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Aula de Constitucional
31/03
UNIDADE 4 - NORMAS CONSTITUCIONAIS E TEORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
4.1 Estruturas da Constituição:
Preâmbulo: Abertura da constituição; chamado da constituição; lida por Ulisses Guimarães.
Texto Constitucional: Se divide em 9 títulos com assuntos diferentes; as chamadas normas constitucionais
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias: Foi feito para ter uma duração provisória diante do desenvolvimento do regime anterior e o atual.
4.2 Preâmbulo
· Natureza Jurídica:
Existe um questionamento referente ao preâmbulo e sua relevância. A partir deste questionamento surge três teses: 
1) Alguns dizem que ele tem só um valor sentimental, que não tem valor jurídico nenhum.
2) É eficaz quanto as normas constitucionais e que pode ser usado na tomada de decisões.
3) É relativamente relevante, não é norma mas pode ser usado.
Decisão do STF: Tem natureza sentimental e não é norma, então não pode ser usado na tomada de decisão.
· Invocação de Deus no preâmbulo:
Diferença entre laico e laicista.
 Laicista: Estado que rejeita a religião
 O Brasil é um país laico.
4.3 Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
Finalidade: Normas que regulam o período de transição; tem como finalidade fazer o regime de transição entre o período anterior do novo.
Desvirtuamento: Houve um desvirtuamento dos atos das disposições colocando normas não transitórias que deveriam estar no texto constitucional ou regulamentado por leis. 
Natureza jurídica: É de norma constitucional e vale como Constituição.
Possibilidade de reforma: Existe a possibilidade, mas deve ser por meio de emenda de constituição.
4.2 Natureza das normas constitucionais:
· Normas jurídicas primarias: As normas constitucionais tem natureza de normas primárias, uma vez que estão acima de todas as outras normas.
4.3 Normas constitucionais no tempo:
Quando uma nova Constituição é publicada essas normas que existiam antes serão revogadas?
Existe o instituto da recepção onde as leis que estavam vigentes na época podem continuar vigentes se estiverem de acordo com a Constituição.
4.3.1 Recepção
Normas de acordo com a nova Constituição são recepcionadas 
Normas que estão em desacordo com a nova Constituição não são recepcionadas.
Isto acontece no momento em que a Constituição for promulgada e quem diz se vai ser recepcionada ou não é o STF.
Possibilidade de recepção parcial: Pode ser recepcionado mesmo que tenha algo dentro dela - artigo, linha, parágrafo - que não é compatível, se rejeita somente o que há de errado.
Inconstitucionalidade superveniente: Não se analisa se a norma foi ou não recepcionada, não se trata se ela é inconstitucional, é entendido que ela nunca existiu.
Requisitos para que uma lei seja recebida pela nova Constituição:
a) A lei tem que estar vigente quando a Constituição for publicada.
b) Para que ela seja recebida ela tem que estar de acordo com a Constituição anterior no que tange a matéria e tem que ter adequação constitucional quanto a forma.
c) Ter compatibilidade com a nova Constituição não importando a compatibilidade formal.
Compatibilidade material: No que está relacionado a matéria deve ser compatível.
Compatibilidade formal: No que se diz respeito a forma em como é promulgada.
CONTINUAÇÃO DA AULA – 03/04
4.3.2 Repristinação
Outro fenômeno que se analisa quando uma nova const em vigor. Quando é revogada a lei revogadora.
Ex: todo cidadão brasileiro deverá pagar o IPTU. Uma lei posterior surge e revoga essa lei fazendo com que ninguém deva pagar, mas vem outra lei e revoga esta que revogou. Esse fenômeno se chama Repristinação.
A lei inicial não volta á vigorar automaticamente, só se for de extrema necessidade. 
Lei de Introdução às normas do direito brasileiro: decreto lei que foi recepcionado pelo nosso ord jurídico e tem caráter interpretativo da legislação composto com algumas regras de interpretação.
Precedente do STF 199: O fenômeno de repristinação não se aplica ao Brasil em relação às normas constitucionais com base na Lei de introdução ás normas do direito brasileiro, exceto quando a Constituição ou a lei disser expressamente.
4.4. Desconstitucionalização
É quando a Constituição posterior recebe da Constituição anterior uma norma constitucional, mas não como norma constitucional, mas sim como uma lei comum. 
Não aconteceu no Brasil.
 4.5 Recepção material de normas constitucionais 
É quando a nova Constituição resolve dar vigência á uma norma da Constituição antiga, mas por apenas um determinado período até que a nova entre em vigor.
· Fenômeno que somente se justifica com natureza transitória.
· Deve ser declarado expressamente.
4.6 Poder Constituinte e Direito Adquirido 
Direito Adquirido: Aquele que se incorpora ao meu patrimônio jurídico.
Quando a Constituição muda alguns direitos podem ser modificados.
· Como se comporta a nova Constituição em relação a direitos já consolidados na vigência da Constituição anterior?
Você continuará tendo direito que estavam na vigência da Constituição anterior, independente das mudanças, porém existem algumas exceções que:
a) Retroatividade máxima ou restituitória: É quando a nova Constituição resolve atacar fatos consumados; direitos adquiridos; decisões judiciais que foram tomadas na vigência da Constituição anterior e não os recebem na nova Constituição.
b) Retroatividade média: Acontece quando a nova Constituição ataca efeitos pendentes de atos jurídicos acontecidos antes da sua vigência.
Ex: Tive um contrato de aluguel na vigência de uma Constituição onde se eu atrasasse o pagamento cobraria uns juros de 30%, mas na vigência de uma nova Constituição diz que o máximo que pode ser cobrado é 12%. A Constituição vigente não pode interferir nos atos jurídicos anteriores, mas existem casos específicos que, caso faça, é chamado de Retroatividade Média.
c) Retroatividade mínima, temperada ou mitigada: A regra geral do Direito Constitucional, onde a Constituição não retroage e não interfira em nada que aconteceu antes da sua vigência.
4.7 Eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais
· Eficácia jurídica
É quando uma lei ou norma constitucional tem vigência e deve ser cumprida. 
Eficácia social: É quando uma lei não mais – embora esteja vigente – a sociedade não reconhece a lei como válida, não tem aplicabilidade social. 
Ex: Proibição da sacola plástica.
4.7.1 Normas de eficácia plena
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