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5. APOSTILA DE MERIDIANO ORDINÁRIO

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Clínica Shinkyu - Fisioterapia e terapias orientais
	 Praça Luis Dias, 33 centro Itajubá MG (35)3622-4400 shinkyu@bol.com.br
APOSTILA DE MERIDIANO ORDINÁRIO
A Distribuição dos Doze Meridianos Ordinários
Parte Externa 
Quatro extremidades: 
Os meridianos Taiyin e Yangming estão na parte anterior. 
Os meridianos Jueyin e Shaoyang estão na parte medial. 
Os meridianos Shaoyin e Taiyang estão na parte posterior. 
Cabeça e Tronco 
Tronco: Três meridianos da cabeça se conectam com o tórax. 
Três meridianos Yangs se conectam com a cabeça. 
Três meridianos Yins se conectam com o abdome e o tórax. 
Os meridianos Yangming passam pela parte anterior do corpo, os meridianos Shaoyang vão pela parte lateral do corpo e os Taiyang pela parte posterior. 
Parte Interna 
Os Meridianos Yins pertencem aos órgãos Zang: 
Os três meridianos da mão estão relacionados ao tórax e pertencem ao Pulmão, Pericárdio e Coração, internamente; 
Os três meridianos Yins do pé estão relacionados ao abdome e pertencem ao Baço, Fígado e Rim, internamente; 
O meridiano Yang pertence aos órgãos Fu: 
Os três meridianos Yangs do pé pertencem ao Estômago, Vesícula Biliar e Bexiga, internamente; 
Os três meridianos Yangs da mão pertencem ao Intestino Grosso, Sanjiao (Triplo Aquecedor) e Intestino Delgado. 
Porque seis órgãos Fu estão localizados no abdome e estão intimamente relacionados aos três meridianos Yangs do pé, cada um dos seis órgãos Fu tem um ponto “mar” nos três meridianos do pé. 
  As relações de harmonia exterior e interior 
Os meridianos Yins pertencem aos órgãos Zang enquanto os meridianos Yangs pertencem aos órgãos Fu. Ambos estão mutuamente relacionados. Os meridianos que pertencem aos órgãos Zang se conectam aos órgãos Fu e os meridianos que pertencem aos órgãos Fu se conectam com os órgãos Zang, formando relações exterior-interior e de harmonia entre Yin e Yang e órgãos Zang e órgãos Fu. 
As relações de fluxo 
Pela conexão entre a mão e o pé, entre Yin e Yang e entre meridianos exteriores e interiores, 12 meridianos fluem continuadamente. Ying Qi (Qi Nutriente) flui dentro dos meridianos e Wei Qi (Qi Defensivo) vaza dos meridianos. A ordem do fluxo do Ying Qi é exatamente a ordem dos 12 meridianos, que também está relacionada aos meridianos Du Mai e Ren Mai, nas linhas posteriores e anteriores, respectivamente. 
Três Yins do pé
	O meridiano do Baço 
Taiyin do pé 
	Terceira linha lateral do tórax e abdome Face anterior e medial média dos membros inferiores Face medial do 
	Pertence ao Baço e se conecta com o Estômago 
	O Meridiano Fígado 
Jueyin do pé 
	Região do Hipocôndrio parte genital medial e face Antero medial dos membros inferiores Face lateral do 
	Pertence ao Fígado e se conecta com a Vesícula Biliar 
	O meridiano do Rim 
Shaoyin do pé 
	Primeira linha lateral do tórax e abdome Face medial posterior dos membros inferiores sola do pé Abaixo do dedinho do pé 
	Pertence ao Rim e se conecta com a Bexiga 
Três Yangs do pé
	O meridiano do Estômago 
Yangming do pé 
	Abaixo dos olhos Face Parte anterior do pescoço Segunda linha lateral do tórax e abdome Face lateral anterior dos membros inferiores Segundo dedo do pé 
	Pertence ao Estômago e se conecta com o Baço 
	O meridiano da Vesícula Biliar 
Shaoyang do pé 
	Ângulo externo do olho Face temporal lateral do pescoço Parte lateral da cintura Face lateral média dos membros inferiores Quarto dedo do pé 
	Pertence à Vesícula Biliar e se conecta com o Fígado 
	O meridiano da Bexiga 
Taiyang do pé 
	Ângulo externo do olho Face temporal lateral do pescoço Parte lateral da cintura Face lateral média dos membros inferiores Quarto dedo do pé 
	Conecta-se com o cérebro. Pertence à Bexiga e se conecta com o Rim 
Três Yins da mão
	O meridiano do Pulmão 
