celebrações, para a promoção da qual muito contribui a beleza dos lugares sagrados, da música e da arte. 23. Para que a celebração esteja mais plenamente de acordo com a letra e o espírito da sagrada Liturgia, e para que possa aumentar a sua eficácia pastoral, expõem-se, nesta Instrução geral e no Ordinário da Missa alguns ajustamentos e adaptações. 24. Tais adaptações consistem, muitas vezes, na escolha de certos ritos e textos, como são os cantos, as leituras, as orações, as admonições e os gestos, de forma a corresponderem melhor às necessidades, à preparação e à capacidade dos participantes; elas são da responsabilidade do sacerdote celebrante. Lembre-se contudo o sacerdote que ele próprio é servidor da sagrada Liturgia, e que não lhe é permitido, por sua livre iniciativa, acres- centar, suprimir ou mudar seja o que for na celebração da Missa.34 25. Além disso, no lugar respectivo do Missal vão indicadas algumas adaptações que, segundo a Constituição da sagrada Liturgia, competem Bem-aventurada Virgem Maria com a Missa: Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, Preliminar, 28; Coroação da Imagem da Virgem Maria, in Celebração das Bênçãos, Suplemento, cap. V, nn. *125 e *129. 33 Cf. II ConC. do vatiCano, Decreto sobre o múnus pastoral dos Bispos, Christus Dominus,15 ; Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 41. 34 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 22. IMPORTÂNCIA E DIGNIDADE DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA 24 respectivamente ao Bispo diocesano ou à Conferência Episcopal 35 (cf. adiante, nn. 387, 388-393). 26. No que se refere a variações e adaptações mais profundas, relativas às tradições e à índole dos povos e das regiões, quando for útil ou necessário introduzi-las, de acordo com o art. 40 da Constituição sobre a sagrada Liturgia, observe-se o que se expõe na Instrução «A liturgia romana e a inculturação»,36 e mais adiante (nn. 395-399). 35 Cf. principalmente II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 38, 40; paulo vi, Const. Ap. Missale Romanum, acima. 36 Congregação do Culto divino e disCiplina dos saCramentos, Instr. Varietates legitimae, de 25 de Janeiro 1994: AAS 87 (1995) 288-314. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO CAPITULO II ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES i. estrutura geral da missa 27. Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote que actua na pessoa de Cristo, para celebrar o memorial do Senhor ou sacrifício eucarístico.37 A esta assembleia local da santa Igreja se aplica eminentemente a promessa de Cristo: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt 18, 20). Com efeito, na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz,38 Cristoestá realmente presente: na própria assembleia congregada em seu nome, na pessoa do ministro, na sua palavra e, ainda, de uma forma substancial e permanente, sob as espécies eucarísticas.39 28. A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Estas duas partes, porém, estão entre si tão estreitamente ligadas que constituem um único acto de culto.40 De facto, na Missa é posta a mesa, tanto da palavra de Deus como do Corpo de Cristo, mesa em que os fiéis recebem instrução e alimento.41 Há ainda determinados ritos, a abrir e a concluir a celebração. 37 Cf. II ConC. do vatiCano, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5; Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 33. 38 Cf. ConC. de trento, Sessão XXII, Doutr. Sobre o SS. Sacrifício da Missa, cap. 1: DS 1740; cf. paulo VI, Solene Profissão de Fé, 30 Junho de 1968, n. 24: AAS 60 (1968) 442. 39 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 7; paulo vi, Enc. Mysterium Fidei, 3 de Setembro de 1965: AAS 57 (1965) 764; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio de 1967, 9: AAS 59 (1967) 547. 40 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 56; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio de 1967, 3: AAS 59 (1967) 542. 41 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 48, 51; Const. dogm. sobre a Revelação divina, Dei Verbum, 21; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 4. 26 ii. os diversos elementos da missa Leitura da palavra de Deus e sua explanação 29. Quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é o próprio Deus quem fala ao seu povo, é Cristo, presente na sua palavra, quem anuncia o Evangelho. Por isso as leituras da palavra de Deus, que oferecem à Liturgia um elemento da maior importância, devem ser escutadas por todos com veneração. E embora a palavra divina, contida nas leituras da Sagrada Escritura, seja dirigida a todos os homens de todos os tempos e seja para eles inteligível, no entanto a sua mais plena compreensão e a sua eficácia são favorecidas por um comentário vivo, isto é, a homilia, que faz parte da acção litúrgica.42 Orações e outros elementos que pertencem à função do sacerdote 30. Entre as partes da Missa que pertencem ao sacerdote, está em primeiro lugar a Oração eucarística, ponto culminante de toda a celebração. Vêm a seguir as orações: a oração colecta, a oração sobre as oblatas e a oração depois da Comunhão. O sacerdote, que preside à assembleia agindo na pessoa de Cristo, dirige estas orações a Deus em nome de todo o povo santo e de todos os presentes.43 Por isso se chamam “orações presidenciais”. 31. Compete igualmente ao sacerdote, enquanto presidente da assembleia reunida, fazer certas admonições previstas no próprio rito. Onde as rubricas o prevejam, o celebrante pode adaptá-las de modo a corresponderem melhor à capacidade dos participantes; no entanto, o sacerdote deve procurar que o sentido da admonição proposta no Missal seja sempre mantido e expresso em poucas palavras. Pertence ainda ao sacerdote presidente moderar a palavra de Deus e dar a bênção final. Pode ainda introduzir os fiéis, com brevíssimas palavras: na Missa do dia, após a saudação inicial e antes do acto 42 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 7, 33, 52. 43 Cf. Ibidem, 33. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 27 penitencial; na liturgia da palavra, antes das leituras; na Oração eucarística, antes do Prefácio, mas nunca dentro da própria Oração; finalmente, antes da despedida, ao terminar toda a acção sagrada. 32. O carácter «presidencial» destas intervenções exige que elas sejam proferidas em voz alta e clara e escutadas por todos com atenção.44 Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não haja nenhumas outras orações ou cânticos, nem se ouça o toque do órgão ou de outros instrumentos mu- sicais. 33. Como presidente, o sacerdote pronuncia as orações em nome da Igreja e da comunidade reunida, mas, por vezes, também o faz em nome pessoal, para despertar maior atenção e piedade no exercício do seu ministério. Estas orações, propostas para antes da leitura do Evangelho, na preparação dos dons, e antes e depois da comunhão do sacerdote, são ditas em silêncio. Outras fórmulas utilizadas na celebração 34. A celebração da Missa é, por sua natureza, “comunitária”.45 Por isso têm grande importância os diálogos entre o sacerdote e os fiéis reunidos, bem como as aclamações.46 Tais elementos não são apenas sinais externos de celebração colectiva, mas favorecem e realizam a estreita comunhão entre o sacerdote e o povo. 35. As aclamações e as respostas dos fiéis às saudações do sacerdote e às orações constituem aquele grau de participação activa por parte da assembleia dos fiéis, que se exige em todas as formas de celebração da Missa, para que se exprima claramente e se estimule a acção de toda a comunidade.47 44 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 14: AAS 59 (1967) 304. 45 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 26-27; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 Maio 1967, n. 3d: AAS 59 (1967) 542. 46 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 30. 47 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, n. 16a: AAS 59 (1967) 305. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 28 36. Há ainda outras partes da celebração, que pertencem igualmente a toda a assembleia convocada e muito contribuem para manifestar e favore- cer a participação activa dos fiéis: são principalmente o acto penitencial, a profissão de fé, a oração universal e a Oração dominical. 37. Finalmente, entre as restantes fórmulas: a) umas constituem um rito ou acto por si mesmas, como o hino Glória, o salmo responsorial, o Aleluia e o versículo antes do Evangelho, o Santo, a aclamação da anamnese e o cântico depois da Comunhão; b) outras destinam-se a acompanhar um rito, como o cântico de entrada, do ofertório, da fracção (Cordeiro de Deus) e da Comunhão. Modos de proferir os vários textos 38. Nos textos que devem ser proferidos claramente e em voz alta, quer pelo sacerdote ou pelo diácono, quer pelo leitor ou por todos, a voz deve corresponder ao género do próprio texto, conforme se trate de leitura, oração, admonição, aclamação ou cântico. Igualmente se há-de acomodar à forma de celebração e à solenidade da assembleia. Tenha-se em conta, além disso, a índole peculiar de cada língua e a mentalidade dos povos. Nas rubricas e normas que se seguem, as palavras “dizer” ou “proferir” devem ser entendidas como referentes quer ao canto quer à simples recitação, segundo os princípios atrás enunciados. Importância do canto 39. O Apóstolo exorta os fiéis, que se reúnem à espera da vinda do Senhor, a que unam as suas vozes para cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (cf. Col 3, 16). O canto é sinal de alegria do coração (cf. Actos 2, 46). Bem dizia Santo Agostinho: “Cantar é próprio de quem ama”.48 E vem já de tempos antigos o provérbio: “Quem bem canta, duas vezes reza”. 48 santo agostinho de hipona, Sermão 336, 1: PL 38, 1472. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 29 40. Por isso, deve fazer-se um grande uso do canto na celebração da Missa, de acordo com a índole dos povos e as possibilidades de cada assembleia litúrgica. Embora não seja necessário cantar sempre, por exemplo nas Mis- sas feriais, todos os textos que, por si mesmos, se destinam a ser cantados, deve no entanto procurar-se com todo o cuidado que não falte ocanto dos ministros e do povo nas celebrações que se realizam nos domingos e festas de preceito. Na escolha das partes que efectivamente se cantam, dê-se preferência às mais importantes, sobretudo às que devem ser cantadas pelo sacerdote ou pelo diácono ou pelo leitor, com resposta do povo, bem como às que o sacerdote e o povo devem proferir conjuntamente.49 41. Em igualdade de circunstâncias, dê-se a primazia ao canto gregori- ano, como canto próprio da Liturgia romana. De modo nenhum se devem excluir outros géneros de música sacra, principalmente a polifonia, desde que correspondam ao espírito da acção litúrgica e favoreçam a participação de todos os fiéis.50 Dado que hoje é cada vez mais frequente o encontro de fiéis de dife- rentes nacionalidades, convém que eles saibam cantar em latim pelo menos algumas partes do Ordinário da Missa, sobretudo o símbolo da fé e a Oração dominical, nas suas melodias mais fáceis.51 Os gestos e atitudes corporais 42. Os gestos e as atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração seja bela e de nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos.52 49 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 7, 16: AAS 59 (1967) 302, 305. 50 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 116; cf. também Ibidem, 30. 51 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 54; S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 59: AAS 56 (1964) 891; Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 47: AAS 59 (1967) 314. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 30 Para isso deve atender-se ao que está definido por esta Instrução geral e pela tradição do Rito romano, e ao que concorre para o bem comum espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação ou arbítrio particular. A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a sagrada Liturgia: exprime e favorece os sentimentos e a atitude interior dos participantes. 43. Os fiéis estão de pé: desde o início do cântico de entrada, ou enquanto o sacerdote se encaminha para o altar, até à oração colecta, inclusive; durante o cântico do Aleluia que precede o Evangelho; durante a proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e desde o convite “Orai, irmãos”, antes da oração sobre as oblatas, até ao fim da Missa, excepto nos momentos adiante indicados. Estão sentados: durante as leituras que precedem o Evangelho e durante o salmo responsorial; durante a homilia e durante a preparação dos dons ao ofertório; e, se for oportuno, durante o silêncio sagrado depois da Comunhão. Estão de joelhos durante a consagração, excepto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos du- rante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a consagração. Compete, todavia, às Conferências Episcopais, segundo as normas do direito, adaptar à mentalidade e tradições razoáveis dos povos os gestos e atitudes indicados no Ordinário da Missa.53 Atenda-se, porém, a que estejam de acordo com o sentido e o carácter de cada uma das partes da celebração. Mantenha-se louvavelmente, onde o haja, o costume de o povo permanecer de joelhos desde o fim da aclamação do Sanctus até ao fim da Oração eucarística, e antes da Comunhão, quando o sacerdote diz Eis o Cordeiro de Deus. 52 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, nn. 30, 34; cf. também Ibidem, 21. 53 Cf. ibidem, 40; Congregação do Culto divino e disCiplina dos saCramentos, Instr. Varietates legitimae, 25 de Janeiro 1994, 41: AAS 87 (1995) 304. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 31 Para se conseguir a uniformidade nos gestos e atitudes do corpo na mesma celebração, os fiéis devem obedecer às indicações que, no decurso da mesma, lhes forem dadas pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido no Missal. 44. Entre os gestos contam-se também as acções e as procissões do sa- cerdote ao dirigir-se para o altar com o diácono e os ministros; do diácono, antes da proclamação do Evangelho, ao levar o Evangeliário ou Livro dos evangelhos para o ambão; dos fiéis ao levarem os dons e ao aproximarem-se para a Comunhão. Convém que estas acções e procissões se realizem com decoro, enquanto se executam os cânticos respectivos, segundo as normas estabelecidas para cada caso. O silêncio 45. Também se deve guardar, nos momentos próprios, o silêncio sagrado, como parte da celebração.54 A natureza deste silêncio depende do momento em que ele é observado no decurso da celebração. Assim, no acto penitencial e a seguir ao convite à oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior; a seguir às leituras ou à homilia, é para uma breve meditação sobre o que se ouviu; depois da Comunhão, favorece a oração interior de louvor e acção de graças. Já antes da própria celebração é louvável observar o silêncio na igreja, na sacristia, no vestiário e nos lugares que lhes ficam mais próximos, para que todos se disponham com devoção e devidamente para celebrar os ritos sagrados. 54 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 30; S. Congregação dos ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 17: AAS 59 (1967) 305. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 32 iii. as várias partes da missa A) ritos iniCiais 46. Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, acto penitencial, Kýrie (Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração colecta – têm o carácter de exórdio, introdução e preparação. A sua finalidade é estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia. Em algumas celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à Missa, os ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico. Entrada 47. Reunido o povo, enquanto entra o sacerdote com o diácono e os ministros, inicia-se o cântico de entrada. A finalidade deste cântico é dar início à celebração, favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-los no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e ao mesmo tempo acompanhar a procissão de entrada do sacerdote e dos ministros. 48. O cântico de entrada é executado alternadamente pelo coro e pelo povo, ou por um cantor alternando com o povo, ou por toda a assembleia em conjunto, ou somente pelo coro. Pode utilizar-se ou a antífona com o respectivo salmo que vem no Gradual romano ou no Gradual simples, ou outro cântico apropriado à acção sagrada ou ao carácter do dia ou do tempo,55 cujo texto tenha a aprovação da Conferência Episcopal. Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona que vem no Missal, ou por todos os fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor; ou então pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la à maneira de admonição inicial (cf. n. 31). 55 Cf. João paulo ii, Carta Ap. Dies Domini, 31 de Maio 1998, 50: AAS 90 (1998) 745. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 33 Saudação do altar e da assembleia 49. Chegados ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com uma inclinação profunda. Em sinal de veneração, o sacerdote e o diácono beijam então o altar; e, se for oportuno, o sacerdote incensa a cruz e o altar. 50. Terminado o cântico de entrada, o sacerdote, de pé junto da cadeira, com toda a assembleia,faz sobre si próprio o sinal da cruz; em seguida, pela saudação, manifesta à comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta saudação e a resposta do povo manifesta-se o mistério da Igreja reunida. Depois da saudação do povo, o sacerdote, ou o diácono, ou outro ministro leigo, pode, com palavras muito breves, introduzir os fiéis na Missa do dia. Acto penitencial 51. Em seguida, o sacerdote convida ao acto penitencial, o qual, após uma breve pausa de silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão geral e termina com a absolvição do sacerdote; esta absolvição, porém, carece da eficácia do sacramento da penitência. Ao domingo, principalmente no Tempo Pascal, em vez do costumado acto penitencial pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do baptismo.56 Kýrie, eléison 52. Depois do acto penitencial, diz-se sempre o Senhor, tende piedade de nós (Kýrie, eléison), a não ser que já tenha sido incluído no acto penitencial. Dado tratar-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é normalmente executado por todos, em forma alternada entre o povo e o coro ou um cantor. 56 Cf. no próprio Missal [Missal Romano, Coimbra 1992, p. 1359]. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 34 Cada uma das aclamações diz-se normalmente duas vezes, o que não exclui, porém, um maior número, de acordo com a índole de cada língua, da arte musical ou das circunstâncias. Quando o Kýrie é cantado como parte do acto penitencial, cada aclamação é precedida de um «tropo». Glória in excelsis 53. O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro. É começado pelo sacerdote ou, se for oportuno, por um cantor, ou pelo coro, e é cantado ou por todos em conjunto, ou pelo povo alternando com o coro, ou só pelo coro. Se não é cantado, é recitado ou por todos em conjunto ou por dois coros alternadamente. Canta-se ou recita-se nos domingos fora do Advento e da Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares celebrações mais solenes. Oração colecta 54. Em seguida, o sacerdote convida o povo à oração; e todos, juntamente com ele, se recolhem uns momentos em silêncio, a fim de tomarem consciência de que se encontram na presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções. Depois o sacerdote diz a oração chamada «colecta», pela qual se exprime o carácter da celebração. Segundo a tradição antiga da Igreja, a oração colecta dirige-se habitualmente a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo,57 e termina com a conclusão trinitária, isto é, a mais longa, deste modo: – se é dirigida ao Pai: Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sáecula saeculórum; 57 Cf. tertuliano, Adversus Marcionem, IV, 9: CCSL 1, p. 560; PL 2, 376A; orígenes, Disputatio cum Heracleida, n. 4, 24: SCh 67, p. 62; Statuta Concilii Hipponensis Breviata, 21: CCSL 149, p. 39. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 35 – se é dirigida ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula saeculórum; – se é dirigida ao Filho: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitate Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula saeculórum. O povo associa-se a esta súplica e faz sua a oração pela aclamação Amen. Na Missa diz-se sempre uma só oração colecta. * Com a aprovação da Sé Apostólica, nos países de língua portuguesa as orações concluem todas do mesmo modo: – se é dirigida ao Pai: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo; – se é dirigida ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo; – se é dirigida ao Filho: Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. B) liturgia da palavra 55. A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura com os cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal ou oração dos fiéis. Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo,58 revela-lhe o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis.59 O povo faz sua esta palavra divina com o silêncio e com os cânticos e a ela adere com a profissão de fé. Assim alimentado, eleva a Deus as suas preces na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro. 58 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 33. 59 Cf. Ibidem, 7. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 36 Silêncio 56. A liturgia da palavra deve ser celebrada de modo a favorecer a meditação. Deve, por isso, evitar-se completamente qualquer forma de pressa que impeça o recolhimento. Haja nela também breves momentos de silêncio, adaptados à assembleia reunida, nos quais, com a ajuda do Espírito Santo, a palavra de Deus possa ser interiorizada e se prepare a resposta pela oração. Pode ser oportuno observar estes momentos de silêncio, por exemplo no início da própria liturgia da palavra, depois da primeira e da segunda leitura e, por fim, após a homilia.60 Leituras bíblicas 57. Nas leituras põe-se aos fiéis a mesa da palavra de Deus e abrem-se- -lhes os tesouros da Bíblia.61 Convém, por isso, observar uma disposição das leituras bíblicas que ilustre a unidade de ambos os Testamentos e da história da salvação; não é lícito substituir as leituras e o salmo responsorial, que contêm a palavra de Deus, por outros textos não bíblicos.62 58. Na celebração da Missa com o povo, as leituras proclamam-se sempre do ambão. 59. Segundo a tradição, a função de proferir as leituras não é presidencial, mas ministerial. Por isso as leituras são proclamadas por um leitor, mas o Evangelho é anunciado pelo diácono ou, na ausência deste, por outro sacer- dote. Se, porém, não estiver presente o diácono nem outro sacerdote, leia o Evangelho o próprio sacerdote celebrante; e se também faltar outro leitor idóneo o sacerdote celebrante proclame igualmente as outras leituras. 60 Cf. missale romanum, Ordo lectionum Missae, editio typica altera, Praenotanda, n. 28 [versão portuguesa nos vários volumes do Leccionário, Preliminares]. 61 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 51. 62 Cf. João paulo ii, Carta Ap. Vicesimus quintus annus, 4 de Dezembro 1988, 13: AAS 81 (1989) 910. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 37 Depois de cada leitura, aquele que a lê profere a aclamação; ao responder-lhe, o povo reunido presta homenagem à palavra de Deus, recebida com fé e espírito agradecido. 60. A leitura do Evangelho constitui o ponto culminante da liturgia da palavra. Deve ser-lhe atribuída a maior veneração. Assim o mostra a própria Liturgia, distinguindo esta leitura das outras com honras especiais, quer por parte do ministro encarregado de a anunciar e pela bênção e oração com que se prepara para o fazer, quer por parte dos fiéis que, com as suas aclamações, reconhecem e confessam que é Cristo presente no meio deles quem lhes fala, e, por isso, escutam a leitura de pé; quer ainda pelos sinais de veneração ao próprio Evangeliário. Salmo responsorial 61. A primeira leitura é seguida do salmo responsorial, que é parte integrante da liturgia da palavra e tem, por si mesmo, grande importância litúrgica e pastoral, pois favorece a meditação da Palavra de Deus. O salmo responsorial corresponde a cada leitura e habitualmente toma-se do Leccionário. Convém que o salmoresponsorial seja cantado, pelo menos no que se refere à resposta do povo. O salmista ou cantor do salmo, do ambão ou de outro sítio conveniente, recita os versículos do salmo; toda a assembleia escuta sentada, ou, de preferência, nele participa de modo habitual com o refrão, a não ser que o salmo seja recitado todo seguido, sem refrão. Todavia, para facilitar ao povo a resposta salmódica (refrão), fez-se, para os diferentes tempos e as várias categorias de Santos, uma selecção de responsórios e salmos, que podem ser utilizados, em vez do texto correspondente à leitura, quando o salmo é cantado. Se o salmo não puder ser cantado, recita-se do modo mais indicado para favorecer a meditação da palavra de Deus. Em vez do salmo que vem indicado no Leccionário, também se pode cantar ou o responsório gradual tirado do Gradual romano ou um salmo responsorial ou aleluiático do Gradual simples, na forma indicada nestes livros. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 38 Aclamação antes da leitura do Evangelho 62. Depois da leitura, que precede imediatamente o Evangelho, canta- se o Aleluia ou outro cântico, indicado pelas rubricas, conforme o tempo litúrgico. Deste modo a aclamação constitui um rito ou um acto com valor por si próprio, pelo qual a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar no Evangelho, e professa a sua fé por meio do canto. É cantada por todos de pé, iniciada pelo coro ou por um cantor, e pode-se repetir, se for conveniente; mas o versículo é cantado pelo coro ou pelo cantor. a) O Aleluia canta-se em todos os tempos fora da Quaresma. Os versículos tomam-se do Leccionário ou do Gradual; b) Na Quaresma, em vez do Aleluia canta-se o versículo antes do Evangelho que vem no Leccionário. Também se pode cantar outro salmo ou tracto, como se indica no Gradual. 63. No caso de haver uma só leitura antes do Evangelho: a) nos tempos em que se diz Aleluia, pode escolher-se ou o salmo aleluiático, ou o salmo e o Aleluia com o seu versículo; b) no tempo em que não se diz Aleluia, pode escolher-se ou o salmo e o versículo antes do Evangelho ou apenas o salmo. c) O Aleluia ou o versículo antes do Evangelho, se não são cantados, podem omitir-se. 64. A sequência, que excepto nos dias da Páscoa e do Pentecostes é fa- cultativa, canta-se antes do Aleluia. Homilia 65. A homilia é parte da liturgia e muito recomendada:63 é um elemento necessário para alimentar a vida cristã. Deve ser a explanação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de algum texto do Ordinário 63 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 52; Código de Direito Canónico, cân. 767 § 1. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 39 ou do Próprio da Missa do dia, tendo sempre em conta o mistério que se celebra, bem como as necessidades peculiares dos ouvintes.64 66. Habitualmente a homilia deve ser feita pelo sacerdote celebrante ou por um sacerdote concelebrante, por ele encarregado, ou algumas vezes, se for oportuno, também por um diácono, mas nunca por um leigo.65 Em casos especiais e por justa causa, a homilia também pode ser feita por um Bispo ou presbítero que se encontre na celebração mas sem poder concelebrar. Nos domingos e festas de preceito, deve haver homilia em todas as Missas celebradas com participação do povo, e não pode omitir-se senão por causa grave. Além disso, é recomendada, particularmente nos dias feriais do Advento, Quaresma e Tempo Pascal, e também noutras festas e ocasiões em que é maior a afluência do povo à Igreja.66 Depois da homilia, observe-se oportunamente um breve espaço de silêncio. Profissão de fé 67. O símbolo, ou profissão de fé, tem como finalidade permitir que todo o povo reunido responda à palavra de Deus anunciada nas leituras da Sagrada Escritura e exposta na homilia, e que, proclamando a regra da fé, segundo a fórmula aprovada para o uso litúrgico, recorde e professe os grandes mistérios da fé, antes de começar a celebração dos mesmos na Eucaristia. 64 Cf. S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 54: AAS 56 (1964) 890. 65 Cf. Código de Direito Canónico, cân. 767 § 1; pont. Commissão para a interpretação autêntiCa do Código de direito CanóniCo, Resposta à dúvida sobre o cân. 767 § 1: AAS 79 (1987) 1249; Instrução interdicasterial sobre algumas questões acerca da colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes, Ecclesia de mysterio, 15 de Agosto de 1997, art. 3: AAS 89 (1997) 864. 66 Cf. S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 53: AAS 56 (1964) 890. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 40 68. O símbolo deve ser cantado ou recitado pelo sacerdote juntamente com o povo, nos domingos e nas solenidades. Pode também dizer-se em celebrações especiais mais solenes. Se é cantado, é começado pelo sacerdote ou, se for o caso, por um cantor, ou pelo coro; cantam-no todos em conjunto ou o povo alternando com o coro. Se não é cantado, deve ser recitado conjuntamente por todos ou por dois coros alternadamente. Oração universal 69. Na oração universal ou oração dos fiéis, o povo responde, de algum modo à palavra de Deus recebida na fé e, exercendo a função do seu sacer- dócio baptismal, apresenta preces a Deus pela salvação de todos. Convém que em todas as Missas com participação do povo se faça esta oração, na qual se pede pela santa Igreja, pelos governantes, pelos que se encontram em necessidade, por todos os homens em geral e pela salvação do mundo inteiro.67 70. Normalmente a ordem das intenções é a seguinte: a) pelas necessidades da Igreja; b) pelas autoridades civis e pela salvação do mundo; c) por aqueles que sofrem dificuldades; d) pela comunidade local. Em celebrações especiais – por exemplo, Confirmação, Matrimónio, Exéquias – a ordem das intenções pode acomodar-se às circunstâncias. 71. Compete ao sacerdote celebrante dirigir da sede esta prece. Ele próprio a introduz com uma breve admonição, na qual convida os fiéis a orar, e a conclui com uma oração. As intenções que se propõem devem ser sóbrias, compostas com sábia liberdade e poucas palavras, e exprimam a súplica de toda a comunidade. 67 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 53. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 41 São enunciadas do ambão ou de outro lugar conveniente, por um diácono, ou por um cantor, ou por um leitor, ou por outro fiel leigo.68 O povo, de pé, faz suas estas súplicas, ou com uma invocação comum proferida depois de cada intenção, ou orando em silêncio. C) liturgia euCarístiCa 72. Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e banquete pascal, por meio do qual, todas as vezes que o sacerdote, representando a Cristo Senhor, faz o mesmo que o Senhor fez e mandou aos discípulos que fizessem em sua memória, se torna continuamente presente o sacrifício da cruz.69 Cristo tomou o pão e o cálice, pronunciou a acção de graças, partiu o pão e deu-o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei, bebei: isto é o meu Corpo; este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim». Foi a partir destas palavras e gestos de Cristo que a Igreja ordenou toda a celebração da liturgia eucarística. Efectivamente: 1) Na preparação dos dons, levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, os mesmos elementos que Cristo tomou em suas mãos. 2) Na Oração eucarística, dão-se graças a Deus por toda a obra da salvação, e as oblatas convertem-se no Corpo e Sangue de Cristo. 3) Pela fracção do pão e pela Comunhão, os fiéis, embora muitos, recebem, de um só pão, o Corpo e, do mesmo cálice, o Sangue do Senhor, do mesmo modo que os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo. 68 Cf. S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 deSetembro 1964, n. 56: AAS 56 (1964) 890. 69 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 47; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 3a, b: AAS 59 (1967) 540-541. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 42 Preparação dos dons 73. A iniciar a liturgia eucarística, levam-se para o altar os dons, que se vão converter no Corpo e Sangue de Cristo. Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística;70 nele se dispõem o corporal, o purificador (ou sanguinho), o missal e o cálice, salvo se este for preparado na credência. Em seguida são trazidas as oferendas. É de louvar que o pão e o vinho sejam apresentados pelos fiéis. Recebidos pelo sacerdote ou pelo di- ácono em lugar conveniente, são depois levados para o altar. Embora, hoje em dia, os fiéis já não tragam do seu próprio pão e vinho, como se fazia noutros tempos, no entanto o rito desta apresentação conserva ainda valor e significado espiritual. Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora da mesa eucarística. 74. A procissão em que se levam os dons é acompanhada do cântico do ofertório (cf. n. 37, b), que se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido depostos sobre o altar. As normas para a execução deste cântico são idênticas às que foram dadas para o cântico de entrada (cf. n. 48). O rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de canto, mesmo sem procissão dos dons. 75. O pão e o vinho são depostos sobre o altar pelo sacerdote, que, en- tretanto, recita as fórmulas prescritas. O sacerdote pode incensar os dons colocados sobre o altar, depois a cruz e o próprio altar. Deste modo se pre- tende significar que a oblação e a oração da Igreja se elevam, como fumo de incenso, à presença de Deus. Depois o sacerdote, por causa do sagrado ministério, e o povo, em razão da dignidade baptismal, podem ser incensados pelo diácono ou por outro ministro. 76. A seguir, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar: com este rito se exprime o desejo de uma purificação interior. 70 Cf. S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 91: AAS 56 (1964) 898; Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 24: AAS 59 (1967) 554. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 43 Oração sobre as oblatas 77. Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos concomitantes, o sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a oração sobre as oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a Oração eucarística. Na Missa diz-se uma só oração sobre as oblatas, que termina com a conclusão breve, isto é: Per Christum Dóminum nostrum; se no fim da oração se menciona o Filho, diz-se: Qui vivit et regnat in sáecula saeculórum (ver final do n. 54). O povo associa-se a esta prece e faz sua a oração pela aclamação Amen. Oração eucarística 78. É neste momento que se inicia o ponto central e culminante de toda a celebração, a Oração eucarística, que é uma oração de acção de graças e de consagração. O sacerdote convida o povo a elevar os corações para o Senhor, na oração e na acção de graças, e associa-o a si na oração que ele, em nome de toda a comunidade, dirige a Deus Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo. O sentido desta oração é que toda a assembleia dos fiéis se una a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício. A Oração eucarística exige que todos a escutem com reverência e em silêncio. 79. Como elementos principais da Oração eucarística podem enumerar-se os seguintes: a) Acção de graças (expressa de modo particular no Prefácio): em nome de todo o povo santo, o sacerdote glorifica a Deus Pai e dá-Lhe graças por toda a obra da salvação ou por algum dos seus aspectos particulares, conforme a diversidade do dia, da festividade ou do tempo litúrgico. b) Aclamação: toda a assembleia, em união com os coros celestes, canta o Sanctus (Santo). Esta aclamação, que faz parte da Oração eucarística, é proferida por todo o povo juntamente com o sacerdote. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 44 c) Epiclese: consta de invocações especiais, pelas quais a Igreja implora o poder do Espírito Santo, para que os dons oferecidos pelos homens sejam consagrados, isto é, se convertam no Corpo e Sangue de Cristo; e para que a hóstia imaculada, que vai ser recebida na Comunhão, opere a salvação daqueles que dela vão participar. d) Narração da instituição e consagração: mediante as palavras e gestos de Cristo, realiza-se o sacrifício que o próprio Cristo instituiu na última Ceia, quando ofereceu o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho e os deu a comer e a beber aos Apóstolos, ao mesmo tempo que lhes confiou o mandato de perpetuar este mistério. e) Anamnese: em obediência a este mandato, recebido de Cristo Senhor através dos Apóstolos, a Igreja celebra a memória do mesmo Cristo, recordando de modo particular a sua bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos Céus. f) Oblação: neste memorial, a Igreja, de modo especial aquela que nesse momento e nesse lugar está reunida, oferece a Deus Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada. A Igreja deseja que os fiéis não somente ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendam a oferecer-se também a si mesmos 71 e, por Cristo mediador, se esforcem por realizar de dia para dia a unidade perfeita com Deus e entre si, até que finalmente Deus seja tudo em todos.72 g) Intercessões: por elas se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto do Céu como da terra, e que a oblação é feita em proveito dela e de todos os seus membros, vivos e defuntos, cha- mados todos a tomar parte na redenção e salvação adquirida pelo Corpo e Sangue de Cristo. h) Doxologia final: exprime a glorificação de Deus e é ratificada e concluída pela aclamação Amen do povo. 71 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 48; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 12: AAS 59 (1967) 548-549. 72 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 48; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 12: AAS 59 (1967) 548-549. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 45 Rito da Comunhão 80. A celebração eucarística é um banquete pascal. Convém, por isso, que os fiéis, devidamente preparados, nela recebam, segundo o mandato do Senhor, o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual. É esta a finalidade da fracção e dos outros ritos preparatórios, que dispõem os fiéis, de forma mais imediata, para a Comunhão. Oração dominical 81. Na Oração dominical pede-se o pão de cada dia, que para os cristãos evoca principalmente o pão eucarístico; igualmente se pede a purificação dos pecados, de modo que efectivamente “as coisas santas sejam dadas aos santos”. O sacerdote formula o convite à oração, que todos os fiéis recitam juntamente com ele. Em seguida o sacerdote diz sozinho o embolismo, que o povo conclui com uma doxologia. O embolismo é o desenvolvimento da última petição da Oração dominical; nele se pede para toda a comunidade dos fiéis a libertação do poder do mal. O convite, a oração, o embolismo e a doxologia conclusiva dita pelo povo, devem ser cantados ou recitados em voz alta. Rito da paz 82. Segue-se o rito da paz, no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si própria e para toda a família humana, e os fiéis exprimem uns aos outrosa comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no Sacramento. Quanto ao próprio sinal com que se dá a paz, as Conferências Epis- copais determinarão como se há-de fazer, tendo em conta a mentalidade e os costumes dos povos. Mas é conveniente que cada um dê a paz com sobriedade apenas aos que estão mais perto de si. Fracção do pão 83. O sacerdote parte o pão eucarístico com a ajuda, se for oportuno, do diácono ou de um concelebrante. O gesto da fracção, praticado por Cristo na última Ceia, e que serviu para designar, nos tempos apostólicos, toda a ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 46 acção eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos, se tornam um só Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressus- citado pela salvação do mundo (1 Cor 10, 17). A fracção começa depois de se dar a paz e realiza-se com a devida reverência, mas não se deve prolongar desnecessariamente nem se lhe deve atribuir uma importância excessiva. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono. O sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice para significar a unidade do Corpo e do Sangue do Senhor, na obra da salvação, isto é, do Corpo de Jesus Cristo vivo e glorioso. A súplica Cordeiro de Deus é cantada habitualmente pelo coro ou por um cantor, com a resposta de todo o povo, ou pelo menos é recitada em voz alta. Esta invocação acompanha a fracção do pão, pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos a paz. Comunhão 84. O sacerdote prepara-se para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de Cristo rezando uma oração em silêncio. Os fiéis fazem o mesmo orando em silêncio. Depois o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os para o banquete de Cristo; e, juntamente com os fiéis, faz um acto de humildade, utilizando as palavras evangélicas prescritas. 85. É muito para desejar que os fiéis, tal como o sacerdote é obrigado a fazer, recebam o Corpo do Senhor com hóstias consagradas na própria Missa e, nos casos previstos, participem do cálice (cf. n. 283), para que a Comunhão se manifeste, de forma mais clara, nos próprios sinais, como participação no sacrifício que está a ser celebrado.73 86. Enquanto o sacerdote toma o Sacramento, dá-se início ao cântico da Comunhão, que deve exprimir, com a unidade das vozes, a união espiritual 73 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 31, 32: AAS 59 (1967) 558-559; s. Congregação para a disCiplina dos saCramentos, Instr. Immensae caritatis, 29 de Janeiro 1973, 2: AAS 65 (1973) 267-268. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 47 dos comungantes, manifestar a alegria do coração e realçar melhor o ca- rácter «comunitário» da procissão daqueles que vão receber a Eucaristia. O cântico prolonga-se enquanto se ministra aos fiéis o Sacramento.74 Se se canta um hino depois da Comunhão, o cântico da Comunhão deve terminar a tempo. Procure-se que também os cantores possam comungar comoda- mente. 87. Como cântico da Comunhão pode utilizar-se ou a antífona indicada no Gradual romano, com ou sem o salmo correspondente, ou a antífona do Gradual simples com o respectivo salmo, ou outro cântico apropriado aprovado pela Conferência Episcopal. Pode ser cantado ou só pelo coro, ou pelo coro ou por um cantor juntamente com o povo. Se, porém, não se canta, a antífona que vem no Missal pode ser recitada ou pelos fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor, ou então pelo próprio sacerdote depois de ter comungado e antes de dar a Comunhão aos fiéis. 88. Terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote e os fiéis, con- forme a oportunidade, oram alguns momentos em silêncio. Se se quiser, também pode ser cantado por toda a assembleia um salmo ou outro cântico de louvor ou um hino. 89. Para completar a oração do povo de Deus e concluir todo o rito da Comunhão, o sacerdote diz a oração depois da Comunhão, na qual implora os frutos do mistério celebrado. Na Missa diz-se uma só oração depois da Comunhão, que termina com a conclusão breve, isto é: – se a oração se dirige ao Pai: Per Christum Dóminum nostrum; – se se dirige ao Pai mas no fim da oração se menciona o Filho: Qui vivit et regnat in sáecula saeculórum; – se se dirige ao Filho: Qui vivis et regnas in saecula saeculórum. O povo faz sua esta oração por meio da aclamação Amen. (ver final do n. 54). 