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Profetismo e Submissão Feminina

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Bruna dos Santos Teixeira
Tema:Profetas e Profetismo.
“Mulheres submissas e fragilizadas ao poder real: Rei profeta e detentor da verdade”
O profetismo surgiu como uma manifestação de Deus através de um ser humano para comunicar sua mensagem ao povo escolhido da necessidade que o homem possuía de saber sobre o passado, presente e futuro, os profetas eram procurados para resolver os problemas gerais do povo, desde saúde a outros problemas que surgiam no dia-a-dia. Quando os reis e governantes os procuravam era para solucionar seus problemas em nome de Deus, pois, ter o apoio de um profeta significava ter o apoio de uma divindade, com isso eles conseguiam a obediência dos seus súditos. Era na verdade um meio de legitimar o poder dos reis e governantes, portanto o profeta era conhecido também como legislador, e a sua função era basicamente a de ordenar um direito existente ou constituir outro; era chamado para resolver tensões sociais, pois o interesse estava em primeiro lugar na política extrema como palco de seu Deus.
 Podemos ver uma vasta existência de documentações proféticas, Esse profetismo não se detem somente a Israel, mas sim em diversos povos. Ele teve seu aperfeiçoamento ao decorrer dos anos, existe no texto duas separações distintas entre a profecia e a adivinhação, enquanto um serve de intermédio entre a palavra de Deus outro analisa o mundo por intermédio de um objeto, como a observação das estrelas. Esses eram os mediadores dos tempos antigos, todo esse profetismo circunda envolto na religião, em uma aliança propriamente dita, em que o profeta era responsável por transmitir a palavra de Deus, fazendo com que os homens não se esqueçam e nem se desviem de seus caminhos.
 Vemos também uma manipulação real de profecias que favorecessem os reis, pois somente a ele cabia um julgamento final, houveram conflitos entre a autoridade real e o poder profético, esses que se opunham ao reis que abusavam de seus privilégios.
 No texto de S. Amsler, ele cita:
 “ Profetas escritores [...] jogam com associações de palavras[...]” (p. 17-18).
 Após um tempo coube a seus discípulos transcrever as profecias, e a uma pessoa avaliar a veracidade das mesmas, claro que não dava para saber quem era realmente o portador da verdadeira palavra de Deus.
 Podemos ver também nos textos passagens sobre as mulheres em Israel:
“ [...] Duas prostitutas. Duas mulheres. Duas Mães;
Duas Crianças a vida e a morte [...]
Uma disputa. Duas putas. Dois desesperos
[...] Um rei, Uma ordem [...] Meia Criança.
Uma, Puta e a outra, mãe[...]” (p.30)
Há no texto o julgamento de duas mulheres, uma delas se apoderou do filho da outra enquanto esta dormia, pois o filho provindo de seu ventre havia morrido esmagado pela mesma, essa “ursupadora” colocou seu filho morto na cama da outra a quem lhe roubara a criança, essa foi ao rei acusando a mulher ladra de te-la roubado a criança viva e dado uma morta , o rei então sentenciou dividir a criança viva ao meio, uma das mulheres disse que não queria ver o filho morto então disse que a usurpadora poderia ficar com a criança, no entanto ela não quis ficar preferiu dividir, o rei então julgou quem a mãe legitima da criança seria aquela que renunciou o filho ao ter que ve-lo partido. (p. 39). O povo de Israel viu ai a sabedoria do rei .
 Todos os casos eram dirigidos ao rei, mostrando ai a incapacidade das mulheres em encontrar uma solução, sendo fragilizadas, e subjulgadas.
Vemos uma semelhante passagem também em :
“ Ora, além das filha do faraó amou salomao muitas mulheres estrangeiras... tinha setecentas mulheres, princesas e trezentas concubinas” ( p. 33)
Elas significavam muitas vezes posse correspondendo ao modelo econômico da realeza, trás ai a ideia do harem , assumindo a forma de pecado, erro, injustiças . Nos deixa perguntas no ar, pois de fato, por elas serem subjulgadas e fragilizadas sofriam, a ideia de puta surge no Texto de Nancy Cardoso justamente por isso?!
 Em suma esses textos tratam do poder de discernimento e interpretação das palavras, o Rei autoridade máxima, portador da verdade, o poder de julgamento infalível, concebido por deus, capaz de “alterar” profecias ou faze-las, pois sua autoridade foi imposta por Deus. Mulheres submissas ao Rei, uma mera ferramenta que existia para mostrar a superioridade do homem, numa sociedade machista.
Bibliografia utilizada;
SICRE, José Luis. Profetismo em Israel. O profeta. Os Profetas. A mensagem. Petrópolis, Editora Vozes, 2002.
PEREIRA, Nancy Cardoso. Putas mães mulheres – Obsessões e profecias em 1R, 3,16-28.
AMSLER, S. Os Profetas e os Livros Proféticos. São Paulo, Edições Paulinas, 1992.
VIEIRA SAMPAIO, Tânia Mara. Movimento do Copo Prostituído da Mulher. Encontros e Desencontros Teológicos. Edições Loyola.

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