Taiyin da mão 
	Face lateral do tórax Face medial anterior dos membros superiores Polegar 
	Pertence ao Pulmão e se conecta com o Intestino Grosso 
	O meridiano do Pericárdio 
Jueyin da mão 
	Face lateral do tórax Face medial média dos membros superiores Dedo médio 
	Pertence ao Pericárdio e se conecta com o Triplo Aquecedor 
	O meridiano do Coração 
Shaoyin da mão 
	Abaixo da axila parte medial posterior dos membros superiores Dedo mínimo 
	Pertence ao Coração e se conecta com o Intestino Delgado 
Três Yangs da mão
	O meridiano do Intestino Grosso Yangming da mão 
	Atrás do nariz pescoço Ombro anterior Face lateral anterior dos membros superiores Dedo indicador 
	Pertence ao Intestino Grosso e se conecta com o Pulmão 
	O Meridiano Triplo Aquecedor Shaoyang da mão 
	Canto lateral da sobrancelha Parte posterior da orelha Face lateral medial dos membros superiores Dedo anelar 
	Pertence ao Triplo Aquecedor e se conecta com o Pericárdio 
	O meridiano do Intestino Delgado Taiyang da mão 
	Parte anterior da orelha Pescoço Ombro posterior Parte lateral posterior dos membros superiores Dedo mínimo 
	Pertence ao Intestino Delgado e se conecta com o Coração 
Ciclo de energia dentro dos canais de energia
ESTUDO DOS CANAIS DE ENERGIA PRINCIPAIS
A princípio os canais de energia sofrem de dois problemas: a deficiência de energia e o excesso.
A deficiência de energia é sempre associada à fraqueza, tal como, fraqueza muscular, impotência funcional local (sobre o trajeto do meridiano), pele fraca, sinais de letargia, etc.
O excesso é a presença de fatores externos que se aproveitam da deficiência para penetrar no corpo.
Podemos dizer que o frio gera sempre dor, e o calor gera mal estar. Esses sintomas básicos podem se associar com a umidade, vento e secura que se apresentarão da seguinte forma:
Calor = dor aguda, facada – inflamação (rubor, calor, dor, edema) é mais superficial
Vento = dores migratórias, articular e muscular
Frio = dor constritiva, profunda, contínua e em queimação. Tende a fletir e endurecer o corpo
Umidade = dor em peso e intumescimento. Maior volume e inchaço
Umidade calor = inflamação com infecção (amarelo)
No caso de fatores mistos ou associados, simplesmente somamos os sinais clínicos.
Os fatores algumas vezes podem invadir o corpo mesmo com a energia defensiva forte e os canais fortes, isso se deve à forte invasão ou excesso de exposição ao fator exógeno.
Um exemplo disso é energia defensiva forte + fator exógeno forte. Isso resultará em sintomas de excesso como dor ou mal estar associado a um quadro clínico de disposição, mente desperta, pressão normal, voz forte, etc.
Se o fator exógeno invadir um organismo com deficiência de energia, os sinais de excesso de calor ou frio estarão associados à fraqueza como preguiça, voz baixa, indisposição excesso de sono, etc.
Devemos sedar a energia perversa ou tonificar a energia defensiva primeira? Isso depende da condição clínica do paciente no sentido de forças para receber a sedação. Sê muito fraco com sintomas de excesso forte, primeiro tonificar o qi e depois sedamos a energia externa. No caso de energia defensiva forte e perversa forte, podemos simplesmente sedar ou expulsar a energia perversa.
Para um correto diagnóstico do corpo seguimos as quatro regras, ou oito princípios de diagnostico que se dividem em:
Yin/yang
Interno/externo
Calor/frio
Deficiência/excesso
CANAL DO PULMÃO
Trajeto
Começa da região do estômago (aquecedor médio), e desce para se conectar com o intestino grosso, retorna, indo para a região da cárdia, onde atravessa o diafragma e, na região do mediastino, forma uma rede energética, constituindo o envoltório energético do coração. Penetra no pulmão voltando a emergir entre eles, e segue para a garganta, onde vai emitir dois ramos: um ascendente que vai para a garganta, dispersando-se nas amígdalas, e outro descendente.