74 Cf. s. Congregação para os saCramentos e o Culto divino, Instr. Inaestimabile donum, 3 de Abril 1980, 17: AAS 72 (1980) 338. ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES 48 D) rito de ConClusão 90. O rito de conclusão consta de: a) Notícias breves se forem necessárias; b) Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é enriquecida e amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais solene de bênção; c) Despedida da assembleia, feita pelo diácono ou pelo sacerdote, para que cada qual possa regressar às suas ocupações, louvando e bendizendo o Senhor; d) Beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao altar por parte do sacerdote, do diácono, e dos outros ministros. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO CAPÍTULO III OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA MISSA 91. A celebração eucarística é acção de Cristo e da Igreja, ou seja do povo santo reunido e ordenado sob a autoridade do Bispo. Por isso pertence a todo o Corpo da Igreja, manifesta-o e afecta-o; no entanto, envolve cada membro de modo diverso, segundo a diversidade das ordens, das funções e da efectiva participação.75 Deste modo, o povo cristão, «geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo resgatado» manifesta o seu ordenamento coerente e hierárquico.76 Por conseguinte, todos, ministros ordenados ou fiéis cristãos leigos, ao desempenharem a sua função ou ofício, façam tudo e só o que lhes compete.77 i. ofíCios da ordem saCra 92. Toda a legítima celebração da Eucaristia é dirigida pelo Bispo, quer pessoalmente, quer pelos presbíteros, seus colaboradores.78 Sempre que o Bispo está presente na Missa com o povo reunido, convém sumamente que seja ele próprio a celebrar a Eucaristia, associando a si os presbíteros, como concelebrantes, na acção sagrada. Isto faz-se, não para aumentar a solenidade externa, mas para significar de forma mais clara o mistério da Igreja, que é sacramento de unidade.79 Se, porém, o Bispo não celebrar a Eucaristia, mas confiar a outrem a celebração, convém que seja ele, revestido de cruz peitoral, estola e plu- vial sobre a alva, a presidir à liturgia da palavra e a dar a bênção no fim da Missa.80 75 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 26. 76 Cf. Ibidem, 14. 77 Cf. Ibidem, 28. 78 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 26, 28; Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 42. 79 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 26. 80 Cf. Cerimonial dos Bispos, nn. 175-186. 50 93. Também o presbítero, que na Igreja, em virtude do poder sagrado da Ordem, tem o poder de oferecer o sacrifício na pessoa de Cristo,81 preside ao povo fiel aqui e agora reunido, dirige a sua oração, anuncia-lhe a boa nova da salvação, associa a si o povo na oblação do sacrifício a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, distribui aos irmãos o pão da vida eterna e com eles participa do mesmo pão. Por isso, ao celebrar a Eucaristia, deve servir a Deus e ao povo com dignidade e humildade e, tanto no modo de se comportar como no de proferir as palavras divinas, procurará sugerir aos fiéis a presença viva de Cristo. 94. Depois do presbítero, o diácono, por força da ordenação recebida,ocupa o primeiro lugar entre aqueles que servem na celebração eucarística. Com efeito, a sagrada Ordem do diaconado foi tida sempre em especial consideração na Igreja desde os primeiros tempos dos Apóstolos.82 São funções próprias do diácono, na Missa: proclamar o Evangelho e, eventual- mente, pregar a palavra de Deus, enunciar as intenções na oração universal, assistir ao sacerdote, preparar o altar e servir na celebração do sacrifício, distribuir a Eucaristia aos fiéis, particularmente sob a espécie do vinho e eventualmente indicar ao povo os gestos e atitudes corporais. ii. funções do povo de deus 95. Na celebração da Missa, os fiéis constituem a nação santa, o povo resgatado, o sacerdócio real, para dar graças a Deus e oferecer a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele, e para aprenderem a oferecer-se a si mesmos.83 Procurem manifestar tudo isso com um profundo sentido religioso e com a caridade para com os irmãos que participam na mesma celebração. 81 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 28; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 2. 82 Cf. paulo vi, Carta ap. Sacrum diaconatus ordinem, 18 Junho 1967: AAS 59 (1967) 697-704; pontifiCal romano, Ordenação do bispo, dos presbíteros e diáconos, Segunda edição típica, Coimbra 1992, n. 173. 83 II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 48; cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 12: AAS 59 (1967) 548-549. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 51 Evitem, portanto, tudo quanto signifique singularidade ou divisão, tendo presente que são todos filhos do mesmo Pai que está nos Céus e, consequentemente, irmãos todos uns dos outros. 96. Portanto, formem todos um só corpo, quer ouvindo a palavra de Deus, quer participando nas orações e no canto, quer sobretudo na comum oblação do sacrifício e na comum participação da mesa do Senhor. Esta unidade manifesta-se em beleza nos gestos e atitudes corporais que os fiéis observam todos juntamente. 97. Os fiéis não recusem servir com alegria o povo de Deus, sempre que forem solicitados para desempenhar algum ministério especial ou função na celebração. iii. ministérios espeCiais Ministérios instituídos do acólito e do leitor 98. O acólito é instituído para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe, como função principal, preparar o altar e os vasos sagrados e, se for necessário, distribuir aos fiéis a Eucaristia, de que é ministro extraordinário.84 No ministério do altar, o acólito tem funções próprias (cf. nn. 187- 193), que ele mesmo deve exercer. 99. O leitor é instituído para fazer as leituras da Sagrada Escritura, com excepção do Evangelho. Pode também propor as intenções da oração uni- versal e ainda, na falta de salmista, recitar o salmo entre as leituras. Na celebração eucarística o leitor tem uma função que lhe é própria (cf. nn. 194-198) e que ele deve exercer por si mesmo. 84 Cf. Código de Direito Canónico, cân. 910 § 2; Instrução interdicasterial sobre algumas questões acerca da colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes, Ecclesia de mysterio, 15 de Agosto de 1997, art. 8: AAS 89 (1997) 871. OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA MISSA 52 As outras funções 100. Na falta de acólito instituído, podem ser designados, para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono, ministros leigos que levam a cruz, os círios, o turíbulo, o pão, o vinho e a água; também podem ser designados ministros leigos para distribuir a sagrada Comunhão como ministros extraordinários.85 101. Na falta de leitor instituído, podem ser designados outros leigos para proclamar as leituras da Sagrada Escritura, desde que sejam realmente aptos para o desempenho desta função e se tenham cuidadosamente preparado, de tal modo que, pela escuta das leituras divinas, os fiéis desenvolvam no seu coração um afecto vivo e suave pela Sagrada Escritura.86 102. Compete ao salmista proferir o salmo ou o cântico bíblico que vem entre as leituras. Para desempenhar bem a sua função, é necessário que o salmista seja competente na arte de salmodiar e dotado de pronúncia correcta e dicção perfeita. 103. Entre os fiéis exerce um ofício litúrgico próprio o coro ou grupo coral, a quem compete executar devidamente, segundo os diversos géneros de cânticos, as partes musicais que lhe estão reservadas e animar a participação activa dos fiéis no canto.87 O que se diz do coro aplica-se também, nas devi- das proporções, aos restantes músicos e de modo particular ao organista. 104. É conveniente que haja um cantor ou mestre de coro encarregado de dirigir e sustentar o canto do povo. Na falta do coro, compete-lhe dirigir os diversos cânticos, fazendo o povo participar na parte que lhe corresponde.88 85 Cf. s. Congregação para a disCiplina dos saCramentos, Instr. Immensae caritatis, 29 de Janeiro 1973, 1: AAS 65 (1973) 265-266; Código de Direito Canónico, Cân. 230 § 3. 86 II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 24. 87 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 19: AAS 59 (1967) 306. 88 Cf. Ibidem, 21: AAS 59 (1967) 306-307. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 53 105. Também exercem uma função litúrgica: a) O sacristão, que prepara com diligência os livros litúrgicos, os paramentos e tudo o que é preciso para a celebração da Missa. b) O comentador, incumbido de fazer aos fiéis, se for oportuno, breves explicações e admonições, a fim de os introduzir na celebração e os dispor a compreendê-la melhor. As admonições do comentador devem ser cuidadosamente preparadas e muito sóbrias. No desempenho da sua função, o comentador deve colocar-se em lugar adequado, à frente dos fiéis, mas não no ambão. c) Os encarregados de fazer na igreja a recolha das ofertas. d) Aqueles que, em certas regiões, são encarregados de receber os fiéis à porta da igreja, de os conduzir aos seus lugares e de ordenar as suas procissões. 106. É conveniente, pelo menos nas igrejas catedrais e nas de maior importância, que haja um ministro competente ou mestre de cerimónias, responsável pelo bom ordenamento das acções sagradas, ao qual pertence velar para que as mesmas sejam executadas pelos ministros sagrados e fiéis leigos com dignidade, ordem e piedade. 107. As funções litúrgicas, que não são próprias do sacerdote ou do diácono, e das quais se tratou acima (nn. 100-106), também podem ser confiadas a leigos idóneos, escolhidos pelo pároco ou reitor da igreja,89 mediante uma bênção litúrgica ou por nomeação temporária. Quanto à função de servir o sacerdote ao altar, observem-se as normas dadas pelo Bispo para a sua diocese. iv. a distribuição das funções e a preparação da Celebração 108. Um só e o mesmo sacerdote deve exercer a função presidencial sempre e em todas as suas partes, com excepção daquelas que são próprias da Missa na qual o Bispo está presente (cf. acima n. 92). 89 Cf. pont. Cons. para a interpretação dos textos legislativos, resposta à dúvida acerca do cân. 230 § 2: AAS 86 (1994) 541. OFÍCIOS E MINISTÉRIOS NA MISSA 54 109. Se estão presentes várias pessoas que podem exercer o mesmo minis- tério, nada obsta a que distribuam e desempenhem entre si as diversas partes desse ministério ou ofício. Por exemplo: pode um diácono encarregar-se das partes cantadas e outro diácono servir ao altar; quando há mais que uma leitura, é preferível confiá-las a diversos leitores; e assim noutros casos. Mas não é conveniente que vários ministros dividam entre si um único elemento da celebração: p. ex. a mesma leitura lida por dois, um após o outro, a não ser que se trate da Paixão do Senhor. 110. Quando na Missa com o povo há umsó ministro, este desempenha as diversas funções. 111. Sob a orientação do reitor da igreja, deve fazer-se a preparação prática de cada celebração litúrgica, segundo o Missal e outros livros litúrgicos, com a diligente cooperação de todos os que nela são chamados a intervir, tanto no que se refere aos ritos como no aspecto pastoral e musical; devem ser ouvidos também os fiéis naquilo que lhes diz directamente respeito. Mas o sacerdote que preside à celebração conserva sempre o direito de dispor de tudo aquilo que for da sua competência.90 90 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 22. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO CAPÍTULO IV AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 112. Na Igreja local dê-se o primeiro lugar, em razão do seu significado, à Missa presidida pelo Bispo rodeado do seu presbitério, diáconos e ministros leigos,91 com participação plena e activa de todo o povo santo de Deus. É nesta Missa que se realiza a principal manifestação da Igreja. Na Missa celebrada pelo Bispo, ou na qual ele está presente sem celebrar a Eucaristia, observem-se as normas que se encontram no Cerimonial dos Bispos.92 113. Tenha-se igualmente em grande apreço a Missa celebrada com uma comunidade, sobretudo com a comunidade paroquial; esta, com efeito, principalmente na celebração comunitária do domingo, representa a Igreja universal num determinado tempo e lugar.93 114. Entre as Missas celebradas por certas comunidades, ocupa lugar de relevo a Missa conventual que faz parte do Oficio quotidiano, a chamada Missa “da Comunidade”. Ainda que tais Missas não tenham forma especial de celebração, é todavia da máxima conveniência que se celebrem com canto e, sobretudo, com a plena participação de todos os membros da comunidade, seja de religiosos seja de cónegos. Cada um deve exercer nestas Missas a função que lhe é própria, segundo a Ordem ou ministério em que está investido. Convém, por isso, que, na medida do possível, todos os presbíteros não obrigados a celebrar individualmente para utilidade pastoral dos fiéis concelebrem nestas Missas. Mais ainda, todos os sacerdotes pertencentes à comunidade que, por dever de ofício, tenham de celebrar individualmente 91 Cf. Ibidem, 41. 92 Cf. Cerimonial dos Bispos, nn. 119-186. 93 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 42; Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 28; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 26: AAS 59 (1967) 555. 56 para utilidade pastoral dos fiéis, podem concelebrar no mesmo dia na Missa conventual ou “da Comunidade”.94 Convém, assim, que os presbíteros presentes na celebração eucarística exerçam habitualmente a função própria da sua ordem, a não ser que estejam dispensados por justa causa, e, portanto, participem como concelebrantes, revestidos com as vestes sagradas. Caso não concelebrem, apresentam-se com a veste coral própria ou com a sobrepeliz sobre a veste talar. i. missa Com o povo 115. Entende-se por Missa com o povo a que é celebrada com participação dos fiéis. Na medida do possível, convém que esta Missa, especialmente nos domingos e festas de preceito, seja celebrada com canto e com número adequado de ministros.95 Pode, todavia, celebrar-se também sem canto e com um só ministro. 116. Em qualquer celebração da Missa, estando presente um diácono, este deve desempenhar o seu ministério. Convém ainda que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um acólito, um leitor e um cantor. O rito adiante descrito prevê, no entanto, a possibilidade de maior número de ministros. Coisas a preparar 117. O altar deve ser coberto pelo menos com uma toalha de cor branca. Sobre o altar ou perto dele, dispõem-se, em qualquer celebração, pelo menos dois castiçais com velas acesas, ou quatro ou seis, sobretudo no caso da Missa dominical ou festiva de preceito, e até sete, se for o Bispo diocesano a celebrar. Igualmente, sobre o altar ou perto dele, haja uma cruz, com a imagem de Cristo crucificado. Os castiçais e a cruz ornada com a imagem 94 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 47: AAS 59 (1967) 565. 95 Cf. S. Congregação dos ritos, Ibidem, 26: AAS 59 (1967) 555; Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 16, 27: AAS 59 (1967) 305, 308. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 57 de Cristo crucificado podem ser levados na procissão de entrada. Também se pode colocar sobre o altar o Evangeliário, distinto do livro das outras leituras, a não ser que ele seja levado na procissão de entrada. 118. Preparam-se também: a) Junto à cadeira do sacerdote: o missal e, porventura, o livro de canto; b) No ambão: o leccionário; c) Na credência: o cálice, o corporal, o sanguinho e, sendo preciso, a pala; a patena e as píxides, se forem necessárias; o pão para a Comunhão do sacerdote que preside, do diácono, dos ministros e do povo; as galhetas com o vinho e a água, a não ser que todas estas coisas sejam trazidas pelos fiéis na procissão ao ofertório; a caldeirinha da água a benzer, se se fizer a aspersão; a bandeja (ou patena) para a Comunhão dos fiéis; e ainda o que for necessário para lavar as mãos. É louvável cobrir o cálice com um véu, que pode ser ou da cor do dia ou de cor branca. 119. Na sacristia preparam-se as vestes sagradas (cf. nn. 337-341) do sacerdote, do diácono, e dos outros ministros, segundo as diferentes formas de celebração: a) para o sacerdote: alva, estola e casula ou planeta; b) para o diácono: alva, estola e dalmática; esta, por necessidade ou por motivo de menor solenidade, pode omitir-se; c) para os outros ministros: alva ou outras vestes legitimamente aprovadas.96 Todos os que vão revestidos de alva usam também o cíngulo e o amito, salvo se não forem exigidos em virtude da forma da própria alva. Quando a entrada se faz com procissão, prepara-se também o Evangeliário; nos domingos e festas o turíbulo e a naveta com incenso, se se usa o incenso; a cruz a levar na procissão e os candelabros com círios acesos. 96 Cf. Instrução interdicasterial sobre algumas questões acerca da colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes, Ecclesia de mysterio, 15 de Agosto de 1997, art. 6: AAS 89 (1997) 869. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 58 A) a missa sem diáCono Ritos iniciais 120. Reunido o povo, o sacerdote e os ministros, revestidos com as vestes sagradas, encaminham-se para o altar por esta ordem: a) o turiferário com o turíbulo fumegante, se se usa o incenso; b) os ceroferários com os círios acesos, e entre eles um acólito ou outro ministro com a cruz; c) os acólitos e outros ministros; d) o leitor, que pode levar o Evangeliário um pouco elevado, não, porém, o Leccionário; e) o sacerdote que vai celebrar a Missa. Se se usa o incenso, o sacerdote, antes de se iniciar a procissão de entrada, impõe incenso no turíbulo e benze-o com o sinal da cruz, sem dizer nada. 121. Enquanto a procissão se dirige para o altar, canta-se o cântico de entrada (cf. nn. 47-48). 122. Ao chegarem ao altar, o sacerdote e os ministros fazem uma inclinação profunda. A cruz com a imagem de Cristo crucificado e porventura levada na procissão pode colocar-se junto do altar, para se tornar a cruz do altar, que deve ser apenas uma, ou então seja guardada num lugar digno; os cande- labros, porém, colocam-se sobre o altar ou junto dele; o Evangeliário é louvavelmente deposto sobre o altar. 123. O sacerdote aproxima-se do altar e venera-o com um beijo. Logo a seguir, se parecer oportuno, incensa a cruz e o altar, andando em volta dele. 124. Feito isto, o sacerdote vai para a cadeira. Terminado o cântico de entrada,sacerdote e fiéis, todos de pé, benzem-se com o sinal da cruz. O sacerdote diz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti). O povo responde: Amen. Em seguida, o sacerdote, voltado para o povo e abrindo os braços, saúda-o, utilizando uma das fórmulas propostas. Pode também o próprio INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 59 sacerdote ou outro ministro fazer aos fiéis uma introdução, com brevíssimas palavras, na Missa desse dia. 125. Segue-se o acto penitencial. Depois canta-se ou diz-se o Senhor, tende piedade de nós (Kýrie), segundo as rubricas (cf. n. 52). 126. Nas celebrações estabelecidas, canta-se ou diz-se o Glória (cf. n. 53). 127. A seguir, o sacerdote convida o povo à oração, dizendo, de mãos juntas: Oremos (Oremus). E todos, juntamente com o sacerdote, oram em silêncio durante alguns momentos. Depois o sacerdote, de braços abertos, diz a oração colecta; no fim, o povo aclama: Amen. Liturgia da palavra 128. Terminada a oração colecta, todos se sentam. O sacerdote pode, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na liturgia da palavra. Entretanto, o leitor vai ao ambão e, a partir do Leccionário aí colocado antes da Missa, proclama a primeira leitura, que todos escutam. No fim, o leitor profere a aclamação: Palavra do Senhor (Verbum Domini); e todos respondem: Graças a Deus (Deo gratias). Pode então observar-se, se for oportuno, um breve espaço de silêncio, para que todos meditem brevemente no que ouviram. 129. Então, o salmista ou o próprio leitor recita o versículo do salmo, ao qual o povo responde habitualmente com o refrão. 130. Se há segunda leitura antes do Evangelho, o leitor proclama-a do ambão. Todos escutam em silêncio e no fim respondem com a aclamação, como acima se disse (n. 128). A seguir, se for oportuno, pode observar-se um breve espaço de silêncio. 131. Depois todos se levantam e canta-se o Aleluia ou outro cântico, con- forme o tempo litúrgico (cf. nn. 62-64). 132. Enquanto se canta o Aleluia ou o outro cântico, o sacerdote impõe e benze o incenso, quando se usa. De seguida, profundamente inclinado diante do altar, de mãos juntas, diz em silêncio: Purificai o meu coração (Munda cor meum). AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 60 133. Toma então o Evangeliário, se está sobre o altar, e dirige-se para o ambão, levando o Evangeliário um pouco elevado, precedido pelos ministros leigos, que podem levar o turíbulo e os círios. Os presentes voltam-se para o ambão, manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo. 134. Tendo chegado ao ambão, o sacerdote abre o livro e, de mãos juntas, diz: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum); o povo responde: Ele está no meio de nós (Et cum spiritu tuo), e a seguir Evangelho de Nosso Senhor... (Lectio sancti Evangelii...), fazendo o sinal da cruz sobre o livro e sobre si mesmo na fronte, na boca e no peito, e todos fazem o mesmo. O povo aclama, dizendo: Glória a Vós, Senhor (Gloria tibi, Domine). Depois, se se usa o incenso, o sacerdote incensa o livro (cf. nn. 276-277). A seguir proclama o Evangelho, e no fim diz a aclamação: Palavra da salvação (Verbum Domini). Todos respondem: Glória a Vós, Senhor (Laus tibi, Christe). O sacerdote beija o livro, dizendo em silêncio: Por este santo Evangelho (Per evangelica dicta...). 135. Se não há leitor, é o próprio sacerdote que de pé proclama, no ambão, todas as leituras e o salmo. Ali também, se se usa o incenso, impõe incenso e benze-o, e, profundamente inclinado, diz : Purificai o meu coração (Munda cor meum). 136. O sacerdote, em pé, da cadeira ou do próprio ambão, ou, se for oportuno, noutro lugar conveniente, faz a homilia. Terminada a homilia, pode observar-se um espaço de silêncio. 137. O Símbolo é cantado ou recitado pelo sacerdote juntamente com o povo (cf. n. 68), estando todos de pé. Às palavras E encarnou, etc. (Et incarnatus est, etc.), todos se inclinam profundamente; porém, nas solenidades da Anunciação e do Natal do Senhor, genuflectem. 138. Terminado o Símbolo, o sacerdote, de pé junto da cadeira, de mãos juntas, convida os fiéis à oração universal com uma breve admonição. Então um cantor, ou um leitor ou outro, no ambão ou noutro lugar conveniente, voltado para o povo, propõe as intenções, a que o povo responde suplicante com a sua parte. Por fim o sacerdote, de braços abertos, conclui as preces com uma oração. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 61 Liturgia eucarística 139. Terminada a oração universal, todos se sentam, e começa o cântico do ofertório (cf. n. 74). O acólito ou outro ministro leigo coloca sobre o altar o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal. 140. Convém que a participação dos fiéis se manifeste pela oferta quer do pão e do vinho destinados à celebração da Eucaristia, quer de outros dons destinados às necessidades da Igreja e dos pobres. As ofertas dos fiéis são recebidas pelo sacerdote com a ajuda do acólito ou de outro ministro. O pão e o vinho destinados à Eucaristia são levados ao celebrante, que os depõe sobre o altar; os outros dons são colocados noutro lugar conveniente (cf. n. 73). 141. O sacerdote, junto do altar, recebe a patena com o pão; e, sustentando- a, com ambas as mãos, um pouco elevada sobre o altar, diz em silêncio (secreto): Bendito sejais, Senhor. Em seguida, depõe a patena com o pão sobre o corporal. 142. O sacerdote vai depois ao lado do altar, onde o ministro lhe apresenta as galhetas, e deita no cálice o vinho e um pouco de água, dizendo em silên- cio: Pelo mistério desta água e deste vinho. Volta ao meio do altar, toma o cálice com ambas as mãos e, sustentando-o um pouco elevado sobre o altar, diz em silêncio: Bendito sejais, Senhor. Depõe, em seguida, o cálice sobre o corporal e, se parecer oportuno, cobre-o com a pala. Se não houver cântico do ofertório ou não se tocar o órgão, o sacerdote pode, na apresentação do pão e do vinho, dizer em voz alta as fórmulas de bênção, às quais o povo aclama: Bendito seja Deus para sempre. 143. Colocado o cálice no altar, o sacerdote inclina-se profundamente e diz em silêncio: De coração humilhado e contrito (In spiritu humilitatis). 144. A seguir, se se usa o incenso, o sacerdote impõe-no no turíbulo, benze-o sem dizer nada e incensa as oblatas, a cruz e o altar. Um ministro, de pé ao lado do altar, incensa o sacerdote, e depois o povo. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 62 145. Depois da oração: De coração humilhado e contrito (In spiritu humilitatis) ou depois da incensação, o sacerdote vai ao lado do altar e lava as mãos, dizendo em silêncio: Lavai-me, Senhor, enquanto o ministro lhe serve a água. 146. O sacerdote vem ao meio do altar e, voltado para o povo, abrindo e juntando as mãos, convida-o à oração, dizendo: Orai, irmãos, etc... (Orate, fratres... – Em Portugal pode o sacerdote dizer apenas Oremos, sem resposta do povo). O povo levanta-se e responde: Receba o Senhor. Depois o sacerdote, recita, de braços abertos, a oração sobre as oblatas. No fim o povo aclama: Amen. 147. Então o sacerdote começa a Oração eucarística. Segundo as rubricas (cf. n. 365), escolhe uma das que se encontram no Missal Romano, ou que a Sé Apostólica tenha aprovado. Por sua natureza, a Oração eucarística exige que seja só o sacerdote, em virtude da ordenação, a dizê-la. O povo, porém, associe-se ao sacerdote, na fé e em silêncio, e também com as intervenções previstas na Oração eucarística, isto é: as respostas ao diálogo do Prefácio, o Sanctus, a aclamação depois da consagração e a aclamação Amen depois da doxologia final, ou ainda com outras aclamações aprovadas pela Conferência Episcopal e confirmadas pela Sé Apostólica. É muito conveniente que o sacerdote cante as partes musicadas da Oração eucarística. 148. Ao começara Oração eucarística, o sacerdote, abrindo os braços, canta ou diz: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum), e o povo res- ponde: Ele está no meio de nós (Et cum spiritu tuo). Em seguida continua, elevando as mãos: Corações ao alto (Sursum corda). O povo responde: O nosso coração está em Deus (Habemus ad Dominum). Então o sacerdote, de braços abertos, acrescenta: Dêmos graças ao Senhor nosso Deus (Gratias agamus Domino Deo nostro). E o povo responde: É nosso dever, é nossa salvação (Dignum et iustum est). Depois o sacerdote, de mãos estendidas, continua o Prefácio, no fim do qual junta as mãos e, juntamente com todos os presentes, canta ou recita em voz alta: Santo... (Sanctus) (cf. n. 79, b). INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 63 149. O sacerdote prossegue a Oração eucarística, segundo as rubricas apresentadas em cada uma das Orações. Se o celebrante é um Bispo, nas Orações, a seguir às palavras em co- munhão com o vosso servo o Papa N. (Papa nostro N.), acrescenta: e comigo, vosso indigno servo (et me indigno servo tuo). Se o Bispo celebra fora da sua diocese, depois das palavras: com o Papa N. (Papa nostro N.), acrescenta: e comigo, vosso indigno servo, e com o meu irmão N., bispo desta Igreja de N. (et me indigno famulo tuo, et fratre meo N., episcopo huius Ecclesiae N.), ou depois das palavras: o Papa N. (Papae nostri N.) acrescenta: e de mim, vosso indigno servo, e do meu irmão N., bispo desta Igreja de N. (mei indigni famuli tui, et fratris mei N., episcopi huius Ecclesiae N.). O Bispo diocesano, ou aquele que pelo direito lhe é equiparado, deve ser mencionado com esta fórmula: em comunhão com o vosso servo o Papa N., o nosso Bispo N. (ou Vigário, Prelado, Prefeito, Abade) [una cum famulo tuo Papa nostro N. et Episcopo (vel Vicario, Praelato, Praefecto, Abbate) nostro N.]. Também se podem mencionar os Bispos Coadjutor e Auxiliares na Oração eucarística, mas não outros bispos eventualmente presentes. Quando se tiver que nomear vários, usa-se uma fórmula geral: o nosso Bispo N. e seus Bispos Auxiliares (et Episcopo nostro N. eiusque Episcopis adiutoribus). Em cada uma das Orações eucarísticas estas fórmulas devem adaptar- se às regras gramaticais. 150. Um pouco antes da consagração, se parecer oportuno, o ministro pode chamar a atenção dos fiéis com um toque de campainha, que pode tocar-se também a cada elevação, segundo os costumes locais. Se se usa incenso, o ministro incensa a hóstia e o cálice, ao serem mostrados ao povo depois da consagração. 151. A seguir à consagração, depois de o sacerdote dizer: Mistério da fé (Mystérium fidei), o povo aclama, utilizando uma das fórmulas prescritas. No fim da Oração eucarística, o sacerdote toma a patena com a hóstia e o cálice e, elevando-os ambos, diz sozinho a doxologia: Por Cristo (Per ipsum). No fim o povo aclama: Amen. A seguir o sacerdote depõe a patena e o cálice sobre o corporal. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 64 152. Terminada a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos juntas, diz a admonição que antecede a Oração dominical; e a seguir recita, de braços abertos, esta oração juntamente com o povo. 153. Terminada a Oração dominical, o sacerdote, de braços abertos, diz sozinho o embolismo Livrai-nos de todo o mal, Senhor (Libera nos...). No fim o povo aclama: Vosso é o reino (Quia tuum est regnum). 154. Em seguida, o sacerdote, de braços abertos, diz em voz alta a oração Senhor Jesus Cristo, que dissestes (Domine Iesu Christe, qui dixisti); uma vez terminada, o sacerdote, abrindo e juntando as mãos, anuncia a paz, vol- tado para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco (Pax Domini sit semper vobiscum); e o povo responde: O amor de Cristo nos uniu (Et cum spiritu tuo). Logo a seguir, se parecer oportuno, acrescenta: Saudai-vos na paz de Cristo (Offerte vobis pacem). O sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas permanece sempre dentro do presbitério, a fim de não perturbar a celebração. Procede do mesmo modo se, por motivos razoáveis, quiser dar a paz a alguns poucos fiéis. E todos, segundo as determinações da Conferência Episcopal, se saúdam uns aos outros em sinal de mútua paz, comunhão e caridade. Enquanto se dá a paz, pode dizer-se: A paz do Senhor esteja sempre contigo (Pax Domini sit semper tecum), ao que se responde: Amen. 155. A seguir, o sacerdote toma a hóstia, parte-a sobre a patena e deita um fragmento no cálice, dizendo em silêncio: Esta união (Haec commixtio). Entretanto, o coro e o povo cantam ou recitam: Cordeiro de Deus (Agnus Dei) (cf. n. 83). 156. Então o sacerdote, de mãos juntas, diz em silêncio a oração antes da Comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo (Domine Iesu Christe, Filii Dei vivi) ou A comunhão do vosso Corpo e Sangue (Perceptio Corporis et Sanguinis). 157. Terminada esta oração, o sacerdote genuflecte, toma a hóstia consa- grada nessa mesma Missa, levanta-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice e, voltado para o povo, diz: Felizes os convidados (Ecce Agnus Dei); e, juntamente com o povo, acrescenta: Senhor, eu não sou digno (Domine, non sum dignus). INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 65 158. Depois, voltado para o altar, o sacerdote diz em silêncio: O Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna (Corpus Christi custodiat me in vitam aeternam); e comunga com reverência o Corpo de Cristo. A seguir, toma o cálice, dizendo em silêncio: O Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna (Sanguis Christi custodiat me in vitam aeternam); e comunga com reverência o Sangue de Cristo. 159. Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, começa-se o canto da Comunhão (cf. n. 86). 160. O sacerdote pega depois na patena ou na píxide e aproxima-se dos comungantes, que habitualmente se aproximam em procissão. Não é permitido que os próprios fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão. Os fiéis comungam de joelhos ou de pé, segundo a determina- ção da Conferência Episcopal. Quando comungam de pé, recomenda-se que, antes de receberem o Sacramento, façam a devida reverência, estabelecida pelas mesmas normas. 161. Se a Comunhão for distribuída unicamente sob a espécie do pão, o sacerdote levanta um pouco a hóstia e, mostrando-a a cada um dos comun- gantes, diz: O Corpo de Cristo (Corpus Christi). O comungante responde: Amen, e recebe o Sacramento na boca, ou, onde for permitido, na mão, con- forme preferir. O comungante recebe a hóstia e comunga-a imediatamente e na íntegra. Quando a Comunhão se faz sob as duas espécies, segue-se o rito descrito em seu lugar próprio (cf. nn. 284-287). 162. Na distribuição da Comunhão, o sacerdote pode ser ajudado por outros presbíteros eventualmente presentes. Se estes não estiverem disponíveis e o número dos comungantes for demasiado grande, o sacerdote pode chamar em seu auxílio os ministros extraordinários, isto é, o acólito devidamente instituído ou também outros fiéis, que tenham sido devidamente nomeados AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 66 para isso.97 Em caso de necessidade, o sacerdote pode designar, só para essa ocasião, alguns fiéis idóneos.98 Estes ministros não devem aproximar-se do altar antes de o sacerdote ter tomado a Comunhão; e recebem sempre da mão do sacerdote celebrante o vaso com as espécies da Santíssima Eucaristia a distribuir aos fiéis. 163. Terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote, no altar, consome imediatamente todo o vinho consagrado que porventura tiver sobrado; quanto às hóstias consagradas que sobrarem, ou as consome no altar ou leva-as ao lugar destinado a guardar a Eucaristia. O sacerdote, regressado ao altar, recolhe os fragmentos que porventura houver. Depois, no altar ou na credência, purifica a patena ou a píxide sobre o cálice; a seguir, purificao cálice, enquanto diz em silêncio: O que em nossa boca recebemos (Quod ore sumpsimus); e limpa o cálice com o sanguinho. Se os vasos são purificados no altar, o ministro leva-os para a credência. Os vasos a purificar, sobretudo se forem vários, também se podem deixar no altar ou na credência, sobre o corporal, devidamente cobertos, sendo purificados imediatamente depois da Missa, após a despedida do povo. 164. Depois o sacerdote pode voltar para a cadeira. Entretanto, podem guardar-se uns momentos de silêncio sagrado, ou cantar ou recitar um salmo ou outro cântico de louvor ou um hino (cf. n. 88). 165. Depois o sacerdote, de pé junto da cadeira ou do altar, diz de mãos juntas, voltado para o povo: Oremos (Oremus); e, de braços abertos, recita a oração depois da Comunhão, a qual pode ser precedida de um breve mo- mento de silêncio, a não ser que o tenha havido logo a seguir à Comunhão. No fim da oração o povo aclama: Amen. 97 Cf. s. Congregação para os saCramentos e o Culto divino, Instr. Inaestimabile donum, 3 de Abril 1980, 10: AAS 72 (1980) 336; Instrução interdicasterial sobre algumas questões acerca da colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes, Ecclesia de mysterio, 15 de Agosto de 1997, art. 8: AAS 89 (1997) 871. 98 Cf. Rito para designar ocasionalmente um ministro da Sagrada Comunhão, no apêndice do Missal Romano, Coimbra 1992, p. 1381. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 67 Ritos de conclusão 166. Terminada a oração depois da Comunhão, se houver avisos a fazer, façam-se em forma breve. 167. A seguir, o sacerdote saúda o povo, abrindo os braços e dizendo: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum), a que o povo responde: Ele está no meio de nós (Et cum spiritu tuo). O sacerdote, junta de novo as mãos, e, logo a seguir, com a mão esquerda no peito e elevando a mão direita, acrescenta: Abençoe-vos Deus todo-poderoso (Benedicat vos omnipotens Deus) e, fazendo o sinal da cruz sobre o povo, continua: Pai e Filho e Espí- rito Santo (Pater et Filius et Spiritus Sanctus); e todos respondem: Amen. Em certos dias e em ocasiões especiais, esta bênção, segundo as rubricas, é enriquecida e expressa com a oração sobre o povo ou outra fórmula mais solene. O Bispo abençoa o povo com a fórmula apropriada, fazendo por três vezes o sinal da cruz sobre o povo.99 168. Logo a seguir à bênção, o sacerdote, de mãos juntas, diz: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe (Ite, missa est); e todos respondem: Graças a Deus (Deo gratias). 169. O sacerdote, habitualmente, beija então o altar em sinal de veneração, faz-lhe, com os ministros leigos, uma inclinação profunda, e retira-se com eles. 170. Se a Missa é seguida de outra acção litúrgica, omitem-se os ritos de conclusão, quer dizer, a saudação, a bênção e a despedida. B) a missa Com diáCono 171. Quando está presente na celebração eucarística, o diácono exerce o seu ministério revestido com as vestes sagradas. Com efeito, ele próprio: a) assiste ao sacerdote e está sempre a seu lado; 99 Cf. Cerimonial dos Bispos, nn. 1118-1121. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 68 b) ao altar, ministra ao cálice e ao livro; c) proclama o Evangelho e pode, por mandato do sacerdote celebrante, fazer a homilia (cf. n. 66); d) orienta o povo fiel com oportunas admonições e enuncia as inten- ções da oração universal; e) ajuda o sacerdote celebrante a distribuir a Comunhão, e purifica e arruma os vasos sagrados; f) ele próprio, segundo as necessidades, realiza os ofícios dos outros ministros, se nenhum deles estiver presente. Ritos iniciais 172. O diácono, levando o Evangeliário um pouco elevado, vai à frente do sacerdote a caminho do altar; caso contrário, vai ao lado dele. 173. Ao chegar ao altar, se levar o Evangeliário, omitida a reverência, aproxima-se do altar. A seguir, depõe louvavelmente o Evangeliário sobre o altar, e juntamente com o sacerdote, venera o altar com um beijo. Se não levar o Evangeliário, faz uma inclinação profunda ao altar juntamente com o sacerdote, do modo habitual, e venera o altar com um beijo juntamente com ele. Por fim, se se usa o incenso, assiste o sacerdote na imposição do incenso e na incensação da cruz e do altar. 174. Incensado o altar, vai para a cadeira juntamente com o sacerdote, ficando aí de pé ao lado dele, servindo-o no que for preciso. Liturgia da palavra 175. Enquanto se canta o Aleluia ou o outro cântico, assiste ao sacerdote na preparação do turíbulo, se se usar incenso; em seguida, inclinando-se profundamente diante do sacerdote, pede-lhe a bênção, dizendo em voz baixa: A vossa bênção (Iube, domne, benedicere). O sacerdote abençoa-o, dizendo: O Senhor esteja no teu coração (Dominus sit in corde tuo). O diácono benze-se com o sinal da cruz e responde: Amen. Em seguida, depois de fazer a inclinação ao altar, toma o Evangeliário, que está sobre INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 69 ele, e, levando-o um pouco elevado, dirige-se para o ambão, precedido do turiferário com o turíbulo fumegante e dos ministros com círios acesos. No ambão saúda o povo, dizendo, de mãos juntas: O Senhor esteja convosco (Dominus vobiscum); depois, às palavras Leitura do santo Evangelho (Lectio sancti Evangelii), faz com o polegar o sinal da cruz no livro e depois persigna-se a si próprio na fronte, na boca e no peito, incensa o livro e proclama o Evangelho. No fim aclama: Palavra da salvação (Verbum Domini), e todos respondem: Glória a Vós, Senhor (Laus tibi, Christe). Depois beija o livro em sinal de veneração, dizendo em silêncio: Por este santo Evangelho (Per evangélica dicta); e volta para junto do sacerdote. Quando o diácono ministra ao Bispo, leva-lhe o livro para que ele o beije ou beija-o ele próprio, dizendo em silêncio: Por este santo Evangelho (Per evangélica dicta). Nas celebrações mais solenes o Bispo, se for oportuno, dá a bênção ao povo com o Evangeliário. Por fim, o Evangeliário pode ser levado para a credência ou para outro lugar adequado e digno. 176. Se não estiver presente outro leitor idóneo, o diácono profere também as outras leituras. 177. As intenções da oração dos fiéis, após a introdução do sacerdote, é o diácono quem as profere, habitualmente do ambão. Liturgia eucarística 178. Terminada a oração universal, enquanto o sacerdote permanece sentado na cadeira, o diácono prepara o altar, auxiliado pelo acólito. A ele compete cuidar dos vasos sagrados. Assiste também o sacerdote na recepção dos dons do povo. Entrega depois ao sacerdote a patena com o pão que vai ser consagrado; deita no cálice o vinho e um pouco de água, dizendo em silêncio: Pelo mistério desta água e deste vinho (Per huius aquae) e entrega o cálice ao sacerdote. Esta preparação do cálice, pode ser feita na credência. Se se usa incenso, ministra ao sacerdote na incensação das oblatas, da cruz e do altar e, em seguida, ele próprio ou o acólito incensa o sacerdote e o povo. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 70 179. Durante a Oração eucarística, o diácono permanece ao lado do sacerdote, um pouco atrás, servindo-o, quando for preciso, ao cálice e ao Missal. Desde a epiclese até à ostensão do cálice, o diácono permanece ha- bitualmente de joelhos. Se estiverem presentes vários diáconos, um deles pode impor incenso no turíbulo à consagração e incensar a hóstia e o cálice durante a ostensão. 180. Durante a doxologia final da Oração eucarística, o diácono, ao lado do sacerdote, eleva o cálice, enquanto o sacerdote eleva a patena com a hóstia, até que o povo tenha respondido com a aclamação: Amen. 181. Quando o sacerdote tiver concluído a oração da paz e dito A paz do Senhor esteja sempre convosco (Pax Domini sit semper vobiscum), com a resposta do povo O amor de Cristo nos uniu (Et cum spiritu tuo), o diácono, se for oportuno, de mãos juntase voltado para o povo, faz o convite para a paz, dizendo: Saudai-vos na paz de Cristo (Offerte vobis pacem). Ele próprio recebe do sacerdote a paz e pode dá-la aos ministros que estiverem mais perto de si. 182. Depois da Comunhão do sacerdote, o diácono recebe do próprio sa- cerdote a Comunhão sob as duas espécies e ajuda em seguida o sacerdote na distribuição da Comunhão ao povo. No caso de a Comunhão se fazer sob as duas espécies, ele próprio ministra o cálice aos comungantes e, acabada a distribuição, consome imediatamente e com reverência, no altar, todo o Sangue de Cristo que sobrou, ajudado, se necessário, por outros diáconos e presbíteros. 183. Terminada a Comunhão, o diácono regressa com o sacerdote ao altar, recolhe os fragmentos que porventura houver, leva o cálice e os outros va- sos sagrados para a credência, onde os purifica e arranja na forma habitual, enquanto o sacerdote regressa à cadeira. Os vasos a purificar podem tam- bém deixar-se na credência, sobre o corporal, devidamente cobertos, sendo purificados imediatamente depois da Missa, após a despedida do povo. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 71 Ritos de conclusão 184. Terminada a oração depois da Comunhão, o diácono faz ao povo eventuais breves avisos, a não ser que o sacerdote prefira fazê-los por si próprio. 