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Ética e legislação
Introdução
"Ética é a parte da filosofia dedicada aos estudos dos valores morais e princípios ideais do comportamento
humano."
"Bioética é o estudo transdisciplinar entre Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Filosofia e Direito que
investiga as condições necessárias para uma administração responsável da Vida Humana, animal e
responsabilidade ambiental. Considera portanto, questões onde não existe consenso moral como a fertilização
in vitro, o aborto, a clonagem, a eutanásia, os transgêncios e as pesquisas com células tronco, bem como a
responsabilidade moral de cientistas em suas pesquisas e aplicações."
O desenvolvimento da ciência, em seus diferentes ramos, acontece a partir das ciências experimentais;
A experimentação com seres humanos tem sido feita ao longo dos séculos, com diferentes padrões de
ÉTICA e de QUALIDADE;
Ausência de mecanismos de controle fundamentados em aspectos ÉTICOS e MORAIS =
ABUSOS e COBAIAS.
A história da Medicina e da Odontologia enumera um somatório de experiências com seres humanos, cujos
PRINCÍPIOS ÉTICOS foram negligenciados.
Falta de regulamentações;
Vaidade do pesquisador;
Interesse das indústrias;
Omissão das Instituições realizadoras das pesquisas.
Abusos éticos em pesquisas com seres humanos
Século III a.C - Investigação Científica alcançou seu maior desenvolvimento...
Herófilo de Capadócia e Erasistrato de Cleo
Importantes descobertas anatômicas e fisiológicas
Identificação do cerebelo
Movimentos pulmonares
Válvula tricúspide
Próstata
Nervos x tendões
Nervos motores x nervos sensitivos
Vivissecções em prisioneiros de Guerra
Renascimento (1559)
* Rei Henrique II foi ferido no olho por uma lança;
* Testes realizados em prisioneiros para conhecimento da trajetória da lança.
Charles Maitland (1721)
* Inoculação do vírus da varíola em prisioneiros, com promessas de liberdade;
* Estudo da história natural da doença
Alemanha (início do século XX)
* Pesquisas clínicas em sujeitos vulneraveis;
* Transplantes de células cancerosas; exposição à febre tifóide; manipulação de cérebros de mulheres com
convulsões;
* Inoculação de doenças venéreas incuráveis em seres humanos (sem consentimento).
Ocupação japonesa na China (1931 - 1945)
* Prisioneiros de guerra e civis como verdadeiras cobaias humanas;
* Experimentos com armas químicas e bacteriológicas;
* Substituição do sangue humano por sangue de animais;
* Experimentos de congelamento e descongelamento;
* Pesquisas com micro-organismos para desenvolvimento de armas bacteriológicas.
PROVAR RESISTÊNCIA HUMANA
Il Guerra Mundial (1939 - 1945)
* Campos de concentração como laboratórios de experimentação humana;
* Sem limitação moral.
Il Guerra Mundial (1939 - 1945)
Objetivos:
facilitar a sobrevivência de militares;
desenvolver e testar medicamentos;
aprofundar princípios raciais e ideológicos nazistas.
Estes experimentos foram considerados "crimes contra a humanidade" e resultaram na criação do Código de
Nuremberg.
Outros exemplos de Pesquisas
Caso Tuskegee no Alabama (1932 - 1972):
SNS selecionou 400 homens negros infectados por sífilis para estudar a doença;
Em 1950 foi descoberta a penicilina, entretanto esses homens não foram tratados, nem informados da
possibilidade de tratamento.
Estudo de Vipeholm - Suécia (1946-1951):
Estudo realizado com 436 portadores de doenças mentais:
Açúcar x Cárie
Universidade de Chicago (1950 - 1952):
Foi ministrado, sem consentimento, dietilestilbestrol para evitar perdas de gestação para 1.000
mulheres;
Após 20 anos, os nascidos começaram a ter taxas incomuns de câncer, motivo pelo qual veio a
conhecimento esta informação.
Oregon e Washington (1963):
131 presos foram contratados, por US$ 200,00, para serem submetidos à altas radiações nas genitais.
San Antonio, no Texas (1971):
pesquisa com anticoncepcionais em mulheres pobres de origem hispânica, as quais não foram avisadas
sobre a utilização de placebo.
Uma das exigências da contemporaneidade é a incorporação da análise ÉTICA à PESQUISA CIENTÍFICA.
Aplicabilidade dos novos conhecimentos e crescimento da ciência
Criação de mecanismos para evitar abusos na experimentação
Código de Nuremberg (1947)
Condenação de médicos e nazistas que resultaram numa regulamentação ética
Obter consentimento do voluntário;
Produzir resultados vantajosos;
Experimentação em animais e estudos anteriores;
Evitar sofrimentos e danos;
Conduzida por pessoas certificadas e qualificadas;
Continuação suspensa, se constatado qualquer dano, invalidez ou morte;
Não pode ser feita se existir risco de ocorrer morte ou invalidez permanente;
Ter o grau de risco aceitável e limitado pela importância do problema a que se propõe investigar;
Proteger o paciente de danos;
Dar liberdade ao paciente de se retirar em qualquer momento da pesquisa.
Declaração de Helsinque (1964 - 2013
"O bem-estar do ser humano deve ter prioridade sobre os interesses da ciência e da sociedade"
Obter o conhecimento do participante, após ter sido totalmente esclarecido;
Ser baseada em experiências laboratoriais, in vitro, em animais e na evidência da literatura científica;
Protocolo de pesquisa aprovado por um CEP;
Conduzida por pessoas cientificamente qualificadas;
Risco para o participante proporcional à importância do objetivo;
Avaliação dos riscos comparada com os benefícios, respeitada e assegurada a integridade do
participante.
Abusos éticos em pesquisas com seres humanos
Casos mais graves quando se verifica a presença de documentos éticos!
Bioética Principialista
A bioética principialista foi proposta por Beauchamp e Childress na década de 80 e baseia-se em quatro
princípios (autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça). Tal principialismo é praticado de maneira
intuitiva (ou quase intuitiva) por profissionais da saúde em seu dia-a-dia clínico e/ou acadêmico. O objetivo
desta aula é apresentar as principais características destes princípios, de acordo com os autores. Esta unidade é
composta por uma videoaula de base, bem como material suplementar de leitura e sugestão de referências
complementares.
Objetivos
Discutir o estabelecimento da ciênciaBioética;
Descrever os princípios que regem a Bioética Principialista: autonomia, não maleficência, beneficência,
justiça e equidade;
Entender como estes princípios se aplicam ao dia a dia da clínica e da pesquisa.
Princípios fundamentais
Informe de Belmont (1978)
Autonomia
Beneficência
Justiça
Beauchamp & Childress (1979)
Não maleficência
BIOÉTICA Autonomia Justiça Não maleficência Beneficência
1. Autonomia
Respeito à pessoa
"Engloba a autonomia dos sujeitos da pesquisa, expressos no TCLE, e na proteção a grupos vulneráveis e
legalmente incapazes."
Como, onde e quando essa pessoa foi convidada a participar dessa pesquisa?
Como foi informada sobre todos os procedimentos que irá enfrentar nessa pesquisa?
Foram dadas todas as informações necessárias em linguagem adequada para que possa decidir
livremente sobre participar ou não?
2. Beneficência
* Estabelece que se deve fazer o bem, independente de desejá-lo ou não;
Ponderação entre riscos e benefícios, tanto reais como potenciais.
3. Não Maleficência
* Obrigação de não infringir dano intencional;
* Danos previsíveis devem ser evitados.
4. Justiça e equidade
* Deve abordar a relevância social do estudo, com igual consideração dos interesses
envolvidos, não perdendo o sentido da
destinação sócio-humanitária.
Bioética aplicada à odontologia
A bioética aplicada à prática odontológica clínica se baseia principalmente no princípio da autonomia, que deve
ser formalizado porRelação ORIENTADOR X TEMA: o orientador deve apresentar vontade e afinidade pelo tema escolhido pelo
orientando.
2°passo
Levantamento bibliográfico: Banco de dados (PubMed, BBO, Scielo, etc.)
BUSCA NAS BASES DE DADOS
Embasamento teórico-científico para elaboração do projeto de pesquisa
Redigir o pré-projeto...
O pré-projeto permite que o autor altere a metodologia e o enfoque do trabalho, baseado nas discussões entre
o aluno e orientador e confrontamento com a literatura.
Redigir o projeto.
[22:51, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: DIRETRIZES PARA CONFECÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
Entrega do projeto
Pesquisa bibliográfica
Coleta de dados
X
X
Análise dos dados
Redação Preliminar
Apresentação ao orientador
Redação final
CAPÍTULOS DO PROJETO
LOCAL DA PESQUISA
* Indicar o local onde será realizada a sequência
técnica da pesquisa.
Anexar autorização assinada e em papel timbrado.
RECURSOS
* Caso não haja financiamento:
Os recursos necessários para a presente pesquisa serão custeados pelo próprio pesquisador.
REFERÊNCIAS
* Vancouver;
* Citar até 6 autores;
* Ordem alfabética e não numeradas;
* Normas completas - manual de dissertação:
https://www.slmandic.edu.br/wp-content/uploads/2019/07/SLM.BIB .M2-05-
Manual-de-Normaliza%C3%A7%C3%A3o-para-D…
[22:53, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: METODOLOGIA DA PESQUISA:
DIRETRIZES PARA CONFECÇÃO
DO PROJETO DE PESQUISA
Pré-Texto:
* Capa
* Folha de Rosto do Projeto
* Sumário
Texto:
* Desenho
* Resumo
* Introdução
* Objetivo
Materiais e Métodos
* Cronograma
* Local da Pesquisa
Recursos
Referências
Anexos
CAPA
Projeto de Pesquisa agra Trabulho de Condutilo de Curso/ Dissertação de Mestrado/ Tese de Doutorado
Elementos obrigatórios:
* Nome do pesquisador
* Finalidade do projeto
(TCC, Mestrado ou Doutorado)
* Título
* Local
* Ano
FOLHA DE ROSTO
Elementos obrigatórios:
* Finalidade do projeto
(TCC, Mestrado ou Doutorado)
* Título em português e inglês
* Coordenador do curso
* Orientador do projeto
* Pesquisador
* Local
* Ano
DESENHO
* Indicar o tipo de estudo:
EXPERIMENTAL - Fatores em
estudo ou Variáveis independentes; Variável dependente ou de Resposta e Justificativa para tamanho amostral
(estudos anteriores ou cálculo amostral);
OBSERVACIONAL - Caracterizar a
amostra; fonte de dados da pesquisa e Variável dependente ou de Resposta. Justificativa para tamanho
amostral (estudos anteriores ou cálculo amostral).