O ramo descendente emerge na região infraclavicular e desce ao longo do braço em sua face anterior, lateralmente aos canais do coração e pericárdio. Segue pela face ventral do cotovelo e do antebraço
e continua pela margem radial do punho, onde cruza a artéria radial. Segue pela região tênar e termina na margem ungueal radial do polegar.
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: P11 (shaoshang) emerge do polegar
Luo: P7 (lieque) no antebraço lado radial
Canal de energia relacionado
Distinto: P1 (Zhongfu) na região infraclavicular
O canal de energia do pulmão é associado ao pulmão, conecta-se com o intestino grosso e se une ao estômago e ao rim através de canais de energia secundários profundos.
Sintomas de vazio de qi do canal incluem: impotência funcional dos músculos situados em seu trajeto.
Sintomas de plenitude de qi do canal de energia acometido pelas energias perversas (frio, umidade) incluem: dores de característica yin e contraturas musculares no trajeto do canal de energia principal (região infraclavicular), ombralgia, braquialgia, dores do cotovelo e do polegar.
Sintomas de plenitude de energia do canal de energia acometido pelas energias perversas (calor, vento) incluem: palma da mão quente, garganta inchada e dolorida.
O canal de energia principal do pulmão é indicado para o tratamento das doenças do tórax, garganta, traquéia, nariz e Fei (pulmão) e para harmonizar o qi.
Canal do Intestino Grosso
Trajeto 
O canal do Intestino Grosso começa na margem ungueal radial do dedo indicador, segue entre o 1º e 2º metacarpos; no nível do punho, situa-se entre os músculos extensores curtos e longos do polegar e segue ao longo da face anterolateral do antebraço e lateral do cotovelo. No braço sobe lateralmente, indo para a face lateral do ombro, onde o cruza, e segue pela margem anterior do acrômio e pela margem superior da escápula até o processo espinhoso da 7ª cervical. Penetra nesse local, reaparecendo na fossa supra clavicular, onde emite dois ramos: um que sobe Antero - lateralmente o pescoço, atravessa a mandíbula e penetra na gengiva; daqui, margeia o lábio, interceptando o canal de energia principal proveniente do outro lado do filtrum, terminando ao lado da asa do nariz. Outro ramo penetra na cavidade torácica, conecta-se com o pulmão, atravessa o diafragma e se dispersa no intestino grosso; deste, desce até a perna no ponto E37 (shangjuxu), que constitui o ponto HO, ponto de reunião inferior do intestino grosso.
O canal de energia do Intestino Grosso associa-se a essa víscera, conecta-se com o pulmão e se une ao estomago através de canais de energia secundários profundos.
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: IG1 (Shangyang) extremidade do indicador lado radial
Luo: IG6 (Pianli) no antebraço
Canal de energia relacionado
Distinto: no IG1 até IG15 no dedo indicador
Sintomas de vazio de qi incluem: impotência funcional dos músculos do seu trajeto, obstrução nasal, rinorréia.
Sintomas de plenitude de qi acometido por frio e umidade incluem: dores yin no trajeto do canal e dificuldade na movimentação dos músculos extensores do braço e do ombro
Sintomas de plenitude de energia pelas energias de calor e vento incluem: dores de característica yang no trajeto do canal, febre, boca seca e sede, odontalgia, garganta inchada e dolorosa, epistaxe, olhos amarelos, cervicalgia e inchaço, sinusite maxilar.
O Da Chang alterado pode levar à dor abdominal, borborigmos, constipação intestinal, respiração curta e eructações. Pelo seu meridiano podemos tratar afecções da face, olhos, orelhas, nariz, boca, gengiva, garganta, intestino grosso, doenças febris e para harmonizar o qi.
Canal do Estômago
Trajeto
Inicia-se ao lado da narina, se une ao canal da bexiga no B1, depois vai para a região infra-orbitária e desce lateralmente ao nariz, penetrando o lábio superior, e se une ao vaso governador. Rodeia a boca e se comunica com o queixo com o canal vaso concepção. Segue para o ângulo da mandíbula, percorre a região pré auricular, segue ao longo da linha de inserção de cabelos, pegando o canal da vesícula biliar no ponto VB6 (Xuanli), seguindo a linha de implantação do cabelo no ponto E8 (Tonwei) e, na fronte, se une com o vaso governador.