185. Se se usa a oração sobre o povo ou uma fórmula de bênção solene, o diácono diz: Inclinai-vos para receber a bênção (Inclinate vos ad benedic- tionem). Depois da bênção dada pelo sacerdote, o diácono despede o povo, dizendo, de mãos juntas, voltado para o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe (Ite, missa est). 186. Então, juntamente com o sacerdote, beija o altar em sinal de veneração e, feita uma inclinação profunda, retira-se pela mesma ordem da entrada. C) funções do aCólito 187. São de vários géneros as funções que o acólito pode exercer, poden- do algumas delas ocorrer simultaneamente. Convém, por isso, que sejam oportunamente distribuídas por vários. Se, contudo, só estiver presente um acólito, este desempenhará a função mais importante, e as outras distribuam- se por vários ministros. Ritos iniciais 188. Na procissão de entrada, o acólito pode levar a cruz, ladeado por outros dois ministros com os círios acesos. Chegando ao altar, põe a cruz junto dele, para se tornar a cruz do altar, ou então coloca-a num lugar digno. Em seguida, ocupa o seu lugar no presbitério. 189. Durante toda a celebração, sempre que seja necessário, o acólito aproxima-se do sacerdote ou do diácono, para lhes apresentar o livro e ajudá- los no que for preciso. Convém, portanto, que, na medida do possível, ocupe um lugar donde lhe seja fácil desempenhar o seu ministério, quer junto da cadeira presidencial quer junto do altar. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 72 Liturgia eucarística 190. Na ausência do diácono, o acólito, depois da oração universal e en- quanto o sacerdote permanece na sua cadeira, coloca sobre o altar o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal. Seguidamente, se for preciso, ajuda o sacerdote a receber os dons do povo e, conforme as circunstâncias, leva para o altar o pão e o vinho e entrega-os ao sacerdote. Se se usa incenso, apresenta ao sacerdote o turíbulo e acompanha-o na incensação das oblatas, da cruz e do altar. Depois incensa o sacerdote e o povo. 191. O acólito devidamente instituído, se for preciso, pode ajudar o sacer- dote a distribuir a Comunhão ao povo, como ministro extraordinário.100 Se, na ausência do diácono, se dá a Comunhão sob as duas espécies, ele próprio ministra o cálice aos comungantes ou sustenta o cálice quando a Comunhão é feita por intinção. 192. Do mesmo modo o acólito devidamente instituído, terminada a dis- tribuição da Comunhão, ajuda o sacerdote ou o diácono na purificação e arranjo dos vasos sagrados. Na ausência do diácono, o acólito devidamente instituído leva os vasos sagrados para a credência e aí os purifica, limpa e arranja, do modo habitual. 193. Terminada a celebração da Missa, o acólito e os outros ministros, jun- tamente com o diácono e o sacerdote, voltam processionalmente à sacristia, do mesmo modo e pela mesma ordem com que vieram. D) funções do leitor Ritos iniciais 194. Na procissão de entrada, na ausência do diácono, o leitor, vestido com a veste aprovada, pode levar o Evangeliário um pouco elevado. Neste caso, vai à frente do sacerdote; se não, vai junto com os outros ministros. 100 Cf. paulo vi, Carta ap. Ministeria quaedam, 15 de Agosto 1972: AAS 64 (1972) 532. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 73 195. Chegando ao altar, faz com os outros uma inclinação profunda. Se leva o Evangeliário, sobe ao altar e sobre ele depõe o Evangeliário. Depois ocupa o seu lugar no presbitério, junto com os outros ministros. Liturgia da palavra 196. Lê do ambão as leituras que precedem o Evangelho. Na ausência do salmista, pode proferir o salmo responsorial, depois da primeira leitura. 197. Na ausência do diácono, pode proferir do ambão as intenções da oração universal, depois da introdução feita pelo sacerdote. 198. Se não houver cântico de entrada nem da Comunhão e os fiéis não recitarem as antífonas que vêm no Missal, pode proferir, no momento pró- prio, estas antífonas (cf. nn. 48, 87). ii. missa ConCelebrada 199. A concelebração, pela qual se manifesta oportunamente a unidade do sacerdócio e do sacrifício, bem como a de todo o povo de Deus, está prescrita pelo próprio rito: na ordenação do Bispo e dos presbíteros, na bênção do Abade e na Missa crismal. Recomenda-se, além disso, a não ser que a utilidade dos fiéis exija ou aconselhe de outro modo: a) na Missa vespertina da Ceia do Senhor; b) na Missa celebrada nos Concílios, nas reuniões dos Bispos e nos Sínodos; c) na Missa conventual e na Missa principal celebrada nas igrejas e oratórios; d) nas Missas celebradas por ocasião de reuniões de sacerdotes, tanto seculares como religiosos.101 No entanto, é lícito a cada sacerdote celebrar a Eucaristia de modo individual, mas não ao mesmo tempo em que, na mesma igreja ou oratório, se realiza uma concelebração. Contudo, na Quinta-feira da Ceia do Senhor 101 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 57; Código de Direito Canónico, cân. 902. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 74 e na Missa da Vigília pascal, não é permitido celebrar os ritos sagrados de modo individual. 200. Aceitem-se de bom grado a concelebrar a Eucaristia os presbíteros que estiverem de passagem, desde que se conheça a sua condição sacerdotal. 201. Nos casos em que o número de sacerdotes seja muito grande, pode fazer-se mais que uma concelebração no mesmo dia, onde a necessidade ou a utilidade pastoral o aconselhem; mas devem fazer-se a horas diferentes ou em lugares sagrados diversos.102 202. Segundo as normas do direito, compete ao Bispo regulamentar a dis- ciplina da concelebração em todas as igrejas e oratórios da sua diocese. 203. Deve ter-se em consideração especial a concelebração em que os presbíteros de alguma diocese concelebrem com o seu Bispo, particular- mente na Missa estacional nos dias mais solenes do ano litúrgico, na Missa da ordenação do novo Bispo da diocese ou do seu Coadjutor ou Auxiliar, na Missa crismal, na Missa vespertina da Ceia do Senhor, nas celebrações do Santo Fundador da Igreja local ou do Padroeiro da diocese, nos aniversários do Bispo e finalmente por ocasião do Sínodo ou da visita pastoral. Pelo mesmo motivo, recomenda-se a concelebração todas as vezes que os presbíteros se encontram reunidos com o seu Bispo, quer por ocasião de exercícios espirituais quer de outras reuniões. É nestas ocasiões que mais se evidencia aquele sinal da unidade do sacerdócio e da Igreja, próprio de toda a concelebração.103 204.Por motivos especiais, quer pelo significado do rito quer pela festa, é permitido celebrar ou concelebrar mais que uma vez no mesmo dia, nos casos seguintes: a) quem tiver celebrado ou concelebrado a Missa crismal na Quinta- -feira da Semana Santa, pode celebrar ou concelebrar também a Missa vespertina da Ceia do Senhor; 102 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 47: AAS 59 (1967) 566. 103 Cf. Ibidem, n. 47: AAS 59 (1967) p. 566. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 75 b) quem tiver celebrado ou concelebrado a Missa da Vigília pascal pode celebrar ou concelebrar a Missa do dia de Páscoa; c) no Natal do Senhor, todos os sacerdotes podem celebrar ou conce- lebrar três Missas, contanto que sejam nas horas correspondentes; d) no dia da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, todos os sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três Missas, desde que as cele- brações se façam nos diversos tempos e observadas as determinações acerca da aplicação da segunda e da terceira Missa;104 e) quem concelebrar com o Bispo ou seu delegado por ocasião do Sínodo, da visita pastoral ou de reuniões sacerdotais, pode também celebrar outra Missa para utilidade dos fiéis. O mesmo se diga, observadas as normas respectivas, das reuniões dos religiosos. 205. A Missa concelebrada, seja qual for a forma de que se revista, segue as normas a observar comummente (cf. nn. 112-198), com as particularidades ou alterações que a seguir se expõem: 206. Uma vez começada a Missa, ninguém, em caso algum, se junte ou seja admitido a concelebrar. 207. No presbitério devem preparar-se: a) assentos e livros para os sacerdotes concelebrantes: b) na credência: um cálice de tamanho suficiente, ou vários cálices. 208. Se não estiver presente o diácono, as funções que lhe são próprias serão realizadas por um ou outro dos concelebrantes. Se não estiverem presentes outros ministros, as partes que lhes per- tencem podem ser entregues a outros fiéis idóneos; ou então serão desem- penhadas por alguns concelebrantes. 209. Os concelebrantes revestem-se, na sacristia ou noutro lugar apropria- do, com as vestes sagradas que costumam usar quando celebram a Missa individualmente. Contudo, por justa causa, por exemplo, grande número de concelebrantes e falta de paramentos para todos, podem os concelebrantes, com excepção sempre do celebrante principal, revestir apenas a estola por cima da alva, sem a casula ou planeta. 104 Cf. bento xv, Const. Ap. Incruentum altaris sacrificium, 10 de Agosto 1915: AAS 7 (1915) 401-404. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 76 Ritos iniciais 210. Estando tudo devidamente preparado, organiza-se a procissão na forma do costume, através da igreja, em direcção ao altar. Os sacerdotes concelebrantes vão à frente do celebrante principal. 211. Chegando ao altar, os concelebrantes e o celebrante principal fazem uma inclinação profunda, beijam o altar em sinal de veneração e vão ocupar os lugares que lhes estão destinados. O celebrante principal incensa a cruz e o altar, se parecer oportuno, e vai depois para a cadeira. Liturgia da palavra 212. Durante a liturgia da palavra, os concelebrantes estão nos seus lugares, sentados ou de pé, conforme estiver o celebrante principal. Ao começar o Aleluia, todos se põem de pé, com excepção do Bispo que impõe o incenso sem dizer nada e abençoa o diácono ou, na ausência deste, o concelebrante que vai proclamar o Evangelho. Entretanto, na concelebração presidida por um presbítero, o concelebrante que, na ausência de diácono, proclama o Evangelho, não pede nem recebe a bênção do celebrante principal. 213. Normalmente, faz a homilia o celebrante principal, ou então um dos concelebrantes. Liturgia eucarística 214. A preparação dos dons (cf. nn. 139-146) é feita pelo celebrante prin- cipal, enquanto os outros concelebrantes permanecem nos seus lugares. 215. Depois de o celebrante principal ter dito a oração sobre as oblatas, os concelebrantes aproximam-se do altar e dispõem-se ao seu redor, de tal forma, porém, que não dificultem o desenrolar dos ritos, a acção sagrada seja facilmente vista pelos fiéis e não dificultem ao diácono o acesso ao altar para o desempenho do seu ministério. O diácono desempenha o seu ministério perto do altar, ministrando, sempre que for preciso, ao cálice e ao Missal. Contudo, na medida do pos- sível, colocar-se-á um pouco atrás dos sacerdotes concelebrantes, que estão de pé junto do celebrante principal. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 77 Modo de proferir a Oração eucarística 216. O Prefácio é cantado ou dito só pelo celebrante principal. O Santo (Sanctus) é cantado ou recitado por todos os concelebrantes, juntamente com o povo e o coro. 217. Terminado o Santo (Sanctus), os sacerdotes concelebrantes continu- am a Oração eucarística na forma que adiante se indica. Os gestos, salvo indicação em contrário, são feitos só pelo celebrante principal. 218. As partes proferidas simultaneamente por todos os concelebrantes, e principalmente as palavras da consagração, que todos estão obrigados a dizer, devem ser recitadas pelos concelebrantes em voz baixa, de modo a que se ouça claramente a voz do celebrante principal. Deste modo, o povo pode perceber mais facilmente as palavras. As fórmulas a dizer simultaneamente por todos os concelebrantes, e que vêm musicadas no Missal, é de louvar que sejam proferidas com canto. A) Oração eucarística I, ou Cânone romano 219. Na Oração eucarística I, ou Cânone romano, só o celebrante principal diz, de braços abertos, Pai de infinita misericórdia (Te ígitur). 220. Convém confiar as partes Lembrai-vos, Senhor (Memento dos vivos) e Em comunhão com toda a Igreja (Communicantes) a um ou outro dos sacerdotes concelebrantes, que dirá sozinho estas preces, de braços abertos e em voz alta. 221. De novo, só o celebrante principal diz, de braços abertos, Aceitai benignamente, Senhor (Hanc ígitur). 222. Desde Santificai, Senhor (Quam oblatiónem) até Humildemente Vos suplicamos (Supplices), o celebrante principal faz os gestos, e todos os concelebrantes dizem tudo em simultâneo, deste modo: a) Santificai, Senhor (Quam oblatiónem), com as mãos estendidas para as oblatas; b) Na véspera da sua paixão (Qui prídie) e De igual modo (Símili modo), de mãos juntas; AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 78 c) as palavras do Senhor, se parecer oportuno, com a mão direita estendida para o pão e para o cálice; à ostensão, olham para a hóstia e para o cálice e fazem em seguida inclinação profunda; d) Celebrando agora o memorial (Unde et memores) e Olhai com benevolência (Supra quae), de braços abertos; e) Humildemente Vos suplicamos (Supplices), inclinados e de mãos juntas, até às palavras: participando deste altar (ex hac altáris partipatióne); erguem-se em seguida e benzem-se às palavras: alcancemos a plenitude das bênçãos do Céu (omni benedictióne caelésti et grátia repleámur). 223. Convém confiar as partes Lembrai-Vos, Senhor (o Memento dos defuntos) e E a nós, pecadores (Nobis quoque peccatoribus) a um ou outro dos concelebrantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em voz alta. 224. Às palavras E a nós, pecadores (Nobis quoque peccatoribus), todos os concelebrantes batem no peito. 225. Por Cristo, nosso Senhor (per quem haec omnia) é dito só pelo ce- lebrante principal. B) Oração eucarística II 226. Na Oração eucarística II, Vós, Senhor, sois verdadeiramente santo (Vere Sanctus) é dito só pelo celebrante principal, de braços abertos. 227. Desde Santificai estes dons (Haec ergo dona) até Humildemente Vos suplicamos (Et súpplices), todos os concelebrantes dizem tudo em simul- tâneo, deste modo: a) Santificai estes dons (Haec ergo dona), com as mãos estendidas para as oblatas; b) Na hora em queEle Se entregava (Qui cum passióni) e De igual modo (Símili modo), de mãos juntas; c) as palavras do Senhor, se parecer oportuno, com a mão direita estendida para o pão e para o cálice; à ostensão, olham para a hóstia e para o cálice e fazem em seguida inclinação profunda; d) Celebrando agora, Senhor o memorial (Mémores ígitur) e Humil- demente Vos suplicamos (Et súpplices), de braços abertos. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 79 228. As intercessões pelos vivos: Lembrai-Vos, Senhor (Recordáre, Dó- mine) e pelos defuntos: Lembrai-Vos também dos nossos irmãos (Meménto étiam fratrum nostrórum) convém confiá-las a um ou outro dos concele- brantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em voz alta. C) Oração eucarística III 229. Na Oração eucarística III, Vós, Senhor, sois verdadeiramente santo (Vere Sanctus) é dito só pelo celebrante principal, de braços abertos. 230. Desde Humildemente Vos suplicamos, Senhor (Súpplices ergo te, Dómine) até Olhai benignamente (Réspice, quáesumus), todos os concele- brantes dizem tudo em simultâneo, deste modo: a) Humildemente Vos suplicamos (Súpplices ergo te, Dómine), com as mãos estendidas para as oblatas; b) Na noite em que Ele ia ser entregue (Ipse enim in qua nocte tra- debátur) e De igual modo (Símili modo), de mãos juntas; c) as palavras do Senhor, se parecer oportuno, com a mão direita estendida para o pão e para o cálice; à ostensão, olham para a hóstia e para o cálice e fazem em seguida inclinação profunda; d) Celebrando agora, Senhor, o memorial (Mémores ígitur) e Olhai benignamente (Réspice, quáesumus), de braços abertos. 231. As intercessões: O Espírito Santo faça de nós (Ipse nos), Por este sacrifício de reconciliação (Haec hostia nostrae reconciliatiónis) e Lembrai- Vos dos nossos irmãos defuntos (Fratres nostros) convém confiá-las a um ou outro dos concelebrantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em voz alta. D) Oração eucarística IV 232. Na Oração eucarística IV, as palavras Nós Vos glorificamos, Pai santo (Confitémur tibi, Pater sancte) até e consumar toda a santificação (omnem sanctificationem compléret) são ditas só pelo celebrante principal, de braços abertos. 233. Desde Nós Vos pedimos, Senhor (Quáesumus ígitur, Dómine) até Olhai, Senhor, para esta oblação (Réspice, Dómine) inclusive, todos os concelebrantes dizem tudo em simultâneo, deste modo: AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 80 a) Nós Vos pedimos, Senhor (Quáesumus ígitur, Dómine), com as mãos estendidas para as oblatas; b) Quando chegou a hora (Ipse enim, cum hora venísset) e De igual modo (Símili modo), de mãos juntas; c) as palavras do Senhor, se parecer oportuno, com a mão direita estendida para o pão e para o cálice; à ostensão, olham para a hóstia e para o cálice e fazem em seguida inclinação profunda; d) Celebrando agora, Senhor (Unde et nos) e Olhai, Senhor (Réspice, Dómine), de braços abertos. 234. As intercessões: Lembrai-Vos agora, Senhor (Nunc ergo, Dómine, ómnium recordáre) e Lembrai-Vos também dos nossos irmãos (Nobis ómnibus) convém confiá-las a um ou outro dos concelebrantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em voz alta. 235. Quanto às outras Orações eucarísticas aprovadas pela Sé Apostólica, observem-se as normas estabelecidas para cada uma delas. 236. A doxologia final da Oração eucarística é dita só pelo sacerdote celebrante principal e, se parecer bem, juntamente com todos os outros concelebrantes, mas não pelos fiéis. Ritos da Comunhão 237. O celebrante principal, de mãos juntas, diz seguidamente a admonição que antecede a Oração dominical e depois, de braços abertos, juntamente com os outros concelebrantes, que também abrem os braços, e com o povo, diz a Oração dominical. 238. Livrai-nos de todo o mal (Líbera nos, Dómine) é dito só pelo celebrante principal, de braços abertos. Todos os concelebrantes, juntamente com o povo, dizem a aclamação: Vosso é o reino (Quia tuum est regnum). 239. Após a admonição: Saudai-vos na paz de Cristo (Offérte vobis pacem), feita pelo diácono ou, na sua ausência, por um dos concelebrantes, todos se dão mutuamente a paz. Os que estão mais próximos do celebrante principal recebem dele a paz, antes do diácono. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 81 240. Enquanto se diz o Cordeiro de Deus (Agnus Dei), o diácono ou alguns dos concelebrantes podem ajudar o celebrante principal a partir as hóstias para a Comunhão, tanto dos concelebrantes como do povo. 241. Após a immixtio, o celebrante principal diz sozinho, em silêncio e de mãos juntas, a oração Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo (Dómine Iesu Christe, Fili Dei vivi) ou A comunhão do vosso Corpo e Sangue (Per- céptio). 242. Terminada a oração antes da Comunhão, o celebrante principal genuflecte e afasta-se um pouco. Os concelebrantes, um após outro, vão ao meio do altar, genuflectem e tomam com reverência o Corpo de Cristo com a mão direita, pondo por baixo dela a esquerda, e voltam para os seus lugares. Podem também ficar todos nos seus lugares e tomar o Corpo de Cristo da patena que o celebrante principal (ou um ou mais concelebrantes) lhes apresenta; podem também passar a patena uns aos outros. 243. Depois o celebrante principal toma a hóstia consagrada nessa Missa, levanta-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice e, voltado para o povo, diz: Felizes os convidados... Eis o Cordeiro de Deus (Ecce Agnus Dei... Beáti qui ad cenam); em seguida, continua, juntamente com os concelebrantes e o povo: Senhor, eu não sou digno (Dómine, non sum dignus). 244. Depois o celebrante principal, voltado para o altar, diz em silêncio: O Corpo de Cristo me guarde para a vida eterna (Corpus Christi custódiat me in vitam aetérnam): e comunga com reverência o Corpo de Cristo. O mesmo fazem os concelebrantes, que comungam por si mesmos. Depois deles, o diácono recebe do celebrante principal o Corpo e o Sangue do Senhor. 245. O Sangue do Senhor pode comungar-se bebendo directamente do cálice, ou por intinção, ou por meio de uma cânula, ou por meio de uma colherinha. 246. Se a Comunhão se faz bebendo directamente do cálice, pode adoptar- se um dos seguintes modos: AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 82 a) O celebrante principal, estando de pé a meio do altar, toma o cálice e diz em silêncio: O Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna (Sanguis Christi custodiat me in vitam aeternam); bebe um pouco de Sangue e entrega o cálice ao diácono ou a um dos concelebrantes. Em seguida, distribui a Comunhão aos fiéis (cf. nn. 160-162). Os concelebrantes, um após outro, ou dois a dois, se há dois cálices, vão ao altar, genuflectem, bebem o Sangue, limpam os bordos do cálice e retiram-se para os seus lugares. b) O celebrante principal comunga o Sangue do Senhor na forma habitual, ao meio do altar. Os concelebrantes, porém, podem comungar o Sangue do Senhor nos seus lugares, bebendo do cálice que lhes é apresentado pelo diácono ou por um dos concelebrantes; ou então passam eles mesmos o cálice uns aos outros. O cálice é limpo de cada vez, ou por quem dele bebe ou por quem lho apresenta; à medida que vão comungando, os concelebrantes regressam aos seus lugares. 247. O diácono, ao altar, bebe reverentemente tudo o que resta do Sangue de Cristo, ajudado, se for preciso, por alguns concelebrantes; depois leva o cálice para a credência e aí, ele ou um acólito instituído, purifica-o como de costume, limpa-o e deixa-o devidamente arranjado (cf. n. 183). 248. A Comunhão dos concelebrantes também pode ordenar-se de modo que se aproximem do altar um por um e aí comunguem o Corpo do Senhor e logo a seguir o Sangue. Neste caso, o celebrante principal comunga sob as duas espécies na forma habitual (cf. n. 158); mas comunga do cálice segundo o modo que tiver sido escolhido, em cada caso,para os outros concelebrantes. Depois de o celebrante principal ter comungado, coloca-se o cálice sobre outro corporal no lado do altar. Os concelebrantes, um por um, vão ao meio do altar, genuflectem e comungam o Corpo do Senhor; passam depois para o lado do altar e ali comungam o Sangue do Senhor, segundo o modo esco- lhido para a Comunhão do cálice, como acima se disse. A Comunhão do diácono e a purificação do cálice fazem-se como acima ficou dito. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 83 249. Quando a Comunhão dos concelebrantes se faz por intinção, o ce- lebrante principal toma o Corpo e o Sangue do Senhor na forma habitual; mas terá o cuidado de deixar no cálice o suficiente para a Comunhão dos concelebrantes. Em seguida o diácono, ou um dos concelebrantes, põe o cálice sobre outro corporal, no meio do altar ou no lado, e junto do cálice a patena com as hóstias. Os concelebrantes, um por um, vão ao altar, genuflectem, tomam a hóstia, molham-na parcialmente no cálice e comungam, pondo o sanguí- neo por baixo da boca. A seguir, voltam para os lugares que ocupavam ao princípio da Missa. O diácono comunga também por intinção, da mão de um concelebran- te, que lhe diz: O Corpo e o Sangue de Cristo (Corpus et Sanguis Christi), ao que ele responde: Amen. Depois, ao altar, bebe todo o Sangue que resta, ajudado, se for preciso, por alguns concelebrantes, leva o cálice para a credência e ali, ele ou um acólito instituído, purifica-o como de costume, limpa-o e deixa-o devidamente arranjado. Ritos de conclusão 250. Tudo o mais, até ao fim da Missa, é feito pelo celebrante principal na forma habitual (cf. nn. 166-168), permanecendo os outros concelebrantes nos seus lugares. 251. Os concelebrantes, antes de se retirarem, fazem todos uma inclinação profunda ao altar. O celebrante principal, juntamente com o diácono, beija o altar em sinal de veneração, como de costume. iii. missa Com a partiCipação de um só ministro 252. Na Missa celebrada pelo sacerdote, com a assistência de um só minis- tro que lhe responde, segue-se o rito da Missa com o povo (cf. nn. 120-169); o ministro profere, eventualmente, as partes que correspondem ao povo. 253. Se o ministro é diácono, ele próprio realiza as funções que lhe com- petem (cf. nn. 171-186), e também as outras partes do povo. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 84 254. Não se celebre sem a assistência de um ministro ou ao menos de algum fiel, a não ser por causa justa e razoável. Neste caso omitem-se as saudações, as admonições e a bênção do fim da Missa. 255. Os vasos necessários preparam-se antes da Missa na credência ou no altar, do lado direito. Ritos iniciais 256. O sacerdote aproxima-se do altar e, tendo feito uma inclinação profunda, juntamente com o ministro, venera o altar com um beijo e dirige-se para a sede. Se preferir, o sacerdote pode permanecer junto do altar; neste caso, também aí se prepara o Missal. Depois disso, o ministro ou o sacerdote diz a antífona de entrada. 257. Em seguida, o sacerdote, estando de pé, com o ministro, benze-se com o sinal da cruz, dizendo: Em nome do Pai (In nómine Patris). Voltando-se para o ministro, saúda-o, com uma das fórmulas habituais. 258. Em seguida realiza-se o Acto penitencial e, conforme as rubricas, diz-se: Senhor, tende piedade de nós (Kýrie) e Glória. 259. Depois, de mãos juntas, diz: Oremos (Orémus); e, após uns momentos de silêncio, diz a oração colecta, de braços abertos. No fim o ministro aclama: Amen. Liturgia da palavra 260. As leituras, na medida do possível, proferem-se do ambão ou do atril. 261. Terminada a oração, o ministro lê a primeira leitura e o salmo, e, quando a houver, também a segunda leitura, com o verso do Aleluia ou o outro cântico. 262. Depois o sacerdote, inclinado profundamente, diz: Purificai o meu coração (Munda cor meum), e depois lê o Evangelho. No fim diz: Palavra da salvação (Verbum Dómini); ao que o ministro responde: Glória a Vós, INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 85 Senhor (Laus tibi, Christe). Então o sacerdote beija o livro em sinal de veneração, dizendo em silêncio: Por este santo Evangelho (Per evangélica dicta). 263. A seguir, o sacerdote, juntamente com o ministro, diz o Símbolo, conforme as rubricas. 264. Segue-se a oração universal, que também nesta Missa se pode dizer. O sacerdote introduz e conclui a oração, e o ministro enuncia as intenções. Liturgia eucarística 265. Na liturgia eucarística faz-se tudo como na Missa com o povo, com excepção do que se segue. 266. Após a aclamação final do embolismo, que se segue à Oração domi- nical, o sacerdote diz a oração: Senhor Jesus Cristo, que dissestes (Dómine Iesu Christe, qui dixísti); depois acrescenta: A paz do Senhor esteja sempre convosco (Pax Dómini sit semper vobíscum); ao que o ministro responde: O amor de Cristo nos uniu (Et cum spíritu tuo). Se for oportuno, o sacerdote dá a paz ao ministro. 267. Depois, enquanto diz com o ministro: Cordeiro de Deus (Agnus Dei), parte a hóstia sobre a patena. Terminado o Cordeiro de Deus (Agnus Dei), faz a immixtio, dizendo em silêncio: Esta união (Haec commíxtio). 268. Depois da immixtio, o sacerdote diz em silêncio a oração: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo (Dómine Iesu Christe, Fili Dei vivi) ou A comunhão (Percéptio). A seguir genuflecte, toma a hóstia e, voltado para o ministro, se este comunga, diz, levantando um pouco a hóstia sobre a patena ou sobre o cálice: Felizes os convidados... Eis o Cordeiro de Deus (Ecce Agnus Dei... Beáti qui ad cenam Agni); e, juntamente com o ministro, diz uma vez: Senhor, eu não sou digno (Dómine, non sum dignus). E, voltando-se para o altar, comunga o Corpo de Cristo. Se o ministro não recebe a Comunhão, o sacerdote, depois de fazer a genuflexão, toma a hóstia e diz, em silêncio, voltado para o altar: Senhor, eu não sou digno (Dómine, non sum dignus), e o Corpo de Cristo guarde (Corpus Christi custódiat) e comunga o Corpo AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 86 de Cristo. Em seguida, toma o cálice e diz em silêncio: O sangue de Cristo me guarde para a vida eterna (Sanguis Christi custódiat me) e comunga o Sangue. 269. Antes de dar a Comunhão ao ministro, o ministro ou o próprio sacerdote recita a antífona da Comunhão. 270. O sacerdote purifica o cálice no altar ou na credência. Se o cálice for purificado no altar, o ministro pode levá-lo depois para a credência, ou pode deixá-lo no lado do altar. 271. Depois da purificação do cálice, é conveniente que o sacerdote guarde uns momentos de silêncio. Em seguida, diz a oração depois da Comunhão. Ritos de conclusão 272. Nos ritos de conclusão procede-se como na Missa com participação do povo, mas omite-se a despedida: Ide em paz (Ite, missa est). O sacerdote beija o altar em sinal de veneração, como é costume, e, depois de fazer uma inclinação profunda com o ministro, retira-se. iv. algumas normas gerais para todas as formas de Celebração da missa Veneração do altar e do Evangeliário 273. Segundo o costume tradicional, a veneração do altar e do Evangeliário é significada pelo ósculo. Todavia, nos países em que este sinal de veneração destoa das tradições e mentalidade dos povos, podem as Conferências Episcopais substituí-lo por outro sinal, com o consentimento da Sé Apostólica. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 87 Genuflexão e inclinação 274. A genuflexão, que se faz dobrando o joelho direito até ao solo, sig- nifica adoração; é por isso reservada ao Santíssimo Sacramento e à santa Cruz desde a solene adoração na Acção litúrgica da Sexta-Feira da Paixão do Senhor, até ao início da Vigília pascal. Na Missa, o sacerdote celebrante faz três genuflexões: após a ostensão da hóstia, após a ostensão do cálice e antes da Comunhão. As peculiaridades a observarna Missa concelebrada indicam-se nos lugares respectivos (cf. nn. 210-251). Mas, se o sacrário com o Santíssimo Sacramento estiver no pres- bitério, o sacerdote, o diácono e os outros ministros genuflectem, quando chegam ao altar, e quando se afastam dele, não, porém, durante a própria celebração da Missa. Aliás, todos os que passam diante do Santíssimo Sacramento genu- flectem, a não ser quando se vai em procissão. Os ministros que levam a cruz processional ou os círios, em vez de genuflectirem fazem uma inclinação de cabeça. 275. A inclinação significa a reverência e a honra que se presta às próprias pessoas ou aos seus símbolos. As inclinações são de duas espécies: inclinação de cabeça e inclinação do corpo. a) A inclinação de cabeça faz-se ao nomear as três Pessoas divinas conjuntamente, ao nome de Jesus, da Virgem Santa Maria e do Santo em cuja honra é celebrada a Missa. b) A inclinação do corpo, ou inclinação profunda, faz-se: ao altar; durante as orações Purificai o meu coração (Munda cor meum) e De cora- ção humilhado (In spíritu humilitátis); no Símbolo às palavras E encarnou pelo Espírito Santo (Et incarnátus est); no Cânone romano às palavras Humildemente Vos suplicamos (Supplices te rogamus). Também o diácono faz inclinação profunda ao pedir a bênção, antes da proclamação do Evan- gelho. Além disso, o sacerdote faz uma pequena inclinação enquanto diz as palavras do Senhor, na consagração. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 88 Incensação 276. A turificação ou a incensação exprime reverência e oração, como vem significado na Sagrada Escritura (cf. Salmo 140, 2; Ap 8,3). Pode usar-se o incenso em qualquer forma de celebração da Missa: a) durante a procissão de entrada; b) no princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar; c) na procissão e proclamação do Evangelho; d) depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oblatas, a cruz, o altar, o sacerdote e o povo; e) à ostensão da hóstia e do cálice, depois da consagração. 277. O sacerdote, ao pôr o incenso no turíbulo, benze-o com um sinal da cruz, sem dizer nada. Antes e depois da incensação, faz-se uma inclinação profunda para a pessoa ou coisa incensada, excepto ao altar e às oblatas para o sacrifício da Missa. Incensam-se com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento, as relíquias da santa Cruz e as imagens do Senhor expostas à veneração pública, as oblatas para o sacrifício da Missa, a cruz do altar, o Evangeliário, o círio pascal, o sacerdote e o povo. Com dois ductos incensam-se as relíquias e imagens dos Santos expostas à veneração pública, e só no início da celebração, depois da in- censação do altar. A incensação do altar faz-se com simples ictos do seguinte modo: a) se o altar está separado da parede, o sacerdote incensa-o em toda a volta; b) se o altar não está separado da parede, o sacerdote incensa-o pri- meiro do lado direito e depois do lado esquerdo. Se a cruz está sobre o altar ou junto dele, é incensada antes da incen- sação do altar; aliás, é incensada quando o sacerdote passa diante dela. O sacerdote incensa as oblatas com três ductos do turíbulo, antes de incensar a cruz e o altar, ou fazendo, com o turíbulo, o sinal da cruz sobre as oblatas. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 89 Purificações 278. Se algum fragmento da hóstia ficar aderente aos dedos, sobretudo depois da fracção ou depois da Comunhão dos fiéis, o sacerdote limpa os dedos sobre a patena ou, se parecer necessário, lava-os. Recolhe também os fragmentos que eventualmente tenham ficado fora da patena. 279. Os vasos sagrados são purificados pelo sacerdote ou pelo diácono ou pelo acólito instituído, depois da Comunhão ou depois da Missa, quanto possível na credência. O cálice é purificado com água ou com vinho e água, que depois é consumida por quem o purificar. A patena limpa-se normalmente com o sanguinho. Deve atender-se a que o Sangue de Cristo, que eventualmente fique depois da distribuição da Comunhão, seja todo imediatamente consumido no altar. 280. Se cair no chão alguma hóstia ou partícula, recolhe-se reverente- mente. Se acaso se derramar o Sangue do Senhor, lava-se com água o sítio em que tenha caído e deita-se depois essa água no sumidoiro colocado na sacristia. Comunhão sob as duas espécies 281. A sagrada Comunhão adquire a sua forma mais plena, enquanto sinal, quando é feita sob as duas espécies. Nesta forma manifesta-se mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico, e exprime-se mais claramente a vontade divina de ratificar a nova e eterna aliança selada pelo Sangue do Senhor, bem como a relação entre o banquete eucarístico e o banquete escatológico no reino do Pai.105 282. Empenhem-se os sagrados pastores em recordar, da maneira mais eficiente, aos fiéis que tomam parte no rito sagrado ou a ele assistem, a doutrina católica acerca da forma da sagrada Comunhão, segundo o Concílio Ecuménico de Trento. Antes de mais devem advertir os fiéis de que a fé 105 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 32: AAS 59 (1967) 558. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA 90 católica ensina que, mesmo sob uma única espécie, é Cristo todo e inteiro e o verdadeiro Sacramento que se recebe; consequentemente, quem rece- ber uma só das duas espécies nem por isso fica privado de qualquer graça necessária à salvação.106 Além disso, devem ensinar também que a Igreja, na administração dos Sacramentos, salvaguardada a sua substância, tem o poder de estabele- cer ou modificar aquilo que, atendendo às circunstâncias ou à diversidade dos tempos e lugares, julgue mais apto para favorecer a veneração devida aos mesmos Sacramentos e seja de maior proveito para quem os recebe.107 Ao mesmo tempo, não deixem de exortar os fiéis para que participem mais intensamente no rito sagrado por aquela forma em que se manifesta de modo mais pleno o sinal do banquete eucarístico. 283. A Comunhão sob as duas espécies é permitida, além dos casos ex- postos nos livros rituais: a) aos sacerdotes que não podem celebrar ou concelebrar a Missa; b) ao diácono e àqueles que desempenham algum ofício na Missa; c) aos membros das comunidades, na Missa conventual ou naquela que é chamada «da comunidade», aos alunos dos seminários e a todos os que fazem exercícios espirituais ou participam numa reunião espiritual ou pastoral. O Bispo diocesano pode definir normas para a Comunhão sob as duas espécies na sua diocese, a observar mesmo nas igrejas dos religiosos e nos pequenos grupos. Ao mesmo Bispo é dada faculdade de permitir a Comunhão sob as duas espécies, sempre que tal pareça oportuno ao sacerdote a cujos cuidados pastorais a comunidade está confiada, desde que os fiéis sejam bem instruídos e não haja perigo de profanação do Santíssimo ou que o rito não se torne mais difícil em virtude da multidão dos participantes ou por outra causa. Quanto ao modo de distribuir a sagrada Comunhão sob as duas espé- cies aos fiéis e ao alargamento da autorização, as Conferências Episcopais podem dar normas, confirmadas pela Sé Apostólica. 106 Cf. ConC. de trento, Sessão XXI, 16 de Julho 1562, Decreto sobre a Com. eucarística, cap. 1-3: DS 1725-1729. 107 Cf. Ibidem, cap. 2: DS 1728. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 91 284. Quando se distribui a Comunhão sob as duas espécies: a) habitualmente quem ministra ao cálice é o diácono, ou, na sua ausência, o presbítero; ou também o acólito devidamente instituído ou outro ministro extraordinário da sagrada Comunhão; ou o fiel a quem, em caso de necessidade, se chama para este ofício em cada caso; b) o que eventualmente sobrar do Sangue de Cristo é consumido no altar pelo sacerdote, ou pelo diácono, ou pelo acólito instituído, que ministrou ao cálice e purifica, enxuga e arruma osvasos sagrados do modo habitual; Aos fiéis que eventualmente queiram comungar só sob a espécie do pão, dê-se a sagrada Comunhão desta forma. 285. Para a Comunhão sob as duas espécies deve preparar-se o seguinte: a) se a Comunhão do cálice se faz bebendo directamente do cálice, preveja-se ou um cálice de tamanho suficiente ou vários cálices, havendo sempre o cuidado de que não fique muito Sangue de Cristo para consumir no fim da celebração; b) se se faz por intinção, as hóstias não devem ser demasiado finas nem demasiado pequenas, mas um pouco mais espessas do que o costume, para tornar fácil a sua distribuição depois de parcialmente embebidas no Sangue. 286. Se a Comunhão do Sangue se faz bebendo do cálice, o comungante, depois de receber o Corpo de Cristo, passa para o lado do ministro do cá- lice e fica de pé diante dele. O ministro diz: O Sangue de Cristo (Sanguis Christi); o comungante responde: Amen, e o ministro entrega-lhe o cálice, que o próprio comungante leva à boca por suas mãos. O comungante bebe um pouco do cálice, entrega-o ao ministro e afasta-se; então o ministro limpa com o sanguinho o bordo do cálice. 287. Se a Comunhão do cálice se faz por intinção, o comungante, segu- rando a patena por baixo da boca, aproxima-se do sacerdote, que segura o vaso com as sagradas partículas, e ao lado do qual está o ministro que segura o cálice. O sacerdote toma a hóstia, embebe-a parcialmente no cáli- ce e, mostrando-a, diz: O Corpo e o Sangue de Cristo (Corpus et Sanguis Christi); o comungante responde: Amen, recebe do sacerdote o Sacramento na boca, e retira-se. AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA CAPÍTULO V DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS PARA A CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA i. prinCípios gerais 288. Para a celebração da Eucaristia, o povo de Deus reúne-se normalmente na igreja ou, quando esta falta ou é insuficiente, num lugar decente e que seja digno de tão grande mistério. Por isso, as igrejas e os outros lugares devem ser aptos para a conveniente realização da acção sagrada e para se conseguir a participação activa dos fiéis. Além disso, os edifícios sagrados e os objectos destinados ao culto divino devem ser dignos e belos como sinais e símbolos das realidades celestes.108 289. É por isso que a Igreja recorre sempre à nobre ajuda das artes, e admite as formas de expressão artística próprias de cada povo ou região.109 Mais ainda, não só se empenha em conservar as obras de arte e os tesouros que nos legaram os séculos passados 110 e, na medida do possível, as adapta às novas necessidades, mas também se esforça por estimular a criação de novas formas, de acordo com a maneira de ser de cada época.111 108 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 122-124; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, 5; S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 90: AAS 56 (1964) 897; Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 24: AAS 59 (1967) 554; Código de Direito Canónico, cân. 932 § 1. 109 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 123. 110 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 24: AAS 59 (1967) 554. 111 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 123, 129; S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, n. 13c: AAS 56 (1964) 880. 93 Por conseguinte, tanto na formação dos artistas como na escolha das obras de arte a admitir na igreja, deve procurar-se o valor artístico autêntico, que alimente a fé e a piedade e que, por outro lado, corresponda à verdade do seu significado e aos fins a que se destina.112 290. Todas as igrejas devem ser dedicadas ou ao menos benzidas. As igrejas catedrais e paroquiais, porém, sejam solenemente dedicadas. 291. Todos os interessados na correcta construção, reparação e adaptação dos edifícios sagrados, devem consultar a Comissão diocesana da sagrada Liturgia e de Arte sacra. O Bispo diocesano, porém, recorrerá ao conselho e ajuda da referida Comissão, sempre que tenha de estabelecer normas sobre esta matéria, aprovar projectos de novas construções ou decidir questões de certa importância.113 292. Na ornamentação da igreja deve tender-se mais para a simplicidade do que para a ostentação. Na escolha dos elementos decorativos, procure-se a verdade das coisas e o que contribua para a formação dos fiéis e para a dignidade de todo o lugar sagrado. 293. Uma conveniente disposição da igreja e seus anexos, capaz de satis- fazer realmente às exigências do nosso tempo, requer que se atenda, não apenas àquilo que directamente se relaciona com a celebração das acções sagradas, mas também a tudo o que possa contribuir para a conveniente comodidade dos fiéis, como se faz habitualmente nos lugares onde o povo se reúne. 294. O povo de Deus, que se reúne para a Missa, tem uma estrutura or- gânica e hierárquica, que se exprime nos diversos ministérios e diversas acções que se realizam em cada uma das partes da celebração. Portanto, o edifício sagrado, na sua disposição geral, deve reproduzir de algum modo a imagem da assembleia congregada, proporcionar a conveniente coordenação de todos os seus elementos e facilitar o perfeito desempenho da função de cada um. 112 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 123. 