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Ética na investigação biológica
A ética na investigação biológica refere-se ao conjunto de princípios e directrizes que garantem que a pesquisa científica na área da biologia seja conduzida de maneira responsável, respeitando a vida, os direitos e o bem-estar de seres humanos, animais e do meio ambiente. Diversos autores destacam a importância de princípios éticos na condução de pesquisas biológicas.
Beauchamp e Childress (2013, enfatizam quatro princípios essenciais:
1. Autonomia: respeito pela capacidade dos indivíduos de tomarem decisões informadas sobre sua participação em pesquisas.
2. Beneficência: obrigação de maximizar benefícios e minimizar danos aos participantes.
3. Não maleficência: evitar causar danos intencionais.
4. Justiça: distribuição equitativa dos benefícios e encargos da pesquisa.
Resnik (2012), discute a integridade científica, abordando questões como:
· Honestidade na colecta e apresentação de dados.
· Objectividade na análise e interpretação dos resultados.
· Transparência nos métodos e procedimentos utilizados.
Princípios fundamentais da ética na investigação biológica
1. Respeito à vida e à dignidade dos seres vivos
Toda pesquisa deve reconhecer o valor intrínseco da vida, seja humana, animal ou vegetal. No caso de pesquisas com humanos, isso inclui garantir a autonomia dos participantes, respeitando suas decisões e direitos.
2. Consentimento informado
Antes de participar de uma pesquisa, os indivíduos devem ser informados sobre os objectivos, riscos e benefícios do estudo e devem concordar voluntariamente em participar. Esse princípio é essencial para garantir autonomia e evitar coerção ou exploração.
3. Bem-estar animal (Princípio dos 3Rs)
Para pesquisas que envolvem animais, aplica-se o princípio dos 3Rs:
· Replacement (Substituição): sempre que possível, substituir o uso de animais por métodos alternativos (culturas celulares, simulações computacionais).
· Reduction (Redução): minimizar o número de animais utilizados, garantindo o máximo de informação com o menor número de espécimes.
· Refinement (Refinamento): aperfeiçoar as técnicas para reduzir sofrimento e melhorar as condições de vida dos animais usados na pesquisa.
4. Não maleficência
Os pesquisadores devem evitar causar danos desnecessários aos sujeitos da pesquisa (humanos ou animais). Esse princípio exige que os riscos sejam minimizados e que o estudo só prossiga se os benefícios forem maiores que os possíveis danos.
5. Beneficência
Os estudos devem buscar benefícios tanto para os participantes quanto para a sociedade, promovendo avanços científicos que melhorem a saúde, o meio ambiente e a qualidade de vida.
6. Justiça e equidade
Os benefícios e encargos da pesquisa devem ser distribuídos de forma justa. Isso significa que nenhuma população deve ser explorada e que os resultados devem beneficiar a sociedade como um todo, não apenas grupos específicos.
7. Integridade científica
A pesquisa deve ser conduzida com honestidade, evitando plágio, falsificação ou manipulação de dados. Isso inclui transparência nos métodos e compartilhamento adequado dos resultados.
8. Responsabilidade ambiental
A investigação biológica deve respeitar os ecossistemas, minimizando impactos ambientais negativos e promovendo a conservação da biodiversidade.
9. Supervisão ética e regulamentação
Toda pesquisa deve ser aprovada por comités de ética que avaliem a conformidade dos estudos com os princípios mencionados. Regulamentações internacionais, como a Declaração de Helsinque, servem como referência para garantir que os direitos e o bem-estar dos sujeitos da pesquisa sejam protegidos.
Esses princípios garantem que a pesquisa biológica seja conduzida de forma ética, responsável e com impactos positivos para a ciência e a sociedade.
O protocolo internacional sobre direitos das plantas e animais
Declaração universal dos direitos das plantas
Artigo. 1º - Todas as plantas nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.
Artigo. 2º - O homem depende das plantas e não podem exterminá-la. Tem obrigação de colocar a seu serviço os conhecimentos que adquiriu.
Artigo. 3º - Toda planta tem direito à atenção, aos cuidados e à protecção do homem. Se a morte de uma planta for necessária, deve ser precedida de cuidados para o transplante da espécie.
Artigo. 4º - Toda planta pertencente a espécie selvagem tem direito a viver livre em seu próprio ambiente natural terrestre ou aquático e a reproduzir-se. Todo corte de planta, mesmo para fins educativos, é contrário a esse direito.
Artigo. 5º - Toda planta pertencente a uma espécie ambientada tradicionalmente na vizinhança do homem tem direito a viver e crescer no ritmo e nas condições de vida e liberdade que forem próprias de sua espécie. Qualquer modificação deste ritmo ou destas condições, que for imposta pelo homem com fins mercantis, é contrária a esse direito.
Artigo. 6º - Toda planta escolhida pelo homem para companhia tem direito a uma duração de vida correspondente à sua longevidade natural. Abandonar, esmagar ou queimar uma planta é acção cruel e degradante.
