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BIOESTRATIGRAFIA Divisões da Estratigrafia • Litoestratigrafia • Bioestratigrafia • Sismoestratigrafia • Estratigrafia de Sequencias • Quimoestratigrafia • Magnetoestratigrafia BIOESTRATIGRAFIA Organiza de modo sistemático as sequências geológicas em unidades que possam ser designadas e caracterizadas pelo seu conteúdo fóssil. UNIDADE BIOESTRATIGRÁFICAS =BIOZONAS Corpos de rochas sedimentares ou metassedimentares distinguidos por critérios paleontológicos Quais são os Princípios que norteiam os estudos Estratigráficos? • Atualismo • Superposição das Camadas • Sucessão Faunística • Correlação de Fácies APLICAÇÃO •Determinação de Paleoambientes •Idade relativa – conhecimento fundamentado da distribuição dos taxons na seções sedimentares e no tempo •Cálculo da Taxa de sedimentação O REGISTRO FÓSSIL Conjunto de fósseis preservados nas rochas da Terra (PC - Rec.) Representa uma fração infinitesimal da história da vida na Terra, permite uma boa aproximação da história evolutiva da vida. Tipos de Estrato X Conteúdo fossilífero A – Estratos sem fósseis B- Estratos contendo organismos que viveram e foram soterrados na mesma área (biocenose) C – Estratos contendo organismos que viveram em alguma outra área e foram transportados após a morte (tanatocenose) D- estratos que contém organismos transportados em vida para fora do seu ambiente normal. Todas as categorias de estratos com fósseis (b, c, d) podem servir de base para zonação bioestratigráfica Fósseis Ressedimentados São fósseis de rochas que foram erodidas, transportadas e resedimentados em sedimentos de uma idade mais jovem. EX: Em um diamictito, encontra-se esporos do Permiano Inferior e, em menor porcentagem, acritarcas restritos ao Devoniano Superior. Qual o ambiente deposicional da rocha? Qual a idade da rocha? Como explicar a ocorrência de acritarca? Acritarca exclusivamente marinhos Esporos exclusivamente continentais Fósseis intromissos são mais novos e foram introduzidos em rochas mais velhas por fluidos, diques diápiros, ou por contaminação indeterminada A idade da rocha será mais antiga do que a idade do fóssil EFEITOS DA CONDENSAÇÃO ESTRATIGRÁFICA Taxas de sedimentação extremamente baixas podem resultar na mistura ou associação de fósseis de idades e ambientes diferentes em um intervalo estratigráfico muito fino, até mesmo em uma única camada EFEITOS DA VARIAÇÃO LATERAL DE FÁCIES Efeito Lásaro As colunas são sincrônicas porem algumas fácies (e fósseis) são diferentes Deslocamento lateral de biofácies : não-marinha, costeira e marinha franca em decorrência de variações ambientais. EFEITO LAZARO • Aparente extinção de espécies durante eventos de extinção em massa, porém elas reaparecem Cuidado !!! Como escolher qual o melhor grupo de microfósseis para realizar datação ou tirar informações paleoambientais em uma rocha sedimentar em estudo? • A seleção dos grupos de interesse biocronológico é função do tipo de fácies do sedimento e da idade Elementos biológicos correlacionados internacionalmente: elementos planctônicos de ambientes marinhos tropicais Bio-horizonte • Limite ou superfície marcada pela mudança de dados bioestratigráficos (biomarcadores) • FAD (first appearance datum) • LAD (last appearence datum) Eventos Bioestratigáficos • Regionais ou Globais • Pode estar relacionado a - Mudanças Climáticas - Mudanças dos Niveis do Mar - Mudanças Químicas do Oceanos - Mdanças na Paleogeografia (tectônica) BIOZONAS Para que serve? Datação Correlação Calcular a taxa de sedimentação Códigos de nomenclatura estratigráfica: • Código Norte Americano de Nomenclatura Estratigráfica (NASC, 2005). American Association of Petroleum Geologists. • Código Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica (1986). SBG • Unidade bioestratigráfica (UB) – pacote de rocha definido por seu conteúdo fóssil. • Os fósseis empregados para a definição de uma UB devem ser contemporâneos à deposição dos sedimentos. • Biozona = Unidade Bioestratigráfica fundamental (Superzonas, subzonas). • Toda formalmente proposta tem nome de um ou mais taxons presente. Discoaster quinqueramus, + códigos (NN11) • Toda biozona tem que ter uma seção de referência (UB = corpo tridimensional de rocha que ocorre em vários locais analisados) PRINCIPAIS TIPOS DE BIOZONAS 1 - Zona de intervalo = pacote de rocha limitado por ocorrências mais superiores ou mais inferiores de sp. (definida pelo aparecimento ou extinção de sp) * Zona de diferencial superior - extinção de sp. Zona de Intervalo = Zona de amplitude Distribuição estratigráfica total de um taxon Topo- extinção de A Base – Surgimento de A A 2 - Zona de abundancia = Zona de acme = apogeu = epíbole = clímax da ocorrência de um táxon Estratos em que a abundancia de um taxon é significativa Topo- Base - 3- Zona de Associação Pacote de rocha caracterizado por pela associação de 3 ou mais entidades taxonômicas, as quais permitem distingui-las das associações adjacentes. A associação é que define os limites da biozona. ZONA DE LINHAGEM • Filozona PRINCIPAIS TIPOS DE BIOZONAS Zona de intervalo = definida pelo aparecimento ou extinção de espécies. Zona de diferencial superior, Amplitude, etc. Zona de abundância = apogeu = epíbole – clímax da ocorrência de um táxon. Zona de Associação = 3 ou mais fósseis marcado por primeira ou ultima ocorrências. A =Zona de amplitude; = Intervalo b =Zona de amplitude concorrente/coincidente; = intervalo C = Diferencial superior = Intervalo D, e, f = Zona de intervalo; g = zona de Abundância Durante uma perfuração: Qual o significado do nível estratigráfico em que se encontrou um fóssil pela 1º vez? Cocolithus pelagicus Acritarca Drill Cuttings Furos & Tecnologias MICROPALEONTOLOGIA Definição? O que se preserva? Quem são os microfósseis? litologia e o ambiente deposicional dos MF? Vantagens? Desvantagens? Aplicação? Como trabalhar? MICROPALEONTOLOGIA Estudo dos fósseis com dimensões pequenas cujo o reconhecimento e identificação exige o auxílio de microscópios ou lupas. O que se preserva? Carapaças formadas de Minerais (SiO2, CaCO3) , ou revestimentos orgânicos - esporopolenina , quitina. 15 micra 1 cm UM POUCO DE HISTÓRIA 1º microfósseis percebidos pelo homem (Stabo 58 AC-25 DC): Os nummulideos dos Calcários das pirâmides do Egito 2 cm UM POUCO DE HISTÓRIA 1610 - Invenção do microscópio. D´Orbigny (1802-1857) 1º classificação dos foraminíferos Século XIX descoberto quase todos os grupos de MF (afinidades sistemáticas não conhecidas). 1916: início do ensino da MP – área especializada em universidades européias e EUA Criação do primeiro laboratório de MP aplicada “ Humble and Rio Bravo Oil Co.” MP era sinônimo de foraminíferos, pouco se estudava de outros grupos de MF. Depois de 1945, a produção de hidrocarbonetos acelerou o desenvolvimento das ciências geológicas, inclusive a MP. Micropaleontólogos: universidades e em indústrias; Formação especializada por grupo fóssil; É difícil encontrar um paleontólogo especializado em mais de um grupo fóssil . OBJETO DA MICROPALEONTOLOGIA: OS MICROFÓSSEIS 1 - Grupos microscópicos: Reinos Monera, Protista, Animalia, Vegetal, e Fungi (Palinomorfos); 2 -Partes isoladas de organismos maiores, que podem ser considerados como fósseis, sem referência aos caracteresdo organismo inteiro; 3 – Outros: Etapas juvenis de organismos maiores Pequenos moluscos pelágicos Vários especialistas consideram como microfósseis apenas indivíduos estudados por inteiro com a ajuda de um recurso óptico (item 1), Como caracterizar uma espécie na perspectiva