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Transplante Cardiaco SEMINARIO (3) ORIGINAL

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Transplante Cardíaco
Bruna Lorene
Ivia Martins
Jessica Garcia
Joyce Layse
Luziane Mascarenhas
 Histórico
O primeiro implante cardíaco de homem para homem foi realizado na cidade do cabo, na África do sul em 1967, pelo cirurgião Christian Barnard e sua equipe.
 No Brasil o primeiro transplante foi feito em 1968; porem os problemas relativos ao mecanismo de rejeição do novo órgão provoca a redução da sobrevida do paciente o mesmo problema que prejudicou o sucesso de inúmeros transplantes feito no mundo.
Epidemiologia
As doenças cardiovasculares destacam-se dentre as alterações crônicas, pois são responsáveis por 16,7 milhões de mortes ao ano
Em 2015 o transplante cardíaco aumentou 12,5%, com taxa ainda muito baixa de 1,7 pmp, destacando-se o DF...
Fisiopatologia
Cardiomiopatia dilatada hipertrófica
Cardiomiopatia isquêmica
Doença de chagas
 Cardiomiopatia dilatada hipertrófica
A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é a doença cardíaca de origem genética mais comum. 
Caracteriza-se pela hipertrofia ventricular com função sistólica preservada e função diastólica diminuída.
 Sua forma é assintomática até apresentações mais graves, como a morte súbita. 
Atualmente sabe-se que é uma doença benigna.
 
Cardiomiopatia isquêmica
È resultante de doença arterial coronariana (DAC), e há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de sangue oxigenado ao coração (Hipoxemia), resultando em uma isquemia do miocárdio.
A cardiopatia isquêmica pode ser uma doença silenciosa, em quase metade dos casos a primeira manifestação da doença é a morte súbita ou infarto agudo do miocárdio. 
Tipos de isquemia
Cardíaca crônica
Caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura no interior das artérias, cujo principal sintoma é a dor no peito que surge inicialmente, durante esforços e, com o tempo, passa a surgir até mesmo em repouso.
Cardíaca transitória
Caracterizada pela dor no peito que surge quando o indivíduo encontra-se sob estresse emocional ou estresse físico, e diminui em repouso; comum em mulheres jovens.
Silenciosa
pode não gerar sintomas e afetar o indivíduo descansando, sentado, deitado ou dormindo. Geralmente é diagnosticado durante exames de rotina.
Principais causas:
Aterosclerose
Embolia coronariana
Fatores de risco:
Tabagismo
Hipertensão
Diabetes mellitus
Dislipidemia
Cardiopatias isquêmicas 
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Em geral, essa isquemia é causada por trombose e/ou vasoespasmo sobre uma placa aterosclerótica.
A maior parte dos eventos é causada por rotura súbita e formação de trombo sobre placas vulneráveis, inflamadas, ricas em lipídios e com capa fibrosa delgada.
Cardiopatia isquêmica crônica 
A isquemia miocárdica ocorre quando há desequilíbrio na oferta e na demanda de oxigênio. 
Duas situações alteram a oferta de oxigênio para o miocárdio: a isquemia e a hipoxemia. 
Essa fisiopatologia ocorre na maioria dos casos de infarto agudo do miocárdio (IAM) e dos episódios de angina instável. 
. 
 
   
 Doença de Chagas
Consiste em uma infecção sistêmica de evolução essencialmente crônica, causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruze. 
Há evidências que o acometimento cardíaco evolui para quadros de miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca congestiva.
A miocardite é silenciosa e leva a perda progressiva da massa miocárdica, promovendo certa destruição e como consequência provoca dilatação cardíaca e/ou disritmia potencialmente fatal.
 