RESUMO
* Objetivo
* Materiais e métodos
* Forma de análise dos dados
* Parágrafo único
* 500 palavras
* Palavras-chaves
INTRODUÇÃO
* Abordar o assunto que é objeto do estudo;
* Trabalhos anteriores sobre o tema;
* Conduzir o leitor ao entendimento do conhecimento
adicional que o estudo propõe;
* Justificativas para a escolha da problemática a ser estudada;
* Conhecimento científico atualizado;
* Linha de raciocínio e fluência lógica.
OBJETIVO
* Deixar clara a pergunta para a qual se busca a resposta por meio da pesquisa;
* Deve ser sucinto e direto.
[22:55, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: Metodologia da pesquisa
CONFECÇÃO
DE RESUMOS
Quando o resumo é necessário?
Congressos, semanas de conferências, reuniões científicas
Monografia, dissertação ou tese
Artigos científicos
Características gerais
* Visão rápida e clara do conteúdo
* Não fazer uma simples enumeração de tópicos
•Divulgar de maneira sucinta: objetivos, metodologia, resultados obtidos e conclusão.
•Seguir normas para a preparação do resumo do congresso/ revista selecionados.
. Geralmente não há parágrafos
* Usar linguagem informativa, técnica, científica e racional
* Frases curtas e simples, com vocabulário adequado
* Não repetir palavras e evitar palavras desnecessárias
* Não coloque abreviaturas (a não ser que sejam explicadas)
Perguntas chaves
* O que o autor fez?
* Como o autor fez?
* Principais achados?
* Conclusão?
Tipos de Resumo
* Pesquisa - introdução, objetivos, materiais e métodos, resultados e conclusão
* Caso clínico - introdução, objetivos, apresentação do caso clínico e conclusão
[22:57, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: METODOLOGIA DA PESQUISA:
CASOS CLÍNICOS -
ESPECIALIZAÇÃO
CASOS CLÍNICOS - MONOGRAFIAS
MONOGRAFIA
CASO CLÍNICO
APROVAÇÃO CEP
CASOS CLÍNICOS
"Relato de Caso" - modalidade de estudo na área biomédica com delineamento descritivo, sem grupo controle,
de caráter narrativo e reflexivo, cujos dados são provenientes da atividade cotidiana ou da prática profissional.
SUBMISSÃO VIA PLATAFORMA BRASIL AO CEP
FACULDADE SÃO LEOPOLDO MANDIC
A. RELATO DE CASO
B. PROJETO DE RELATO DE CASO
A. RELATO DE CASO
No momento da elaboração do Relato de Caso, os eventos narrados estarão consumados, não estando previstos
experimentos como objeto de estudo. Para elaboração do Relato de Caso, o consentimento do participante (ou
responsável legal) deve ser obtido previamente à publicação ou divulgação por meio de Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), acompanhado do Termo de Assentimento quando necessário.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
Relato de Caso na forma final com texto idêntico ao que será submetido à publicação/divulgação.
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. No caso de deve
uso de imagens, tal fato deve estar descrito de forma enfatizada. ESSE DOCUMENTO DEVE SER ASSINADO PELO
PACIENTE OU RESPONSÁVEL LEGAL.
QUANDO FOR IMPRESCINDÍVEL A IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE, deve haver essa descrição explícita no TCLE, e
este deve ser assinado pelo paciente ou responsável legal.
Termo de Assentimento - Quando aplicável.
B. PROJETO DE RELATO DE CASO
Na modalidade Projeto de Relato de Caso, os eventos narrados serão realizados após a aprovação do CEP. Para
elaboração do Projeto de Relato de Caso deve ser apresentado o MODELO do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) do
participante (ou
responsável legal) ou MODELO do Termo de
Assentimento quando necessário.
B. PROJETO DE RELATO DE CASO
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
Projeto de Relato de Caso
MODELO de TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. No caso de uso de imagens, tal fato deve estar
descrito de forma enfatizada. Não é necessário assinatura do paciente ou responsável legal.
QUANDO FOR IMPRESCINDÍVEL A IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE, deve haver descrição explícita no TCLE.
MODELO de Termo de Assentimento - Quando aplicável.
ESTUDOS DO TIPO RELATO DE CASO
Link para o modelo elaborado pela instituição
https://www.slmandic.edu.br/ Selecionar:
-Pesquisa
-Etica e Pesquisa
Estudos do tipo Relato de Caso
[23:03, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: Confecção de monografia,
dissertação e tese 1 - Processo organizado de redação científica
Monografia, dissertação e tese
São textos acadêmicos que apresentam resultados de investigação sobre um tema único e
bem delimitado.
Devem revelar a capacidade de seus autores em incrementar a área de estudo que foi alvo de suas
investigações, constituindo-se em reais contribuições para a área de pesquisa em questão.
Correspondem aos trabalhos finais dos cursos de especialização (monografia), mestrado (dissertação) e
doutorado (tese), desenvolvidos sob a assistência de um orientador acadêmico. São defendidos publicamente
perante um júri composto por três doutores (monografia e dissertação) ou cinco (tese).
Monografia: o que diferencia monografias de dissertações e teses é que monografias normalmente não
envolvem estudos experimentais, mas sim estudos recapitulativos de base bibliográfica (Revisão da Literatura).
Entretanto, os alunos de cursos de Especialização são incentivados a desenvolverem a monografia tambémnas
modalidades: relato de caso clínico e pesquisa científica.
Já dissertações e teses envolvem necessariamente um estudo experimental que demonstre uma ideia ou que
responda a um questionamento acerca de um determinado assunto. O autor do texto dissertativo trabalha com
fatos, com dados experimentais e com argumentos que utiliza para fundamentar ou justificar suas ideias.
Dissertar é debater, discutir, questionar, expressar ponto de vista. É polemizar, inclusive, com opiniões e com
argumentos contrários aos nossos.
Redação acadêmica
A capacidade de comunicar efetivamente as descobertas da pesquisa é crucial para a evolução do
conhecimento e o sucesso nas ciências.
A escrita científica é frequentemente uma tarefa difícil e árdua para muitos estudantes. No entanto, a escrita
eficaz pode aprofundar a compreensão do tópico em questão, obrigando o escritor a apresentar uma história
coerente e lógica, que é apoiada por pesquisas anteriores e novos resultados.
Processo organizado de redação científica
"Desmistificando a redação da dissertação: um processo simplificado da escolha do tópico ao texto final"
1. As fases de leitura e de revisão de literatura são para você se familiarizar com a literatura, "entrar" na
conversa acadêmica, sua linguagem, seus termos. Você precisa conhecer e entender os trabalhos de outros
autores para fazer a sua contribuição. Com a leitura, você tem a oportunidade de conhecer autores e periódicos
científicos consagrados na sua área de pesquisa (lembre-se do fator de impacto, qualis). A leitura interativa
significa que você não lê apenas, mas interpreta, compara e contrasta visões de diferentes autores, questiona
métodos e resultados e identifica lacunas do conhecimento.
2. A leitura interativa define quais artigos são relevantes e que devem ser citados.
Você já pode fazer anotações ou sublinhar nos próprios artigos seus principais pontos ou informações, os quais
devem ser a base para ajudá-lo a expandir sua escrita.
3. O passo seguinte consiste em refinar as anotações em frases (notas) citáveis (ou citações). Essas notas devem
ser organizadas e focadas nos principais elementos do artigo, como referencial teórico, métodos, resultados,
implicações, além dos autores do artigo e ano de publicação. A autora argumenta que você deve ler cada artigo
uma vez, tirar as anotações de que precisa e, se bem feito, não precisará mais voltar a ele.
A importância das citações
Science
A principal razão para citar suas fontes é dar crédito aos autores cujas ideias você usou em sua pesquisa.
A ciência avança apenas construindo sobre o trabalho dos outros.
Citações de fontes apropriadas mostram que você fez sua lição de casa e está ciente do contexto em que seu
trabalho se encaixa, e elas ajudam a dar validade aos seus argumentos.
As citações fornecem pistas para os lei…
Normas da SLMandic
Softwares e aplicativos de formatação
Software proprietários - pagos
Software livre - gratuitos
Software Open source - gratuitos
Ednote - PC e Mac
Papers - Mac
Mendeley - PC, Mac e Linux
Menthor - onlinemeio do termo de consentimento livre e esclarecido. E no ensino odontológico, deve ser
dada ênfase, ao importante papel do professor como responsável para a formação téorico-prática do aluno
acerca dos princípios bioéticos. Portanto, o objetivo dessa aula é esclarecer a conduta do profissional na prática
odontológica clínica e no ensino, norteada pelos princípios bioéticos. Esta unidade é composta por uma video
aula de base, bem como material suplementar de leitura e sugestão de referências complementares.
OBJETIVOS
- Compreender os princípios da bioética na PRÁTICA ODONTOLÓGICA
- Compreender os princípios da bioética aplicados no ENSINO ODONTOLÓGICO
NA PRÁTICA ODONTOLÓGICA
(Relação Paciente-Profissional)
Respeito ao paciente
Princípio da autonomia
TCLE
PACIENTE - PROFISSIONAL
- Coleta de informações de diagnóstico
- Anamnese detalhada (História médica-odontológica do paciente)
- Queixas e anseios do paciente
- Exames complementares
- Alternativas de terapia ou não do tratamento
PACIENTE PROFISSIONAL - Respeito ao paciente (visão humanista):
Ser claro e transparente
Privacidade e confidencialidade
Fidelidade
Promover benefícios
Gerar confiança
Respeito ao paciente (visão humanista):
Esclarecer verbalmente as alternativas de tratamento
- Iniciar o tratamento após o consentimento prévio
PACIENTE PROFISSIONAL - Princípio da autonomia:
Respeitar a liberdade de escolha do paciente
Direito do consumidor
Respeitar a liberdade de escolha do paciente
Direito do consumidor
PACIENTE - PROFISSIONAL
- Poder adquirido pelo SABER x
INDIVIDUALIDADE e LIBERDADE do paciente
- Profissionais agindo de forma
PATERNALISTA: decidem pelo paciente.