Artigo. 7º - Toda planta utilizada em ornamentação, principalmente em recinto fechado, tem direito à limitação razoável da permanência desse ornamentação, bem como à adubação reparadora, água pura e ar natural.
Artigo. 8º - A experimentação vegetal que envolver sofrimento físico ou dano irreparável à planta é incompatível como os seus direitos, quer se trate de experimentação médica, científica, comercial ou de qualquer outra modalidade. As técnicas de enxertia que visem à preservação da espécie devem ser utilizadas e desenvolvidas.
Artigo. 9º - Se uma planta for criada para alimentação, que o seja em solo previamente preparado, utilizando-se técnicas e elementos que permitam o seu crescimento natural, e que jamais alterem o sabor característico da espécie ou acelere a maturação dos frutos. Se uma planta for criada para transformação, seu corte deve ser precedido do re-plantio de, no mínimo, 10 unidades da sua espécie.
Artigo. 10º - Nenhuma planta, fruto ou semente deve ser utilizada para divertimento do homem. As exibições de maneira imprópria ou chocante são incompatíveis com a dignidade da planta.
Artigo. 11º - Todo ato que implique a morte desnecessária de uma planta constitui biocídio, isto é, crime contra a vida.
Artigo. 12º - Todo ato que implique morte de grande número de plantas selvagens constitui genocídio, isto é, crime contra a espécie. A poluição destrói o ambiente natural e conduz ao genocídio.
Artigo. 13º - As cenas de violência contra plantas - cortes, derrubadas e queimadas - devem ser proibidas no cinema e na televisão, salvo se tiverem por finalidade evidenciar ofensa aos direitos das plantas.
Artigo. 14º - Os organismos de protecção e salvaguarda das plantas devem ter representação em nível governamental. Os direitos das plantas devem ser defendidos por lei, como os direitos humanos e os direitos dos animais.
Ética e Deontologia no Trabalho de Laboratório
​A ética e a deontologia são fundamentais no trabalho de laboratório, assegurando que as práticas sejam conduzidas com integridade, responsabilidade e respeito aos princípios morais e profissionais.
Definição de Ética e Deontologia
· Ética: Refere-se ao conjunto de princípios morais que orientam o comportamento humano, distinguindo o certo do errado.​
· Deontologia: Trata das normas e deveres específicos de uma profissão, estabelecendo códigos de conduta que os profissionais devem seguir.​
1. Ética no Trabalho de Laboratório
A ética no laboratório envolve princípios que regulam o comportamento dos profissionais, garantindo que as actividades sejam conduzidas de maneira justa, honesta e responsável.
Princípios éticos fundamentais:
1. Honestidade científica – Os profissionais devem registar e relatar os resultados com precisão, sem manipular ou falsificar dados.
2. Segurança e responsabilidade – O uso de substâncias químicas, biológicas ou radioactivas devem seguir protocolos rigorosos para evitar riscos à saúde e ao meio ambiente.
3. Respeito pela vida– No caso de pesquisas com seres vivos, devem ser adoptadas práticas que minimizem o sofrimento animal e protejam os direitos humanos.
4. Sigilo e confidencialidade – Dados de pacientes ou pesquisas confidenciais não devem ser divulgados sem autorização.
5. Sustentabilidade ambiental – O descarte correto de resíduos químicos e biológicos deve ser uma prioridade para evitar contaminação ambiental.
6. Imparcialidade e objectividade – Nenhum factor externo (como interesses financeiros ou pessoais) devem interferir nos resultados das análises laboratoriais.
2. Deontologia no Trabalho de Laboratório
A deontologia refere-se ao conjunto de normas e códigos de conduta que regem a profissão dos trabalhadores de laboratório. Ela define as obrigações e responsabilidades profissionais.
Principais normas deontológicas:
1. Cumprimento de protocolos – O profissional deve seguir normas estabelecidas por órgãos reguladores, como a ANVISA, a OMS e conselhos profissionais.
2. Capacitação e actualização constante – A ciência evolui rapidamente, e os profissionais devem manter-se actualizados sobre novas técnicas e regulamentos.
3. Boas Práticas Laboratoriais (BPL) – Seguir padrões de qualidade na execução de testes e relatórios para garantir a confiabilidade dos resultados.
4. Responsabilidade social e profissional – O laboratório deve actuar de forma ética em relação à comunidade, garantindo que seus serviços beneficiem a sociedade.
5. Trabalho em equipa e respeito interpessoal – O ambiente laboratorial exige cooperação entre profissionais, evitando discriminação e conflitos.
Referências bibliográficas
David B. Resnik. Ethics of Science: An Introduction. 2ª edição. Routledge, 2012.
Tom L. Beauchamp e James F. Childress. Principles of Biomedical Ethics. 7ª edição. Oxford University Press, 2013.

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