113 Cf. Ibidem, 126; S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 91: AAS 56 (1964) 898. DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS 94 O lugar destinado aos fiéis e ao coro deve ser de modo a tornar mais fácil a sua participação activa.114 O lugar do sacerdote celebrante, do diácono e dos outros ministros é o presbitério. Aí se preparam os assentos dos concelebrantes; quando, porém, o seu número for grande, disponham-se os assentos noutra parte da igreja, mas perto do altar. Embora tudo isto deva exprimir a estrutura hierárquica e a diversidade dos ministérios, deve também formar uma unidade íntima e orgânica que manifeste de modo mais claro a unidade de todo o povo santo. Por outro lado, a natureza e a beleza do lugar sagrado, bem como de todas as alfaias do culto, devem ser de tal modo que fomentem a piedade e exprimam a santidade dos mistérios que se celebram. ii. disposição do presbitério para a Celebração litúrgiCa 295. O presbitério é o lugar onde sobressai o altar, donde se proclama a palavra de Deus e onde o sacerdote, o diácono e os outros ministros exercem as suas funções. Deve distinguir-se oportunamente da nave da igreja, ou por uma certa elevação, ou pela sua estrutura e ornamento especial. Deve ser suficientemente espaçoso para que a celebração da Eucaristia se desenrole comodamente e possa ser vista.115 O altar e o seu adorno 296. O altar, em que se torna presente sob os sinais sacramentais o sacrifício da cruz, é também a mesa do Senhor, na qual o povo de Deus é chamado a participar quando é convocado para a Missa; o altar é também o centro da acção de graças celebrada na Eucaristia. 114 Cf. S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 97-98: AAS 56 (1964) 899. 115 Cf. Ibidem, 91: AAS 56 (1964) 898. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 95 297. A celebração da Eucaristia em lugar sagrado faz-se sobre o altar; fora do lugar sagrado, também pode ser celebrada sobre uma mesa adequada, co- berta sempre com uma toalha e o corporal, e com a cruz e os candelabros. 298. É conveniente que em cada igreja haja um altar fixo, que significa mais clara e permanentemente Cristo Jesus, Pedra viva (1 Ped 2, 4; cf. Ef 2, 20); nos outros lugares destinados às celebrações sagradas, o altar pode ser móvel. Diz-se altar fixo aquele que é construído sobre o pavimentoe de tal modo unido a ele que não se pode remover. Diz-se altar móvel aquele que se pode deslocar de um sítio para outro. 299. Onde for possível, o altar deve ser construído afastado da parede, de modo a permitir andar em volta dele e celebrar a Missa de frente para o povo. Pela sua localização, há-de ser o centro de convergência, para o qual espontaneamente se dirijam as atenções de toda a assembleia dos fiéis.116 Normalmente deve ser fixo e dedicado. 300. O altar fixo ou móvel é dedicado segundo o rito descrito no Pontifical Romano; o altar móvel, porém, pode ser simplesmente benzido. 301. Segundo um costume e um simbolismo tradicional da Igreja, a mesa do altar fixo deve ser de pedra natural. Contudo, segundo o critério da Con- ferência Episcopal, é permitida a utilização de outros materiais, contanto que sejam dignos, sólidos e artisticamente trabalhados. O suporte ou base em que assenta a mesa pode ser de material diferente, contanto que seja digno e sólido. O altar móvel pode ser construído de qualquer material nobre e só- lido, adequado ao uso litúrgico, segundo as tradições e costumes de cada região. 302. Mantenha-se oportunamente o uso de colocar sob o altar que vai ser dedicado relíquias de Santos, ainda que não sejam Mártires. Mas tenha-se o cuidado de verificar a autenticidade dessas relíquias. 116 Cf. Ibidem. DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS 96 303. Na construção de novas igrejas deve erigir-se um só altar, que significa na assembleia dos fiéis que há um só Cristo e que a Eucaristia da Igreja é só uma. Nas igrejas já construídas, quando nelas existir um altar antigo situado de tal modo que torne difícil a participação do povo, e que não se possa transferir sem detrimento dos valores artísticos, construa-se com arte outro altar fixo, devidamente dedicado, e realizem-se apenas nele as celebrações sagradas. Para não desviar a atenção dos fiéis do novo altar, não se adorne de modo especial o altar antigo. 304. Pela reverência devida à celebração do memorial do Senhor e ao banquete em que é distribuído o Corpo e o Sangue de Cristo, o altar sobre o qual se celebra deve ser coberto ao menos com uma toalha de cor bran- ca, que, pela sua forma, tamanho e ornato, deve estar em harmonia com a estrutura do altar. 305. Haja moderação na ornamentação do altar. No tempo do Advento ornamente-se o altar com flores com a mode- ração que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor. No tempo da Quaresma não é permitido adornar o altar com flores. Exceptuam-se, porém, o domingo Laetare (IV da Qua- resma), as solenidades e as festas. A ornamentação com flores deve ser sempre sóbria e, em vez de as pôr sobre a mesa do altar, disponham-se junto dele. 306. Sobre a mesa do altar, apenas se podem colocar as coisas necessárias para a celebração da Missa, ou seja, o Evangeliário desde o início da cele- bração até à proclamação do Evangelho; e desde a apresentação dos dons até à purificação dos vasos, o cálice com a patena, a píxide, se for precisa, e ainda o corporal, o sanguinho, a pala e o Missal. Além disso, devem dispor-se discretamente os instrumentos porven- tura necessários para amplificar a voz do sacerdote. 307. Os castiçais prescritos para cada acção litúrgica, em sinal de veneração e de celebração festiva (cf. n. 117), dispõem-se em cima do próprio altar ou em volta dele, como for mais conveniente, de acordo com a estrutura quer do altar quer do presbitério, de modo a formar um todo harmónico e a não impedir os fiéis de verem facilmente o que no altar se realiza ou o que nele se coloca. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 97 308. Sobre o altar ou junto dele coloca-se também uma cruz, com a ima- gem de Cristo crucificado, que a assembleia possa ver bem. Convém que, mesmo fora das acções litúrgicas, permaneça junto do altar uma tal cruz, para recordar aos fiéis a paixão salvadora do Senhor. O ambão 309. A dignidade da palavra de Deus requer que haja na igreja um lugar adequado para a sua proclamação e para o qual, durante a liturgia da palavra, convirja espontaneamente a atenção dos fiéis.117 Em princípio, este lugar deve ser um ambão estável e não uma simples estante móvel. Tanto quanto a arquitectura da igreja o permita, o ambão dispõe-se de modo que os ministros ordenados e os leitores possam facilmente ser vistos e ouvidos pelos fiéis. Do ambão são proferidas unicamente as leituras, o salmo respon- sorial e o precónio pascal. Podem também fazer-se do ambão a homilia e proporem-se as intenções da oração universal. A dignidade do ambão exige que só o ministro da palavra suba até ele. Convém que um novo ambão, antes de ser destinado ao uso litúrgico, seja benzido segundo o rito que vem no Ritual Romano.118 A cadeira para o sacerdote celebrante e outros assentos 310. A cadeira do sacerdote celebrante deve significar a sua função de presidente da assembleia e guia da oração. Por isso, o lugar mais indicado é ao fundo do presbitério, de frente para o povo, a não ser que a arquitec- tura da igreja ou outras circunstâncias o não permitam: por exemplo, se devido a uma distância excessiva se tornar difícil a comunicação entre o sacerdote e a assembleia reunida, ou se o sacrário estiver situado ao centro, atrás do altar. Deve, porém, evitar-se todo o aspecto de trono.119 117 Cf. Ibidem, 96: AAS 56 (1964) 899. 118 Cf. Bênção do novo ambão, in Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, nn. 900-918, Coimbra 1991, 345-349. 119 Cf. S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 92: AAS 56 (1964) 898. DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS 98 É conveniente que a cadeira, antes de ser destinada ao uso litúrgico, seja benzida segundo o rito que vem no Ritual Romano.120 No presbitério dispõem-se também assentos para os sacerdotes con- celebrantes ou para os presbíteros que, vestidos com a veste coral, estão na celebração, mas não concelebram. Coloque-se o assento do diácono junto da cadeira do celebrante. Para os outros ministros disponham-se os assentos de modo a distinguirem-se claramente dos do clero, e donde possam desempenhar facilmente as funções que lhes estão atribuídas.121 iii. a disposição da igreJa O lugar dos fiéis 311. O lugar destinado aos fiéis deve ser objecto de particular cuidado, dispondo-o de modo a permitir-lhes participar devidamente nas celebrações sagradas com a vista e com o espírito. Normalmente deve haver para eles bancos ou cadeiras. Reprova-se, porém, o costume de reservar lugares especiais para pessoas privadas.122 Estes bancos ou cadeiras, principal- mente nas igrejas construídas de novo, estejam dispostos de tal modo, que os fiéis possam facilmente adoptar as atitudes do corpo requeridas para as diferentes partes da celebração e aproximar-se sem dificuldade da sagrada Comunhão. Atenda-se a que os fiéis não somente possam ver quer o sacerdote quer o diácono e os leitores, mas também consigam ouvi-los comodamente, recorrendo aos meios da técnica moderna. 120 Cf. Bênção da nova cátedra ou sede presidencial, in Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, nn. 880-899, Coimbra 1991, 339-344. 121 Cf. S. Congregação dos ritos, instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 92: AAS 56 (1964) 898. 122 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 32. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 99 O lugar do coro e dos instrumentos musicais 312. Tanto quanto a estrutura da igreja o permita, ao coro deve destinar-se um lugar que manifeste claramente a sua natureza, como parte da assem- bleia dos fiéis, e a função peculiar que lhe está reservada; que facilite o desempenho dessa sua função, e que permita comodamente a todos os seus componentes uma participação sacramental plena na Missa.123 313. O órgão e os outrosinstrumentos musicais legitimamente aprovados sejam colocados num lugar apropriado, de modo a poderem apoiar o canto, quer do coro quer do povo, e a serem bem ouvidos por todos, quando in- tervêm sozinhos. É conveniente que o órgão, antes de ser destinado ao uso litúrgico, seja benzido segundo o rito que vem no Ritual Romano.124 No tempo do Advento usem-se o órgão e outros instrumentos mu- sicais com a moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor. No tempo da Quaresma só é permitido o toque do órgão e dos outros instrumentos musicais para sustentar o canto. Exceptuam-se, porém, o do- mingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas. O lugar da reserva da santíssima Eucaristia 314. Conforme a arquitectura de cada igreja e de acordo com os legítimos costumes locais, guarde-se o Santíssimo Sacramento no sacrário, num lugar de honra da igreja, insigne, visível, devidamente ornamentado e adequado à oração.125 123 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Março 1967, 23: AAS 59 (1967) 307. 124 Cf. Bênção do órgão, in ritual romano, Celebração das Bênçãos, nn. 1052-1067, Coimbra 1991, 405-411. 125 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 54: AAS 59 (1967) 568; instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 95: AAS 56 (1964) 898. DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS 100 Habitualmente, o tabernáculo deve ser único, inamovível, feito de material sólido e inviolável, não transparente, e fechado de tal modo que evite o mais possível todo o perigo de profanação.126 Convém, além disso, que antes de se destinar ao uso litúrgico, seja benzido segundo o rito que vem no Ritual Romano.127 315. Está mais de harmonia com a natureza do sinal que no altar em que se celebra a Missa não esteja o sacrário onde se guarda a Santíssima Euca- ristia.128 A juízo do Bispo diocesano o sacrário pode colocar-se: a) ou no presbitério, fora do altar da celebração, com a forma e a localização mais convenientes, sem excluir algum altar antigo que já não se utilize para celebrar (n. 303); b) ou também nalguma capela adequada à adoração e oração priva- da dos fiéis,129 que esteja organicamente unida à igreja e visível aos fiéis cristãos. 316. Segundo o costume tradicional, junto do sacrário deve estar continu- amente acesa uma lâmpada especial, alimentada com azeite ou cera, com que se indique e honre a presença de Cristo.130 126 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 52: AAS 59 (1967) 568; instr. Inter Oecumenici, 26 de Setembro 1964, 95: AAS 56 (1964) 898; S. Congregação para os saCramentos, Instr. Nullo umquam tempore, 28 de Maio de 1938, 4: AAS 30 (1938) 199-200; ritual romano, Sagrada Comunhão e Culto do mistério eucarístico fora da Missa, 2ª edição, nn. 10-11, Coimbra 1995, p. 13; Código de Direito Canónico, cân. 938 § 3. 127 Cf. Bênção de um novo Sacrário, in Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, nn. 919- 929, Coimbra 1991, pp. 349-352. 128 Cf. S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 55: AAS 59 (1967) 569. 129 Ibidem, n. 53: AAS 59 (1967) 568; ritual romano, Sagrada Comunhão e Culto do mistério eucarístico fora da Missa, 2ª edição, n. 9, Coimbra 1995, p. 12; Código de Direito Canónico, cân. 938 § 2; João paulo ii, Carta Dominicae Cenae, 24 de Fevereiro de 1980, 3: AAS 72 (1980) 117-119. 130 Cf. Código de Direito Canónico, cân. 940; S. Congregação dos ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, 25 de Maio 1967, 57: AAS 59 (1967) 569; Ritual Romano, Sagrada Comunhão e Culto do mistério eucarístico fora da Missa, 2ª edição, n. 11, Coimbra 1995, p. 13. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 101 317. Não se esqueça também, de modo nenhum, tudo o mais que o direito prescreve acerca da conservação da Santíssima Eucaristia.131 As imagens sagradas 318. Pela liturgia da terra a Igreja participa, saboreando-a já, na liturgia celeste celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual como peregrina se dirige, onde Cristo está sentado à direita de Deus e onde espera ter parte e comunhão com os Santos, cuja memória venera.132 Por isso, de acordo com a antiquíssima tradição da Igreja, exponham- se à veneração dos fiéis, nos edifícios sagrados, imagens do Senhor, da bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos,133 e disponham-se de tal modo que os fiéis sejam levados aos mistérios da fé que aí se celebram. Tenha-se, por isso, o cuidado de não aumentar exageradamente o seu número e que a sua disposição se faça na ordem devida, de tal modo que não distraiam os fiéis da celebração.134 Normalmente, não haja na mesma igreja mais do que uma imagem do mesmo Santo. Em geral, no ornamento e disposição da igreja, no que se refere às imagens, procure atender-se à piedade de toda a comunidade e à beleza e dignidade das imagens. 131 Cf. sobretudo S. Congregação para os saCramentos, Instr. Nullo umquam tempore, 28 de Maio de 1938: AAS 30 (1938) 198-207; Código de Direito Canónico, cân. 934-944. 132 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 8. 133 Cf. pontifiCal romano, Dedicação da Igreja e do altar, cap. IV, n. 10, Coimbra 1990, p. 98; Bênção das imagens que se expõem à veneração pública dos fiéis, in ritual romano, Celebração das Bênçãos, nn. 984-1031, Coimbra 1991, pp. 375-395. 134 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 125. DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJAS CAPÍTULO VI AS COISAS NECESSÁRIAS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA i. o pão e o vinho para Celebrar a euCaristia 319. Seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja utilizou sempre o pão e o vinho com água para celebrar a Ceia do Senhor. 320. O pão para celebrar a Eucaristia deve ser só de trigo, confeccionado recentemente e, segundo a antiga tradição da Igreja latina, pão ázimo. 321. A natureza de sinal exige que a matéria da Eucaristia tenha o aspecto de autêntico alimento. Convém, portanto, que o pão eucarístico, embora ázimo e apresentando a forma tradicional, seja confeccionado de modo que o sacerdote, na Missa com participação do povo, possa realmente partir a hóstia em várias partes e distribuí-las pelo menos a alguns dos fiéis. Todavia, de modo algum se excluem as hóstias pequenas, quando assim o exija o número dos comungantes ou outras razões de ordem pastoral. No entanto, o gesto da “fracção do pão” – assim era designada a Eucaristia na época apostólica – manifesta de modo mais expressivo a força e o valor de sinal da unidade de todos em um só pão e de sinal da caridade, pelo facto de um só pão ser repartido entre os irmãos. 322. O vinho para celebrar a Eucaristia deve ser de uvas, fruto da videira (cf. Lc 22, 18), natural e puro, quer dizer, sem qualquer mistura de substân- cias estranhas. 323. Tenha-se grande cuidado em que o pão e o vinho destinados à Eu- caristia se conservem em perfeito estado, isto é, que nem o vinho se azede nem o pão se estrague ou endureça tanto que se torne difícil parti-lo. 103 324. Se depois da consagração ou no momento da Comunhão o sacerdote advertir que, no cálice, em vez de vinho estava água, deite esta num recipien- te, ponha vinho e água no cálice e consagre-o, proferindo só as palavras da narração referentes à consagração do cálice, sem ter de consagrar novamente o pão. ii. alfaias sagradas em geral 325. Tal como para a construção das igrejas, também, no que se refere a todas as alfaias sagradas, a Igreja admite as formas de expressão artística próprias de cada região e aceita as adaptações que melhor se harmonizem com a mentalidade e as tradições dos diversos povos, contanto que cor- respondam adequadamente ao uso a que as mesmas alfaias sagradas se destinam.135 Também neste sector se deve buscar com todo o empenhoaquela nobre simplicidade que tão bem condiz com a arte verdadeira. 326. Nas alfaias sagradas, além dos materiais tradicionalmente usados, po- dem utilizar-se outros que, de acordo com a mentalidade da nossa época, se consideram nobres, resistentes e adaptados ao uso sagrado. Nesta matéria, é à Conferência Episcopal que compete julgar para cada região (cf. n. 390). iii. os vasos sagrados 327. Entre os objectos requeridos para a celebração da Eucaristia, merecem respeito particular os vasos sagrados e, entre eles, o cálice e a patena, que servem para oferecer, consagrar e comungar o pão e o vinho. 328. Os vasos sagrados devem ser fabricados de metal nobre. Se forem fabricados de metal oxidável, ou menos nobre que o ouro, normalmente devem ser dourados por dentro. 135 Cf. Ibidem, 128. AS COISAS NECESSÁRIAS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA 104 329. A juízo das Conferências Episcopais, e com a confirmação da Sé Apostólica, os vasos sagrados também podem ser fabricados com outros materiais sólidos e que sejam, segundo o modo de sentir de cada região, mais nobres, por exemplo, o marfim ou certas madeiras muito duras, contanto que sejam adequadas para o uso sagrado. Neste caso, dê-se preferência aos materiais que não se quebrem nem deteriorem facilmente. Isto vale para todos os vasos destinados a receber as hóstias, como a patena, a píxide, a caixa-cibório, a custódia e semelhantes. 330. Quanto aos cálices e outros vasos, destinados a receber o Sangue do Senhor, a copa deve ser de material que não absorva os líquidos. O pé do cálice pode ser de outra matéria sólida e digna. 331. Para a consagração das hóstias, pode usar-se convenientemente uma patena maior, na qual se põe o pão não só para o sacerdote e o diácono, mas também para os outros ministros e fiéis. 332. Quanto à forma dos vasos sagrados, compete ao artista fabricá-los do modo que melhor se coadune com os costumes de cada região, contanto que sejam adequados ao uso litúrgico a que se destinam, e se distingam claramente daqueles que se destinam ao uso quotidiano. 333. Para a bênção dos vasos sagrados, sigam-se os ritos prescritos nos livros litúrgicos.136 334. Mantenha-se o costume de construir na sacristia um sumidoiro, no qual se lance a água da ablução dos vasos sagrados e dos corporais e sanguíneos (cf. n. 280). 136 Cf. pontifiCal romano, Dedicação da Igreja e do altar, cap. VII, Rito da bênção do cálice e da patena, Coimbra 1990, pp. 147-155; Bênção dos objectos e vestes que se usam nas celebrações litúrgicas, in ritual romano, Celebração das Bênçãos, nn. 1068-1084, Coimbra 1991, pp. 413-417. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 105 iv. as vestes sagradas 335. Na Igreja, Corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham as mesmas funções. Esta diversidade de funções na celebração da Eucaristia é significada externamente pela diversidade das vestes sagradas, as quais, por isso, são sinal distintivo da função própria de cada ministro. Convém, entretanto, que tais vestes contribuam também para o decoro da acção sagrada. As vestes usadas pelos sacerdotes e diáconos assim como pelos ministros leigos sejam oportunamente benzidas antes de serem destinadas ao uso litúrgico, de acordo com o rito descrito no Ritual Romano.137 336. A veste sagrada comum a todos os ministros ordenados e instituídos, seja qual for o seu grau, é a alva, que será cingida à cintura por um cíngulo, a não ser que, pelo seu feitio, ela se ajuste ao corpo sem necessidade de cíngulo. Se a alva não cobrir perfeitamente o traje comum em volta do pes- coço, pôr-se-á o amito antes de a vestir. A alva não pode ser substituída pela sobrepeliz, nem sequer quando esta se envergar sobre a veste talar, quando se deve vestir a casula ou a dalmática, nem quando, segundo as normas, se usa apenas a estola sem casula ou dalmática. 337. A veste própria do sacerdote celebrante, para a Missa e outras acções sagradas directamente ligadas com a Missa, salvo indicação em contrário, é a casula ou planeta, que se veste sobre a alva e a estola. 338. A veste própria do diácono é a dalmática, que se veste sobre a alva e a estola; contudo, por necessidade ou por menor grau da solenidade, a dalmática pode omitir-se. 339. Os acólitos, leitores e outros ministros leigos podem vestir a alva ou outra veste legitimamente aprovada pela Conferência Episcopal em cada região (cf. n. 390). 137 Bênção dos objectos e vestes que se usam nas celebrações litúrgicas, n. 1070, in ritual romano, Celebração das Bênçãos, Coimbra 1991, p. 413. AS COISAS NECESSÁRIAS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA 106 340. O sacerdote põe a estola em volta do pescoço, deixando-a cair diante do peito. O diácono põe a estola a tiracolo, deixando-a cair do ombro esquerdo, sobre o peito, e prendendo-a do lado direito do corpo. 341. O pluvial, ou capa de asperges, é usado pelo sacerdote nas procissões e outras funções sagradas, segundo as rubricas próprias de cada rito. 342. Quanto à forma das vestes sagradas, as Conferências Episcopais podem definir e propor à Sé Apostólica as adaptações que entendam corresponder melhor às necessidades e costumes de cada região.138 343. Na confecção das vestes sagradas, além dos materiais tradicionalmente usados, é permitido o uso de fibras naturais próprias de cada região, bem como de fibras artificiais, contanto que estejam de harmonia com a dignidade da acção sagrada e da pessoa. Nesta matéria, o juízo compete à Conferência Episcopal.139 344. A beleza e nobreza da veste sagrada devem buscar-se e pôr-se em relevo mais pela forma e pelo material de que é feita do que pela abundância dos acrescentos ornamentais. Os ornamentos podem apresentar figuras, imagens ou símbolos, que indiquem o uso sagrado das vestes, excluindo tudo o que possa destoar deste uso. 345. A diversidade de cores das vestes sagradas tem por finalidade exprimir externamente de modo mais eficaz, por um lado, o carácter peculiar dos mistérios da fé que se celebram e, por outro, o sentido progressivo da vida cristã ao longo do ano litúrgico. 346. Quanto à cor das vestes sagradas, mantenha-se o uso tradicional, isto é: a) Usa-se a cor branca nos Ofícios e Missas do Tempo Pascal e do Natal do Senhor. Além disso: nas celebrações do Senhor, excepto as da 138 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 128. 139 Cf. Ibidem. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 107 Paixão, nas celebrações da bem-aventurada Virgem Maria, dos Anjos, dos Santos não Mártires, nas solenidades de Todos os Santos (1 de Novembro), de S. João Baptista (24 de Junho), nas festas de S. João Evangelista (27 de Dezembro), da Cadeira de S. Pedro (22 de Fevereiro) e da Conversão de S. Paulo (25 de Janeiro). b) Usa-se a cor vermelha no Domingo da Paixão (ou de Ramos) e na Sexta-Feira da Semana Santa, no Domingo do Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas natalícias dos Apóstolos e Evangelistas e nas celebrações dos Santos Mártires. c) Usa-se a cor verde nos Ofícios e Missas do Tempo Comum. d) Usa-se a cor roxa no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode usar-se também nos Ofícios e Missas de defuntos. e) A cor preta pode usar-se, onde for costume, nas Missas de defun- tos. f) A cor de rosa pode usar-se, onde for costume, nos Domingos Gau- dete (III do Advento) e Laetare (IV da Quaresma). g) Nos dias mais solenes podem usar-se paramentos festivos ou mais nobres, ainda que não sejam da cor do dia. As Conferências Episcopais podem, no que respeita às cores litúrgicas, determinar e propor à Sé Apostólica as adaptações que entenderem mais conformes com as necessidades e a mentalidade dos povos. 347. As Missas rituais celebram-se com a cor própria ou branca ou festiva; as Missas para várias necessidades com a cor do dia ou do Tempo, ou entãocom a cor roxa, se se trata de celebrações de carácter penitencial, como por exemplo, as Missas para o tempo de guerra ou revoluções, em tempo de fome, para a remissão dos pecados (nn. 31, 33, 38); as Missas votivas celebram-se com a cor correspondente à Missa celebrada ou também com a cor própria do dia ou do Tempo. AS COISAS NECESSÁRIAS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA 108 v. outras alfaias destinadas ao uso da igreJa 348. Além dos vasos sagrados e das vestes sagradas, para os quais está prescrita determinada matéria, todas as outras alfaias destinadas ao uso litúrgico,140 ou a qualquer título admitidas na igreja, devem ser dignas e adequadas ao fim a que se destinam. 349. Há-de procurar-se de modo particular que os livros litúrgicos, principalmente o Evangeliário e os Leccionários, destinados à proclamação da Palavra de Deus e que por isso gozam de veneração especial, sejam de facto, na acção litúrgica, sinais e símbolos das coisas do alto e, por isso verdadeiramente dignos, de boa qualidade e belos. 350. Acima de tudo há-de prestar-se a maior atenção àquilo que, na celebração eucarística, está directamente relacionado com o altar, como são, por exemplo, a cruz do altar e a cruz que é levada na procissão. 351. Tenha-se grande cuidado em respeitar, mesmo nos objectos de menor importância, as exigências da arte, aliando sempre a limpeza a uma nobre simplicidade. 140 Quanto à bênção das coisas que nas igrejas se destinam ao uso litúrgico, cf. Ritual Romano, Celebração das Bênçãos, III Parte, Coimbra 1991, 99. 319-442. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO CAPÍTULO VII A ESCOLHA DA MISSA E DAS SUAS PARTES 352. A eficácia pastoral da celebração aumentará certamente, se a escolha das leituras, orações e cânticos se fizer, quanto possível, de modo a corres- ponder às necessidades, à formação espiritual e à mentalidade dos que nela tomam parte. Isto consegue-se, usando criteriosamente a múltipla liberdade de escolha que a seguir se descreve. Por isso, no ordenamento da Missa o sacerdote deve atender mais ao bem espiritual do povo de Deus do que aos seus gostos pessoais. Lembre-se, além disso, de que convém fazer a escolha das partes da Missa de comum acordo com aqueles que têm parte activa na celebração, sem excluir os próprios fiéis, naquilo que mais directamente lhes diz respeito. Dado que é muito ampla esta faculdade de escolha das diversas partes da Missa, é necessário que, antes da celebração, o diácono, os leitores, o salmista, o cantor, o comentador e o coro, saibam perfeitamente, cada um pela parte que lhe cabe, quais os textos que vão ser utilizados, não deixando nada à improvisação. Com efeito, a harmónica ordenação e realização dos ritos contribui grandemente para dispor o espírito dos fiéis a participar na Eucaristia. i. a esColha da missa 353. Nas solenidades, o sacerdote é obrigado a conformar-se com o calen- dário da igreja em que celebra. 354. Nos domingos, nos dias feriais do Advento, do Natal, da Quaresma e do Tempo Pascal, nas festas e memórias obrigatórias: a) se a Missa é celebrada com participação do povo, o sacerdote deve seguir o calendário da igreja em que celebra; b) se a Missa é celebrada com a participação de um só ministro, o sacerdote pode escolher ou o calendário da igreja em que celebra ou o seu calendário próprio. 110 355. Nas memórias facultativas: a) Nos dias feriais do Advento de 17 a 24 de Dezembro, na Oitava do Natal e nos dias feriais da Quaresma, exceptuando a Quarta-Feira de Cinzas e a Semana Santa, diz-se a Missa do dia litúrgico ocorrente; todavia, se nesses dias ocorre no calendário geral uma memória, pode tomar-se a oração colecta dessa memória, excepto na Quarta-Feira de Cinzas e Semana Santa. Nos dias feriais do Tempo Pascal podem celebrar-se integralmente as memórias dos Santos. b) Nos dias feriais do Advento antes do dia 17 de Dezembro, nos dias feriais do Natal, do dia 2 de Janeiro em diante, e nos dias feriais do Tempo Pascal, pode escolher-se ou a Missa da féria ou a Missa do Santo ou de um dos Santos de que se faz memória, ou ainda a Missa de um Santo mencionado nesse dia no Martirológio. c) Nos dias feriais do Tempo Comum, pode escolher-se ou a Missa da féria, ou a Missa de uma memória facultativa ocorrente, ou a Missa de um Santo mencionado nesse dia no Martirológio, ou ainda uma das Missas para várias necessidades ou uma Missa votiva. Sempre que celebre a Missa com participação do povo, o sacerdote procurará não deixar frequentemente e sem motivo suficiente as leituras in- dicadas para cada dia no Leccionário Ferial: a vontade da Igreja é apresentar aos fiéis, mais abundantemente, a mesa da palavra de Deus.141 Pela mesma razão, deve ser moderado no uso das Missas de defun- tos, tanto mais que toda e qualquer Missa é oferecida pelos vivos e pelos defuntos, e na Oração eucarística faz-se memória dos defuntos. Quando ocorre uma memória facultativa da bem-aventurada Virgem Maria ou dum Santo, particularmente venerada pelos fiéis, satisfaça-se a legítima piedade dos fiéis. Quando há possibilidade de escolha entre uma memória do calen- dário geral e outra do calendário diocesano ou religioso, em igualdade de circunstâncias, de acordo com a tradição deve dar-se preferência à memória do calendário particular. 141 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 51. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 111 ii. a esColha das partes da missa 356. No que se refere à escolha das partes da Missa, tanto do Temporal como do Santoral, observem-se as normas seguintes: As leituras 357. Para os domingos e solenidades estão assinaladas três leituras, isto é, do Profeta, do Apóstolo e do Evangelho. Desta forma o povo cristão é levado a conhecer a continuidade da obra da salvação segundo a admirável pedagogia divina. Estas leituras devem ser estritamente utilizadas. No Tempo Pascal, de acordo com a tradição da Igreja, em lugar do Antigo Testamento, a leitura é tomada dos Actos dos Apóstolos. Para as festas vão assinaladas duas leituras. Quando, segundo as normas, uma festa é elevada ao grau de solenidade, junta-se uma terceira leitura, que se vai buscar ao Comum. Nas memórias dos Santos, lêem-se habitualmente as leituras indica- das para as férias, a não ser que tenham leituras próprias. Nalguns casos propõem-se leituras apropriadas, que salientam algum aspecto particular da vida espiritual ou da actividade do Santo. Não se deve urgir o uso destas leituras, a não ser que haja uma verdadeira razão pastoral para isso. 358. O Leccionário Ferial contém as leituras para cada dia da semana, ao longo de todo o ano. Em princípio, estas leituras devem ler-se nos dias em que vêm indicadas, a não ser que ocorra uma solenidade ou uma festa, ou uma memória com leituras próprias do Novo Testamento, nas quais se faça menção do Santo celebrado. Quando, por motivo de alguma solenidade, festa ou celebração espe- cial, nalgum dia se interromper a leitura contínua, o sacerdote, tendo presente a ordem das leituras para o decurso da semana, pode juntar com outras as que seriam omitidas ou escolher os textos que preferir. Nas Missas para grupos especiais, o sacerdote pode escolher os textos que melhor se adaptem a essa celebração particular, contanto que sejam tomados de entre os que vêm no Leccionário aprovado. A ESCOLHA DA MISSA E DAS SUAS PARTES 112 359. No Leccionário para as Missas rituais, em que se inserem alguns Sacramentos ou Sacramentais, ou nas Missas que são celebradas para várias necessidades, fez-se uma selecção especial de textos da Sagrada Escritura. Estes Leccionários foram compostos para que os fiéis, através da audição de uma leitura mais apropriada, compreendam melhor o mistério em que tomam parte e adquiram maior estima pela palavra de Deus.Por isso, os textos a proferir na celebração devem ser escolhidos tendo em vista, por um lado, a utilidade pastoral, por outro, a liberdade de escolha para cada caso. 360. Apresenta-se por vezes uma forma mais longa e uma forma mais breve do mesmo texto. Na escolha entre estas duas formas deve ter-se presente o critério pastoral. Convém atender à capacidade dos fiéis em escutar com fruto o texto mais ou menos longo e à sua capacidade de ouvir o texto mais completo, a explicar pela homilia.142 361. Quando se dá a faculdade de escolher entre um ou outro texto já de- terminado, ou proposto como facultativo, deverá atender-se à utilidade dos participantes, isto é, conforme se trate de usar o texto mais fácil ou mais conveniente à assembleia reunida, ou de repetir ou retomar um texto indi- cado como próprio para alguma celebração e para outra como facultativo, sempre que a utilidade pastoral o aconselhe.143 Isso pode acontecer quando o mesmo texto se deve ler em dias muito próximos, por exemplo, no domingo e na segunda-feira seguinte, ou quando se teme que algum texto origine certas dificuldades em alguma assembleia de fiéis cristãos. Procure-se, porém, ao escolher os textos da Sagrada Escritura, não excluir permanentemente algumas das suas partes. 362. Além da faculdade de escolher os textos mais adequados, de que se fala nos números anteriores, as Conferências Episcopais têm a faculdade de indicar, em circunstâncias especiais, certas adaptações que se podem fazer no que se refere às leituras, contanto que os textos escolhidos sejam do Leccionário devidamente aprovado. 142 missale romanum, Ordo lectionum Missae, editio typica altera 1981, Praenotanda, n. 80 [versão portuguesa nos Preliminares dos vários volumes do Leccionários]. 143 Ibidem, n. 81. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 113 As orações 363. Em todas as Missas, salvo indicação em contrário, dizem-se as orações que lhes são próprias. Todavia, nas memórias dos Santos, diz-se a oração colecta própria ou, se ela não existe, a do respectivo Comum; as orações sobre as oblatas e depois da Comunhão, se não são próprias, podem tomar-se ou do Comum ou da féria do Tempo corrente. Nos dias feriais do Tempo Comum podem-se dizer não somente as orações do domingo anterior, mas as de qualquer outro domingo do Tempo Comum, ou ainda uma das orações para várias necessidades propostas no Missal. Também é permitido tomar destas Missas apenas a oração colecta. Deste modo dispõe-se de uma maior riqueza de textos, através dos quais a oração dos fiéis se alimenta com mais abundância. Para os tempos mais importantes do ano litúrgico essa adaptação já está feita, com as orações próprias desses tempos, como vêm indicadas no Missal para cada dia da semana. A Oração eucarística 364. O grande número de Prefácios com que está enriquecido o Missal Romano tem como finalidade que os temas da acção de graças da Oração eucarística brilhem mais plenamente e a pôr em relevo os vários aspectos do mistério da salvação. 365. Na escolha das Orações eucarísticas, que se encontram no Ordinário da Missa, tenham-se em conta as seguintes normas: a) A Oração eucarística I, ou Cânone romano, pode usar-se sempre; mas é mais indicado nos dias que têm um Communicantes (Em comunhão com toda a Igreja) próprio, ou nas Missas com Hanc igitur (Aceitai benig- namente, Senhor) próprio, bem como nas celebrações dos Apóstolos e dos Santos mencionados nessa Oração; e ainda aos domingos, a não ser que, por motivos de ordem pastoral, pareça preferível a Oração eucarística III. A ESCOLHA DA MISSA E DAS SUAS PARTES 114 b) A Oração eucarística II, pelas suas características especiais, é mais indicada para os dias feriais ou em circunstâncias peculiares. Embora tenha Prefácio próprio, pode usar-se com outros Prefácios, especialmente com aqueles que apresentam a história da salvação em forma sintética, p. ex., os Prefácios comuns. Se a Missa é celebrada por um defunto, pode inserir-se no lugar próprio, antes do Lembrai-Vos também dos nossos irmãos (Memento etiam), a fórmula especial pelo defunto. c) A Oração eucarística III pode dizer-se com qualquer Prefácio. Usa-se de preferência nos domingos e nas festas. Se esta Oração se utiliza nas Missas de defuntos, pode usar-se a fórmula própria por um defunto, inserindo-a na altura própria, isto é, a seguir às palavras Reconduzi a Vós, Pai de misericórdia todos os vossos filhos dispersos (Omnesque filios tuos ubique dispersos, tibi, clemens Pater, miseratus coniunge). d) A Oração eucarística IV tem Prefácio invariável e apresenta uma síntese mais completa da história da salvação. Pode usar-se sempre que a Missa não tem Prefácio próprio e nos domingos do Tempo Comum. Dada a estrutura desta Oração, não pode inserir-se nela uma fórmula especial por um defunto. Os Cânticos 366. Não é permitido substituir os cânticos do Ordinário da Missa, por exemplo, o Cordeiro de Deus (Agnus Dei), por outros cânticos. 367. Na escolha dos cânticos entre as leituras, bem como dos cânticos de entrada, do ofertório e da Comunhão, devem seguir-se as normas estabelecidas no capítulo que a eles se refere (cf. nn. 40-41, 47-48, 61-64, 74, 86-88). INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO CAPÍTULO VIII MISSAS E ORAÇÕES PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS E MISSAS DE DEFUNTOS i. missas e orações para diversas CirCunstânCias 368. Porque a liturgia dos Sacramentos e dos Sacramentais oferece aos fiéis devidamente dispostos a possibilidade de santificar quase todos os acontecimentos da vida por meio da graça que brota do mistério pascal,144 e porque a Eucaristia é o Sacramento dos Sacramentos, o Missal apresenta formulários de Missas e de orações que podem ser utilizados nas diversas circunstâncias da vida cristã, pelas necessidades do mundo inteiro ou pelas necessidades da Igreja universal e local. 369. Tendo em conta a ampla faculdade de escolher as leituras e as ora- ções, convém que as Missas para diversas circunstâncias sejam usadas com moderação, isto é, quando o exigem razões de verdadeira conveniência pastoral. 370. Em todas as Missas para diversas circunstâncias, salvo indicações expressas em contrário, podem usar-se as leituras da féria, com os respec- tivos cânticos intercalares, contanto que sejam adequadas à celebração. 371. Nestas Missas incluem-se as Missas rituais, para várias necessidades, para diversas circunstâncias e votivas. 372. As Missas rituais estão ligadas à celebração de certos Sacramentos ou Sacramentais. São proibidas nos domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa, nas solenidades, na Oitava da Páscoa, na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, e nos dias feriais da Quarta-Feira de Cinzas e da Semana Santa, devendo ainda ter-se em conta as normas indicadas nos livros rituais e nas Missas respectivas. 144 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 61. 116 373. As Missas para várias necessidades ou para diversas circunstâncias, usam-se em determinados casos, quer ocasionalmente, quer em tempos fixos. De entre elas pode a autoridade competente escolher Missas apropriadas às súplicas que a Conferência Episcopal tiver estabelecido para o decurso do ano. 374. No caso de uma necessidade particularmente grave ou de utilidade pastoral pode celebrar-se uma Missa apropriada, por ordem ou com licença do Bispo diocesano, em qualquer dia, excepto nas solenidades, nos domingos do Advento, Quaresma e Páscoa, nos dias dentro da Oitava da Páscoa, na Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos, na Quarta-Feira de Cinzas e nos dias feriais da Semana Santa. 375. As Missas votivas dos mistérios do Senhor ou em honra da bem- -aventurada Virgem Maria ou dos Anjos ou de algum Santo ou de Todos os Santos, podem celebrar-se, para satisfazer à piedade dos fiéis, nos diasferiais do Tempo Comum, mesmos quando ocorre uma memória facultativa. Mas não podem celebrar-se, como votivas, as Missas que se referem aos mistérios da vida do Senhor ou da bem-aventurada Virgem Maria, excepto a Missa da sua Imaculada Conceição, porque as suas celebrações estão ligadas ao decorrer do ano litúrgico. 376. Nos dias em que ocorre uma memória obrigatória ou uma féria do Advento até 16 de Dezembro inclusive, do Tempo do Natal de 2 de Janeiro em diante, ou do Tempo Pascal depois da Oitava da Páscoa, são proibidas as Missas para várias necessidades, diversas circunstâncias e as Missas votivas. No entanto, se uma verdadeira necessidade ou a utilidade pastoral o exige, na celebração com o povo, a juízo do reitor da igreja ou até do sa- cerdote celebrante, pode usar-se a Missa correspondente a essa necessidade ou utilidade pastoral. 377. Nos dias feriais do Tempo Comum em que ocorre uma memória facultativa ou se diz o Ofício da féria, é permitido celebrar qualquer Missa ou utilizar qualquer oração para diversas circunstâncias, exceptuando as Missas rituais. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 117 378. Recomenda-se de modo particular a memória de Santa Maria no sábado, porque, na Liturgia da Igreja, em primeiro lugar e acima de todos os Santos, veneramos a Mãe do Redentor.145 ii. missas de defuntos 379. A Igreja oferece pelos defuntos o sacrifício eucarístico da Páscoa de Cristo, a fim de que, pela mútua comunhão entre todos os membros do Corpo de Cristo, se alcance para uns o auxílio espiritual e para outros consolação e esperança. 380. Entre as Missas de defuntos está em primeiro lugar a Missa exequial, que pode celebrar-se todos os dias, excepto nas solenidades de preceito, na Quinta-Feira da Semana Santa, no Tríduo Pascal e nos domingos do Ad- vento, Quaresma e Tempo Pascal, observando, além disso, o que deve ser observado segundo as normas do direito.146 381. A Missa de defuntos «depois de recebida a notícia da morte» de uma pessoa, ou no dia da sepultura definitiva ou no primeiro aniversário, pode celebrar-se também nos dias dentro da Oitava do Natal, nos dias em que ocorre uma memória obrigatória ou uma féria, que não seja Quarta-Feira de Cinzas nem Semana Santa. As outras Missas de defuntos, isto é, as Missas «quotidianas», podem celebrar-se nos dias feriais do Tempo Comum em que ocorre uma memória facultativa ou se diz o Ofício da féria, contanto que sejam efectivamente aplicadas pelos defuntos. 382. Na Missa exequial deve fazer-se normalmente uma breve homilia, excluindo, porém, qualquer género de elogio fúnebre. 145 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. dogm. sobre a Igreja, Lumen gentium, 54; paulo vi, Exort. Ap. Marialis cultus, 2 de Fevereiro 1974, 9: AAS 66 (1974) 122-123. 146 Cf. principalmente Código de Direito Canónico, cân. 1176-1185; ritual romano, Celebração das Exéquias, Braga 1984. MISSAS E ORAÇÕES DIVERSAS E MISSAS DE DEFUNTOS 118 383. Exortem-se os fiéis, particularmente os parentes do defunto, a par- ticiparem também pela Comunhão no sacrifício eucarístico oferecido pelo defunto. 