Um ramo sai da mandíbula e desce pelo pescoço, vai até a fossa supra clavicular. Desce, atravessando o diafragma e dirige-se para a parede anterior do abdome, onde se conecta com o VC13 e o VC12 antes de se comunicar com o estômago, baço-pâncreas, desce pela face anterior da coluna vertebral e emerge na região inguinal em E30. Da região supra clavicular, sai do canal um ramo superficial que desce pela face anterior do tórax em direção ao mamilo e, daqui, desce paralelamente à linha mediana anterior do abdome até a região inguinal, onde une com o outro ramo. Desce agora pela face anterolateral da coxa e do joelho até a perna e pelo dorso do PE e termina na margem ungueal lateral do 2º dedo do pé.
Um ramo sai de E36 e termina na lateral do 3º dedo do pé; outro se separa do E42 e termina na margem ungueal medial do hálux, onde se conecta com o canal do BP.
O canal do estômago é associado à víscera do estômago, conecta-se com o Baço pâncreas e se une ao coração e aos intestinos delgados e grosso através de canais de energias secundários
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: E45 Lidui no 2º dedo do pé
Luo: E40 na lateral da perna
Canal relacionado
Distinto: E30 (Qichong) relaciona-se na região inguinal
Canal do Baço/Pâncreas
Trajeto
Começa no hálux no lado medial; segue pelo pé, maléolo medial e perna, cruza o canal do fígado. Passa pelo joelho e coxa, penetra no abdome, emergindo no ponto VC3, onde penetra na pélvis para nutrir a bexiga, útero e anexos, segue para o VC4 vai para o Baço/Pâncreas e comunica-se com o estômago. Atravessa o diafragma e, na face anterolateral do tórax, cruza com o canal da vesícula biliar, no ponto VB24 e do canal do fígado F14. Toma sentido ascendente, cruzando com o canal do pulmão no ponto P1, indo para a parte superior do esôfago e alcança a raiz da língua onde se dispersa.
Um ramo sai do baço/pâncreas, atravessa o diafragma e se liga ao coração.
O canal se associa ao baço/pâncreas e ao estômago, coração, pulmão e intestino delgado e grosso por meio de canais de energia secundários profundos.
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: BP1 (Yinbai) no hálux
Luo: BP4 (Gongsun) na divisa da linha clara e escura medial do pé
Grande luo: BP21 na lateral do tórax
Canal relacionado
Distinto: BP12 (Chongmen) 
Sintomas de vazio de qi incluem: sensação de peso no corpo ou na cabeça, fadiga dos membros e edema nos músculos.
Sintomas de plenitude por frio e umidade incluem: sensação de frio na face medial do membro inferior, dores constritivas no hálux, inchaço doloroso no trajeto do canal
Sintomas de plenitude por calor e vento incluem: língua rígida, eructações ácidas, vômitos, dores no epigástrio, intumescências abdominais.
Sintomas do canal com alterações energéticas no baço/pâncreas incluem: dor abdominal, distensão ou sensação de plenitude abdominal, diarréia, digestão incompleta, borborigmos, vômitos, anorexia, icterícia, constipação intestinal, astenia.
O canal do Baço/pâncreas trata distúrbios do tubo digestivo, do sangue e do sistema reprodutor feminino.
Canal do Coração
Trajeto
Inicia-se no coração e por meio de um canal secundário, atravessa o diafragma e vai para o intestino delgado, onde nele se dispersa. Do coração parte um ramo ascendente que percorre o esôfago, vai para a face e se une às partes moles em torno do olho.
Outro ramo sai do coração e vai para o pulmão, segue para a axila, onde emerge no C1, desce até o cotovelo, continua pela margem ulnar do punho e da mão, segue pela margem radial do 5º dedo da mão e termina no ponto C9, no dedo mínimo lado radial.
Este canal é associado ao coração, se une ao intestino delgado, pulmão e rins por meio de canais secundários.
Canais de energias secundários
Tendino-musculares: C9 (Shaochong) na extremidade do 5º dedo da mão
Luo: C5 (tongli) próximo ao punho
Canal relacionado
Distinto: C1 (Jiquan) na axila
Sintomas de vazio de qi incluem: impotência funcional dos músculos do trajeto.