PACIENTE PROFISSIONAL - Ação paternalista
Incapacidade do paciente em optar
Pacientes que preferem a decisão do profissional
Pacientes conscientes e informados
Fácil acessibilidade às informações e influência da mídia
- Mais opções de tratamento
TCLE
- Comprovação formalizada do princípio da autonomia (permissão do tratamento escolhido)
- Documento obrigatório na rotina da prática clínica e pesquisa (contrato)
- Prevenção de possíveis questões legais
Características:
- Forma simples e clara
- Fácil compreensão
Elaborado em 2 vias (paciente e profissional)
Deve conter informações:
- Terapia eleita e condutas alternativas oferecidas
- Vantagens e desvantagens
- Custos
- Riscos
- Duração do tratamento
PACIENTE - PROFISSIONAL
O que não deve fazer:
- Aproveitar-se de situações para obter vantagem física, emocional, financeira e política
- Executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não esteja capacitado
- Adotar novas técnicas ou biomateriais que não tenham devida comprovação científica
NO ENSINO ODONTOLÓGICO
- Disciplina de bioética: contribuir para a formação integral do futuro profissional
- Teoria aplicada na prática: gerar discussões e reflexões
- Observar, aprender, assimilar condutas e criar hábitos
NO ENSINO ODONTOLÓGICO
Coleta de dentes para fins diversos:
- Origem dos dentes
- Infração ética pela ausência de TCLE
- Lei de transplantes brasileira (#9.434/97) - 3 a 8 anos + multa
- Violação de urnas funerárias - 1 a 3 anos
- Implementação de um banco de dentes permanentes humanos
NO ENSINO ODONTOLÓGICO
No atendimento clínico:
Atos que não seguem os princípios da autonomia e do respeito ao paciente.
- Favorecimento de conhecidos
- Demora de atendimento
- Eleição de casos
- Falta de interdisciplinaridade
- Duplicidade de radiografias devido ao acesso restrito entre setores
- Produção mínima exigida dos alunos por algumas disciplinas
BIOÉTICA NA ODONTOLOGIA
Reflexão
O relacionamento paciente - profissional na rotina clínica está sendo tratado de acordo com os princípios
éticos?
Situações de vulnerabilidade são rotinas?
Boas Práticas em Ciência
Todo cientista é eticamente responsável pelo avanço da ciência e, além disso, pela construção da mesma como
um empreendimento coletivo. O desenvolvimento da ciência é capaz de ampliar o conhecimento e orientar de
maneira racional as ações humanas, em suas mais variadas dimensões. Boas e más condutas científicas podem
ocorrer em todas as etapas da pesquisa científica; desde a sua concepção, passando pela comunicação dos seus
resultados, pela interação entre pesquisadores e, por fim, na orientação e supervisão do processo de formação
de novos pesquisadores nos cursos de mestrado e doutorado. Por esse motivo, especialmente nos últimos dez
anos, vêm sendo formuladas políticas institucionais para assegurar as boas práticas científicas, descritas em
códigos de conduta. Esses códigos de conduta ou manuais de boas práticas, desenvolvidos por agências de
fomento, estabelecem diretrizes éticas para as atividades científicas dos pesquisadores, das instituições e dos
assessores científicos (avaliadores das propostas submetidas às agências de fomento). Além disso, são
propostas estratégias de ação baseadas em 4 pilares: educação (1), prevenção (2), investigação (3) e sanção das
más práticas científicas (4). No Brasil, duas diretrizes ou manuais de conduta são bastante conhecidas no meio
científico: o código de boas práticas científicas da FAPESP e as diretrizes éticas estabelecidas pela comissão de
integridade na atividade científica do CNPq.
Objetivo
Conceituar e distinguir as boas e as más condutas em pesquisa.
Boas e más condutas científicas
Etapas
CONCEPÇÃO e EXECUÇÃO de pesquisas;
COMUNICAÇÃO de seus resultados;
INTERAÇÃO entre pesquisadores;
ORIENTAÇÃO ou supervisão da formação de pesquisadores.
BOAS PRÁTICAS EM CIÊNCIA
RESPONSABILIDADE: AVANÇO DA CIÊNCIA;
CONSTRUÇÃO DA CIÊNCIA COMO EMPREENDIMENTO COLETIVO;
AMPLIAÇÃO DO CONHECIMENTO;
ORIENTAÇÃO RACIONAL DAS AÇÕES.
CÓDIGOS DE CONDUTA INTERNACIONAIS
* EUA - Manuais de procedimentos da National Science Foundation www.nsf.gov
* Reino Unido - Código de conduta do UK Research and Innovation www.ukri.org
* União Europeia - o código de conduta da European Science Foundation archives.esf.org
CÓDIGOS DE CONDUTA NACIONAIS
* Código de boas práticas científicas FAPESP > www.fapesp.br
* Diretrizes éticas: Comissão de Integridade na Atividade Científica - RN-006/2012 www.cnpq.br
CÓDIGOS DE CONDUTA NACIONAIS
Estabelecem diretrizes éticas para as atividades científicas:
PESQUISADORES beneficiários
ASSESSORES CIENTIFICOS Avaliadores das propostas
INSTITUIÇÕES Locais onde as pesquisas são desenvolvidas
CÓDIGOS DE CONDUTA NACIONAIS
Estratégias de ação
1. EDUCAÇÃO
2. PREVENÇÃO
3. INVESTIGAÇÃO e SANÇÃO
MÁS CONDUTAS CIENTÍFICAS
MÁS CONDUTAS CIENTIFICAS
FRAUDE (FABRICAÇÃO DE "DADOS");
FALSIFICAÇÃO;
PLÁGIO;
CONFLITO DE INTERESSES.
FABRICAÇÃO - FRAUDE
Afirmar que foram obtidos ou conduzidos DADOS, PROCEDIMENTOS ou RESULTADOS que realmente
não o foram.
Manipulação do experimento (dados estatísticos ou analíticos) . FAKE Resultado Desejado
FALSIFICAÇÃO
Apresentação de DADOS, PROCEDIMENTOS ou RESULTADOS de maneira modificada, imprecisa ou incompleta.
PLÁGIO
* Utilização de ideias ou textos de outros autores sem mencionar claramente a fonte.
Ctrl + C
Ctrl + V
PLÁGIO
AUTOPLÁGIO
* "RECICLAGEM DE TEXTO"
* Copiar trechos de seus artigos antigos em novos manuscritos;
* Desafio da atualidade: projetos e linhas de pesquisa costumam produzir vários artigos sobre o mesmo tópico.
* • EXTENSÃO e LOCALIZAÇÃO do texto que foi reciclado;
* Diretizes do Cope (Committee on Publication Ethics):
Aceitável: introdução, métodos e discussão;
Inaceitável: hipótese ou resultados (comprometendo a originalidade).CONFLITO DE INTERESSES
Situações em que existem interesses de outra natureza, além do interesse do pesquisador de fazer avançar a
ciência.
CONFLITO DE INTERESSES
Pesquisa
FAPESPA ( livro) Médico francês é condenado por conflito de interesses
...a ligação entre o câncer pulmonar e a poluição, incluindo a fumaça de óleo diesel, é "extremamente
fraca";
Multa € 50 mil euros, 6 anos de prisão;
€ 150 mil em ações de uma empresa petrolífera.
MÁS CONDUTAS CIENTÍFICAS
Quais são as consequências?
Pesquisas apontam um crescimento histórico na taxa de artigos retirados por má conduta.
Cientistas estão se tornando mais conscientes e responsáveis em relação à má conduta ou estão
trapaceando mais?
Consequências
Com base nos principais bancos de dados científicos Scopus, Web of Knowledge e PubMed:
Dos 30 mil artigos publicados por semana:
200 e 255 corrigidos;
5 a 10 invalidados.
RETRATAÇÕES
Consequências
www.retractionwatch.com
Retraction Watch: investigação e divulgação de más condutas científicas;
Retratações por anos: 500 - 600 artigos.
• Brasil - Science and Engineering Ethics . Houve crescimento no número de retratações nos últimos
anos.
2 mil artigos: Lilacs e SciELO
2004 a 2009: 1 - 2 retratações/ano
2011 e 2012: 7 retrações/ano
46% plágio
Conclusão
Toda atividade científica deve ser exercida da maneira mais apropriada para que dai resulte a melhor
contribuição para o avanço da ciência.
Responsabilidade profissional civil em odontologia
Nesta unidade, o aluno deverá adquirir os conhecimentos necessários para: Conceituar responsabilidade em seu
aspecto geral, relacionando-a com o conceito de responsabilidade profissional em Odontologia, nas variadas
esferas normativas: cível, administrativa, criminal e trabalhista. Conhecer e conceituar os elementos que atraem
a responsabilidade civil para o cirurgião-dentista: o agente, o ato profissional, o dano, a culpa e o nexo causal,
diferenciando o dano causado por culpa no seu sentido jurídico daquele causado por iatrogenias e acidentes.
Compreender a teoria jurídica da responsabilidade, em seus conceitos objetivo e subjetivo. Diferenciar as
obrigações contratuais contraídas pelo cirurgião-dentista em seu relacionamento com o paciente: se de meios
ou de resultados.
Responsabilidade profissional civil em odontologia
RESPONSABILIDADE
Tradução para o sistema jurídico do dever moral de não prejudicar o outro. Uma sociedade é tão mais rica
moralmente quanto permite que seus membros ajam livre e conscientemente, assumindo responsabilidade por
seus atos.
ATO LÍCITO E ILÍCITO
"O Direito divide o campo das ações humanas em duas zonas bem distintas.
Tudo que está aquém da linha traçada pelo Direito é lícito, tudo que estiver além é ilícito."
Graça Leite, 1962
SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E SUA RELEVÂNCIA JURÍDICA
Lei de Talião - Código de Hamurabi ~ 1700 a.C.
"Se alguém romper um dente a um homem, seu próprio dente deverá ser rompido; quando ele for um homem
livre, deverá pagar de uma a três minas de prata". Cunha, 1952
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL DO CIRURGIÃO-DENTISTA (CD)
Obrigação que o profissional tem de responder legal e moralmente pelos atos que comete durante seu exercício
da profissão.
No desempenho da Odontologia, poderá responder sob diversos pontos de vista, legais e administrativos.
RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL DO CD
Penal Adm/Ética Exercício profissional Civil Trabalhista
ORGANIZAÇÃO NORMATIVA DE UMA SOCIEDADE
Pirâmide de Kelsen (1999)
1 - Constituição Federal
II - Leis Complementares
III - Leis Ordinárias, Delegadas, Medidas Provisórias
IV - Normas ou Decretos
Regulamentares
V - Decisões normativas (portarias, avisos, ordens internas, despachos, etc.)