paleontológica? Espécie paleontológica? Espécie Paleontológica Organismos que apresentam similaridade de características morfológicas, admitindo-se uma razoável amplitude de variação morfológica dentro de uma população, e com distribuição estratigráfica (temporal) contínua. Como caracterizar uma espécie na perspectiva paleontológica? Descrição: Forma Tamanho Composição Ornamentação Diagnose Classificação Foraminíferos 1 - Grupos microscópicos - Reinos: Monera, Protista, Animalia, algas e plantas. •REINO MONERA: •Bactérias (fósseis mais antigos) • REINO PROTISTA: unicelulares portadores de núcleo individualizado (Eucariotas) Reconhecidos pelo tipo de aparelho locomotor, presença de pigmentos fotossintetizantes,composição mineral. •Filo Sarcodina: foraminíferos, Radiolários •Foraminíferos: se locomovem através de prolongamentos citoplasmáticos chamados pseudópodes finos não rígidos •Radiolários: se locomovem pseudópodes finos e rígidos chamados Filópodes •Filo Chrysophyta:Diatomáceas, nanofósseis (Cocolitofíceas) •Diatomáceas: Não possuem organela locomotora •Nanofósseis : se locomovem por flagelos •Filo Pyrrhophyta: Dinoflagelados, Acritarcas (palinomorfos) Pseudópodes Filópodes Animalia: Artropodes Subfilo Crustacea Simetria bilateral, pernas articuladas que permitem o movimento do corpo, Apêndices, exoesqueleto . Divisão do Corpo: Cefalotórax Número de pernas: varia Número de antenas: 2 pares Número de mandíbulas: 1 par •Animalia: Artropodes •Ostracodes Conchostráceos Plantas, algas e incertae sedis PALINOMORFOS – tem parede orgânica resistente ao ataque de ácidos: Esporos de briofitas, pteridofitas, Pólens gimnospermas e angiospermas; Dinoflagelados Quitinozoários Acritarcas B Partes isoladas de organismos maiores, que podem ser considerados como fósseis característicos, sem referência aos caracteres do organismo inteiro •Conodontes: (hidroxilapatita) vertebrados primitivos •Escolecodontes - elementos bucais de vermes marinhos - Quitina •Espículas de esponjas •Escamas de peixes •Lepidotes Composição das escamas: hidroxilapatita, dentina e esmalte. PLIOCENO - Piacenziano •Otólitos : ossículos óticos dos peixes Etapas juvenis de organismos maiores C. Outros •Etapas juvenis de organismos maiores - larvas •Pequenos moluscos LITOLOGIA E COLETA •Rochas pelíticas •Amostragem: Afloramentos ou testemunhos de sondagem VANTAGENS 1. ABUNDÂNCIA EM POUCAS GRAMAS DE SEDIMENTOS (15-30g). 2. Grande diversidade (muitas espécies) 3. Curta duração temporal e Boa dispersão por águas, correntes e ventos: Fósseis-guias 4. Ocupam muitos habitats (continental, transicional, marinho raso, profundo) 5. Mudanças na composição das espécies reflete parâmetros ambientais DESVANTAGENS? Requer equipamentos sofisticados e caros Preparação: cara, lenta, ou perigosa Preparação com ácidos - tóxicos, cáusticos. Como trabalhar? 1- Em que tipo de sedimento e ambiente deposicional você procuraria coletar amostra para estudo de microfósseis? Explique. 2 – Quais os principais representantes de microfósseis nos reinos: a . Monera? b. Protista? c. Animalia? d. Plantae? 3- Um microfóssil de classificação incertae sedis pode ser usado como fóssil-guia? Explique. 4- Qual a razão de se utilizar diversos métodos de micropaleontologia (Ostracodes, foraminíferos, radiolários, diatomáceas, palinomorfos, nanofósseis calcários) e não somente um método nos zoneamentos bioestratigráficos das bacias sedimentares? 