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1
METODOLOGIA CIENTÍFICA
HENRIQUE DIAS SOBRAL SILVA
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIAFACULDADE ÚNICA
1
METODOLOGIA CIENTÍFICA
HENRIQUE DIAS SOBRAL SILVA 
1
© 2021, Faculdade Única.
 
Este livro ou parte dele não podem ser reproduzidos por qualquer meio sem Autoriza-
ção escrita do Editor.
FACULDADE ÚNICA EDITORIAL
 Diretor Geral:Valdir Henrique Valério
 Diretor Executivo:William José Ferreira
 Ger. do Núcleo de Educação a Distância: Cristiane Lelis dos Santos
Coord. Pedag. da Equipe Multidisciplinar: Gilvânia Barcelos Dias Teixeira
 Revisão Gramatical e Ortográfica: Izabel Cristina da Costa
 
 Revisão/Diagramação/Estruturação: Bruna Luíza mendes Leite 
 Carla Jordânia G. de Souza
 Guilherme Prado 
 
 Design: Aline De Paiva Alves
 Bárbara Carla Amorim O. Silva 
 Élen Cristina Teixeira Oliveira 
 Taisser Gustavo Soares Duarte
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária Melina Lacerda Vaz CRB – 6/2920.
NEaD – Núcleo de Educação a Distância FACULDADE ÚNICA 
Rua Salermo, 299
Anexo 03 – Bairro Bethânia – CEP: 35164-779 – Ipatinga/MG
Tel (31) 2109 -2300 – 0800 724 2300
www.faculdadeunica.com.br
2
METODOLOGIA CIENTÍFICA
 
1° edição
Ipatinga, MG
Faculdade Única
2021
3
Henrique Dias Sobral Silva
Doutorando em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre em 
História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) (2017) e graduado em 
História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (2015). Atuou como mediador 
na seção de Assistência ao Ensino no Museu Nacional (2014), tutor da disciplina de História 
no pré-vestibular social da Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância 
do Estado do RJ (2015) e em outras iniciativas populares. Tem experiência na área de Histó-
ria e Educação, especialmente nos temas: Colonização agrícola, Governo Vargas e História 
Social, Educação de Jovens e Adultos, Educação a Distância, Juventudes e Cultura Escolar
4
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas 
quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do 
conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones 
ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado 
trecho do conteúdo, cada um com uma função específica, mostradas a 
seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca 
virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, 
associando-os a suas ações.
Atividades de multipla escolha para ajudar na fixação dos 
conteúdos abordados no livro.
Apresentação dos significados de um determinado termo ou 
palavras mostradas no decorrer do livro.
 
 
 
FIQUE ATENTO
BUSQUE POR MAIS
VAMOS PENSAR?
FIXANDO O CONTEÚDO
GLOSSÁRIO
5
SUMÁRIO UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
1.1 Um conceito do letramento científico .........................................................................................................................8
1.2 Usos noo meio acadêmico.....................................................................................................................................................9
1.3 Usos sociais e ética na pesquisa ......................................................................................................................................10
FIXANDO O CONTEÚDO ..............................................................................................................................................................13
2.1 Organização acadêmica e pessoal do tempo ........................................................................................................19
2.2 Abordagens da pesquisa científica...............................................................................................................................21 
2.3 Natureza da pesquisa científica ....................................................................................................................................22
2.4 Tipos de pesquisa científica .............................................................................................................................................22
2.5 As classificações técnicas da pesquisa científica .............................................................................................23
2.6 Métodos de pesquisa científica .....................................................................................................................................25
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................27
3.1 Resumo ............................................................................................................................................................................................33
3.2 Fichamento ..................................................................................................................................................................................36
3.3 Resenha .........................................................................................................................................................................................40
3.4 Comunicação científica oral ............................................................................................................................................43
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................45
METODOLOGIA CIENTÍFICA 
MÉTODOS E TÉCNICAS DE ESTUDO E PESQUISA 
TIPOS DE COMUNICAÇÃO ACADÊMICA 
UNIDADE 4
4.1 Formulação e identificação do problema de pesquisa .................................................................................52
4.2 Construção da bibliografia ...............................................................................................................................................53
4.3 Objetivo(s) da pesquisa .......................................................................................................................................................56
FIXANDO O CONTEÚDO .............................................................................................................................................................58
PLANEJAMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA 
UNIDADE 5
5.1 Introdução do trabalho acadêmico .............................................................................................................................63
5.2 Referencial teórico ou revisão bibliográfica ..........................................................................................................64
5.3 Fontes e metodologia............................................................................................................................................................68
5.3 Desenvolvimento e considerações finais ................................................................................................................68
5.4 Cronograma de execução da pesquisa ....................................................................................................................69 
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................70
PLANEJAMENTO DA PESQUISA CIENTÍFICA II
UNIDADE 6
6.1 Formatação de textos ............................................................................................................................................................756.2 Tipos de citações no texto acadêmico ......................................................................................................................78
6.3 Formatação de gráficos, figuras e tabelas ..............................................................................................................81
FIXANDO O CONTEÚDO ............................................................................................................................................................83
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO ...................................................................................................................87
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................................................88
NORMAS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT)
6
UNIDADE 1
A unidade I apresenta a metodologia científica como parte de um exercício de 
letramento acadêmico, explorando seus usos e po¬tencialidades dentro e fora da 
universidade. Destaca-se também nessa unidade alguns compromissos éticos na 
construção da ciência no mundo contemporâneo.
UNIDADE 2
A unidade II trata dos métodos e técnicas de estudo e pesquisa. Considerando a 
organização, abordagens, natureza, objetivos e procedimentos técnicos para 
realização da investigação acadêmica. Além disso, debate a organização acadêmica 
e pessoal do tempo como peça fundamental do ofício do pesquisador. 
UNIDADE 3
A unidade III discute os tipos de comunicação acadêmica, destacando os modos de 
fazer resumo, fichamento, resenha e comunicações científicas orais e a importância 
de cada um deles para a formação do pesquisador.
UNIDADE 4
Na unidade IV os leitores são convidados a pensar a primeira parte do planejamento 
da pesquisa, com destaque para a escolha do tema, a construção do problema, da 
bibliografia e dos objetivos da investigação. 
UNIDADE 5
Na unidade IV os leitores são aproximados da segunda parte do planejamento 
da pesquisa. Nela discute-se a importância do referencial teórico, as fontes e a 
metodologia e as formas de construção de um cronograma de execução de seu 
exercício científico. 
UNIDADE 6
Na unidade VI são apresentadas as normas da ABNT sua importância e seus usos 
na construção de trabalhos acadêmicos, em especial para a construção de artigos 
acadêmicos.
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
7
METODOLOGIA CIENTÍFICA UNIDADE
01
8
1.1 UM CONCEITO DO LETRAMENTO CIENTÍFICO 
 Letramento científico é um conjunto de orientações que definem os modos de es-
crever, ler e pesquisar que devem ser ensinadas aos graduandos para o seu melhor rela-
cionamento com a ciência no ambiente universitário (MOTTA-ROTH, 2011). Nesse contexto, 
deve-se considerar a realidade do aluno, seus modos de en-sinoaprendizagem associados 
às questões sócioculturais do fazer científico, sua relação com a tecnologia e com o meio 
intelectual.
 Em outros termos, letramento científico é o modo pelo qual a universidade pode 
ensinar aos seus alunos, novos modos de escrita, leitura e escrita no ambiente acadêmico. 
Para que isso ocorra, deve-se ensinar metodologia científica, um subconjunto de ferra-
mentas do letramento científico, mobilizadas pelos graduandos ao longo de sua formação 
acadêmica para aperfeiçoamento de métodos e técnicas de leitura, escrita e pesquisa. 
 Pode-se dizer que a metodologia científica pavimenta todas as iniciativas do letra-
mento científico. Se pensarmos no sentido das palavras, teremos que metodologia trata-se 
segundo o Dicionário Michaelis Online (2021) de um “conjunto de regras e procedimentos 
para a realização de uma pesquisa”. É um conjunto de etapas a serem cumpridas de modo 
a solucionar uma determinada questão ou problema. Por outra parte, a palavra científica 
refere-se a ciência, a condução ou estruturação a partir de princípios e práticas de uma 
determinada ciência.
 Desse modo, estamos diante de um método para a exposição de problemas cientí-
ficos da área do saber a qual o graduando encontra-se em formação. Pode-se dizer que a 
metodologia científica é uma espécie de língua franca no fazer acadêmico, uma vez que 
suas considerações podem ser acolhidas por todas as áreas, logicamente, guardadas as 
devidas especificidades de cada curso. Sobre o tema, Marconi e Lakatos (2021b) afirmam 
que a metodologia científica trata-se de uma operação de introdução: 
[...] do discente no mundo dos procedimentos siste-
máticos e racionais, base da formação tanto do es-
tudioso quanto do profissional, pois ambos atuam, 
além da prática, no mundo das idei¬as. Podemos 
afirmar até: a prática nasce da concepção sobre o 
que deve ser realizado e qualquer tomada de deci-
são fundamenta-se naquilo que se afigura como o 
mais lógico, racional, eficiente e eficaz (MARCONI; 
LAKATOS, 2021a, p. 15). 
 Destacamos aqui que a metodologia científica age sobre uma ciência que, em ter-
mos gerais, trata-se de um conjunto de “[...] conhecimentos com técnicas especializadas 
de verificação, interpretação e inferência da realidade” (MEDEIROS, 2006, p. 41). 
 Há que se destacar que esse processo de aprendizagem é técnico e também refle-
xivo e crítico. Afinal a escolha de um tema, um problema de pesquisa e questões análogas 
à estes envolvem o diálogo, a reflexão e o pensamento investigativo que, por definição, de-
manda crítica. Porém, para que esse processo seja realizado com qualidade, é necessário 
conhecer a metodologia científica. 
9
1.2 USOS NO MEIO ACADÊMICO 
Qual sua experiência com escrita? E com leitura? Reflita e sistematize os modos como inte-
rage com essas operações. A partir de uma auto-avaliação será possível conhecer melhor os 
modos de aperfeiçoar esses processos no cotidiano. 
VAMOS PENSAR?
 Assim sendo, nosso capítulo tratará de expressar as características e protocolos da 
metodologia científica, sempre com o compromisso de trazer uma análise crítica e propo-
sitiva sobre o tema. O interesse maior desse exercício é animar os graduandos à pesquisa, 
de modo atento, crítico e acima de tudo cientes da aprendizagem em metodologia cientí-
fica. 
 Os usos da metodologia científica estrutura e normatiza a comunicação escrita e oral 
produzida na universidade, por graduandos e professores. Segundo Demo (1995), quando 
pensamos na metodologia científica na universidade, estamos diante de “[...] instrumen-
tos usados para se fazer ciência” (DEMO, 1995, p. 11). Esses instrumentos não precisam ser 
dificultadores no processo de aprendizagem, ao contrário, como língua franca que são, 
pretendem aproximar pesquisadores, ideias e reflexões.
 As ferramentas iniciais que mobilizamos para esse fazer da ciência são os métodos 
de observação, escuta, leitura e experimentação. Quando mediados pela metodologia 
científica, a partir de suas ferramentas, a compreensão sobre os fenômenos analisados 
tende a ser mais aceita (AZEVEDO, 2013). Em linhas gerais, o que conseguimos construir, 
nessas condições, foi o conhecimento científico. 
 Não podemos deixar de citar que esse processo é feito também com consultas in-
tensas à bibliotecas (físicas ou virtuais), sites de pesquisa de conteúdo acadêmico e demais 
materiais formativos. Além deles, o relacionamento profissional com professores, tutores 
da universidade, fóruns de debate, espaços de tiragem de dúvidas e diálogos com os cole-
gas colaboram de maneira potente com uma aproximação qualitativa com a metodologia 
científica. 
Ciência é uma preocupação teórica acerca de determinados fenômenos naturais 
e sociais para explicar o mundo em que vivemos. Quer saber mais sobre o concei-
to? Pesquise no livro “Metodologia Científica” (LOZADA; NUNES, 2018) em especial 
o primeiro capítulo “Processo técnico-científico” (p. 13-34). 
Disponível em: https://bit.ly/3rUWYOG. Acesso em: 20 mar. 2021. 
BUSQUE POR MAIS
10
 Pode-se dizer que a etapa seguinte desse processo trata-se da comunicação desses 
avanços de pesquisa. Toda e qualquer investigaçãoenvolve atividades comunicativas que, 
realizadas em distintos suportes formais, como a fala e a escrita, conformam mais uma 
etapa do fazer científico. Nesse processo são gerados produtos como resenhas, relatórios, 
artigos, painéis, monografias e outros construídos durante ou após a conclusão da pesqui-
sa acadêmica.
 Acerca do processo comunicativo, é preciso informar e divulgar o andamento de 
uma dada investigação, de modo que seja possível reunir comentários, sugestões e críti-
cas acerca da pesquisa. Segundo Ziman (1968), o conhecimento científico terá validade e 
será entendido como tal, quando exposto ao parecer da comunidade acadêmica. Desse 
modo se consolidam espaços como simpósios, congressos, fóruns, semanas acadêmicas e 
bancas de avaliação dentre outros, que se tornam espaços privilegiados para se divulgar a 
construção de pesquisas acadêmicas. 
 Vale dizer que em cada uma das etapas citadas neste tópico contam com caracterís-
ticas específicas que serão dadas pela metodologia científica e conhecidas por nós nos ca-
pítulos a seguir. Sendo nossa tentativa aqui a de apresentar um panorama sobre diferentes 
áreas do universo acadêmico que são afetadas pela metodologia científica.
Você pode aprofundar seus estudos sobre metodologia científica em vídeo-aula 
do Prof. Matheus Passos. 
Disponível em: https://bit.ly/2P1FCCd. Acesso em: 12 dez. 2020
BUSQUE POR MAIS
1.3 USOS SOCIAIS E ÉTICA NA PESQUISA 
 A metodologia científica é um universo vasto como vimos, sendo uma de suas faces 
a ética. Em termos sociais é sempre importante que o pesquisador pense na função social 
de sua pesquisa para a sociedade. Deve-se ter cuidado e atenção ao compreender a rea-
lidade que visita o pesquisador e o meio em que vive/que estuda. Espera-se que, a partir 
dessa compreensão, se construa uma produção científica alinhada com tais questões. 
 Os modos de fazer este exercício se dão por meio de uma humanização da pesquisa 
e da ciência. Essa humanização se constrói quando quem pesquisa entende que seu fazer, 
crítico e reflexivo está repleto informações sobre comunidades ou indivíduos citados e suas 
práticas estudadas (TOMANIK, 2004). Ou seja, a pesquisa é antes de tudo um exercício co-
letivo do pesquisador com seus colegas, com seus objetivos, fontes e uma teia de relações 
que atravessam ele e sua pesquisa. 
 Essa recomendação pode ser realizada a qualquer tempo da pesquisa e pode ser 
registrada na construção de investigações em quaisquer áreas do saber, o que mais im-
porta é que esse eixo seja lembrado e considerado pelo pesquisador. Afinal, estamos em 
um momento histórico de ascensão do anti cientificismo e, por isso, é sempre tempo de 
reforçarmos nosso compromisso com a construção de uma ciência que seja democrática. 
11
Anticientificismo: Trata-se de um comportamento de negação dos postulados, 
saberes e práticas científicas, em nome de opiniões e visões não embasadas em 
pesquisas científicas. FREITAS REIS, Robson Vitor. A Ciência e o Anticientificismo. 
2020; Tema: Ciência e Epistemologia. 
Disponível em: https://bit.ly/3f9YSId. Acesso em: 31 out. 2020.
GLOSSÁRIO
 Pensando em ética e democracia é necessário que façamos uma discussão acerca 
do respeito com as pessoas, à autoria e as ideias. Quando expomos o respeito às pessoas, 
queremos dizer que pesquisas com seres humanos, mas mais distintas áreas do saber, de-
mandam protocolos; de modo que esses indivíduos sejam respeitados em suas vontades, 
desejos e suas limitações. Aqui a escuta sensível e a ética são essenciais para uma pesquisa 
executada em termos profissionais, idôneos e que preserve os sujeitos pesquisados.
 Acerca disso, recomenda-se que o pesquisador conheça e elabore um Termo de Li-
vre Consentimento Esclarecido (TCLE), cabendo a ele apresenta-lo para que os indivíduos 
pesquisados sejam adequadamente esclarecidos e, mediante o aceite e assinatura destes 
ou de seus responsáveis legais, possa se dar o início de qualquer pesquisa com seres hu-
manos. Sua adoção dá segurança ao pesquisador e ao sujeito pesquisado, assegurando 
sua preservação física e mental. No Brasil, pesquisas que se debruçam sobre o estudo de 
seres humanos devem ser submetidas a um Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) instância 
universitária de avaliação da idoneidade e dos princípios éticos em uma dada pesquisa 
acadêmica (BARBOSA; BOERY; FERRARI, 2012).
 Quando falamos sobre respeito a autoria e as ideias estamos falando do cuidado para 
a não realização do plágio acadêmico. Ele nada mais é do que a cópia sem autorização de 
um trecho, obra ou conceito construído por outra pessoa. Fenômeno considerado como 
crime em nosso país, trata-se de uma forma de apropriação desleal no mundo acadêmico 
(SILVA, 2008). Segundo os estudos de Sanchez e Innarelli (2012) existem quatro tipos de 
plágio: 
(1) o autoplágio, em que um indivíduo utiliza um 
trabalho próprio já publicado anteriormente, mas 
apresentado de maneira diversa; 
(2) a autoria fantasma, onde há a inserção de supos-
tos autores que efetivamente não participaram de 
modo significativo, levando indivíduos à apropria-
ção dos benefícios de conteúdos que os recompen-
sa indevidamente; combinações, em variados graus, 
de 
(3) plágios literários (cópias de textos, integrais ou 
em partes, substituindolhes algumas palavras) e 
(4) plágios de conteúdo (em que as ideias de auto-
res originais são reapresentadas sem que lhes seja 
reconhecida a origem). (SANCHEZ; INNARELLI, 2012, 
p. 47).
12
 Essas múltiplas formas de plágio precisam ser encaradas como um problema no 
processo formativo desse pesquisador, questão que pode ser solucionada por meio de um 
processo de ensinoaprendizagem pautado no incentivo ao letramento acadêmico. Assim, 
avaliamos que o melhor modo de diminuir a ocorrência desse fenômeno é por meio de 
uma postura atenta de professores e graduandos no processo de escrita acadêmica. Uma 
das formas de se superar o plágio é com o incentivo à escrita autoral do graduando, escu-
tando suas limitações e potencialidades e por meio da proposição de exercícios de escrita 
que sejam realizados de modo gradual, com vista a uma aprendizagem paulatina e media-
da por uma prática reflexiva (SILVA, 2008). 
 Ao final deste capítulo, avaliamos que foi possível aproximar você graduando e pes-
quisador em formação de temas gerais com os quais terá contato ao longo desse material 
e de toda sua vida acadêmica. Sendo assim, com conhecimento, respeito, ética e metodo-
logia científica é possível construir uma ciência que aproxime pessoas, ideias e que cons-
trua soluções para os desafios de nossa sociedade.
Existem programas e softwares que podem auxiliar no processo de verificação de 
plágio, são eles: CopySpider, Farejador de plágio, Plagius (versão gratuita com li-
mitações), Plagiarisma e o Google Assignments e o melhor, são gratuitos, e podem 
auxiliar no exercício de averiguação dos textos. Para mais informações veja o ví-
deo: “Programas para Detectar Plágio - Como escolher programas que detectam 
Plágio?”, disponível em: https://bit.ly/3rT5DRp. Acesso em: 15 fev. 2020.
BUSQUE POR MAIS
13
1. Metodologia científica pode ser definida como
a) um conjunto de iniciativas que visam construir o anticientificismo, descredenciando a 
ciência nos meios de comunicação. 
b) uma forma de trabalhar a leitura e a interpretação na formação universitária, sem diálogo 
com a escrita, afinal, ela é desenvolvida na educação básica. 
c) um conjunto de diretrizes para a construção interdisciplinar entre as ciências humanas 
e biológicas, a partir dos métodos de ambas. 
d) um conjunto de etapas ordenadas, com a finalidade de estruturar uma dada pesquisa 
acadêmica. 
e) uma organização para construção de trabalhos escolares em geral.
2. Como pode ser descrita a relação entre letramento acadêmico e metodologia científica?
a) Como uma relação de disputa, afinal, são concepções distintas nos estudos metodológicos. 
b) Como uma relação transdisciplinar, pois a metodologia científica pensa o processo deaprendizagem da leitura. 
c) Como uma relação complementar, dado que a metodologia científica é um tópico do 
processo de letramento acadêmico. 
d) Como uma relação opcional, dado que a leitura e alfabetização são elementos opcionais 
para a metodologia e para o universo acadêmico.
e) Como uma relação conflitante, dado que são correntes científicas distintas e que 
discordam na formação dos graduandos. 
3. “[...] O ato de plagiar teses acadêmicas já custou o emprego de diversas autoridades 
europeias, incluindo o de um presidente húngaro, dois ministros alemães e uma ministra 
espanhola.
Na Alemanha, dois ministros da chanceler alemã, Angela Merkel, pediram demissão após serem 
acusados de plágio e terem seus títulos cancelados pelas universidades em que estudaram. Em 
2011, jornalistas divulgaram vários trechos plagiados na tese de doutorado do ministro da Defesa, 
KarlTheodor Guttenberg. Ele teve o título de doutor em direito cancelado pela universidade e 
virou motivo de chacota. Os alemães passaram a brincar que seu sobrenome era Googleberg, 
uma referência ao uso de textos copiados da internet. Dois anos depois, foi a vez da ministra da 
Educação, Annette Schavan, pedir demissão após denúncias de plágio em sua tese de filosofia.
Na Hungria, o presidente Pál Schmitt (foto) renunciou em 2012 após uma revista divulgar os 
trechos plagiados da tese de doutorado que ele apresentou em 1992 na Universidade de Medicina 
Semmelweis, em Budapeste. O trabalho, sobre os jogos olímpicos modernos, era praticamente a 
tradução de um texto búlgaro. [...]
Em 2018, a ministra de Saúde da Espanha, Carmen Montón, foi forçada a renunciar após acusações 
de plágio em sua tese de mestrado na Universidade Rei Juan Carlos, em Madrid. Em seu trabalho 
sobre reprodução assistida, ela copiou parágrafos e páginas inteiras de textos encontrados na 
internet, incluindo alguns verbetes da Wikipedia. Carmen também teve contestado seu título, pois 
FIXANDO O CONTEÚDO
14
não tinha completado todas as aulas para apresentar sua tese. [...]”
(Plágio já derrubou um presidente e vários ministros na Europa. 
Portal Ig Crusoé Antagonista. São Paulo, 08 de out. de 2020. 
Disponível em: https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/crusoe/20201008/
plagiojaderrubouumpresidenteevariosministrosnaeuropa.html. 
Acesso em: 31 de out. 2020).
Diante do exposto, responda com V ou F as seguintes alternativas:
( ) A matéria sobre o plágio entre políticos nos mostra como o ambiente político é truculento, 
haja vista que o plágio pode ser harmonizado no ambiente político e acadêmico, pois não se 
trata de um crime, mas sim, um pequeno desvio. Para sua solução basta que o acadêmico 
e/ou político peça desculpas aos autores que plagiou por meio de uma nota de retratação 
e a sua universidade.
( ) O plágio entre políticos e suas demissões é um claro sinal da necessidade de se colocar 
o tema do plágio em perspectiva, como um problema a ser enfrentado pelas democracias, 
somente em países europeus. 
( ) O plágio precisa ser entendido como uma forma de roubo intelectual, em que se 
usurpam ideias, conceitos e com isso se fragiliza a construção do saber científico. Trata-se 
de um crime que afeta todo o campo científico e, por isso, precisa ser combatido. 
( ) Cabe aos professores o oferecimento de uma formação cuidadosa e sistemática para 
que seus alunos não cometam plágio. Para isso, deve-se incentivar a leitura, crítica e a 
construção da produção acadêmica de forma cuidadosa, sem opressões, mas com escuta 
sensível e estudos sistemáticos no campo da metodologia científica. 
( ) Não há qualquer relação entre o plágio anunciado na matéria com o plágio acadêmico, 
o plágio só tem validade enquanto o indivíduo encontra-se em seu período de formação, 
não podendo ser considerado um crime. 
Assinale a sequência correta.
a) F, F, V, V, V.
b) V, F, F, F, V.
c) V, F, V, F ,V.
d) F, F, F, V, V.
e) F, F, V, V, F.
4. Angela está produzindo um trabalho final para uma disciplina da faculdade que cursa e 
encontrou o seguinte trecho: 
Este texto apresenta reflexões sobre questões éticas na pesquisa em Lingüística Aplicada e constata 
que é surpreendente verificar que, até recentemente, a questão da ética tenha recebido muito 
pouco espaço na literatura da área. Este estudo, depois de traçar alguns paralelos entre a pesquisa 
médica e a pesquisa em Lingüística Aplicada, discute alguns problemas, tendo como ponto de 
partida dois aspectos principais: (1) relações entre pesquisadores e (2) relações entre pesquisadores 
e colaboradores. (p.43)
15
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. Reflexões sobre ética e pesquisa. 
Rev. bras. linguist. apl., Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 4561, 2005. 
Disponível em: http://www.SciELO.br/SciELO.php?script=sci_arttext&pid=
S198463982005000100003&lng=en&nrm=iso. 
Acesso em 31 Out. 2020).
