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Conceitos Básicos de Métodos Radioativos 2a Parte 1) Instrumentação Contator Geiger – Müller Cintilometro Espectrometro de radiação gama 2) Calibração 3) Operações de campo Radioatividade 1) Instrumentação - Contator Geiger – Müller Este é um dos mais antigos instrumentos de medição e percepção da emissão de radiação beta e ocasionalmente a radiação alfa e gama total. Seu princípio é muito simples: quando a radiação passa por um determinado gás inerte ioniza-o possibilitando que ele conduza eletricidade. Deste modo foi idealizado uma ampola contendo uma certa quantidade de gás inerte como o argônio contendo traços de alcool, metano, vapor d´água ou a combinação destes. Dentro da ampola existe dois eletrodos onde é aplicado uma diferença de potencial entre 500V a 800V. Quando alguma radiação alfa ou beta passa através do gás, um átomo é ionizado e viaja em direção a um dos dois eletrodos, fechando o circuito elétrico e acionando um alto falante que gera um “bib”. Radioatividade 1) Instrumentação - Contator Geiger – Müller Radioatividade 1) Instrumentação - Contator Geiger – Müller Radioatividade 1) Instrumentação - Contator Geiger – Müller Deste modo este equipamento pode ser utilizado par detecção de locais ou pontos onde a radiação ocorra de maneira excessiva. Vantagens: Barato Portátil Informação qualitativa Desvantagens Não é possível distinguir os tipos de radiações (alfa, beta ou gama) Não obtêm-se valores quantitativos de cada radiação. Radioatividade 1) Instrumentação - Cintilometro Este instrumento é bem mais elaborado e sofisticado em relação ao contador Geiger-Müller. Ele é elaborado de tal modo que seja sensível a emissão de radiação gama dos elementos radioativos presentes nos materiais. Ele possui um detector de iodeto de sódio dopado de tálio (NaI –Tl) acoplado a uma foto multiplicadora e um circuito de contagem de pulsos (fótons). Quando a radiação gama atravessa o iodeto de sódio ocorre uma interação entre os dois e um pulso luminoso é gerado (fóton). Este fóton entra na foto multiplicadora excitando um foto-catodo que gera um elétron. Este elétron é multiplicado dentro da fotomultiplicador em mais elétrons em uma certa taxa (1:50; 1:100; 1:1000; etc). No final dela existe um anodo que recebe estes elétrons e gera uma corrente elétrica que é medida. Conhecendo-se a relação de multiplicação da fotomultiplicadora, pode-se conhecer a quantidade de fótons gerada pela corrente no anodo e por sua vez a quantidade de radiações gama que atravessaram o cristal de iodeto de sódio. Radioatividade 1) Instrumentação - Cintilometro Radioatividade 1) Instrumentação - Cintilometro Normalmente o cristal de iodeto de sódio é protegido por um bloco de chumbo possuindo apenas uma pequena janela por onde a radiação possa entrar. Deste modo o sensor (cristal) efetua a contagem apenas par aonde está sendo apontado e não por toda a região no entorno (colimação) Este instrumento possui a capacidade de contar a quantidade de emissões de radiação gama que existe no local de leitura, fornecendo dados quantitativos a respeito da quantidade de radiação gama presente em uma rocha ou local. A grande desvantagem deste equipamento esta no fato dele ser completamente ineficaz para separar a fonte desta radiação (elemento químico). Deste modo não se consegue distinguir se a radiação oriunda da rocha provem da quantidade de U, Th, ou K contida nela, ou de qualquer outro elemento químico radioativo. Radioatividade 1) Instrumentação - Gamaespectrometro Este equipamento é semelhante ao anterior em construção, com a diferença que ele é capaz de separar as diferenças radiações gama devido a desintegração do Th, U e K oriunda nas rochas. Cada decaimento radioativo emite uma determinada quantidade de energia na forma de radiação gama em conjunto com as emissões alfa e beta. Identificando a quantidade de energia das emissões gama pode-se detectar a presença de cada