Critérios para o receptor
 
Idade (<65 anos)
Diabetes Mellitus - sem lesão de órgãos-alvo têm bons resultados. 
A insuficiência renal leve.
Doença vascular periférica é considerada uma contraindicação relativa quando limita a reabilitação e não há condições de revascularização.
 Pacientes com dependência química e tabagismo devem ter abstinência superior a seis meses e acompanhamento da equipe multidisciplinar.
Pré-requisito do doador
Confirmação de morte cerebral do doador.
Idade inferior a 45 anos.
 História negativa para doença cardíaca.
 ECG e ecocardiograma com Doppler normais
 Compatibilidade ABO.
 Compatibilidade de peso corporal (diferença até 20% do peso do receptor). 
Negativo para infecções por HIV, hepatite B e C. 
Nenhuma evidência de malignidade.
Tipos de transplantes
Transplante cardíaco ortotópico.
Transplante cardíaco heterotópico.
Transplante cardíaco ortotópico
A técnica usada na retirada do coração implica na secção das veias cavas inferior e superior, das veias pulmonares, da artéria aorta e da artéria pulmonar, coloca-se o coração numa solução salina gelada onde encaminha até o receptor.
Transplante cardíaco ortotópico
. Técnica clássica ou biatrial​
A técnica clássica ou biatrial descrita inicialmente por Shumway e cols, ainda tem sido empregada, devendo-se ter especial atenção com a preservação da geometria atrial, evitando-se distorções ou permanência de grandes cavidades.​
Transplante cardíaco ortotópico
Técnica bicaval​
 A secção da veia cava superior deve ser feita junto à veia ázigos; a secção da veia cava inferior deve ser feita na reflexão do diafragma; e a secção das veias pulmonares deve ser feita na inserção com o átrio esquerdo, mantendo-se um segmento de parede atrial entre elas. ​
O átrio esquerdo é totalmente removido, permanecendo apenas dois segmentos onde se inserem as veias pulmonares, para sutura do átrio esquerdo. Essa variante tem, entre outras, algumas vantagens: preservar a geometria atrial, diminuir a incidência de arritmias no período pós-operatório e de insuficiência tricúspide. Quanto ao reimplante do átrio esquerdo, parece não haver diferença de resultados quanto à técnica uniatrial ou bipulmonar
Implante pela técnica bicaval
Complicações​
Formação de trombos intra-atriais, arritmias e insuficiência das valvas atrioventriculares.​
Isso deve-se a maior alteração geométrica da valva tricúspide e do átrio direito, em decorrência da anastomose entre os átrios do doador e do receptor.
Transplante cardíaco heterotópico
Durante a cirurgia não se retira o coração do receptor, ele é conservado no seu local sendo ele anastomosado o coração do doador, que faz o papel de um coração auxiliar. 
Essa técnica só é realizado quando o receptor tem elevada resistência vascular pulmonar que não cede a medicação ou nas situação mais extrema em que o coração doado é pequeno para o tamanho do receptor.
Devido ao uso da medicação de ciclosporina esta técnica e menos indicada.
Transplante cardíaco heterotópico
No transplante heterotópico o coração doador fica à direita. Angioressonância onde se pode identificar a união da aorta do doador (AoD) com a aorta nativa (AoN)
Respostas fisiológicas do coração transplantado
A frequência cardíaca de repouso pós-transplante é elevada.  
O consumo de oxigênio de pico apresenta valor reduzido em transplantados
A redução da complacência arterial observada em transplantados pode ser reflexo da hipertensão induzida pela ciclosporina por meio de um declínio da vasodilatação periférica ou alterações nos mecanismos vasculares. 
Fármacos pré-operatório
Fármacos que retardem a progressão da doença, reduzam as reenternações, a mortalidade e os sintomas. 
A azatioprina e a ciclosporina são drogas administrada no pré-operatório.
IECA-Inibidores da enzima de conversão da angiotensina.
Imunossupressores
São medicamentos que evitam a rejeição do órgão transplantado. 
A metilprednisolona é um dos corticoides que deve ser aplicados no esquema de tratamento a prevenção de rejeição. (Anti-inflamatório)
Prednisona é inserida no esquema na fase pós-operatória imediata.
MEDICAMENTO DE USO CONTINUO PARA RESTABELECER A HEMODINÂMICA
IECA- Medicamentos Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina (IECA) Os medicamentos inibidores da enzima conversora da angiotensina, ajudam a relaxar os vasos sanguíneos.
Carvedilol é um bloqueador não seletivo bloqueador
beta1/alfa1, utilizado principalmente no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva severa, e hipertensão arterial para as quais foi aprovado pela FDA
Bisoprolol é um fármaco de segunda geração, inibidor de beta-1 seletivo, sem atividade agonista parcial, utilizado na hipertensão, insuficiência cardíaca crônica e angina peito. A afinidade de bloqueio sobre beta-1 é 120 vezes maior que o bloqueio sobre beta-2.
Metoprolol é um fármaco da classe dos betabloqueadores utilizado no tratamento de várias doenças do sistema cardiovascular, especialmente hipertensão arterial.
Digoxina esteroide glicosídeo (C41H64O14) extraído das folhas da dedaleira ( Digitalis lanata ) esp. por suas propriedades medicinais (p.ex., no tratamento da insuficiência cardíaca congestiva
Amiodarona é um fármaco do grupo dos Antiarritmicos da classe III, que é usado no tratamento das Arritmias cardíacas.
 Espironolactona é indicado na hipertensão essencial, distúrbios edematosos, tais como: edema e ascite da insuficiência cardíaca congestiva; cirrose hepática; síndrome nefrótica; edema idiopático; como terapia auxiliar na hipertensão maligna;
Complicações mais frequentes no pós-transplantado do coração
A rejeição aguda celular é o tipo de rejeição mais frequente e ocorre em aproximadamente 50-70% dos pacientes, no período 6 meses de evolução após o transplante cardíaco. 
Tem como característica a presença de infiltrado inflamatório de células linfocitário, associado a macrófagos ativados que levam dano à fibra miocárdica. 
 A maioria dos episódios de rejeição celular é assintomática na sua fase inicial ou pode resultar em sintomas inespecíficos, como fadiga, astenia, anorexia e estado subfebril.
Atualmente, a rejeição aguda celular é classificada em 4 graus: 
 