Angela leu todo o artigo, fez suas anotações e escreveu: 
Este artigo registra reflexões acerca de questões da Lingüística Aplicada, notadamente do campo 
da ética na pesquisa e constata que a ética foi pouco debatida na literatura da área. Isto posto, 
após uma análise comparada entre a Lingüística Aplicada e a pesquisa em saúde, nossa intenção 
é pensar a relação entre investigadores e em um segundo momento, a relação destes com seus 
colaboradores. 
Diante do exposto qual procedimento exposto estudado em nosso capítulo Ângela está 
realizando e qual deve ser sua atitude. 
a) Ângela não cometeu qualquer erro, leu e está escrevendo um artigo e, por isso, ao final 
de sua escrita deve entregar seu trabalho final sem qualquer problema.
b) Ângela está agindo de modo equivocado, pois está incorrendo em um caso de autoplágio, 
que poderá trazer maiores problemas para ela. 
c) Ângela está correta, leu e está produzindo um texto suas palavras, de modo autoral e 
original. 
d) Ângela está agindo de modo equivocado, pois seu trabalho parece ter um autor fantasma 
que não está sendo anunciado. 
e) Ângela está agindo de modo equivocado, pois está cometendo plágio na modalidade 
de plágio de conteúdo, uma vez que a pesquisadora está reapresentando ideias sem que 
a origem seja reconhecida. 
5. Leia os trechos a seguir:
[...] Eu sou sincero. Plagiei semestre passado [...] eu sei que não é o caminho correto, mas desde q 
não seja prejudicial na minha construção do conhecimento. Aconteceu em uma disciplina que não 
considerava importante para mim, já que o curso de letras é muito abrangente e então sei o q é de 
meu interesse, o que acredito que seja de importância para mim e devo tentar aperfeiçoarme; o 
que não era a disciplina na qual plagiei da net. (JL) (p. 359)
“Uma coisa realmente deve ficar claro, os estudantes da universidade fazem o plágio conscientemente. 
Sabem que não devem, mas são seduzidos pela facilidade em conseguir um bom trabalho com o 
menor esforço. Porém, nada se compara ao prazer de se produzir um trabalho e ser reconhecido 
por aquilo que você foi capaz de fazer. Isso não tem preço!!! (CS)” (p. 367)
SILVA, O. S. F. Entre o plágio e a autoria: qual o papel da universidade?. Rev. Bras. Educ., Rio de 
Janeiro, v. 13, n. 38, p. 357368, Aug. 2008 . Disponível em: http://www.SciELO.br/SciELO.php?script=sci_
arttext&pid=S141324782008000200012&lng=en&nrm=iso. Acesso em 31 Out. 2020. 
Os entrevistados pela autora do texto, ambos universitários, nos oferecem depoimentos 
16
sobre a questão do plágio na universidade. Sobre o tema tratado, em articulação com a 
análise sobre o plágio escolha a alternativa correta.
a) O segundo relato demonstra um desconhecimento sobre o tema, afinal, a produção 
acadêmica não deve envolver nenhum traço de prazer ou subjetividade para sua boa 
execução.
b) O primeiro relato é uma prova concreta do modo como graduandos/as cometem o 
plágio, um pequeno desvio sem maiores consequências para a formação do acadêmico.
c) Os dois casos são fictícios, pois não expõe situações vividas em ambientes universitários. 
d) No primeiro caso estamos diante de um equívocodo depoente, pois o plágio não deve 
ser enxergado como um pequeno desvio ou uma forma de sanar um trabalho de uma 
disciplina que se gosta menos, mas precisa ser entendido como um crime. 
e) Os depoimentos precisam ser encarados como importantes chaves de leitura sobre o 
plágio no ambiente acadêmico. Enquanto o primeiro mostra que é uma prática aceitável, 
o segundo relato reforça que é permitido cometer o plágio em alguns momentos.
6. Luiza é graduanda em História e fará uma pesquisa com profissionais da área que atuam 
em escolas do segundo distrito de Contagem (MG). Enquanto isso, Pietro, que é graduando 
em Medicina, fará uma pesquisa com pacientes homens entre 50 e 55 anos na cidade de 
Belo Horizonte (MG). 
Acerca da ética na pesquisa, aponte a alternativa correta.
a) Somente na pesquisa de Pietro será necessária a apresentação do termo de livre 
consentimento esclarecido (TCLE), afinal ele trabalha com uma questão mais importante 
do ponto de vista científico. 
b) Luiza e Pietro não precisam do termo de livre consentimento esclarecido (TCLE) e nem 
da submissão de seu projeto ao comitê de ética e pesquisa (CEP), pois eles acreditam que 
não é preciso, afinal, são graduandos. 
c) Luiza executa suas entrevistas sem qualquer termo de consentimento, pois acre-dita 
que o entendimento pela conversa é suficiente.
d) Luiza e Pietro apresentaram os respectivos termos de livre consentimento esclarecido 
(TCLE) e avaliam que é o bastante para o início de uma pesquisa. 
e) Luiza e Pietro apresentaram seu projeto aos respectivos comitês de ética e pesquisa 
(CEP) e após o aceite destes, apresentaram o termo de livre consentimento esclarecido 
(TCLE) para seus entrevistados. 
7. Sobre metodologia científica e plágio, assinale a alternativa correta.
I. Metodologia científica e plágio são assuntos distantes e sem qualquer diálogo, 
enquanto o primeiro fala de métodos e técnica da pesquisa na universidade, o 
segundo trata de um crime sem relações com a escrita acadêmica. 
II. Metodologia científica e plágio são sinônimos, sendo que a primeira expressão é 
encontrada na graduação, enquanto a segunda é o crime cometido em cópias de 
trabalhos acadêmicos na pós-graduação.
III. Cabe ao professor de metodologia científica orientar seus alunos para que o cuidado 
com o plágio seja parte de um programa de escrita científica, de modo a instruir seus 
alunos sobre esse grave problema. 
17
IV. Cabe ao aluno atentar para a metodologia científica e o plágio em sua formação 
universitária, aprofundando-se na primeira e evitando a prática do segundo. 
V. O plágio é crime e deve ser discutido ao longo das disciplinas dos cursos de graduação. 
a) III, IV, V.
b) I, II, V.
c) III, IV.
d) I, II, V.
e) II, V.
 
8. Qual é o papel da metodologia científica no meio acadêmico?
a) Instrumentalizar os alunos em processos como a seleção, leitura e análise, ligados à 
investigação dos fatos ou na procura de respostas em suas pesquisas acadêmicas.
b) Instruir os alunos dos procedimentos burocráticos ligados a matrícula e rematrícula ao 
longo da graduação, sendo fundamental para a manutenção do aluno no curso. 
c) Apresentar formas de relação interpessoal na universidade, destacando a escolha do 
orientador e dos colegas de grupo em eventuais trabalhos.
d) Instrumentalizar os alunos exclusivamente na confecção de suas apresentações orais ao 
longo da graduação. 
e) Colaborar com a inserção dos alunos nas tecnologias voltadas para a comunicação 
virtual, sendo essa a verdadeira metodologia científica. 
18
MÉTODOS E TÉCNICAS DE 
ESTUDO E PESQUISA
UNIDADE
02
19
2.1 ORGANIZAÇÃO ACADÊMICA E PESSOAL DO TEMPO 
 Organização é uma peça chave para o processo de construção da metodologia cien-
tífica e da vida na universidade. Por isso, recomenda-se que o graduando entenda seu 
cotidiano e se organize nos mínimos detalhes para iniciar sua pesquisa de modo que ela 
se torne um momento de construção prazerosa e não um problema (LEITE; TAMAYO; GÜN-
THER, 2003). 
 Sabe-se que não é fácil realizar pesquisas e um dos motivos é a falta de conheci-
mento sobre a organização. Avaliamos que com a formação necessária o graduando pode 
construir sua autonomia, para isso, é necessário aprender com autonomia. No fazer uni-
versitário e da ciência é necessário, portanto, ensinar e saber de algumas orientações de 
organização. 
 Sendo assim recomendamos um suporte indispensável que é a agenda ou planner, 
suportes que funcionam como facilitadores na esquematização de datas e compromissos 
acadêmicos do graduando. Desde a data da prova, a aula onlineonline, o momento de pes-
quisa na biblioteca virtual, a reunião com um professor, tudo pode e deve ser registrado 
para aperfeiçoar sua organização. 
É possível contar ainda com aplicativos de celular que colaboram com esse pro-
cesso de organização, como o Wunderlist, Todoist, Google Keep e o melhor, todos 
são aplicativos gratuitos. Esses recursos têm funções de lembretes, agenda, des-
pertadores para atividades pré-agendadas, blocos de anotações e outros recursos 
essenciais para a organização da pesquisa e do cotidiano. Para maiores informa-
BUSQUE POR MAIS
ções veja o vídeo “12 aplicativos que me ajudam nos estudos”, disponível em: https://bit.
ly/3sXZ9C7. Acesso em: 20 mar. 2021.
 Sugerimos também o uso de um bloco de notas (digital ou em papel) para escrita 
e apontamentos, seja no celular, no computador ou em suporte físico, é necessário que 
o graduando tenha um espaço para sistematização de suas ideias. Conforme a dinâmica 
de vida e trabalho, recomendase que esse suporte seja móvel (como celulares e blocos de 
anotações) por conta da mobilidade que muitas vezes os deslocamentos sucessivos exi-
gem. Afinal, ninguém sabe quando uma ideia de pesquisa pode surgir, por isso, é impor-
tante estar preparado. 
 Nesse espaço de escrita será possível registrar dúvidas, ideias, palavraschave, co-
mentários sobre livros e textos lidos, anotações de reuniões, por exemplo. Esse espaço de 
registro, posteriormente, servirá de base para a escrita do futuro trabalho, seja ele qual for, 
pois neste bloco de notas estarão contidas ideiasforças para a investigação. 
 Em um terceiro momento recomenda-se a criação de uma pasta digital, construída 
em plataformas gratuitas como o Google Drive, One Drive ou iCloud e outros. Nele o gradu-
ando poderá reunir seus livros, textos, apostilas e materiais complementares em formato 
digital, com a segurança de não os perder. Sugerimos a criação de pastas e subpastas, com 
a finalidade de organizar seus conteúdos de pesquisa por tipologias como: textos lidos por 
disciplina, textos para ler, fichamentos, resenhas, resumos, textos em processo de elabora-
ção, podem ser alguns nomes de referência. 
20
 Essas categorias são apenas orientadoras para uma possível pasta virtual, podendo 
ser preenchidas com outras categorias. Uma pasta como essa é fundamental para o gra-
duando que deseja organizar sua relação com a pesquisa acadêmica e com a metodologia, 
afinal, ele terá a oportunidade de centralizar em formato digital e onlineonline textos e 
outros materiais de relevância para sua pesquisa. 
 Quando estiver lendo textos impressos ou online realize comentários em um cader-
no ou documento online à parte, como forma de síntese e registro de pontos importantes 
da leitura. Assim, você poderá retornar futuramente em seu resumo e encontrar ideias 
principais, se necessário coloque etiquetas nos cadernos para se lembrar no futuro (CA-
RELLI; SANTOS, 1998). No caso de textos e/ou livros impressos, o uso de papéis adesivos em 
formato de bloco de notas, que marcam sem danificar os textos ou livros podem ser acom-
panhados de breves anotações para consultas futuras. 
 Todo o material listado tem por principal função tornar o processo de pesquisa 
científica mais autônomo e independente, fazendo com que o graduando seja o respon-
sável por construir sua rotina de registro, planejamento e consulta. A organização é um 
trunfo em qualquer pesquisa acadêmica,quanto melhor ela for mais bem feitabemfeita 
será a pesquisa acadêmica, pois, a construção da ciência não se dá de forma improvisada, 
mas de forma sistemática e atenta (CARELLI; SANTOS, 1998). 
 Quando falamos em organização pessoal estamos pensando na execução de uma 
análise atenta do tempo disponível para todas as atividades do cotidiano e universitárias. O 
acesso e a permanência no ensino superior demanda uma série de ajustamentos sociais, 
pessoais, financeiros e de ordem profissional por parte dos alunos, sendo necessário que o 
aluno dedique-se a alterações com vistas a fortalecer sua formação e sua organização do 
tempo (BASSO et al., 2013). 
“[...] faça um horário de atividades. [..], planifique os próximos dias, semanas ou meses. In-
clua e classifique as atividades indispensáveis (as aulas, os horários de escritório ou de tra-
balho normal, mas também o tempo destinado às obrigações familiares e domésticas), as 
atividades importantes (estudar, encontros com a família e os amigos, e todas as atividades 
regulares que você realiza: religiosas, esportivas, de voluntariado, artísticas) e as atividades 
eventuais inadiáveis (provas, aniversários, prazos que deve cumprir, consultas médicas, via-
gens marcadas). Você vai completar muitos dos horários nesses dias, mas também vai desco-
brir que há um número de horários que você habitualmente usa para atividades de diversa 
índole: de entretenimento, domésticas, de descanso etc., mas, especialmente, muito tempo 
perdido. Calcule quantas horas de programas de TV você assiste, que nem gosta tanto. Ou o 
tempo que você investe nas discussões infindáveis no Facebook sobre assuntos supérfluos e 
esquecíveis [...] Os enormes textos no Facebook são efêmeros, [o trabalho acadêmico é] para 
sempre.” (MARTÍN, 2018, p. 955)
FIQUE ATENTO
 Existem formas distintas de organização do tempo, mas, em qualquer delas, o aluno 
deve ter em mente e no papel sua agenda semanal (SOARES, 2002). Realizada na forma 
do preenchimento de um levantamento semanal deve elencar seus turnos, com dias e 
horários, disponíveis para cada atividade. Importante notar que é necessário ter clareza 
da divisão de turnos para os estudos, trabalho, relações interpessoais, lazer e descanso. 
Logicamente tem que ser considerado nesse cronograma o tempo de deslocamentos, o 
tempo de leitura e outras formas de emprego das horas ao longo do dia. 
21
Como você organiza seu dia-a-dia? Como seus estudos estão distribuídos em sua rotina? 
Como você pode balancear sua organização para executar com qualidade trabalho, estudo, 
descanso e lazer?
VAMOS PENSAR?
 Apesar de ser uma meta desafiadora, ela deve ser tentada, pois, a distribuição assi-
métrica do tempo, poderá acarretar a fragilidade do processo formativo e da vida do aluno. 
Por isso, é sempre tempo de dedicar-se à organização do tempo com o fito de encontrar 
formas de gestão das distintas demandas do aluno.
 Diante do exposto, segundo Carelli e Santos (1998), somente alicerçado em bases de 
organização claras e definidas o graduando poderá avançar em circunstâncias favoráveis 
em seus estudos, para conquistar um bom desempenho no seu processo de ensinoapren-
dizagem. Com organização e de modo que ela seja incentivada na universidade e pelos 
professores, os graduandos terão condições mínimas necessárias para a gestão e balance-
amento de suas atividades no cotidiano.
2.2 ABORDAGENS DA PESQUISA CIENTÍFICA 
 Abordagem é um modo de tratar de um determinado tema ou problema, conforme 
forem suas escolhas de pesquisa, sendo assim, é importante conhecer para executar uma 
escolha assertiva. Dentre os tipos de abordagem temos a qualitativa, a quantitativa e a 
qualiquantitativa. Cada uma delas trará contribuições e implicações para o processo de 
pesquisa.
 A primeira privilegia a análise com destaque para aspectos de ordem subjetiva, que 
podem ser identificados como modos de fazer, de pensar, de significar, práticas e sabe-
res, por exemplo. Sob essa perspectiva, a compreensão de ideias, grupos sociais, sujeitos 
individualizados e narrativas são importantes eixos dessa abordagem (CRESWELL, 2014; 
GODOY, 1995). 
 Os pesquisadores que optam por uma abordagem qualitativa compartilham a ideia 
de uma investigação aberta, com múltiplas formas de leitura, podendo inclusive conter 
traços do envolvimento pessoal/afetivo com o tema e a questão tratada. O manejo dos 
métodos qualitativos “[...] passa por uma pesquisa dedicada aos porquês, símbolos e repre-
sentações de dados não numéricos” (SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009, p. 32). 
 A quantitativa se realiza por meio do uso de dados quantificáveis. Com escalas va-
riáveis, conforme a escolha do pesquisador, nesta abordagem os resultados obtidos são 
avaliados como um quadro objetivo. Os dados numéricos podem ser trabalhados por meio 
de questionários, gráficos e outros modos de exposição. Na pesquisa quantitativa nota-se 
uma “[...] atenção alargada aos métodos e a linguagem matemática, com o objetivo de 
descrever e explicar os fenômenos em estudo” (FONSECA, 2002, p. 20). 
 Sua realização se dá com fortes traços do pensamento lógico, do raciocínio dedutivo 
e da estatística, com isso, busca-se um entendimento de uma totalidade, por meio de ele-
mentos quantificáveis (GÜNTHER, 2006). Seu uso costuma ser encontrado em pesquisas 
nas Ciências da Natureza e em Matemática. 
22
2.4 TIPO S DE PESQUISA CIENTÍFICA 
 A terceira abordagem é a qualiquantitativa que se apresenta como uma associação 
entre as perspectivas acima citadas. Ela tem um papel integrador, mobilizando caracterís-
ticas de cada abordagem de modo complementar. Segundo Flick (2002), é possível dizer 
que elaque ela possibilita a construção de uma pesquisa mais ampla no que compete aos 
resultados encontrados. 
 Se comparadas as três abordagens citadas, há que se dizer que foram enunciadas 
suas vocações e prédisposições, sem qualquer hierarquização delas (SANTOS FILHO, 1995). 
Afinal, a pesquisa qualitativa, quantitativa e qualiquantitativa não tratam-se tratam de 
abordagens opostas ou não conciliáveis, ao contrário, devem dialogar para uma escolha 
consciente para se alcançar os resultados desejados em uma investigação. Diante do ex-
posto, sugere-se ao pesquisador atenção para a mobilização dessas abordagens, de modo 
que seja possível reunir de forma harmônica e integrada elementos delas para a constru-
ção de sua pesquisa. 
2.3 NATUREZA DA PESQUISA CIENTÍFICA 
 Se considerarmos a natureza/questões didáticas, podemos citar a pesquisa básica 
ou pura, que tem por objetivo a geração de novos saberes e conhecimentos, pertinentes à 
área de estudos em que se desenvolve. Não há nela compromisso com aplicação de ordem 
prática ao menos não imediatamente (GRAY, 2012). Outra natureza é a pesquisa aplicada, 
baseada em interesses mais imediatos, em especial de emprego a médio e curto prazo, 
muitas vezes sendo estruturada por questões sócioeconômicas (GRAY, 2012; LAFER, 2007). 
 Tal como no tópico anterior, há uma série de estudos que transitam pelas duas es-
feras, sem qualquer problema teórico ou metodológico, afinal, elas não se excluem. Sobre 
essa integração entre as duas naturezas, relembramos as considerações de Gil quando 
este infere que é inadequado dissociar esses dois eixos, pois, “[...] a ciência objetiva tanto o 
conhecimento em si mesmo quanto às contribuições práticas decorrentes desse conhe-
cimento” (GIL, 2018, p. 01). Portanto, pode-se pensar na integração dessas naturezas como 
forma de potencializar a investigação em execução. 
 Quanto aos objetivos, podemos dividilos em três esferas. Sendo a primeira a pesqui-
sa exploratória, que encontra-se encontra estruturada em procedimentos como a constru-
ção bibliográfica, entrevistas com sujeitos que vivenciaram o tema em análise, imersão e 
contato com os sujeitos da pesquisa, por exemplo. Essa modalidade, por vezes, se estrutura 
no formato de estudos de caso e de pesquisa bibliográfica (GIL, 2018). 
 Uma segunda seria a pesquisa explicativa sendo suamatriz pautada na iden-tifica-
ção/explicação por meio dos resultados encontrados. Essa modalidade tende a colaborar 
com o aprofundamento do entendimento da realidade. Segundo Gil (2018), essa pesquisa 
pode estar associada a pesquisa descritiva, haja vista que o entendimento de um tema 
demanda uma análise mais detalhada.
 Sendo assim, chegamos ao terceiro tipo, a pesquisa descritiva. Baseada no princípio 
da descrição de grupos, sujeitos e/ou fenômenos. Ela demanda uma observação atenta e 
cuidadosa na exposição do objeto da pesquisa. Sua estrutura tem por base instrumentos 
de coleta de dados qualitativos (TRIVIÑOS, 1987) 
23
Importante citar que, em muitos casos, características de uma pesquisa exploratória po-
dem conter traços da explicativa ou da descritiva e isso não é um erro. Ao contrário, trata-se 
de um movimento comum na pesquisa acadêmica e tende a valorizar o tema e o objeto 
em estudo, mas, apesar disso, é sempre bom sabermos os detalhes de cada um desses 
tipos para uma análise mais ampla. 
2.5 AS CLASSIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA 
 No que se refere às classificações técnicas, podemos citar 11 tipologias. Cada qual 
com suas especificidades, elas colaboram com a possibilidade de extrair informações das 
fontes mobilizadas. Tais fontes, que serão estudadas posteriormente, são suportes escritos 
e/ou visuais, que colaboram com a solução de um determinado problema de pesquisa. As-
sim, há que se pensar, qual procedimento adotar? Vejamos na sequência. 
 Iniciamos com a pesquisa experimental, ação científica pautada na escolha de um 
determinado objeto de estudo para, em seguida, realizar-se a seleção das variáveis que 
influenciam o objeto, considerando sua definição e observação. Para Fonseca (2002) essa 
pesquisa pode ser desenvolvida em centros de pesquisa e em “[...] laboratórios, ou no cam-
po (onde são criadas as condições de manipulação dos sujeitos nas próprias organizações, 
comunidades ou grupos)” (FONSECA, 2002, p. 38). Nessa modalidade alguns exemplos po-
dem ser: os testes para elaboração de vacinas, a elaboração de cosméticos entre outros. 
 A pesquisa bibliográfica se realiza quando o pesquisador dedica-se dedica a uma 
leitura sistemática de um determinado conteúdo já publicado. A depender da extensão 
do tema, recomendam-se recortes temporais que auxiliem a execução de uma pesquisa 
bibliográfica exequível em tempo hábil, o mesmo vale para pesquisadores que têm pouco 
tempo disponível para executar sua investigação. Esse é um procedimento recomendado 
em especial para trabalhos de conclusão de cursos de graduação. Essa modalidade de pes-
quisa costuma ser mobilizada em associação com outros procedimentos técnicos. 
 Quanto à pesquisa documental, pode-se dizer que ela debruça-se, tal como a an-
terior, sob um determinado conjunto de informações já produzidas. Todavia, diferente da 
anterior, estaestá baseia-se em fontes documentais (escritas, audiovisuais, imagéticas, por 
exemplo) que carregam interesse para o pesquisador, conforme o problema de pesquisa. 
Podemos ilustrar essa tipologia com estudos como o levantamento dos relatórios sobre o 
solo do cerrado, estudos sobre o preço do pão em Paris no século XVIII, dentre outros. 
 Na sequência temos a pesquisa de campo, que se realiza mediante a inserção do 
pesquisador como observador de ações e interações de uma determinada população em 
análise. Pode-se encontrar nesse processo o uso de metodologias de entrevistas para apro-
fundamento daquela determinada realidade (KAUFMANN, 2013). Como exemplo, temos o 
estudo do comportamento infantil no recreio escolar, estudos sobre as interações de tra-
balhadores em sindicatos.
 Em seguida, é importante citarmos a pesquisa expostfacto (em português, depois 
do fato), em sua estrutura encontra-se a noção de causa e efeito, tendo como base um de-
terminado fenômeno (FANTINATO, 2015). Em geral, o modo de coleta de dados se dá após 
a ocorrência do fenômeno. Como exemplo desse tipo de pesquisa, pode-se citar pesquisas 
que avaliam a inserção de alunos do Ensino Médio de escolas públicas no Ensino Superior, 
índices de precipitações de chuva em uma data cidade em um determinado período. 
24
 Em seguida podemos citar a pesquisa de levantamento ou survey, assentada sobre 
a ideia de realização da análise de uma amostra ou de uma determinada população (FON-
SECA, 2002). Segundo Fonseca (2002, p. 33) “[...] a coleta de dados realiza-se em ambos os 
casos através de questionários [survey] ou entrevistas”. Segundo Silveira e Córdova (2009), 
essa modalidade de pesquisa aproxima o investigador da possibilidade de um contato 
mais alargado com as possibilidades estatísticas. A título de exemplo, estudos de opinião 
sobre modos de compra, pesquisas de perfil de eleitores de um determinado partido polí-
tico podem ser entendidas como formas de ilustrar esse tema. 
Survey trata-se de uma expressão da língua inglesa que identifica um ins-trumento de pes-
quisa, normalmente um questionário, a ser aplicado a um determi-nado grupo de sujeitos, 
podendo ser aplicado por meio de abordagem ao vivo ou em formato digital. 
GLOSSÁRIO
 Outra classificação que podemos citar é o estudo de caso. Mobilizado para favorecer 
a análise de temas e tópicos conforme seu contexto, esse processo se dá por meio da utili-
zação de dados qualitativos. Normalmente se dá sob um objeto definido, seja ele um sujei-
to, um grupo ou um determinado espaço. A partir de uma análise exploratória, descritiva e 
analítica, é possível realizar uma análise mais profunda (VENTURA, 2007). Como exemplo, 
podemos citar o modo como alunos do Ensino Médio entendem o conceito de ética e esté-
tica em uma determinada instituição, como alunos surdos convivem com novos métodos 
de aprendizagem em libras. 