um dos elementos radioativos. Princípio da gamaespectrometria = identificação das janelas de energia emitidas pelos elementos radioativos de um material. Th232 = Tl208 = 1460 Mev (1.370 a 1.570 MeV). U238 e U235 = Bi214 = 1760 Mev (1.660 a 1.860 MeV). K40 = 1,46 MeV (1.370 a 1.570MeV). Radioatividade Espectrometria do Tório (Tálio 208) Radioatividade Espectrometria do potássio Radioatividade Espectrometria do Urânio (Bi) Radioatividade Gamaespectrometro Radioatividade 1) Instrumentação - Gamaespectrometro Deste modo este equipamento é mais eficiente em identificar qual o elemento que está fornecendo a radiação gama em uma determinada rocha ou coleção de rochas. Este equipamento normalmente fornece a quantidade de radiação em contagem por minuto ou por segundo (dependendo da intensidade de desintegrações). A grande vantagem deste equipamento é que as contagens por minuto ou por segundo podem ser convertidas em valores percentuais dos elementos oriundo na rocha. Isto é uma grande vantagem, pois pode-se estabelecer uma certa estimativa da quantidade destes elementos nas rochas estudadas. Radioatividade 2) Calibração O uso de gamaespectrometros exige uma calibração, ou seja, encontrar uma relação entre a quantidade de emissões que se lê no instrumento com a quantidade real de elemento que existe na rocha. Para isto se utiliza de “pads” de concreto que possuem a concentração de U, Th e K conhecidos. O conjunto de pads é formado por 4 unidades: 1 contendo minerais de urânio; 1 contendo minerais de Th 1 contendo minerais que tenham K 1 branco (somente cimento). Para a calibração deve-se colocar cada pad abaixo do gamaespectrometro e efetuar a medida da quantidade de radiação emitida pelo pad. Radioatividade 2) Calibração Deste modo pode-se estabelecer uma relação entre o valor fornecido entre o gama espectrometro e a concentração do elemento que realmente existe na rocha. Outra calibração que deve ser feita é a leitura de um ponto “neutro” dentro da região de estudo para obter-se o back-ground local. Isto é feito fazendo-se uma leitura do equipamento sobre uma lâmina d’ água com mais de 3 metros de espessura. Deste modo reduz-se a quantidade de radiação emitida pelas rochas e obtêm-se a radiação cósmica vinda do espaço que também pode ser sentida pelo aparelho. Esta calibração é extremamente importante para a obtenção do valor das rochas corrigido da influência da radiação cósmica local, rica em emissão gama. Radioatividade 3) Operações de campo Para efetuar-se um levantamento de capo necessita-se ter em mente o tamanho da área a ser estudada e o tipo de levantamento: Terrestre (carro ou a pé) ou aerotransportado (avião ou helicóptero). Em ambos levantamentos deve-se ter uma área disponível para efetuar as leituras dos “pads” e do “background” da região. Os pads são normalmente guardados junto das aeronaves ou carros, deste modo antes de embarcar o equipamento é feita a leitura de cada um dos pads. O background é feito realizando uma leitura sobre um lago ou rio de grande volume. Quando isto é feito a pé ou de carro, necessita-se de barco para levar o equipamento até o ponto de leitura, quando é aerotransportado o avião sobrevoa um lago ou acompanha o curso de um rio para fazer a mesma leitura. Radioatividade 3) Operações de campo As linhas de levantamento devem respeitar algumas regras: 1) ser perpendicular as principais estruturas e orientações das rochas; 2) Possuir um espaçamento entre perfis compatível com as dimensões dos corpos aflorantes e a geometria (janela) de visada do equipamento. 3) Devem existir um pequeno percentual de linhas que se cruzemem dias diferentes de levantamentos para efetuar possiveis correções de variações de leituras nos pads ou do background Radioatividade Bibliografia básica TELFORD, W. D.; GELDART, L. P. & SHERIFF, R. E., 1990. Applied Geophysics, Second Edition. Cambridge University Press. Eletroresistividade FIM
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