5 - O procedimento de preparação de microfósseis para estudo é sempre igual? Explique. APLICAÇÃO? APLICAÇÃO •DATAÇÃO - Zoneamentos bioestratigráficos •Correlação •Interpretações Paleoecológicas: Paleo profundidade/batimetria/VNRM, Paleossalinidade produtividade orgânica, nível de oxigenação, Paleoclimas É NECESSÁRIO CONHECER ASPECTOS ECOLÓGICOS E DISTRIBUIÇÃO DAS ESPÉCIES MICROFÓSSEIS E INTERPRETAÇÕES PALEOAMBIENTAIS X IDADE MICROFÓSSEIS E INTERPRETAÇÕES PALEOAMBIENTAIS •A presença de microfósseis marinhos (in situ) caracteriza os ambientes marinhos. •A presença de microfósseis continentais (in situ) caracteriza os ambientes continentais. •A relação elementos continentais x marinhos – informa sobre áreas distais/proximais. •Os microorganismos bentônicos (B) tendem a se concentrar nos sedimentos depositados nos locais onde viviam. = águas rasas •Os microorganismos planctônicos (P) marinhos habitam preferencialmente águas distais, concentram-se principalmente nas regiões batiais. •Em águas muito profundas podem ser dissolvidos. •A relação P/B – informa sobre paleobatimetria VNRM - SIM Hábitos bentônicos e plactônicos •A diversidade das sp. de foraminíferos aumenta com o afastamento da costa e a profundidade da água •Índice planctônico/bentônico está relacionado com a profundidade da água. RAZÃO PLANCTÔNICOS E BENTÔNICOS (%) Variação da profundidade da água= Ciclos transgressivos/regressivos na bacia Bentônicos predominam águas rasas Planctônicos predominam em águas profundas % de Planctônicos Profundidade de deposição (m) Ambiente 0 - 20 0 - 70 Plataforma interna a média 20 - 30 60 - 120 Plataforma média 30 - 50 100 – 600 Plataforma média a talude superior 50 - 60 550 - 700 Talude médio a inferior 60 - 70 680 - 825 70 - 80 700 - 1100 80 - 90 900 - 1200 Talude inferior 90 - 100 1200 - 2000 •Espécies estenohalinas e estenotérmicas (steno = estreito; sensíveis a variações ambientais), são importantes para a reconstrução de parâmetros paleambientais. Paleolinhas de costa •Porcelanosos x aglutinates x lamelares = águas hipo x hiper x salgadas Plataforma continental Foraminíferos Planctônicos Definem-se curvas paleoclimáticas a partir das associações de foraminíferos adaptados a H2O quentes ou frias durante o cenozóico. Ex: Globorotalia menardii e Pulleniatina spp. - mares tropicais quentes. É freqüente nos períodos interglaciais e rara ou ausente nos glaciais, Globorotalia truncatulinoides, G. inflata - águas frias – freqüente nos glaciais IMPORTANTE: INVESTIGAÇÕES PALEOECOLÓGICAS TÊM ENFOQUE QUALITATIVO QUANTITATIVO OU SEMIQUANTITATIVO PARÂMETROS PALEOECOLÓGICOS PRINCIPAIS: ABUNDÂNCIA DIVERSIDADE FREQUÊNCIA A amostra X tem abundancia de fósseis porém, baixa diversidade, sendo Globorrotalia menardii o taxa mais frequente ABUNDÂNCIA Número de espécimes (indivíduos) por unidade de volume ou peso na amostra. • É um índice absoluto - riqueza da amostra em fósseis. Interfere diretamente no grau de confiança de uma interpretação paleoecológica. • Amostras ricas (abundância alta) interpretações mais confiáveis do que em amostras pobres (abundância baixa). DIVERSIDADE Riqueza em variedade de espécies (táxons) na amostra. FREQÜÊNCIA • Define a percentagem de indivíduo de um táxon em relação à associação total considerada. • Índice relativo. • São feitas por grupo fóssil, por taxon, ouhábito (planctônico e bentônico). Constante: F > 50% Comum: 10% F <50% Raro: F < 10% A amostra X tem abundancia de fósseis porém, baixa diversidade, sendo Globorrotalia menardii o taxa mais frequente Exemplos interpretação Paleoambiental: Variação da diversidade Planctônicos X Bentônicos Variações de diversidade de organismos planctônicos marinhos, registradas ao longo de uma seção, podem fornecer subsídios para interpretações relativas às - oscilações do nível do mar. - Superfície de inundação máxima (SIM) menor nº de taxons maior nº de taxons SIM Variação da diversidade de espécies planctônicas, ao longo de um poço 70 sp 30 sp 25 sp 40 sp 20 sp 18 sp 60 m 70 m 80 m 90 m 100 m 50 m Interpretação paleoambiental VNRM DIVERSIDADE (nº de espécies) BAIXA ALTA 70 20 EXEMPLO 2 ABUNDÂNCIA