 Outra modalidade a ser anunciada é a pesquisa participante, que se trata de um 
processo de envolvimento do investigador com a pessoa ou grupo em estudo. A relação 
de interação que o pesquisador estabelece, além de finalidades acadêmicas, tende a cola-
borar para que a comunidade em apreciação encontre caminhos para eventuais desafios 
com os quais conviva (BRANDÃO, 1984). Pode-se citar como exemplo o estudo das formas 
de ensino da Física em uma escola indígena no Norte do país, o acompanhamento dos 
métodos de ensino oral para alunos surdosmudos no sul do Brasil. 
 Associada à anterior, temos a pesquisa-ação, amplamente utilizada em estudos nas 
áreas das ciências humanas e sociais, ela identifica um procedimento de desenvolvimento 
do investigador em relação ao tema tratado. Conforme aponta Elliot (1991, p. 69) “[...] o estu-
do de uma situação social com vistas a melhorar a qualidade da ação dentro dela”. 
 Em perspectiva também advinda da Antropologia, temos a pesquisa etnográfica, 
advinda de estudos antropológicos do século XIX e do início do século XX. Tal como a an-
terior, esta colabora com um entendimento mais profundo de um determinado tema, de-
dicando-se a executar um contato mais estreito entre pesquisador e o grupo social sob o 
qual o recorte da pesquisa será feito. Há um processo de tornar o objeto familiar e aquilo 
que era familiar aos olhos do pesquisador estranho (FONSECA, 2002).
 Há um compromisso com a noção de “ver mais de perto”, acompanhando mais es-
treitamente o modo como determinado grupo lida com suas mais diversas questões. 
 Ainda em diálogo com os dois procedimentos anteriores, relembramos aqui a pes-
quisa etnometodológica que se conforma como uma metodologia na qual os sujeitos in-
vestigados têm suas ações acompanhadas pelo pesquisador. Aqui encontram-se “[...] prá-
25
ticas como a interação, a experiência da perda, da comemoração, do insucesso” (COULON, 
1995, p. 30). Elencamos como temas de pesquisa possível a análise do insucesso escolar 
para alunos do 8º ano do ensino fundamental, as formas de ensino de etnomatemática 
para alunos da Educação de Jovens e Adultos, por exemplo. 
 Ao final desse levantamento, informamos que cada uma dessas variantes analisadasnão precisam ser gravadas, mas sim, interpretadas de modo crítico com o compromisso 
de que o aluno sintase confortável e amparado no ato de sua escolha quando realizar seus 
estudos acadêmicos. Assim, é importante salientar que o pesquisador tem a liberdade de 
escolha das classificações e da teoria para realizar seu trabalho, desde que realize esse 
exercício de modo organizado, coerente e baseado em uma pesquisa bem estruturada. 
2.6 MÉTODOS DE PESQUISA CIENTÍFICA 
 Passadas as características de pesquisa anteriores, quando discutimos os métodos, 
estamos tratando da forma como os pesquisadores mobilizam aspectos da relação do ho-
mem com o saber. Uma vez que existem distintos métodos, é necessário apresentarmos 
seus gradientes e expormos exemplos sobre o seu funcionamento.
 Começamos pelo método indutivo que é antes de tudo embasado na ideia de ex-
periência. Por meio da experimentação o pesquisador alcança considerações mais amplas 
acerca de seu tema de pesquisa (PRODANOV; FREITAS, 2013). Percorrendo assim um cami-
nho do particular para o geral, podemos utilizar como exemplo, estudos de opinião sobre 
cosméticos, pois, a partir dos entrevistados, chega-se a um resultado geral.
 Uma vez que o método indutivo pretende alcançar generalizações, por vezes seu 
uso pode ser limitado nas áreas de ciências humanas e sociais. Essa dificuldade se dá, pois, 
parte dos fenômenos sociais muitas vezes não podem ser generalizados, configurando-se 
como casos particulares. 
 Em outra esfera, partimos para o método dedutivo, que trata-se de um momento 
de análise de dados que levam o pesquisador a uma determinada conclusão (PRODANOV; 
FREITAS, 2013). Seu procedimento se dá por meio de uma proposição ampla que, mobiliza-
da pelo exercício analítico, alcança uma conclusão. Vejamos um exemplo: As disciplinas de 
língua portuguesa e matemática recebem um peso mais alargado nas políticas públicas 
para toda a Educação Básica. A disciplina de sociologia é oferecida somente no ensino mé-
dio. Logo, a sociologia não recebe um peso mais alargado nas políticas públicas. 
 Diante do exemplo, notase que esse método de pesquisa e de raciocínio, se dá a par-
tir das premissas expostas em cada uma das frases do exemplo. É possível perceber que a 
conclusão deu-se deu por meio do que encontrava-se registrado nas premissas. 
 Ademais, destacamos o método hipotético-dedutivo que, nascido da crítica ao mé-
todo indutivo, parte da ideia do problema de pesquisa como chave analítica para a cons-
trução científica. Segundo Poper (1975, p. 14), “[...] o método científico consiste na escolha 
de problemas interessantes e na crítica de nossas permanentes tentativas experimentais e 
provisórias de solucionálos”. 
 Na tentativa de solucionar o problema, formulam-se questões provisórias; a partir 
das considerações suscitadas por ela, estas devem ser testadas na intenção de provar sua 
veracidade. Neste raciocínio buscam-se evidências nas fontes e na bibliografia para negar 
ou reforçar uma determinada questãodeterminada questão que, ainda que seja avaliada 
como verdadeira por um pesquisador, pode ser superada por outro, em outra pesquisa 
26
(MARCONI; LAKATOS, 2021a). Utiliza-se esse método, sobretudo, em testes para fabricação 
de vacinas e medicamentos em geral; mas há também exemplos nas ciências humanas, 
por exemplo, no que se refere à suposta superioridade de alguns povos sob outros, hipóte-
se descartada por pesquisas ao longo de todo o século XX. 
 Outro elemento no campo dos métodos de pesquisa é o método histórico que é 
baseado no incentivo e promoção de uma recuperação de aspectos da trajetória sobre um 
dado tema (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Trata-se de uma resposta ao movimento de nos-
so tempo que insiste em diminuir a participação da história nas discussões acadêmicas e 
públicas, sendo ele ainda necessário e útil a construção da investigação científica. 
 Como exemplo podemos citar o movimento realizado por muitos autores quando 
buscam, a origem das palavras ou conceitos ao longo da história, a trajetória de instituições 
no tempo, são alguns exercícios que estão contidos nesse método. Vale dizer que não tra-
ta-se de uma apresentação do passado pelo passado, mas sim um exercício de aproxima-
ção com questões históricas para se entender o tempo presente. 
 Em seguida é necessário citarmos o método comparativo que, amplamente mo-
bilizado na construção do saber científico, colabora com a possibilidade de aproximação 
entre temas, grupos, objetos de pesquisa e fenômenos. Ele pode ser exemplificado como 
em pesquisas em que se alisam os métodos de aprendizagem do letramento da língua 
portuguesa, ou a molaridade de dois elementos químicos.
 Por último, destacamos o método tipológico, estrutura de raciocínio criada pelo so-
ciólogo alemão Max Weber (1864-1920) que parte da noção de que tiposideais e modelos 
são úteis para se discutir e pensar fenômenos complexos de ordem social. Normalmente 
apresentado junto ao método comparativo, o tipológico trata de um arquétipo que, não 
existindo na materialidade, ajuda a interpretála (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Podemos ci-
tar o arquétipo do “malandro carioca” que, não existindo na materialidade, trata-se de um 
modelo para se pensar os modos de sociabilidade e interação dos cariocas, em especial ao 
longo do século XX. 
 Ao final desse extenso exercício de exposição de métodos, abordagens, natureza, 
objetivos e classificações e da metodologia científica, é importante dizer que esses perfis 
não precisam ser gravados ou memorizados. O que sugerimos é que a escolha deles seja 
feita conforme seu problema de pesquisa, de modo atento, independente e autônomo. 
Reforçamos que essa preparação demanda leitura tanto sobre o tema escolhido quanto 
sobre a metodologia a ser empregada e é sobre leitura e modos de escrita que trabalhare-
mos no próximo capítulo. 
O livro “Como elaborar projetos de pesquisa” (2018) de Antônio Carlos Gil aprofun-
da os temas tratados ao longo da segunda unidade de nosso livro.
 Disponível em: https://bit.ly/3sYmbZM1. Acesso em: 19 mar. 2021.
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27
1. Cláudia fez uma breve anotação a lápis sobre o tópico “Organização acadêmica e pessoal 
do tempo”, mas está com dificuldades para identificar os termos que colocou no trecho, 
leiamos o que ela escreveu:
Organização acadêmica e pessoal do tempo passa pela estruturação de uma agenda ou 
planner, acompanhada de um _____________, no computador uma pasta _____________, 
além disso, recomenda-se quando da leitura de impressos ou online se realize comentários 
em um _____________ a parte. 
Diante das lacunas, qual alternativa identifica as palavras que Cláudia está com dificuldade 
de reconhecer na sua escrita a lápis. 
a) bloco de notas, digital, caderno ou documento online.
b) bloco de cartas, catálogo, relatório. 
c) bloco de provas, apostila, fichamento. 
d) bloco de notas, americana, documento online.
e) pasta catálogo, de apoio, caderneta. 
2. Max faz graduação em Geografia, no polo de Campina Grande (PB), tendo aulas pelas 
manhãs (8:30 até as 12:00), morando com sua família próximo a faculdade não gasta tempo 
de transporte e a tarde trabalha em formato home office entre as 14:00 e as 18:00. Diante 
disso, Max está tendo dificuldade de organizar seu tempo, como Max pode proceder, com 
base nos estudos deste capítulo:
I. O graduando deve organizar seus dias e horários de estudo e trabalho, de modo a 
superar suas dificuldades e melhor balancear seu tempo. 
II. O graduando deve esperar uma orientação dos professores e tutores, afinal, qualquer 
tentativa de mudança pode ser um ato descuidado de sua parte.
III. O graduando não tem condições de trabalhar e estudar ao mesmo tempo, sendo 
necessário deixar alguma dessas atividades. 
IV. A independência e a autonomia devem ser incentivadas no espaço universitário por 
meio da organização do tempo do graduando. 
V. A organização é algo inato caso o aluno não tenha, ele terá dificuldades por to¬da a 
organização.a) I, IV, V. 
b) I, II, III.
c) I, IV.
d) I, III.
e) I, II, V.
3. Avalie os recortes abaixo conforme a abordagem de pesquisa científica realizada: 
FIXANDO O CONTEÚDO
28
“Mundo ultrapassa 50 milhões de casos de Covid; EUA se aproximam de 10 milhões de infectados. 
São mais de 50,4 milhões de infectados e 1,2 milhão de mortos pelo vírus, aponta levantamento da 
Universidade Johns Hopkins.” 
Mundo ultrapassa 50 milhões de casos de Covid; EUA se aproximam de 10 milhões de infectados. 
Bem Estar Coronavírus, G1. 09 de novembro de 2020. 
“O vírus não cria nada, mas revela tudo”, diz historiadora que escreveu livro sobre a gripe espanhola 
no Brasil. A historiadora Heloisa Starling faz relação entre as pandemias de 1918 e a atual do 
coronavírus.
SIEMANN, Everton. “O vírus não cria nada, mas revela tudo”, 
diz historiadora que escreveu livro sobre a gripe espanhola no Brasil.” 
NSC Total. 08 de novembro de 2020.
“A Gripe Espanhola que varreu o mundo em 1.918, causando mais de 50 milhões de mortes e a 
pandemia do Coronavírus de 2.020, guardam incríveis semelhanças, apesar da distância temporal 
de 102 anos.
As duas doenças, aqui como na Europa, inicialmente não foram levadas a sério, tidas como uma 
simples gripe, que pelo descaso das autoridades e dos políticos, matou 30 mil brasileiros, sendo que 
no Rio de Janeiro, foram a óbito 12 mil pessoas em dois meses. O então presidente da República 
Rodrigues Alves faleceu antes de tomar posse para seu segundo mandato.
E mais. Assim como hoje muitos apontam para a China como sendo a responsável pela criação 
do novo coronavírus em laboratório, em 1.918 a gripe espanhola teria sido uma traiçoeira criação 
bacteriológica dos alemães.”
Semelhanças entre a Gripe Espanhola e o Coronavírus no Brasil. 
Jornal Atibaia Hoje. 26 de abril de 2020. 
Diante do exposto e considerando as abordagens, marque a alternativa correta.
a) Tratam-se de três trechos de artigos sobre a pandemia do novo coronavírus com 
abordagens interessantes e criativas, elementos que apesar de não ajudarem na 
metodologia científica, estão presentes nos trechos. 
b) Os recortes apresentam três abordagens distintas, sendo a primeira uma demonstração 
de pesquisa quantitativa, a segunda uma pesquisa qualitativa e a terceira demonstrativa, 
quando se fala de muitos temas em um mesmo texto.
c) Os recortes apresentam somente a abordagem quantitativa, pois não é necessária outra 
abordagem quando se fala em questões e estudos na área de saúde.
d) Os recortes apresentam três abordagens distintas, sendo a primeira uma demonstração 
de uma opinião sem embasamento teórico, a segunda uma pesquisa qualitativa e a 
terceira qualiquantitativa, pois agrega elementos qualitativos e quantitativos na execução 
da análise. 
e) Os recortes apresentam três abordagens distintas, sendo a primeira quantitativa, a 
segunda qualitativa e a terceira qualiquantitativa, abordagem que associa aspectos das 
duas primeiras, compondo um quadro balanceado para a execução da pesquisa científica. 
4. Ana, do polo de Brejo Santo (CE), está escrevendo um resumo sobre o que aprendeu no 
capítulo 2 deste material didático, mas ficou com dúvidas em como pode registrar com 
29
suas palavras a noção de natureza da pesquisa. Ana escreveu cinco pequenos trechos e 
pede a você que escolha aquele que melhor apresenta a natureza da pesquisa.
a) A pesquisa básica, é uma modalidade focada na graduação, pois é uma pesquisa simples 
e sem grandes implicações, enquanto a pesquisa aplicada é realizada na pós-graduação e 
exige um maior investimento de tempo. 
b) A pesquisa básica gera novos conhecimentos nas ciências em que se desenvolve a 
investigação, sendo a aplicação desse saber não empregada imediatamente. Enquanto 
isso, a pesquisa aplicada, tem aplicação a médio e curto prazo.
c) A pesquisa básica mobiliza saberes somente nas licenciaturas e, como o nome diz, está 
voltada para a educação básica. Por outra parte, a pesquisa aplicada não encontra limites, 
podendo ser mobilizada por todas as áreas do conheci-mento. 
d) A pesquisa básica e a pesquisa aplicada são sinônimos da construção científica na 
universidade, não existindo qualquer diferenciação.
e) A pesquisa aplicada é mais relevante, pois tem impacto na sociedade, enquanto a 
pesquisa básica é irrelevante, não produzindo qualquer conhecimento científico. 
5. Leia os trechos a seguir que apresentam definições quanto aos objetivos de uma pesquisa 
acadêmica:
“[...] a pesquisa [...], ou estudo exploratório, tem por objetivo conhecer a variável de estudo tal como 
se apresenta, seu significado e o contexto onde ela se insere. [...] se destina a obter informação do 
Universo de Respostas de modo a refletir verdadeiramente as características da realidade.” 
PIOVESAN, Armando; TEMPORINI, Edméa Rita. Pesquisa exploratória: 
procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da saúde pública.
 Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 29, n. 4, p. 318325, Aug. 1995. p.321.
“Quando se diz que uma pesquisa é [...], se está querendo dizer que se limita a uma descrição pura 
e simples de cada uma das variáveis, isoladamente, sem que sua associação ou interação com as 
demais sejam examinadas”. 
CASTRO, Cláudio de Moura. Estrutura e apresentação de publicações científicas. 
São Paulo: McGrawHill, 1976, p. 66.
“A pesquisa [...] visa [...] as características de determinada população ou fenômeno ou o 
estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de 
dados: questionário e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de levantamento” 
SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de
 dissertação. Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção,
 Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000. p.21.
Conforme as ausências nas citações marque a alternativa correta, respeitando a ordem em 
que foram apresentadas
a) pesquisa exploratória pesquisa explicativa pesquisa permanente. 
b) pesquisa explicativa pesquisa exploratória pesquisa descritiva.
c) pesquisa exploratória pesquisa descritiva pesquisa explicativa. 
d) pesquisa descritiva pesquisa explicativa pesquisa exploratória.
30
e) pesquisa permanente pesquisa ascendente pesquisa exploratória.
6. Com base em nossos estudos acerca dos procedimentos técnicos da metodolo-gia 
científica leia os trechos abaixo:
I. A pesquisa bibliográfica e documental dialogam na medida em que podem ser 
encontradas associadas, uma vez que ambas demandam um determinado acervo 
seja ele bibliográfico ou na forma de fontes diversas (escritas, audiovisuais, imagética, 
por exemplo). 
II. Uma pesquisa que se dedica a conhecer o comportamento dos alunos da educação 
infantil no recreio escolar pode ser denominada como uma pesquisa de campo. 
III. Uma pesquisa expostfacto é uma pesquisa que demanda formação em língua 
estrangeira, não sendo possível realizála sem esse tipo de suporte.
IV. Uma pesquisa expostfacto mobiliza noções de causa e efeito, sendo o modo de 
coleta de fontes de pesquisa, após o acontecimento. Podendo ser um exemplo a 
investigação sobre o papel da instalação de uma escola em uma comunidade de 
ribeirinhos. 
V. A pesquisa de levantamento ou surveySurvey se realiza por meio de suporte estatístico 
e pode ser notada em pesquisas de estudo de público em museus e centros de 
divulgação científica.
É correto o que se afirma somente em:
a) I e II.
b) I, II, III, IV e V.
c) I, III, IV e V.
d) I, II, IV e V.
e) III, IV e V.
7. Classifique as afirmações sobre os procedimentos técnicos de pesquisa com V (verdadeiro) 
ou F (falso):
( ) Uma pesquisa de estudo de caso pode ser exemplificada por meio de um estudo sobre 
escolas da educação de jovens e adultos da região norte de Bom Jesus das Selvas (MA) ou 
por uma pesquisa de avalie a trajetória de professores de matemática na escola normal de 
GuajaráMirim (RO). 
( ) Uma pesquisa participante não demanda métodos específicos, contando somentecom 
a empatia e capacidade de extroversão do pesquisador.
( ) A pesquisa ação pode ser implementada com visitantes de um museu, com a finalidade 
de que esses possam expor suas impressões sobre o espaço e, com isso, será possível 
aperfeiçoar as atividades desenvolvidas neste espaço. 
( ) A pesquisa etnográfica colabora com a ideia de “ver mais de perto” o objeto, sendo possível 
nessa metodologia um processo de aproximação mais aprofundado do pesquisador que 
terá que dialogar com a Antropologia para a execução mais qualitativa de seu trabalho. 
( ) A pesquisa etnometodológica é “uma análise interpretativa desse processo e das 
propriedades pertinentes a este, contudo sem pretender compor prescrições de ação 
laboral e comunicativa para os fenômenos estudados” (MENNELL, 1975). 
31
a) F, F, V, V, V.
b) V, V, F, F, V.
c) V, F, V, F, V.
d) F, V, V, V, F.
e) V, F, V, V, V.
8. Enumere a segunda coluna a partir dos que você aprendeu sobre procedimentos na 
pesquisa científica. Posteriormente, marque a sequência correta 
1. método indutivo
2. método dedutivo
3. método hipotético-dedutivo
4. método histórico
5. método comparativo
6. método tipológico
( ) Para se sustentar que todos os alunos de escolas públicas de Uruçuí (PI) são des-
cendentes de indígenas, é necessário verificar as árvores genealógicas de cada um desses 
alunos, pois, a soma dos casos oferecerá um determinado número, enquanto a afirmação 
tende a totalidade.
( ) Se Fernando completar menos de 100 pontos ao final do bimestre, ele será reprovado. 
Beatriz tirou nota inferior a 100 pontos no bimestre. Beatriz será reprovada.
( ) Felipe estuda a história do ensino público em Santana do Paraíso (MG) para isso mobiliza 
referências da história da cidade, da formação de professores e documentos da secretaria 
de educação municipal. 
( ) Mariana executa um exercício de pesquisa em que analisa os pólos universitários da 
Faculdade Única de Magé (RJ) e Rio Sono (TO), em uma pesquisa sobre desempenho dos 
alunos. 
( ) No polo de Porecatu (PR), Luiz analisa o arquétipo do gaúcho, para debate em suas aulas 
para o ensino fundamental. 
( ) A professora Joana perguntou para 25 alunos do quarto ano se eles queriam a cor azul 
no mural e eles aceitaram. Com isso, Joana concluiu que os 10 alunos restantes também 
escolheriam a cor azul.
a) 1 2 3 5 4 6
b) 3 2 4 5 6 1
c) 2 3 6 1 4 5
d) 5 2 1 3 6 4
e) 4 3 2 1 6 5
32
TIPOS DE COMUNICAÇÃO 
ACADÊMICA
UNIDADE
03
33
3.1 RESUMO
 Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua norma técnica 
(NBR) 6028 o resumo trata-se de uma exposição escrita concisa que tem por finalidade a 
apresentação de aspectos gerais de um determinado texto e/ou material audiovisual. Es-
pera-se que esse tipo de registro traga consigo elementos como os objetivos do autor do 
material original, seus métodos e alguns aspectos das considerações finais deste (MACHA-
DO; LOUSADA; ABREU-TARDELLI, 2004).
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o centro nacional de normalização de 
reconhecimento público no país desde a sua fundação em 1940. Nas décadas seguintes, até 
o tempo presente, essa instituição sem fins lucrativos encarrega-se de construir e atualizar 
normas e diretivas para produtos, inclusive elabora normas técnicas (as NBR’s) para traba-
lhos acadêmicos.
FIQUE ATENTO
 O resumo pode ser de dois tipos: simples ou expandido. O resumo simples contém 
tema, objetivo, breve descrição da metodologia, resultados e considerações do documento 
ou pesquisa analisada. Ademais, conta com número de palavras e/ou caracteres pré-esta-
belecido, comumente é encontrado como parte inicial de um artigo acadêmico, mas tam-
bém pode ser um exercício de escrita livre, com finalidades de organização individual do 
pesquisador (RIBEIRO, 2016). Ele não tem citações, quadros, imagens e demais elementos 
extratextuais. Espera-se que esse tipo esteja presente em artigos acadêmicos, por exem-
plo:
EXEMPLO 1
O artigo aborda a educação rural/do campo gestada nos movimentos sociais populares. Focaliza 
as experiências das Casas Familiares Rurais (CFRs) e das Escolas Famílias Agrícolas (EFAs), vincu-
ladas aos sindicatos de trabalhadores rurais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e asso-
ciações comunitárias, e as experiências da Fundação de Desenvolvimento, Educação e Pesquisa 
da Região Celeiro (FUNDEP) e do Instituto de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (ITER-
RA), vinculadas à Via CampesinaBrasil. O objetivo é captar, nas experiências de formação que ar-
ticulam trabalhoeducação feitas por esses movimentos e organizações, as contradições expres-
sas nas práticas/concepções de Pedagogia da Alternância. Tais contradições têm o potencial 
de iluminar os projetos de sociedade perspectivados pelos sujeitos coletivos que constroem suas 
propostas pedagógicas assentadas sobre a relação trabalho produtivo e educação escolar. Nesse 
sentido, a Pedagogia da Alternância pode apontar para uma relação trabalhoeducação de novo 
tipo, tendo por base a cooperação e a autogestão. No entanto, pode também significar formas 
de controle das tensões sociais, acenando para a possibilidade de o agricultor permanecer na 
terra, bem como mascarar o desemprego, alternando educação profissional e estágio remu-
nerado por meio de políticas de parceria com empresas que se tornam agentes de formação 
(RIBEIRO, 2008, p. 27, grifo nosso)(RIBEIRO, 2008 p. 27 grifo nosso) .
34
 As partes com grifo nosso, em sequência, identificam respectivamente o tema, ob-
jetivo, metodologia e resultados. Cada qual participou da construção desse resumo acadê-
mico simples, demonstrando os elementos principais do artigo acadêmico. Nesse sentido, 
o estilo de resumo simples apresentado é parte da construção de um artigo acadêmico.
 Um segundo modelo é o resumo expandido que, além da diferença de tamanho, 
comporta a possibilidade de diálogo do texto base com outras obras. Ele mantém os mes-
mos elementos como tema, objetivo, metodologia, resultados e conclusões, mas aqui po-
dem ser expandidos e descritos com mais profundidade (RIBEIRO, 2016).
 Nessa modalidade o autor poderá elaborar mais sua escrita, suas ideias e ainda dia-
logar com outros autores e seus trabalhos. Nesse tipo de resumo são bemvindas citações, 
imagens e outros elementos extratextuais que possam colaborar com o entendimento 
sobre o tema (MELLO, 2018). No geral, resumos expandidos contam com um número de 
páginas que varia de 2 a 6 páginas, dependendo das orientações de escrita sugeridas. 