Responsabilidade profissional civil em odontologia
CÓDIGO CIVIL - Lei n° 10.406/2002
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
CARACTERIZAÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO CD
Ocorrência simultânea de 5 condições
Agente
Ato profissional
Dano
Culpa
Nexo causal
AGENTE
Cirurgião-dentista legalmente habilitado:
Lei 5.081/1966 e Lei 4.324/1964
Diploma
Registrado, emitido por lES reconhecida pelo MEC
Registro no CRO
Onde desempenhe suas atividades profissionais
ATO PROFISSIONAL
Atos que obedeçam normas e dispositivos legais relativos à Odontologia
DANO
Ocorrência de uma consequência danosa, que poderá tanto ser Material quanto Moral.
Material: dano que atinge diretamente o patrimônio das pessoas ou empresas
Moral: Quando uma pessoa se acha afetada em seu ânimo psíquico, moral e intelectual, seja por ofensa
à sua honra, na sua privacidade, intimidade, imagem, nome ou em seu próprio corpo físico
CULPA OU ELEMENTO SUBJETIVO
A culpa (em sentido jurídico, oposto ao de dolo, i.e. a não intenção de causar dano) deve ser caracterizada por
seus elementos
Culpa ➡️ Imprudência Negligência Imperícia
IMPRUDÊNCIA
"Falta de diligência, a falta do cuidado necessário para a prática de determinado ato".
Agir injustificadamente com pressa, precipitação, sem cautela, correndo riscos desnecessários
IMPERÍCIA
Incapacidade, falta de conhecimentos técnicos.
Falta de aptidão para fazer algo que em função de sua atividade, não poderia ter falhado na execução.
NEXO CAUSAL
Configuração de que sem a ação ou omissão do profissional não haveria ocorrido o dano ou prejuízo alegado
Relação direta ou indireta entre causa e efeito
IATROGENIAS E ACIDENTES
Condições que podem ou não caracterizar a responsabilidade do CD, além do erro anteriormente descrito
latrogenia - devida a falibilidade da ciência ou resposta biológica do organismo
Acidente - dano de previsibilidade muito baixa
TEORIAS DA RESPONSABILIDADE
São teorias jurídicas para caracterizar como será a obrigação de indenizar, caso haja dano.
Objetiva: Quem exerce atividade profissional que possa causar prejuízo a outrem, deve sustentar o risco e
reparar dano que porventura ocorra, independentemente de culpa.
OBRIGAÇÕES CONTRATUAIS CONTRAIDAS PELO CD
OBRIGAÇÃO DE MEIOS
O profissional coloca seus conhecimentos em prática, com prudência e diligência, sem, contudo vincular
tais conhecimentos à consecução de um resultado satisfatório.
O profissional se obrigara a atingir o resultado desejado, independentemente dos meios empregados e
das condições individuais do tratamento.
A ODONTOLOGIA À LUZ DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
Esta unidade discute a odontologia sob a luz do código de defesa do consumidor. Ao final desta
unidade, o aluno terá adquirido conhecimentos para ser capaz de:
Avaliar a atividade profissional odontológica enquanto relação de consumo, disciplinada pelo Código de
Defesa do Consumidor;
Compreender a teoria de responsabilidade que incide sobre a profissão liberal odontológica;
Conhecer os prazos do consumidor-paciente à pretensão pela reparação de supostos danos causados
pelo profissional;
Conhecer os direitos básicos do consumidor-paciente e de que maneira o profissional deve ajustar suas
condutas clínico-administrativas para resguardá-los.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO CD E O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC)
Lei Federal no 8.078/1990
Mudança na postura de pacientes na relação com o CD, ao considerar-se analogicamente:
Tratamento - serviçoCD - prestador de serviço
Paciente - consumidor
CDC APLICADO À ODONTOLOGIA
Respeito à sua dignidade, saúde e segurança, proteção de seus direitos econômicos, melhoria de sua
qualidade de vida e transparência e harmonia das relações de consumo.
Mecanismos de proteção ao consumidor, concedendo aos mesmos direitos básicos que devem ser
respeitados nas relações de consumo.
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
(...)
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou
do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do
conhecimento do dano e de sua autoria.
ART. 6° SÃO DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta
de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os
riscos que apresentem;
Na prática clínica: Plano de tratamento deve ser documentado adequadamente.
DA OFERTA:
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras,
precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade,
composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os
riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
ART. 6° SÃO DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais,
bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
Na prática clínica: publicidade inadequada poderá ser usada contra o profissional em caso de
questionamentos ético-jurídicos
DA OFERTA:
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou
meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o
fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
ART. 6° SÃO DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão
em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
Na prática clínica: contrato de prestação de serviços odontológicos que seja abusivo e estabeleça uma
relação desproporcional com o paciente poderá ser reconsiderado.
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente,
segundo as regras ordinárias de experiências;
Na prática clínica: Documentação adequada é FUNDAMENTAL.
A PUBLICIDADE EM ODONTOLOGIA, ASPECTOS ÉTICOS...
Esta unidade abordará os aspectos ético-jurídicos da publicidade na profissão odontológica. Assim, ao
final desta unidade, o aluno deverá ser capaz de:
Compreender as limitações à publicidade impostas pelo caráter de profissão de saúde da Odontologia;
Conhecer a relação das disposições jurídicas tocantes à publicidade odontológica;
Conhecer as informações obrigatórias na publicidade odontológica no âmbito ético;
Conhecer as condutas tipificadas como infração no âmbito ético.
Assista às vídeo-aulas referentes a esta unidade, que se encontram na sequência.
A PUBLICIDADE NA SAÚDE
Aspectos positivos - campanhas de vacinação e prevenção; acesso a informações recentes; novas
tecnologias e cuidados de saúde
A não informação, por outro lado, pode ser até mesmo nociva - A Revolta da Vacina
LEI 5.081/1966
Cirurgião-dentista legalmente habilitado:
Diploma Registrado, emitido por lES reconhecida pelo MEC
Registro no CRO Onde desempenhe suas atividades profissionais
Para o CD habilitado
Cumpridos os requisitos para autorização legal da Lei 5.081/66
Atribuições
Diagnosticar, prescrever, periciar, anestesiar, necropsiar, etc.
Vedações
Sua inobservância poderá dar causa a sanções éticas e legais
ART. 7° É VEDADO AO CIRURGIÃO-Dentista
a) expor em público trabalhos odontológicos e usar de artifícios de propaganda para granjear clientela
b) anunciar cura de determinadas doenças, para as quais não haja tratamento eficaz
c) exercício de mais de duas especialidades
d consultas mediante correspondência, rádio, televisão ou meios semelhantes
f) divulgar benefícios recebidos de clientes
g) anunciar preços de serviços, modalidades de pagamento e outras formas de comercialização da
clínica que signifiquem competição desleal.
RESPONSABILIDADE CIVIL DO CD E O CODIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC)
LEI FEDERAL 8078/1990
Mudança na postura de pacientes na relação com o CD, ao considerar-se analogicamente.
Tratamento- serviço
CD- Prestador de serviço
Paciente- consumidor
CÓDIGO DE ÉTICA ODONTOLÓGICA
Res. CFO 118/2012
Capítulo VXI – Do Anúncio, da propaganda e da publicidade
DADOS OBRIGATÓRIOS NA PUBLICIDADE ODONTOLÓGICA
Dados obrigatórios em todas comunicações
Nome e n° do CRO, seja PF ou PJ
Nome representativo -
"Cirurgião-dentista" ou demais profissões regulamentadas.
Para PJ, ainda precisa ter n° e CRO do responsável técnico
DADOS OPTATIVOS NA PUBLICIDADE ODONTOLÓGICA
Endereço, telefone, fax, endereço eletrônico, horário de trabalho, convênios, credenciamentos,
atendimento domiciliar e hospitalar; Logomarca e/ou logotipo; e, A expressão "clínico geral" , pelos
profissionais que exerçam atividades pertinentes à Odontologia decorrentes de conhecimentos
adquiridos em curso de graduação ou em cursos de pós-graduação
DADOS OPTATIVOS NA PUBLICIDADE ODONTOLÓGICA
Áreas de atuação, procedimentos e técnicas de tratamento, desde que precedidos do título da
Especialidade registrada no
Conselho Regional ou qualificação profissional de clínico geral. Áreas de atuação são procedimentos
pertinentes às especialidades reconhecidas pelo CFO
DADOS OPTATIVOS NA PUBLICIDADE ODONTOLÓGICA
As especialidades nas quais o cirurgião-dentista esteja inscrito no Conselho Regional;
Os títulos de formação acadêmica 'stricto sensu' e do magistério relativos à profissão;
A expressão "clínico geral", , pelos profissionais que exerçam atividades pertinentes à
Odontologia decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso de graduação ou em cursos de pós-
graduação
É infração ética:
o fazer publicidade e propaganda enganosa, abusiva, inclusive com expressões ou imagens de
antes e depois, com preços, serviços gratuitos, modalidades de pagamento, ou outras formas
que impliquem comercialização da Odontologia ou contrarie o disposto neste Código;
o criticar técnicas utilizadas por outros profissionais como sendo inadequadas ou ultrapassadas;
o anunciar ou divulgar técnicas, terapias de tratamento, área da atuação, que não estejam
devidamente comprovadas cientificamente, assim como instalações e equipamentos que não
tenham seu registro validado pelos órgãos competentes;
o Dar consulta, diagnóstico, prescrição de tratamento ou divulgar resultados clínicos por meio de
qualquer veículo de comunicação de massa, bem como permitir que sua participação na
divulgação de assuntos odontológicos deixe de ter caráter exclusivo de esclarecimento e
educação da coletividade;
o Divulgar nome, endereço ou qualquer outro elemento que identifiqueo paciente, a não ser com
seu consentimento livre e esclarecido, ou de seu responsável legal, desde que não sejam para
fins de autopromoção ou benefício do profissional, ou da entidade prestadora de serviços
odontológicos, observadas as demais previsões deste Código;
o Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir paciente, sua imagem ou qualquer outro
elemento que o identifique, em qualquer meio de comunicação ou sob qualquer pretexto, salvo
se o cirurgião-dentista estiver no exercício da docência ou em publicações científicas, nos quais,
a autorização do paciente ou seu responsável legal, lhe permite a exibição da imagem ou
prontuários com finalidade didático-acadêmicas.