384. Quando a Missa exequial se liga directamente com o rito dos funerais, dita a oração depois da Comunhão e omitido o rito de conclusão, segue-se o rito da última encomendação ou da despedida, que só terá lugar se está presente o cadáver. 385. No ordenamento e na escolha das partes variáveis da Missa de defuntos (p. ex., orações, leituras, oração universal), sobretudo na Missa exequial, deve atender-se obviamente às razões de ordem pastoral, tendo em consi- deração a pessoa do defunto, a sua família e as pessoas presentes. Os pastores de almas tenham especialmente em conta aquelas pessoas que por ocasião dos funerais assistem às celebrações litúrgicas e ouvem o Evangelho, mas ou não são católicos, ou são católicos que nunca ou quase nunca tomam parte na celebração da Eucaristia, ou parecem até terem per- dido a fé. Lembrem-se os sacerdotes de que são ministros do Evangelho de Cristo para todos. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO CAPÍTULO IX ADAPTAÇÕES QUE COMPETEM AOS BISPOS E ÀS SUAS CONFERÊNCIAS 386. A reforma do Missal Romano, levada a efeito no nosso tempo segundo as normas dos decretos do II Concílio do Vaticano, teve a preocupação de que todos os fiéis, na celebração eucarística, possam chegar àquela plena, consciente e activa participação, que a própria natureza da Liturgia exige e que é, para os próprios fiéis, por força da sua condição, um direito e um dever.147 Para que a celebração corresponda mais plenamente às normas e ao espírito da sagrada Liturgia, nesta Instrução e no Ordinário da Missa propõem-se algumas ulteriores adaptações, que são da competência ou do Bispo diocesano ou das Conferências Episcopais. 387. O Bispo diocesano, que deve ser considerado como o sumo sacerdote do seu rebanho e de quem depende e deriva, de algum modo, a vida dos seus fiéis em Cristo,148 deve promover, dirigir e velar pela vida litúrgica na sua diocese. A ele se confia, nesta Instrução, o encargo de moderar a disciplina da concelebração (cf. n. 202, 374), de estabelecer normas sobre a função de servir o sacerdote ao altar (cf. n. 107), sobre a distribuição da sagrada Comunhão sob as duas espécies (cf. n. 283), e sobre a construção e ordenamento dos edifícios da igreja (cf. nn. 291). Mas aquilo que em primeiro lugar deve ter em vista é alimentar o espírito da sagrada Liturgia nos presbíteros, diáconos e fiéis. 388. As adaptações de que se fala em seguida, e que requerem maior coordenação, devem ser determinadas, segundo as normas do direito, pela Conferência Episcopal. 147 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 14. 148 Cf. Ibidem, 41. 120 389. Compete às Conferências Episcopais, em primeiro lugar, preparar e aprovar, nas línguas vernáculas autorizadas, a edição deste Missal Romano, para que, confirmada pela Sé Apostólica, seja utilizada nas regiões a que se destina.149 O Missal Romano deve ser editado integralmente, quer no texto latino quer nas traduções vernáculas legitimamente aprovadas. 390. Pertence às Conferências Episcopais definir as adaptações que se indicam nesta Instrução geral e no Ordinário da Missa e que, depois de confirmadas pela Sé Apostólica, hão-de ser introduzidas no próprio Missal, tais como: – os gestos e as atitudes corporais dos fiéis (cf. acima, nn. 43). – o gesto de veneração do altar e do Evangeliário (cf. acima, n. 273); – os textos dos cânticos de entrada, para a apresentação dos dons e da Comunhão (cf. acima, nn. 48, 74, 87); – as leituras da Sagrada Escritura a utilizar em situações particulares (cf. acima, n. 362); – a forma de dar a paz (cf. acima, n. 82); – o modo de receber a sagrada Comunhão (cf. acima, nn. 160, 283); – o material do altar e das alfaias sagradas, principalmente dos vasos sagrados, e também o material, a forma e a cor das vestes litúrgicas (cf. acima, nn. 301, 326, 329, 339, 342-346). Poderão ser introduzidos no Missal Romano, em lugar conveniente, os Directórios ou as Orientações pastorais que as Conferências Episcopais julgarem úteis, previamente confirmados pela Sé Apostólica. 391. Às mesmas Conferências compete prestar atenção particular às tradu- ções dos textos bíblicos utilizados na celebração da Missa. Com efeito, é à Sagrada Escritura que se vão buscar as leituras a ler e a explicar na homilia e os salmos para cantar, e foi da sua inspiração e impulso que nasceram as preces, as orações e os hinos litúrgicos; dela tiram a sua capacidade de significação as acções e os sinais.150 149 Cf. Código de Direito Canónico, cân. 838 § 3. 150 Cf. Ibidem, 24. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 121 Utilize-se uma linguagem que possa ser entendida pelos fiéis e adap- tada à proclamação pública, tendo-se, porém,em conta que são diversos os modos de falar utilizados nos livros bíblicos. 392. Compete igualmente às Conferências Episcopais preparar com gran- de cuidado as traduções dos outros textos, para que, respeitada também a índole de cada língua, se ofereça plena e fielmente o sentido do primitivo texto latino. Na realização deste trabalho, convém ter em conta os diversos géneros literários que se utilizam na Missa, tais como orações presidenciais, antífonas, aclamações, respostas, súplicas litânicas, etc. Tenha-se bem presente que a versão dos textos não se destina em primeiro lugar à meditação, mas antes à proclamação ou ao canto no acto da celebração. Utilize-se uma linguagem adaptada aos fiéis da região, mas dotada de nobre qualidade literária, na certeza de que sempre haverá necessidade de alguma catequese acerca do sentido bíblico e cristão de certas palavras e expressões. Muito convém, que nas regiões onde se utiliza a mesma língua, haja, na medida do possível, a mesma versão para os textos litúrgicos, principal- mente para os textos bíblicos e para o Ordinário da Missa.151 393. Tendo em conta o lugar importante do canto na celebração, como parte necessária ou integrante da liturgia,152 pertence às Conferências Episcopais aprovar melodias apropriadas, sobretudo para os textos do Ordinário da Missa, para as respostas e aclamações do povo e para os ritos especiais que ocorrem durante o ano litúrgico. Pertence-lhes igualmente pronunciar-se sobre quais as formas musi- cais, melodias e instrumentos musicais que é lícito admitir no culto divino, desde que se adaptem ou possam adaptar ao uso sagrado. 394. É conveniente que cada diocese tenha o seu calendário e o seu próprio das Missas. A Conferência Episcopal, por seu lado, organize o calendário 151 Cf. Ibidem, 36 § 3. 152 Cf. Ibidem, 112. ADAPTAÇÕES 122 próprio da nação ou, juntamente com outras Conferências, o calendário de uma região mais alargada, a aprovar pela Sé Apostólica.153 Na elaboração deste trabalho há-de conservar-se e defender-se o mais possível o domingo, como principal dia de festa, que não deve ser sacrificado a outras celebrações que não sejam de máxima importância.154 Procurem também que o ano litúrgico, reformado por decreto do II Concílio do Vaticano, não seja obscurecido por elementos secundários. Ao preparar o calendário da nação, indiquem-se os dias das Rogações (cf. n. 373) e das Quatro Têmporas, assim como o modo de as celebrar e os textos,155 tendo em vista outras determinações específicas. É conveniente que, ao editar o Missal, sejam inseridas no respectivo lugar do calendário geral as celebrações próprias de toda a nação ou duma região mais alargada; as celebrações da região ou da diocese devem vir em apêndice particular. 395. Por fim, se a participação dos fiéis e o seu bem espiritual exigirem adaptações e diversidades mais profundas, para que a celebração sagrada corresponda à índole e às tradições dos diversos povos, as Conferências Episcopais, de acordo com o art. 40 da Constituição sobre a sagrada Litur- gia, poderão propô-las à Sé Apostólica, e introduzi-las com o seu consen- timento, sobretudo naqueles povos onde o Evangelho foi anunciado mais recentemente.156 Observem-se atentamente as normas especiais dadas pela Instrução «A Liturgia romana e a inculturação».157 Quanto ao modo de agir neste assunto, proceda-se da seguinte maneira: 153 Cf. Normas gerais sobre o Ano litúrgico e o Calendário, 48-51; S. Congregação para o Culto divino, Instr. Calendaria particularia, 24 de Junho 1970, 4, 8: AAS 62 (1970) 652-653. 154 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 106. 155 Cf. Normas gerais sobre o Ano litúrgico e o Calendário, 46; cf. S. Congregação para o Culto divino, Instr. Calendaria particularia, 24 de Junho 1970, 38: AAS 62 (1970) 660. 156 II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 37-40. 157 Cf. Congregação do Culto divino e disCiplina dos saCramentos, Instr. Varietates legitimae, de 25 de Janeiro 1994, 54.62-69: AAS 87 (1995) 308-309, 311-313. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 123 Em primeiro lugar, exponha-se à Sé Apostólica uma pormenorizada proposta prévia para que, concedidas as devidas faculdades, se proceda à elaboração de cada adaptação. Uma vez aprovadas estas propostas pela Sé Apostólica, levem-se a cabo as experimentações pelo tempo e nos lugares estabelecidos. Se for o caso, terminado o tempo de experimentação, a Conferência Episcopal deter- minará a prossecução das adaptações e submeterá ao juízo da Sé Apostólica a formulação amadurecida do assunto.158 396. Antes, porém, de se chegar às novas adaptações, principalmente às mais profundas, há-de cuidar-se com diligência da promoção sapiente e ordenada da devida instrução do clero e fiéis, hão-de pôr-se em prática as faculdades já previstas e aplicar-se-ão plenamente as normas pastorais correspondentes ao espírito da celebração. 397. Observe-se também o princípio segundo o qual cada Igreja particular deve estar de acordo com a Igreja universal, não só na doutrina da fé e nos sinais sacramentais, mas também nos usos universalmente recebidos de uma ininterrupta tradição apostólica, a qual deve observar-se, não só para evitar os erros, mas também para transmitir a integridade da fé, porque a “norma da oração” (lex orandi) da Igreja corresponde à sua “norma da fé” (lex credendi).159 O Rito romano constitui uma parte notável e preciosa do tesouro litúrgico e do património da Igreja católica, cujas riquezas concorrem para o bem de toda a Igreja, pelo que perdê-las seria prejudicá-la gravemente. Esse Rito, no decurso dos séculos, não só conservou usos litúrgicos originários da cidade de Roma, mas também integrou em si, de modo profundo, orgânico e harmónico, outros elementos derivados dos costumes e do engenho de diversos povos e de várias Igrejas particulares, tanto do Ocidente como do Oriente, adquirindo, assim, um certo carácter supra- regional. No nosso tempo, a identidade e a expressão unitária deste 158 Cf. Ibidem, 66-68: AAS 87 (1995) 313. 159 Cf. Ibidem, 26-27: AAS 87 (1995) 298-299. ADAPTAÇÕES 124 Rito encontra-se nas edições típicas dos livros litúrgicos promulgadas por autoridade dos Sumos Pontífices e nos livros litúrgicos que lhes correspondem, aprovados pelas Conferências Episcopais para os seus territórios e confirmados pela Sé Apostólica.160 398. A norma estabelecida pelo II Concílio do Vaticano, segundo a qual as inovações na reforma litúrgica só se devem fazer se o exigir uma verdadeira e certa utilidade da Igreja, e procurando que as novas formas como que cresçam organicamente das que já existem,161 também deve aplicar-se à inculturação do Rito romano.162 Além disso a inculturação precisa de bastante tempo, para não contaminar repentina e incautamente a autêntica tradição litúrgica. Por fim, a procura da inculturação não pretende de modo algum a criação de novas famílias rituais, mas sim responder às exigências de determinada cultura, de tal modo, porém, que as adaptações introduzidas, quer no Missal quer nos outros livros litúrgicos, não sejam prejudiciais à índole própria do Rito romano.163 399. Deste modo o Missal Romano, apesar da diversidade de lugares e duma certa variedade de costumes,164 deve conservar-se no futuro como instrumento e sinal admirável da integridade e da unidade do Rito romano.165 160 Cf. João paulo ii, Carta Ap. Vicesimus quintus annus, 4 de Dezembro 1988, 16: AAS 81 (1989) 912; Congregação do Culto divino e disCiplina dos saCramentos, Instr. Varietates legitimae, de 25 de Janeiro 1994, 2, 36: AAS 87 (1995) 288, 302. 161 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 23. 162 Cf. Congregação do Culto divino e disCiplinados saCramentos, Instr. Varietates legitimae, de 25 de Janeiro 1994, 46: AAS 87 (1995) 306. 163 Cf. Ibidem, 36: AAS 87 (1995) 302. 164 Cf. Ibidem, 54: AAS 87 (1995) 308-309. 165 Cf. II ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, 38; paulo vi, Const. Ap. Missale Romanum. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO NORMAS GERAIS SOBRE O ANO LITÚRGICO E O CALENDÁRIO 1 Cf. ii ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, nn. 102-111: AAS 56 (1964), pp. 125-128. 2 Cf. Ibidem, n. 106: AAS 56 (1964), p. 126. 3 Cf. s. Congr. dos ritos, Decr. Dominicae Resurrectionis, 9 de Fevereiro de 1951: AAS 43 (1951), pp. 128-129. CARTA APOSTÓLICA DADA EM FORMA DE “MOTU PROPRIO” PELA QUAL SE APROVAM AS NORMAS GERAIS SOBRE O ANO LITÚRGICO E O NOVO CALENDÁRIO ROMANO PAULO PP. VI A celebração do mistério pascal, como claramente ensina o Concílio Vaticano II, constitui o momento privilegiado do culto cristão, no seu desenvolvimento quotidiano, semanal e anual. Por isso, na reforma do ano litúrgico segundo as normas dadas pelo Concílio,1 é necessário que se dê o maior relevo ao mistério pascal de Cristo, quer no ordenamento do Próprio do Tempo e dos Santos, quer na revisão do Calendário romano. I No decorrer dos séculos, a multiplicação das festas, das vigílias e das oitavas, e a progressiva interpenetração das várias partes do ano litúrgico, levaram os fiéis a pôr em prática, por vezes, certas formas peculiares de exercícios de piedade que, de algum modo, lhes desviava o espírito dos mistérios fundamentais da Redenção divina. São conhecidas as disposições tomadas neste campo pelos Nossos Pre- decessores S. Pio X e João XXIII, de feliz memória, para restituir ao domingo a sua dignidade originária, de modo a ser considerado por todos como o dia de festa primordial,2 e para restaurar a celebração litúrgica da Quaresma. No mesmo sentido, o Nosso Predecessor Pio XII, de feliz memória, decretou 3 128 para a Igreja Ocidental a restauração da solene vigília da Noite Pascal, na qual o povo de Deus, celebrando os Sacramentos da iniciação cristã, renova a sua aliança espiritual com Cristo, o Senhor ressuscitado. Estes Sumos Pontífices, seguindo os ensinamentos dos Santos Pa- dres e a tradição da Igreja católica, estavam convencidos rectamente que a celebração do ano litúrgico não é somente a recordação dos factos pelos quais Jesus Cristo, com a sua morte, nos trouxe a salvação, nem a simples evocação de acontecimentos do passado, apresentados à meditação dos fiéis para deles colherem ensinamentos e alimento espiritual, mas ensinavam que a celebração do ano litúrgico tem valor e eficácia sacramental para o progresso da vida cristã.4 É isto mesmo que Nós próprio sentimos e professamos. Por isso, é com toda a razão e propriedade que, ao celebrarmos o mistério do nascimento de Cristo 5 e a sua manifestação ao mundo, pedi- mos que reconhecendo-O exteriormente semelhante a nós, sejamos por Ele interiormente renovados;6 e quando celebramos a Páscoa de Cristo, pedimos a Deus por aqueles que renasceram com Cristo, para que sejam fiéis na vida ao sacramento que pela fé receberam.7 Com efeito – segundo as próprias palavras do Concílio Ecuménico Vaticano II – a Igreja, ao recor- dar os mistérios da redenção, oferece aos fiéis as riquezas das acções e os merecimentos do seu Senhor, de tal modo que os torna como que presentes em todo o tempo, para que os fiéis, em contacto com eles, se encham da graça da salvação.8 Por isso a reforma do ano litúrgico e suas normas correspondentes não tem outra finalidade senão conseguir que os fiéis, pela fé, esperança e caridade, entrem em comunhão mais viva com todo o mistério de Cristo, que se vai desenrolando ao longo do ano.9 4 s. Congr. dos ritos, Decr. geral Maxima Redemptionis nostrae mysteria, 16 de Novembro de 1955: AAS 47 (1955), p. 839. 5 s. leão magno, Sermão XXVII sobre o Natal do Senhor 7, 1: PL 54, 216. 6 Cf. missal romano, Oração da festa do Baptismo do Senhor. 7 Cf. missal romano, Oração da segunda-feira da Oitava da Páscoa. 8 ii ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 102: AAS 56 (1964), p. 125. 9 Cf. Ibidem. CARTA APOSTÓLICA 129 10 Ibidem, n. 103. 11 Cf. Breviarium Syriacum (sec. V), ed. B. Mariani, Roma 1956, p. 27. 12 Cf. ii ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 111: AAS 56 (1964), p. 127. 13 Cf. Ibidem, n. 104, p. 125 s. 14 Cf. Ibidem, n. 111, p. 127. II A este mistério de Cristo não se opõem as festas da bem-aventurada Virgem Maria, indissoluvelmente unida à obra de seu Filho,10 e as memórias dos Santos, entre as quais se assinalam as festas (“natalícia”) dos nossos senhores, os Mártires e Vencedores,11 festas que brilham com especial esplendor. De facto, as festas dos Santos proclamam as maravilhas de Cristo nos seus servos e propõem aos fiéis oportunos exemplos a imitar.12 A Igreja católica sempre considerou que as festas dos Santos proclamam e renovam o mistério pascal de Cristo.13 Não se pode contudo negar que no decorrer dos séculos, as festas dos Santos foram aumentando em número desproporcionado. Por isso o santo Concílio justamente decretou: Para que as festas dos Santos não prevale- çam sobre as festas que comemoram os mistérios da salvação, muitas delas ficarão a ser celebradas só por uma Igreja particular ou nação ou família religiosa, estendendo-se a toda a Igreja apenas as que recordam Santos de importância verdadeiramente universal.14 Para dar cumprimento a estas determinações do Concílio Ecuménico, foram excluídos do Calendário universal os nomes de alguns Santos e foi concedida a faculdade de recuperar convenientemente a memória e o culto de outros Santos nas regiões em que são particularmente venerados. Deste modo, foram suprimidos do Calendário Romano os nomes de alguns Santos não conhecidos universalmente e foram inseridos nele os nomes de alguns Mártires originários de países de evangelização mais recente; assim, vemos figurar, com igual dignidade, no mesmo catálogo, representantes de todos os povos, ou porque derramaram o seu sangue por Cristo, ou porque foram insignes pelas suas virtudes extraordinárias. «MYSTERII PASCHALIS» 130 Por isso, estamos convencidos de que o novo Calendário geral, elabo- rado para o rito latino, está mais em harmonia com os critérios da piedade e sensibilidade do nosso tempo e reflecte mais adequadamente a universalidade da Igreja; efectivamente, passam a figurar nele os nomes dos santos mais insignes, que se apresentam a todo o povo de Deus como exemplos admi- ráveis de santidade praticada nas mais diversas formas. É supérfluo dizer o proveito espiritual que isto representa para todos os cristãos. Tendo ponderado com a máxima atenção diante do Senhor todas estas razões, com a Nossa Autoridade Apostólica aprovamos o novo Calendário Romano geral, composto pelo “Consilium para a aplicação da Constituição sobre a sagrada Liturgia”, bem como as normas gerais referentes ao ordenamento do ano litúrgico, para que entrem em vigor no dia 1 de Janeiro de 1970, de acordo com os decretos que serão publicados pela Sagrada Congregação dos Ritos conjuntamente com o “Consilium”, até que seja editado o novo Missal e o novo Breviário. Tudo o que é estabelecido por esta Nossa Carta “motu proprio”, mandamos que seja considerado válido e confirmado, não obstante qual- quer disposição em contrário nas Constituições e Ordenações Apostólicas dadas pelos Nossos Predecessores ou quaisquer outras prescrições, ainda que dignas de especial menção ou derrogação. Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 14 de Fevereiro de 1969, sexto ano do nosso Pontificado. PAULO PP. VI CARTA APOSTÓLICA 1 Cf. ii ConC. do vatiCano, Const.sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, nn. 102-105: AAS 56 (1964), pp. 125-126. 2 Ibidem, n. 3: AAS 56 (1964), p. 98. CAPÍTULO I O ANO LlTÚRGICO 1. A Santa Igreja celebra a memória sagrada da obra de salvação de Cristo, em dias determinados, ao longo do ano. Em cada semana, no dia a que foi dado o nome de “domingo”, comemora a Ressurreição do Senhor, que é celebrada também em cada ano, juntamente com a sua bem-aventurada Paixão, na grande solenidade da Páscoa. No decurso do ano, explana todo o mistério de Cristo e comemora também os dias natalícios dos Santos. Nos diversos tempos do ano, seguindo a prática que vem da tradição, a Igreja completa a formação dos fiéis por meio de piedosos exercícios espi- rituais e corporais, por meio da instrução, da oração, das obras de penitência e de misericórdia.1 2. Os princípios aqui enunciados podem e devem aplicar-se tanto ao rito romano como aos outros ritos. As normas práticas, porém, referem-se apenas ao rito romano, a não ser que se trate de matérias que, por sua natureza, afectem também os outros ritos.2 Título I os dias litúrgiCos I. O dia litúrgico em geral 3. Cada dia é santificado com celebrações litúrgicas do povo de Deus, de modo particular com o Sacrifício eucarístico e o Ofício divino. O dia litúrgico começa à meia noite e termina na meia noite seguinte. Mas a celebração do domingo e das solenidades começa na tarde do dia precedente. 132 II. O domingo 4. No primeiro dia da semana, chamado “dia do Senhor” ou “domingo”, a Igreja, por tradição apostólica que vem do próprio dia da Ressurreição de Cristo, celebra o mistério pascal. Por isso o domingo deve considerar-se como o dia de festa primordial.3 5. Pela sua peculiar importância, o domingo cede a sua celebração so- mente às solenidades e às festas do Senhor. Mas os domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa têm a precedência sobre todas as festas do Senhor e sobre todas as solenidades. As solenidades que coincidem com estes do- mingos são transferidos para a segunda-feira seguinte, excepto quando se trata de ocorrência no Domingo de Ramos ou no Domingo da Ressurreição do Senhor. 6. O domingo exclui, por princípio, a afixação perpétua de qualquer outra celebração. Contudo: a) no domingo dentro da Oitava do Natal, celebra-se a festa da Sagrada Família; b) no domingo a seguir ao dia 6 de Janeiro, celebra-se a festa do Baptismo do Senhor; c) no domingo a seguir ao Pentecostes celebra-se a solenidade da Santíssima Trindade; d) no último domingo do Tempo Comum, celebra-se a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. 7. Nos lugares em que as solenidades da Epifania, da Ascensão e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo não são dia santo de guarda, essas solenidades transferem-se para o domingo, do seguinte modo: a) a Epifania celebra-se no domingo que ocorre entre os dias 2 e 8 de Janeiro; b) a Ascensão, no domingo VII da Páscoa; c) a solenidade do santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, no domingo a seguir à Santíssima Trindade. 3 Ibidem, n. 106: AAS 56 (1964), p. 126. NORMAS UNIVERSAIS 133 III. As solenidades, as festas e as memórias 8. A Igreja, ao mesmo tempo que celebra no decurso do ano o mistério de Cristo, venera também com especial amor a Santa Maria, Mãe de Deus, e propõe à piedade dos fiéis a memória dos Mártires e de outros Santos.4 9. Os Santos que têm projecção universal são obrigatoriamente cele- brados em toda a Igreja. Os outros, ou são inscritos no calendário para que possam ser celebrados facultativamente, ou podem ser incluídos no culto de alguma Igreja particular, ou de uma nação, ou de uma família religiosa.5 10. As celebrações, segundo a importância que lhes é atribuída, distin- guem-se e são denominadas desta forma: solenidade, festa, memória. 11. As solenidades são os dias principais. A sua celebração inicia-se com as Vésperas I no dia anterior. Algumas solenidades têm também Missa própria da vigília, que se utiliza na tarde do dia anterior, se a Missa se celebra nas horas vespertinas. 12. A celebração da Páscoa e do Natal, que são as principais solenidades, prolongam-se durante os oito dias seguintes. Estas duas oitavas regem-se por normas próprias. 13. As festas celebram-se dentro do limite do dia natural; não têm, portanto, Vésperas I, a não ser que se trate de festas do Senhor que coincidem com um domingo do Tempo Comum ou do Tempo do Natal; neste caso substituem o Ofício do domingo. 14. As memórias são obrigatórias ou facultativas; a sua celebração ordena-se com a dos dias feriais ocorrentes, segundo as normas descritas nas Instruções gerais do Missal Romano e da Liturgia das Horas. As memórias obrigatórias que coincidem com os dias feriais da Quaresma só podem ser celebradas como memórias facultativas. 4 Cf. ii ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, nn. 103-104: AAS 56 (1964), pp. 125-126. 5 Ibidem, n. 111: AAS 56 (1964), p. 127. O ANO LITÚRGICO 134 Quando ocorrem no mesmo dia várias memórias facultativas, só uma delas pode ser celebrada, omitindo as outras. 15. Nos sábados do Tempo Comum, em que não ocorre uma memória obrigatória, pode celebrar-se a memória facultativa da Virgem Santa Maria. IV. Os dias feriais 16. Os dias da semana que se seguem ao domingo chamam-se dias feriais; a sua celebração difere segundo a importância de cada uma: a) a Quarta-Feira de Cinzas e os dias feriais da Semana Santa desde a segunda-feira à quinta-feira inclusive têm a preferência sobre todas as outras celebrações; b) os dias feriais do Advento desde o dia 17 ao dia 24 de Dezembro inclusive e todos os dias feriais da Quaresma têm a preferência sobre todas as memórias obrigatórias; c) os outros dias feriais cedem a sua celebração a todas as soleni- dades e festas e ordenam-se com as memórias. 6 Ibidem, n. 102: AAS 56 (1964), p. 125. NORMAS UNIVERSAIS 135 Título Ii o CiClo do ano 17. No ciclo do ano, a Igreja comemora todo o mistério de Cristo, desde a Encarnação até ao dia do Pentecostes e à expectativa da vinda do Senhor.6 I. O Tríduo pascal 18. O sagrado Tríduo da Paixão e Ressurreição do Senhor é o ponto culminante de todo o ano litúrgico, porque a obra da redenção humana e da perfeita glorificação de Deus foi realizada por Cristo especialmente no seu mistério pascal, pelo qual, morrendo destruiu a nossa morte e ressuscitando restaurou a vida.7 A proeminência que na semana tem o domingo tem-na no ano litúrgico a solenidade da Páscoa.8 19. O Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor inicia-se com a Missa da Ceia do Senhor, tem o seu centro na Vigília Pascal e termina nas Vésperas do Domingo da Ressurreição. 20. Na Sexta-Feira da Paixão do Senhor 9 e, conforme as circunstâncias, no Sábado santo até à Vigília Pascal,10 celebra-se em toda a parte o sagrado jejum pascal. 21. A Vigília Pascal, na noite santa em que o Senhor ressuscitou, é considerada como “a mãe de todas as santas vigílias”,11 na qual a Igreja espera em vigília a ressurreição de Cristo e a celebra nos sacramentos. Por conseguinte, toda a celebração desta sagrada Vigília deve fazer-se durante a noite, de modo que ou comece depois do anoitecer ou termine antes da aurora do domingo. 7 Cf. ii ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 5: AAS 56 (1964), p. 99. 8 Cf. Ibidem, n. 106: AAS 56 (1964), p. 126. 9 Cf. paulo vi, Const. Apost. Paenitemini, 17 de Fevereiro de 1966, II § 3: AAS 58 (1966), p. 184. 10 Cf. ii ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 110: AAS 56 (1964), p. 127. 11 s. agostinho, Sermo 219: PL 38, 1088. O ANO LITÚRGICO 136 II. O Tempo Pascal 22. Os cinquenta dias que se prolongam desde o Domingo da Ressurreiçãoaté ao Domingo do Pentecostes celebram-se na alegria e exultação como um único dia de festa, melhor, como “um grande domingo”.12 São os dias em que de modo especial se canta o Aleluia. 23. Os domingos deste tempo são considerados como “domingos da Páscoa”; por isso, os domingos que se seguem ao Domingo da Ressurreição se designam domingos II, III, IV, V, VI, VII da Páscoa; este tempo sagrado dos cinquenta dias conclui-se com o Domingo do Pentecostes. 24. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal constituem a Oitava da Páscoa e celebram-se como solenidades do Senhor. 25. No quadragésimo dia a seguir à Páscoa celebra-se a Ascensão do Senhor, excepto nos lugares em que não é dia santo de guarda, onde é transferido para o Domingo VII da Páscoa (cf. n. 7). 26. Os dias feriais a seguir à Ascensão, até ao sábado antes do Pentecostes, preparam a vinda do Espírito Santo Paráclito. III. O Tempo da Quaresma 27. O Tempo da Quaresma destina-se a preparar a celebração da Páscoa: a liturgia quaresmal prepara para a celebração do mistério pascal tanto os catecúmenos, através dos diversos graus da iniciação cristã, como os fiéis, por meio da recordação do Baptismo e das práticas de penitência.13 28. O Tempo da Quaresma decorre desde a Quarta-Feira de Cinzas até à Missa da Ceia do Senhor exclusive. Desde o início da Quaresma até à Vigília Pascal não se diz Aleluia. 12 s. atanásio, Epist. fest. 1: PG 26, 1366. 13 Cf. ii ConC. do vatiCano, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 109: AAS 56 (1964), p. 127. NORMAS UNIVERSAIS 137 29. Na quarta-feira do início da Quaresma, que em toda a parte é dia de jejum,14 faz-se a imposição das cinzas. 30. Os domingos deste Tempo são denominados domingos I, II, III, IV, V da Quaresma. O sexto domingo, que inicia a Semana Santa, denomina-se “Domingo de Ramos na Paixão do Senhor”. 31. A Semana Santa destina-se a comemorar a Paixão de Cristo desde a sua entrada messiânica em Jerusalém. Na Quinta-Feira da Semana Santa, de manhã, o Bispo, concelebrando a Missa com o seu presbitério, procede à bênção dos santos óleos e consagra o crisma. IV. O Tempo do Natal 32. Depois da celebração anual do mistério pascal, nada na Igreja é mais venerável do que a celebração do Natal do Senhor e das suas primeiras manifestações: é o que se faz no Tempo do Natal. 33. O Tempo do Natal decorre desde as Vésperas I do Natal do Senhor até ao domingo depois da Epifania, isto é, até ao domingo a seguir ao dia 6 de Janeiro inclusive. 34. A Missa da Vigília do Natal celebra-se na tarde do dia 24 de Dezem- bro, antes ou depois das Vésperas I. No dia do Natal do Senhor, segundo a antiga tradição romana, podem celebrar-se três Missas: a da noite, a da aurora e a do dia. 35. O Natal do Senhor tem a sua Oitava, ordenada do seguinte modo: a) no domingo dentro da Oitava (ou, se não há tal domingo, no dia 30 de Dezembro), celebra-se a festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José; b) no dia 26 de Dezembro celebra-se a festa de Santo Estêvão, Primeiro Mártir; c) no dia 27 de Dezembro celebra-se a festa de São João, Apóstolo e Evangelista; 14 Cf. paulo vi, Const. Apost. Paenitemini, 17 de Fevereiro de 1966, II § 3: AAS 58 (1966), p. 184. O ANO LITÚRGICO 138 d) no dia 28 de Dezembro celebra-se a festa dos Santos Inocentes; e) os dias 29, 30 e 31 são dias dentro da Oitava; J) no dia l de Janeiro, oitava do Natal, celebra-se a solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, na qual se comemora também a imposição do Nome de Jesus. 36. O domingo entre os dias 2 e 5 de Janeiro é o Domingo II depois do Natal. 37. A Epifania celebra-se no dia 6 de Janeiro, excepto nos lugares em que não é dia santo de guarda, onde é celebrada no domingo que ocorre entre os dias 2 e 8 de Janeiro (cf. n. 7). 38. No domingo a seguir ao dia 6 de Janeiro celebra-se a festa do Baptismo do Senhor. V. O Tempo do Advento 39. O Tempo do Advento tem dupla característica: é tempo de preparação para a solenidade do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus aos homens; simultaneamente é tempo em que, comemorando esta primeira vinda, o nosso espírito se dirige para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por estes dois motivos, o Advento apresenta- se-nos como um tempo de piedosa e alegre expectativa. 40. O Tempo do Advento começa com as Vésperas I do domingo que ocorre no dia 30 de Novembro ou no mais próximo a este dia e termina antes das Vésperas I do Natal do Senhor. 41. Os domingos deste tempo denominam-se domingos I, II, III, IV do Advento. 42. Os dias feriais que decorrem desde o dia 17 ao dia 24 de Dezembro inclusive constituem uma preparação mais directa do Natal do Senhor. NORMAS UNIVERSAIS 139 VI. O Tempo Comum 43. Além dos tempos referidos, que têm características próprias, há ainda trinta e três ou trinta e quatro semanas no ciclo do ano, que são destinadas não a celebrar um aspecto particular do mistério de Cristo, mas o próprio mistério de Cristo na sua globalidade, especialmente nos domingos. Este período é denominado Tempo Comum. 44. O Tempo Comum começa na segunda-feira a seguir ao domingo que ocorre depois do dia 6 de Janeiro e prolonga-se até à terça-feira antes da Quaresma inclusive; retoma-se na segunda-feira a seguir ao Domingo do Pentecostes e termina antes das Vésperas I do Domingo I do Advento. Para os domingos e os dias feriais deste tempo há uma série de formulários próprios, que se encontram no Missal e na Liturgia das Horas. VII. As Rogações e as Quatro Têmporas 45. Nas Rogações e nas Quatro Têmporas, a Igreja costuma orar ao Senhor pelas diversas necessidades dos homens, especialmente pelos frutos da terra e pelo trabalho humano, e dirigir-Lhe publicamente acções de graças. 46. Para que as Rogações e as Quatro Têmporas se adaptem às diversas regiões e às diversas necessidades dos fiéis, é conveniente que as Confe- rências Episcopais determinem o tempo e o modo de as celebrar. Quanto à amplitude das celebrações, durante um ou vários dias, ou sobre a sua eventual repetição ao longo do ano, a autoridade competente determinará as normas correspondentes, tendo em conta as necessidades locais. 47. A Missa para cada um dos dias destas celebrações escolher-se-á entre as Missas para diversas circunstâncias, a que melhor se adapte à intenção das súplicas. O ANO LITÚRGICO CAPÍTULO II O CALENDÁRIO Título I o Calendário e as Celebrações que nele serão insCritas 48. A celebração do ano litúrgico é ordenada pelo calendário, que é geral ou particular, conforme seja determinado para todo o rito romano, ou para uma Igreja particular ou família religiosa. 49. O calendário geral contém todo o ciclo das celebrações, quer do mis- tério da salvação no Próprio do Tempo, quer dos Santos que têm projecção universal e, portanto, são obrigatoriamente celebrados em toda a parte, quer ainda de outros Santos que manifestam a universalidade e a continuidade da santidade no povo de Deus. Os calendários particulares contêm as celebrações mais próprias, organicamente inseridos no ciclo geral.15 É justo, efectivamente, que cada Igreja ou família religiosa venere com culto especial os Santos que por motivos peculiares lhe são próprios. Os calendários particulares são organizados pela autoridade compe- tente e aprovados pela Sé Apostólica. 50. Na organização dos calendários particulares devem ter-se presentes as seguintes normas: a) O Próprio do Tempo, isto é, o ciclo dos tempos, das solenidades e festas que comemoram o mistério da Redenção ao longo do ano litúrgico deve conservar-se integralmente e terá a preeminência sobre as celebrações particulares. 15 s. Congr. do Culto divino, Instr. Calendaria pasticularia, 24 de Novembro de 1955: AAS 62 (1970), pp. 651-663.141 b) As celebrações próprias devem combinar-se de forma orgânica com as celebrações universais, segundo a ordem e a precedência indicados na tabela dos dias litúrgicos. Para não sobrecarregar exageradamente os calendários particulares, cada Santo terá uma só celebração no ano litúrgico. Contudo, se razões de ordem pastoral o aconselharem, poderá haver uma segunda celebração, em forma de memória facultativa, para comemorar a trasladação ou a descoberta do corpo dos santos Patronos ou Fundadores de Igrejas ou de famílias religiosas. c) As celebrações concedidas não devem ser duplicação de outras já contidas no ciclo do mistério da salvação, nem multiplicar-se em número exagerado. 51. Embora seja conveniente que cada diocese tenha o seu Calendário e o seu Próprio do Ofício e das Missas, nada obsta a que se organizem Calendários e Próprios comuns para toda uma província, região ou nação, ou até para um território mais amplo, preparados, em mútua colaboração por aqueles a quem são destinados. Este princípio pode ser aplicado analogamente aos Calendários dos religiosos para diversas províncias do mesmo território. 52. O Calendário particular é organizado inserindo no Calendário geral as solenidades, festas e memórias próprias, isto é: a) No Calendário diocesano, além das celebrações dos Padroeiros e da Dedicação da igreja catedral, os Santos e Beatos particularmente relacionados com a diocese, p. ex., porque aí nasceram ou morreram, ou aí passaram grande parte da sua vida. b) No Calendário religioso, além das celebrações do Título, do Fun- dador e do Padroeiro, os Santos e Beatos pertencentes à família religiosa ou com ela particularmenre relacionados. c) No calendário de cada igreja, além das celebrações próprias da respectiva diocese ou família religiosa, as celebrações próprias dessa igreja, indicadas na tabela dos dias litúrgicos, e dos Santos cujo corpo se guarda nessa igreja. Os membros das famílias religiosas unem-se à comunidade da Igreja local na celebração do aniversário da Dedicação da igreja catedral e dos Padroeiros principais do lugar ou do território em que residem. O CALENDÁRIO 142 53. Se uma diocese ou família religiosa tem muitos Santos e Beatos, deve evitar-se que o Calendário da diocese ou do Instituto seja sobrecarregado exageradamente. Neste sentido: a) pode haver uma celebração comum de todos os Santos e Beatos da diocese ou família religiosa ou de uma categoria de Santos e Santas; b) inscrevam-se no Calendário, com celebração singular, apenas os Santos ou Beatos que têm especial projecção em toda a diocese ou família religiosa; c) os outros Santos e Beatos celebrem-se apenas nos lugares com os quais estão particularmente relacionados ou em que se guarda o seu corpo. 54. As celebrações próprias inscrevam-se no Calendário como memórias obrigatórias ou facultativas, a não ser que, para algumas delas, esteja previsto outro grau na tabela dos dias litúrgicos ou existam razões particulares de ordem histórica ou pastoral. Nada obsta, porém, a que, em determinados lugares algumas celebrações se façam com maior solenidade do que em toda a diocese ou família religiosa. 55. As celebrações inscritas no Calendário devem ser observadas por todos aqueles que estão obrigados a esse calendário e não podem ser supri- midas do Calendário nem mudar de grau litúrgico sem a aprovação da Sé Apostólica. Título II o dia próprio das Celebrações 56. É costume da Igreja celebrar os Santos no seu dia natalício; convém que este princípio se observe também para as celebrações a inscrever no Calendário particular. Contudo, embora as celebrações próprias tenham especial importância para cada Igreja particular ou família religiosa, é de toda a conveniência que haja uniformidade na celebração das solenidades, festas e memórias obrigatórias que figuram no Calendário geral. Neste sentido, ao inscrever no Calendário particular as celebrações próprias, observem-se as normas seguintes: a) As celebrações que figuram no Calendário geral devem ser inscritas no Calendário particular no mesmo dia, alterando, se for necessário, o grau NORMAS UNIVERSAIS 143 da celebração. O mesmo se fará quanto às celebrações de cada igreja, em relação com o Calendário diocesano ou religioso. b) As celebrações dos Santos que não figuram no Calendário geral devem inscrever-se no respectivo dia natalício. Se o dia natalício é desco- nhecido, inscrever-se-ão noutro dia apropriado que tenha alguma relação com o Santo, p. ex., o dia da ordenação, da descoberta do corpo, da trasla- dação das relíquias; aliás, num dia que no Calendário particular esteja livre de outras celebrações. c) Se o dia natalício ou apropriado está impedido por outra celebração obrigatória, ainda que de grau inferior, no Calendário geral ou particular, inscrever-se-á no dia mais próximo que não esteja impedido. d) Se se trata de celebrações que, por motivos de ordem pastoral, não podem transferir-se para outro dia, transferir-se-á a celebração que a impedia. e) Outras celebrações “concedidas” inscrever-se-ão no dia mais con- veniente sob o ponto de vista pastoral. f) Para que o ciclo do ano litúrgico resplandeça com toda a sua luz e para que algumas celebrações de Santos não sejam perpetuamente impedidas, devem ficar livres de celebrações particulares os dias em que normalmente ocorre o Tempo da Quaresma ou a Oitava da Páscoa, bem como os dias 17 a 31 de Dezembro, a não ser que se trate de memórias não obrigatórias ou de festas que, na tabela dos dias litúrgicos, figuram no n. 8, alíneas a, b, c, d, ou de solenidades que não podem ser transferidas para outro tempo. A solenidade de S. José, onde é dia santo de guarda, se ocorre no Domingo de Ramos na Paixão do Senhor, será antecipada para o sábado precedente, dia 18 de Março. Onde não é dia santo de guarda, pode ser transferida pela Conferência Episcopal para outro dia fora da Quaresma. 57. Os Santos ou Beatos que no Calendário figuram juntos, celebram-se sempre conjuntamente, ainda que algum ou alguns deles sejam especial- mente próprios; isto no caso de terem o mesmo grau de celebração. Mas se alguns destes Santos ou Beatos devem ser celebrados com grau superior, far-se-á somente o Ofício destes, omitindo a celebração dos outros, a não ser que haja conveniência em transferi-los para outro dia como memória obrigatória. O CALENDÁRIO 144 58. Para o bem pastoral dos fiéis, podem transferir-se para os domingos do Tempo Comum as celebrações que ocorrem num dia da semana e que são de especial devoção dos fiéis, contanto que estas celebrações, na tabela dos dias litúrgicos, tenham precedência sobre os domingos. Neste caso, todas as Missas celebradas com a participação do povo podem ser destas celebrações. 59. A precedência entre os dias litúrgicos, quanto à sua celebração, é regulada pela tabela seguinte. TABELA DOS DIAS LITÚRGICOS por ordem de precedência I 1. Tríduo pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor. 2. Natal do Senhor, Epifania, Ascensão e Pentecostes. Domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa. Quarta-Feira de Cinzas. Dias feriais da Semana Santa, da segunda à quinta-feira inclusive. Dias dentro da Oitava da Páscoa. 3. Solenidades do Senhor, da Virgem Santa Maria e dos Santos inscritos no Calendário geral. Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos. 4. Solenidades próprias, a saber: a) Solenidade do Padroeiro principal do lugar ou da cidade. b) Solenidade da Dedicação e do aniversário da Dedicação da igreja própria. c) Solenidade do Título da igreja própria. d) Solenidade do Título ou do Fundador ou do Padroeiro principal da Ordem ou Congregação. NORMAS UNIVERSAIS 145 II 5. Festas do Senhor inscritas no Calendário geral. 6. Domingos do Tempo do Natal e Domingos do Tempo Comum.7. Festas da Virgem Santa Maria e dos Santos inscritas no Calendário geral. 