 Seja qual for o tipo escolhido, sugere-se a escolha de um tempo verbal para estrutu-
rar a escrita, sendo comumente empregado o pretérito do indicativo (eu visitei, eles apren-
deram, ele nasceu), mas outros tempos podem ser utilizados, desde que sejam mantidos 
até o fim da escrita. Cabe ao pesquisador que escreve um resumo o cuidado e a responsa-
bilidade em tornar seu resumo um artefato breve e claro sobre uma obra maior (RIBEIRO, 
2016). Pode-se dizer que o resumo é um flash do material completo e, um bom resumo, 
pode ser um convite à leitura do trabalho original. 
Os elementos estudados nessa unidade demandam capacidade de leitura atenta, exercício 
de síntese (capacidade de resumir) e organização de ideias. Como esses exercícios se dão no 
seu cotidiano? Avalie a presença dessas operações e pense nessas características.
VAMOS PENSAR?
 Vale destacar que o resumo não é um texto frio, uma cópia de ideias do texto origi-
nal, ele é na realidade a oportunidade de se exercitar a síntese a partir de uma determina-
da leitura. Resumir demanda leitura atenta e cuidado com as ideias contidas no material 
original, a capacidade de transpor para poucas linhas o exercício de uma pesquisa mais 
alargada com destaque para os pontos já anunciados anteriormente. 
 Ao longo da escrita do resumo deve-se pensar sempre em quem será o leitor, que 
pode ser o próprio pesquisador, um professor ou um leitor desconhecido. Se for para você, 
atente-seem deixar o resumo de modo mais familiar com seu estilo próprio de leitura e 
escrita, de modo que, em consultas futuras, você tenha a possibilidade de economizar 
tempo evitando sucessivas releituras do texto base.
 Caso seja para um professor ou para o público em geral, a orientação é respeitar as 
normas de escrita, da gramática e da ortografia, trazendo as impressões do autor do 
resumo como forma de levar seus leitores a conhecer o texto original. Lembre-se que o re-
sumo será, talvez, a primeira forma de acesso ao conteúdo de um determinado texto, por 
isso, o apresente com qualidade.
 A seguir propomos aqui um exemplo sobre a construção de um resumo, a partir da 
letra do samba “Notícia de Jornal” (1961), de Luís Reis e Haroldo Barbosa: 
35
EXEMPLO 2
Tentou contra a existência
Num humilde barracão Joana de tal,
por causa de um tal João
Depois de medicada
Retirouse pro seu lar
Aí a notícia carece de exatidão
O lar não mais existe
Ninguém volta ao que acabou
Joana é mais uma mulata triste que errou
Errou na dose
Errou no amor
Joana errou de João
Ninguém notou
Ninguém morou na dor que era o seu mal
A dor da gente não sai no jornal
REIS, Luís; BARBOSA, Haroldo. Notícia de jornal. In: HOLLANDA, Chico Buarque; BETHÂNIA, 
Maria. Chico Buarque e Maria Bethânia (ao vivo) [CD]. São Paulo: Gravadora Philips/Polygram, 1975.
 Diante do documento exposto, um resumo possível da música pode ser encontrado 
a seguir, note que o resumo começa com a referência bibliográfica do material de base, ou 
seja, a referência bibliográfica da canção. Vejamos:
 A música “Notícia de jornal” pertence ao gênero musical do samba e foi escrita pelos 
músicos Luís Reis e Haroldo Barbosa no ano de 1961, sendo posteriormente gravada por 
Chico Buarque e Maria Bethânia em álbum de 1975. Em sua letra somos apresentados à 
João e Joana de tal, uma mulher mulata. Ao que narram os compositores trata-se de um 
casal que vivia em um barracão. 
 Na história da música, Joana é a protagonista de uma tentativa de suicídio por conta 
de João. Joana recebe os primeiros socorros, é medicada e segue sua vida, desaparecendo 
das páginas de jornal, o que faz supor que a história que inspirou o samba pode ter sido 
oriunda de uma matéria de folhetim. Ao final da música mostra-se a desintegração da dor 
da personagem junto com o sumiço de sua história, o que marca a frase “a dor da gente 
não sai no jornal”. 
 Diante do exposto, temos aqui um exemplo de um resumo em que apresentou-se 
a ideia dos autores, alguns dados sobre eles, conteúdo e objetivos. Se comparado com a 
música, é possível dizer que o texto apresentado circunscreve e resume a música. Caso fos-
se necessário construir um resumo expandido, poderíamos trazer mais elementos sobre 
os compositores, sobre o ritmo, os personagens da narrativa, os elementos construídos, os 
intérpretes. 
 Note que o resumo expandido é uma rica possibilidade de expressão do entendi-
mento do pesquisador sobre um determinado tema, por isso, é necessário se apropriar 
36
dele com uma escrita cuidadosa e perspicaz. Não cabe em um resumo um excesso de opi-
niões pessoais e de grandes citações do texto original, é preciso que sua condição de autor 
esteja no texto de forma em que seja possível balancear suas concepções e a do autor do 
texto original. 
 Outro elemento importante é pensarmos que a técnica do resumo funciona para 
textos e livros acadêmicos, mas para outros formatos de texto como músicas e peças au-
diovisuais. Sendo mais comum, no espaço acadêmico, o resumo de textos. Ao final desse 
exercício, nota-se que outros elementos poderiam ter sido aprofundados mas, nosso inte-
resse é que esse investimento de escrita também contenha o vocabulário, as expressões e 
impressões daquele que escreve, demonstrando assim a construção de sua autoria. 
 Agora que você conhece os modos de fazer resumos, lembre-se de criar uma pasta, 
online ou física, para organizálos, pode até mesmo ser em um caderno físico. Esse é um 
modo para mantêlos sempre organizados e disponíveis para consulta em momentos de 
estudo posteriores. 
3.2 FICHAMENTO 
 O fichamento trata-se de um modelo de escrita científica que pretende organizar 
as ideias principais de uma obra lida. Não há um modelo padrão, o fichamento é basica-
mente, um material construído para orientação e consulta futura sobre o texto base, 
portanto, pode ser realizado de modo pessoal e que melhor se adeque às demandas do 
pesquisador. 
 Neste formato de escrita é possível incluir citações diretas do texto, pode-se dialogar 
ainda com citações indiretas e é desejável que o autor aprofunde a discussão do conteú-
do, de modo que ele possa expandir suas considerações sobre o tema. Tal como vimos no 
resumo, é possível construir um fichamento do conteúdo de uma obra escrita, audiovisual 
ou de outros suportes. 
 Sua principal diferença em relação ao resumo é que o fichamento é mais indicado 
para alunos que desejam expandir seu domínio sobre o tema, enquanto o resumo tem por 
função relembrar um assunto sobre o qual já se tem domínio. Além disso, espera-se que 
o fichamento seja uma expressão de diálogo entre o seu autor e o texto base, de modo 
que esse primeiro traga suas impressões e considerações. 
 Isto posto, recomenda-se essa modalidade para aqueles e aquelas que estão dedi-
candose a construir uma revisão de literatura sobre um tema específico. Assim, espera-se 
que o pesquisador leia textos sobre o tema e faça fichamentos para que, quando for realizar 
sua escrita, tenha como suporte suas anotações ou fichas dos textos. Para isso, destacamos 
que existem três modelos principais de fichamentos que são o de resumo, de citações e 
bibliográfico. 
 O fichamento de resumo trata-se da construção de um texto de escrita ágil com as 
ideias centrais do autor do texto base. Vejamos na sequência um exemplo com base no 
livro “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire (FREIRE, 1996), especificamente do seu 
segundo capítulo. 
37
FICHAMENTO DE RESUMO 
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 31. ed. São Pau-
lo: Paz e Terra, 1996.
Elaborador do Fichamento: José da Silva
Observação geral: Neste fichamento consta somente o 2º capítulo. 
O segundo capítulo do livro “Pedagogia da Autonomia” é intitulado como “Ensinar não é trans-
ferir conhecimento”. Nele o autor destaca o papel do professor na construção do processo de 
ensinoaprendizagem. Freire demarca que esse processo é dialógico e não uma simples trans-
ferência de conhecimentos e exige uma interação sincera entre professor-aluno, em que a 
construção da descoberta seja feita por todos os participantes desse processo. 
Além disso, o autor apresenta a necessidade de reconhecer e respeitar a autonomia do edu-
cando, pavimentando esse caminho com bom senso, fazendo com que o processo de ensino 
seja uma experiência pautada em humildade e tolerância. Esse processo é coligado à luta por 
direitos dos educadores que, com criticidade, se colocam ao exercício de transformação de seu 
presente, de forma coletiva e organizada. 
Nesse processo é necessário que o educador execute um exercício denso de apreensão da rea-
lidade, como forma de melhor ensinar, considerando com isso a realidade dos seus alunos e a 
sua própria. Ademais, com alegria e esperança, cabe ao professor seguir e difundir a convicção 
de que a mudança é possível. Nesse processo, incitar a curiosidade, o interesse e a participação 
dos alunos é uma grande oportunidade de tornar esse ensino mais significativo.
Quadro 1: Exemplo de Fichamento de Resumo
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021).
 Nota-se que incluímos a referência bibliográfica do texto, acompanhada de uma 
breve explicação sobre a elaboração, com nome de um elaborador fictício, seguido por 
uma explicação do teor do conteúdo e, em seguida, foi realizado o fichamento de resumo. 
No conteúdo foi possível encontrar informações relevantes do texto, organizados e ex-
postos de forma clara pelo pesquisador. Essa mesma versão pode ser reproduzidaem um 
caderno, fichas de papel ou em formato digital.
 Diante do exemplo, o estudante tem a oportunidade de apreender mais elementos 
do conteúdo analisado, podendo consultar esse material posteriormente, sem necessida-
de de um retorno ao livro. Situação que irá variar conforme a profundidade do fichamento 
de resumo. 
 Um segundo exemplo é o fichamento de citações. Nessa modalidade espera-se que 
o elaborador selecione no texto base trechos e os reproduza, na forma de citação direta 
ou indireta. Importante dizer que as citações devem ser corretamente expostas, de modo 
a não incorrer em um caso de reprodução indevida, ou seja, plágio. Vejamos um exemplo 
do fichamento de citações com base no livro “Pedagogia do Oprimido” (1987) feito por Ri-
cardo Freire da equipe do site Sociologia em Movimento (2019). 
38
FICHAMENTO DE CITAÇÕES 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
Elaborador do Fichamento: Ricardo Freire
Observação geral: Este fichamento de citações encontra-se disponível na íntegra em: https://
bit.ly/2Ps4yCx. Acesso em: 20 dez. 2020. 
Paulo Freire é um pensador comprometido com a vida: não pensa ideias, pensa a existência. 
também educador: existência seu pensamento numa pedagogia em que o esforço totalizador 
da “práxis” humana busca, na interioridade desta, retotalizar-se como “prática da liberdade”.
Por isto, a pedagogia de Paulo Freire, sendo método de alfabetização, tem como ideia anima-
dora toda a amplitude humana da “educação como prática da liberdade”, o que, em regime de 
dominação, só se pode produzir e desenvolver na dinâmica de uma “pedagogia do oprimido” 
(p. 05).
Constatar esta preocupação implica, indiscutivelmente, em reconhecer a desumanização, não 
apenas como viabilidade ontológica, mas como realidade histórica. É também, e talvez, sobre-
tudo, a partir desta dolorosa constatação que os homens se perguntam sobre a outra viabilida-
de – a de sua humanização (p. 16).
A superação da contradição é o parto que traz ao mundo este homem novo não mais opressor; 
não mais oprimido, mas homem libertando-se. Contudo, não podemos eclipsar o fato de que 
essa libertação não acorre gratuitamente (p. 17).
Pelo contrário, a realidade opressora, ao constituir-se como um quase mecanismo de absorção 
dos que nela se encontram, funciona como uma força de imersão das consciências. Neste sen-
tido, em si mesma, esta realidade é funcionalmente domesticadora. (p. 19)
A pedagogia do oprimido que, no fundo, é a pedagogia dos homens empenhando-se na luta 
por sua libertação, tem suas raízes aí. E tem que ter nos próprios oprimidos que se saibam ou 
comecem criticamente a saber-se oprimidos, um dos seus sujeitos. A pedagogia do oprimido, 
que busca a restauração da intersubjetividade, se apresenta como pedagogia do Homem (p. 
22).
Quadro 2: Exemplo de Fichamento de Citações
Fonte: Sociologia em Movimento (2019). Disponível em https://bit.ly/2Ps4yCx. 
Acesso em: 20 dez. 2020.
 Note que aqui selecionamos alguns trechos do fichamento realizado por Ricardo 
Freire para demonstrar um modelo de fichamento de citações. Sobre esse tipo, há que se 
dizer que as citações diretas devem ser expostas entre aspas (repare que no exemplo em 
apreciação não havia citações diretas, por isso o não uso), deve-se apresentar também o 
número das páginas após as citações. 
 Respeitando uma determinação da Associação Brasileira de Normas Técnicas, se fo-
rem realizadas omissões ou acréscimos feitos pelo autor do fichamento no ato das ci-
tações, pede-se que sejam utilizados os sinais gráficos de colchetes e três pontos […] ou 
[conteúdo a ser inserido], respectivamente. Essa recomendação é válida também para 
qualquer tipo de texto acadêmico em que seja necessário o uso de supressões ou adições. 
Vejamos os exemplos:
39
EXEMPLO 3:
[...] libertação dos oprimidos é a libertação de homens e não de ‘coisas’. Por isto se não é autoli-
bertação – ninguém se liberta sozinho, também não é libertação de uns feita por outros. (p. 30).
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p.30. 
Não podemos esquecer que a libertação dos oprimidos é a libertação de homens e não de ‘coi-
sas’. Por isto se não é autolibertação – ninguém se liberta sozinho, também não é libertação de 
uns feita por outros [é um processo a ser feito por meio da autonomia do próprio sujeito]. ( p. 30).
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 28 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p.30. 
 Espera-se que essa modalidade de fichamento não contenha as opiniões do autor 
do fichamento. Além disso, no ato da seleção e exposição dos trechos é necessário que 
se respeite os erros gramaticais e expressões de linguagem, pois tratam-se de opções e 
especificidades da escrita do autor do texto base. 
 Por último apresentamos o fichamento bibliográfico que, em sua estrutura, preten-
de dar conta da obra de uma forma global. Com isso, pretende-se produzir um apanhado 
geral sobre o texto base que contenha elementos como a referência bibliográfica, o tema, 
o problema, a metodologia, a tese e os argumentos (CAMPOS, 2010). Seu exemplo pode se 
dar por meio do seguinte esquema:
FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO
Referência Bibliográfica: 
AZEVEDO, A. A.; WILTEMBURG, V. A. Professores iniciantes e o ‘choque de realidade’ o que nos 
revelam algumas pesquisas. In: XI Congresso Nacional de Educação EDUCERE, Curitiba. 2013. 
Disponível em: https://educere.bruc.com.br/CD2013/pdf/7128_6254.pdf Acesso em 12 dez. 2020.
Tema: 
Profissão e condição docente para professores iniciantes (p.11870)
Problema: 
Compreender o professor em seu início de carreira e a forma como ele experi¬menta o ‘choque 
de realidade’, narrado na bibliografia. (p.11870)
Metodologia: 
O presente artigo, caracterizado como Estado do Conhecimento, apresenta e discute os tra-
balhos inscritos na 28ª, 29ª, 34ª e 35º Reuniões Anuais da ANPED (Associação Nacional de Pós 
Graduação e Pesquisa em Educação), nos anos de 2005/2006 e 2011/2012, no GT (Grupo de Tra-
balho) 8, Formação de professores, que se referem ao professor iniciante e quais constatações 
e reflexões , inseridas nestas pesquisas, dizem respeito ao “choque de realidade”, vivenciado por 
professores em início de carreira. (p.11870)
Tese: 
Existe um debate intelectual a respeito do “choque de realidade”, vivenciado por professores em 
início de carreira”. (p.1187111872)
40
Argumentos: 
Percebe-se um crescimento na porcentagem de pesquisas, já que no ano de 2005 tais pes-
quisas representavam 4% do total, no ano de 2006 houve uma elevação para 7%. Esse número 
aumenta em 2011, quando a porcentagem chega a 9%, valor que permanece em 2012. (p. 11880)
[...] investigar as representações sociais do professor acerca de si, da sua profissão, de seus alunos 
e a perceber o entrecruzamento dessas representações e do fenômeno considerado choque de 
realidade. (p. 11880)
[...] o “choque de realidade” pode ser amenizado se as imagens que os professores trazem con-
sigo fossem reestruturadas, ou, como questiona Arroyo (2011, p.66): “Como construiremos ima-
gens mais autônomas, mais profissionais de nossa docência? Construindo imagens menos este-
reotipadas, mais realistas dos alunos.” Essa questão deve nos impulsionar a investigar mais esta 
temática. (p. 11881)
Conclusão:
Observouse, no levantamento feito em tal período, que a discussão sobre professor iniciante 
tem acontecido ainda de maneira incipiente, embora os dados demonstrem uma pequena ele-
vação na porcentagem de trabalhos ao longo dos últimos anos. (p.11870)
Este desejo em continuar, impulsionado pelo amor compromissado, pode ser inibido, ora diante 
da solidão a que o professor muitas vezes está submetido, ora pela dominação de outros (profes-
sores mais experientes, sistema educacional de maneira mais ampla,...). “E será que precisamos 
aceitar tudo passivamente? Não podemos dizer que o texto está incoerente, o 11883 cenário 
precisa ser mais bem montado, ter um pouco mais de colorido e de brilho?Tudo isso depen-
de muito do espaço que conseguimos conquistar e da competência que demonstramos ter” 
(Idem, p.24). (p. 11882).
[...]
Não podemos deixar de afirmar a importância e urgência de um programa educacional de 
apoio aos professores iniciantes, o que ainda no Brasil não se constitui uma política, mas sim, 
ações isoladas. Como bem salienta Arroyo (2011, p.405), “Os educandos são outros, seus mestres 
são outros, logo as políticas públicas, sociais e educativas não podem ser as mesmas”. (p. 11883).
Quadro 3: Exemplo de Fichamento de Bibliográfico
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
 A despeito dos tipos sugeridos, em nome da otimização do tempo e da praticida-
de, sugerimos que, em caso de necessidade de produção de um fichamento o graduando 
construa um modelo mais geral. Nesse modelo avaliamos que devem estar amparados 
um breve resumo sobre o texto base, citações diretas e indiretas relevantes e comentários 
sobre os aspectos mais relevantes do texto. Seja qual for o modelo escolhido, deve-se orga-
nizar a produção desses escritos para consultas futuras.
3.3 RESENHA 
 Dos exemplos anteriores passamos para a resenha, um gênero textual que tem por 
função recomendar, ou não, um determinado texto ou obra audiovisual apontando ao lei-
tor características do texto-base. O caráter de recomendação e de criação do interesse no 
leitor precisa ser encarado como definidor dessa modalidade de escrita acadêmica. 
 Ela é uma forma de divulgar e/ou recomendar esse texto-base e quem executa esse 
exercício de escrita é chamado de resenhador. Espera-se que uma resenha contenha um 
cunho intertextual, acompanhado de um número expressivo de informações sobre o tra-
balho-base acompanhado de uma análise crítica. 
41
Intertextual é o nome do diálogo e influência que se dá entre dois ou mais textos, gerando 
uma atualização das referências. Um exemplo de intertextualidade são os livros acadêmicos 
que, em toda sua estrutura, recuperam autores, ideias e as expõem na forma de um diálogo 
reflexivo.
GLOSSÁRIO
 Um elemento importante na resenha é sabermos que ela não se trata de um resu-
mo, pois, diferente desta, espera-se que ela cative o interesse dos leitores e que apresen-
te informações sobre o texto-base. Tal como as modalidades trabalhadas anteriormente, 
sua base pode ser de textos, livros, peças de teatro, filmes, por exemplo. Ademais, ela deve 
conter elementos descritivos e críticos de forma balanceada. 
 A título de exemplo, apresentamos a seguir uma resenha sobre o livro “Saberes do-
centes e formação profissional”, do autor canadense Maurice Tardif (2012). Imediatamente 
é possível notar que a resenhadora Thaís Gatti atribuiu um título independente em seu 
texto, esse procedimento é comum em resenhas, em especial no espaço acadêmico e em 
publicações especializadas. Vejamos o seu conteúdo. 
EXEMPLO 4:
 O autor e pesquisador canadense Maurice Tardif elabora seus estudos a partir da situação 
do profissional docente no ensino superior, de como ele lida com o início de sua carreira pro-
fissional e se ele está preparado para desempenhar as atividades como docente. O tema trata-
do aqui decorre do seu livro intitulado “Saberes Docentes e Formação Profissional”, que aborda 
quais saberes que um profissional na atuação pedagógica necessita para desempenhar a sua 
carreira com competência. 
 Sublinha em seu livro dois saberes, o saber fazer e o saber ser. Esses saberes são adquiridos 
no espaço das instituições que formam o docente e também na aquisição social, ambos fontes 
de aprendizagem. Então, se ele aprende na sua formação acadêmica, igualmente aprende na 
sua vida cotidiana. É o tempo de suas experiências que determina o seu saber fazer e o seu saber 
ser. 
 No entanto, também é o tempo que indica se o profissional possui saberes. E o uso cons-
tante de livros didáticos, a convivência no ambiente familiar, somado às experiências acadêmi-
cas, profissionais e a formação continuada constituem a sua própria história e identidade profis-
sional. O problema que o autor coloca em questão é que os alunos que estão se graduando nas 
licenciaturas não possuem experiências para lidar com o dia a dia da profissão e demonstram a 
ausência dos saberes necessários para exercer a carreira de magistério. 
 Os saberes constituem-se em: saber disciplinar, saber curricular e saber profissional. O 
autor afirma que os saberes disciplinares reúnem os métodos de ensinar que garantam aprendi-
zado aos discentes. Entretanto, quando o profissional docente se depara com as instituições de 
formação que possuem enraizadas a cultura do método tradicional teórico, ele verifica, depois de 
formado, que não está preparado para lidar com as situações práticas do ambiente institucional. 
 Os saberes curriculares se voltam aos conteúdos a serem ministrados, conforme a propos-
ta da instituição. Quando o recém formado chega ao ambiente em que irá desempenhar suas 
atividades laborais, confronta-se com o não saber fazer conforme a rotina estabelecida. Despre-
42
parado para lidar com a interação com os seus colegas de trabalho e os discentes com quem irá 
atuar, acaba não se adaptando. 
 Os saberes profissionais são aqueles que exigem saber desempenhar o papel de docente: 
conseguir administrar os conteúdos e campos de conhecimento com destreza, para fazer de 
sua aula um espaço empreendedor da aprendizagem. Além, claro, de dar conta dos métodos 
específicos para garantir a qualidade da aula. O autor se posiciona relatando que os saberes pro-
fissionais são desafiadores, pois, ao iniciar a carreira como professor, os profissionais sentem-se 
desvalorizados. Não são motivados a seguir com a profissão, devido à baixa remuneração e à des-
valorização da profissão pela própria sociedade. 
 Os docentes deparam-se com os saberes no início da carreira. E a posição de Tardif para 
esse problema é que o tempo é aliado aos saberes. Ora, se é temporal, é ao longo do tempo que 
o professor construirá as habilidades. Então o não saber decorre da falta de tempo de experiên-
cia. A solução não é focar-se nos saberes exigidos, mas nas experiências que devem seguir com 
a práxis. Com ela é possível partir da ação para reflexão e a modificação da sua ação, percebendo 
seus erros e acertos. 
 Os argumentos centrais descritos entre as linhas do texto apontam que as tentativas e 
erros são fundamentais. Errar e aprender fazem com que a identidade do docente se modifique. 
O trabalhar não é somente fazer alguma coisa, por si só, mas é fazer alguma coisa doando de si 
mesmo. Portanto, o professor modifica o seu trabalho e o trabalho modifica o professor! 
 A resenha do livro já foi publicada em diversas revistas do Brasil, seguem alguns autores 
que estudaram o tema: Fabiana Ritter Antunes; Hugo Norberto Krug; Sidclay Ferreira Maia; Kle-
verton Almirante; Aliana Anghinoni Cardoso; Mauro Augusto Burkert Del Pino; e Caroline Lacerda 
Dorneles. E a própria obra se refere a outros pesquisadores, como o Bourdoncle, Doyle, Gage, 
Gauthier, Martin, Martineau, Mellouki, Paquay, Raymond e Shulman. 
 Em consonância com a obra e com as leituras de outros artigos, acredita-se que realmente 
as instituições que preparam os docentes para o ensino superior não estão preparando para a 
vida prática da profissão e não possibilitam uma experiência direta com a profissão. E que esses 
saberes nada mais são que aptidões, habilidades e atitudes que os docentes precisam cumprir. 
 A obra está correta ao afirmar que não se deve produzir saberes técnicos da profissão sem 
levar em conta a identidade do professor. Isto porque as experiências partem, dentre outros con-
textos, do convívio familiar e cultural. Para tomar suas decisões, o docente fundamenta-se em 
suas experiências passadas, em seus valores sociais e profissionais. Assim, fica esclarecido que 
antes de fazer e moldar o seu ser, ele parte do seu reservatório de experiências pessoais, mode-
lando a sua postura como pessoa. Os saberes levam tempo para serem construídos; acredita-se, 
portanto, que ocaminho dessa construção seja a práxis. 
GATTI, T. I. K. Resenha: Formação do professor. Professare, v. 5, n. 2, p. 161164, 2016.
 Tendo em vista que lemos uma resenha científica, é importante pensar que ela é 
voltada para professores e universitários no sentido de afirmar e recomendar a qualidade 
do texto-base. Importante notarmos que ela é o resultado das escolhas da resenhadora na 
construção do levantamento da obra resenhada (FIORIN; SAVIOLI, 1990). É possível obser-
var ao longo da leitura da resenha crítica o destaque para um texto de referência na área 
de Educação, acompanhado de uma análise ampla e clara sobre o objeto.
