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O filme Patch Adams

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O filme Patch Adams – O amor é Contagioso, foi inspirado no livro "Gesundheit: Good Health Is A Laughing Matter" por Hunter Doherty Adams e Maureen Mylander, e estrelado pelo saudoso Robin Williams, no papel de Patch. O personagem inicia sua saga ao ser internado voluntariamente em um hospital psiquiátrico após uma tentativa de suicídio. No hospital ele se interessa por conhecer alguns internos, e acaba por desenvolver uma relação empática com eles, quando consegue "entrar em suas loucuras". A partir deste momento, Pach sente que pode tocar um outro ser humano, e tem um “insight” de que é isto que ele quer fazer de sua vida: ajudar as pessoas. Decide então entrar para a faculdade de medicina, mesmo não sendo mais tão jovem quanto a maioria dos estudantes do campus daVirginia Medical University. 
Logo na primeira aula, Patch sente-se inquieto com as palavras ditas pelo reitor sobre a necessidade de que os estudantes sejam desumanizados, para que possam tornar-se médicos. Patch não apenas incomoda-se com este discurso, como também com o fato de que só é permito aos estudantes a vivência com os pacientes a partir do terceiro ano de faculdade. Então, o personagem encontra jeitos e artimanhas para conviver com os pacientes do hospital universitário, onde pouco a pouco promove momentos de descontração e alegria junto à crianças, e pacientes terminais. 
Ao longo da história, o reitor da universidade, o mesmo que ministrou o discurso da aula inaugural, promove perseguições aos métodos e práticas de Patch dentro do hospital, colocando-o certa vez para organizar o ginásio para uma convenção de ginecologistas, e sendo então surpreendido pela irreverência de Patch, que decora a entrada do ginásio com pernas gigantes, abertas como em uma maca de um ginecologista. O reitor tenta efetuar uma primeira expulsão de Adams, mas ele apresenta ótimas notas e consegue consentimento para continuar. Contudo, recebe restrições severas para suas intervenções no hospital.
Inquieto com as relações médico/paciente, Patch motiva-se para a criação de um centro de cuidados médicos humanizado. Reúne seus colegas mais próximos, dentre eles sua amada, Carin (Monica Potter), e Truman (Daniel London), afim de reunirem pessoas que necessitem de cuidados humanizados, montando uma espécie de cooperativa de cuidados médicos e humanos. O instituto, que tem sua sede cedida por um rico paciente do hospital psiquiátrico no qual Patch esteve interno, cresce, e recebe diversos tipos de colaboração de pacientes e cuidadores.
Novas perseguições à concessão do direito de exercer a medicina para Patch Adams são realizadas, chegando a ser efetuada a expulsão da universidade. O caso é levado ao conselho de medicina, que deve deliberar sobre o direto de graduação de Patch. Este é um belo momento do filme, sobretudo em termos técnicos, para o objetivo desta resenha. No conselho, o personagem realiza um bonito discurso, onde estão presente diversos conceitos trabalhados no novo paradigma da saúde. No discurso, Adams diz:"O que há de errado com a morte? O que receamos de forma tão mortal? Porque não podemos tratar a morte com uma certa dose de humanidade, dignidade, decência; e talvez, até, humor? A morte não é o nosso inimigo, meus senhores. Se vamos lutar contra uma doença, lutemos contra uma das mais terríveis doenças de todas: a indiferença. A transferência é inevitável. todo ser humano causa impacto nos outros. Porque evitar a relação entre médico e pacientes? O que ensinam está errado. A missão do médico deve ser não apenas de evitar a morte, mas de melhorar a qualidade de vida. Quando se trata uma doença, pode-se ganhar ou perder; mas quando se trata uma pessoa, ganha-se sempre”.
Sobretudo, uma das principais mensagens passadas por essa história, baseada na verdadeira carreira do médico Hunter Doherty "Patch" Adams, é a quebra dos velhos paradigmas. A recusa de Patch em trabalhar seguindo unicamente o modelo biomédico de tratar A Doença, e não O Ser Humano, com certeza tem sido referência fundamental para as mudanças das últimas décadas. Grupos de voluntários que buscam desenvolver a alegria, a risada, e o entretenimento nos ambientes de tratamento à saúde, estão hoje espalhados por todo o mundo. Patch deixou sua marca, e apesar de ter dado seu depoimento em entrevistas, como à revista Veja, ao programa Roda Viva, dentre outros, alegando que o cinema preferiu retratá-lo apenas como um palhaço que faz graça, e que faltou alguma emoção no filme. O telespectador pode sentir através da interpretação deliciosa de Robin Williams, toda a saudável rebeldia deste médico-louco, que contribuiu para o trabalho de médicos, psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, fisioterapeutas, voluntários de todas as profissões, e principalmente para a cura pelo amor, carinho, e pela alegria àqueles que precisam.