Sintomas
de plenitude de qi por frio e umidade incluem: dores constritivas e espasmos ao longo do trajeto, frio na palma da mão e na região plantar do pé.
Sintomas de plenitude de calor e vento incluem: garganta seca, olhos amarelos, palma da mão quente e avermelhada, dor cardíaca, ulcerações na boca e na língua, língua grossa, avermelhada e dura, dor nos olhos, sede.
Sintomas do canal associado a alterações energéticas do coração incluem: dor ou opressão torácica, respiração curta, desconforto em decúbito horizontal, distúrbios mentais.
O canal de energia principal do coração é utilizado para distúrbios de tórax, língua, coração e mentais.
Canal do Intestino Delgado
Trajeto 
Começa na margem ungueal ulnar do 5º dedo da mão e sobe pelo punho até o processo estilóide da ulna. Segue pelo antebraço, braço, posterior do ombro e vai para a escápula. Cruza com o canal da bexiga no B41, B11 e com o VG no VG14. Penetra no tórax e vai para o coração. Desce pelo esôfago, atravessa o diafragma, vai para o estômago, comunicando-se com o VC nos VC13 e VC12; penetra no intestino delgado, atravessa o abdome indo até o ponto E39 (ponto Ho).
Da fossa supra clavicular sai um ramo para o pescoço e à mandíbula, até lateral do olho, onde cruza a VB no ponto VB1, retorna para o zigomático no ponto ID19.
Um ramo da mandíbula vai para a região infra-orbitária e para o ângulo medial do olho, onde se comunicará com o canal da bexiga no ponto B1; indo para o ponto ID18.
Este canal está associado ao intestino delgado, coração e estômago.
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: ID1 no 5º dedo da mão
Luo: ID7 no antebraço
Canal associado
Distinto: ID10 no ombro
Sintomas de vazio de qi incluem: impotência funcional dos músculos situados em seu trajeto.
Sintomas de plenitude de qi de frio e umidade incluem: intumescimento doloroso da mandíbula e do pescoço, torcicolo, dores e sensação de peso ou constritivas no trajeto desse canal de energia, amortecimento da boca e da língua.
Sintomas de plenitude de calor e vento incluem: garganta dolorida, surdez, olhos amarelados.
Sintomas do canal associados à víscera: incluem dor e distensão no abdômen inferior, com possível irradiação para a cintura ou para os genitais; diarréia, constipação intestinal, dor abdominal com fezes secas, hematúria, dor Peri umbilical. 
O canal do intestino delgado é utilizado no tratamento das afecções de cabeça, olhos, orelhas, garganta, pescoço, coluna vertebral, distúrbios mentais.
Canal da Bexiga
Trajeto
Começa no ângulo medial do olho no B1, aonde um ramo interno vai para o encéfalo, crânio e se conecta com o vaso governador no VG24, e com o canal da VB no VB15. Depois vai para o vértex, aonde do ponto B7 vai para o VG20. Sai um ramo em direção à orelha se unindo ao VB7, VB8, VB12 e outros, para dirigir-se ao B8. Do VG20 intercepta o VG17 e desce ao longo da nuca, para se encontrar com o VG14 e VG13.
A partir do B8, vai para o B10, manda um ramo para o VB20, e na altura lombar emite um ramo interno que se comunica com os rins e com a bexiga. Segue para o sacro onde se relaciona com a VB nos forames sacrais, onde se envolve com a bexiga e a matriz, reaparece na região glútea e segue pela face posterior da coxa, indo até a fossa poplítea.
Da nuca sai um ramo para a região interescápulo-vertebral e desce paralelamente ao outro canal até a região sacral e segue para o ponto VB30; desce até a fossa poplítea, onde vai unir-se ao outro ramo desse canal no B40. Descem pelo gastrocnêmico, posteriormente ao maléolo lateral e vai até a extremidade do 5º dedo do pé.
O canal da bexiga se associa à bexiga, rins, encéfalo e coração.
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: B67 no 5º dedo do pé
Luo: B58 lateral ao centro do músculo gastrocnêmico.
Canal relacionado
Distinto: B40 na fossa poplítea
Sintomas de vazio de qi incluem: sensação de cabeça vazia, impotência funcional dos músculos, congestão nasal.
Sintomas de plenitude de qi de frio e umidade incluem: dores de característica yin no pescoço e no dorso, lombalgia, dor ou dificuldade de mover o joelho, gastrocnêmico, sóleo, tornozelo e 5º dedo do pé.