43
Existem uma série de editores de texto além do famoso Word ou do Libreoffice. Você 
pode utilizar o Google Docs (basta ter uma conta de email do Gmail), o Brackets ou 
o Evernote. Cada um com suas particularidades, todos contam com possibilidades 
de organização mediante um arquivo de textos ou notas. Para mais informações 
BUSQUE POR MAIS
veja o vídeo do canal Ficçomos “6 programas para escrever pelo computador”. Disponível 
em: https://bit.ly/3mqDXlX. Acesso em: 23 mar, 2021.
3.4 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA ORAL 
 A comunicação científica oral nada mais é do que o modo de construção do diálogo 
no contexto do fazer científico. Quem faz ciência inclusive o aluno de graduação deve se 
preparar para realizar atividades de divulgação, reflexão e estar disposto ao debate inte-
lectual. Esse processo não precisa ser um desafio, ao contrário, ele deve ser bem estudado 
para que se alcance um resultado positivo.
 Há que se dizer que antes de uma comunicação científica oral houve um trabalho 
de pesquisa intenso e denso realizado pelo comunicador, sendo assim, ele é capaz e está 
preparado para comunicar seus resultados na forma oral, sendo necessárias algumas reco-
mendações para esse processo. 
 A primeira delas é o cuidado com a escolha do vocabulário, pois, espera-se que o co-
municador domine a norma culta da língua, evitando gírias e expressões informais. Além 
disso, sugerimos cuidado com o tom da voz e altura como elementos que influenciam na 
percepção dos avaliadores e espectadores sobre o assunto. 
 Com isso, não é necessário deixar de lado a 
própria identidade, ao contrário, o que se deseja é 
que o comunicador se sinta confortável para tran-
sitar pelos elementos de sua pesquisa, mobilizan-
do elementos científicos de forma cuidadosa con-
sigo e com seus avaliadores e espectadores, mas o 
cuidado com a fala deve ser considerado também. 
Por isso, o estudo e o treino em voz alta podem ser 
elementos importantes para esse exercício.
 Normalmente os espaços em que ocorrem 
as comunicações científicas orais são em seminá-
rios, simpósios, congressos e em outros espaços or-
ganizados com a finalidade de construção de de-
bates e discussões acadêmicas. Sejam elas online 
ou presenciais, as apresentações contam com va-
riações de 10 a 20 minutos para exposição, a serem 
decididos pelos responsáveis pela organização do 
debate, sendo acompanhados por um momento 
específico para perguntas e respostas. Espera-se 
do comunicador clareza na fala, calma e uma expo-
sição concisa e atenta aos elementos construídos Figura 1: Perguntas norteadoras para apresentação oral
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
44
ao longo da pesquisa.
 Para auxiliar nessa preparação prévia, propomos aqui um roteiro no qual é possível 
guiar suas apresentações acadêmicas. Após a realização do seu trabalho, seja ele qual for, e 
caso seja necessário uma apresentação oral sugerimos a seguinte estrutura de perguntas:
 Essas perguntas não precisam constar na fala, elas são perguntas orientadoras para 
que o pesquisador dialogue com mais qualidade com os aspectos expostos. Lembre-se 
sempre, a comunicação científica oral não se trata aqui de uma reprodução fria do traba-
lho escrito, mas sim uma estrutura em que o tema, o problema, a justificativa, os objetivos, 
metodologia e resultados são apresentados de forma clara e concisa para os espectadores. 
Assim, uma apresentação científica oral será melhor avaliada e percebida no contexto do 
fazer científico, gerando uma boa contribuição para o campo de estudo.
45
1. Leia com atenção o resumo a seguir: 
O artigo visa identificar temas e processos emergentes do campo das políticas públicas de educação 
de jovens e adultos no Brasil. Aborda inicialmente o processo de redefinição da identidade da 
educação de jovens e adultos desencadeado pelo reconhecimento da diversidade sociocultural dos 
educandos, bem como pelo embate entre o paradigma compensatório e a concepção de educação 
continuada ao longo da vida. Trata, a seguir, dos desafios e impasses das políticas públicas para 
superar a posição marginal ocupada pela educação de jovens e adultos na reforma educacional da 
segunda metade da década de 1990. Ao final, sugere que os principais desafios a serem respondidos 
pelas políticas públicas no presente são os que emergem da agenda de diálogo e conflito entre 
os movimento em prol da educação de jovens e adultos e os governos, tais como a articulação 
entre alfabetização e escolarização, as estratégias de financiamento público e colaboração entre as 
instâncias de governo, bem como a formação e profissionalização dos educadores.
DI PIERRO, M. C. Notas sobre a redefinição da identidade e das políticas
 públicas de educação de jovens e adultos no Brasil. Educ. Soc., Campinas, v. 26, n. 92, p.11151139, Out. 2005. 
Disponível em: http://www.SciELO.br/SciELO.php?script=sci_arttext&pid=
S010173302005000300018&lng=en&nrm=iso. 
Acesso em 10 Nov. 2020).
A partir do trecho em exposição responda a alternativa correta.
a) O trecho é um resumo simples, pois é possível encontrar nele elementos como tema, 
objetivo, metodologia, resultados e conclusões. Além de estar fazendo parte de um artigo 
científico. 
b) O trecho é um resumo simples, pois é escrito em linguagem informal pela autora. 
c) O trecho não é um resumo, pois não dialoga com outros autores. 
d) O trecho não é um resumo, pois não foi possível encontrar o texto base que ele sintetiza. 
e) O trecho não é um resumo simples, pois resumos simples não podem ser publicados 
junto de artigos acadêmicos. 
2. Paula, aluna do pólo de Brasiléia (AC), está analisando os dois trechos a seguir e precisa 
identificar o que são cada um deles, com base na discussão sobre resumos: 
Trecho 1: 
ORGANIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DO RESUMO 
O resumo deverá ocupar, no mínimo, três e, no máximo, cinco laudas, incluindo Texto, Tabelas e/ou 
Figuras. 
Trecho 2:
Durante a Revolução Farroupilha (18351845) — uma luta dos latifundiários riograndenses contra o 
Império brasileiro —, o líder do movimento, general Bento Gonçalves da Silva, isolou as mulheres 
FIXANDO O CONTEÚDO
46
de sua família em uma estância afastada das áreas em conflito, com o propósito de protegêlas. A 
guerra que se esperava curta começou a se prolongar. E a vida daquelas sete mulheres confinadas 
na solidão do pampa começou a se transformar. O que não está nos livros de história sobre a mais 
longa guerra civil do continente está neste livro de Leticia Wierzchowski, um exercício totalizador 
sobre a violência da guerra e sua influência maléfica sobre o destino de homens e de mulheres.
MARQUES, Evelyn. A casa das sete mulheres. New Romantic, 17 de setembro de 2017. 
Disponível em: http://newromantic.net/?p=6505 Acesso em: 10 nov. 2020. 
Assinale a alternativa correta.
a) Paula está com dois exemplos de resumos expandidos, o primeiro com indicações 
técnicas e um segundo sobre um livro histórico.
b) Paula está com um resumo simples, pois tem pouco relato escrito e um resumo 
expandido, pois um livro demanda uma escrita de resumo maior.
c) Paula não tem exemplos de resumo, pois o primeiro é apenas uma frase e o segundo é 
um texto sobre um livro. 
d) Paula tem no primeiro trecho a menção dos elementos que devem estar contidos em 
um resumo expandido e no segundo trecho um resumo simples, de uma obra literária. 
e) Paula tem um no primeirotrecho a menção dos elementos que devem estar contidos 
em um resumo simples e no segundo trecho um comentário sobre uma minissérie. 
3. José, aluno do campus de Caraguatatuba (SP), está com dúvidas sobre qual a diferença 
entre resumo e fichamento e preparou cinco pequenas frases e está na dúvida de qual 
delas está correta. Assinale a alternativa que melhor identifica essa diferença. 
a) A diferença está no formato, afinal, um resumo é apresentado no formato oral e um 
fichamento tem formato digital. 
b) A diferença entre resumo e fichamento é que o primeiro é mais indicado para alunos 
que desejam relembrar um assunto sobre o qual já se tem domínio, enquanto o fichamento 
auxilia na expansão do domínio sobre o tema. 
c) Resumo é uma exposição sucinta das informações básicas em um texto-base e o 
fichamento é uma reescrita do mesmo texto. 
d) O fichamento é o exercício de organização de citações sem qualquer relação com o 
resumo, sendo assim, não há diferenças entre eles. 
e) Ambos são métodos de escrita acadêmica, sendo o fichamento mais sintético e o resumo 
trata-se de uma parte de qualquer fichamento. 
4. Leia o texto abaixo e responda a questão ao final.
“Inicio minhas palavras com as palavras finais, as últimas três linhas, do livro Pedagogia do 
Oprimido de Paulo Freire, lançado no exílio de Santiago do Chile na primavera de 1968 onde 
afirma: “Se nada ficar destas páginas, algo, pelo menos, esperamos que permaneça: nossa 
confiança no povo. Nossa fé nos homens, na criação de um mundo em que seja menos difícil 
amar”. Isso mostra porque ainda na atualidade Paulo Freire figura entre as mais destacadas 
personalidades no campo pedagógico mundial.
O livro Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire escrito há quarenta anos permanece vigente 
dada as suas constantes reedições no Brasil e no exterior e aos novos tipos de oprimidos que 
47
surgem a cada dia em nossa sociedade. Profecia esta explícita nas primeiras palavras de abertura 
do referido livro em que o dedica “aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e, 
assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas, sobretudo, com eles lutam”.
[...]
O livro compõe-se de quatro capítulos, sendo que no primeiro, Paulo Freire, justifica a escolha do 
título Pedagogia do Oprimido, onde há uma clara e radical opção pelo oprimido, parte do ponto 
de vista dos Oprimidos, a partir da experiência histórica dos mesmos, o que denota para a década 
dos anos 1960 uma virada paradigmática, uma coragem política, uma visão profética e um forte 
grito ético desde a América Latina. Essa virada de paradigma é uma forma de reconhecer nos 
excluídos dessa terra uma superio¬ridade epistemológica e científica, coisa até então, jamais 
vista em nosso continente, pelo menos, no campo da Pedagogia.
Isso constituise numa nova forma de construir a pedagogia, a partir da infraestrutura da 
base dominada o que coloca Paulo Freire não só como educador, mas como grande filósofo 
da educação do século XX, pelo modo revolucionador e peculiar de estabelecer as suas bases 
pedagógicas, arraigadas na experiência histórica de dominação a que formaram submetidos os 
nosso povos. Tarefa humanista e histórica de libertação dos nossos povos, comprometida com a 
práxis e a transformação da realidade opressora dos mesmos.
Paulo Freire ao justificar, Pedagogia do Oprimido desde a experiência histórica dos oprimidos, 
do grito dos oprimidos, nos abre caminhos para a mútua relação entre Ética e Educação, ou seja, 
a educação se fundamenta na ética. Não desejou, a princípio, elaborar uma ética propriamente 
dita, nem elaborar um discurso sobre a ética, porém seu trabalho de educador se volta para a 
práxis educativa e, singularmente, nela faz vingar uma ética. Este modo de conceber constitui-
se numa ética pedagógica libertadora, cujo intento é produzir uma efetiva emancipação e um 
processo de tomada de consciência de nossos povos latinoamericanos, marcados pela opressão, 
dominação e dependência.
A Pedagogia do Oprimido de que estamos discorrendo, está centrada na experiência, 
especialmente do oprimido, o qual deverá ser capacitado para extrojetar de dentro de si e, por 
ele mesmo o opressor, a fim de resgatar seu ser livre, construtor e sujeito de sua própria história. 
É dizendo a palavra que o ser humano se faz ser humano. O que podemos depreender é que sua 
Pedagogia é acima de tudo uma Antropologia, pois leva o ser humano a humanizar o mundo e, 
de modo consciente, construir a sua própria história de sujeito autônomo que conquista a sua 
forma humana. Além da implicação da Pedagogia com a Antropologia, a Ética está totalmente 
implicada, pois é a capacidade de indignação contra toda injustiça e formas de opressão, logo a 
ética não pode afastar-se da prática educativa. 
No segundo capítulo expõe sobre a concepção bancária de educação como instrumento de 
dominação, os seus pressupostos e sua crítica. 
A principal crítica que Freire faz ao modelo de educação vivido nos anos em que escreve a sua 
obra é que a educação bancária considera apenas o educador como sujeito, pois o educando 
será somente “depósito” receptor de conteúdos, memorizados ingenuamente, mecanicamente 
sem a devida participação e dialogicidade, própria de um processo de ensinoaprendizagem, 
onde educadores e educandos aprendem e ensinam, mediatizados pelo mundo. 
Outra crítica a esse modelo “bancário” de educação é que se mantém e estimula a contradição 
educadoreducando. Eis algumas dessas contradições: o educador é que educa, sabe, pensa, 
diz a palavra, impõe a disciplina, opta pelos conteúdos e métodos, é a autoridade é o grande 
protagonista e sujeito do processo; enquanto os educandos são educados, na sabem, são 
48
pensados, só escutam docilmente, são disciplinados e seguem tudo o que foi prescrito, não 
são ouvidos, devem adaptar-se às determinações, ou seja, são meros objetos do processo. É 
uma espécie de desconfiguração do caráter histórico e da historicidade, próprias da existência 
humana. 
No terceiro capítulo da referida obra, Freire explica que a dialogicidade é a essência da educação 
como prática da liberdade. O diálogo deve estar presente em todos os momentos do processo 
ensinoaprendizagem, da busca e opção pelos conteúdos, métodos, temas geradores e seus 
significados até as relações homensmundo. 
No esforço de esclarecer bem o tema do diálogo, essencial à prática educativa em Paulo Freire, 
citaremos algumas frases de Pedagogia do Oprimido. 
“Quando tentamos um adentramento no diálogo como fenômeno humano, se nos revela algo 
que já poderemos dizer ser ele mesmo: palavra. Mas ao encontrarmos a palavra, na análise do 
diálogo, como algo mais que um meio para que ele se faça, se nos impõe buscar, também, seus 
elementos constitutivos” (FREIRE, 2006, p. 89). 
Aqui o diálogo revela-se como a essência da educação, sendo a dialogicidade um convite 
constante para o repensar e o refazer das nossas práticas pedagógicas centradas na formação 
integral da pessoa, vividas e experienciadas na temporalidade histórica. Ao pronunciar a palavra, 
pronunciamos o mundo e nos fazemos humanos e é na força da palavra que se concentram 
nossa ação e reflexão. 
[...]
Conclui o seu livro estabelecendo uma crítica radical à teoria da ação antidialógica, centrada 
na necessidade de conquista e na, ação dos dominadores, que preferem dividir para manter 
a opressão, deixar que a invasão cultural e a manipulação desqualifiquem a nossa identidade. 
Após tal crítica, apelas e interpelanos com um convite a unir para libertar, através da colaboração 
organização que nos conduzirão à síntese cultural, que considera o seu humano como ator e 
sujeito do seu processo histórico. [...]
BORGES, VALDIR. Pedagogia do Oprimido (Resenha). Revista HISTEDBR Online, v. 31, p. 211212, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005, 42. edição. 
Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/pffe/publicacao/5085/res03_31.pdf 
Ao longo do texto somos levados a conhecer a obra Pedagogia do Oprimido(1968) de 
Paulo Freire. Diante da estrutura do texto e do conceito de resenha apresentado neste 
capítulo, vejamos as seguintes alternativas: 
I. A presente resenha foi feita por Paulo Freire em homenagem a Valdir Borges, 
des¬tacando toda a sua obra, como se espera em uma resenha. 
II. A resenha serve para apresentar um texto-base (Pedagogia do Oprimido) aos leitores, 
o livro é de Paulo Freire e a resenha da autoria de Valdir Borges.
III. Na resenha há elementos descritivos, quando Borges expõe trechos do livro e o 
conteúdo dos capítulos, a presença da descrição é uma característica desse tipo de 
escrita acadêmica. 
IV. Os elementos intertextuais relação quando em um texto é citado outro texto que 
já existe são comuns em resenhas, mas não aparecem com frequência no texto em 
apreciação, mas o leitor é convidado a pensar em temas como Antropologia e temas 
como a ética, assunto próprio da Filosofia. 
V. Ao longo da leitura o leitor consegue captar sucintamente elementos ligados ao 
contexto, o tempo em que a obra foi produzida, a discussão proposta pelo autor, além 
49
do enredo e do contexto da obra, caraterísticas que são próprias da escrita de uma 
resenha. 
 
Diante do exposto, quais elementos identificam que trata-se de uma resenha? 
a) I.
b) I, III, V.
c) II, III, V.
d) II, III, V.
e) II, III, IV, V.
5. Célia, aluna de Matemática do polo de Novo Hamburgo (RS), está buscando mais 
informações sobre o conceito de fichamento e selecionou alguns trechos de textos diversos. 
Qual desses trechos melhor identifica o conceito de fichamento?
a) “[...] É um método de pesquisa pessoal [...]. Sua função é de organizar ideias através do 
material consultado para a realização de uma pesquisa.” (FRANCELIN, 2016, p. 122).
b) “[...] uma seleção de fragmentos centrais de um texto, transcritos por um aluno 
interessado somente em cumprir uma atividade proposta pelo professor de determinada 
disciplina [...]”. (SILVA; BESSA, 2011, p. 02).
c) Não é algo simples ou um pouco mais encorpado, [...] deve ser coletivo reunindo várias 
obras, facilitando o entendimento, e futuramente, ao reaver os pontos chaves das obras [...]. 
(AMARANTE; DILL; NAVARINI, 2020).
d) O fichamento não contribui para o estudo [...] para a pesquisa e tampouco para a 
conStrução do conhecimento científico. (BRITO, 2019).
e) A prática do fichamento não auxilia o estudante, pois ele perde muito tempo com esse 
exercício. 
6. André, aluno do polo de Balneário Arroio do Silva (SC), decidiu realizar um fichamento 
de um texto que, futuramente, será utilizado por ele na escrita de seu artigo de conclusão 
de curso. Seus colegas lhe deram cinco sugestões distintas de como realizar a produção do 
fichamento. Qual delas é a correta?
a) André não deve focar na construção de um fichamento, esse exercício tomará muito 
tempo e não irá colaborar com a futura escrita do artigo. 
b) André pode ler apenas e a introdução e conclusão do texto e fazer a seleção de informações 
como a referência bibliografia do texto, trazendo dados bibliográficos, uma breve síntese 
do conteúdo, algumas citações diretas ou indiretas sobre o tema e, por fim, comentários e 
considerações suas sobre o texto lido. 
c) André pode simplesmente sintetizar as ideias principais do autor, uma pequena lista de 
ideias é o suficiente. 
d) Ao passo que lê a obra, André pode, em um documento virtual ou em um caderno 
específico, fazer a seleção de informações como a referência bibliográfica do texto, trazendo 
dados bibliográficos, uma breve síntese do conteúdo, algumas citações diretas ou indiretas 
sobre o tema e, por fim, comentários e considerações suas sobre o texto lido.
e) Ao passo que lê a obra, André pode fazer a seleção de informações como a referência 
bibliográfica do texto e trazer dados bibliográficos. Esse esquema é o suficiente para um 
50
fichamento. 
7. Alguns autores trabalham com noções da existência de diversos tipos de fichamentos, 
aqui optamos por pensar nas modalidades de fichamento de resumo e de fichamento de 
citações. Sobre esses dois tipos podemos dizer que: 
a) O fichamento de resumo e de citações são tipos de fichamentos antiquados que devem 
ser superados por leituras mais breves, sem necessidade de registro por parte do graduando. 
b) Os fichamentos de resumo e de citações são necessários à construção de um bom 
trabalho acadêmico. O primeiro trata de um conjunto sintético e seletivo das ideias do texto, 
com destaque para suas articulações e conexões, enquanto o fichamento de citações trata 
de uma seleção de citações do texto-base de modo a privilegiar as ideias gerais do texto. 
c) No fichamento de citações é possível fazer uma série de citações de outros autores, 
enquanto o fichamento de resumo não tem cunho de aprendizagem para o graduando, 
por ser muito breve e sintético.
d) O fichamento de citações não precisa ser fiel ao texto base.
e) O fichamento de resumo é uma oportunidade de expandir a leitura do texto, enquanto 
o fichamento de citações é somente uma cópia do original, sendo um caso de plágio. 
8. Os alunos de Letras/Português do polo Jaguaruana (CE) estão se preparando para 
uma comunicação científica oral. Com base na leitura de nossa apostila, quais sentenças 
identificam elementos necessários para a execução dessa apresentação.
I. A comunicação científica oral é precedida pela pesquisa, sendo assim, espera-se que 
o comunicador tenha familiaridade e conhecimento sobre os temas tratados. 
II. A comunicação científica oral é o início de qualquer pesquisa, sendo assim, o 
pesquisador não precisa se preocupar com informações precisas e pode improvisar 
sem prejuízos ao conteúdo. 
III. O estudo e o treino em voz alta podem ser elementos importantes para uma 
preparação prévia da apresentação.
IV. Construir um roteiro que ampare o tema, o problema, a justificativa, os objetivos, 
a metodologia e os resultados é de extrema importância para uma comunicação 
científica oral. 
V. Apresentar-se é um talento e, por isso, não há dicas para os alunos, aqueles que 
tiverem talento irão desempenhar bem a comunicação científica oral. 
Agora escolha a alternativa que identifica as sentenças escolhidas. 
a) II, V.
b) I, II.
c) I, III, IV.
d) IV, V.
e) II, IV.
51
PLANEJAMENTO DA PESQUISA 
CIENTÍFICA 
UNIDADE
04
52
4.1 FORMULAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
 DE PESQUISA 
 No capítulo anterior aprendemos alguns modos de produção de resumo, fichamen-
to e resenhas, dentre outros temas. Agora é tempo de pensarmos na formulação de textos 
acadêmicos autorais, escritos com base em um investimento maior de leitura e análise crí-
tica e escrita pelo autor. Para esse exercício, é necessário, inicialmente, que o pesquisador 
conheça seu tema e seu problema de pesquisa. 
 No início, o pesquisador, provavelmente, fará considerações gerais como: “Interes-
same estudar o conceito de cerrado”; “gostaria de estudar um tópico ligado a etnomate-
mática”; “Acredito que é possível ampliar os estudos de caso sobre meio ambiente nas au-
las de Ciências”, “Me interesso pelo debate sobre a mecânica clássica” etc. A partir dessas 
ideias gerais e amplas o pesquisador chegará ao seu tema. Nesse momento é importante 
não confundir o tema com o problema, pois o segundo é um recorte mais elaborado do 
primeiro. 
 Escolhido o tema, se inicia uma fase de leituras sobre o tema e também sobre ques-
tões teóricometodológicas, cabendo aqui o diálogo com outros colegas, professores e 
pesquisadores que compartilhem interesses sob os mesmos temas. Aqui o compartilha-
mento e a troca são essenciais para o crescimento da ideia e do projeto.
 Com isso, após a definição de um tema, o problema de pesquisa começa a se definir. 
No momento da construção do problema de pesquisa é importante ter em conta que ele 
deve ser exposto na forma de uma pergunta que deverá estar assentado sob as dimen-
sões de tempo, espaços e em um dado universo de análise (CARDOSO, 1998). Este formato 
é mais acessível para o pesquisador e seus futurosleitores, pois, todos poderão encontrar o 
foco do estudo em uma apresentação objetiva e direta. 
 Recomenda-se que o pesquisador seja claro, conciso e preciso evitando qualquer 
malentendido e expressões ambíguas na escrita do problema, afinal, o impacto negativo 
dificulta a execução da pesquisa (CARDOSO, 1998). Uma escrita fácil, econômica e clara é 
um trunfo para qualquer pesquisador. Escrever com palavras difíceis não é sinônimo de 
erudição, o que pode ocorrer é o afastamento dos leitores. 
 Por se tratar de um problema, espera-se que ele tenha uma solução viável ao lon-
go da pesquisa por meio de uma metodologia específica. Todo e qualquer problema de 
pesquisa precisa ser testável por métodos (relembre as 11 classificações técnicas aprendi-
das no tópico 2.5). Sem dúvidas uma delas auxiliará você na resolução do seu problema de 
pesquisa. 
 Além disso, um problema de pesquisa deve respeitar, antes de tudo, o tempo de 
execução e as possibilidades do pesquisador. O prazo da instituição e o tempo individual 
que o investigador dispõe para a construção de sua pesquisa devem ser encarados como 
variáveis na construção do problema. Por exemplo, uma pesquisa que demanda entre-
vistas a 40 professores dificilmente poderá ser realizada em um prazo de seis meses ou a 
discussão crítica de 900 problemas de álgebra não se realizará em um ano. 
 Com esses exemplos queremos dizer que a pesquisa se tornará parte da rotina do 
pesquisador por um determinado período de tempo e, por isso, o melhor a se fazer é pen-
sar com qualidade seu problema de forma que ele seja exequível. Por isso, delimitálo e 
pensar com qualidade no tempo de execução é fundamental. 
53
 Além disso, é importante que o pesquisador traga seu ponto de vista na escolha do 
tema e do problema, afinal, a pesquisa deve carregar consigo elementos de interesse do 
autor. Todo esse processo de decisão do tema e do problema de pesquisa sempre deve res-
peitar os direitos humanos e as identidades da pessoa humana, evitando-se preconceitos e 
julgamentos de ordem moral. Com isso o pesquisador estará respeitando as coletividades 
e cumprindo o seu papel ético, tal como citado no primeiro capítulo. 