8. Festas próprias, a saber: a) Festa do Padroeiro principal da diocese. b) Festa do aniversário da Dedicação da igreja catedral. c) Festa do Padroeiro principal da região ou da província, da nação ou de um território mais vasto. d) Festa do Título, do Fundador, do Padroeiro principal da Ordem ou Congregação e da província religiosa, salvo o que se prescreve no n. 4. e) Outras festas próprias de cada igreja. f) Outras festas inscritas no Calendário de cada diocese ou Ordem ou Congregação. 9. Dias feriais do Advento, do dia 17 ao dia 24 de Dezembro inclusive. Dias da Oitava do Natal. Dias feriais da Quaresma. III 10. Memórias obrigatórias do Calendário geral. 11. Memórias obrigatórias próprias, a saber: a) Memórias do Padroeiro secundário do lugar, da diocese, da região ou da província, da nação ou de um território mais vasto, da Ordem ou Congregação e da província religiosa. b) Outras memórias obrigatórias inscritas no Calendário de cada diocese, Ordem ou Congregação. O CALENDÁRIO 146 12. Memórias facultativas, que também se podem celebrar nos dias referi- dos no n. 9, segundo o modo peculiar descrito nas Instruções do Missal Romano e sobre a Liturgia das Horas. Podem celebrar-se na mesma forma como memórias facultativas as memórias obrigatórias que, eventualmente, ocorrem nos dias feriais da Quaresma. 13. Dias feriais do Advento até ao dia 16 de Dezembro inclusive. Dias feriais do Tempo do Natal, desde o dia 2 de Janeiro até ao sábado depois da Epifania. Dias feriais do Tempo Pascal, desde a segunda-feira depois da Oitava da Páscoa até ao sábado antes do Pentecostes inclusive. Dias feriais do Tempo Comum. 60. Quando no mesmo dia coincidem várias celebrações, faz-se aquela que na tabela dos dias litúrgicos tem precedência. Todavia, se uma solenidade for impedida por um dia litúrgico que tem precedência sobre ela, transfere- -se para o dia mais próximo que esteja livre das celebrações enumeradas nos nn. 1-8 da referida tabela, tendo em conta o que se estabelece no n. 5. A solenidade da Anunciação do Senhor, todas as vezes que ocorra nalgum dia da Semana Santa, será sempre transferida para a segunda-feira depois do Domingo II da Páscoa. As outras celebrações omitem-se nesse ano. 61. Quando no mesmo dia coincidem as Vésperas do Ofício corrente com as Vésperas I do dia seguinte, celebram-se as Vésperas da celebração que, na tabela dos dias litúrgicos, tem precedência; em caso de igualdade, celebram-se as Vésperas do dia corrente. NORMAS UNIVERSAIS ÍNDICE ANALÍTICO As siglas utilizadas neste índice correspondem aos seguintes documentos: AL Normas gerais sobre o ano litúrgico. C Normas gerais sobre o calendário. CA Constituição Apostólica «Missale Romanum». IG Instrução geral do Missal Romano. MP Carta Apostólica «Mysterii paschalis celebrationem». Os números que seguem cada uma das siglas são os do texto do respectivo documento. No caso do documento não ter números indica-se, entre parêntesis, a ordem do parágrafo [v.g. CA (1) ou MP (5)]. ABADE – fórmula com que se nomeia o A. na Oração eucarística IG 149; a concelebração está prescrita na bênção do A. IG 199. – cf. também Bênção do Abade. ABLUÇÃO, ABLUÇÕES – as a. são feitas no altar ou na credência IG 163; mantenha-se o costume de construir na sacristia um sumidoiro, no qual se lance a água da a. dos vasos sagrados e dos corporais e sanguíneos IG 334. – cf. Purificação. ABRAÇO DA PAZ – cf. Paz (rito da) ABSOLVIÇÃO – a a. no acto penitencial IG 51; carece da eficácia do sacramento da penitência 51. ACATÓLICOS – tenham-se em conta os a. que, por ocasião dos funerais, assistem às celebrações litúrgicas IG 385. ACÇÃO DE GRAÇAS – a.g. do povo de Deus pelo mistério da salvação IG 5. – na celebração da Eucaristia: o altar é o centro da a.g. IG 296; a.g. dos fiéis na Eucaristia IG 95; a Oração eucarística como oração de a.g. IG 78; a a.g. na Oração eucarística IG 2, IG 72, é um dos elementos principais IG 78-79; a a.g. exprime-se nos prefácios da Oração eucarística IG 4, 79 a, de vários modos IG 364; a.g. depois da Comunhão IG 45. 148 INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO ACÇÃO LITÚRGICA – a homilia faz parte da a.l. IG 29; espírito da a.l. IG 41; se a Missa é seguida de outra a.l. IG 170; nome da celebração de Sexta-Feira Santa IG 274; número de castiçais prescritos para cada a.l. IG 307; como devem ser os livros que se usam na a.l. IG 349. – cf. Celebração litúrgica. ACÇÃO SAGRADA – nome da celebração ou da concelebração da Missa IG 31, 48, 92, 215, 288, 335, 343. – cf. Celebração litúrgica. ACEPÇÃO DE PESSOAS – não se reservem lugares especiais para pessoas privadas IG 311. ACLAMAÇÃO, ACLAMAÇÕES – na celebração da Eucaristia: IG 34, 35; sua importância IG 34; favorecem e realizam a comunhão entre o sacerdote e o povo IG 34; constituem o grau mínimo de participação activa da assembleia dos fiéis IG 35; exprimem e estimulam a acção de toda a comunidade IG 35; modo de as proferir IG 38; pertence à Conferência Episcopal aprovar a. IG 392, melodias apropriadas, sobretudo para as a. do povo IG 393. – a. Amen IG 54, 77, 79, 89, 147, 180. – nos ritos iniciais: a. do Kyrie IG 52. – na liturgia da palavra: no fim da primeira leitura IG 59, 128; no fim da segunda leitura IG 59, 130; pelas a. antes do Evangelho os fiéis reconhecem e confessam que é Cristo presente quem lhes fala IG 60; a a. antes do Evangelho constitui um rito com valor por si próprio, pelo qual a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar, e professa a sua fé por meio do canto IG 62, 134; a. depois do evangelho IG 134, 262; na Quaresma, em vez do Aleluia canta-se o versículo antes do Evangelho, mas também se pode cantar outro salmo ou tracto IG 62. – na liturgia eucarística: o povo deve participar na Oração eucarística pelas a. IG 79 d; o «Santo» é uma a. a cantar por todos IG 43, 79 b; a. depois da consagração IG 147; a. Amen do povo no fim da Oração eucarística IG 147, 151; a. da anamnese forma um rito por si mesmo IG 37 a; esta a. da anamnese não se diz quando só há sacerdotes concelebrantes ou quando não há fiéis que respondam (cf. Notitiae, 1969, p. 324-325); a. Vosso é o reino e o poder IG 238, 266. – cf. também «Kyrie, eleison», «Santo» (aclamação). ACÓLITO, ACÓLITOS – o a. é instituído para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono IG 98; o que lhe compete como função principal IG 98; no ministério do altar, o a. tem funções próprias, que ele mesmo deve exercer IG 98; na falta de a. instituído, podem ser destinados para o serviço do altar e para ajudar o sacerdote e o diácono ministros leigos IG 100; em qualquer na celebração da Missa, convém que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um a. IG 116; os a. vestes podem vestir a alva ou outra veste legitimamente aprovada IG 339. – na celebração da Eucaristia: IG 187-193; as funções do a. podem ser divididas por vários IG 187; na procissão de entrada vai a seguir aos ceroferários IG 120 b, c, 188; apresenta o livro IG 189; ajuda o diácono e serve o sacerdote IG 189; na preparação do altar e dos dons IG 139, 140, 178, 190; pode incensar IG 178; pode ajudar o sacerdote a distribuir 149ÍNDICE ANALÍTICO a comunhão IG 162, 191; na distribuição da comunhão sob as duas espécies, o a. pode ministrar ao cálice IG 284 a; consome o que eventualmente sobra do Sangue IG 284 b; na distribuição da comunhão do cálice IG 286-287; purifica e arruma os vasos sagrados IG 192, 279; purifica o cálice na credência IG 247, 249; os a. podem tomar parte na procissão do evangelho e levar o incenso e os círios IG 133; terminada a celebração da Missa, o a. volta processionalmenteà sacristia IG 193. ACTO PENITENCIAL – na celebração da Eucaristia: introdução à Missa antes do a.p. IG 31; faz parte dos ritos iniciais IG 36, 46, 51, 125, 258; foi-lhe restituída a devida importância CA (8); silêncio no a.p. IG 45; manifesta e favorece a participação activa IG 36; é o sacerdote quem convida para o a.p. IG 51; o a.p. é constituído pela confissão geral e termina pela absolvição do sacerdote IG 51; esta absolvição carece da eficácia do sacramento da penitência IG 51; ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do a.p. pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do baptismo IG 51; depois do a.p. diz-se sempre Senhor, tende piedade IG 52; quando o Kyrie é cantado como parte do a.p. IG 52. ADAPTAÇÃO, ADAPTAÇÕES – a. que competem aos Bispos e às suas Conferências IG 386-399; a. que competem ao Bispo diocesano IG 387; a. que requerem maior coordenação e que devem ser determinadas, segundo as normas do direito, pela Conferência Episcopal IG 388-399; modo de agir das Conferência Episcopal no caso de desejar propor à Sé Apostólica a. mais profundas, de acordo com o art. 40 da Constituição sobre a sagrada Liturgia IG 395; do que há-de cuidar-se com diligência antes de chegar às novas a. IG 396 – nos livros litúrgicos editados pela Sé Apostólica: a. das orações do Missal Romano IG 15. – na disposição e adorno das igrejas: a. das obras de arte e dos tesouros do passado às novas necessidades IG 289; a Igreja aceita as a. das alfaias sagradas IG 325; a. das formas das vestes sagradas IG 342; a Conferência Episcopal pode propor a. das cores litúrgicas das vestes sagradas IG 346. – nos calendários: a. das Rogações e das Quatro Têmporas AL 46. – na celebração da Eucaristia: a. aceites no Missal Romano CA (13); na IGMR e no Ordi- nário da Missa expõem-se alguns ajustamentos e a. IG 23; em que consistem tais a. IG 24; as a. que competem ao Bispo diocesano ou à Conferência Episcopal vão indicadas no Missal IG 25; no que se refere a a. mais profundas, observe-se o que está determinado na Instrução «A liturgia romana e a inculturação» IG 26. 395-399; a Conferência Episcopal podem estabelecer, para a celebração da Eucaristia, normas mais acomodadas às tradições e à índole dos povos das regiões e das diversas comunidades IG 388-393; compete às Conferências Episcopais adaptar à mentalidade dos povos os gestos e atitudes corporais IG 43. – a. das leituras em casos especiais IG 362. ADMONIÇÃO, ADMONIÇÕES – na celebração da Eucaristia: o Concílio de Trento tinha dado a faculdade de introduzir a. nos ritos IG 13; em que consistem certas adaptações IG 24; a. na celebração da Missa IG 31, 43; a. a fazer pelo comentador IG 105 b; a. a fazer pelo diácono IG 171 d; como devem ser proferidas IG 38; adaptação da antífona de entrada em a. IG 48; a. de introdução à Missa do dia IG 31, 50, 124, à liturgia da Palavra IG 31; a. prévia à oração universal IG 71; a. de introdução à Oração eucarística IG 31; terminado o Símbolo, o sacerdote 150 convida os fiéis à oração universal com uma breve a. IG 138; a a. que antecede a oração dominical é dita, de mãos juntas, pelo celebrante principal IG 152, 237; depois, de braços abertos, juntamente com os outros concelebrantes, que também abrem os braços, e com o povo, diz a oração dominical IG 152, 237; após a a.: Saudai-vos na paz da Cristo, feita pelo diácono ou, na sua ausência, por um dos concelebrantes, todos se dão mutuamente a paz IG 239; a. antes da despedida, ao terminar a celebração IG 31; o sacerdote deve procurar manter sempre o sentido da a. proposta no Missal IG 31; na Missa sem assistência de um ministro não se fazem a. IG 354. ADORAÇÃO – na celebração da Eucaristia os homens, por meio de Cristo, prestam adoração ao Pai IG 16; a. de Cristo na liturgia eucarística da Missa IG 3; a genuflexão significa a. IG 274. – a. à santa Cruz IG 274; a. e oração privada dos fiéis diante do Santíssimo Sacramento IG 315 b. ADVENTO – do Senhor: expectativa da vinda do Senhor no ano litúrgico AL 17; no A. ornamente-se o altar com flores com a moderação que convém IG 305, e use-se o órgão e os outros instrumentos com moderação IG 306. – tempo do A.: dupla característica AL 39; quando começa e termina AL 40; cor a usar no A. IG 346 d; cor que se pode usar IG 346 f. – domingos do A.: AL 5, 41, C 59; não se diz o hino «Gloria in excelsis» IG 53; não são permitidas as Missas rituais IG 372 não pode celebrar-se uma Missa apropriada, mesmo por ordem ou com licença do Bispo diocesano IG 374; não pode celebrar-se a Missa exequial IG 380. – dias feriais do A.: calendário a seguir IG 354; têm colecta própria CA (11); é recomendada a homilia IG 66. – dias feriais do A. até ao dia 16 de Dezembro: C 59; Missa a escolher IG 355 b, Missas proibidas IG 376. – dias feriais do A. do dia 17 ao dia 24 de Dezembro: AL 42, C 59; Missa a dizer IG 355 a; têm a preferência sobre as memórias obrigatórias AL 16 b; devem ficar livres de celebrações particulares C 56 f. ÁGUA – na celebração da Eucaristia: seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja utilizou sempre o vinho misturado com a. para celebrar a Ceia do Senhor IG 319; aspersão da a. em memória do baptismo IG 51; leva-se ao altar o vinho com a. IG 72; acólitos que levam o vinho e a a. IG 100; a a. está na galheta, sobre a credência IG 118 c; a caldeirinha da a. a benzer IG 118 c; o sacerdote deita um pouco de a. no cálice IG 142, 178; o sacerdote lava as mãos com a a. que o ministro lhe serve IG 145; se depois da consagração ou no momento da Comunhão o sacerdote advertir que no cálice em vez de vinho estava a. IG 324; se o Sangue do Senhor se derramar, lava-se com a. o sítio onde em que tenha caído IG 280, e a a. deita-se no sumidoiro IG 280; o cálice é purificado com a. IG 279, ou com vinho e a. IG 279; sumidoiro no qual se lance a a. da ablução IG 334. ALELUIA – canta-se de modo especial nas celebrações litúrgicas do Tempo Pascal AL 22; não se diz desde o início da Quaresma até à Vigília Pascal AL 28. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 151 – na celebração da Eucaristia: o A. constitui um rito por si mesmo IG 37 a, 62; o A. antes do Evangelho IG 37 a, 62-63, 131-132, 175, 261; ao começar o A. todos se põem de pé 43, com excepção do bispo que impõe o incenso IG 212; canta-se em todos os tempos fora da Quaresma IG 62 a; os versículos tomam-se do Leccionário ou do Gradual IG 62 a; o A. antes do Evangelho, se não é cantado, pode omitir-se IG 63 c; o que se canta na Quaresma, em vez do A. IG 62 b; a sequência canta-se antes do A. IG 64. – cf. também Canto (na celebração da Eucaristia). ALFAIAS – nas a. procure-se a nobre simplicidade e a arte verdadeira IG 325; a natureza e a beleza das a. do culto devem fomentar a piedade e mostrar a santidade dos mistérios IG 294; as a. devem ser dignas e adaptadas à sua finalidade IG 348; preste-se a maior atenção às a. que, na celebração eucarística, estão directamente relacionada com o altar, como são, por exemplo, a cruz do altar e a cruz que é levada na procissão IG 350; nas a. alie-se a limpeza com a simplicidade IG 351; nas a. a Igreja admite as formas de expressão artística próprias de cada região e aceita adaptações IG 325; pertence à Conferência Episcopal definir e ajuizar dos materiais a utilizar nas a. sagradas IG 326, 390. – cf. também Vasos sagrados. ALTAR, ALTARES – o presbitério é o lugar onde sobressai o a. IG 295; o a. também se chama «mesa do Senhor» e é o centro de toda a liturgia eucarística IG 73, 296; beijo no a. IG 90 d; a celebração da Eucaristia, em lugar sagrado, faz-se sobre o a. IG 297; na construção de novas igrejas deve erigir-se um só a., que significa que há um só Cristo e que a Eucaristia da Igreja é uma só IG 303; nas igrejas jáconstruídas, onde já exista um a. que torne difícil a participação do povo e que não possa transferir-se sem detrimento dos valores artísticos, construa-se com arte outro a. fixo e realizem-se apenas nele as celebrações sagradas IG 303; está mais de acordo com a natureza do sinal que no a. em que se celebra a Missa não esteja o sacrário IG 315. – normas sobre o a.: IG 296-308; material da mesa e do suporte ou base do a. IG 301; re- líquias no a. IG 302; ornamentação do a. IG 117, 304-308; deve ser coberto pelo menos com uma toalha, de cor branca IG 117, 304; o que se dispõe sobre o a. IG 73, 306; o que se pode dispor sobre o a. ou perto dele IG 117, 307, 308; quando o sacrário está atrás do a. (em que se celebra a Eucaristia), não é de aconselhar que a cadeira fique à frente do a. IG 310; está mais de harmonia com a natureza do sinal, que no a. em que se celebra a Eucaristia não esteja o sacrário IG 315; dedicação ou bênção do a. IG 300; pertence ao Bispo diocesano estabelecer normas sobre a função de servir o sacerdote ao a. IG 387; pertence à Conferência Episcopal definir o material do a. e o gesto de veneração do a. IG 390; pode consagrar-se um a. com mesa de madeira ou de ferro (cf. Notitiae 6, 1970, p. 263); o sacrário pode estar ou no presbitério, fora do a. da celebração, sem excluir algum a. antigo IG 315 a, há-de procurar prestar-se a maior atenção àquilo que, na celebração da Eucaristia, está directamente relacionado com o a. e a cruz do a. IG 350; ao bispo diocesano compete estabelecer normas sobre a função de servir o sacerdote ao a. IG 387; pertence à Conferência Episcopal definir as adaptações do gesto de veneração do a. IG 390, do material do a. IG 390. – fixo: IG 298; simbolismo e definição IG 298; o a. deve ser construído afastado da parede, de modo a permitir andar em volta dele e celebrar a Missa de frente para o povo IG 299; deve ser dedicado IG 300; material da mesa e do suporte do a. fixo IG 301. ÍNDICE ANALÍTICO 152 – móvel: definição IG 298; material do a. móvel IG 301; devem ser dedicados ou podem ser simplesmente benzidos IG 300. – o a. e a celebração da Missa: – ritos iniciais: enquanto o sacerdote se encaminha para o a. os fiéis estão de pé IG 43; ordem em que vão os ministros na procissão para o a. IG 120, 210; o diácono, levando o Evangeliário, vai à frente do sacerdote a caminho do a. IG 172; enquanto a procissão se dirige para o a. canta-se o cântico de entrada IG 121; o a. é saudado com inclinação do corpo no início da celebração IG 49, 122, 173, 195, 211, 256, 275 b; depois venera-se o a. com um beijo IG 49, 123, 173, 211, 256, 273; quando o sacrário com o Santíssimo está no presbitério, os ministros genuflectem quando chegam ao a. e quando, no fim da celebração, se afastam dele, mas não durante a celebração IG 274; depois de saudar e venerar o a. o sacerdote vai para a sua cadeira ou pode permanecer junto do a. IG 256; neste caso, também aí se prepara o missal IG 256; o missal a cruz e os candelabros levados na procissão colocam-se junto do a. IG 122, 188; o evangeliário coloca-se no a. IG 122, 195; o que faz o diácono ao aproximar-se do a., quando leva e quando não leva o Evangeliário IG 173; incensação do a. IG 49, 123, 173, 190, 211, 276, 277; como se incensa o a. IG 277, se está separado da parece IG 277, e se não está separado da parece IG 277; como se incensa a cruz do a. IG 277, se está sobre o a. IG 277, se está junto do a. IG 277; as imagens incensam-se só no início, depois da incensação do a. IG 277; para onde vai o diácono depois da incensação do a. IG 174. – liturgia da Palavra: oração Munda cor meum diante do a. IG 132, 175; toma-se o Evan- geliário que está sobre o a. IG 133, 175. – preparação dos dons: quem pode servir o sacerdote ao a. IG 107; para servir o sacerdote o acólito pode estar junto do a. IG 189; preparação do a. para a apresentação dos dons IG 73; preparação do a. pelo diácono IG 94, 178; entre os diáconos, pode haver um para servir o a. IG 109; preparação do a. pelo acólito ou outro ministro leigo IG 98, 100, 139, 190; depois levam-se para o a. o pão e o vinho IG 72, 73; o pão e o vinho são depostos no a. pelo sacerdote IG 75, 140; o sacerdote recebe a patena e eleva-a um pouco sobre o a. IG 141; é no lado do a. que se prepara o cálice IG 142; no meio do a. o sacerdote eleva um pouco o cálice IG 142; colocado o cálice no a. o sacerdote inclina-se profundamente IG 143; os dons colocados no a. podem ser incensados IG 75, 144; as oblatas incensam-se antes do a. IG 177; o cântico do ofertório prolonga-se até que os dons tenham sido depostos no a. IG 74; o próprio a. pode ser incensado IG 75, 144, 178, 276, 277; um ministro, ao lado do a., pode incensar o sacerdote IG 144; o sacerdote lava as mãos ao lado do a. IG 76, 145. – Oração eucarística: do meio do a. o sacerdote convida os fiéis a orar IG 77, 146; no a., o diácono ministra ao cálice e ao livro IG 171 b; como se aproximam do a. e se dispõem os concelebrantes IG 215; o diácono desempenha o seu ministério perto do a. IG 215. – Comunhão: o sacerdote comunga voltado para o a. IG 158, 244, 246, 248, 249, 268; os concelebrantes podem comungar no a. IG 242, 244, 246, 248, 249; os ministros leigos da comunhão não devem aproximar-se do a. antes de o sacerdote comungar IG 162; se sobrar vinho consagrado, o sacerdote ou o diácono ou o acólito instituído consome-o no a. IG 163, 182, 247, 279, 284; as hóstias que sobrarem ou consome-as no a. ou guarda-as no sacrário IG 163; regressado ao a., o sacerdote recolhe os fragmentos IG 163, 183; depois, no a. ou na credência purifica os vasos sagrados IG 163, 270; se os vasos são purificados no a. o ministro leva-os para a credência IG 163, 270; os vasos a purificar INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 153 também se podem deixar no a. IG 163, 270; a oração depois da comunhão pode ser dita do a. IG 165; a purificação dos vasos pode fazer-se ao lado do a. IG 163; os vasos a purificar, sobretudo quando forem muitos, também se podem deixar no a. IG 163. – ritos de conclusão: quem beija o a. na despedida IG 90 d, 169, 186, 250, 251, 272; quem faz inclinação profunda ao a. na despedida IG 90 d, 169, 186, 251. – normas gerais sobre o a. na celebração: sobre a mesa do a., apenas se podem colocar as coisas necessárias para a celebração da Missa IG 306; preste-se a maior atenção às coisas directamente relacionada com o a., como são, por exemplo, a cruz do altar e a cruz que é levada na procissão IG 350; entre os gestos contam-se as acções e procissões do sacerdote ao dirigir-se para o a. IG 44; os vasos necessários podem preparar-se, antes da Missa, no lado direito do a. IG 255; quando os concelebrantes não cabem todos no presbitério, preparem-se assentos para eles fora do presbitério mas perto do a. IG 294. – ornamentação do a. com flores: a ornamentação do a. com flores deve ser sempre sóbria e, em vez de as pôr sobre a mesa do a., disponham-se junto dele IG 305; no tempo do Advento, haja moderação nas flores, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor IG 305; no tempo da Quaresma não é permitido ornamentar o a. com flores, exceptuando o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas IG 305. ALVA – na celebração da Eucaristia IG 92, 119, 336, 337, 338, 339; na concelebração IG 209; nem sempre precisa de cíngulo e amito IG 336; pode substituir sempre a sobrepeliz mas esta nem sempre a substitui IG 336. AMBÃO – a dignidade da palavra de Deus requer que haja na igreja um lugar adequado para a sua proclamação IG 309; este lugar deve ser um a. estável e não uma simples estante móvel IG 309; o que se prepara no a. para a celebração da Eucaristia IG 118 b; o que se faz a partir do a. IG 309; do a. são proferidas as leituras IG 58,128, 130, 135, 196, 260, 309, o salmo responsorial IG 61, 309 e o precónio pascal IG 309; a procissão do diácono para o a. com o Evangeliário é um gesto IG 43, o Evangelho proclama-se do a. IG 133, 134, 135, 175; do a. pode fazer-se a homilia IG 136, 309 e proferir-se as intenções da oração universal IG 71, 138, 177, 197, 309; a dignidade do a. exige que só o ministro da palavra suba até ele IG 309; o comentador não deve subir ao ambão IG 105 b; convém que um novo a., antes de ser destinado ao uso litúrgico, seja benzido IG 309. «AMEN» – na celebração da Eucaristia: no início, depois do sinal da cruz IG 124; no fim da colecta IG 54, 127, 259; quando o diácono que vai ler o Evangelho é abençoado pelo sacerdote IG 175; no fim da oração sobre as oblatas IG 77, 146; no fim da Oração eucarística IG 79 h, 147, 151, 180; depois de A paz do Senhor 154; depois de «O Corpo de Cristo» IG 161; depois de «O Sangue de Cristo» IG 286; depois de «O Corpo e o Sangue de Cristo» IG 249, 287; no fim da oração depois da Comunhão IG 89, 165; depois da bênção final IG 167. AMITO – todos os ministros que vão revestidos de alva usarão também o a., salvo se não for preciso IG 119, 336. ANÁFORA – cf. Oração eucarística. ÍNDICE ANALÍTICO 154 ANAMNESE – na Oração eucarística IG 2, 79 e; aclamação da a. IG 37. ANIVERSÁRIO – a. da solenidade da Dedicação da igreja própria C 52 a, a celebrar pelas famílias religiosas C 52 c; o a. da Dedicação da igreja concatedral não se celebra em toda a diocese (Notitiae 9, 1973, p. 152); missa de defuntos no primeiro a. IG 381. ANO LITÚRGICO – reforma: normas gerais sobre o a.l. AL 1-47; sua aprovação MP (11-12); descrição do ciclo do a.l. AL 17-47; a finalidade da reforma do a.l. MP (4-6); a reforma do a.l. dá o maior relevo ao mistério pascal MP (1); Missa estacional nos dias mais solenes do a. l. IG 203; a diversidade de cores exprime o sentido progressivo do a.l. IG 345; as orações estão adaptadas aos tempos mais importantes do a.l. IG 363; certas Missas votivas estão ligadas ao decorrer do a.l. IG 375; pertence à Conferência Episcopal aprovar melodias para certos textos e ritos especiais durante o a.l. IG 393; a Conferência Episcopal procure que o a.l., reformado por decreto do II Concílio do Vaticano, não seja obscurecido por elementos secundários IG 394. – celebração : a celebração do a.l. tem valor e eficácia sacramental para o progresso da vida cristã MP (4). ANTÍFONA, ANTÍFONAS – na celebração da Eucaristia: – de entrada: IG 48, 256; foram restauradas CA (12); o leitor pode proferi-las IG 198. – do ofertório: se não é cantada omite-se IG 74. – da Comunhão: IG 86, 87, 269; foram restauradas CA (12); o leitor pode proferi-las IG 198. – na tradução das a. tenha-se em conta o seu género literário IG 392. ANUNCIAÇÃO DO SENHOR – na solenidade da A.S. genuflecte-se às palavras «E encarnou» IG 137. APÓSTOLOS – Cristo mandou aos A. que celebrassem a Missa em memória d’Ele IG 2; os A. receberam o Corpo e o Sangue do Senhor das mãos de Cristo IG 72, 79 d; o mandato foi recebido de Cristo Senhor através dos A. IG 79 e; a Ordem do diaconado foi tida em grande consideração desde os primeiros tempos dos A. IG 94; a cor vermelha usa-se nas festas natalícias dos A. IG 346 b; no Tempo Pascal a primeira leitura é tomada dos Actos dos A. IG 357; a Oração eucarística I pode usar-se nas festas dos A. IG 365 a. APRESENTAÇÃO – festa da A. do Senhor: não é permitido benzer as velas sem celebração da Eucaristia (cf. Notitiae 10, 1974, p. 80). – a. dos dons: o rito da a. dos dons conserva ainda valor e significado espiritual IG 73; a procissão da a. dos dons é acompanhada com canto IG 74; as fórmulas da a. dos dons IG 75; se não houver cântico do ofertório ou não se tocar o órgão, o sacerdote pode, na a. do pão e do vinho, dizer em voz alta as fórmulas de bênção IG 142; o que está no altar desde a a.d. até à purificação dos vasos IG 306; pertence à Conferência Episcopal definir os textos para a a.d. IG 390. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 155 – a comunhão sob as duas espécies permite uma a. mais clara do sinal sacramental IG 14. ARRANJO – a. da igreja: deve ser simples IG 292; os elementos decorativos devem ser verdadeiros IG 292; a disposição da i. deve satisfazer àquilo que se relaciona com as celebrações sagradas IG 293; os anexos da i. devem satisfazer às exigências do nosso tempo e contribuir para a comodidade dos fiéis IG 293. – a. dos vasos sagrados: o acólito instituído no a. dos vasos sagrados IG 192. ARTE, ARTES – a a. contribui para a dignidade das celebrações IG 22; o salmista deve ser competente na a. de salmodiar IG 102; a Igreja sempre recorreu ao serviço da a. IG 289; nas obras de a. destinadas às igrejas deve procurar-se o valor da a. IG 289; ao construir-se um novo altar, deve fazer-se com a. IG 303; a simplicidade condiz com a verdadeira a. IG 325; a Igreja admite a a. de cada região para as alfaias IG 325; a Igreja conserva as obras de a. IG 289; as obras de a. destinadas à igreja devem ter valor e alimentar a fé IG 289; respeitar as exigências da a. mesmo nos objectos de menor importância IG 351; – a. musical: IG 52. – Comissão Diocesana de Liturgia e A. Sacra: deve ser consultada em tudo o que se refere aos edifícios sagrados IG 291. ARTISTAS – o que se há-de ter em conta na formação dos a. IG 289; os a. devem dar a melhor forma aos vasos sagrados IG 332. ASCENSÃO DO SENHOR – solenidade da A.S.: C 59; quando se celebra AL 25; pode ser transferida para o domingo VII da Páscoa AL 7. – férias a seguir à A.S.: AL 26. – a Igreja recorda de modo particular a bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e a. de Cristo aos Céus IG 79 e. «ASPERGES» – o pluvial, ou capa de a., é usado nas procissões e outras funções sagradas IG 341; o rito do «a.» mantém-se no Missal (cf. Notitiae 5, 1969, p. 403). ASSEMBLEIA – o Bispo e o presbítero, na pessoa de Cristo, presidem à a. do povo santo IG 4, 30, 31, cada a. tem natureza e circunstâncias peculiares IG 18; o que é a a. local da Igreja IG 27; Cristo está realmente presente na a. IG 27. – pertencem à a.: os diálogos e as aclamações IG 34; as respostas IG 35; o acto penitencial, a profissão de fé, a oração universal e a oração dominical IG 36; o Glória, o salmo respon- sorial, o Aleluia ou o versículo antes do Evangelho, a aclamação da anamnese e o cântico depois da Comunhão IG 37 a; os cânticos de entrada, do ofertório, da fracção do pão e da Comunhão IG 37 b; o cântico de entrada pode ser cantado por toda a a. em conjunto IG 48; nos ritos iniciais toda a a. faz sobre si própria o sinal da cruz IG 50; os silêncios devem ser adaptados à a. reunida IG 56; a a. escuta, sentada, os versículos do salmo responsorial e responde pelo refrão IG 61; pelo Aleluia antes do Evangelho, a a. acolhe o Senhor que lhe vai falar IG 62; na Oração eucarística toda a a. dos fiéis se une a Cristo na proclamação ÍNDICE ANALÍTICO 156 das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício IG 78; toda a a. canta o Sanctus IG 79 b; terminada a Comunhão, toda a a. pode cantar um salmo ou um cântico IG 88; nos ritos de conclusão a a. é despedida pelo diácono ou pelo sacerdote IG 90 c. – a maneira de dizer os textos deve acomodar-se à solenidade da a. IG 38; deve fazer-se um grande uso do canto, de acordo com as possibilidades de cada a. litúrgica IG 40; o edifício sagrado deve reproduzir, de algum modo, a imagem da a. congregada IG 294; a atenção de toda a a. dos fiéis deve dirigir-se espontaneamente para o altar IG 299; na a. dos fiéis o altar único significa que há um só Cristo e que a Eucaristia da Igreja é só uma IG 303; a a. deve poder ver bem a cruz com a imagem de Cristo crucificado IG 308; a cadeira do sacerdote celebrantes devesignificar a sua função de presidente da a. 310; onde se pode colocar a cadeira para tornar mais fácil a comunicação do sacerdote com a a. IG 310; o coro faz parte da a. dos fiéis IG 312; o critério da escolha dos textos facultativos deve ser a utilidade e a capacidade da a. reunida IG 361. ASSENTOS – para os fiéis: normalmente, deve haver na igreja a. para os fiéis IG 311, mas reprova-se o costume de reservar lugares especiais para pessoas privadas IG 311. – no presbitério dispõem-se a. para os sacerdotes concelebrantes IG 207, 294, ou para os presbíteros que, vestidos com a veste coral, estão na celebração, mas não concelebram IG 310; o a. do diácono coloca-se junto da cadeira do celebrante IG 174, 310; para os outros ministros disponham-se os a. de modo a distinguirem-se claramente dos do clero IG 310. – na celebração da Eucaristia: coisas a preparar junto ao a. do sacerdote IG 118 a; os con- celebrantes ocupam os seus a. no princípio da celebração IG 211; depois de ter saudado o altar, o sacerdote vai para o seu a. IG 124, 211; o sacerdote pode, do a., fazer a homilia IG 136; é de junto do a. que o sacerdote, de mãos juntas, convida os fiéis à oração universal com uma breve admonição IG 138; depois da Comunhão, o sacerdote pode voltar para o seu a. IG 164, 183; depois da Comunhão, os concelebrantes, se abandonaram os seus lugares, voltam para os seus a. IG 246 a-b, 249, 250. – cf. Cadeira, Cátedra. ATITUDES CORPORAIS – as a.c., tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração seja bela e de nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos IG 42; nas a.c. deve atender-se ao que está definido pela IGMR e pela tradição do Rito romano, e ao que concorre para o bem espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação ou arbítrio particular IG 42; a a. comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a sagrada Liturgia, exprime e favorece os sentimentos e a atitude interior dos participantes IG 42, 96; compete à Conferência Episcopal definir e modificar os gestos e as a.c. dos fiéis indicados na Instrução geral e no Ordinário da Missa IG 43, 390. – na celebração da Eucaristia: quais são as a.c. dos fiéis durante a celebração IG 43; para se manter a uniformidade das a.c. atenda-se às indicações IG 43, 94; a.c. dos concelebrantes na liturgia da palavra IG 212; os assentos dos fiéis devem facilitar-lhes as a.c. requeridas IG 311. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 157 ATRIL – na Missa com a participação de um só ministro, as leituras, na medida do possível, proferem-se do ambão ou do a. IG 260. AVISOS – no fim da celebração da Eucaristia: IG 166, 184. ÁZIMO – cf. Pão. BANDEJA – prepara-se na credência IG 118 c. BAPTISMO – efeito: por força do B., a participação activa na celebração da Eucaristia constitui direito e dever dos fiéis IG 18; a bênção e aspersão da água em memória do b. IG 51. – celebração: na Quaresma prepara-se a celebração do B. AL 27. – recordação: na Quaresma faz-se a recordação do B. AL 27. BAPTISMO DO SENHOR – festa do B.S.: quando se celebra AL 6 b, 38. BEATOS – inscrição no calendário: B. a inscrever no calendário diocesano C 52 a, 53, no calendário religioso C 52 b, 53. – celebração : como se celebram os B. que figuram juntos no calendário C 57. BEIJO, BEIJOS – b. no altar no início da celebração da Eucaristia IG 49, 123, 173, 211, 256, 273; no fim da celebração da Eucaristia IG 90 d, 169, 186, 251, 272; b. no Evangeliário IG 134, 175, 262, 273; nalguns países, a Conferência Episcopal pode substituir o b. no altar por outro sinal IG 273. BÊNÇÃO, BÊNÇÃOS – na celebração da Eucaristia: – nos ritos iniciais: b. e aspersão da água, nos domingos IG 51. – ao Evangelho: b. daquele que lê o Evangelho IG 60; b. do diácono IG 175, 275; nas celebrações mais solenes, depois da proclamação, o bispo pode dar a bênção ao povo com o Evangeliário IG 175; na concelebração presidida por um presbítero, o concele- brante que proclama o Evangelho não pede nem recebe a b. IG 212. – na apresentação dos dons: se não houver canto nem se tocar o órgão, o celebrante pode, na apresentação do pão e do vinho, dizer em voz alta as fórmulas de b. IG 142. – no fim da celebração: b. do povo IG 31, 90 b, 167; como se dá a b. IG 167; se a Missa é seguida de outra acção litúrgica, omite-se a b. final IG 170; fórmula de b. a usar pelo bispo (cf. Notitiae 5, 1969, p. 403); a b. pode ser dada pelo bispo se ele não celebrar IG 92; fórmulas solenes de b. IG 90 b, 167, 185; que diz o diácono quando a b. é solene IG185; na Missa sem a presença de um ministro ou de um fiel omite-se a b. final IG 254. ÍNDICE ANALÍTICO 158 – funções litúrgicas confiadas a leigos idóneos, escolhidos pelo pároco, por meio de uma b. litúrgica IG 107. – b. dos vasos sagrados IG 333. BÊNÇÃO DO ABADE – concelebração na b.A. IG 199 c; cf. também Abade. BISPO, BISPOS – calendário: o B. pode determinar o tempo e o modo de celebrar as Rogações e as Quatro Têmporas (cf. Notitiae 5, 1969, p. 405); no caso de uma necessidade grave pode celebrar- se, em certos dias, uma Missa apropriada, por ordem ou com licença do B. diocesano IG 374. – celebração da Eucaristia: o B. diocesano é o moderador, o promotor e o guardião de toda a vida litúrgica IG 22, 92; nas celebrações presididas pelo B. diocesano, principalmente na celebração eucarística, manifesta-se o mistério da Igreja IG 22; o B. diocesano deve procurar que os presbíteros, diáconos e fiéis leigos compreendam sempre profundamente o genuíno sentido dos ritos e textos litúrgicos IG 22; o B. diocesano deve procurar que cresça a dignidade das celebrações IG 22; no Missal vão indicadas as adaptações que competem ao B. diocesano IG 25; faculdades do B. diocesano relativamente à Comunhão sob as duas espécies IG 283; os B. que não podem celebrar ou concelebrar, podem comungar sob as duas espécies IG 283 a; adaptações que são da competência do B. diocesano IG 386; como deve ser considerado o B. diocesano IG 387; o B. diocesano deve promo- ver, dirigir e velar pela vida litúrgica da sua diocese IG 387; esta Instrução confia ao B. diocesano os encargos de moderar a disciplina da concelebração, de estabelecer normas sobre a função de servir o sacerdote ao altar, sobre a distribuição da sagrada Comunhão sob as duas espécies, e sobre a construção e ordenamento dos edifícios da igreja IG 387; mas aquilo que em primeiro lugar o B. diocesano deve ter em vista é alimentar o espírito da sagrada Liturgia nos presbíteros, diáconos e fiéis IG 387. – Eucaristia no domingo: se o B. está presente convém que seja ele a presidir IG 92; B. como presidente da celebração da Eucaristia IG 112; se o B. diocesano celebra a Eucaristia, dispõem-se sete candelabros sobre o altar ou perto dele IG 117; o B. concelebra com os seus presbíteros IG 203; concelebração com o B. por ocasião do Sínodo, da visita pastoral ou das reuniões sacerdotais IG 204 d; é o B. que regulamenta a disciplina da concelebração na diocese IG 202; se o B. não celebra, convém que seja ele a presidir à liturgia da Palavra e a dar a bênção final IG 92; na Missa celebrada pelo B., ou na qual ele está presente sem celebrar a Eucaristia, observam-se as normas do Cerimonial dos Bispos IG 112. – nome do B. diocesano nas Orações eucarísticas IG 149; a fórmula com que se nomeia o B. diocesano IG 149; de que modo se nomeia o B. a si próprio na Oração eucarística IG 149; os B. coadjutores: podem nomear-se na Oração eucarística IG 149, fórmula IG 149; os B. auxiliares podem nomear-se na Oração eucarística IG 149, fórmula IG 149; além dosB. diocesano e dos seus B. Coadjutores e Auxiliares não se nomeiam outros B. eventualmente presentes IG 149. – outras celebrações: – bênção dos santos óleos: na Quinta-Feira da Semana Santa, o B. procede à bênção dos santos óleos e consagra o crisma AL 31. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 159 – construção de igrejas: o B. diocesano deve recorrer ao conselho e ajuda da Comissão diocesana de Liturgia e de Arte Sacra IG 291; onde pode colocar-se o sacrário, a juízo do B. diocesano IG 315. – cf. também Conferência Episcopal, Ordinário do lugar, Sacerdote. CADEIRA, CADEIRAS – para o presidente: a c. do sacerdote celebrante deve significar a sua função de presidente da assembleia e guia da oração IG 310; por isso, o lugar indicado para a c. é ao fundo do presbitério, de frente para o povo, a não ser que algumas circunstâncias o desaconselhem IG 310; é conveniente que a c., antes de ser destinada ao uso litúrgico, seja benzida IG 310. – na celebração da Eucaristia: coisas a preparar junto da c. do sacerdote IG 118 a; depois de ter saudado o altar, o sacerdote vai para a sua c. IG 124, 211; o diácono vai para junto da c. juntamente com o sacerdote IG 174; de junto da c. o sacerdote saúda a assembleia IG 50, faz a homilia IG 136, convida os fiéis à oração universal com uma breve admonição IG 138; terminada a oração universal, o sacerdote permanece sentado na c. IG 178, 190; depois da Comunhão o sacerdote pode voltar para a sua c. IG 164, 183; da c. diz a oração depois da Comunhão IG 165, faz os avisos que for conveniente IG 166, abençoa o povo IG 167, e despede-o IG 168; o acólito deve ocupar um lugar donde lhe seja fácil desempenhar o seu ministério, junto da c. presidencial IG 189. – para os ministros e fiéis: deve haver bancos ou c. para os fiéis IG 311. – na Missa da C. de São Pedro usa-se a cor branca IG 346 a. – cf. Assento, Cátedra. CAIXA-CIBÓRIO – material da c.c. IG 328-329. CALENDÁRIO, CALENDÁRIOS – normas universais do c. C 48-61; é conveniente que cada diocese tenha o seu c. IG 394; a Conferência Episcopal, por seu lado, organize o c. próprio da nação ou, juntamente com outras Conferências, o c. de uma região mais alargada IG 394; na elaboração do c. há-de conservar-se e defender-se o mais possível o domingo, como principal dia de festa, que não deve ser sacrificado a outras celebrações que não sejam de máxima importância IG 394. – a celebração do ano litúrgico é ordenada pelo c. C 48.; o c. é geral ou particular C 48; c. a utilizar na celebração da Eucaristia IG 353, 354, 355. – geral: as celebrações que se inscrevem no c. geral C 49; as celebrações particulares são inseridas no c. geral C 52. – Romano geral: aprovação MP (10-12); importância do novo C. Romano geral MP (10-12). – particulares: são organizados pela autoridade competente e aprovados pela Sé Apostólica C 49; contêm as celebrações mais próprias C 49; como é organizado o c. particular C 52; as normas a ter presentes na organização dos c. particulares C 50; por quem devem ser observadas as celebrações inscritas nos c. particulares C 55; as mudanças fazem-se com a aprovação da Sé Apostólica C 55; em que dia devem ser inscritas as celebrações no c. particular C 56; com que grau se devem fazer as celebrações próprias C 54. – particulares da província, da região, da nação ou de um território mais amplo: podem ser organizados C 51. ÍNDICE ANALÍTICO 160 – particulares diocesanos: convém que existam C 51; celebrações a inserir nos c. diocesanos C 52 a. – particular de cada igreja: celebrações a inserir nestes c. C 52 c. – particulares dos religiosos: podem existir para diversas províncias do mesmo território C 51; celebrações a inserir no c. religioso C 52 b. CÁLICE – Cristo tomou o c., pronunciou a acção de graças e deu-o aos discípulos IG 72; os fiéis recebem a Comunhão do mesmo c. IG 72. – entre os objectos requeridos para a celebração da Missa, merecem respeito particular os vasos sagrados e, entre eles, o c. IG 327; o c. serve para oferecer, consagrar e comungar o vinho IG 327; o c. deve ser fabricado de metal nobre IG 328; se for fabricado de metal oxidável, ou menos nobre que o ouro, normalmente deve ser dourado por dentro IG 328; neste caso, dê-se preferência aos materiais que não se quebrem nem deteriorem facilmente IG 329; a copa do c., destinada a receber o Sangue do Senhor, deve ser de material que não absorva os líquidos IG 330; o pé do c. pode ser de outro material sólida e digna IG 330. – na celebração da Eucaristia: – no início o c. coloca-se na credência IG 118 c, 255, onde é louvável cobri-lo com um véu IG 118 c; na preparação dos dons o c. coloca-se no altar IG 73, 139, 178, 190, 255; infusão do vinho e da água no c. IG 142, pelo diácono IG 178; depois de preparar o c., o sacerdote toma-o com ambas as mãos e sustenta-o um pouco elevado sobre o altar IG 142; a seguir depõe-o no altar, e, se parecer oportuno, cobre-o com a pala IG 142; incensação da hóstia e do c. ao serem mostrados ao povo IG 150. – no fim da Oração eucarística, o sacerdote toma a patena com a hóstia e o c. e , elevando- os ambos, diz a doxologia IG 151; o c. é segurado pelo diácono durante a doxologia IG 180; a seguir depõe a patena e o c. sobre o corporal IG 151. – antes da Comunhão o sacerdote deita uma parte da hóstia no c. IG 83, 155; à Comunhão, a hóstia consagrada é mostrada ao povo levantando-a um pouco sobre a patena ou sobre o c. IG 84, 157; depois de comungar o pão, o s. comunga do c. IG 158; é muito para desejar que os fiéis, nos casos previstos, participem do c. IG 85; não é permitido que os fiéis tomem, por si mesmos, o c. sagrado IG 160, e menos ainda que o passem entre si, de mão em mão IG 160; depois da Comunhão, a patena ou a píxide são purificadas sobre o c. IG 163, e a seguir é purificado o c. e limpo com o sanguinho IG 163; o diácono ministra ao c. IG 171 b, 179; rito da Comunhão do Sangue de Cristo bebendo do cálice IG 286-287, na concelebração IG 245, 246, 248; na Comunhão ao c. é o diácono que o ministra IG 182, ou o acólito IG 191; na Comunhão sob as duas espécies habitualmente é o diácono quem ministra ao c., ou, na sua ausência, o presbítero; ou também o acólito devidamente instituído ou outro ministro extraordinário da Comunhão; ou o fiel a quem se chama para este ofício em cada caso IG 284 a; purificação do c. IG 183, 192, 247, 248, 249, 270, como se faz IG 163, 279; preveja-se um c. de tamanho suficiente ou vários c. quando a Comunhão se faz directamente do c. 285 a. CAMPAINHA – um pouco antes da consagração, se parecer oportuno, o ministro pode chamar a atenção dos fiéis com um toque de c. IG 150, que pode tocar-se também a cada elevação, segundo os costumes locais IG 150. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 161 CANDELABROS – cf. Castiçais. CÂNONE – c. da Missa: cf. Oração eucarística. – c. romano: no Ocidente manteve uma forma fixa CA (6); o Concílio de Trento condenou quem sustentasse que devia ser rejeitado o uso de recitar em voz baixa o c.r. IG 11; como se recita o c.r. IG 209-225; faz-se inclinação profunda às palavras Humildemente Vos suplicamos do c.r. IG 275 b; quando pode usar-se o c.r. IG 365 a; cf. Oração eucarística I CÂNTICO, CÂNTICOS – o Apóstolo exorta os fiéis a unir as suas vozes para cantar c. espirituais IG 39; quando o sacerdote faz intervenções presidenciais, não se há-de ouvir nenhum c. IG 32; a voz deve adaptar-se aos textos do género c. IG 38; os c. intercalares executam-se entre as leituras IG 55; o povo faz sua a palavra com os c. IG 55; pertence ao salmista proferir o c. bíblico que vem entre as leituras IG 102; há diversos géneros de c. IG 103, 104; a importância da escolha dos c. para a eficácia da celebração IG 352; não é permitido substituir os c. do Ordinárioda Missa por outros c. IG 366; normas a seguir na escolha de vários c. IG 367; c. intercalares nas Missas para diversas circunstâncias IG 370. – na celebração da Eucaristia: os fiéis estão de pé desde o início do c. de entrada e durante o c. do Aleluia que precede o Evangelho IG 43; convém que as procissões que têm lugar durante a celebração da Missa se realizem enquanto se executam os c. respectivos IG 44; pertence à Conferência Episcopal definir os textos dos c. de entrada, da apresentação dos dons e da Comunhão IG 390. – c. de entrada: acompanha um rito IG 37 b, os fiéis estão de pé desde o início do c. IG 43; quando se canta o c. de entrada IG 44, 47, 121; finalidade IG 47; como se canta IG 48; se não há c. de entrada recita-se a antífona IG 48, 198; terminado o c. de entrada todos os fiéis fazem o sinal da cruz IG 50, 124; escolha IG 367; pertence à Conferên- cia Episcopal definir e aprovar o respectivo texto IG 48, 390; cf. também Antífona de entrada. – c. antes do Evangelho: quando se canta IG 44; canta-se o Aleluia ou outro c. IG 62, 131, 175, 261; enquanto se canta, o sacerdote impõe e benze o incenso IG 132. – c. do ofertório: acompanha um rito 37 b; a procissão em que se levam os dons é acom- panhada do c. do ofertório IG 74; quando começa IG 139; como se executa IG 74; o rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de canto, mesmo sem procissão dos dons IG 74; se não houver c. do ofertório o sacerdote pode dizer em voz alta as fórmulas de bênção IG 142; pertence à Conferência Episcopal definir e aprovar o respectivo texto IG 390. – c. da fracção: acompanha um rito 37 b; canta-se ou recita-se durante a fracção e a immixtio IG 155. – c. da Comunhão: quando se inicia IG 86; que deve exprimir IG 86; até quando se prolonga IG 86; se há c. depois da Comunhão, deve terminar a tempo IG 86; o que pode cantar-se IG 87; se não houver c. da Comunhão, pode recitar-se a antífona IG 198; pertence à Conferência Episcopal definir e aprovar o respectivo texto IG 390. ÍNDICE ANALÍTICO 162 – c. depois da Comunhão: constitui um rito por si mesmo IG 37 a; o que pode cantar-se IG 88, 164 – cf. também Antífonas, Canto. CANTO, CANTOS – importância do c. IG 39-41; o c. é sinal de alegria do coração IG 39; o c. dos fiéis exprime a unidade IG 96; as palavras “dizer” ou “proferir” devem ser entendidas como referentes quer ao canto quer à simples recitação IG 38; deve fazer-se um grande uso do c. na celebração da Missa IG 40; deve procurar-se com todo o cuidado que não falte o c. dos ministros e do povo nos domingos e festas de preceito IG 40; em igualdade de circunstâncias, dê-se a primazia ao c. gregoriano IG 41; as adaptações consistem, muitas vezes, na escolha dos c. IG 24; uma das funções do coro é animar a participação activa dos fiéis no c. IG 103; é conveniente que haja um cantor ou mestre de coro encarregado de dirigir e sustentar o c. do povo IG 104; o órgão e os outros instrumentos musicais legitimamente aprovados sejam colocados num lugar apropriado, de modo a poderem apoiar o c. IG 313; no tempo da Quaresma só é permitido o toque do órgão e dos outros instrumentos musicais para sustentar o c. IG 313; a versão dos textos destina-se, em primeiro lugar, à proclamação ou ao canto no acto da celebração IG 392; tendo em conta o lugar importante do c. na celebração, pertence à Conferência Episcopal aprovar melodias apropriadas IG 393. – na celebração da Eucaristia: IG 40, 115; na Missa conventual ou “da comunidade” IG 114; escolha dos c. para a celebração IG 367; o c. deve corresponder à comunidade que celebra IG 352; na concelebração, as fórmulas a dizer simultaneamente por todos os concelebrantes, e que vêm musicadas no Missal, é de louvar que sejam proferidas com c. IG 218. – junto da cadeira do sacerdote prepare-se, eventualmente, o livro do c. IG 118 a. – o Kyrie, eleison é um c. em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia IG 52. – entre as leituras: IG 61-64, 131-132, 135, 261; pelo c. entre as leituras o povo faz sua a palavra divina IG 55; resposta à Palavra de Deus IG 55; escolha IG 367; os c. intercalares das férias podem usar-se nas Missas para diversas circunstâncias IG 370; são proferidos pelo salmista IG 102. – aclamação antes do Evangelho: IG 62-64, 131-132, 175, 261; é um c. em que a assem- bleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar, e professa a sua fé por meio do c. IG 62. – do Símbolo: como se faz IG 68. – do ofertório: IG 74, 139; o rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de c., mesmo sem procissão dos dons IG 74; escolha IG 367; cf. também Antífona do ofertório. – pertence à Conferência Episcopal definir e aprovar os textos do c. da apresentação dos dons IG 390. – da Oração eucarística IG 147; é muito conveniente que o sacerdote cante as partes musicadas da Oração eucarística IG 147. – da oração dominical com invitatório, embolismo e doxologia IG 81. – da fracção do pão; cf. «Cordeiro de Deus». – da Comunhão: IG 87; começa a cantar-se enquanto sacerdote recebe a Comunhão IG 159; a sua escolha IG 367; pertence à Conferência Episcopal definir e aprovar os textos do c. da Comunhão IG 87; cf. também Antífona da Comunhão. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 163 – depois da Comunhão: IG 88. – cf. também Aleluia, Antífona da Comunhão, Cântico, Tracto. CANTOR, CANTORES – na celebração da Eucaristia: é conveniente que haja um cantor ou mestre de coro IG 104; atribuições IG 104; em qualquer celebração da Missa convém que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um c. IG 116; antes da celebração, o c. deve saber per- feitamente quais os textos que vão ser utilizados IG 352; c. para o cântico de entrada IG 48; c. para a aclamação Kyrie, eleison IG 52; c. para o canto do Glória IG 53; c. para os cânticos entre as leituras IG 61-62 c; c. para o salmo depois da primeira leitura IG 129; c. para o Símbolo IG 68; o c. pode proferir as intenções da oração universal IG 71, 138; c. para o Cordeiro de Deus IG 83; c. para a Comunhão IG 87; procure-se que também os c. possam comungar comodamente IG 86. – cf. também Coro litúrgico, Grupo coral. CÂNULA – na concelebração IG 245. CAPA DE ASPERGES – nas procissões e outras celebrações litúrgicas usa-se a c.a. IG 341. CAPELA – o sacrário para o Santíssimo Sacramento pode colocar-se, dentro da igreja, nalguma c. adequada à adoração e oração privada dos fiéis IG 315 b. – cf. também Edifícios sagrados, Igreja (edifício), Oratório. CARTA APOSTÓLICA – c.a. pela qual se aprovam as normas gerais sobre o ano litúrgico e o novo Calendário Romano MP (1-13). CASTIÇAIS – colocam-se sobre o altar ou perto dele IG 117, em sinal de veneração e de celebração festiva e de modo a não impedir os fiéis de verem facilmente o que no altar se realiza ou o que nele se coloca IG 307; na procissão de entrada IG 117, 120 b, 188; põem-se sobre o ou junto dele IG 122; podem levar-se na procissão do Evangelho IG 133, 175. – cf. também Círios, Velas. CASULA – para o sacerdote IG 119 a, 336, 337; pode não ser usada pelos concelebrantes IG 209; c. sem alva (cf. Notitiae 9, 1973, p. 96-98). CATECUMENADO – cf. Iniciação cristã. CÁTEDRA – cf. Assentos, Cadeira. ÍNDICE ANALÍTICO 164 CATEQUESE – valor catequético da celebração da Eucaristia IG 11; o Concílio de Trento já inculcava uma c. eucarística IG 11; a língua vernácula na Liturgia é um instrumento de grande im- portância para exprimir mais claramente a catequese do mistério contida na celebração IG 13; sempre haverá necessidade de alguma c. acerca do sentido bíblico e cristão de certas palavras e expressões IG 392. CEIA DO SENHOR – o povo cristão presta culto peculiar de adoração ao Sacramento da Eucaristia, na Quinta- Feira da C.S.IG 3; é da máxima importância que a celebração da Missa ou C.S. de tal modo se ordene que ministros sagrados e fiéis, participando nela cada qual segundo a sua condição, dela colham os mais abundantes frutos IG 17; na Missa ou C.S., o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote que actua na pessoa de Cristo, para celebrar o memorial do Senhor ou sacrifício eucarístico IG 27; recomenda-se a concelebração na Missa vespertina da C.S. IG 199 a, 203; na Quinta-feira da C.S. não é permitido celebrar os ritos sagrados de modo individual IG 199; quem tiver celebrado ou concelebrado a Missa crismal na Quinta-feira da Semana Santa, pode celebrar ou concelebrar também a Missa vespertina da C.S. IG 204 a; a Igreja utilizou sempre o pão e o vinho com água para celebrar a C.S. IG 319. – cf. Última Ceia. CELEBRAÇÃO LITÚRGICA – a reforma prestou atenção a certos aspectos da c.l. insuficientemente valorizados no decur- so dos séculos IG 5; a c.l. tem natureza eclesial IG 19; é acção de Cristo e da Igreja IG 19; realiza-se por meio de sinais IG 20; a c.l. é regulada pela Instrução Geral do Missal Romano IG 21; sob a orientação do reitor da igreja, deve fazer-se a preparação prática de cada c.l. IG 111; disposição do presbitério para a c.l. IG 295-310. – c.l. particulares a inserir no calendário geral C 52. CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA – a c.E. é acção de toda a Igreja IG 5, na qual cada um intervém fazendo tudo e só o que lhe compete, conforme a sua posição dentro do povo de Deus IG 5; é da maior importância para a Igreja particular IG 22; toda a legítima c.E. é dirigida pelo Bispo IG 92; convém que a participação dos fiéis se manifeste pela oferta quer do pão e do vinho destinados à c.E., quer de outros dons destinados às necessidades da Igreja e dos pobres IG 140; disposição e adorno das igrejas DISPOSIÇÃO E ADORNO DAS IGREJASpara a c.E. IG 288-318; para a c.E., o povo de Deus reúne-se normalmente na igreja ou, quando esta falta ou é insuficiente, num lugar decente e que seja digno de tão grande mistério IG 288; o presbitério deve ser suficientemente espaçoso para que a c.E. se desenrole comodamente e possa ser vista IG 295; a c.E. em lugar sagrado faz-se sobre o altar IG 297; fora do lugar sagrado, também pode ser celebrada sobre uma mesa adequada, coberta sempre com uma toalha e o corporal, e com a cruz e os candelabros IG 297; entre os objectos requeridos para a c.E., merecem respeito particular os vasos sagrados e, entre eles, o cálice e a patena IG 327; a diversidade de funções na c.E. é significada externamente pela diversidade das vestes sagradas IG 335; nos funerais devem ter-se em conta os que não são católicos, ou são católicos que nunca ou quase nunca tomam parte na c.E., ou parecem até terem perdido a fé IG 385; cf. Eucaristia (Celebração da) INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 165 CELEBRAÇÃO DA MISSA – de futuro, o novo Missal vai ser usado pela Igreja do Rito romano na c.m. IG 1; o mistério admirável da presença real do Senhor sob as espécies eucarísticas é claramente expresso na c.m. IG 3; o Concílio de Trento já tinha reconhecido o grande valor catequético que encerra a c.m. IG 11; o Concílio de Trento ordenou a explicação dos textos lidos na c.m. IG 11; a c.m. é o centro de toda a vida cristã IG 16; na c.m. culmina toda a santificação do mundo e todo o culto de adoração ao Pai IG 16; na c.m. comemoram-se os mistérios da Redenção IG 16; da c.m. derivam e a ela se ordenam todas as outras acções sagradas IG 16; a c.m. do Bispo da diocese deve ser exemplar IG 22; lembre-se o sacerdote que ele próprio é servidor da sagrada Liturgia, e que não lhe é permitido, por sua livre inicia- tiva, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for na c.m. IG 24; na c.m. perpetua-se o sacrifício da cruz IG 27; Cristo está realmente presente na c.m. IG 27; a c.m. é celebração comunitária IG 34; grau de participação activa por parte da assembleia dos fiéis, que se exige em todas as formas de c.m. IG 35; deve fazer-se um grande uso do canto na c.m. IG 40; na c.m. com povo, as leituras proclamam-se sempre do ambão IG 58; na c.m., os fiéis constituem a nação santa, o povo resgatado, o sacerdócio real, para dar graças a Deus e oferecer a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também junta- mente com ele, e para aprenderem a oferecer-se a si mesmos IG 95; as diversas formas de c.m. IG 112-287; em qualquer forma de c.m., estando presente um diácono, este deve desempenhar o seu ministério IG 116; em qualquer forma de c.m. convém ainda que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um acólito, um leitor e um cantor IG 116; terminada a c.m. os ministros, juntamente com o diácono e o sacerdote, voltam pro- cessionalmente à sacristia IG 193; algumas normas geraisIV. Algumas normas gerais para todas as formas de c.m. IG 273-284; se o sacrário com o Santíssimo Sacramento estiver no presbitério, todos genuflectem, quando chegam ao altar, ou quando se afastam dele, não, porém, durante a própria c.m. IG 274; quando pode usar-se o incenso em qualquer forma de c.m. IG 276; sobre a mesa do altar, apenas se podem colocar as coisas necessárias para a c.m. IG 306; à Conferência Episcopal compete prestar atenção particular às traduções dos textos bíblicos utilizados na c.m. Missa IG 391. – participação: ministros e fiéis participam nela de modo diverso IG 17; a p. do sacristão, que prepara tudo o que é preciso para a celebração da Missa IG 105 a. – finalidade IG 17; condições para atingir a finalidade IG 18. – casos em que é permitido celebrar ou concelebrar a Missa mais de uma vez no mesmo dia IG 204. – coisas necessárias para a c.m.: o pão e o vinho IG 319-324; alfaias sagradas em geral IG 325-326; os vasos sagrados IG 327-334; as vestes sagradas IG 335-347; outras alfaias destinadas ao uso da Igreja IG 348-351. – cf. também Eucaristia (celebração da), Missa (celebração da). CEROFERÁRIOS – levam os círios na procissão de entrada IG 120 b. CÍNGULO – uso do c. IG 119, 336. CINZAS – a imposição das c. faz-se na Quarta-Feira do início da Quaresma AL 29; as c. podem impor-se fora da celebração da Eucaristia (cf. Notitiae 10, 1974, p. 80). ÍNDICE ANALÍTICO 166 – Quarta-Feira de Cinzas: é o início da Quaresma AL 28; é dia de jejum em toda a parte AL 29; tem a preferência sobre todas as outras celebrações AL 16 a; na Quarta-Feira de C. são proibidas as memórias facultativas IG 355, as Missas rituais IG 372, as Missa apropriadas, mesmo por ordem ou com licença do Bispo diocesano IG 374; não podem celebrar-se algumas Missas de defuntos IG 381. CÍRIOS – material de que podem ser feitos (cf. Notitiae 10, 1974, p. 80). – na celebração da Eucaristia: preparam-se os c. IG 119; levam-se na procissão de entrada IG 100, 117, 120 b, 188; os ministros que levam os c., ao passarem em procissão diante do Santíssimo, em vez de genuflectirem fazem uma inclinação de cabeça IG 274; os c. põem-se sobre o altar ou junto dele IG 117, 122, em sinal de veneração e de celebração festiva e de modo a não impedir os fiéis de verem facilmente o que no altar se realiza ou o que nele se coloca IG 307; c. na procissão do Evangelho IG 133, 175. – cf. também Castiçais, Velas. COINCIDÊNCIA – c. de celebrações C 60-61; c. de Vésperas C 61. – cf. também Ocorrência, Vésperas. COLECTA – na celebração da Eucaristia: IG 46, 127, 259; escolha da c. IG 363; nalguns dias só se pode dizer a c. da memória IG 355 a. – é oração presidencial IG 30; é sempre única IG 54; como se diz e se conclui IG 54; como se profere IG 32; todos estão de pé até ao fim da c. IG 43; terminada a c. todos se sentam IG 128. COLHERINHA – na concelebração IG 245. COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS – na tabela dos dias litúrgicos C 59; nesse dia, todos os sacerdotespodem celebrar ou concelebrar três Missas IG 204 d; nesse dia são proibidas as Missas rituais IG 372, e as Missas apropriadas, mesmo com licença ou por ordem do Bispo diocesano IG 374. COMENTADOR – ofício do comentador na celebração da Eucaristia IG 105 b; onde deve colocar-se IG 105 b; pode ser exercido por uma mulher leiga IG 107; antes da celebração, o c. deve saber perfeitamente quais os textos que vão ser utilizados IG 352. COMISSÃO DE LITURGIA E ARTE SACRA – o Bispo diocesano recorrerá ao conselho e ajuda da C.L.A.S. sempre que tenha de esta- belecer normas sobre construção, reparação e adaptação de edifícios sagrados, aprovar projectos ou decidir questões de certa importância IG 291. «COMMUNICANTES» – textos próprios IG 365 a; convém confiar o c. a um ou outro dos concelebrantes IG 220. COMUM DOS SANTOS – foram revistos os c.s. CA (11). INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 167 COMUNHÃO – pelas intercessões, na Oração eucarística, exprime-se a c. com toda a Igreja IG 79 g. – a finalidade dos ritos iniciais da Eucaristia é estabelecer a c. IG 47, 48. COMUNHÃO EUCARÍSTICA – efeito: pela C.e. o povo de Deus consolida-se na unidade IG 5; mesmo sob uma única espécie, é Cristo todo inteiro que se recebe 282; quem receber uma só das duas espécies não fica privado de qualquer graça necessária à salvação 282. – na celebração da Eucaristia: o Concílio incitou à C.e. em cada Missa IG 13; pela C.e. recebe-se o Corpo e o Sangue de Cristo IG 72; a C.e. nas Missas de defuntos IG 383. – rito: foi simplificado CA (7); descrição do rito IG 80; o rito na concelebração IG 199- 251. – do sacerdote: preparação privada do sacerdote para a C.e. IG 84, 156, 241, 268; a C.e. do sacerdote celebrante IG 158, 227. – dos fiéis: C.e. dos fiéis na concelebração IG 246 a; C.e. dos fiéis em cada Missa IG 13, e com hóstias consagradas na mesma Missa IG 85; não é permitido que os fiéis tomem, por si mesmos, o pão consagrado nem o cálice sagrado IG 160; os fiéis comungam de joelhos ou de pé, segundo a determinação da Conferência Episcopal IG 160; quando comungam de pé, recomenda-se que façam a devida reverência estabelecida pela Con- ferência Episcopal IG 160; pertence à Conferência Episcopal definir as adaptações a introduzir no modo de receber a sagrada Comunhão IG 390. – sob a espécie do pão: IG 160; descrição do rito IG 161; na concelebração IG 244. – sob a espécie do vinho: na concelebração IG 245-249. – sob as duas espécies IG 383-287. – é permitida, além dos casos expostos nos livros rituais, nalguns específicos: aos sacer- dotes que não podem celebrar ou concelebrar a Missa IG 283 a; ao diácono e àqueles que desempenham algum ofício na Missa IG 283 b; aos membros das comunidades religiosas na Missa conventual ou “da comunidade”, aos alunos dos seminários e a todos os que fazem exercícios espirituais ou participam numa reunião espiritual ou pastoral IG 283 c. – normas autorizadas pelo Concílio IG 14; o Bispo diocesano pode definir normas acerca da Comunhão sob as duas espécies e permitir essa maneira de comungar sempre que tal pareça oportuno aos párocos IG 283, 387; é recebida pelo diácono IG 182. – rito: é a forma mais plena de comungar IG 281; é recomendada nos casos previstos IG 85; os fiéis devem ser bem instruídos e não deve haver perigo de profanação do Santíssimo IG 283; a Conferência Episcopal pode dar normas quanto ao modo de distribuir a Comunhão sob as duas espécies e quanto ao alargamento da autorização IG 283; o que eventualmente sobrar do Sangue é consumido no altar pelo sacerdote, ou pelo diácono, ou pelo acólito instituído, que ministrou ao cálice IG 284 b; as coisas a preparar IG 285; descrição do rito IG 161, 286-287. – ministros: diácono IG 94, 182, 284 a; acólito IG 98, 191, 284 a; ministro extraordi- nário que não seja acólito IG 100, 284 a; fiel chamado para este ofício em cada caso IG 284 a. – distribuição da c. por vários ministros leigos chamados pelo sacerdote IG 162; quem podem ser esses ministros leigos IG 162; esses ministros aproximam-se do altar depois de o sacerdote ter comungado IG 162; recebem sempre da mão do sacerdote celebrante o vaso com as espécies eucarísticas a distribuir aos fiéis IG 162. ÍNDICE ANALÍTICO 168 COMUNIDADE – orações pela c. da nações no Missal IG 15; como presidente, o sacerdote pronuncia as orações em nome da Igreja e da comunidade reunida IG 33; as aclamações e as respostas dos fiéis constituem aquele grau de participação activa que se exige em todas as formas de celebração da Missa para que exprima e estimule a acção de toda a c. IG 35; a atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de unidade dos membros da c. cristã IG 42; pela saudação, o presidente faz sentir à c. reunida a presença do Senhor IG 50; o acto penitencial é feito por toda a c. IG 51; o último grupo de intenções da oração universal é pela c. local IG 70 d; as intenções devem exprimir a súplica de toda a c. IG 71; a Oração eucarística é dirigida pelo sacerdote a Deus Pai, em nome de toda a c. IG 78; no embolismo do Pai-Nosso pede-se para toda a c. dos fiéis a libertação do poder do mal IG 81; tenha-se em grande apreço a Missa celebrada com uma c., sobretudo com a c. paroquial 113; a Missa da c. ocupa lugar de relevo IG 114; nessa Missa os membros da c. podem comungar sob as duas espécies IG 283 c; ao Bispo diocesano é dada a faculdade de permitir a comunhão sob as duas espécies ao sacerdote a cujos cuidados pastorais a c. está confiada IG 283; no que se refere às imagens, procure atender-se à piedade de toda a c. IG 318. CONCELEBRAÇÃO – teologia: a c. do bispo e do seu presbitério é da máxima importância, não para aumentar a solenidade externa, mas para significar de forma mais clara o mistério da Igreja IG 92; o significado da c. dos presbíteros com o seu bispo IG 203. – disciplina: pertence ao bispo regulamentar e moderar a c. nas igrejas e oratórios da sua diocese IG 202, 387; nos casos em que o número de sacerdotes seja muito grande, pode fazer-se mais que uma c. no mesmo dia, mas a horas diferentes ou em lugares sagrados diversos IG 201; deve ter-se em consideração especial a c. em que os presbíteros de alguma diocese concelebrem com o seu Bispo, particularmente na Missa estacional nos dias mais solenes do ano litúrgico, na Missa da ordenação do novo Bispo da diocese ou do seu Coadjutor ou Auxiliar, na Missa crismal, na Missa vespertina da Ceia do Senhor, nas celebrações do Santo Fundador da Igreja local ou do Padroeiro da diocese, nos ani- versários do Bispo e finalmente por ocasião do Sínodo ou da visita pastoral IG 203; pelo mesmo motivo, recomenda-se a c. todas as vezes que os presbíteros se encontram reunidos com o seu Bispo IG 203; casos especiais em é permitido concelebrar mais de uma vez no mesmo dia IG 204: quem tiver celebrado ou concelebrado na Missa crismal na Quinta-feira da Semana Santa, pode também celebrar ou concelebrar a Missa vespertina da Ceia do Senhor IG 204 a; quem tiver celebrado ou concelebrado a Missa da Vigília pascal pode celebrar ou concelebrar a Missa do dia de Páscoa IG 204 b; no Natal do Senhor, todos os sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três Missas, contanto que sejam nas horas correspondentes IG 204 c; no dia da Comemoração de todos os fiéis defuntos, todos os sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três Missas IG 204 d; quem concelebrar com o Bispo ou seu delegado por ocasião do Sínodo, d visita pastoral ou de reuniões sacerdotais, pode também celebrar outra Missa para utilidade dos fiéis IG 204 e; o mesmo se diga das reuniões dos religiosos IG 204 e (cf. Notitiae 5, 1969, p. 403); c. na Missa conventual e principal IG 199, na Missa conventual ou “da comunidade” IG 114; concelebração dos religiosos com o próprioBispo ou seu delegado IG 204. – rito da c.: a elaboração do novo rito da c. foi determinada pelo Concílio CA (3); como se ordena IG 205; descrição do rito da c. IG 199-251; ninguém deve ser admitido à c. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 169 depois de começada a Missa IG 206; as coisas a preparar para a c. IG 207; funções do diácono e dos outros ministros na c. IG 208; como se proferem as Orações eucarísticas na c. IG 216-236; se na c. não estiverem presentes outros ministros, as partes que lhes pertencem podem ser entregues a outros fiéis idóneos, ou então serão desempenhadas por alguns concelebrantes IG 208. CONCELEBRANTE, CONCELEBRANTES – habitualmente a homilia deve ser feita pelo sacerdote celebrante ou por um sacerdote c. IG 66, 213; o sacerdote parte o pão eucarístico com a ajuda, se for o caso, do diácono ou de um c. IG 83; sempre que o Bispo está presente na Missa com o povo reunido, convém sumamente que seja ele próprio a celebrar a Eucaristia, associando a si os presbíteros, como c. IG 92; convém que os presbíteros presentes na celebração eucarística participem como c. IG 114. – lugar dos c.: no presbitério, para a concelebração, devem preparar-se assentos para os sacerdotes c. IG 207 a, 294, 310; mas se o número dos c. for grande, disponham-se os assentos noutra parte da igreja, mas perto do altar IG 294. – concelebração quando não estão presentes alguns ministros: se na concelebração não estiver presente o diácono, as funções que lhes são próprias serão realizadas por um dos c. IG 208; se não estiverem presentes outros ministros, as partes que lhes pertencem poderão ser desempenhadas por alguns c. IG 208. – outras circunstâncias da concelebração: os c. revestem-se, na sacristia ou noutro lugar apropriado, com as vestes sagradas que costumam usar quando celebram Missa individu- almente IG 209; quando o número dos c. é grande e faltam paramentos para todos, os c. podem, com excepção sempre do celebrante principal, revestir apenas a estola por cima da alva, sem a casula ou planeta IG 209. – os c. na concelebração: – os c. nos ritos iniciais e na liturgia da palavra: na procissão de entrada os sacerdotes c. vão à frente do celebrante principal IG 210; chegando ao altar, os c. fazem uma inclinação profunda, beijam os altar e vão ocupar os lugares que lhes estão destinados IG 211; durante a liturgia da palavra os c. estão nos seus lugares, sentados ou de pé, conforme estiver o celebrante principal IG 212; o Bispo abençoa o c. que vai proclamar o Evangelho IG 212; na concelebração presidida por um presbítero, o c. que proclama o Evangelho não pede nem recebe a bênção do celebrante principal IG 212. – os c. na liturgia eucarística: durante a preparação dos dons, os c. permanecem nos seus lugares IG 214; depois de o celebrante principal ter dito a oração sobre as oblatas, os c. aproximam-se do altar e dispõem-se ao seu redor, de tal forma que não dificultem o desenrolar dos ritos, a acção sagrada seja facilmente vista pelos fiéis e não dificultem ao diácono o acesso ao altar IG 215; o diácono colocar-se-á um pouco atrás dos sacerdotes c. IG 215; o Sanctus é cantado ou recitado por todos os c. IG 216; terminado o Sanctus, os sacerdotes c. continuam a Oração eucarística na forma que o missal indica IG 217; as partes da Oração eucarística proferidas simultaneamente por todos os c., devem ser recitadas pelos c. em voz baixa IG 218; as fórmulas a dizer simultaneamente por todos os c., e que vêm musicadas no missal, é de louvar que sejam proferidas com canto IG 218; convém confiar o memento dos vivos a um ou outro dos sacerdotes c. IG 220, 228; o mesmo se diga do Communicantes IG 220; as partes que os c. dizem ao mesmo tempo IG 222, 227, 230, 233; convém confiar o memento dos defuntos a um ou outro dos sacerdotes c. IG 223, 228; o mesmo se diga do Nobis quoque peccatoribus IG 223; às ÍNDICE ANALÍTICO 170 palavras E a nós pecadores, todos os c. batem no peito IG 224; as intercessões convém confiá-las a um ou outro dos c. IG 231, 234; a doxologia final da Oração eucarística é dita, se parecer bem, por todos os c. juntamente com o celebrante principal IG 236. – os c. nos ritos da Comunhão e nos ritos de conclusão: todos os c. dizem, de braços abertos, a oração dominical IG 237; todos os c. dizem a aclamação Vosso é o reino IG 238; na ausência do diácono, um dos c. diz a admonição Saudai-vos na paz de Cristo IG 239; alguns dos c. podem ajudar o celebrante principal a partir as hóstias para a Comunhão IG 240; são várias as formas de os c. tomarem o Corpo de Cristo em suas mãos IG 242; todos os c. dizem Senhor, eu não sou digno IG 243; maneira de os c. comungarem o Corpo de Cristo IG 244, 248, 249; são várias as formas de os c. comungarem o Sangue de Cristo IG 246 a, 246 b, 248, 249; se for preciso, alguns dos c. ajudam o diácono a beber tudo o que resta do Sangue de Cristo IG 247; se a Comunhão for por intinção, um dos c. dá a comunhão ao diácono IG 249; se for preciso, alguns c. ajudam a levar os vasos sagrados para a credência IG 249; depois da Comunhão os c. permanecem nos seus lugares IG 250; os c., antes de se retirarem, fazem todos uma inclinação profunda ao altar IG 251; CONCÍLIO, CONCÍLIOS – a concelebração eucarística nos c. IG 199. – c. Vaticano II: IG 1, 2, 3, 6, 10, 12, 13, 14, 15, 386, 394, 398. – c. de Trento: IG 2, 3, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 282. CONCLUSÃO – c. longa e breve das orações IG 54. – o rito de c. da Missa consta de: notícias breves se forem necessárias, saudação e bênção do sacerdote, despedida da assembleia, feita pelo diácono ou pelo sacerdote, beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao altar por parte do sacerdote, do diácono, e dos outros ministros IG 90. CONFERÊNCIA EPISCOPAL – as adaptações que requerem maior coordenação, devem ser determinadas, segundo as normas do direito, pela Conferência Episcopal IG 388: em primeiro lugar, preparar e aprovar, na língua vernácula, a edição do Missal Romano IG 389; definir as adaptações que hão-de introduzir-se no próprio Missal IG 390; prestar atenção particular às tradu- ções dos textos bíblicos utilizados na celebração da Missa IG 391; preparar com grande cuidado as traduções dos outros textos, para que se ofereça plena e fielmente o sentido do primitivo texto latino IG 392; aprovar melodias apropriadas, sobretudo para os textos do Ordinário da Missa, para as respostas e aclamações do povo e para os ritos especiais que ocorrem durante o ano litúrgico IG 393; pronunciar-se sobre quais as formas musi- cais, melodias e instrumentos musicais que é lícito admitir no culto divino, desde que se adaptem ou possam adaptar ao uso litúrgicos IG 393; organizar o calendário próprio da nação, indicando os dias das Rogações e das Quatro Têmporas, assim como o modo de as celebrar e os textos, tendo em vista outras determinações específicas IG 394; propor à Sé Apostólica, adaptações e diversidades mais profundas, se a participação dos fiéis e o seu bem espiritual as exigirem, observando previamente as etapas e exigências propostas pela própria Instrução IG 395-398; modo de agir da C.E. quando pretenda propor à Sé Apostólica adaptações mais profundas das celebrações litúrgicas, de acordo com o art. 40 da Constituição sobre a sagrada Liturgia IG 395. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 171 – outras adaptações que a Conferência Episcopal deve determinar: aprovar o texto dos cânticos de entrada IG 48, 390, e da Comunhão IG 87, 390; julgar dos materiais da mesa do altar IG 301, 390; das alfaias IG 326, 390; dos vasos sagrados IG 390; das vestes litúrgicas IG 343, 390; das adaptações das formas das vestes litúrgicas IG 342, 390; das cores das vestes litúrgicas IG 346, 390; adaptar os gestos e atitudes do corpo IG 43, 390;estabelecer o sinal de veneração do altar e do Evangeliário IG 273, 390; transferir a solenidade de S. José C 56 f; determinar o tempo e o modo de celebrar as Rogações e as Quatro Têmporas AL 46, IG 394; determinar onde vão indicadas no Missal as adaptações que competem à própria C.e. IG 25, 390; estabelecer normas mais adequadas para a celebração da Eu- caristia IG 388-393; indicar as adaptações a fazer às leituras em casos especiais IG 362, 390; determinar como há-de fazer-se o rito da paz IG 82, 390; determinar outros casos, além dos previstos, em que se possa comungar sob as duas espécies IG 283, 390. – cf. também Bispo, Ordinário do lugar, Sacerdote. CONFISSÃO – a c. geral dos pecados no início da Missa IG 51. CONSAGRAÇÃO – na Oração eucarística IG 79 d; os fiéis estão de joelhos durante a c., excepto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem IG 43; aqueles que não estão de joelhos durante a c., fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a c. IG 43. – cf. também altar, cálice, igreja, vasos sagrados. CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA – C.A. que promulga o Missal Romano CA (1-14). CONVITE – na celebração da Eucaristia: c. à oração antes da colecta IG 54, 127, 259; silêncio a seguir ao c. à oração IG 45, 54, 127, 259; c. antes da oração dominical IG 81; c. a dar a paz IG 154, 181, 239; c. à Comunhão eucarística IG 84, 157, 243, 268; c. à oração antes da oração depois da Comunhão IG 165. – cf. Admonição. CONVÍVIO – a Eucaristia é c. pascal IG 72, 80. «CORDEIRO DE DEUS» – na celebração da Eucaristia: destina-se a acompanhar um rito IG 37 b; quando se canta, quem o canta, como se canta, quantas vezes se canta, como se conclui IG 83, 155, 240, 267. CORES LITÚRGICAS – finalidade das diversas c. das vestes litúrgicas IG 345. – c. a utilizar na celebração da Eucaristia IG 346-347. ÍNDICE ANALÍTICO 172 CORO, [=“Schola cantorum”] – nas celebrações litúrgicas: o c. realiza um verdadeiro ministério litúrgico e é parte da assembleia IG 312; o lugar destinado ao c. IG 294, 312. – na celebração da Eucaristia: antes da celebração, o c. deve saber perfeitamente quais os textos que vão ser utilizados IG 352; ofício o c. IG 103; o c. no canto de entrada IG 48, na aclamação «Kyrie, eleison» IG 52, no hino «Gloria in excelsis» IG 53; no canto do Aleluia IG 62a; no canto do ofertório IG 74; no canto do «Agnus Dei» IG 83, 155; no canto da Comunhão IG 86-87. – cf. Cantor, Grupo coral. CORPORAL – prepara-se na credência IG 118 c; coloca-se no altar IG 73, 139, 178, 190; a patena com o pão e o cálice põem-se sobre o c. IG 141-142; o c. usa-se sempre na Missa celebrada fora do lugar sagrado IG 297. «CORPO DE CRISTO – AMEN» (O) – na comunhão do pão eucarístico IG 160, 287. CORPO E SANGUE DE CRISTO – solenidade: pode transferir-se para o domingo a seguir à Santíssima Trindade AL 7; a adoração da Eucaristia nesta solenidade IG 3. «CORPO E O SANGUE DE CRISTO – AMEN» (O) – na distribuição da sagrada comunhão IG 287. CREDÊNCIA – as coisas a preparar na c. IG 118 c, 255; a infusão do vinho e da água no cálice pode ser feita na c. IG 73, 178; purificação dos vasos sagrados na c. IG 163, 183, 192, 279; purificação do cálice na c. no fim da concelebração IG 247, 248, 249; o cálice depois de purificado leva-se para a c. IG 270; os vasos sagrados depois de purificados levam-se para a. c. IG 163. CREDO – cf. Símbolo. CRISMA – o Bispo consagra o C. na Quinta-Feira da Semana Santa AL 31. – cf. Santos óleos. CRUZ – a c. do altar ornada com a imagem de Cristo crucificado pode ser levada na procissão de entrada IG 117, 120 b, 122 188; coloca-se sobre o altar ou perto dele IG 117, 308; põe-se junto do altar IG 122, 188; quando se incensa a c: IG 49, 75, 123, 144, 173, 178, 190, 211, 276 d, 277; como se incensa IG 277; mesmo fora das acções litúrgicas, convém que permaneça, junto do altar, uma c., para recordar aos fiéis a paixão salvadora do Senhor IG 308; na celebração eucarística preste-se a maior atenção à cruz do altar e à cruz que é levada na procissão IG 350. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 173 CUSTÓDIA – pode ser fabricada com materiais particularmente apreciados em cada região IG 328-329. – cf. também Ostensório. DALMÁTICA – é veste própria do diácono IG 338; na celebração da Eucaristia IG 119 b, pode omitir-se IG 119 b; normas sobre o uso da d. IG 336. DEDICAÇÃO – do altar, da igreja IG 290. – cf. Altar, Igreja (edifício). DEFUNTOS – memória dos d. na Oração eucarística IG 355; embolismos pelos d. nas Orações eucarís- ticas IG 365 b, c, d. – cf. também Missa (de defuntos). DELEGADO – concelebração com o d. do Bispo por ocasião do Sínodo ou da visita pastoral IG 204 e. DESCOBERTA – d. do corpo dos Santos como memória facultativa nos calendários particulares C 50 b. DESPEDIDA – na celebração da Eucaristia: d. da assembleia no fim da Eucaristia IG 90 c, 168, 185; quando se omite a despedida IG 170, 272; o rito da última encomendação ou da d. só tem lugar quando está presente o cadáver IG 384; cf. Encomendação. DEVOÇÃO – podem transferir-se para os domingos do Tempo Comum as celebrações que ocorrem num dia de semana e que são de especial devoção dos fiéis C 58. DIA, DIAS – litúrgico: normas sobre o d. litúrgico AL 3-16; quando começa e termina o d. litúrgico AL 3; tabela dos d. litúrgicos por ordem de precedência C 59. – natalício dos Santos: C 56. DIA FERIAL, DIAS FERIAIS – cf. Féria. DIÁCONO – na celebração da Eucaristia: funções do d. IG 94; orienta o povo com oportunas admo- nições IG 43; é ministro do cálice IG 94; o d. pode estar presente em qualquer forma de celebração IG 116; se são vários distribuem entre si as diversas partes do ministério IG 109; na celebração com o povo IG 171-186; antes da celebração, o d. deve saber perfeitamente quais os textos que vão ser utilizados IG 352. – na procissão de entrada: IG 172, 173; na proclamação do Evangelho: IG 59, 171 c; 175; por mandato do sacerdote, pode fazer a homilia IG 66, 171 c; na oração universal: enuncia as intenções IG 71, 171 d, 177; na preparação do altar e dos dons: IG 73, 75, ÍNDICE ANALÍTICO 174 175; durante a Oração eucarística: IG 179, 180; no convite à paz e na Comunhão: 171 e, 181, 182, 183, 247, 248, 249, 279, 283; nos ritos de conclusão: 184, 185, 186. – quando não está presente nenhum outro ministro: segundo as necessidades, realiza os ofícios dos outros ministros IG 171 f; profere todas as leituras quando não está presente nenhum outro leitor idóneo IG 176. – na concelebração: IG 246, 247, 248, 249; os concelebrantes dispõem-se ao redor do altar, de tal forma, porém, que não dificultem ao d. o acesso ao altar para o desempenho do seu ministério IG 215; o d. desempenha o seu ministério perto do altar, mas colocar- se-á um pouco atrás dos sacerdotes concelebrantes, que estão de pé junto do celebrante principal IG 215; comunhão do d. na concelebração, ao Corpo do Senhor IG 244, ao Sangue de Cristo IG 247, 248, 249; na distribuição da comunhão sob as duas espécies, o d. ministra ao cálice IG 284 a; ministério do d. na comunhão ao cálice IG 286-287. – d. na celebração da M. com a participação de um só ministro IG 253. – vestes do d. IG 119 b, 338. DIÁLOGOS – na celebração da Eucaristia: d. entre o sacerdote e a assembleia IG 34, 147. DINHEIRO – cf. Dons. DIOCESE, DIOCESES – as celebrações do Bispo diocesano, devem ser exemplares para toda a d. IG 22; a função de servir o sacerdote ao altar, será determinada pelo Bispo para a sua d. IG 107; palavras que o bispo acrescenta na Oração eucarística, quando celebra fora da sua d. IG 149; compete ao Bispo regulamentar a disciplina da concelebraçãoem todas as igrejas e oratórios da sua d. IG 202; deve ter-se em grande consideração a concelebração em que os presbíteros de alguma d. concelebrem com o seu Bispo IG 203; o Bispo diocesano pode definir normas para a comunhão sob as duas espécies na sua d. IG 283; o Bispo diocesano deve promover a vida litúrgica da sua d. IG 387; é conveniente que cada diocese tenha o seu calendário e o seu próprio das Missas 394; ao editar o Missal Romano, as celebrações próprias da região ou da d. devem vir em apêndice particular IG 394. DIRECTÓRIOS PASTORAIS – poderão ser introduzidos no Missal Romano, em lugar conveniente, os d.p. que a Confe- rência Episcopal julgue úteis IG 390. DIRIGIR – cf. Moderar. DIVINAS (Pessoas) – cf. Pessoas divinas. DOCUMENTOS LITÚRGICOS – d.l. antigos que serviram para corrigir o Missal Romano IG 8. DOMINGO, DOMINGOS – o d. é o dia de festa primordial MP (3), AL 4; é o dia em que a Igreja celebra o mistério pascal AL 4; em cada semana, no dia a que foi dado o nome de d., a Igreja comemora a INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 175 Ressurreição do Senhor AL 1; na elaboração do calendário, há-de conservar-se e defender- se o mais possível o d., como principal dia de festa, que não deve ser sacrificado a outras celebrações que não sejam de máxima importância IG 394. – celebração litúrgica: o d. exclui, por princípio, a afixação perpétua de qualquer outra celebração AL 6; pela sua peculiar importância, o d. cede a sua celebração somente às solenidades e às festas do Senhor AL 5; solenidades e festas afixadas perpetuamente ao d. AL 6; solenidades que podem ser transferidas para o d. AL 7; nos d. segue-se o calendário da igreja em que se celebra IG 354; a celebração do d. começa na tarde do dia precedente AL 3; cores das vestes a usar em cada d. IG 346. – celebração da Eucaristia: tenha-se em grande apreço a celebração comunitária do d. IG 113; nos d. canta-se o hino «Gloria in excelsis» IG 53; as leituras da Missa nos d. IG 357, a ler num ciclo de três anos CA (9); nos d. deve fazer-se a homilia IG 13, IG 66; nos d. diz-se o Símbolo IG 68; em alguns d. deve usar-se o Cânone Romano IG 365 a; a Oração eucarística III usa-se de preferência nos domingos e nas festas IG 365 c. – d. do Tempo Comum: C 59; podem transferir-se para os d. do Tempo Comum as celebra- ções que são de especial devoção dos fiéis C 58. – d. do Advento, da Quaresma, da Páscoa, do Pentecostes; cf. Advento, Quaresma, Páscoa, Pentecostes. – d. depois do Natal, depois da Epifania, de Ramos; cf. Natal do Senhor, Epifania do Senhor, Ramos. DOMINICAIS (leituras) – cf. Leituras. DONS – como se faz a preparação dos d. IG 73-75, a realizar pelo diácono IG 178; na preparação dos d. o pão e o vinho levam-se ao altar IG 72; os d. que vão converter-se no Corpo e no Sangue de Cristo levam-se ao altar IG 73; o rito foi simplificado CA (7). – d. do povo a recolher na celebração da Eucaristia IG 73, 140, 178, 190; os ministros que recolhem os d. IG 105 c. DOXOLOGIA, DOXOLOGIAS – no fim das Orações eucarísticas IG 79 h; a d. final da Oração eucarística é dita só pelo celebrante principal e, se parecer bem, juntamente com todos os outros concelebrantes, mas não pelos fiéis IG 236; d. no fim do embolismo depois do «Pai nosso» IG 81, 153, 238. «E ENCARNOU» – inclinação ou genuflexão IG 137. EDIFÍCIOS SAGRADOS – os e.s. devem ser dignos e belos como sinais e símbolos das realidades celestes IG 288; todos os interessados na correcta construção, reparação e adaptação dos e.s. devem consultar a Comissão diocesana IG 291; o e.s. deve reproduzir a imagem da assembleia congregada IG 294; exponham-se à veneração dos fiéis, nos e.s., imagens do Senhor, da bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos IG 318; o Bispo diocesano pode estabelecer normas sobre a construção e ordenamento dos e.s. IG 387. – cf. Capela, Igreja (edifício), Oratório. ÍNDICE ANALÍTICO 176 EFICÁCIA PASTORAL – como aumentar a e.p. da celebração da Eucaristia IG 23, 352. ELEMENTOS DA MISSA – os diversos e. da Missa IG 29-45. EMBOLISMO – depois da oração dominical IG 81, 153, 238. ENCARNAÇÃO – mistério da e. no ano litúrgico AL 17. ENCOMENDAÇÃO – o rito da última e. só tem lugar quando está presente o cadáver IG 384. – cf. também Despedida. EPICLESE – na Oração eucarística IG 79 c; desde a e. até à ostensão do cálice, o diácono permanece habitualmente de joelhos IG 179. EPIFANIA DO SENHOR – solenidade da E.S.: C 59; quando se celebra AL 37; pode ser transferida para o domingo AL 7. – domingo depois da E.S.: com ele termina o Tempo do Natal AL 33. ESCOLHA – na celebração da Eucaristia: – da Missa IG 353-355. – das partes da Missa IG 356-367; ao que deve atender-se para a escolha IG 352; e. das orações presidenciais IG 363; e. das Orações eucarísticas IG 364-365; e. do canto IG 367; e. das leituras IG 357-359. ESCRITURA SAGRADA – cf. Sagrada Escritura. ESPÍRITO DA LITURGIA – para que a celebração esteja mais plenamente de acordo com a letra e o e.l., expõem-se, nesta Instrução geral e no Ordinário da Missa alguns ajustamentos e adaptações IG 23; para que a celebração corresponda mais plenamente às normas e ao e.l., nesta Instrução e no Ordinário da Missa propõem-se algumas ulteriores adaptações, que são da competên- cia ou do Bispo diocesano ou das Conferências Episcopais IG 386; aquilo que o Bispo diocesano deve ter em vista, em primeiro lugar, é alimentar o e.l. nos presbíteros, diáconos e fiéis IG 387. ESTOLA – e. para o sacerdote IG 119 a; e. para o diácono IG 119 b; o uso da e. IG 336-338; como se põe a e. IG 340; a e. na concelebração IG 209; se o Bispo não celebrar a Eucaristia mas estiver presente, convém que use a e. IG 92. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 177 EUCARISTIA – instituição: IG 2, IG 72; a E. é o Sacramento dos Sacramentos IG 368. – lugar da reserva da santíssima E. IG 314-317. EUCARISTIA (celebração da) – o que acontece na c.E. IG 27; os ritos iniciais preparam para uma digna c.E. IG 46; a c.E. encerra um grande valor catequético IG 11; a c.E. é um único acto de culto constituído pela liturgia da palavra e pela liturgia eucarística IG 28; na c.E. põe-se uma dupla mesa IG 28; em que fórmulas se exprime a c.E. IG 2; na c.E. todos os fiéis devem poder chegar àquela plena, consciente e activa participação, que a própria natureza da Liturgia exige e que é, para os próprios fiéis, por força da sua condição, um direito e um dever IG 386. – acção de Cristo na c.E. IG 11, IG 16, 19; a c.E. é um acto de Cristo e da Igreja feito em memória de Cristo IG 72. – sacrifício, oblação: natureza sacrificial da c.E. IG 2. cf. também Sacrifício. – a c.E. como acção da Igreja IG 1, 4, 16; importância da c.E para a Igreja particular IG 22; deve procurar-se que cresça a sua dignidade IG 22; natureza comunitária da c.E. IG 34; deve aparecer como acção comunitária IG 35; a c. E. é um acto da Igreja universal IG 5. – participação activa: a participação mais perfeita na c.E. é pela Comunhão IG 13. – ofícios e ministérios: IG 91-111; a c.E. é acção de Cristo e da Igreja IG 91; a c.E pertence a todo o Corpo da Igreja, manifesta-o e afecta-o IG 91; a c.E. envolve cada membro de modo diverso, segundo a diversidade das ordens, das funções e da efectiva participação IG 91; na c.E. cada um intervém fazendo só e tudo o que lhe pertence IG 5; na c.E. ministros e fiéis façam tudo e só o que lhes compete IG 91. – Bispo: na c.E. presidida pelo Bispo realiza-se a principal manifestação da Igreja IG 112; toda a legítima c.E. é dirigida pelo Bispo IG 92. – Presbítero: tenha-se em grande apreço a c.E. com uma comunidade, sobretudo com a comunidade paroquial, no domingo IG 113. – ordenamento: no ordenamento da c.E. deve atender-se ao bem espiritual da comunidadereunida IG 352; escolha da Missa IG 353-355; escolha das partes da Missa IG 356-367; como se devem escolher os cantos da c.E. IG 40, 41. – com o povo: descrição da c.E. com participação do povo IG 115-198; descrição desta forma de celebração sem diácono IG 120-170; descrição desta forma de celebração com diácono IG 171-186; quando na Missa há um só ministro IG 110. – com grupos especiais: escolha de leituras IG 358. – com a participação de um só ministro: descrição da c.E. com a participação de um só ministro IG 252-272; c.E. sem ministro IG 254. – normas para a c.E.: novas normas para a c.E. apresentadas pela Instrução Geral CA (5); estas novas normas são prova da solicitude da Igreja para com a Eucaristia IG 1; calendário a usar na c.E. IG 353-355; as diversas formas de c.E. IG 112-287; estrutura geral da c.E. IG 29-45; descrição de cada uma das partes da c.E. IG 46-90. – dignidade: importância e dignidade da c.E. IG 16-26; a c.E. possui eficácia e dignidade que lhe são próprias IG 19; para que na c.E. haja maior acordo entre a letra e o espírito a Instrução expõe alguns ajustamentos e adaptações IG 23. – dia: a c.E. santifica o dia AL 3. – lugar: o lugar da c.E. deve ser apto para realizar as acções sagradas IG 288; a c.E. faz-se sobre um altar ou sobre uma mesa adequada IG 297. ÍNDICE ANALÍTICO 178 – pão e vinho: o pão requerido para a c.E. IG 319-324; em cada c.E. consagre-se pão para a Comunhão dos fiéis IG 13, IG 85; o vinho requerido para a c.E. IG 319, 322-324. – cf. também Concelebração, Liturgia eucarística, Liturgia da palavra, Missa, Sacrifício. EVANGELHO – os sacerdotes são ministros do E. de Cristo para todos IG 385; adaptações mais profundas da liturgia sobretudo naqueles povos onde o E. foi anunciado mais recentemente IG 395. – na celebração da Eucaristia: quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é o próprio Deus quem fala ao seu povo, é Cristo, presente na sua palavra, quem anuncia o E. IG 29; as orações propostas para antes da leitura do E., são ditas em silêncio (“secreto”) IG 33; o versículo antes do E. constitui um rito em si mesmo IG 37 a, 62; os fiéis estão de pé durante o Aleluia que prece o E. IG 43; como se canta a aclamação antes do E. IG 62; qual o seu significado IG 62; no caso de haver uma só leitura antes do E. IG 63; o que pode cantar-se em vez do Aleluia IG 63; o Aleluia ou o versículo antes do E., se não são cantados, podem omitir-se IG 63 c; durante a proclamação do E. os fiéis estão de pé IG 43; estão sentados durante as leituras que precedem o E. IG 43; entre os gestos contam- se as acções e a procissão do diácono, antes da proclamação do Evangelho IG 44; o E. é proclamado pelo diácono IG 59, 94, 171 c, ou, na sua ausência, por outro sacerdote IG 59, 262; o leitor leigo não proclama o E. IG 99; é proclamado sempre do ambão IG 58, 133, 175; veneração para com o E. IG 60, 133; anúncio do E. que vai ser proclamado IG 134; pequena cruz que se faz sobre o livro e sobre aquele que proclama o E. IG 175; incensação do livro do E. IG 175; versículo Por este santo Evangelho IG 175, 262; a leitura do E. constitui o ponto culminante da liturgia da palavra IG 60; quando o Bispo preside, abençoa o concelebrante que vai proclamar o E. IG 212; na concelebração presi- dida por um presbítero, o concelebrante que proclama o E., não pede nem recebe a bênção do celebrante principal IG 212; pode usar-se o incenso na procissão e proclamação do E. IG 276 c; sobre a mesa do altar põe-se o Evangeliário desde o início da celebração até à proclamação do E. IG 306; para os domingos e solenidades estão assinaladas três leituras, isto é, do Profeta, do Apóstolo e do E. IG 357. EVANGELIÁRIO – o E. é o livro dos evangelhos IG 44; entre os gestos contam-se as acções e a procissão do diácono, antes da proclamação do Evangelho, ao levar o E. para o ambão IG 44; é distinto do livro das outras leituras IG 117; há-de procurar-se de modo particular que principalmente o E. seja verdadeiramente digno, de boa qualidade e belo IG 349; quando a entrada se faz com procissão, o E. prepara-se na sacristia IG 119; o E. pode colocar-se sobre o altar, a não ser que seja levado na procissão de entrada IG 117, 119; na procissão de entrada pode ser levado pelo diácono IG 172, pelo leitor IG 120 d, 194; é louvavel- mente deposto sobre o altar IG 122, 173, 195; toma-se do altar IG 133, 175; sinais de veneração para com o E. IG 60, 273; o E. na proclamação do Evangelho e nas procissões IG 44; segundo o costume tradicional, a veneração do E. é significada pelo ósculo IG 273; o sacerdote, já no ambão, abre o E., faz sobre ele o sinal da cruz e pode incensá-lo e terminada a proclamação beija-o, dizendo em silêncio as palavras prescritas IG 134; veneração do E. IG 273; pertence à Conferência Episcopal definir o gesto de veneração do E. IG 390. EXÉQUIAS – oração universal na celebração das e. IG 70; ligação das e. com a Missa exequial IG 384. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 179 EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS – na celebração da Eucaristia: nos e.e. é permitida a Comunhão sob as duas espécies IG 283; significado da concelebração com o Bispo nos e.e. IG 203. EXERCÍCIOS DE PIEDADE – como devem ser: certas formas de e.p. desviavam o espírito dos fiéis dos mistérios da redenção MP (2). – são recomendados: e.p. espirituais e corporais no ano litúrgico AL 1. EXPOSIÇÃO DA EUCARISTIA – cf. Eucaristia. FAMÍLIA, FAMÍLIAS – festa da S.F.: celebra-se no domingo dentro da Oitava do Natal AL 6 a, C 60 a; cf. Sagrada Família. – f. rituais: a procura da inculturação não pretende de modo algum a criação de novas f. rituais, mas sim responder às exigências de determinada cultura, de tal modo, porém, que as adaptações, quer no Missal quer nos outros livros litúrgicos, não sejam prejudiciais à índole própria do R. romano IG 398. – f. religiosa: cf. Religiosos. FÉRIA, FÉRIAS – o que são: f. são os dias de semana que se seguem ao domingo AL 16; normas e modos de celebração AL 16. – celebração da Eucaristia: leituras para cada dia da semana, ao longo de todo o ano IG 358; a Oração eucarística II está mais indicada para as f. IG 365 b. – f. do Tempo Comum: C 59; Missa a escolher IG 355 c; nessas f. podem utilizar-se as Missas para diversas circunstâncias ou as Missas votivas e as orações para diversas cir- cunstâncias IG 377; quais as Missas de defuntos que podem celebrar-se IG 381; escolha das orações IG 363. – f. do Advento, do Natal, da Quaresma, do Tempo Pascal: cf. Advento, Natal do Senhor, Quaresma, Páscoa. – Quarta-Feira de Cinzas, f. depois da Ascensão: cf. Cinzas, Ascensão do Senhor. – f. da Semana Santa: cf. Semana Santa, Sábado (Santo). FERIAIS (leituras) – o Leccionário Ferial contém as leituras para cada dia da semana, ao longo de todo o ano IG 358; em princípio, estas leituras devem ler-se nos dias que vêm indicados IG 358; o que se pode fazer quando se interrompe a leitura contínua IG 358. FESTA, FESTAS – sentido comum: – celebração da Eucaristia: cores das vestes a usar em cada f. IG 346; leituras da Missa nas f. IG 357; leituras do Antigo Testamento CA (9); nas f. interrompe-se a leitura contínua IG 358; a homilia é obrigatória nas f. de preceito IG 13, IG 66, e é recomendada nas f. que não sejam de preceito IG 66; nas f. deve preferir-se a Oração eucarística III IG 365 c. – sentido litúrgico: – denominação AL 10. ÍNDICE ANALÍTICO 180 – do Senhor (em geral): cf. Senhor. – do Baptismo do Senhor, da Sagrada Família, da Apresentação do Senhor, da Transfigu- ração do Senhor: cf. Baptismo do Senhor, Sagrada Família, Apresentação do Senhor, Transfiguração do Senhor. – da Virgem Santa Maria, dos Apóstolos, da Cadeira de S. Pedro: cf. Virgem Maria, Apóstolos, Cadeira de S. Pedro. – dos Santos, dos SantosInocentes, de S. João Apóstolo, de S. Estêvão: cf. Santos. – próprias: C 59. – do aniversário da Dedicação da igreja catedral, do fundador, do padroeiro principal, do Título da família religiosa: cf. Aniversário, Fundador, Padroeiro, Título. – celebrações litúrgicas: – celebração da Eucaristia: calendário litúrgico a seguir nas f. IG 354; hino «Gloria in excelsis» nas f. IG 53. – sentido jurídico (festa de preceito): – celebração da Eucaristia: com participação do povo nas f. de preceito IG 115; a homilia é prescrita nas f. de preceito IG 66. FIEL, FIÉIS – na celebração da Missa, os f. oferecem a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele IG 95; os f. são nação santa para dar graças a Deus e aprenderem a oferecer-se a si mesmos IG 95; na distribuição da comunhão sob as duas espécies, o f. a quem se chama para esse ofício em cada caso, pode ministrar ao cálice IG 284 a; aos f. que eventualmente queiram comungar só sob a espécie do pão, dê-se a Comunhão desta forma IG 284; a celebração eucarística procura que os fiéis possam chegar àquela plena, consciente e activa participação, que a própria natureza da Liturgia exige e que é, para eles, por força da sua condição, um direito e um dever IG 386. FLORES – a ornamentação com f. deve ser sempre sóbria e, em vez de as pôr sobre a mesa do altar, disponham-se junto dele IG 305; no tempo do Advento ornamente-se o altar com f. com a moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor IG 305; no tempo da Quaresma não é permitido adornar o altar com f. IG 305; no domingo Laetare (IV da Quaresma), nas solenidades e nas festas do tempo da Quaresma podem usar-se f. IG 305. FONTES LITÚRGICAS – antes da reforma do Missal Romano estudaram-se as antigas f.l. CA (4). FORMAS MUSICAIS – pertence à Conferência Episcopal pronunciar-se sobre quais as f.m. que é lícito admitir no culto divino IG 393. FRACÇÃO DO PÃO – o rito da f.p. foi simplificado CA (7); pela f.p. os fiéis recebem, de um só pão e do mesmo cálice, o Corpo e o Sangue do Senhor, do mesmo modo que os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo IG 72; significado e importância do rito IG 83; a f.p. começa depois de se dar a paz e realiza-se com a devida reverência, mas não se deve prolongar desnecessariamente nem se lhe deve atribuir uma importância excessiva IG 83; este rito INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 181 é reservado ao sacerdote e ao diácono IG 83; a invocação Cordeiro de Deus acompanha a f.p., pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito IG 83; rito da f.p. na celebração da Eucaristia IG 155, 240, 267; o gesto da “fracção do pão” manifesta de modo mais expressivo a força e o valor de sinal da unidade de todos em um só pão e de sinal da caridade, pelo facto de um só pão ser repartido entre os irmãos IG 321. FRAGMENTOS DO PÃO EUCARÍSTICO – os f. que aderem aos dedos limpam-se sobre a patena IG 278; recolhem-se os f. que tenham ficado fora da patena IG 278; os f. recolhem-se antes da purificação IG 163, 183. FUNÇÕES SAGRADAS – cf. Celebrações litúrgicas, Ministérios. FUNDADOR – celebração do f. duma Igreja particular no calendário particular C 50 b; celebração do f. duma família religiosa a inscrever no calendário religioso C 50 b, 52 b. – solenidade ou festa do f. duma família religiosa C 59. GALHETAS – preparam-se na credência IG 118 c; são apresentadas ao sacerdote pelo ministro IG 142; quando são trazidas pelos fiéis na altura da apresentação dos dons não se preparam na credência IG 118 c. «GAUDETE» – cor das vestes no domingo «G». IG 346 f. GENUFLEXÃO, GENUFLEXÕES – a genuflexão, que se faz dobrando o joelho direito até ao solo, significa adoração IG 274. – na celebração da Eucaristia IG 42, 274; g. às palavras «E encarnou» IG 137; todos ge- nuflectem à consagração IG 43; g. do sacerdote antes da Comunhão IG 242, 268, 274; g. dos concelebrantes antes da Comunhão IG 242, 246, 247, 248, 249. – ao Santíssimo Sacramento, antes e depois da Missa IG 274. GESTOS – g. de Cristo: foi a partir das palavras e g. de Cristo que a Igreja ordenou toda a celebração da liturgia eucarística IG 72; mediante as palavras e g. de Cristo, realiza-se o sacrifício que o próprio Cristo instituiu na última Ceia IG 79 d. – as adaptações na celebração da Eucaristia consistem, muitas vezes, na escolha de certos ritos, textos e g. IG 24; g. na celebração da Eucaristia IG 42-44; os g., tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração seja bela e de nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos IG 42; nos g. litúrgicos deve atender-se ao que está definido pela IGMR e pela tradição do Rito romano, e ao que concorre para o bem espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação ou arbítrio particular IG 42; para se conseguir a u. nos gestos e atitudes do corpo na mesma celebração, os fiéis devem obedecer às indicações que, no decurso da mesmo, lhes forem dadas pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido no Missal IG 43; entre os g. contam-se também determinadas acções e procissões do sacerdote, do diácono, e dos fiéis IG 44; os g. comuns exprimem a unidade dos fiéis IG 95; é o diácono ÍNDICE ANALÍTICO 182 que indica à assembleia os g. a fazer IG 94; a unidade do Corpo de Cristo manifesta-se em beleza nos g. e atitudes corporais que os fiéis observam todos juntamente IG 96; g. e posição dos braços e das mãos no início da Oração eucarística, durante o diálogo do prefácio IG 148; os g. na Oração eucarística, durante a concelebração, salvo indicação em contrário, são feitos só pelo celebrante principal IG 217; na Oração eucarística I, desde Santificai, Senhor até Humildemente Vos suplicamos, o celebrante principal faz os g. IG 222; pertence à Conferência Episcopal definir os g. e as atitudes corporais dos fiéis IG 390. GLÓRIA – hino «G».: na celebração da Eucaristia, nas celebrações estabelecidas IG 37 a, 44, 46, 126, 258; quando e como se canta ou se diz o «G». IG 53; não é permitido substituir o texto deste hino por outro IG 53. – resposta dos fiéis: Glória a Vós, Senhor IG 134, 175, 262. GLORIFICAÇÃO – a perfeita g. de Deus foi realizada por Cristo especialmente no seu mistério pascal AL 18; a g. de Deus faz-se no prefácio da Oração eucarística IG 79 a, e na doxologia da Oração eucarística IG 79 h. GRAÇA – a graça da salvação no ano litúrgico MP (4-6); os acontecimentos da vida são santificados pela g. que brota do mistério pascal IG 368. GRAÇAS (acção de) – cf. Acção de graças. GRADUAL (salmo) – o s.g. segue a primeira leitura IG 61. – cf. Canto entre as leituras. GRADUAL ROMANO – não se tocou no G.R. no que se refere à música CA (12); como cântico de entrada pode utilizar-se a antífona com o respectivo salmo que vem no G.R. IG 48; em vez do salmo que vem no Leccionário, pode cantar-se o gradual tirado do G.R. depois da primeira leitura IG 61, ao ofertório IG 74, à Comunhão IG 87. GRADUAL SIMPLES – como cântico de entrada pode utilizar-se a antífona com o respectivo salmo que vem no G.s. IG 48; em vez do salmo que vem no Leccionário, pode cantar-se o gradual tirado do G.s. depois da primeira leitura IG 61, antes do Evangelho IG 62, ao ofertório IG 74, à Comunhão IG 87. GRUPO CORAL – entre os fiéis exerce um próprio ofício litúrgico o g.c. IG 103; o que lhe compete fazer IG 103. – cf. Cantor, Coro litúrgico. «HANC IGITUR» – texto próprio IG 365 a. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 183 HINO – h. depois da Comunhão IG 86-88. HOMILIA – o que é a h. IG 65; é parte da própria liturgia IG 65;é parte da acção litúrgica IG 29; importância IG 29, 65; fim da h. IG 65; na h. comentam-se as leituras IG 55. – circunstâncias: lugar da h. IG 136; pode fazer-se do ambão IG 309; todos se sentam à h. IG 43; silêncio depois da h. IG 45; não é oportuno, antes ou depois da h., convidar os fiéis a fazer o sinal da cruz ou saudá-los, v.g. dizendo: «Seja louvado nosso Senhor Jesus Cristo», nem conservar tais costumes onde eventualmente existam (cf. Notitiae 9, 1973, p. 178). – na celebração da Eucaristia: IG 65-66; foi restabelecida CA (8); habitualmente a h. deve ser feita pelo sacerdote celebrante ou por um sacerdote concelebrante, por ele encarregado, ou algumas vezes, se for oportuno, também por um diácono, mas nunca por um leigo IG 66; em casos especiais e por justa causa, a homilia também pode ser feita por um Bispo ou presbítero que se encontra na celebração mas sem poder concelebrar IG 66; depois da h. observe-se oportunamente um breve espaço de silêncio IG 66; na concelebração IG 213; h. nos domingos e festas IG 13; nos domingos e festas de preceito IG 66; h. na Missa exequial IG 382; a h. é recomendada em certas ocasiões IG 66. HÓSTIA, HÓSTIAS – as h. para a Comunhão dos fiéis devem consagrar-se na própria celebração IG 13, IG 85; a h. grande é partida sobre a patena IG 155; ao mostrar a h. consagrada ao povo, o sacerdote pode fazê-lo levantando-a um pouco sobre a patena ou sobre o cálice IG 84, 157, 243, 268; terminada a distribuição da Comunhão, as h. consagradas que sobrarem, ou o sacerdote as consome no altar ou as leva ao lugar destinado a guardar a Eucaristia IG 163; quando uma h. ou partícula cai no chão IG 280. – os fiéis oferecem a h. imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele IG 95. IGREJA, IGREJAS – Sacramento primordial: – Eucaristia: o memorial da morte e ressurreição de Cristo foi legado à I. IG 2; a prin- cipal manifestação da I. realiza-se na Missa presidida pelo Bispo IG 112; o mistério da I. como sacramento de unidade manifesta-se de forma mais clara na concelebração presidida pelo Bispo IG 92; as orações pela I. no Missal Romano IG 15. – universal: a celebração da Eucaristia é o centro da vida da I. universal IG 16; estendam- se a toda a I. apenas as festas que recordam os Santos de importância verdadeiramente universal MP (8), AL 9; na administração dos sacramentos a I. tem poder de estabelecer ou modificar a sua celebração IG 282. – local ou particular: a celebração da Eucaristia é o centro da I. local IG 16; o calendário particular é determinado para o uso de cada I. particular C 48; muitas festas de Santos ficarão a ser celebradas só por uma I. particular MP (8), AL 9; a I. particular venera com culto especial os Santos que lhe são próprios C 49; antes de pretender levar a cabo adaptações mais profundas da sua liturgia, cada I. particular deve estar de acordo com a I. universal, não só na doutrina da fé e nos sinais sacramentais, mas também nos usos universalmente recebidos de uma ininterrupta tradição apostólica IG 397. – latina: segundo a tradição da I. latina, o pão da Eucaristia deve ser ázimo IG 320; cf. também Rito romano. ÍNDICE ANALÍTICO 184 IGREJA (edifício) – a i. é sinal e símbolo das realidades celestes IG 288; é conveniente, pelo menos nas i. catedrais e nas de maior importância, que haja um ministro competente ou mestre de cerimónias, responsável pelo bom ordenamento das acções sagradas IG 106; todas as i. devem ser dedicadas ou ao menos benzidas IG 290. – disposição e adorno das i. para a celebração da Eucaristia IG 288-318: princípios gerais IG 288-294; disposição do presbitério para a celebração litúrgica IG 295-310; a dispo- sição da igreja IG 311-318; ornamentação da i. IG 292; as i. devem ser aptas para as acções sagradas e para a participação activa IG 288; na disposição da i. deve atender-se à comodidade dos fiéis IG 293; lugar dos fiéis na i. IG 294, 311; disposição da i. para a celebração litúrgica IG 294; o Bispo diocesano pode estabelecer normas sobre a construção e ordenamento dos edifícios da i. IG 387. – solenidade da dedicação da i. C 59. – celebrações próprias: C 52 c. – catedral: em certos casos pode celebrar-se nos domingos do Tempo Comum o aniversário da dedicação da i. catedral, como sinal de unidade da Igreja local (cf. Notitiae 11, 1975, p. 61); as i. catedrais sejam solenemente dedicadas IG 290. – paroquial: as i. paroquiais sejam solenemente dedicadas IG 290. – conforme a arquitectura de cada i., guarde-se o Santíssimo Sacramento no sacrário, num lugar de honra da i., adequado à oração IG 314. – cf. também Capela, Edifícios sagrados, Oratório. IMAGENS – de acordo com a antiquíssima tradição, exponham-se à veneração dos fiéis, nos edifícios sagrados, i. do Senhor, da bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos IG 318; disponham- se de tal modo que os fiéis sejam levados aos mistérios da fé que aí se celebram IG 318; não se aumente exageradamente o número das i. 318; a disposição das i. faça-se na ordem devida, de tal modo que não distraiam os fiéis da celebração IG 318; normalmente não haja na mesma igreja mais do que uma i. do mesmo Santo IG 318; na ornamentação e disposição da igreja, no que se refere às i., procure atender-se à piedade de toda a comu- nidade e à beleza e dignidade das i. IG 318; como se incensam as i. IG 277; as vestes podem apresentar i. ou símbolos que indiquem o seu uso 344. «IMMIXTIO» – antes da Comunhão eucarística IG 83, 155, 267. INCARNAÇÃO – cf. Encarnação. INCENSAÇÃO, INCENSO – o queimar incenso ou a i. exprime reverência e oração, como vem significado na Sagrada Escritura IG 276. – rito da imposição do incenso e i. do altar e da cruz IG 123, 277. – na celebração da Eucaristia: quando se pode fazer a i. IG 276; i. na procissão de entrada IG 120 a; i. do altar no início IG 49, 123, 211, 276 b, quando está presente o diácono IG 173; i. na procissão do evangelho IG 132-134, 135, 175, 276 c; i. dos dons, da cruz, do altar, do sacerdote e do povo IG 75, 144, 145, 276 d; i. da hóstia e do cálice, ao serem mostrados ao povo depois da consagração IG 150, 276 e; quando INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 185 está presente o diácono IG 178, quando não está presente o diácono, mas está presente o acólito IG 190. – i. com três ductos: Santíssimo Sacramento, relíquias da santa Cruz, imagens do Senhor, oblações, cruz do altar, Evangeliário, círio pascal, sacerdote e povo IG 277; i. com dois ductos: relíquias e imagens dos Santos, só no início da celebração, depois da i. do altar IG 277. – i. com ictus: a i. do altar faz-se com simples ictus IG 277; como se faz a i. do altar IG 277 a-b. INCLINAÇÃO – a i. significa a reverência e a honra que se presta às próprias pessoas ou aos seus símbolos IG 275; as i. são de duas espécies: i. de cabeça e inclinação do corpo IG 275. – i. profunda ao altar no início celebração da Eucaristia IG 122, 173, 211, 256; i. da cabeça na celebração da Eucaristia IG 275 a; i. profunda antes e depois da incensação das pessoas e coisas, excepto ao altar e às oblatas IG 277; i. do corpo na celebração da Eucaristia IG 275 b; i. profunda durante a oração antes do Evangelho IG 132, 175; i. às palavras «E encarnou» IG 137, 275; i. profunda durante a oração depois da apresentação dos dons IG 143; pequena i. do sacerdote enquanto diz as palavras da consagração IG 275; i. profunda no Cânone Romano às palavra «humildemente Vos suplicamos» IG 275; i. profunda ao altar no fim da Missa IG 169, 186, 251, 272. INCULTURAÇÃO – a norma estabelecida pelo II Concílio do Vaticano, segundo a qual as inovações na re- forma litúrgica só se devem fazer se o exigir uma verdadeira e certa utilidade da Igreja, também deve aplicar-se à inculturação do R. romano IG 398; a procura da inculturaçãonão pretende de modo algum a criação de novas famílias rituais, mas sim responder às exigências de determinada cultura IG 398. INICIAÇÃO CRISTÃ – celebração dos Sacramentos: os Sacramentos da i.c. celebram-se na vigília pascal PM (3); na vigília pascal a Igreja espera a ressurreição de Cristo e celebra-a nos Sacramentos AL 21. – cf. também Catecumenado. INSTRUÇÃO – há-de cuidar-se com diligência da promoção sapiente e ordenada da devida i. litúrgica do clero e fiéis IG 396. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO – a I.g. propõe novas normas para a celebração da Eucaristia CA (5); traça as linhas gerais e expõe as normas para cada uma das formas de celebração da Eucaristia IG 21; para que a celebração da Eucaristia corresponda mais plenamente às normas e ao espírito da sagrada Liturgia, nesta I.g. e no Ordinário da Missa propõem-se algumas ulteriores adaptações, que são da competência do Bispo diocesano ou da Conferência Episcopal IG 386. – Proémio IG 1-15: introdução IG 1; testemunho de fé inalterável IG 2-5; uma tradição ininterrupta IG 6-9; adaptação às novas circunstâncias IG 10-15. – Capítulo I: Importância e dignidade da celebração eucarística IG 16-26. – Capítulo II: Estrutura da Missa, seus elementos e suas partes IG 27-90: – I. Estrutura geral da Missa IG 27-28. ÍNDICE ANALÍTICO 186 – II. Os diversos elementos da Missa IG 29-45: – leitura da palavra de Deus e sua explanação IG 29. – orações e outros elementos que pertencem à função do sacerdote IG 30-33. – outras fórmulas utilizadas na celebração IG 34-37. – modos de proferir os vários textos IG 38. – importância do canto IG 39-41. – os gestos e atitudes corporais IG 42-44. – o silêncio IG 45. – III. As várias partes da Missa IG 46-90: – A) ritos iniciais IG 46-54: entrada IG 47-48; saudação do altar e da assembleia IG 49-50; acto penitencial IG 51; Kyrie, eleison IG 52; Gloria in excelsis IG 53; oração colecta IG 54. – B) liturgia da palavra IG 55-71: introdução IG 55; silêncio IG 56; leituras bíblicas IG 57-60; salmo responsorial IG 61; aclamação antes do Evangelho IG 62-64; homilia IG 65-66; profissão de fé IG 67-68; oração universal IG 69-71. – C) liturgia eucarística IG 72-89: introdução IG 72; preparação dos dons IG 73-76; oração sobre as oblatas IG 77; Oração eucarística IG 78-79; rito da comunhão IG 80; oração dominical IG 81; rito da paz IG 82; fracção do pão IG 83; Comunhão IG 84-89. – D) rito de conclusão IG 90. – Capítulo III: Ofícios e ministérios na Missa IG 91-111: – introdução IG 91. – I. Ofícios da Ordem sacra IG 92-94. – II. Funções do povo de Deus IG 95-97. – III. Ministérios especiais IG 98-107: – ministério instituído do acólito e do leitor IG 98-99. – as outras funções IG 100-107. – IV. A distribuição das funções e a preparação da celebração IG 108-111. – Capítulo IV: As diversas formas de celebração da Missa IG 112-287: – introdução IG 112-114. – I. Missa com o povo IG 115-198: introdução IG 115-116; coisas a preparar IG 117-119. – A) a Missa sem diácono IG 120-170: ritos iniciais IG 120-127; liturgia da palavra IG 128-138; liturgia eucarística IG 139-165; ritos de conclusão IG 166-170. – B) a Missa com diácono IG 171-186: introdução IG 171; ritos iniciais IG 172-174; liturgia da palavras IG 175-177; liturgia eucarística IG 178-183; ritos de conclusão IG 184-186. – C) funções do acólito IG 187-193: introdução IG 187; ritos iniciais IG 188-189; liturgia eucarística IG 190-193. – D) funções do leitor IG 194-198: ritos iniciais IG 194-195; liturgia da palavra IG 196-198. – II. Missa concelebrada IG 199-251: – introdução IG 199-209; ritos iniciais IG 210-211; liturgia da palavra IG 212-213; liturgia eucarística IG 214-215; modo de proferir a Oração eucarística IG 216-218: INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 187 A) Oração eucarística I, ou Cânone romano IG 219-225; B) Oração eucarística II IG 226-228; C) Oração eucarística III IG 229-231; D) Oração eucarística IV IG 232-236; ritos da Comunhão IG 237-249; ritos de conclusão 250-251. – III. Missa com a participação de um só ministro IG 252-272: – introdução IG 252-259; Missa celebrada por causa justa e razoável, só pelo sacerdote IG 254; ritos iniciais IG 256-259; liturgia da palavra IG 260-264; liturgia eucarística IG 265-271; ritos de conclusão IG 272. – IV. Algumas normas gerais para todas as formas de celebração da Missa IG 273-287: – veneração do altar e do Evangeliário IG 273; genuflexão e inclinação IG 274-275; incensação IG 276-277; purificações IG 278-280; Comunhão sob as duas espécies IG 281-287. – Capítulo V: Disposição e adorno das igrejas para a celebração da Eucaristia IG 288-318: – I. Princípios gerais IG 288-294. – II. Disposição do presbitério para a celebração litúrgica IG 295-310: – introdução IG 295; o altar e o seu adorno IG 296-308; o ambão IG 309; a cadeira para o sacerdote celebrante e outros assentos IG 310. – III. A disposição da igreja IG 311-318: – o lugar dos fiéis IG 311; o lugar do coro e dos instrumentos musicais IG 312-313; o lugar da reserva da santíssima Eucaristia IG 314-317; as imagens sagradas IG 318. – Capítulo VI: As coisas necessárias para a celebração da Missa IG 319-351: – I. O pão e o vinho para celebrar a Eucaristia IG 319-324. – II. Alfaias sagradas em geral IG 325-326. – III. Os vasos sagrados IG 327-334. – IV. As vestes sagradas IG 335-347. – V. Outras alfaias destinadas ao uso da Igreja IG 348-351. – Capítulo VII: A escolha da Missa e das suas partes IG 352-367: – introdução IG 352. – I. A escolha da Missa IG 353-355. – II. A escolha das partes da Missa IG 356-367: – introdução IG 356; as leituras IG 357-362; as orações IG 363; a Oração eucarística IG 364-365; os cânticos IG 366-367. – Capítulo VIII: Missas e orações para diversas circunstâncias e Missas de defuntos IG 368-385: – I. Missas e orações para diversas circunstâncias IG 368-378. – II. Missas de defuntos IG 379-385. – Capítulo IX: Adaptações que competem aos Bispos e às suas Conferências IG 386-399. – introdução IG 386. – compete ao bispo diocesano IG 387. – compete às Conferências Episcopais IG 388-399. INSTRUMENTOS – musicais: quando se hão-de calar os i. musicais IG 32; onde devem colocar-se os i. mu- sicais na igreja IG 313; no tempo do Advento usem-se o órgão e outros i. musicais com a ÍNDICE ANALÍTICO 188 moderação que convém à índole deste tempo, de modo a não antecipar a plena alegria do Natal do Senhor IG 313; no tempo da Quaresma só é permitido o toque do órgão e dos outros i. musicais para sustentar o canto IG 313; exceptuam-se, porém, o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas do tempo da Quaresma IG 313; pertence à Conferência Episcopal pronunciar-se sobre quais os i. musicais que é lícito admitir no culto divino IG 393. – técnicos: aparelhagem sonora IG 306, 311. INTENÇÕES – antes da oração colecta IG 54. – da oração universal: IG 69-71; ordem das quatro séries de i. IG 70; a ordem pode acomodar-se às circunstâncias IG 70; as intenções devem ser sóbrias IG 71; compete ao sacerdote celebrante dirigir estas preces IG 71, 138; as i. da oração universal são proferidas pelo diácono IG 94, 171, 177, 197 por um cantor IG 138, por um leitor IG 99, 138, 197, por uma mulher leiga IG 107; por outro IG 138, no ambão ou noutro lugar conveniente, voltado para o povo IG 138, 309; na Missa com a participação de um só ministro as i. são proferidas pelo ministro IG 264. – cf. Oração universal. INTERCESSÃO, INTERCESSÕES – pelas i. exprime-se que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto do Céu como da terra, e que a oblação é feita em proveito dela e de todos os seus mem- bros, vivos e defuntos, chamados a tomar parte na redenção e salvação adquirida pelo Corpo e Sanguede Cristo IG 79 g; as i. pelos vivos convém confiá-las a um ou outro dos concelebrantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em voz alta IG 228, 231; as i. pelos defuntos convém confiá-las a um ou outro dos concelebrantes, que as dirá sozinho, de braços abertos e em voz alta IG 234; como se pronunciam as i. na concelebração IG 220-221, 223-224, 228, 231, 234. INTINÇÃO – quando a comunhão é por i. o acólito segura o cálice IG 191; na concelebração IG 245, 249; como devem ser as hóstias para a i. IG 285 b; rito da Comunhão do Sangue de Cristo por i. IG 287. INTRODUÇÃO À MISSA – quando se faz e quem a faz IG 50, 124. INTRÓITO – no início da celebração da Eucaristia IG 46-48. IRMÃS – cf. Religiosos. JEJUM – j. pascal AL 20. JESUS – inclinação da cabeça ao pronunciar-se o nome de Jesus IG 275 a; a Oração eucarística é dirigida a Deus Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo IG 78; o Corpo de Jesus Cristo INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 189 vivo e glorioso IG 83; o altar fixo significa mais clara e permanentemente Cristo Jesus, Pedra viva IG 298. – terminação das orações presidenciais: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho IG 54; o sacerdote diz em voz alta a oração Senhor Jesus Cristo, que dissestes IG 154, 266; diz em voz baixa a oração antes da Comunhão: Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo IG 156, 241, 268. JOELHOS – ao longo da celebração da Eucaristia, os fiéis estão de j. durante a consagração, excepto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem IG 43; aqueles que não estão de j. durante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a c. IG 43; mantenha-se louvavelmente, onde o haja, o costume de o povo permanecer de j. desde o fim da aclamação do Sanctus até ao fim da Oração eucarística e antes da Comunhão, quando o sacerdote diz Eis o Cordeiro de Deus IG 43; os fiéis comungam de j. ou de pé, segundo a determinação da Conferência Episcopal IG 160; desde a epiclese até à ostensão do cálice, o diácono permanece habitualmente de j. IG 179. JOSÉ – cf. Santos, Solenidade. «KYRIE, ELEISON» – na celebração da Eucaristia IG 46, 52, 125, 258; cada uma das aclamações diz-se normalmente duas vezes, o que não exclui, porém, um maior número IG 52; quando o Kyrie é cantado como parte do acto penitencial, cada aclamação é precedida de um «tropo» IG 52. «LAETARE» – no domingo «L». usam-se flores IG 305, e toca-se o órgão IG 313; cor das vestes no domingo «L». IG 346 f. «LAVABO» – cf. Ablução, Purificação. LECCIONÁRIO, LECCIONÁRIOS (da Missa) – o L. é distinto do Evangeliário IG 117; há-de procurar-se de modo particular que o L. seja verdadeiramente digno, de boa qualidade e belo IG 349; prepara-se no ambão IG 118 b; na procissão de entrada o leitor não pode levar o L. IG 120 d; é colocado no ambão antes da Missa IG 128; é do L. que os leitores proclamam a primeira leitura e, se for o caso, também a segunda antes do Evangelho IG 128; há-de procurar-se que os L. sejam sinais e símbolos das coisas do alto, verdadeiramente dignos, de boa qualidade e belos IG 349; a Conferência Episcopal tem a faculdade de indicar, em circunstâncias especiais, certas adaptações que se podem fazer no que se refere às leituras, contanto que os textos escolhidos sejam do L. devidamente aprovado IG 362. – para a celebração da Eucaristia: – o L. dos domingos e solenidades apresenta três leituras IG 357. – o L. ferial contém as leituras para cada dia da semana, ao longo de todo o ano IG 358; sempre que celebre a Missa com participação do povo, o sacerdote procurará não deixar frequentemente e sem motivo suficiente as leituras indicadas para cada dia no L. Ferial IG 355. ÍNDICE ANALÍTICO 190 – o L. para as Missas rituais contém as leituras para as Missas de grupos especiais IG 358; nestas Missas o sacerdote pode escolher os textos que melhor se adaptem a essa celebração particular, contanto que sejam tomados de entre os que vêm no L. aprovado IG 358; este L. contém ainda as leituras de certos sacramentos ou sacramentais IG 359; o L. para as Missas Rituais foi composto para que os fiéis, através da audição de uma leitura mais apropriada, compreendam melhor o mistério em que tomam parte e adquiram maior estima pela palavra de Deus IG 359. – o salmo responsorial é tirado do L., bem como os outros cânticos entre as leituras IG 61-62. – cf. também Livro das leituras, Salmo responsorial. LEIGO, LEIGOS – as orações pelos l. no Missal Romano tiveram de ser compostas integralmente, utilizando as ideias, muitas vezes até as expressões, dos recentes documentos conciliares IG 15; o Bispo diocesano deve procurar que os fiéis l. compreendam sempre profundamente o genuíno sentido dos ritos e textos litúrgicos IG 22; todos, ministros ordenados ou fiéis cristãos l., ao desempenharem a sua função ou ofício, façam tudo e só o que lhes compete IG 91; as acções litúrgicas devem ser feitas com dignidade, ordem e piedade pelos ministros sagrados e pelos fiéis l. IG 106; as funções litúrgicas, que não são próprias do sacerdote e do diácono, podem ser confiadas a l. idóneos IG 107; dê-se o primeiro lugar, em razão do seu significado, à Missa presidida pelo Bispo rodeado do seu presbitério, diáconos e ministros l. IG 112. – as indicações para se conseguir a uniformidade nos gestos e atitudes do corpo na mesma celebração podem ser dadas por um ministro l. IG 43; depois da saudação do povo, um ministro l., pode, com palavras muito breves, introduzir os fiéis na Missa do dia IG 50; a homilia nunca pode ser feita por um l. IG 66; as intenções da oração universal podem ser enunciadas por um fiel l. IG 71; na falta de acólito instituído, podem ser destinados para o serviço do altar ministros l. que levam a cruz, os círios, o turíbulo, o pão, o vinho e a água IG 100; também podem ser designados ministros l. para distribuir a sagrada Comunhão como ministros extraordinários IG 100; na falta de leitor instituído, podem ser designados outros l. para proclamar as leituras da Sagrada Escritura, desde que sejam realmente aptos para o desempenho desta função e se tenham cuidadosamente preparado IG 101; na procissão com o Evangeliário, os ministros l. podem levar o turíbulo e os círios IG 133; na preparação do altar, o acólito ou outro ministro l. coloca sobre o altar o corporal, o sanguinho, o cálice, a pala e o Missal IG 139; nos ritos de conclusão, antes de se retirarem, os ministros l. fazem uma inclinação profunda ao altar IG 169; as vestes usadas pelos ministros l. devem ser benzidas antes de serem destinadas ao uso litúrgico IG 335; os ministros l. podem vestir a alva ou outra veste legitimamente aprovada pela Conferência Episcopal em cada região IG 339. LEITOR, LEITORES – instituição e importância do l.: para que é instituído o l. IG 99; em qualquer celebração da Missa, convém que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um l. IG 116; nos textos que devem ser proferidos claramente e em voz alta pelo l., a voz deve corresponder ao género do próprio texto IG 38; na escolha das partes que o l. deve cantar com resposta do povo, dê-se preferência às mais importantes IG 40; os l. podem vestir a alva ou outra veste aprovada IG 339. INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO 191 – na celebração eucarística o l. tem uma função que lhe é própria e que ele deve exercer por si mesmo IG 99; funções do l. IG 99, 194-198; antes da celebração, o l. deve saber perfeitamente quais os textos que ele vai ler IG 352; o lugar do l. na procissão de entrada IG 120 d, 194; o que pode e não pode levar o l. na procissão de entrada IG 120 d, 194; se levar o Evangeliário, depõe-no sobre o altar IG 195; o l. pode ler a antífona de entrada IG 48, 198; na