Sintomas de plenitude de qi com calor e vento incluem: cefaléia no vértex, região frontal, olhos amarelados, lacrimejamento, epistaxe, hemorróidas, calafrios, febre, nucalgia, talalgia e calcanealgias.
Sintomas do canal associados às alterações energéticas da bexiga incluem: dor pélvica, enurese, retenção urinária, disúria, distúrbios mentais.
O canal de energia da bexiga é utilizado no tratamento de afecções da cabeça, fronte, nariz, olhos, região lombar, doenças febris e mentais, distúrbios hídricos e imunológicos.
Canal do Rim
Começa no 5º dedo do pé, atravessa a sola do pé, onde se concentra no R1. Passa posterior do maléolo medial, calcâneo, face medial da perna, cruza no BP6 com fígado e baço/pâncreas, sobe até o cóccix. Intercepta o canal VG no VG1. Segue pela face anterior do osso sacro e vértebras lombares, penetrando o rim e o ren mai nos pontos VC3 e VC4 e reaparece no R11, sobe até terminar na junção esterno clavicular.
Um ramo profundo sai do rim, penetra no fígado e atravessa o diafragma, entra no pulmão. Dessa região bifurca-se em um ramo para o coração e ao tórax; outro segue para a garganta até a raiz da língua, onde se concentra no VC23.
O canal do rim está associado aos rins, bexiga, fígado, pulmão, coração e garganta. 
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: R1 na planta do pé
Luo: R4 no lado medial superior do calcâneo
Canal associado
Distinto: R10 medial na fossa poplítea
Sintomas de vazio de qi incluem impotência funcional dos músculos, atrofia muscular do pé, afonia.
Sintomas de excesso de qi com frio e umidade incluem: dor yin ao longo da coluna vertebral, dor na face medial da coxa, perda de força do MMII, paralisia atrófica, sensação de frio nos pés.
Sintomas de excesso de qi com calor e vento incluem: inflamação da boca, língua seca, garganta seca e dolorosa, dor cardíaca, planta dos pés quentes, dorso lombalgia.
Sintomas do canal e alterações energéticas do órgão incluem: vertigem, edema facial, visão turva, respiração curta, dispnéia, diarréia crônica, constipação intestinal, distensão abdominal, vômitos, impotência sexual, zumbido, cansaços físico e mental.
O canal do rim é utilizado no tratamento da região lombar, sistema urogenital, sistema reprodutor, garganta, doenças mentais, doenças cardíacas, doenças ósseas, auditivas e cefaléia.
Canal do Pericárdio
Trajeto
Inicia-se no envoltório energético do coração, desce, atravessa o diafragma e penetra no abdômen, se conecta com o triplo aquecedor superior, médio e inferior. O ramo principal percorre o tórax e emerge próximo à axila no PC1, desce pelo braço, antebraço e percorre na margem ulnar do 3º dedo da mão, terminando em sua extremidade.
Da palma da mão sai um canal secundário que vai até a extremidade do 4º dedo da mão.
O canal do pericárdio está associado ao pericárdio e ao triplo aquecedor.
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: PC9 na ponta do 3º dedo
Luo: PC6 próximo ao punho
Canal relacionado
Distinto: PC1 próximo da axila
Sintomas de vazio de qi incluem: impotência funcional e dor dos músculos do trajeto desse canal
Sintomas de plenitude de qi de frio e umidade incluem: dor constritiva na axila e cotovelo, contratura de cotovelo e braço.
Sintomas de plenitude de qi com calor e vento incluem: espasmos musculares no braço, dor ocular, inflamação axilar, calor na palma da Mao, face avermelhada.
Sintomas do canal mais desordens do órgão incluem: dificuldade para falar, desmaio, irritação, opressão torácica, dificuldade para movimentar a língua, palpitações, dor torácica, distúrbios mentais.
Canal do Triplo Aquecedor
Trajeto
Inicia-se no 4º dedo da mão na margem ungueal ulna, sobe entre o 4º e 5º metacarpos e segue pelo olecrano até o ombro. Intercepta o canal do ID, no ponto ID12 e vai até a coluna na região cervicotorácica, onde se encontra com o Du mai no ponto VG14. Vai até a escápula,
cruza o canal da VB no ponto VB21, penetra a fossa supra clavicular e vai para o meio do esterno onde se conecta com o ren mai no VC17. Desse ponto une-se ao coração e atravessa o diafragma até a cavidade abdominal, unindo-se aos aquecedores superior, médio e inferior.