 Feitas essas considerações, vejamos alguns problemas de pesquisa hipotéticos
EXEMPLO 5:
“O que a bibliografia acadêmica produzida no Ceará discutiu sobre relações étnicoraciais em 
2013, ano em que a lei 10.639 completou 10 anos?”
“Qual é a representação do aluno na obra “Imagens Quebradas: Trajetórias e tem¬pos de alunos 
e mestres” (2017) de Miguel Arroyo”? 
 Note-se que eles estão estruturados na forma de perguntas, são concisos e claros em 
seus elementos. O primeiro exemplo localiza-se em uma dimensão de tempo que remete 
ao ano de 2013 como aniversário de uma década da lei brasileira 10.639 (que estabelece as 
diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensi-
no a obrigatoriedade da temática “História e Cultura AfroBrasileira”). Sendo o universo de 
análise, a metodologia da pesquisa, uma investigação sobre a bibliografia acadêmica pro-
duzida no estado do Ceará (CE) que pensou as relações étnicoraciais em 2013, com base na 
lei 10.639.
 O segundo problema de pesquisa encara a representação do aluno como tema e 
encontra na obra “Imagens Quebradas: Trajetórias e tempos de alunos e mestres” (2017) de 
Miguel Arroyo seu espaço de análise. Aqui, provavelmente, o pesquisador deverá fazer uma 
escolha metodológica de base bibliográfica de modo a vasculhar os modos como o aluno 
é apresentado na obra. 
 Notem que os modos de fazer podem ser variados, sendo a síntese para a constru-
ção do problema de pesquisa, uma pergunta que contenha um anúncio sintético e claro 
sobre aquilo que se quer pesquisar. Superado esse tópico, o pesquisador já tem um norte 
de como executar seu caminho rumo à construção de bibliografia. 
4.2 CONSTRUÇÃO DA BIBLIOGRAFIA
 Esse é um momento importante e indispensável, pois, o pesquisador irá a fundo na 
busca por trabalhos de referência com os quais possa dialogar na resolução de sua inves-
tigação. Aqui sugerimos buscas virtuais e/ou em bibliotecas físicas, selecionando livros, 
artigos, revistas acadêmicas e outros materiais que possam colaborar com a construção 
de um diálogo sobre os temas tratados.
54
As plataformas de busca que podem ser utilizadas nessa etapa de pesquisa são muitas e 
boa parte delas é gratuita e de acesso livre. Pesquise em plataformas como:
BUSQUE POR MAIS
Biblioteca Pearson. 
Disponível em: https://bit.ly/3cjgHmE. Acesso em: 20 dez. 2020. 
Minha Biblioteca Única. 
Disponível em: https://bit.ly/3lLLueG. Acesso em: 20 dez. 2020. 
Google Acadêmico. 
Disponível em: https://bit.ly/31iChB2. Acesso em: 20 dez. 2020. 
SciELO. 
Disponível em: https://bit.ly/3sjf4KV. Acesso em: 20 dez. 2020. 
Sem dúvidas, obterá resultados significativos em seus levantamentos. Evite sites de pesqui-
sa escolar e aqueles com conteúdo editáveis por pessoas não especializadas, com isso você 
poupa tempo e evita conteúdos que, muitas vezes, podem estar carregados de equívocos ou 
com leituras pouco densas.
O Google Scholar ou Google Acadêmico é um mecanismo de pesquisa gratuito e acessível 
que reúne e organiza textos completos da literatura acadêmica em uma extensa variedade 
de formatos de publicação. 
SciELO (SciELO – Scientific Electronic Library Online) é uma biblioteca digital de publicação 
digital de periódicos científicos brasileiros, apoiada por distintas instituições de pesquisa, ela 
trata-se de um repositório com revistas e artigos acadêmicos de livre acesso e excelente qua-
lidade. 
GLOSSÁRIO
 Os pesquisadores que tiverem condições de pesquisa em bibliotecas físicas podem 
fazer buscas presenciais com auxílio de bibliotecários e profissionais habilitados no uso de 
plataformas próprias de cada instituição. Contudo, tendo em vista a ausência desses espa-
ços em muitas cidades, as bibliotecas virtuais podem ser uma alternativa de qualidade e 
colaboram com a construção de um rico trabalho. 
 Uma vez que o pesquisador acessa a plataforma, se impõe a questão: “Afinal, o que 
pesquisar?” Os modos de busca são simples e são feitos por palavras ou expressões, as 
chamadas palavras-chave. As técnicas para essa busca são simples e podem ser facilitadas 
pelas seguintes técnicas: 
 Use aspas para palavraschave e frases que deseja buscar. Suponhamos que você 
digite “educadora Maria Montessori”, por exemplo, os sites de busca identificam que você 
está interessado exatamente nesta expressão. Por isso, os resultados apresentados vão 
apontar para respostas com essa expressão exata. Caso não tenha obtido sucesso na pes-
55
quisa, pense na possibilidade de fazer variações da frase, expressão ou na opção por pala-
vras. O que vale aqui é a criatividade do pesquisador no seu olhar para o tema. 
 Alguns símbolos podem ser úteis no processo de pesquisa, por exemplo, o uso de as-
pas entre as palavras pesquisadas. Esse recurso auxilia na inclusão de termos necessários 
à sua pesquisa. Quando se digita “educadora Maria Montessori”, entre aspas, o portal volta-
-se para buscas que incluam a expressão completa, facilitando com isso a sua pesquisa. 
 Com base no mesmo exemplo, possivelmente você encontrará biografias e mate-
riais diversos sobre a educadora italiana, mas também pode se deparar com anúncios de 
escolas com esse nome ou que trabalhem com a metodologia montessoriana. Para evitar 
esse contratempo, você pode fazer uso do hífen como uma ferramenta de exclusão. 
 Se você digitar Maria Montessori escola, com hífen unido a palavra seguinte, os re-
sultados de pesquisa serão apresentados excluindo menções a propagandas de escolas. 
Esse método pode ser aplicado para evitar que sua pesquisa seja repleta de elementos que 
não interessam em seu levantamento. Caso utilize a mesma expressão com hífen separa-
do da palavra seguinte, Maria Montessori escola, os resultados irão acolher referências de 
escolas que empregam a metodologia montessoriana. 
 Outroimportante recurso é a filtragem dos resultados, exercício que você poderá 
fazer por meio da barra de pesquisa dos mais diversos sites de pesquisa, em que você po-
derá selecionar o idioma e a data de publicação, por exemplo (DE SORDI, 2017; GIL, 2018). 
Esse mesmo processo pode ser feito manualmente mediante uma seleção analítica de 
cada site e/ou material que se apresentar para o pesquisador.
 De modo geral, os resultados podem ser extensos ou curtos, essa variação será dada 
pelo tema. É importante dizermos que dificilmente um pesquisador conseguirá dialogar 
com toda a bibliografia sobre o tema nem deve ser essa a sua preocupação ao contrário, 
espera-se que ele faça uma seleção coerente e que seja útil e passível de sistematização, 
organização e leitura. Novamente o tempo de execução da pesquisa e individual se im-
põe e nos lembram que uma pesquisa de seis meses demanda uma certa quantidade de 
leitura e diálogo e que essa mesma quantidade pode não ser suficiente se o pesquisador 
estiver escrevendo uma tese, que tem uma média de 3 anos e meio até quatro anos. O ba-
lanceamento e a organização aqui são essenciais.
Quer aprofundar suas leituras para elaboração da bibliografia e mais detalhes sobre como 
construir seu projeto de pesquisa? 
BUSQUE POR MAIS
Veja o livro “Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em educação, 
saúde e ciências sociais” (BELL, 2008) 
Disponível em: https://bit.ly/2PMbB9L. Acesso em: 23 mar. 2021. 
É de outra área de estudo? Leia: “Desenvolvimento de projeto de pesquisa” (DE 
SORDI, 2017). Disponível em: https://bit.ly/3rX2rV7. Acesso em: 23 mar. 2021.
56
4.3 OBJETIVO(S) DA PESQUISA
 Não há uma hierarquia que exija só a presença de livros ou só a presença de arti-
gos em uma pesquisa, essa escolha fica à cargo do pesquisador. Lembrando que cada um 
desses suportes carrega consigo limites e possibilidades, sendo os livros mais densos e os 
artigos mais enxutos e breves. Além disso, é recomendável utilizar-se autores reconheci-
dos no trato com a temática e, a menos que o autor esteja tratando de temas de ordem 
histórica, é recomendado a utilização de textos, livros e artigos com menos de cinco 
anos, dado o avanço e a inovação no trato com o tema de pesquisa (DE SORDI, 2017). Seja 
como for, o que mais importa é a maneira consciente e consistente com a qual o pesquisa-
dor dialoga com esse acúmulo teórico. 
 Em meio a artigos e trabalhos diversos é importante que o pesquisador selecione 
categorias para a leitura, assim ele facilita seus esforços de pesquisa e conduz com mais 
qualidade seu olhar para o material (CARDOSO, 1998). Avaliamos que algumas categorias 
possíveis são 1) Obras sobre o tema; 2) Obras sobre teoria e metodologia; 3) obras que 
dialoguem com o problema. Outras divisões podem ser incluídas aqui conforme a von-
tade, disponibilidade e necessidade do pesquisador. Lembre-se, não há quantidade fixa e 
nem quantidade certa, o importante é pensar em uma pesquisa que seja executável con-
forme a disponibilidade de tempo oferecida pela instituição ao pesquisador.
 Definido o tema, o problema e realizada a construção da bibliografia, é hora de se 
pensar nos objetivos da pesquisa. Importante dizer que eles são divididos em objetivo ge-
ral e objetivos específicos. No que compete ao objetivo geral, ele trata-se da apresentação 
de uma frase que define aquilo que se pretende estudar (GIL, 2018). Serão ações que da-
rão espaço para se responder ao problema de pesquisa. 
 Vejamos o exemplo de problema de pesquisa tratado no início do capítulo: “Qual é 
a representação do aluno na obra “Imagens Quebradas: Trajetórias e tempos de alunos e 
mestres” (2017) de Miguel Arroyo”?. Com base nele, podemos sugerir que o objetivo geral 
seja:
Figura 2: Exemplo do tratamento de problema
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
 Diante deste exemplo, é possível notar que o objetivo geral expressa uma intenção 
geral da pesquisa (GIL, 2002). Sendo sua exposição iniciada por um verbo no infinitivo que 
associado a um complemento/finalidade da pesquisa e sucedido pelo espaço/objeto em 
que a pesquisa se dá colabora com um entendimento mais amplo dos interesses do pes-
quisador.
57
Na construção de um objetivo geral deve-se buscar verbos no infinitivo com sentidos gerais, 
tais como: analisar; identificar; compreender; estabelecer dentre outros. Para objetivos espe-
cíficos vale o uso de: apontar; caracterizar; conceituar; definir, por exemplo. 
FIQUE ATENTO
 Por outra parte, em um sentido mais restrito, temos os objetivos específicos. A esco-
lha destes deve passar necessariamente por uma pergunta direcionada para si próprio que 
é “De quais informações preciso para alcançar esse objetivo geral?”. A resposta deverá 
passar por elementos que colaborem com a delimitação do tema, de modo que o pesqui-
sador perceba-se detalhando os processos que pretende alcançar em seu trabalho. Com 
base no exemplo de objetivo geral: 
 Analisar a representação do aluno na obra “Imagens Quebradas: Trajetórias e tem-
pos de alunos e mestres” (2017) de Miguel Arroyo”.
 Alguns exemplos de objetivos específicos podem ser: 
EXEMPLO 6:
• Definir as interações da representação do aluno com a figura do professor.
• Relacionar a experiência da juventude com a figura do aluno.
• Caracterizar a relação entre as formas de ver os alunos e a cultura escolar.
 Assim, temos que os objetivos específicos auxiliam na construção de uma apresen-
tação mais detalhada dos resultados que se pretende alcançar. É possível pensar que cada 
um desses objetivos específicos pode estar contido em tópicos em um artigo ou podem 
ser componentes de capítulos de uma monografia ou outro trabalho acadêmico. Em meio 
a isso, lembre-se, seja com seu objetivo geral ou específico é necessário escrever de 
modo que mesmo uma pessoa não especializada, tenha condições de entendimento.
58
FIXANDO O CONTEÚDO
1. Celso, aluno do polo Anajatuba (MA), está começando sua pesquisa para a fina-lização do 
seu curso de graduação em Educação física. O estudante está ciente de que para começar 
esse processo ele deve seguir alguns passos para o bom planejamento da pesquisa. Sendo 
assim, vejamos as anotações feitas por ele:
I. Construir o problema de pesquisa. 
II. Pesquisar e construir bibliografia sobre o tema e o problema de pesquisa. 
III. Escolher o tema de pesquisa.
IV. Construir o objetivo geral. 
V. Construir o objetivo específico. 
A sequência correta de planejamento da pesquisa é:
a) I, II, V, III, II.
b) III, II, I, IV, V.
c) III, I, II, IV, V.
d) V, II, I, III, IV.
e) IV, I, V, III, II.
2. Considerando nossos estudos sobre tema e problema de pesquisa, vejamos o resumo a 
seguir: 
Este artigo objetiva narrar experiências com a educação física na Educação Infantil, as quais foram 
desenvolvidas por alunos estagiários do curso de Licenciatura em Educação Física numa Escola 
Municipal de Educação Infantil (Emei) localizada na cidade de Campinas, SP. As propostas de tra-
balho foram inspiradas, sobretudo, na abordagem críticosuperadora da Educação Física, revelando 
que é possível pensarmos ações no âmbito da Educação Infantil diferentes das abordagens predo-
minantes em nossa área e que tenham como princípios: a consideração das crianças como seres 
históricos que se constituem nas relações sociais e a dimensão sóciohistórica dos conhecimentos.
Fonte: AYOUB, Eliana. Narrando experiências com a educação física na educação infantil. 
Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 26, n. 3, 2005.
Feita a leitura deste resumo, escolha a alternativa que identifica a opção que identifica 
corretamente o tema e o problema da pesquisa descrita: 
a) Tema: Dimensões sóciohistóricas dos conhecimentos / Problema: Qual a situa¬ção de 
uma escola municipal de educação infantil (Emei) localizada na cidade de Campinas, SP?
b) Tema: Abordagem críticosuperadora / Problema: Qual o lugar da Educação Infantil na 
Educação Física?
c) Tema: Crianças na Educação Infantil / Problema: A Educação física.d) Tema: A Cidade de Campinas (SP)/ Problema: Crianças como seres históricos. 
e) Tema: Educação Física na Educação Infantil/ Problema: Quais as experiências desen-
volvidas por alunos estagiários do curso de Licenciatura em Educação Física numa Escola 
59
Municipal de Educação Infantil?
3. Uma matéria no jornal Diário do Nordeste traz um depoimento em que um estudante 
diz que conseguiu: 
“[...] concluir mais uma cadeira, de estatística. Concluí três, mas tranquei oficialmente outras três. 
No momento, estou trabalhando e desenvolvendo uma revisão bibliográfica para meu primeiro ar-
tigo”. Atualmente, a estudante faz uma disciplina e trabalha em um restaurante exercendo diversas 
funções.”
Fonte: NASCIMENTO, T. Trancamento de matrículas cresce e 5,7 mil alunos de universidades públicas param cursos 
na pandemia. Diário do Nordeste, 20 de dezembro de 2020. Metro, Disponível em: <https://diariodonordeste.verdes-
mares.com.br/metro/trancamentodematriculascrescee57milalunosdeuniversidadespublicasparamcursosnapande-
mia1.3024688> Acesso em: 10 de jan. 2020.
Sabemos que a vida dos estudantestrabalhadores é desafiadora e desgastante, mas, o que 
nos interessa nessa questão é saber detalhes sobre a revisão bibliográfica. Sendo assim, 
qual das alternativas melhor identifica os modos de fazer essa etapa da pesquisa acadê-
mica: 
 
a) Consultas a sites editáveis por qualquer internauta são boas fontes para uma revisão bi-
bliográfica, pois são de leitura dinâmica e podem auxiliar uma pesquisa acadêmica.
b) A revisão bibliográfica é opcional em uma pesquisa, por isso, não é preciso que o pes-
quisador gaste seu tempo. 
c) A revisão bibliográfica é obrigatória, mas pode ser realizada somente com a opinião do 
autor, não sendo necessário dialogar com outras pesquisas. 
d) Uma revisão bibliográfica deve ser um processo de investigação em bibliotecas físicas 
e digitais com vistas a reunir trabalhos que possam auxiliar no entendimen¬to de um de-
terminado tema. Os critérios de busca devem ser decididos pelo pesquisador para melhor 
aproveitar essa etapa de pesquisa.
e) Uma revisão bibliográfica é uma investigação em que o pesquisador deve encontrar 80 
referências sobre o tema pesquisado. 
4. Sabrina, aluna do polo Buriticupu (MA), está em dúvidas em quais sites deve pesquisar 
para conseguir realizar sua revisão bibliográfica. Qual alternativa abaixo identifica a alter-
nativa correta para esse processo: 
a) Sabrina deve fazer sua revisão bibliográfica com o suporte de agências de notícias virtu-
ais, afinal, a informação é sempre atualizada. 
b) Sabrina deve pesquisar em sites confiáveis como o Google Acadêmico, SciELO e nas 
bibliotecas digitais Pearson e na Minha Biblioteca, com isso ela terá uma diversidade de 
materiais e possibilidades de pesquisa. 
c) Sabrina deve pesquisar em quaisquer sites, afinal, se está na internet é porque o conte-
údo é verdadeiro e pode ser reproduzido em uma pesquisa acadêmica. 
d) Sabrina pode fazer sua pesquisa somente com um livro, sendo ele de qualquer tema, 
essa escolha facilitará seu trabalho.
e) Sabrina deve pesquisar somente em redes sociais, podendo encontrar lá o material ne-
cessário para sua revisão de bibliografia. 
60
5. Luana, aluna do polo Urucará (AM), tem que completar o seguinte trecho com as pala-
vras faltantes: 
O objetivo geral refere-se a uma visão _______ e _________ do tema de pesquisa. Ele está re-
lacionado com o conteúdo intrínseco dos fenômenos, dos eventos ou das idéias estudadas 
(LAKATOS; MARCONI, 1992).
OLIVEIRA, M. F. de. Metodologia científica: um manual para a realização de pesquisas 
em Administração. Universidade Federal de Goiás. Catalão GO, 2011.
Para auxiliar os estudos de Luana, com base em nossos conhecimentos sobre o conceito 
de objetivo geral, qual alternativa melhor identifica as lacunas: 
a) específica e objetiva
b) atenta e alargada
c) global e abrangente
d) normal e complementar 
e) local e redundante
6. O objetivo específico pode ser caracterizado como: 
a) Um processo de seleção de bibliografia com atenção aos aspectos específicos de uma 
dada pesquisa científica. 
b) É uma forma de anunciar a ideia central de um trabalho acadêmico. 
c) Um elemento da pesquisa científica que promove e divulga o trabalho científico. 
d) Trata-se de um processo similar ao problema de pesquisa, sendo mais abrangen¬te em 
sua abordagem. 
e) Um elemento da pesquisa científica que promove o estreitamento do objeto de traba-
lho e suas especificidades. 
7. Considerando as reflexões sobre objetivo geral e específicos, avalie as afirmações a se-
guir.
I. “Toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar e 
o que se pretende alcançar” (MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 158 159)
II. “Os objetivos gerais são pontos de partida, indicam uma direção a seguir, mas, na 
maioria dos casos, não possibilitam que se parta para a investigação. Logo, precisam 
ser redefinidos, esclarecidos, delimitados. Daí surgem os objetivos específicos da pes-
quisa.” (MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 249).
III. “Toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar e 
o que se pretende alcançar.” (MARCONI; LAKATOS, 2002, p. 24).
IV. Os objetivos específicos estão ligados a uma visão global e abrangente do tema.
V. Os objetivos dividemse em gerais, pessoais e específicos. 
Sobre as particularidades dos objetivos geral e específicos, é correto o que se afirma so-
mente em:
a) IV e V.
b) II, III e V.
61
c) V e I.
d) I, II e III.
e) IV e II.
8. Considere os dois agrupamentos abaixo:
I. Tema de pesquisa
II. Problema de pesquisa
III. Construção de bibliografia
IV. Objetivo geral
V. Objetivo específico
( ) Expõe de forma ampla o escopo da pesquisa em curso. 
( ) Pergunta que tem por finalidade colaborar com o aprofundamento de um tema sele-
cionado previamente para uma pesquisa acadêmica.
( ) Mais reduzido, caracteriza o percurso para que seja possível solucionar o objetivo mais 
amplo. 
( ) Trata-se do assunto que se deseja estudar e pesquisar. 
( ) É um momento de pesquisa e seleção de materiais bibliográficos, com objetivo de su-
prir as necessidades de informação sobre um dado tema de investigação. 
 
Segundo o que aprendemos ao longo da presente unidade, a correlação correta entre os 
dois agrupamentos é:
a) I d; II b; III e; IV a; V c. 
b) II d; I b; III e; V a; IV c.
c) V d; IV b; I e; II a; III c.
d) IV d; III b; II e; I a; V c.
e) III d; V b; IV e; II a; I c.
62
PLANEJAMENTO DA PESQUISA 
CIENTÍFICA II
UNIDADE
05
63
5.1 INTRODUÇÃO DO TRABALHO ACADÊMICO
 Aprendemos no capítulo anterior a estruturar o tema, o problema, a bibliografia e os 
objetivos de uma determinada pesquisa. Cientes desses modos de fazer, agora aprende-
remos como mobilizar os elementos aprendidos em um texto acadêmico, pensando em 
cada uma de suas partes. 
 Para isso, vamos começar pela introdução que é o cartão de visitas da pesquisa 
acadêmica, uma forma de convidar o leitor para conhecer seu trabalho. Ela deve fornecer 
suporte para as demais etapas do seu texto apresentando em seu escopo os interesses do 
pesquisador e um registro, de modo breve, sobre aquilo que foi construído no estudo (AS-
SOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011).
 Com linguagem clara e concisa, a introdução não deve ocupar mais do que uma ou 
duas páginas no caso de artigos acadêmicos, sendo essa quantidade variável em disserta-
ções e teses. Seja ela mais curta ou alargada, espera-se que ela contenha alguns elementos 
principais, como os que selecionamos no quadro abaixo: 
 A partir do quadro acima, temos um caminho 
possível para se construir uma introdução. Nela o pes-
quisador deve redigir alguns parágrafos de uma apre-
sentação geral sobre seu tema, seguido pelo anúncio 
do problema de pesquisa e dos objetivos. Com isso, o 
leitor já se sentirá mais próximo do tema tratado no 
texto e, por extensão, mais convidado ao debate. 
 Na sequência devem ser apresentados elemen-
tos do referencialteórico. Em outros termos, nesse 
momento o autor deve apresentar uma breve apre-
sentação das ideias com as quais irá dialogar ao lon-
go do trabalho. Importante dizer que “[...] não há lugar 
para revisão extensiva sobre o que foi publicado sobre o 
assunto.” (PEREIRA, 2012, p. 675). Aqui é preciso referen-
Figura 3: Elementos indispensáveis para 
uma introdução
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
ciar os autores e suas ideias e, ao final da exposição, é importante registrar o comentário 
do pesquisador como forma de demonstrar sua inserção no tema. Esse tema será melhor 
desenvolvido nos próximos tópicos do capítulo. 
 Logo após, pede-se que o pesquisador exponha a relevância ou justificativa de sua 
pesquisa. Ela pode ser expressa em termos de relevância social e/ou relevância científica 
(CARDOSO, 1998). A primeira demonstra o interesse do pesquisador em pensar questões 
que afetam seu tempo, sua profissão e a sociedade em geral ou setores específicos dela. 
 Em termos de relevância científica, é importante dizer que as múltiplas áreas do 
conhecimento contam com avanços teóricos e interpretativos e que, por isso, estabelecer 
um lugar dentro desse universo de possibilidades pode ser um caminho para desenvolver 
tal argumento de relevância. Lembrando que nenhuma delas é obrigatória, e sua expres-
são no texto é o resultado das conexões que o pesquisador realiza com o tempo presente 
e com a ciência que produz. 
 Por último, pede-se que o autor demonstre o percurso do texto, isso facilita a visua-
lização do leitor sobre todo o conteúdo. Vejamos um exemplo: 
64
EXEMPLO 7:
O presente artigo está subdividido em três partes. Na primeira parte, procuramos passar pela 
questão mais ampla que envolve gênero, refletindo sobre conceitos e movimentos nas ciências 
humanas e sociais. Na segunda parte, adentramos nas questões relativas às pesquisas com os 
índios Guarani/Kaiowá, Kadiwéu e Terena, efetuando uma contextualização de aspectos especí-
ficos das práticas culturais de cada uma destas etnias. Por fim, na terceira parte do artigo, anali-
saremos relatos selecionados na pesquisa (GRUBITS, 2014, p. 118)
 Seja anunciando as partes tópicos ou capítulos, nesse momento o leitor terá um 
panorama do que será tratado nos próximos tópicos do trabalho acadêmico. Essa é uma 
forma de situar o que será desenvolvido, deixando o leitor ciente das escolhas de escrita e 
da linha de argumentação do autor.