Justa causa para rompimento do sigilo do profissional principalmente
I - notificação compulsória de doença;
Il - colaboração com a justiça nos casos previstos em lei;
Ill - perícia odontológica nos seus exatos limites;
IV - estrita defesa de interesse legítimo dos profissionais inscritos; e,
V - revelação de fato sigiloso ao responsável pelo incapaz
É infração ética:
aliciar pacientes, praticando ou permitindo a oferta de serviços através de informação ou
anúncio falso, irregular, ilícito ou imoral, com o intuito de atrair clientela, ou outros atos que
caracterizem concorrência desleal ou aviltamento da profissão, especialmente a utilização da
expressão "popular";
oferecer trabalho gratuito com intenção de autopromoção ou promover campanhas oferecendo
trocas de favores;
anunciar serviços profissionais como prêmio em concurso de qualquer natureza ou através de
aquisição de outros bens pela utilização de serviços prestados;
promover direta ou indiretamente por intermédio de publicidade ou propaganda a poluição do
ambiente;
participar de programas de comercialização coletiva oferecendo serviços nos veículos de
comunicação;
realizar a divulgação e oferecer serviços odontológicos com finalidade mercantil e de
aliciamento de pacientes, através de cartão de descontos, caderno de descontos, mala direta via
internet, sites promocionais ou de compras coletivas, telemarketing ativo à população em geral,
stands promocionais, caixas de som portáteis ou em veículos automotores, plaqueteiros entre
outros meios que caracterizem concorrência desleal e desvalorização da profissão.
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)
Pontos de atenção na área da saúde
Legislações na Área da Saúde que tangenciam o tema de Proteção de Dados
- Resolução CFM 1605 de 2000 - Paciente precisa consentir para ter seu prontuário médico ou ficha médica
revelado;
- Resolução CFO 91/2009 - Digitalização de Prontuários de Pacientes;
- Código de Etica Odontológica (2012) - dever de confidencialidade;
- Resoluções CFM 1821 de 2007 e 2218 de 2018 - digitalização dos prontuários e eliminação dos documentos em
papel;
Legislações na Área da Saúde que tangenciam o tema de Proteção de Dados
- Resolução CFM 2217/2018 - Código de Ética Médica - art. 1ª, XXV (novas tecnologias e não discriminação
genética); arts. 73/79 (informações confidenciais); art. 85 (vedação do manuseio do prontuário por pessoas não
obrigadas ao sigilo profissional); arts. 99/102 (consentimento do paciente para atos de pesquisa e terapêutica
experimental) e art. 110 (tutela da privacidade na docência);
- Lei 13.787/2018 - Digitalização de Prontuários de Pacientes;
- Resolução CFO 226 de 04 de junho 2020 - Odontologia à distância;
- Instrução Normativa CFM n° 03 de 03 de março de 2021 - Proteção de Dados no CFM e CRMs;
Novidades trazidas pela LGPD
- Todo tratamento de dados pessoais (coleta e mero armazenamento incluídos) precisa ter base
legal lícita
Qual será a base legal adequada?
- A base legal da Execução de Contrato deverá ser utilizada para Dados Pessoais necessários para prestação de
serviço médico/odontológico (art. 7°, V, LGPD);
- A base legal da tutela da saúde deverá ser utilizada para a Dados Sensíveis necessários e/ou decorrentes
para/da prestação de serviço médico/odonto (art. 11, II, "", LGPD);
- Para tratamento médico/odonto de crianças e adolescentes, colher a assinatura de ao menos um dos pais no
contrato de prestação de serviços - neste caso, a base legal será o consentimento de um dos pais ou
representante legal;
Quais as minhas obrigações enquanto controlador de dados pessoais?
- Nomear um Encarregado de Proteção de Dados (DPO) e deixar seu nome e canal de contato público no sítio
eletrônico da Clínica;
- Criar um canal de atendimento aos direitos dos titulares (arts. 17/21 LGPD) que será gerido pelo DPO;
- Estabelecer as regras sobre proteção de dados e elaborar os relatórios exigidos por Lei quando o tratamento
de dados envolver alto risco para o titular;
- Cientificar os titulares e a ANPD em caso de incidente de segurança (inclusive vazamento de dados pessoais),
por meio de formulário disponível no sítio eletrônico da ANPD;
Quais as minhas obrigações enquanto controlador de dados pessoais?
- Limitar o acesso aos dados pessoais dos pacientes apenas a quem tenha real necessidade de acessá-los - se a
pessoa não for da área da saúde, elaborar termo de confidencialidade com esse funcionário;
- Estabelecer políticas de Segurança da Informação e capacitar os funcionários sobre o tema (treinamento,
cartilhas, dentre outros);
- Revisar os contratos (com pacientes e parceiros comerciais) e inserir cláusulas sobre privacidade e proteção
dos dados pessoais;
- Disponibilizar no site da clínica o Aviso de Privacidade, informando como os dados pessoais dos usuários e
pacientes são tratados, de forma clara e transparente;
Cuidados a serem tomados
- Coletar apenas os dados pessoais absolutamente necessários para a finalidade pretendida;
- Estabelecer as regras de exclusão dos dados pessoais, quando a finalidade para o seu tratamento se esgotar;
- Garantir que documentos impressos contendo dados pessoais de pacientes estejam armazenados em locais
seguros e com chave, para evitar o acesso indesejado por terceiros;
- Quando da utilização de sistemas informáticos de gestão de pacientes, criar login e senha individualizado por
funcionário e com acesso limitado (ex. profissional de agendamento de consulta não precisa, em regra, ter
acesso às imagens de exames de pacientes que estejam no sistema);
- Adotar padrões criptográficos nas pastas da rede que contenham fichas de pacientes, prontuários médicos e
imagens dos pacientes;
- Evite enviar dados pessoais de pacientes (principalmente imagens) por plataformas de mensagens
instantâneas e, se o fizer, se certifique de excluir a imagem após o envio, solicitando que o destinatário faça o
mesmo (exceto se for o titular do dado, no caso, o paciente).
Lembre-se: o cuidado com a utilização dos dados pessoais deve ser prioridade para cada um de nós,
principalmente na área da saúde em razão do alto potencial lesivo
A IMPORTÂNCIA DO PRONTUÁRIO DO PACIENTE
DEFINIÇÃO DE PRONTUÁRIO:
Prontuário não é só um papel ou uma burocracia:
Dicionário: Prontuário: Lugar onde se arrecadam coisas que de um momento para outro podem ser precisas.
(Dicionário Priberam da Língua Portuguesa);
CFO: O prontuário odontológico é o registro completo do estado de saúde do paciente incluindo a
documentação composta por exames, ficha clínica e anamnese assinadas, planejamento de tratamento e
custos, diagnóstico e termo de consentimento esclarecido (Dr: Casimiro de Almeida
- Comissão de Prontuário);
DEFINIÇÃO DE PRONTUÁRIO:
Prontuário não é só um papel ou uma burocracia:
CFM - Resolução n° 1.638/02: MANDIC
Definição usada no Judiciário
Documento único constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de
fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada,de caráter legal,
sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade
da assistência prestada ao indivíduo.
DEFINIÇÃO DE PRONTUÁRIO:
DIREITO PACIENTE
DEVER ÉTICO PROFISSIONAL DA SAUDE EQUIPE INSTITUIÇÃO DE ENSINO
DEVER ACADÊMICO
DEFINIÇÃO DE PRONTUÁRIO:
Do dever ético:
Código de Ética Odontológica (Resolução CFO n° 118/2012) :
Art. 9º. Constituem deveres fundamentais dos inscritos e sua violação caracteriza infração ética:
X - elaborar e manter atualizados os prontuários na forma das normas em vigor, incluindo os prontuários
digitais;
Art. 17. É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário e a sua
conservação em arquivo próprio seja de forma física ou digital.
Parágrafo Único. Os profissionais da Odontologia deverão manter no prontuário os dados clínicos necessários
para a boa condução do caso, sendo preenchido, em cada avaliação, em ordem cronológica com data, hora,
nome, assinatura e número de registro do cirurgião dentista no
Conselho Regional de Odontologia.
DEFINIÇÃO DE PRONTUÁRIO:
Do dever Acadêmico:
Regulamento das Clínicas de Pós-Graduação São Leopoldo Mandic:
8. Prontuário Odontológico
"8.10 E de responsabilidade do aluno, o preenchimento do prontuário digital no sistema e do prontuário físico
(..), assim como a assinatura do paciente, no ato do atendimento clínico. O usuário deve manter no prontuário
os dados clínicos necessários para uma boa condução do caso, sendo preenchido, em cada atendimento, em
ordem cronológica de data, hora, nome, assinatura e número de registro (código de ética odontológica - CFO
118/2012). O controle para a verificação de preenchimento é realizado pelos funcionários do setor".
"8.7 É vedado ao aluno e professores retirar documentos, exames ou o prontuário das imediações
Faculdade"
Do dever Acadêmico:
E se eu não cumprir com meu dever de "elaborar e manter atualizados os prontuários"?
Regulamento das Clínicas de Pós-Graduação São Leopoldo Mandic:
8. Prontuário Odontológico
"8.6. A falta da apresentação dos documentos preenchidos e assinados pelas partes envolvidas (professor, aluno
e paciente), (), referente aos pacientes atendidos nas dependências das clínicas, IMPOSSIBILITARÁ o
agendamento das defesas de monografias, teses e trabalhos de conclusão de curso".
COMPOSIÇÃO:
O que integra o prontuário?
Ficha de Anamnese?
Termo de Consentimento?
Fotos?
Recibos?
Termo de Confidencialidade?
Contrato de prestação de serviços?
Ficha ClínicaEvolutiva?
Receitas e Atestados?
Plano de Tratamento?
ExamesComplementares?
Encaminhamentos?
COMPOSIÇÃO:
O que integra o prontuário?
Regulamento das Clínicas de Pós-Graduação São Leopoldo Mandic:
8. Prontuário Odontológico
Fazem parte integrante do prontuário odontológico
a) Termo de Interesse para Participação em Programa de Tratamento Odontológico Acadêmico e
Esclarecimentos Necessários;
b) Termo de Compromisso para Ingresso e Participação em Programa de Tratamento
Odontológico Acadêmico;
C) Ficha Clínica (anamnese, plano de tratamento e evolução de tratamento);
D) Termo de Consentimento Livre Esclarecido - TCLE;
e) Programação de Tratamento Odontológico Acadêmico;
f) 2ª via de receituários, atestados, encaminhamentos e cartas médicas;
g) Exames médicos/laboratoriais;
h) Exames radiográficos e
i) Termo de Cancelamento ou Conclusão de Tratamento.
PROPRIEDADE:
De quem é a propriedade?
Paciente
Código de Ética Odontológica
(Res. CFO 118/2012):
Art. 18. Constitui infração ética:
I - negar, ao paciente ou periciado, acesso a SEU PRONTUÁRIO deixar de lhe fornecer cópia quando solicitada,
bem como deixar de lhe dar explicações necessárias à sua compreensão,salvo quando ocasionem riscos ao
próprio paciente ou a terceiros
DEVER DE GUARDA:
De quem é o dever de guarda?