DIVERSIDADE FREQUÊNCIA Exemplo: 1 – 1cm3 de amostra foram triadas 1.200 espécimes 2 - 1 cm3 de amostra foram triadas 800 espécimes 3 - 1 cm3 de amostra foram triadas 100 espécimes 4 - 1 cm3 de amostra foram triadas 300 espécimes Qual a amostra com maior confiabilidade nas interpretações paleoecológicas? Qual a menos? ( abundancia fossilífera) Dada a tabela de diversidade específica das amostras, calcule a freqüência dos táxons em cada amostra Am /espécies A B C D E TOTAL de espécimes 1 400 100 10 600 90 1200 2 500 200 40 30 30 800 3 50 40 4 4 2 100 4 100 60 38 100 2 300 Am /espécies A B C D E TOTAL 1 400 100 8 620 90 1200 2 500 200 40 30 30 800 3 50 40 4 6 - 100 4 100 60 38 100 2 300 calcular a freqüência dos táxons nas amostras Freqüência dos táxons % de indivíduo de um táxon em relação à associação total considerada (amostra). Constante: F > 50% Comum: 10% F <50% Raro: F < 10% Am /SP % Fóssil A Fóssil B Fóssil C Fóssil D Fóssil E TOTAL% 1 33 comum 8,3 Raro 0,8 Raro 50 Cte 7,5 Raro 99,6 2 62,5 25 5 3,7 7,7 99,9 3 50 40 4 4 - 99,6 4 33,3 20 12,6 33,3 0,6 99,9 Freqüência dos táxons % de indivíduo de um táxon em relação à associação total considerada (amostra). Constante: F > 50% Comum: 10% F <50% Raro: F < 10% QUAL AMOSTRA TEM MENOR DIVERSIDADE? MICROFÓSSIL APLICAÇÃO PALINOMORFOS (Pre-Cb–Rec) Esporos, pólens, acritarcas, Dinoflagelados, Quitinozoários Correlação entre ambiente continental e marinho Datação Grau de maturação da rocha mãe Reconstrução da evolução da vegetação e paleoclima Efeitos antropogênicos no meio ambiente OSTRACODES Filo – Artrópode Classe Crustácea (conchas ovóides) Eocambriano - Recente Datação e investigação paleoecológicas e paleoambientais de antigas bacias lacustres (temperatura,salinidade) Correlação entre bacias brasileiras e do Oeste da África Habitat ostracodes = habitat das rochas geradoras de petróleo brasileiro NANOFÓSSEIS Tr-Rec Placas calcárias de algas protistas cocolitoforídeos (cocosfera) Datação, de rochas marinhas de águas profundas Alta resolução temporal (1,5 milhões de anos) FORAMINÍFEROS Filo Protista Aglutinantes (Camb-Rec) Bentonicos (Sil-Rec) Planctonicos (Jur-Rec) Correlação e datação de ambientes marinhos Bentônicos: datação de rochas do Paleozóico Planctônicos: datação a partir do Jurássico Planctônicos do Pleistoceno: curvas de paleotemperaturas Relação B/P: mapas paleobatimétricos de diferentes fases de evolução das bacias = profundidade da lâmina dágua ao longo do tempo) Identificação, história e geometria dos corpos reservatórios turbidíticos, importantes na acumulação de hidrocarbonetos Taxa de subsidência das bacias Monitoramento de áreas com poluição industrial e residencial IMPORTANCIA: BIOESTRATIGRAFIA DE SEDIMENTOS NÃO MARINHOS, AMBIENTES LACUSTRES Ostracodes OSTRACODES NE do Brasil e SW África 22 gêneros comuns 131 espécies comuns Indice de similaridade: generos = 100% Espécies = 70% APLICAÇÃO •Biozoneamento continental em escala regional = FASE PRÈ-RIFT •Alta resolução temporal=Taxa de especiação de 1,5-2,0 Ma. •B. Reconcavo/Tucano - base para as demais bacias intervalos não-marinhos •147 espécies e subespécies estabeleceram 11 biozonas e 26 subzonas (Neojurássico ao Eocretáceo). Coriaciana coriacea Cypridea (M.) b. bibullata Neojurássico ao Eocretáceo. 11 26 Imagem de Bloom de E. Huxleyi NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS – TR- Rec. NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS (Nanolitos) (Triássico – Recente) •Nanofósseis = pequenas particulas carbonáticas, menores do que 50m. provenientes de vários grupos de algas •Exclusivamente marinhos. •Encontrados em rochas de granulometria fina (vasas e folhelhos oceânicos). •Composição química de carbonato de cálcio, sob a forma de calcita, aragonita e vaterita, com baixos teores de magnésio (<4% de MgCO3). •São investigados do ponto de vista paleontológico e geoquímico (concentração do 18O e 13C), •Microscópio óptico (400 x - 1.600x), e MEV, aumento até 100.000 X. NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS (Nanolitos) (Triássico – Recente) Processamento das amostras - sem reagentes e rápido. 