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INTRODUÇÃO A DIREITO CONSTITUCIONAL

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Direito Constitucional
"Para modificar a realidade jurídica em que vivemos é necessário, antes de tudo, conhecê-la.“ Marcelo Novelino, 
Introdução ao Estudo do Direito Constitucional
	
Evolução do Constitucionalismo 
1- O Estado
	“instituição social, que um grupo vitorioso impôs a um grupo vencido, com o único fim de organizar o domínio do primeiro sobre o segundo e resguardar-se contra rebeliões internas e agressões estrangeiras”. OPPENHEIMER
	“ Aquela comunidade humana que, dentro de um determinado território, reivindica para si, de maneira bem sucedida, o monopólio da violência física legítima”. Max Weber
Para se constituir em Estado são elementos necessários:
I. Humano – povo, população ou nação.
II. Geográfico – Território.
III. Político – Governo.
IV. Teleológico – Finalidade
V- Soberania - Poder.
2- Regime Monárquico Absolutista
 “ O Estado sou eu” – Luís XIV
 Direito consuetudinário.
3- Movimento Iluminista do Séc. XVIII
 Afirmação dos valores liberais da burguesia da Europa Ocidental e da América do Norte, contra o ancien régime
 Surgimento das Constituições escritas, organizada em um só documento.
 Um único documento para organizar e estruturar o poder do Estado e, principalmente, limitar esse poder através da fixação de direitos e garantias fundamentais.
A origem do Direito Constitucional moderno está intimamente ligada ao triunfo político das revoluções liberais do séc. XVIII, cujo proposito maior que as animou era a limitação do poder mediante a consagração de um sistema de separação das funções estatais (atribuídas a órgãos distintos do poder que passariam a se controlar mutuamente) e de uma declaração de direitos.
	Assim, a origem do Direito Constitucional está ligada a duas preocupações básicas:
(1) organização do Estado e 
(2) limitação do Poder estatal, por meio de direitos e garantias fundamentais ao indivíduo.
Fontes do direito constitucional 
Fontes Imediatas (diretas)
As próprias Constituições e em alguns casos os Costumes.
 Fontes Mediatas (indiretas)
A Jurisprudência e a Doutrina.
Condições para se ter uma constituição
	Nenhuma Constituição pode existir se, antes dela, não existirem as correspondentes condições. Estas são seus pressupostos ou seus requisitos. São eles:
1- Sociedade, a cuja organização jurídica ela se presta como principal instrumento.
2- Sociedade Soberana. Sem a soberania poder haver Regimento, Ordenação ou Estatuto de Ocupação, mas não há Constituição.
3- Povo. Em outras palavras, que o Poder Constituinte pertença ao povo ou a seus representantes.
	Faltando alguns desses pressupostos inexiste Constituição. 
Sentidos do termo “constituição”
	
	A palavra constituição exprime a ideia de modo de ser de algo. Por isso, todo Estado tem Constituição, que é o peculiar modo de ser do Estado. Pode ser estudada sob a ótica sociológica, política, cultural e jurídica.
Sentido sociológico
“A Constituição é fruto de fatores reais de poder”. Ferdinand Lassalle
	Esses fatores reais de poder seriam a força ativa que corresponde a todas as leis da sociedade, e uma constituição que não corresponde a tais fatores reais não passaria de uma simples folha de papel, pois uma constituição duradoura e boa é a que corresponde à constituição real, isto é, àquela que tem suas raízes nos fatores de poder predominantes nesse país. 
Sentido Político
 Segundo Carl Schmitt “ A Constituição é fruto de uma decisão política fundamental, uma decisão de conjunto sobre o modo e a forma da unidade política. Que somente seria possível uma noção de constituição quando se distinguisse constituição de lei constitucional.
 De acordo com Carl Schmitt, constituição e lei constitucional são diferentes, porque a primeira concerne a uma decisão política fundamental. O conteúdo de uma constituição refletiria a forma de Estado, a de governo, os direitos individuais, os órgãos do poder, porquanto promana de uma decisão política fundamental. Enquanto a segunda não contém matéria correlata à decisão política fundamental. 
Sentido Cultural
 Assim como a cultura, o Direito é produto da atividade humana. Tudo que existe, ou sucede, por intervenção do homem, e em que se incorpora ou procura incorporar-se um valor, é cultura. A cultura compreende, portanto, as necessidades, os interesses e os instintos do homem ou da própria vida social, sejam de natureza material (física, biológica), sejam de natureza espiritual (direito, moral religião).
 Para Meirelles Teixeira A Constituição apresenta-se, em primeiro lugar, como expressão da cultura total, em determinado momento histórico, e, em segundo lugar, como elemento configurante das demais partes da cultura influindo sobre a evolução cultural com determinados sentidos ou, como diz Burdeau, a Constituição vincula o poder à ideia de Direito, impondo-lhe exigências e diretrizes para a sua ação. 
Sentido Jurídico
Segundo Hans kelsen : A Constituição é puro dever-ser, norma pura, não devendo buscar seu fundamento na filosofia, na sociologia ou na política, mas na própria ciência jurídica. Logo, é puro "dever-ser". Constituição deve poder ser entendida no sentido: 
a) lógico-jurídico: norma fundamental hipotética: fundamental porque é ela que nos dá o fundamento da Constituição; hipotética porque essa norma não é posta pelo Estado é apenas pressuposta. Não está a sua base no direito positivo ou posto, já que ela própria está no topo do ordenamento; e 
b) jurídico-positivo: é aquela feita pelo poder constituinte, constituição escrita, é a norma que fundamenta todo o ordenamento jurídico. No nosso caso seria a CF/88. É algo que está no direito positivo, no topo na pirâmide. A norma infraconstitucional deve observar a norma superior e a Constituição, por consequência. Dessa concepção nasce a idéia de supremacia formal constitucional e controle de constitucionalidade, e de rigidez constitucional, ou seja, necessidade de proteger a norma que dá validade a todo o ordenamento. Para ele nunca se pode entender o direito como fato social, mas sim como norma, um sistema escalonado de normas estruturas e dispostas hierarquicamente, onde a norma fundamental fecha o ordenamento jurídico dando unidade ao direito.
A Constituição como raiz de todos os outros ramos do Direito

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