Um ponto do VC17 sobe até a orelha, onde cruza com a VB nos pontos VB6 VB4. Desce pelo osso zigomático até o ponto ID18.
Da região da aurícula, sai um ramo que penetra a orelha interna e exterioriza anteriormente à orelha externa, onde se une ao ID no ponto ID19; cruza com a VB no VB3 e atravessa a maxila e termina no canto lateral do olho no TA23.
O ramo que sai do coração percorre anteriormente o abdome, vai até o B39 (ponto HO) e segue pelo canal da bexiga penetrando pela bexiga.
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: TA1 no lado ulnar do 4º dedo da mão
Luo: TA5 dorsal próximo ao punho
Canal relacionado
Distinto: VG20 no topo da cabeça
Sintomas de vazio de qi incluem: impotência funcional dos músculos situados no trajeto do canal, surdez e tontura.
Sintomas de plenitude de qi com frio e umidade incluem: surdez, otalgia, dor constritiva do ombro.
Sintomas de plenitude de qi com calor e vento incluem: dor e inflamação da garganta, dores maxilar e mandibular, olhos avermelhados, otalgia, cervicalgia, ombralgia e braquialgia.
Sintomas do canal mais o órgão incluem: distensão abdominal, sensação de plenitude no baixo-ventre, enurese, polaciúria, edema, poliúria.
O canal de energia do TA é usado para tratar afecções da região temporal, olhos, orelhas, garganta, regiões cervical e dorsal, e doenças febris.
Canal da Vesícula Biliar
Trajeto
O canal da VB começa no ângulo lateral do olho e cruza a têmpora até o ponto TA22. Vai até a fronte no ponto E8 e desce posterior da orelha no VB20, emite um ramo para o B10, cruza com o ID17. Depois, vai para o ombro, dorso e se conecta com o Du mai, no ponto VG14 e daqui para a fossa supra clavicular.
Um ramo emerge da orelha e penetra no ponto TA17, sai anteriormente à orelha e sai no ponto ID19 e no E7, e termina no canto lateral do olho.
Outro ramo do ângulo lateral do olho desce pela face, vai para o E5, cruza com o TA, e retorna para a região infra-orbitária. Desce pelo pescoço e se junta ao canal da VB. Daqui, um ramo penetra o tórax, atravessa o diafragma, conectam-se com o fígado e com a vesícula biliar, continua pelo abdome e emerge na região inguinal, contorna os genitais externos e reaparece no quadril no VB30.
Da região supra clavicular sai um outro ramo que vai para a axila, percorre a face lateral do tórax onde, no ponto VB22, penetra a caixa torácica, circunda o tórax pela parede interna, emergindo no ponto VB23 e segue caudalmente onde intercepta o canal de energia principal do fígado, no ponto F13, indo até o VB26, continua no canal da cintura (dai mai) e vai até o VB29, emite dois ramos: o posterior vai para a região sacra, cruza o canal da bexiga do ponto B31 ao B34 e o ramo anterior vai para a região pré púbica e depois para o VC2, onde se conecta com os canais Tendino-musculares yin do pé. Reaparece no quadril no ponto VB30 e continua pela face lateral da coxa, joelho e perna. Terminando na extremidade do 4º dado do pé.
Um ramo emerge no ponto VB41, percorrendo entre o 1º e 2º metatarso, indo até a margem ungueal lateral do hálux, onde vai conectar-se com o canal do fígado.
O canal da VB está associado à víscera da VB, ao fígado e ao coração.
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: VB44 no quarto dedo do pé lateral
Luo: VB37 na perna anterior à fíbula 5 kun acima do maléolo
Canal relacionado
Distinto: VB30 no glúteo
Sintomas de vazio de qi: impotência funcional e dor no músculo pelo trajeto. Lombalgia, parestesia na face lateral da coxa e da perna.
Sintomas de plenitude de qi de frio e umidade incluem: dores de características yin e dificuldade de mover os músculos do trajeto desse canal, principalmente na face lateral da coxa, joelho, perna, tornozelo e face lateral do pé.