1 gr de sedimento, água com PH básico (8,0 - 8,5), álcool, bálsamo do Canadá, lamínulas, lâminas. •NANOFÓSSEIS •Cocólitos •Protistas fotosintetizantes planctônicos – algas cocolitoforídeas. (E. huxleyi) •Formas associadas •(incerate sedis). Formas associadas Incertae sedis APLICAÇÃO •Datação de sedimentos marinhos de águas profundas no Mesozóico e Cenozóico. •São mais eficientes pela facilidade no preparo das amostras para estudo. E. Huxley G. oceanica P.lacunosa Calcidiscus macintyrei RADIOLÁRIOS MICROFÓSSEIS SILICOSOS •Constituídos por opala SiO2 (sílica amorfa) •Comuns em: zonas de ressurgência, de Águas frias, •Associados à vulcanismo- águas subsaturadas em sílica •Um dos poucos MF registrados abaixo da CCCD •CCCD - Calcium Carbonate Compensation Depth – superfície abaixo da qual às águas são deficientes em CaCO3 Mais importantes: Diatomáceas Radiolários RADIOLÁRIOS FORMA: Esférica, discóide, estrelada, cônica, etc. Carapaça perfurada como uma rede, com poros, normalmente hexagonais ORNAMENTAÇÃO: Espinhos, espículas e barras, sólidas ou ocas, para sustentação dos axópodes. ESQUELETO INTERNO RADIOLÁRIOS – ZOOPLANCTON •Protistas exclusivamente marinhos, •Predominantemente plactônicos. •Tamanho de 0,05 a 0,25mm •Ambiente Nerítico externo a Hadal. •Águas quentes e frias APLICAÇÕES Depósitos marinhos de águas profundas (600 e 2.000m) e ultraprofundas do Fanerozóico. PALINOMORFOS todos os resíduos orgânicos observados após o tratamento palinológico. •Processamento das amostras é complexo e é necessário a utilização de vários compostos químicos (HF, HCl, HNO3) – caro, demorado, perigoso •A amostra + 50 - 30 g de sedimento •Amostras boas = sedimento de coloração escura (condições redutoras) •Origem: •animal e vegetal; •continental e marinha ESPORO - Siluriano - Recente POLENS - Carbonífero - Recente DINOFLAGELADOS ACRITASCAS QUITINOZOÁROS IMPORTANTE: Polens e esporos chegam a bacia sedimentar por intermédio dos rios e da dispersão aérea. •áreas marinhas proximais e em ambientes continentais. Afinidade biológica desconhecida. Dinoflagelados? •Cistos de microfitoplanctôn marinho. •Um dos grupos fósseis mais antigos do planeta. Predominaram no Paleozóico, •Potencial estratigráfico não totalmente desenvolvido. •Aumentam em quantidade nos mares profundos •A ornamentação indica condições ambientais a que estavam submetidos: •Adaptados a águas de muita energia= pouco ornamentados; •Adaptados a águas de pouca energia = mais ornamentados ACRITARCOS - Pré-cambriano - Recente •Grupo extinto •Afinidade biológica desconhecida ovos de extintos metazoários marinhos? •Zooplancton marinho. •Encontrados preferencialmente em mares rasos do Paleozóico. QUITINOZOÁRIOS Ordoviciano - Devoniano Dinoflagelados - Triássico ao Recente •Microfitoplanctôn •cistos de algas pirrofitas. •Predominantemente marinhos •Mioceno inf. sp de água doce. Raros no Cretáceo •No zoneamneto de palinomorfos da petrobrás (regali et al, 1973/74), meso-cenozóico das bacias marginais, 18 em 42 biozonas são baseadas em dinoflagelados. • Após a década de 90, passou-se a dar maior atenção ao grupo, principalmente do Cretáceo das nossas bacias. •Aplicação •Plataformas carbonáticas onde não há aporte de terrígenos (polens e esporos). •Condições marinhas insipientes (ambientes parálicos) •Cronocorrelações transoceânicas DISTRIBUIÇÃO TEMPORAL X DISTRIBUIÇÃO AMBIENTAL
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