Profissional
Instituição
Código de Ética Odontológica
(Res. CFO 118/2012):
Art. 17. É obrigatória a elaboração e a manutenção de forma legível e atualizada de prontuário e a sua
conservação em ARQUIVO PRÓPRIO seja de forma física ou digital.
TEMPO DE GUARDA:
Por quanto tempo devo guardar o prontuário?
Lei Federal n° 13.787/2018:
20 ANOS
Art. 6ª Decorrido o prazo mínimo de 20 (vinte) anos a partir do último registro, os prontuários em suporte de
papel e os digitalizados poderão ser eliminados.
s 1º Prazos diferenciados para a guarda de prontuário de paciente, em papel ou digitalizado, poderão ser fixados
em regulamento, de acordo com o potencial de uso em estudos e pesquisas nas áreas das ciências da saúde,
humanas e sociais, bem como para fins legais e probatórios.
Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal n° 8.078/1990):
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do
serviço prevista na Seção II deste
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
PROCEDIMENTO 01/2010
Conhecimento do "erro" 01/2028
Ação Judicial até 01/2033
Descarte em 01/2030
IMPORTÂNCIA:
Além de ser direito do Paciente...
EDUCACIONAL Ensino e Pesquisa
GESTAO Administrativa e Financeira
DEFESA Processos Éticos e Judiciais
"O prontuário do paciente representa segurança para os" profissionais "cultos e conscienciosos (...) e uma
barreira intransponível contra reclamações e caprichos de clientes descontentes."
(Alexandre Lacassagne)
IMPORTÂNCIA:
Esferas de Responsabilidade dos cirurgiões-dentistas:
Paciente ➡️
1111
Administrativa
Ética
PRONTUÁRIO ➡️
Cível
Existência de Falha na prestação dos serviços
Meio
Probatório
Inexistência de Falha na prestação dos serviços
IMPORTÂNCIA:
O Prontuário como meio de prova em demandas judiciais:
INDENIZAÇÃO - DEMANDA AJUIZADA EM FACE DE CLÍNICA ODONTOLÓGICA - ALEGAÇÃO DE DORES E DEFEITOS
NO APARELHO ORTODÔNTICO - NÃO APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS ORTODÔNTICOS E PRONTUÁRIO -
OBRIGAÇÃO FUNDAMENTAL DO PROFISSIONAL E DA CLÍNICA - INTELIGÊNCIA DO DISPOSTO NO ART. 9°,
INCISOO X, E NO ART. 17, "CAPUT" E PARÁGRAFO ÚNICO, DA RESOLUÇÃO N° 118/2012 DO CONSELHO FEDERAL
DE ODONTOLOGIA - PRESUNÇÃO DE VERACIDADE DOS FATOS DESCRITOS NA INICIAL - OBRIGAÇÃO DE A RÉ,
ORA APELANTE, RESTITUIR O QUE A AUTORA LHE PAGOU - DANOS MORAIS MANIFESTOS, ANTE AS DORES
FÍSICAS E A FRUSTRAÇÃO COM O INSUCESSO DO TRATAMENTO - "QUANTUM" ARBITRADO COM MODERAÇÃO
EM R$ 9.500,00. (*) (TJSP; Apelação Cível 1001902-88.2016.8.26.0590; Relator (a): Theodureto Camargo; Órgão
Julgador: 8ª Câmara de Direito Privado; Foro de São Vicente - 5º Vara Cível; Data do Julgamento: 23/06/2020;
Data de Registro: 23/06/2020)
IMPORTÂNCIA:
* Prontuário como meio de prova em demandas judiciais:
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO ODONTOLÓGICO. NATUREZA SUBJETIVA. EXEGESE DO ART. 14, 84°, DO
CDC. IMPLANTE DE PRÓTESE DENTÁRIA QUE CONSTITUI OBRIGAÇÃO DE RESULTADO, PRESUMINDO-SE A CULPA
DO PROFISSIONAL ATUANTE EM CASO DE NÃO ATINGIMENTO DA FINALIDADE ESPERADA. APELANTE QUE NÃO
SE DESINCUMBIU DO ÔNUS DE DEMONSTRAR A DILIGÊNCIA NECESSÁRIA NO TRATO DA PACIENTE E NA
REALIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO. AUSÊNCIA DE PRONTUÁRIO QUE IMPEDIU A APURAÇÃO ADEQUADA DOS
FATOS NA PERÍCIA TÉCNICA E VIOLOU O DEVER DE INFORMAÇÃO CONSTANTE DO CDC MÁ CONDUTA DO
DENTISTA VERIFICADA. RESSARCIMENTO DO VALOR DISPENDIDO COM O SERVIÇO (R$1450,00). DANOS MORAIS
(R$8.000,00), POR ATENDER À NATUREZA DÚPLICE - COMPENSATÓRIA E PUNITIVA - DESTA ESPÉCIE DE
REPARAÇÃO. (.) (TJSP; Apelação Cível 1031245 82.2017.8.26.0562; Relator (a): Beretta da Silveira; Órgão
Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Foro de Santos - 12* Vara Cível; Data do Julgamento: 02/03/2021; Data
de Registro: 02/03/2021)
IMPORTÂNCIA:
O Prontuário como meio de prova em demandas judiciais:
RESPONSABILIDADECIVIL - TRATAMENTO ODONTOLÓGICO - ALEGAÇÃO DE FALHA NA PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS, QUE ACARRETOU A PERDA DE DOIS DENTES ANTERIORES SUPERIORES DO AUTOR E A CONSEQUENTE
IMPOSSIBILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE PRÓTESE FIXA - FALTA DE DOCUMENTAÇÃO QUE INVIABILIZOU PERÍCIA
CONCLUSIVA -
HIPÓTESE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA - APELANTE QUE DEIXOU DE APRESENTAR NOS AUTOS CÓPIA DO
PRONTUÁRIO DO PACIENTE, ÔNUS QUE LHE COMPETIA - RESPONSABILIDADE CIVIL CONFIGURADA (TJSP;
Apelação Cível 1038198-14.2014.8.26.0224; Relator (a): Augusto Rezende; Órgão Julgador: 1ª Câmara de Direito
Privado; Foro de Guarulhos - 7ª Vara Cível; Data do Julgamento: 12/04/2021; Data de Registro: 12/04/2021)
IMPORTÂNCIA:
O Prontuário como meio de prova em demandas judiciais:
INDENIZAÇÃO. ERRO EM TRATAMENTO ODONTOLÓGICO. DANO MATERIAL, MORAL E ESTÉTICO. INSURGÊNCIA
CONTRA SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. SENTENÇA MANTIDA.
NULIDADE DA SENTENÇA. INOCORRÊNCIA. RADIOGRAFIAS SÃO EXAMES COMPLEMENTARES AO PRONTUÁRIO,
QUE SE ENCONTRA ABSOLUTAMENTE INCOMPLETO, TORNANDO-AS INÚTEIS.
MÉRITO. PRONTUÁRIO INCOMPLETO, SEM INFORMAÇÃO ESPECÍFICA DE QUAIS DENTES ESTARIAM
COMPROMETIDOS OU MENÇÃO ÀS RADIOGRAFIAS REALIZADAS. IMPERÍCIA.
DEVER DE INDENIZAR CONFIGURADO. VALOR DA INDENIZAÇÃO ADEQUADAMENTE FIXADO, ÃO
COMPORTANDO MAJORAÇÃO NEM REDUÇÃO. RECURSOS DESPROVIDOS. (TJSP; Apelação ível 1009100-
54.2017.8.26.0005; Relator (a): Carlos Alberto de Salles; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito rivado; Foro
Regional V - São Miguel Paulista - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 06/10/2020; Data de gistro: 08/10/2020)
INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS - MÁ PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS.
EXISTÊNCIA DE FRAGMENTO DE AGULHA DEIXADO NA BOCA DA PACIENTE. ALEGAÇÃO DE QUE HOUVE
FRATURA DO MATERIAL DURANTE A APLICAÇÃO ANESTÉSICA MAL FEITA PARA EXTRAÇÃO DO DENTE DO SISO.
INEXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL ENTRE O DANO E O TRATAMENTO REALIZADO. EXAMES DE TOMOGRAFIA E
RAIO X REALIZADOS POUCO TEMPO DEPOIS DO ATENDIMENTO NÃO MOSTROU A EXISTÊNCIA DE CORPO
ESTRANHO. PERÍCIA JUDICIAL CONCLUIU PELA IMPOSSIBILIDADE DE ATRIBUIR O DANO AO TRATAMENTO
PRESTADO PELAS RÉS. DEVER DE INDENIZAR NÃO CONFIGURADO. SENTENÇA REFORMADA PARA JULGAR
IMPROCEDENTE A DEMANDA. RECURSO PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível 1021164-90.2017.8.26.0007; Relator
(a): Paulo Alcides; Órgão Julgador: 6ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional
VII - Itaquera - 3ª Vara Cível; Data do Julgamento: 08/02/2021; Data de Registro: 08/02/2021)
APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA.
INOVAÇÃO EM ALEGAÇÕES FINAIS E NAS RAZÕES RECURSAIS.
INADMISSIBILIDADE. ERRO ODONTOLÓGICO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. AUSÊNCIA DE NEXO DE CAUSALIDADE.
ADEQUAÇÃO DA TÉCNICA UTILIZADA. TRATAMENTO REALIZADO DE ACORDO COM BOA PRÁTICA F. A
LITERATURA ESPECIALIZADA. ABANDONO PELO PACIENTE. CONDUTA CULPOSA E NEXO DE CAUSALIDADE NÃO
CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO, NA PARTE CONHECIDA, NÃO PROVIDO. (TJSP; Apelação Cível
1114050-23.2017.8.26.0100; Relator (a): Maria do Carmo Honório; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito
Privado; Foro
Central Cível - 8* Vara Cível; Data do Julgamento: 13/04/2021; Data de Registro: 19/04/2021)
PREENCHIMENTO:
Dicas quanto ao preenchimento do Prontuário:
O Prontuário é um documento FORMAL!
1. Preencha todos os campos em todas as folhas;
2. Coloque as informações em ordem cronológica, preenchendo a data, hora e identificação completa (nome e
número do registro perante o Conselho);
3. NAO abrevie;
4. NÃO rasure;
5. Não faça anotações que não se relacionam ao caso;
6. Faça o relato completo, de maneira clara, objetiva e legível, não tenha preguiça;
7. Não esqueça da rubrica do paciente e/ou seu representante;
PREENCHIMENTO:
O que NÃO fazer...
AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM. RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO.
MAL ATENDIMENTO PRESTADO POR MÉDICO QUE ATUA EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE. Alegação da autora de
que ao procurar atendimento médico em razão de fortes dores de cabeça e queda de pressão que vinha
ocorrendo há dias foi ofendida e humilhada pelo profissional médico que escreveu "falta de ocupação" em sua
ficha de atendimento ambulatorial na área reservada à história clínica. DANO MORAL. Condenação do
Município à indenização por danos morais. Possibilidade. Comprovação da ocorrência do dano, no caso em tela.
Fixação do 'quantum. Autora que pleiteou indenização de 100 salários mínimos. Parcial acolhimento da
apelação, para fixar a indenização em R$ 2.500,00. (TJSP; Apelação Cível 1007378-36.2014.8.26.0604; Relator
(a): Flora Maria Nesi Tossi Silva; Órgão Julgador: 13ª Câmar de Direito Público; Foro de Sumaré- 1ª Vara Cível;
Data do Julgamento: 13/06/2018)
PREENCHIMENTO:
Dicas quanto ao preenchimento do Prontuário:
AO INVÉS DE...
USE
PCT/ PE/PCTE
PACIENTE
EXO 36
EXODONTIA DO ELEMENTO 36 REALIZADA SEM INTERCORRÊNCIAS. PACIENTE ORIENTADO QUANTO AO PÓS-
OPERATÓRIO
CONSULTA
REALIZADA CONSULTA PACIENTE QUEIXA-SE DE DOR NO ELEMENTO 24.
SOLICITADO EXAME RADIOLÓGICO.
RETORNO
PACIENTE COMPARECEU COM RADIOGRAFIA. PRESENÇA DE CÁRIE PROFUNDA PACIENTE ENCAMINHADO AO
DR. X PARA CONTINUIDADE DO TRATAMENTO
ENCAMINHAMENTO
PACIENTE QUEIXA-SE DE FORTES DORES DE CABEÇA E DE RANGER OS DENTES. ENCAMINHADO A
ESPECIALIDADE DE DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
CONCLUINDO...
* Prontuário merece e precisa de sua atenção!
O Prontuário do paciente não é só um papel ou uma burocracia, é direito do paciente e seu dever, ético e
acadêmico
A importância do bom relacionamento com O Paciente
O QUE VAMOS VER?
A prática jurídica
A relação com o paciente ao longo dos anos
Considerações sobre comunicação
Princípios da relação com o paciente
Aspectos éticos da relação com o paciente
VEMOS NA PRÁTICA:
MAIS DE 80% DOS PROCESSOS CONTRA PROFISSIONAIS DA SAÚDE NÃO
ACONTECERIAM SE TIVESSE OCORRIDO UMA BOA COMUNICAÇÃO E UM
MAIOR ACOLHIMENTO DO PACIENTE E SEUS FAMILIARES.
"... Mal me olhou e não me tocou..."
"..Quando falei de minha insatisfação, foi rude comigo.."
.. Tratou meu pai/mãe como lixo..."
"... Durante a consulta, olhou mais para o celular do que pra mim..."
"... Ele estava mais preocupado com o happy hour do que com a minha condição..."
•...Não quis me explicar o tratamento..."
A RELAÇÃO COM O PACIENTE:
Tradicionalmente...
Cirurgião-dentista
Paciente
Relação Verticalizada
Relação Paternalista
Paciente sem voz ativa
Confiança exacerbada
Responsabilidade do profissional pelas decisões do tratamento
A RELAÇÃO COM O PACIENTE:
Atualmente...
Tendencia à uma relação horizontal
Avanço Tecnológico: Fácil Acesso
+ Vasto Conteúdo + Judicialização
Paciente com postura defensiva e questionadora
Princípio da Autodeterminação:
decidir por si, sobre si.
Participação nas decisões do tratamento
A RELAÇÃO COM O PACIENTE:
Eis que surge o conflito...
.. eu vi no Google...
Preciso de um tratamento de canal!
Jesus! A senhora já tem um protocolo...
Conflito
PROCON
Judicializagao
CRO
Judiciário
COMUNICAÇÃO:
Teoria básica da comunicação:
Verbal
Escrita
Falada
Comunicação
Interpessoal
Não Verbal
Símbolos
Expressão
Corporal
Expressão
Vocal
COMUNICAÇÃO:
Teoria básica da comunicação:
Questões
Subjetivase
Objetivas
Emissor
Código
Mensagem
Canal
Feedback
Questões
Subjetivase
Objetivas
Receptor
PRINCÍPIOS:
Princípios da Relação Profissional-Paciente:
1. Beneficência e não maleficência: vise o bem e não promova o mal (físico ou psíquico)
2. Não discriminação: A saúde não tem raça, etnia, gênero, crença religiosa ou partido politico. Trate a todos
com respeito e empatia;
3. Boa-fé: haja de forma ética, com dignidade, lealdade e cooperação ("não faça para o outro o que não quer
para você").
4. Transparência e Informação: O Paciente tem o direito de ser informado das suas condiçõesde saúde e de
todos os aspectos de seu tratamento de uma maneira clara e
adequada à sua compreensão.
PRINCÍPIOS:
Princípios da Relação Profissional-Paciente:
5. Autonomia: É direito fundamental do dentista diagnosticar, planejar e executar tratamentos, com liberdade
de convicção, nos limites de suas atribuições, observados o estado atual da Ciência e sua dignidade profissional.
(Res. CFO 118/2012 - Art. 5°, I).
6. Direito de Renúncia (Res. CFO 118/2012. - Art. 5°, V).
7. Autodeterminação: O paciente tem o direito de decidir o que é melhor para si.
8. Ética: Atue sempre de forma ética e em conformidade com o Código de Ética.
9. Sigilo: O profissional deve guardar sigilo a respeito das informações adquiridas no desempenho de suas
funções (Res. CFO 118/2012 - Art. 5°, II)
ASPECTOS ÉTICOS:
Resolução CFO 118/2012 - Capítulo: Do Relacionamento com o Paciente
Art. 11. Constitui infração ética:
I - discriminar o ser humano de qualquer forma ou sob qualquer pretexto;
Il - aproveitar-se de situações decorrentes da relação profissional/ paciente para obter vantagem física,
emocional, financeira ou política;
III - exagerar em diagnóstico, prognóstico ou terapêutica;
IV - deixar de esclarecer adequadamente os propósitos, riscos, custos e alternativas do tratamento;
V - executar ou propor tratamento desnecessário ou para o qual não esteja capacitado;
VI - abandonar paciente, salvo por motivo justificável (..);
ASPECTOS ÉTICOS:
Resolução CFO 118/2012 - Capítulo: Do Relacionamento com o Paciente
Art. 11. Constitui infração ética:
(...)
VII - deixar de atender paciente que procure cuidados profissionais em caso de urgência, quando não haja outro
cirurgião-dentista em condições de fazê-lo;
VIII - desrespeitar ou permitir que seja desrespeitado o paciente;
IX - adotar novas técnicas ou materiais que não tenham efetiva comprovação científica;
X - iniciar qualquer procedimento ou tratamento odontológico sem o consentimento prévio do paciente ou do
seu responsável legal, exceto em casos de urgência ou emergência;
XI - delegar a profissionais técnicos ou auxiliares atos ou atribuições exclusivas da profissão de cirurgião-
dentista;
ASPECTOS ÉTICOS:
Resolução CFO 118/2012 - Capítulo: Do Relacionamento com o Paciente
Art. 11. Constitui infração ética:
(..)
XII - opor-se a prestar esclarecimentos e/ou fornecer relatórios sobre diagnósticos e terapêuticas, realizados no
paciente, quando solicitados
(...) e
MANDIC
XIV - propor ou executar tratamento fora do âmbito da Odontologia.
CONCLUINDO...
É necessário construir uma relação com o paciente:
1. Olhe
2. Escute
3. Examine
4. Compreenda
5. Conforte
6. Informe/Esclareça
7. Guarde Sigilo
8. Indique
9. Renuncie
10. Registre no Prontuário
"Ao cuidar de uma doença você pode ganhar ou perder.
Ao cuidar de uma pessoa você sempre ganha."
(Hunter D. Adams)
[22:16, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: Estrutura da
Pós-Graduação
Graduação
Especialização
Mestrado
Doutorado
Pós-Graduação
Lato Sensu
Stricto Sensu: acadêmico ou profissional
Especialização
Mestrado
MBA
Doutorado
Trabalho final
Monografia
Dissertação
Tese
Monografia
* Objetivo: reflexão sobre um tema ou problema que
resulta em um processo de investigação sistemática
* Revisão da Literatura
* Apresentação de caso clínico
* Pesquisa Científica
Dissertação
* Introdução ao método científico
* Revisão Sistemática da Literatura
* Pesquisa Científica
* Patente
* Desenvolvimento de aplicativos, materiais didáticos e instrucionais
* Estudos de caso, proposta de intervenção em procedimentos clínicos ou de serviço pertinente
Tese
* Trabalho Stricto Sensu
* Contribuição inédita para o conhecimento
* O doutorando deve defender uma ideia, um método,
uma descoberta e uma conclusão obtida a partir de
pesquisa
TRABALHO DE CONCLUSÃO
PROCESSO
CONHECIMENTO
DOCÊNCIA
ACADÊMICO
INOVAÇÃO
PRODUTO
PROFISSIONAL
IMPACTO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL
[22:23, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: TIPOS DE ESTUDOS
Estudos Exploratórios ou Revisão da Literatura
* Metanálise
* Estudos Laboratoriais
* Estudos em Animais
* Estudos Clínicos
* Estudo de Caso Clínico
* Estudos Epidemiológicos
Revisão da Literatura
Revisão Narrativa X Revisão Sistemática
Revisão Narrativa
* "Estado da Arte" sobre determinado assunto.
* Papel na Educação Continuada.
* Análise crítica e pessoal do autor do artigo.
Revisão Sistemática
* Planejada para responder uma pergunta específica.
* Métodos explícitos e sistemáticos para seleção dos estudos.
Revisão Sistemática X METANÁLISE
METANÁLISE
Método estatístico utilizado na revisão sistemática para integrar os resultados incluídos.
Tipos de Estudos
Estudos in vitro
* Mimetizar situações biológicas reais em laboratório.
* Testar novas drogas, biomateriais etc.