5.2 REFERENCIAL TEÓRICO OU REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
A leitura de artigos acadêmicos pode ser um bom caminho para inspiração na escrita de uma 
introdução. Que tal fazer esse exercício? Quais similaridades e diferenças você observa? Qual 
recurso você utilizaria na sua escrita? Pense nessas questões.
VAMOS PENSAR?
 Neste momento, nosso esforço é pensar na construção do referencial teórico (ou re-
visão bibliográfica) que é o conjunto de conhecimentos sobre o tema escolhido produzido 
por outros autores com os quais o pesquisador irá estabelecer diálogo crítico (GIL, 2018). A 
execução desse referencial é uma das formas principais de inserir a pesquisa em uma de-
terminada área de estudos. 
 Por isso, é papel do pesquisador ler, organizar e apresentar na forma escrita esses 
debates, sempre seguido por uma análise sua. O referencial teórico está diretamente rela-
cionado à seleção que ele fará do significado dos conceitos-chave tratados durante sua 
pesquisa.
 Sobre os conceitos-chaves, suponhamos o problema de pesquisa hipotético intitu-
lado: “Qual o papel do pedagogo nas escolas indígenas no município de Almeirim (PA)?”, 
no contexto de uma revisão de literatura o objetivo deve ser circunscrever os conceitos a 
serem trabalhados para que assim, seja possível executar a revisão de literatura. 
 No problema de pesquisa em apreciação podemos destacar que o conceitochave é 
“O papel do pedagogo”, sendo possível mapear trabalhos que se dediquem à formação do 
pedagogo, atividades da profissão, modos de execução da profissão no ambiente escolar. 
Outra ideia possível é pensar a expressão “Escolas Indígenas”, com destaque para o que 
são, como são, dados gerais sobre escolas indígenas, legislação sobre escolas indígenas 
Além destas, é possível destacar a palavra “Almeirim”, que levará o pesquisador a apresen-
tar a delimitação do espaço geográfico; características da cidade que dialoguem com a 
questão indígena (aspectos econômicos e socioculturais); número de escolas indígenas. 
 Com isso temos um exemplo de como se pode estruturar a investigação das concei-
65
to-chave de um problema de pesquisa e, por extensão, é possível encontrar caminhos para 
o início de uma revisão bibliográfica (LOPES, 2006). 
 O bom caminho para a construção do referencial teórico é que o pesquisador apre-
sente de forma clara e sucinta suas escolhas conforme seu tema, problema e suas leitu-
ras de bibliografia. Caso contrário, estaremos diante do que muitos pesquisadores fazem, 
quando apresentam uma revisão bibliográfica do as-sunto sem qualquer consideração 
crítica, o que esvazia o sentido dessa etapa de pesquisa. 
 Vejamos a seguir um trecho de uma revisão bibliográfica de uma monografia cujo 
tema era a indisciplina e o problema tratava-se de entender as formas de construção dos 
limites no Ensino Fundamental I. Repare nos elementos citados anteriormente e como 
eles encontram-se dispostos no conteúdo em apreciação. Acompanhe na sequência:
EXEMPLO 8:
1 REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 Compreendendo a indisciplina 
 Segundo o mini dicionário Aurélio (2002), entende-se por “indisciplina” o ato ou 
dito contrário à disciplina. Vasconcelos (2004) assim destaca o termo “disciplina”: “[...] dis-
ciplinar corresponde à adequação a sociedade existente; significa, pois, inculcação, do-
méstica”. 
 Para se trabalhar com o limite/disciplina na escola, é preciso começar analisando o 
porquê nas escolas de hoje existe a falta de limite nas crianças – pois fazem o que querem 
e ditam suas próprias regras. Tem-se aí uma inversão de papéis, tanto em casa quanto na 
escola. 
 Faz-se necessário na escola, o estabelecimento de regras, que devem ser cobradas 
e cumpridas por todos, evitando que o professor responda sozinho pelo comportamento 
do aluno, e que ao mesmo tempo possibilite que o aluno sintase seguro e orientado nas 
atitudes que deverá tomar, tendo consciência do comportamento que é desejado por 
seus educadores. 
 Para Azevedo (2002), a palavra “disciplina” vem do vocábulo discípulo, e significa 
seguidor de um mestre. O discípulo segue o seu mestre não porque tem uma punição, 
mas sim porque acredita que seu mestre está correto. Neste sentido, deve-se instigar a 
criança para que acredite que o que falamos tem fundamentos e é verdade, fazendo com 
que aquela regra seja respeitada e realizada para seu bem estar. 
 A obediência às regras deve ocorrer de maneira natural, como consequência do 
bom comportamento da criança, e não uma obediência por medo da punição – como é 
de costume ocorrer.
 Historicamente, a instituição escolar foi marcada pelo autoritarismo na escola, rela-
tado até mesmo por nossos pais – os tempos da “palmatória”, onde os professores eram 
temidos e usavam e abusavam deste tipo de artifício para conseguir “respeito” e discipli-
na dos alunos. A grande incógnita para a maioria dos educadores atuais é o que deve ser 
feito para manter a disciplina e o bom comportamento em sala de aula. 
 Como é sabido, para que haja uma aprendizagem significativa, é preciso que exis-
ta disciplina, ou seja, deve existir certo limite estabelecido pelo professor na sala de aula. 
66
Disciplina sim, mas com moderação. Neste sentido, faz-se importante que as crianças de 
hoje respeitem os professores e as regras impostas pela escola. 
As crianças populares brasileiras não se evadem da escola, 
não a deixam porque querem. As crianças populares brasi-
leiras são expulsas da escola, não, obviamente, porque esta 
ou aquela professora, por uma questão de pura antipatia 
pessoal expulse estes ou aqueles alunos ou reprove. É a es-trutura mesma da sociedade que cria uma série de impas-
ses e de dificuldades, uns em solidariedade com os outros, 
de que resultam obstáculos enormes para as crianças po-
pulares não só chegarem à escola, mas também, quando 
chegam, nela ficarem e nela fazerem o percurso que têm 
direito (FREIRE, 1998, p. 35).
 Neste aspecto, a disciplina interior é muito importante em nossas vidas e no rela-
cionamento com o próximo. E, em sala de aula, tal aspecto torna-se ainda mais impor-
tante, devendo ser transmitido aos alunos de forma clara, nas condições que possibili-
tem a aprendizagem. A disciplina escolar é consequência da organização total da escola, 
ou seja, do modo como a escola está organizada, é também o reflexo da relação que se 
estabelece entre o professor e o aluno. 
 As crianças necessitam aderir às regras, e estas devem vir de professores que, jun-
tamente com as mesmas, devem formalizar tais regras, que devem ser apresentadas aos 
alunos no sentido positivo e negativo, ou seja, o que estes podem e não podem fazer, e 
cabe ao professor seguilas de forma que não voltem atrás nos ditames implantados em 
sua sala de aula. “O mais importante é dizerlhes algo que possa se cumprir, e não algo 
impulsivo ou sem sentido, que não vai surtir efeito” (AZEVEDO, 2002, p. 72).
 As regras devem ser acordos elaborados entre professores, juntamente com os alu-
nos, e deve beneficiar a todos, deixando claras a relação alunoprofessor. Portanto, para 
que se construa uma disciplina interativa, é necessário que os professores não somente 
apontem os erros dos alunos, mas que busquem subsídios que tenha como objetivo 
conscientizar as crianças para que estas tenham condições de analisar seu comporta-
mento e o que estão fazendo (se aquilo é certo ou errado). 
FREIRE, J. M. A indisciplina e a importância do limite nos anos iniciais (1º. ao 5º. ano) 
do Ensino Fundamental. 38 f. il. Monografia (Especialização em Coordenação Pedagógica) 
 Universidade de Brasília, Brasília, p.1113, 2013)
 Como se pode observar, o conceitochave proposto no trecho foi pensar a indisciplina 
e esse recurso facilitou a pesquisa e a elaboração da revisão bibliográfica. Vale dizer que os 
conceitos-chaves em uma revisão bibliográfica não são engessados, o pesquisador é livre 
para escolher aqueles que melhor se adequarem ao seu tema de pesquisa. 
 Ademais, retornando ao exemplo, o autor fez uso do verbete de dicionário que iden-
tifica o conceito, citações, direta ou indiretas dos autores lidos, em uma linguagem clara 
e concisa. É importante notar que as considerações do autor estão presentes de forma 
cuidadosa e respeitosa e, logicamente, qualquer crítica só pode ser bem realizada quan-
67
do o autor que escreve a revisão tem objetivos bem fundamentados (FIGUEIREDO, 1990).
 Além disso, existem algumas opções de organização de referencial que podem ser 
divididas em três tópicos. O primeiro é a organização cronológica dos textos em aprecia-
ção. Orientado pelas datas de publicação, o autor a medida que expõe as particularidades 
do texto e dialoga com elas, constrói uma linha temporal bem formada que colabora com 
o entendimento do desenvolvimento do debate e também com o entendimento do leitor 
sobre o tema (MOREIRA, 2004). 
 Outro método que pode ser empregado é o da exposição por meio dos conceitos. 
Em linhas gerais, trata-se de escolher um conceito e a partir das considerações da biblio-
grafias realizadas sobre ele, construir o referencial teórico (GIL, 2018). Nesse momento, vale 
empregar o conceito do dicionário explicando significados, formas de emprego do concei-
to dentre outros recursos similares. 
 Outra possibilidade é construir o referencial teórico por meio de modelos ou mé-
todos. O emprego desse modo é mais comum nas pesquisas quantitativas, em que o pes-
quisador deve vasculhar se a bibliografia selecionada apresenta probabilidades de com-
paração e que, ao mesmo tempo, mantenha-se em diálogo com o tema e o problema de 
pesquisa (FIGUEIREDO, 1990; GIL, 2018). 
 Imagine por exemplo a discussão de cultura escolar, existem autores que defendem 
aquela pautada em métodos libertários e outros que defendem uma postura mais enér-
gica e verticalizada. A construção de uma bibliografia baseada nesse debate, poderá apre-
sentar os modelos e métodos dos autores que discutem cada uma dessas vertentes. 
No referencial teórico ou revisão da literatura deve constar a base científica para o desenvol-
vimento do trabalho de pesquisa. Devem ser extraídas citações diretas e indiretas de outros 
pesquisadores que abordaram o problema a ser investigado. [...] sempre haverá algum co-
nhecimento prévio sobre o tema em questão. Essa etapa do projeto de pesquisa é importan-
te para o pesquisador formar uma linha de raciocínio consubstanciada no conhecimento de 
outros autores. Desse modo, ao concluir a pesquisa, poderá haver uma contribuição para o 
desenvolvimento do tema. O referencial teórico é o alicerce da pesquisa. (SILVA et al., 2004, 
p. 101)
FIQUE ATENTO
 Reforçamos que a escolha pelo modo de construção da revisão bibliográfica é livre 
e cada um dos modelos aqui expostos é uma oportunidade para melhor exposição do acú-
mulo de leitura e crítica feito pelo pesquisador. Lembrando que em todas as modalidades 
apontadas é necessário que se faça uso de um ou dois parágrafos finais que sintetizem a 
relação do referencial com o trabalho que se encontra em construção. 
 Concordamos com Figueiredo (1990) em sua análise sobre os papéis da revisão de 
literatura, sendo eles: relembrar o acúmulo de pesquisa sobre o tema e oferecer a opor-
tunidade de atualização sobre o tema tratado. Uma boa revisão bibliográfica irá colaborar 
com a análise de pesquisas similares, além de apresentar argumentos e a metodologia 
mobilizada. 
 Em um bom referencial teórico o autor poderá entender seu próprio estudo como 
parte de um exercício interpretativo maior sobre um dado tema. Longe de ser uma aná-
lise fria, a sistematização, análise e crítica oferecem também a possibilidade de propor 
novas perspectivas para a área do saber (MOREIRA, 2004). 
68
5.3 FONTES E METODOLOGIA 
 As fontes são um conjunto de materiais que você poderá utilizar para construir seu 
trabalho acadêmico, seja ele qual for. Quando falamos em fontes, estamos tratando de 
livros, jornais, artigos, legislações, além de materiais audiovisuais (como filmes e propagan-
das), pinturas, desenhos e afins. 
 Esses materiais podem ser encontrados em bibliotecas físicas ou virtuais e nos sites 
de busca especializados citados no capítulo 4, como Google Acadêmico, SciELO dentre 
outros sites de busca. O material é vasto e recheado de possibilidades para colaborar com 
a interpretação de um problema de pesquisa. 
O universo das fontes é grande e merece ser conhecido mais profundamente. Que 
tal aprofundar a discussão? Acesse livro “Como elaborar projetos de pesquisa” (GIL, 
2018). Lá você irá encontrar os tópicos 5.6 e 6.4 em que se debate a identificação 
das fontes junto de um debate sobre os tipos e modos de uso na pesquisa científi-
ca. Disponível em: https://bit.ly/3cXZj75. Acesso em: 24 mar. 2021.
BUSQUE POR MAIS
 Todavia, a escolha de uma fonte deve ser feita de forma cuidadosa e respeitar o tema, 
o problema de pesquisa e em especial o tempo de execução da pesquisa. Importante ci-
tarmos que a escolha e o manejo das fontes estão condicionadas ao período disponível 
para se pesquisar e o formato da exposição final dela. 
 Com isso, se temos a disponibilidade de 4 anos de execução de uma pesquisa, é pos-
sível apresentar e discutir com uma quantidade maior de fontes, mas, se sua pesquisa tem 
um prazo menor, de 6 meses a um 1 ano, deve ser optar por um conjunto de fontes redu-
zido. Para pesquisas com cronograma curto, recomendamos a opção por uma pesquisa 
com fontes bibliográficas, o que tende a otimizar a execução e a construção do trabalho 
final. 
 A metodologia trata-se do modo, por meio do qual a pesquisa acontece. Sua mobili-
zação está diretamente ligadacom a abordagem, natureza, objetivos e procedimentos de 
pesquisa, tal como estudamos no segundo capítulo. Lembrando que não se espera nesse 
momento uma exposição de métodos variados, mas sim, uma análise clara, concisa do 
modo como se pretende integrar as fontes com os objetivos traçados na pesquisa. 
 Importante notarmos que as fontes e a metodologia caminham juntas em uma 
pesquisa, afinal, as fontes são mobilizadas como forma de solucionar o problema de pes-
quisa, sendo o trato com essas fontes dado pela metodologia. Por isso, é importante reali-
zar uma boa escolha metodológica, pois, cada fonte será mobilizada de um modo, median-
te o método escolhido. 
5.4 DESENVOLVIMENTO E CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Quando se pensa no desenvolvimento de um trabalho acadêmico, basicamente es-
tamos falando do “miolo” de uma pesquisa. Aqui está o sinal mais claro da autoria, espaço 
em que o autor irá expor suas considerações teóricas sobre o tema e também é o espaço 
no qual ele buscará solucionar o seu problema de pesquisa (DE SORDI, 2017). 
 Nesta etapa, vale mobilizar fontes que reforcem seu ponto de vista e suas ideias. 
69
Para isso, é possível citar e comentar a bibliografia com a qual se dialoga, de modo que 
seja possível, ampliar o saber sobre o tema em análise. Lembre-se, o desenvolvimento é 
uma etapa importante e indispensável do seu trabalho, é nele em que a autoria e seus 
pontos de vista serão melhor apresentados. 
 Nesse processo de escrita, vale dizer, não é uma boa opção rechear o desenvolvi-
mento de citações, mas sim, expor os pontos de vista do pesquisador, de forma leve, sem 
palavras rebuscadas e pouco acessíveis (GIL, 2018). Aqui mora a essência do texto, por isso, 
a simplicidade na escrita e o cuidado na exposição são fundamentais. 
 Ao final de um artigo são expostas as considerações finais. Nesse momento, espe-
ra-se que o autor seja capaz de realizar uma síntese do percurso do trabalho, destacando 
potencialidades, limites do tema e suas considerações gerais sobre o tema (DE SORDI, 
2017). Esse tópico deve ser exposto em 2 páginas, no máximo. Preferencialmente sem ci-
tações ou com poucas, de modo que, mais uma vez, seja possível notar os traços da autoria 
e as impressões do pesquisador. 
5.5 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA PESQUISA
 Todo estudante de graduação assume muitas funções em sua vida, das atividades 
profissionais, passando pelas atividades domésticas e outras responsabilidades do cotidia-
no. Sendo assim, organização e planejamento podem ser aliados na hora dos seus estu-
dos e para execução de sua pesquisa. A organização da rotina e das demandas tende a 
tornar as atividades mais leves e ajuda a distribuir melhor as atividades conforme o tempo 
disponível.
ATIVIDADES/ MESES AGO SET OUT NOV DEZ
Escolha do tema X
Leituras e fichamentos X X X X
Construção do problema de pesquisa X
Construção dos objetivos de pesquisa X
Escrita da revisão bibliográfica X X X
Escrita e estruturação do artigo completo X X X
Revisão/correção textual e entrega X
Quadro 4: Esboço do cronograma de um artigo
Fonte: Elaborado pelo Autor (2021)
 Aqui foi sugerido um cronograma para um semestre, mas ele pode ser ampliado ou 
encurtado conforme a demanda do estudante. O importante é que ele caiba em sua ro-
tina, sem se tornar um problema em seu dia a dia. Para isso, dialogue com seus colegas, 
coordenador de curso e acolha ideias que possam co-laborar com o aperfeiçoamento da 
sua gestão do tempo. 
 Na sequência, é importante dizer que o cronograma deve ser pensado constante-
mente pois, se você está avançando melhor que o previsto, pode encurtar o tempo das 
atividades ou alongar, em caso de dificuldades. O que mais importa é que essa flexibili-
dade seja feita conforme seu cotidiano e suas atividades diárias, semanais e mensais. Sua 
pesquisa não precisa se tornar um fardo e, para isso, a organização é fundamental. 
70
1. Acompanhe as frases a seguir sobre o modo de elaboração da introdução de um trabalho 
acadêmico. 
I. “Começo meio e fim, ou seja, “o autor introduz o tema, desenvolveo e conclui.” 
(PEREIRA, 2014, p. 29).
II. “A delimitação do assunto tratado, objetivos da pesquisa e outros elementos 
ne¬cessários para situar o tema [...].” ( (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2003, p. 04). 
III. “[...] É a parte do artigo que prepara o leitor para entender a investigação e a justificativa 
de sua realização.” (PEREIRA, 2014, p. 11).
IV. Não é preciso expor o tema na introdução, pois, o leitor descobrirá ao longo do 
trabalho. 
V. “[...] Deve ser organizada com o propósito de despertar o interesse do leitor e fazêlo 
prosseguir na leitura” (PEREIRA, 2014, p. 11).
Diante dos trechos selecionados, qual alternativa abaixo melhor identifica as afirmações 
corretas.
a) I, II, III, IV.
b) III, V, IV.
c) I, II, IV.
d) III e IV.
e) I, II, III, V.
2. A introdução é um dos primeiros elementos com os quais o leitor se depara e, por isso, 
deve ser convidativa para ele. A partir das alternativas a seguir, em que são apresentados 
os elementos necessários para uma introdução de trabalho acadêmico. Identifique qual 
delas está correta. 
a) Apresentação do contexto e do tema; Problema de pesquisa e os objetivos; Trechos do 
referencial teórico; Relevância da pesquisa; Percurso do trabalho. 
b) Apresentação do contexto e do tema; Problema de pesquisa e os objetivos; Relevância 
da pesquisa; Percurso do trabalho. 
c) Problema de pesquisa e os objetivos; Relevância da pesquisa; Percurso do traba-lho.
d) Apresentação do contexto e do tema; Problema de pesquisa e os objetivos. 
e) Relevância da pesquisa; Percurso do trabalho. 
3. William, aluno do polo de Linhares (ES), está pesquisando modelos para a construção 
do referencial teórico para seu artigo final na graduação em Filosofia. Ele está certo de 
que pode empregar o modelo de organização cronológica. Sobre esse modo, qual das 
alternativas está correta e poderá auxiliar o graduando?
 
a) A organização cronológica da bibliografia é uma oportunidade de se ler somente aquilo 
FIXANDO O CONTEÚDO
71
que o pesquisador gosta, tornando o trabalho acadêmico mais prazeroso. 
b) Esse modelo é útil somente para trabalhos nas ciências biológicas, não sendo possível 
seu emprego para a pesquisa de William.
c) A organização cronológica da bibliografia é uma forma de apresentar os conceitos 
utilizados na pesquisa, a partir de uma perspectiva de análise dos significados.
d) A finalidade da organização cronológica da bibliografia é melhor organizar 
temporalmente a bibliografia coletada, de modo que se possa notar o desenvolvimento 
das ideias e conceitos ao longo do tempo.
e) A organização cronológica da bibliografia pode ser substituída pela inclusão de mais 
temas na pesquisa, o que aumenta a discussão e o trabalho do pesquisador.
4. Considerando as reflexões sobre revisão bibliográfica, avalie as afirmações a seguir:
I. A revisão bibliográfica trata-se de uma análise ampla de textos e materiais diversos 
que discutam um determinado tema e/ou problema de um determinado campo do 
saber e não pode conter comentários do autor. 
II. Uma revisão bibliográfica começa somente após a leitura de uma determinada 
quantidade de materiais. 
III. A revisão bibliográfica pode ser realizada a partir de três eixos: organização cro-
nológica, exposição por meio dos conceitos, referencial teórico por meio de modelos 
ou métodos, cada um deles com suas especificidades. 
IV. No processo de construção da revisão bibliográfica, não desconsidere os autores 
clássicos, eles são referências na área de estudo e, por isso, devem estar presentes. 
V. Uma revisão bibliográfica pode ser feita apenas com um texto.
Sobre as particularidades dos objetivos geral e específicos, é correto o que se afirma 
somente em:
a) II, III e IV.
b) V.
c) I e V.
d) I e II.
e) I e III.
5. Ítalo, aluno do polo Vitória de Santo Antão (PE), está desenvolvendo uma pesquisa 
sobre o papel do desenho infantil no desenvolvimento da criança em turmas de escolas 
municipaisdo bairro da Matriz. Considerando que são três escolas com um total de 70 
alunos, o pesquisador pretendia analisar todas essas fontes em um semestre, período no 
qual irá desenvolver seu artigo final. Considerando que, por motivos pessoais, Ítalo não 
consegue iniciar antes e nem terminar após esse prazo, qual alternativa melhor identifica 
o que o pesquisador deve fazer em relação às suas fontes?
a) Ítalo deve se planejar, pois tem uma quantidade de fontes pequena e precisa de muitas 
mais. 
b) Ítalo deve trocar de tema de pesquisa, pois esse tema tem pouco material de fonte 
disponível.
c) Ítalo deve se planejar, pois, a quantidade de fontes apresentadas não poderá ser mobilizada 
72
com qualidade em tão pouco tempo. Sendo assim, um caminho para o pesquisador seria 
investir em um artigo que exploras-se o papel do desenho infantil no desenvolvimento da 
criança por meio de uma revisão biblio¬gráfica. 
d) As fontes selecionadas por Ítalo não tem o caráter pedagógico, por isso não são bons 
elementos para uma pesquisa. 
e) Não é possível executar uma pesquisa com desenhos infantis, pois eles não dizem nada 
sobre o tema de pesquisa de Ítalo. 
6. Bruna, aluna do polo Santa Amaro da Imperatriz (SC), está escrevendo seu artigo final 
do curso de Ciência Sociais sobre a importância da presença do Cientista Social na análise 
de dados sobre desemprego na bibliografia brasileira e argentina. Em sua pesquisa ela 
irá utilizar o método comparativo, conforme aprendeu em nosso material. Quais os outros 
métodos disponíveis no segundo capítulo e válidos para a construção da metodologia no 
capítulo cinco? Marque a alternativa correta.
a) método indutivo; dedutivo; hipotético; linear; tipológico.
b) método igualitário; nacional; alternativo.
c) método aproximativo; dedutivo; histórico.
d) método parcial; integral; dedutivo; hipotético; histórico; dominante.
e) método indutivo; dedutivo; hipotéticodedutivo; histórico; comparativo; tipológico.
7. Márcio, aluno do polo de Campo Grande/Jardim Jacy (MS), selecionou as atividades que 
terá que desempenhar ao longo da elaboração de um artigo e notou que o tempo de 
leitura e escrita é grande dentro do quadro que preparou. Com base em nossos estudos 
sobre o cronograma de execução e sobre metodologia científica, qual alternativa correta 
melhor ilustra o papel da leitura e da escrita na elaboração de um trabalho acadêmico? 
a) Em um cronograma de elaboração de um trabalho acadêmico o peso da crítica sempre 
será maior do que o da leitura. 
b) A leitura é um momento secundário da pesquisa, não é possível associála com a escrita 
acadêmica. 
c) A leitura e a escrita são essenciais no processo de pesquisa acadêmica. Elas são 
complementares e devem ser construídas com cuidado e atenção pelo pesquisador. Nesse 
momento vale a pena reler o material, consultar livros e formas para aperfeiçoar esses 
métodos essenciais para o trabalho acadêmico.
d) A leitura e a escrita foram supervalorizadas no processo de pesquisa acadêmica, elas não 
devem ter um espaço grande na pesquisa, somente a pesquisa em sites é importante. 
e) A leitura é mais importante do que a escrita em um cronograma de elaboração de um 
trabalho acadêmico. 
8. Marina, aluna do polo Votuporanga (SP), está elaborando seu cronograma de execução da 
pesquisa e precisa de ajuda. Ela fará seu artigo de conclusão da graduação em LetrasLibras 
no primeiro semestre do ano. 