Sintomas de plenitude de qi com calor e vento incluem: dores nos flancos, surdez, suspiros freqüentes, lombossacralgia, dores na face lateral da coxa, do joelho, perna, tornozelo e do pé, dor nos olhos, mandíbula e maxila, otalgia, inflamação da ATM.
Sintomas do canal mais o órgão VB incluem: dor no tórax, vômitos, boca amarga, dor nos flancos, discinesia biliar, dor na cintura.
O canal da VB e usada nas afecções de orelha, nuca, cabeça, nariz, olhos, garganta, região costal, fígado, vesícula biliar, colédoco e doenças febris.
Canal do Fígado
Trajeto 
Inicia-se no hálux na margem lateral. Vai para o dorso do pé, sobe , passa pelo BP6, curzando com o canal do baço e rim. Curza novamente com o canal do baço, sobe, contorna os genitais externos, penetra na pelve no ponto VC3 e se extende até o VC2. Penetra na cavidade pélvica, envolvendo a bexiga e a matriz e reaparece no VC4. Depois circula pelo canal do estomago, penetra no abdome, unindo-se com o fígado e se convetando com a VB.
O canal do fígado continua pelo diafragma e hipocôndrio, indo para o pescoço, e faringe; penetra na nasofaringe, emerge no olho, vai para a cabeça, onde vai cruzar com o canal du mai no vértex, e termina na regiao temporomalar do outro lado.
Um ramo secundário sai da regiao infrapalpebral e rodeia a boca.
Um outro ramo do figado atravess o diaframa e se une ao pulmao.
O canal de energia principal do fígado associa-se ao orgao do fígado, VB, estômago, pulmão, rim e encéfalo.
Canais de energias secundários
Tendinomuscular: F1 na ponta do hálux lado lateral
Luo: F5 medial na perna
Canal relacionado
Distinto: F5 igual ao luo
Sintomas de vazio de qi incluem: impotência funcional dos músculos sobre o trajeto, vertigem, fraqueza no joelho, zumbido.
Sintomas de plenitude de qi com frio e umidade incluem: abdome doloroso e distendido, dor e edema dos genitais externos, pele do testículo retraída, membros frios.
Sintomas de plenitude de qi com calor e vento incluem: cefaléia, vertigens, visão turva, febre, espasmo muscular pelo trajeto, cãimbras musculares, principalmente no hálux, e disúria.
Sintomas do canal mais alteraçoes no fígado incluem: sensação de plenitude ou de dor nos lados e no tórax, edema duro no epigástrio ou no trajeto desse canal, dor abdominal, vômitos, icterícia, fezes duras, dor no abdome inferior, retençao urinária, dores nos genitais externos, urina escura.
O canal do fígado é usado para tratar afecçoes de cabeça, hipocôndrio, pelve, sistema urogenital, sistema digestivo e sangue.
Consideraçoes sobre os canais de energia principais
O conhecimento dos trajetos internos e externos dos canais de energia e de seus ramos secundários é de fundamental importância, tanto para compreender fenômenos que ocorrem no tronco nos membros quanto para harmonizar e tratar disturbios energéticos, funcionais e organicos dos zang fu.
O aparecimento das algias periféricas e sua consequentes alteraçoes, como tendinitese, sinovites, artrites, artroses e outros processos organicos e funcionais está na dependencia da circulaçao anomala de qi pelos canais de energia. Da mesma forma, as algias das vísceras (cólicas viliares, renais, menstruais), as dores cardíacas, e as alteraçoes funcionais e estruturais dos orgaos , das visceras e dos tecidos tambem etao relacionadas com os canais de energia.
Esses canais são utilizados como meio de diagnoistico das afecçoes energéticas dos zang fu, pois “conhecendo-se o exterior, conhece-se o interior”, além disso, eles atuam como transportadores de energia do exterior para o interior, quer sob o aspecto da circulaçao energetica, para se facer a uniao yang/yin, alto/vaixo, direito/esquerda, assim como sob o aspecto curativo, por serem o local para o tratamento das afecçoes energéticas dos zang fu.
A extirpaçao de uma ou mais vísceras é uma das causas do desequilibrio na circulacao geral de qi, apesar de que os canais de energia, por apresentarem trajetos superficiais e profundos no nível das cavidades torácica e abdominal, ainda
conseguem manter o fluxo da circulaçao geral de qi, suprindo os zang fu, “saber preservar os canais de energia é saber preservar os Zang Fu”.

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