O filme relata a história de Hunter adams , que apos tentar suicidio resolve internar-se em uma clinica para doentes mentais.Ao ajudar os outros internos Patch descobre que quer ser médico, para poder ajudar as pessoas.Patch matricula-se em uma faculdade de medicina e decide ser um médico diferente. Com seus métodos poucos convencionais que causam espanto, ao poucos vai conquistando todos, exceto o reitor, que vai fazer o possivel e o impossivel para expulsá-lo da universidade.O filme mostra sensibilidade, emoção,e sentimentos a serem descobertos, é uma lição de vida e amor pelo próximo. Essa obra mostra a humanização e desumanização.No momento que Patch entra no consultório médico, o doutor nem olha para ele e simplesmente faz a prescrição.O paciente em momentos de alucinação diz estar vendo esquilos, Patch finge estar vendo os esquilos e começa a matá-los.É totalmente errado, pois, temos que trazer o paciente para realidade e não compactuar com seus delirios.O supervisor de estágio mostra os casos dos pacientes para os alunos, patch aproxima-se e perguntar a paciente, qual o seu nome? Através de uma atitude humana ele mostra para o supervisor e seus colegas, que não devemos olhar o paciente como doença, e sim como um todo.Um ser dotado de sentimentos.Ele mostra que ao tratar o paciente como um todo, além demonstrar respeito, ele impulsiona o paciente a lutar pela vida. Quantas pessoas neste mundo sofre de solidão,tédio, medo que não podem ser curados com uma simples pilula.Compaixão, sentimento e empatia tem tanto valor quanto remédios e avanços tecnológicos.Patch adams prova que realmente o amor é contagioso, portanto rir é o melhor remédio
De início, Patch Adams é apresentado como interno de uma clínica, após uma tentativa de suicídio. Em sua estadia nessa clínica, ele percebe que quase nada é feito para restaurar os pacientes, o que o deixa intrigado. Um dia, de forma hilária, nosso protagonista consegue ajudar o seu companheiro de quarto a enfrentar um de seus medos. Ao auxiliá-lo, ele percebe que se sente bem ajudando as pessoas e resolve deixar o hospício para tornar-se um médico.
Ao conseguir ingressar no curso de Medicina, Patch percebe que a mesma frieza relacional existente no sanatório é encontrada na faculdade, e que os pacientes são tratados como “coisas” e não como seres humanos. Toda e qualquer relação entre médico/paciente é vista com desdém. Percebendo isso, ele decide tornar-se um médico humanista. Seu intuito principal vai ser o de melhorar a qualidade de vida dos seus pacientes, através de boas risadas. Contudo, devido aos seus procedimentos nada convencionais, o personagem central vai ter que suportar duras críticas de seus colegas universitários, além de ter que enfrentar o inflexível reitor da universidade.
No desenrolar do filme, acompanhamos os desenlaces e conflitos do personagem principal em busca de seus ideais, e notamos facilmente algumas críticas aos métodos tradicionais, tanto ao cientificismo quanto ao racionalismo. Em meio a essas críticas, podem ser feitas até mesmo analogias quanto aos paradigmas psicológicos utilizados na Educação.
Em uma das cenas iniciais, Patch Adams realiza um testecom seu colega de turma Truman Schiff, intitulado “O Experimento Olá”. Nesse experimento, é demonstrado que uma simples resposta programada como um “olá” (cumprimento dado por acaso aos transeuntes, nesse caso) pode gerar uma nova resposta emocional ao indivíduo. Nessa cena, percebe-se claramente uma referência à teoria Comportamentalista de Skinner, que ensina como instalar respostas novas e modificar padrões de respostas já existentes, paradigma esse que é bastante concebível na Educação.
Outra analogia pode ser feita utilizando a teoria comportamentalista inserida na própria universidade de medicina, uma vez que o Comportamentalismo por muitas vezes acabou fortalecendo as instituições de ensino, colocando o individuo como simples elo funcional numa cadeia de ações dispostas com fim de produtividade e eficiência. No filme, os pacientes são chamados por nomes de doenças e como “números”, o que os aproxima de seres apenas observáveis. Percebe-se também que todos os rigorosos conteúdos ensinados aos estudantes de medicina são convertidos, necessariamente, em comportamentos dimensíveis e mensuráveis.
Em um determinado momento do filme, Patch tem a ideia de criar um instituto chamado de Gesundheit (que significa “saúde” em alemão), onde médicos e pacientes viriam a formar uma comunidade em que a felicidade e amor ao próximo são prioridades. Embora não tão semelhantes, mas com alguns pontos em comum, dentre eles a intenção de desvincular-se dos métodos autoritários e tradicionais, podemos comparar os princípios do Instituto Gesundheit aos da Escola de Summerhill. Em ambas, as regras de convívio e as soluções aos problemas que surgem são resolvidas conjuntamente. Dessa maneira, a ideia de coletividade é essencial. Na visão de Patch, médicos e pacientes devem estar lado a lado, e os dois são responsáveis pelo funcionamento do local, assim como professor e aluno em Summerhill.
O filme em destaque é baseado em uma história real, e foi inspirado no livro “Gesundheit: Good Health is a Laughter Matter”, escrito por Hunter Adams (no caso, Patch Adams) e por Maureen Mylander. A história de Patch Adams é cativante e emocionante. Ser agente de transformação e ser movido por sentimentos altruístas e humanitários são as características que tornam a figura principal do longa-metragem tão inspiradora. Essas qualidades deveriam ser indispensáveis não somente aos educadores, mas também à própria humanidade. Cuide e ame ao próximo, essa é a grande lição ensinada nesse belo filme.

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