> Comitê de Ética
Vantagens
Controle rigoroso das variáveis
Reduzido tamanho amostral
Duração curta
Limitações
Extrapolação para seres humanos
Baixa significância clínica
Tipos de Estudos
Estudos in vivo
Diversos modelos experimentais
Camundongos e ratos
Princípios éticos
Tamanho amostral
Bem-estar
Eutanásia
Estudos Clínicos
Variabilidade individual/tamanho amostral grande.
Dificuldade de padronização da amostra.
Reprodutibilidade dificultada.
COMITÊ DE ÉTICA
Relato cuidadoso e detalhado do perfil de um único paciente.
Estudos epidemiológicos
> Descrever as condições de saúde da população
* Investigar os fatores determinantes da saúde
> Avaliar o impacto das ações para alterar a situação de saúde
Estudos epidemiológicos
Estudos Descritivos
Estudos Ecológicos ou de Correlação
Estudos Transversais ou de Prevalência
Estudos Analíticos
Estudos observacionais
Estudos caso-controle
Estudos de coorte
Estudos epidemiológicos - Descritivos
Estudos Ecológicos ou de Correlação
Usam dados sobre populações inteiras ou grupos de pessoas para comparar as frequências das doenças entre
diferentes grupos durante o mesmo período de tempo ou na mesma população em diferentes pontos no
tempo.
Estudos Transversais ou de Prevalência
Avaliam se a pessoa exposta a um fator (causa) se apresenta doente ou sadia.
Ex.: Determinar a prevalência de câncer de pulmão em pacientes fumantes.
Estudos epidemiológicos - Descritivos
Exemplo: Tabagismo X Câncer de Pulmão
Doentes Não Doentes
Expostos
b
a+b
Não Expostos
C
d
c+d
a+c
b+d
n (total)
Ideia de relação causa ou não.
Limitação: não prevê relação temporal.
Estudos epidemiológicos
Estudos Transversais ou de Prevalência
Vantagens: rápido, barato, útil e inicial para levantamento de hipóteses.
Desvantagens: não consegue mostrar relação temporal, não indicado para
doenças raras.
estudo de caso-controle
Beaglehole et al., 1993
TEMPO
Direção da investigação
Inicia com
Expostos
Não expostos.
Expostos
Não expostos
Casos (pessoas com doença)
População
Controles
(pessoas sem doença)
Estudos epidemiológicos - Analítico
sdO GOO®
Beaglehole et al, 1993
TEMPO
- Direção da investigação..→
Inicia com
População
Expostos
Pessoas sem doença
Não expostos
Com a doença
Sem a doença
Com a doença
Sem a doença
[22:26, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: Leitura crítica de artigos
Como ler criticamente?
Processo de submissão e avaliação das revistas
Seria mais fácil se todo artigo publicado fosse cientificamente de qualidade
Seleção do artigo
Classificação da revista
Indexação
Corpo editorial
Independência editorial
Estrutura dos artigos
Tipo de artigo
Relato de caso
Série de casos
Trabalho experimental
Revisão sistemática
Trabalho experimental
Titulo
Resumo
Introdução
Materiaise métodos
Resultados
Discussão
Conclusão referências
Materiais e Métodos
População
Seleção da população de estudo
Cálculo amostral
Estudos randomizados
Amostra de conveniência
Critérios de inclusão e exclusão
Materiais e Métodos
População
Seleção da população de estudo
Cálculo amostral
Estudos randomizados
Amostra de conveniência
Critérios de inclusão e exclusão
Materiais e Métodos
Grupos amostrais
Grupo controle negativo
Grupo controle positivo
Grupos experimentais
Coleta de dados - tipo de análise
Analise qualitativa
Análise quantitativa
Análise semi-quantitativa
Coleta de dados - Calibração
Estabelece padrões uniformes e acetáveis de variação entre as medidas ou entre avaliadores
Critérios estatístico de concordância
Análise estatística
Escolha dos métodos adequados
Resultados
Apresentados de forma clara
Sequência lógica
Figuras
Tabelas
Quadros
Descrição dos resultados
Discussão
Contextualizar os resultados
Realça os achados importantes
Compara com estudos prévios
Sugere explicações para discrepâncias
Conclusão:
Relação direta com o objetivo da pesquisa
Fundamentada nos resultados obtidos
Pontos essenciais
1. O artigo descreveu um problema clínico importante ou foi dirigido por uma pergunta claramente formulada?
2. Como o assunto foi selecionados?
3. Quais foram os objetivos da pesquisa, e se estes foram alcançados?
4. Quais os métodos utilizados pelo autor, e estes são descritos com bastante detalhe?
5. Os métodos usados pelo autor para analisar os dados e as medidas de controle foram bem implementados?
6. A metodologia está apropriada à pesquisa?
7. O tipo de estudo usado está adequado?
8. Os resultados possuem credibilidade, e nesse caso, eles são importantes clinicamente?
9. O assunto abordado apresenta uma revisão sistemática?
10.As conclusões tiradas são justificadas pelos resultados?
Evidência x tipo de estudo. Revisão Sistemática e metanálises
Ensaio clínico randomizado com grupo controle
Ensaio clínico não randomizado com grupo
controle
Estudos longitudinais
Séries de casos
Relato de caso
Opinião pessoal
[22:29, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: PLATAFORMA
LATTES
O QUE ÉP
Sistema de currículos virtual mantidos pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq)
Dados
Curriculares
Instituições
Grupos
Pesquisa
IMPORTÂNCIA
Avaliação curricular dos docentes e discentes
Formação Grupos de Pesquisa
Diagnosticar seu Perfil de Pesquisador
Visibilidade Produção Docente
Consulta de Órgãos de Fomento
[22:35, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: Técnica de busca e documentação em
pesquisa bibliográfica
Técnica de busca e documentação em pesquisa bibliográfica
Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica é fundamental para a elaboração de projetos de pesquisa, confecção de trabalhos de
conclusão de curso, monografias, dissertações ou teses, artigos científicos, aulas e atualização do profissional.
Como ela é feita atualmente?
Busca bibliográfica
Utiliza-se de:
* Métodos informatizados que permitem a realização de buscas bibliográficas via base de dados.
* Acesso a documentos científicos com texto completo.
Serviços Bibliográficos
Nesta primeira aula estudaremos:
Aula l
Biblioteca Virtual em Saúde - BVS- Bireme
Operadores Booleanos
Símbolos de truncamento
SciELO
BVS - Odontologia
BVS - Bireme
Biblioteca Virtual em Saúde - BIREME (Biblioteca Regional de Medicina)
Bases de Dados que registram e difundem a literatura em Ciências da Saúde publicada disponível na América
Latina e Caribe.
BVS - Bireme
Portal Regional da BVS
Informação e Conhecimento
Site em português, espanhol e inglês
Contém diversas bases de dados.
As bases de dados contêm referências de resumos e textos completos de artigos de revistas indexadas,
dissertações e teses.
Bireme
O vocabulário estruturado e multilíngue Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foi criado pela BIREME para
servir como uma linguagem única na indexação de artigos de revistas científicas, livros, anais de congressos,
relatórios técnicos, e outros tipos de materiais, assim como para ser usado na pesquisa e recuperação de
assuntos da literatura científica nas fontes de informação disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde
(BVS), como LILACS, MEDLINE, entre outras. Foi desenvolvido a partir do MeSH -
Medical Subject Headings da U.S. National Library of Medicine (NLM) com o objetivo de permitir o uso de
terminologia comum para pesquisa em múltiplos idiomas, proporcionando um meio consistente e único para a
recuperação da informação.
Serviço gratuito que guarda informações e preferências do usuário.
Técnica de busca e documentação em pesquisa bibliográfica
Bases de Dados - Operadores Lógicos Booleanos
Os recursos existentes na recuperação da informação são utilizados para restringir ou ampliar uma busca com
base no enunciado inicial. Esses recursos são chamados de Operadores Lógicos Booleanos.
Matemático britânico, George Boole (1815-1864)
Técnica de busca e documentação em pesquisa bibliográfica
Bases de Dados - Operadores Lógicos Booleanos
AND Relaciona os termos (intersecção)
OR Combina os termos (sinônimos)
NOT Elimina termos (exclui)
Bases de Dados - Símbolos de Truncamento
Além dos operadores AND / OR / NOT, outra forma de busca é o truncamento. Ele é utilizado para fazer
complemento em prefixo, sufixo e entre letras.
Como se trata de um símbolo, o truncamento tem diferentes formas para diferentes bases de dados. A seguir
estão relacionados os símbolos mais comuns nas bases mais utilizadas pela área de Ciência da Saude:
[22:36, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: Técnica de busca e documentação em pesquisa bibliográfica
Técnica de busca e documentação em pesquisa bibliográfica
Serviços Bibliográficos
Aula lI
Pubmed - MEDLINE
EBSCOhost
Compreende mais de 30 milhões de citações da literatura biomédica da MEDLINE, life science journals e livros
online. As citações podem incluir textos completos disponíveis no PubMed ou nos websites das editoras.
[22:40, 24/04/2025] Julia Amancio 🦷: Projeto de pesquisa
PROJETO DE PESQUISA
O que é??
ROTEIRO DE TRABALHO
É o projeto que indica a problemática atual sobre o tema e as
justificativas para a realização do estudo, sua relevância
clínica, as hipóteses, a metodologia, as etapas do método
científico, o cronograma de trabalho e previsão de custos.
1° passo
O que estudar?
Antes de iniciar um projeto...
...avalie todos os recursos.
Planejamento
que pretendo estudar?
Por que realizar este estudo?
Qual teste?
Como desenvolvê-lo?
Quando?
Onde e como?
Quais materiais?
Quantas amostras?
Quem?
Planejamento inicial
Título preliminar do projeto
Laboratório/instituição onde se fará a pesquisa
Colaboradores (equipe)
Objetivos
Duração (estimativa em meses/anos)
Custo estimado
Recursos necessários: equipamentos, material de consumo, transporte, entre outros
Escolha do tema
TEMA: é a designação do problema a ser observado de forma prática e clara;
Definido de modo simples e preciso, sugerindo os problemas e o enfoque que serão abordados.
Escolha do tema
TEMA: é a designação do problema a ser observado de forma prática e clara;
Definido de modo simples e preciso, sugerindo os problemas e o enfoque que serão abordados.
Exemplo
Tema
Amplo
Avaliação da efetividade e segurança de fluoretos na prevenção da doença cárie.
Específico
Efetividade do fluoreto estanhoso na remineralização de lesões de cárie subsuperficiais de esmalte.
Escolha do tema
Relação AUTOR X TEMA: o autor deve sentir necessidade e prazer na aplicação do tema, deve ver se há
necessidade real de averiguação (consulta bibliográfica).