0R (ausência de rejeição);
1R (rejeição leve); 
2R (rejeição moderada);
3R (rejeição severa). 
Fisioterapia
A Fisioterapia tem importante participação no preparo dos pacientes pré e pós-operatório. No período pós-cirurgico, atuando objetivamente para manutenção e melhora da função pulmonar, especialmente nas complicações respiratórias.
Pré-operatório
A fisioterapia no pré-operatório tem como objetivo reduzir as complicações no pós-operatórias.
A avaliação fisioterapêutica inicial consta aspectos cardíacos, pulmonares, musculoesqueléticos, posturais e de flexibilidade. 
Fortalecimentos dos músculos inspiratórios para ajudar no período pós-operatório.
(BUTLER)
Pós-operatório
 No pós-operatório imediato os pacientes são transferidos sobre ventilação manual para uma (UTI) onde é instalada a ventilação mecânica. Tem como objetivo a redução na resposta inflamatória na cirurgia cardíaca, melhora na função pulmonar e consequentemente uma extubação mais precoce.
Pós-operatório
 Após a extubação, inicia-se uma fase importante do atendimento fisioterapêutico com primordial de manutenção de espontânea no paciente, evitando o retorno do equipamentos ventilatória 
 Müller, 2006
Pós-operatório
 Promover higiene pulmonar;
 Proporcionar educação respiratória do paciente; 
 Melhorar a função pulmonar
 Restaurar a amplitude articular e força muscular
Recursos Fisioterápicos no pós operatório
 Manobras de Higiene Brônquica: 
 Drenagem postural –
 Percussão – (Provoca uma força mecânica na parede torácica que é transmitida para as vias aéreas e desprende o muco que aí se acumulou. )
 Tosse
 Huffing – Tipo eficaz de mobilização de secreções e pode ser usada como uma alternativa nos pacientes que apresentam tosse ineficaz.
 Cinesioterapia respiratória
) 
Bibliografia
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Artigo; artigo infarto agudo do miocárdio- síndrome coronariana aguda com supradesnivel de seguimento st 
Artigo; II Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco Coordenador de Normatizações e Diretrizes da SBC Jadelson Pinheiro de Andrade 
Artigo; artigo de revisão, Angina Estável sem Infarto PrévioLUIZ MAURINO ABREU E ADEMIR BATISTA DA CUNHA 
Artigo; Angina Variante de Prinzmetal[87]J. T. S. SOARES-COSTA, TERESA J. J. B. SOARES-COSTA Unidade de Tratamento Intensivo de Coronários de Arsénio Cordeiro Hospital de Santa Maria, Lisboa, Portugal 
Artigo; Cardiopatia isquêmicaAntônio C. C. Carvalho, José Marconi A. Sousa 
Artigo; DOENÇA DE CHAGAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA CHAGAS DISEASE: A LITERATURE REVIEW COSTA, M.1; TAVARES, V.R2; AQUINO M.V.M.3; MOREIRA D.B3 
Artigo; Critérios para obtenção do coração. Mauro Paes Leme1 e Eduardo Rodrigues2 Mauro Paes Leme1 e Eduardo Rodrigues21 Professor do Departamento de Cirurgia da FM – UFRJ. Cirurgião Cardiovascular, Serviço de Cirurgia Cardíaca do HUCFF. 2 Médico Residente, Serviço de Cirurgia Cardíaca do HUCFF – UFRJ. Cirurgião da Equipe de Transplantes do HUCFF – UFRJ. 
Artigo; Reabilitação e condicionamento físico após transplante cardíacoGuilherme Veiga Guimarães1, Fernando Bacal2 e Edimar A. Bocchi2Unidade de Insuficiência Cardíaca, Instituto do Coração, HC/FMUSP – São Paulo, SP 
Artigo; Reabilitação física no transplante de coração*Guilherme Veiga Guimarães, Veridiana Moraes d’Avila, Paulo Roberto Chizzola, Fernando Bacal, Noedir Stolf e Edimar Alcides Bocchi 
Fisioterapia cardiovascular: avaliação e conduta na reabilitação cardíaca/ Mário augusto Paschoal.-Barueri SP: Manoele 2010 capítulo 10 fisioterapia aplicada aos paciente transplantados do coração 
Transplante cardíaco Cardiac transplantation Alfredo Inácio Fiorelli1, José de Lima Oliveira Jr.2, Noedir A. G. Stolf3 Fiorelli AI, Oliveira Jr. J de L, Stolf NAG. Transplante cardíaco. Rev Med (São Paulo). 2009 jul.-set.;88(3) ed. especial:123-37.

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