73
 Diante das alternativas a seguir sobre o cronograma, qual está correta?
a) A primeira atividade deveria ser a escrita da revisão bibliográfica e da revisão de literatura. 
b) O cronograma apresentado está correto e o cumprimento dele auxiliará a graduanda a 
fazer seu artigo com qualidade. 
c) O cronograma apresentado é bom e pode auxiliar a graduanda, mas, ela pode dispensar 
o uso das fontes. 
d) A escolha dos objetivos não tem qualquer influência no trabalho.
e) O melhor seria escrever e depois colocar os elementos aprendidos.
ATIVIDADES/ MESES AGO SET OUT NOV DEZ
Escolha do tema X
Leituras e fichamentos X X X X
Construção do problema de pesquisa X
Construção dos objetivos de pesquisa X
Escrita da revisão bibliográfica X X X
Escrita e estruturação do artigo completo X X X
Revisão/correção textual e entrega X
74
NORMAS DA ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS (ABNT)
UNIDADE
06
75
6.1 FORMATOS DE TEXTOS 
 Normas, técnicas e modos de formatação costumam assustar qualquer pesquisador 
em início de formação, mas não é preciso medo, afinal, o estudo dessas normatizações 
logo vai tornálas mais rotineiras. Essas orientações foram criadas pela Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT) que tem o objetivo de estabelecer soluções, simplificações e 
consensos para temas de caráter abrangente, como a escrita acadêmica. 
 Na tentativa de facilitar o entendimento das normas voltadas para a formatação de 
trabalhos universitários, faremos um percurso neste capítulo com o objetivo de apresentar 
as principais normas com as quais você irá se deparar ao longo de sua vida acadêmica. 
Com isso, esperamos que você se sinta mais confortável com a manipulação das normas 
da ABNT e que ela seja uma aliada nos modos como você irá expor sua pesquisa. 
 Comumente a ABNT recomenda o uso de fonte Arial (essa aqui) ou Times New Ro-
man (Essa aqui), sendo o tamanho da letra 12 ao longo do texto, sendo a referência de tama-
nho da página A4 (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Essa mesma folha deve ter as seguintes 
medidas: Esquerda: 3 cm, Superior: 3 cm, Direita: 2 cm, Inferior: 2 cm. Pede-se ainda que o 
espaçamento seja de 1,5 ao longo do texto e, em outros elementos (como resumo, notas de 
rodapé e legendas) seja simples/1,0 (MARCONI; LAKATOS, 2021a). 
 Na página a seguir é possível conhecer um modelo de artigo com a formatação su-
gerida pela ABNT, vejamos:
Figura 4: Modelo de artigo com a formatação sugerida 
pela ABNT
Fonte: Elaborado pelo Autor(2021)
 O formato de artigo aqui disponível poderá ser utilizado por você em diversos mo-
mentos da vida acadêmica, inclusive em seu trabalho de conclusão de curso de gradu-
ação. Nele deve constar título e subtítulo centralizados, tamanho da fonte 12 ou 14. Logo 
após dois espaçamentos será registrado o nome do/a autor/a e na linha em seguida sua 
formação, nome da instituição, polo de origem e email de contato. Vejamos um segundo 
exemplo do modo de exposição da autoria:
Exemplo 9:
Nome do Autor (excluir ao escrever) 
Graduando em História pela Faculdade Única / Polo (insira o nome do polo sem parênteses)
Email: xxxx@xxx.com.br 
76
 Logo após a identificação da autoria, o espaçamento deve ser simples, deixando uma 
linha em branco. Na sequência, será escrito o resumo com tamanho de fonte 1,5. Ele deve 
conter uma breve descrição de até 250 palavras, contendo objetivos, contexto do tema, 
detalhes sobre a metodologia, resultados, e as considerações finais. Para indicações sobre 
o modo de escrita, retorne ao resumo simples no terceiro capítulo. 
 Logo após, com espaçamento simples, pede-se a inclusão de 3 a 5 palavras-chave es-
colhidas a partir dos grandes temas tratados no artigo. Cada uma delas deve ser separada 
pelo uso do sinal de ponto e vírgula (;) e após a exposição da última é acrescido um ponto 
final. 
 Isto posto, inicia-se a introdução que tem seu título alinhado à esquerda, seguido de 
numeração progressiva (o mesmo deve ser empregado para os tópicos posteriores do ar-
tigo). Acerca do conteúdo, tal como estudamos no primeiro tópico do capítulo anterior, é o 
cartão de visitas do artigo e, pode ser uma versão mais alargada do resumo, na medida em 
que contém os mesmos tópicos que ele, com exceção dos resultados e das considerações 
finais. 
 Em seguida o artigo atinge sua parte de desenvolvimento, que pode ser subdividido 
conforme os objetivos específicos do pesquisador. Espera-se que nesse momento sejam 
aprofundadas análises ligadas ao referencial teórico/revisão bibliográfica, análises do autor 
e considerações metodológicas e, ao final, os resultados desua investigação. 
 Na próxima etapa temos as considerações finais, espaço em que o autor poderá rea-
lizar suas análises finais com base no que foi debatido. Aqui espera-se encontrar, mais uma 
vez, uma escrita autoral e que seja capaz de destacar os as-pectos principais do artigo. 
 Por último, são incluídas as referências bibliográficas que, nada mais são, do que 
menções que identificam uma determinada fonte. Na prática, todo trabalho com o qual o 
pesquisador dialoga ao longo de seu texto deve ser registrado nesse campo, funcionando 
como um inventário dos trabalhos lidos e citados. Entendendo que os textos são diversos 
em seus modos de autoria, publicação e suporte, a ABNT recomenda os seguintes modos 
para se construir referências. 
TIPO DE REFERÊNCIA MODO DE REFERENCIAR EXEMPLO
Obra com 
um autor
SOBRENOME, Nome. Título: 
subtítulo (se houver). Edição 
(se houver). Local de publica-
ção: Editora, ano de publica-
ção da obra.
FREIRE, P. Pedagogia da espe-
rança: um reencontro com a pe-
dagogia do oprimido. Rio de Ja-
neiro: Paz e Terra, 1992.
Obra com até 
três autores
SOBRENOME, Nome; SO-
BRENOME, Nome; SOBRE-
NOME, Nome. Título: subtí-
tulo (se houver). Edição (se 
houver). Local: Editora, ano de 
publicação.
ALMEIDA, C; FLICKINGER, HG; 
ROHDEN, L. Hermenêutica filo-
sófica: nas trilhas de Hans Georg
Gadamer. Porto Alegre: EDIPU-
CRS, 2000.
Obra com mais 
de três autores
SOBRENOME, Nome et al. 
Título: subtítulo (se houver). 
Edição (se houver). Local: Edi-
tora, ano de publicação.
MARTINS, E et al. Manual de con-
tabilidade societária: aplicável 
a todas as sociedades: de acordo 
com as normas internacionais e 
do CPC. 2. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 
2013.
77
Obra com autor 
desconhecido
TÍTULO, Local: Editora, ano. DESENVOLVIMENTO DE ÁREAS 
DEGRADADAS, Belo Horizonte: 
Central, 1970.
Legislação
JURISDIÇÃO. Lei nº XX.XXX, 
de dia de mês de ANO. Fun-
ção da lei. Cidade: Órgão 
responsável. [Data de publi-
cação] (em suma os dados 
disponíveis da publicação).
CURITIBA. Lei nº 12.092, de 21 de 
dezembro de 2006. Estima a re-
ceita e fixa a despesa do muni-
cípio de Curitiba para o exercício 
financeiro de 2007. Curitiba: Câ-
mara Municipal, [2007].
Artigo de periódico 
ou revista
SOBRENOME, Nome abrevia-
do. Título do artigo. Título da 
Revista, Local de publicação, 
número do volume, páginas 
inicialfinal, mês e ano.
MOREIRA, M. A. Uma análise críti-
ca do ensino de Física. Estud. Av., 
São Paulo, v. 32, n. 94, p. 7380, dez. 
2018.
Artigo apresentado em 
um evento/
 Publicado em anais de 
eventos
SOBRENOME, Nome. Título 
do trabalho apresentado. In: 
Título do Evento, nº do even-
to, ano de realização, local (ci-
dade de realização). Título do 
documento (anais, resumos, 
etc). Local: Editora, ano de 
publicação. Páginas inicialfi-
nal.
LIMA, M. D. L. L; GARCIA, R. N. A Al-
fabetização Científica de estudan-
tes de licenciatura em Ciências 
Biológicas: um estudo de caso no 
contexto da formação inicial de 
professores. In: Encontro Nacio-
nal de Pesquisa em Educação em 
Ciências (ENPEC), X, 2015, Águas 
de Lindóia. Anais Eletrônicos [...]. 
Águas de Lindóia: ABRAPEC, 2015. 
p.0108. Disponível em: http://www.
abrapecnet.org.br/enpec/xenpec/
anais2015/resumos/R22291.PDF. 
Acesso em: 09 nov. 2020
Referência de 
monografia, dissertação 
ou tese
SOBRENOME, Nome. Títu-
lo: subtítulo (se houver). Ano 
de apresentação. Número 
de folhas ou volumes. Tipo 
do trabalho (Tese, Disserta-
ção, Monografia, Trabalho de 
Conclusão de Curso) e área 
de concentração (campo de 
estudo) – vinculação acadê-
mica, local e data de apresen-
tação ou defesa.
MACHADO, E. L. Psicogênese da 
leitura e da escrita na criança 
surda. 2000. 204 f. Tese (Doutora-
do em Psicologia) – Pontifícia Uni-
versidade Católica de São Paulo, 
São Paulo, 2000.
Obras coletivas ou de 
autoria de entidades
AUTOR, Nome do. Entidade. 
Título. Local: Editora, ano.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEO-
GRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas do 
censo demográfico 2010. Rio de 
Janeiro: IBGE, 2010.
Referências de sites
(com autoria)
SOBRENOME, Nome. Títu-
lo da matéria. Nome do site, 
data de publicação completa. 
Disponível em: URL. Acesso 
em: dia, mês e ano.
SIEMANN, E. O vírus não cria nada, 
mas revela tudo”, diz historiadora 
que escreveu livro sobre a gripe 
espanhola no Brasil. NSC Total. 
08 nov. de 2020. Disponível em: 
https://www.nsctotal.com.br/noti-
cias/ovirusnaocrianadamasrevela-
tudodizhistoriadoraqueescreveu-
livrorelembrandoa Acesso em: 09 
nov. 2020.
78
Referências de sites
(sem autoria)
TÍTULO. Nome do site, data 
de publicação completa. Dis-
ponível em: URL. Acesso em: 
dia, mês e ano.
MUNDO ultrapassa 50 mi¬lhões 
de casos de Covid; EUA se apro-
ximam de 10 milhões de infec-
tados. G1, Bem Estar Coronaví-
rus. 09 nov. 2020. Disponível em: 
https://g1.globo.com/bemestar/
coronavirus/noticia/2020/11/09/
mundoultrapassa50milhoesde-
casosdecovideuaseaproximam-
de10milhoesdeinfectados.ghtml 
Acesso em: 09 nov. 2020. 
Quadro 5: Elaboração de Referências Bibliográficas (NBR 6023:2018)
Fonte: Elaborado pelo Autor com base na NBR 6023:2018 (2021).
 Na construção das referências bibliográficas é necessário se que faça a consulta a fi-
cha catalográfica da obra, normalmente ela encontra-se na primeira página da publicação, 
no caso dos livros. Pode-se ainda consultar “[...] à folha de rosto e a outras partes do livro, 
como data que às vezes aparece em prefácios e apresentações, ou no colofão” (MARCONI; 
LAKATOS, 2021a, p. 60). Quando se tratam de artigos publicados, os dados para referência 
bibliográfica normalmente encontramse nas lombadas ou laterais das revistas acadêmi-
cas, seja impressa ou online. Em jornais ou revistas não acadêmicas, sugere-se uma análise 
abaixo do título e ao final do artigo.
As regras da ABNT são muitas e variadas e não precisam ser memorizadas, mas sim aprendi-
das e, em caso de dúvidas, podem ser consultadas. Como você pode se organizar para apren-
der essas normas? Por meio da leitura? Escrevendo e anotando? Consultando vídeos na inter-
net? Reflita e conheça melhor seus modos de aprendizagem.
VAMOS PENSAR?
 Ao final, vale dizer que em todas as referências é possível optar pela abreviação 
do nome do autor destacando em letra maiúscula somente a primeira letra do nome pró-
prio, conforme é exposto na bibliografia de nosso material. Além disso, na disposição das 
referências a formatação deve ser realizada em espaçamento simples e com alinhamento 
à esquerda. Caso esteja presente em uma nota de rodapé ela deve também estar alinhada 
à margem esquerda.
6.2 TIPOS DE CITAÇÕES NO TEXTO ACADÊMICO
 As citações são modos de dialogar com a bibliografia selecionada pelo pesquisador. 
Quando bem utilizadas, elas proporcionam a possibilidade de conhecer pontos de vista e 
ampliam os conhecimentos dos leitores (MARCONI; LAKATOS, 2021a). Caso utilizadas em 
excesso, elas tendem a apagar o lugar do autor no texto. Lembrando que, com muitas ou 
poucas citações, o autor deve sempre tecer suas análises e dialogar de forma crítica com a 
bibliografia. 
 Para construir as citações em um determinado texto, é importante saber que exis-
tem alguns tipos e elas devem ser destacadas de modos distintos, respeitadas algumas 
orientações da ABNT. A primeira delas refere-se a citação direta, uma forma de exposição 
fiel de um trecho de uma dada obra que está sendo consultada e com a qual houve um 
79
EXEMPLO 10:
Pensar o currículo a partir das especificidades da educação a distância e da educação de surdos 
não é uma tarefa simples, se considerarmos que “o currículo é um conceito de uso relativamente 
recente entre nós. Não é sequer de uso corrente entre o professorado” (SACRISTÁN, 2000, p.13). 
Trecho retirado de: CERNY, R. Z.; QUADROS, R. M.; BARBOSA, H. Formação de professores de LetrasLibras: 
construindo o currículo. Revista eCurriculum, v. 4, n. 2, 2009
 No trecho em destaque temos um exemplo de citação direta, dado que as frases en-
tre aspas são da autoria de José Gimeno Sacristán(2000) sendo citado no texto de Cerny, 
Quadros e Barbosa (2009). Diante do exposto é possível observar o uso da ideia do autor 
consultado, por meio da reprodução de um trecho de sua obra acompanhado da referên-
cia no formato autordata. 
 Caso seja necessário realizar uma citação direta com mais de três linhas, é necessá-
rio destacála do corpo do texto, utilizando para isso o recuo de 4cm da margem esquerda 
(basta acompanhar a régua milimetrada do editor de textos). A ABNT recomenda que essa 
citação seja menor que o restante do texto, sendo comum o uso do tamanho 10, com espa-
çamento simples e sem o uso das aspas, como o caso que segue. 
Figura 5: Exemplos de citação
Fonte: BEZERRA et al. (2009, p. 04)
 Diante do exemplo exposto, é possível observar a citação com mais de três linhas 
com recuo do restante do texto. Notese que ela está registrada no modelo autordata, sen-
do acompanhada pelas páginas da citação no texto original. Lem¬bre-se que após uma 
citação é importante uma análise crítica sobre o trecho, isso demonstra um sinal de autoria 
e diálogo em seu texto. 
 Outro tipo é a citação indireta, que se trata de uma estruturação de ideias de um 
autor ou de vários autores, a partir do vocabulário do próprio pesquisador. Repare que esse 
modelo deve ser sempre referenciado, pois, o uso de uma ideia ou conceito e a não atribui-
ção de sua autoria é um caso de plágio, como estudamos no primeiro capítulo. Vejamos 
um exemplo de citação indireta: 
diálogo do pesquisador com o autor do texto base (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2002). Um exemplo possível é o trecho que segue: 
80
EXEMPLO 11:
Nossa escola foi forjada para transmitir alguns conhecimentos, e o faz a partir de preceitos e 
condições que estão longe de ser universais. Como lembra Ariès (1988), há uma longa história 
também por trás da escola tal como conhecemos, discutimos e pensamos em modificar atual-
mente. 
Trecho retirado de: COHN, C. Educação escolar indígena: para uma discussão 
de cultura, criança e cidadania ativa. Perspectiva, v. 23, n. 2, p. 485515, 2005.
 A partir da segunda frase estamos diante de uma citação indireta, na qual se faz re-
ferência à Ariès (1988), mas com as palavras da pesquisadora Cohn (2005). Esse método é 
amplamente utilizado em textos acadêmicos, sendo opcional a menção à página da qual 
o trecho escrito é inspirado.
 Na sequência temos a citação indireta e simultânea. Comumente ela é empregada 
quando mais de um autor debate, com pontos de vistas próximos, um tema e/ou ideia. Ela 
pode ser representada por passagens como: 
EXEMPLO 12:
O trabalho com cartografia é um assunto recorrente nas pesquisas, seja para denunciar práticas 
inadequadas com a cartografia ou ausência de trabalho cartográfico, seja para propor práti-
cas alternativas (CASTROGIOVANNI, 1998b; CALLAI; CALLAI, 1998; SOMMA, 1998; SIMIELLI, 1999; 
KAERCHER, 1997; CAVALCANTI, 1998).
Trecho retirado de: CAVALCANTI, LANA DE SOUZA. Propostas curriculares de 
Geografia no ensino: algumas referências de análise. Terra Livre, v. 1, n. 14, p. 125145, 2015. p.135136. 
 Diante do exemplo, observa-se que a partir de um determinado tema, foi possível à 
autora referenciar 6 trabalhos em que foi abordada uma discussão em comum. Esse tipo 
de citação demonstra o acúmulo e a familiaridade do pesquisador com a bibliografia com 
a qual dialoga. 
A ABNT salienta ainda o uso de citação de citação, um modo de referenciar um texto/
autor que é citado pela bibliografia selecionada pelo pesquisador. Essa tipologia é acom-
panhada pelo uso da expressão apud, que em latim significa “segundo”, “encontrável jun-
to a” (MATTOS, 2012). Esse uso identifica basicamente uma citação feita pelo autor com o 
qual você teve contato. 
EXEMPLO 13:
Além do desafio de trabalhar com uma turma mista, no que se refere ao nível de proficiência 
da Libras, delinear uma formação para além da “competência linguística” e da “competência 
referencial” (AUBERT, 1994 apud BARTHOLAMEI JUNIOR; VASCONCELOS, 2008, p. 15) 
Trecho retirado de: FREITAS, Isaac Figueredo de. Formação de Tradutores e Intérpretes de Libras/língua Portuguesa 
via Extensão Universitária no Semiárido Baiano. Trama, v. 14, n. 32, p. 4052, 2018. Disponível em:
81
 Observe que Aubert (1994) foi citado por Bartholamei Junior e Vasconcelos (2009). 
Com isso, subentende-se que o pesquisador não teve acesso ao texto mais antigo e, por 
isso, as considerações sobre o texto foram conseguidas por meio da leitura do texto mais 
recente. Sendo o modo de identificação desse ocorrido, por meio do uso do apud. No con-
texto da comunidade acadêmica e com a ampla difusão de livros e uma série de estu-
dos disponíveis em formato online, recomenda-se evitar o uso da citação de citação que 
pode ser lida como descuido de pesquisa no meio universitário. 
 Diante do exposto, as recomendações aqui compiladas devem ser seguidas com 
atenção, pois, citações não referenciadas podem configurar casos de plágio, tal como 
estudamos nos capítulos anteriores (SILVA, 2008). Diante disso, o pesquisador deve buscar 
suas referências, formas de citação, analisar os modos de fazer referências, como forma de 
melhor expor suas ideias e considerações, sem os perigos do plágio. 
6.3 FORMATAÇÃO DE GRÁFICOS, FIGURAS E TABELAS
 Gráficos são uma possibilidade de expressar dados numéricos por meio de uma re-
presentação visual conforme o perfil da pesquisa em curso. Suas apresentações variam en-
tre formas circulares (conhecidas como gráfico pizza), linhas e colunas, devendo ser iden-
tificados obrigatoriamente por elementos como: título, fonte, legenda e, logicamente, os 
números. Esse recurso visual é antes de tudo um facilitador no momento de se expressar 
uma determinada mensagem.
Cada tipo de gráfico facilita um perfil de visualização. Gráficos circulares auxiliam na de-
monstração de proporções, por exemplo, se em um universo de 100% de alunos de uma es-
cola desejamos apresentar os alunos que são migrantes do centro-oeste e do norte do país. 
Gráficos de linha colaboram com a exposição de taxas de crescimento ou queda em um 
determinado período de tempo. Uma hipótese de sua aplicação seria o acompanhamento 
de taxas de matrícula e evasão em uma determinada unidade escolar. Por último, o manejo 
de um gráfico em colunas é indicado para demonstrar a quantidade de categorias distin-
tas, pensemos, por exemplo, no número de alunos em recuperação paralela ao longo de dois 
bimestres. 
FIQUE ATENTO
 A formatação de gráficos proposta pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT) define que deve ser utilizada a palavra gráfico, com seu número e título, tal como 
se faz com os títulos (GIL, 2018). Em termos gerais, acima do gráfico deve vir o seu título 
centralizado e, após a exposição do gráfico, deve ser exposta uma nota explicativa. Essa 
nota deve ser apresentada em letra tamanho 10, na fonte Arial ou Times New Roman, 
seguindo o restante do texto.
 Formatação semelhante pode ser empregada para figuras que também devem ser 
expostas com título centralizado precedido pela palavra figura e seu respectivo algarismo 
arábico, tal como: Figura 1, Figura 2 e assim sucessivamente (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2011). Logo após a figura deve ser exposta em formato centralizado e, 
em seguida, deve ser inserida a fonte que, nos moldes dos gráficos, deve ser escrita em 
tamanho 10, centralizada, em fonte Arial ou Times New Roman, seguindo o restante do 
texto.
82
Existem vários softwares e aplicativos que podem auxiliar você a construir gráfi-
cos, tabelas e quadros, pesquise pelos tradicional Excel ou pelos novos Canva ou 
Easel.ly e o melhor, todas são plataformas com versões gratuitas. Para aprofundar 
o uso de gráficos no seu trabalho acadêmico consulte o vídeo do canal Acadêmica 
Pesquisa “Como formatar GRÁFICOS de acordo com a ABNT?”. 
Disponível em: https://bit.ly/31S9C6k. Acesso em: 23 mar. 2021.
BUSQUE POR MAIS
 Por último, lembramos que tabelas e quadros também podem ser expostasem tra-
balhos acadêmicos, pois, são formas possíveis de exposição de dados numéricos, oportu-
nizando comparações e observações criativas de elementos quantitativos. As recomen-
dações da ABNT apontam que deve ser inserida a palavra tabela e seu número referente. 
Tal como nos casos apresentados anteriormente, o título deve ser centralizado e, após a 
tabela, a fonte deve estar registrada em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 10.
 Para todos os casos mencionados, recomendamos que o título seja o mais completo 
possível acerca do conteúdo, afinal, a intenção de mobilizar esses recursos é facilitar o en-
tendimento sobre o tema (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1993). 
Assim será possível construir uma pesquisa acadêmica que esteja dentro das normas da 
ABNT, mas, qualquer norma só estará bem colocada em um texto que foi construído com 
dedicação e atenção por parte do pesquisador. 
83
1. Quais os elementos elencados nas alternativas abaixo devem estar presentes em um 
artigo: 
a) Título, autoria completa, resumo, palavraschaves, introdução, desenvolvimento, conclusão 
e referências bibliográficas.
b) Resumo, palavraschaves, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências 
bibliográficas.
c) Título, resumo, palavraschaves, introdução, desenvolvimento, conclusão e refe-rências 
bibliográficas.
d) Palavraschaves, título, autoria completa, resumo, introdução, desenvolvimento, conclusão 
e referências bibliográficas.
e) Introdução, desenvolvimento, conclusão e referências bibliográficas.
2. Sobre os modos de se fazer citações em trabalhos acadêmicos, vejamos os exemplos a 
seguir: 
( ) Citação direta curta com três linhas apresenta-se entre aspas duplas.
( ) Citação direta longa recuada em 4 cm da margem esquerda deve ter letra tamanho 10 
e sem aspas. 
( ) A citação indireta se estrutura a partir de uma releitura livre de um dado texto lido. 
( ) Todas as citações são iguais, não é preciso diferenciálas. 
( ) Identificada pelo apud (citado por, segundo) trata-se de uma citação de citação, quando 
não houve acesso ao texto original. 
a) V, V, F, F, V.
b) F, V, F, F, V.
c) V, V, V, F, V.
d) F, F, F, V, V.
e) V, F, V, V, V.
3. “Nesse sentido, segundo Gadotti (1983 apud OLIVEIRA, 2009, p.45) “na crise de educação 
popular na América latina hoje, muitos educadores encontram saída no interior do Estado 
capitalista, abrindo espaço para a construção da educação pú¬blica popular, procurando 
tornar popular a educação oferecida pelo estado.”
(DELORS, J. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo, Cortez, 1998.) 
Identifique o tipo de citação contida no trecho e a explicação correta nas alternativas abaixo: 
a) Citação de citação O apud é opcional e identifica uma homenagem ao autor com o qual 
está se dialogando. 
b) Citação indireta Emprega o apud (citado por, segundo) como forma de demonstrar que 
estamos diante de um texto de origem latina, sendo, portanto, um texto indireto, de outro 
FIXANDO O CONTEÚDO
84
idioma. 
c) Citação direta Emprega o apud (citado por, segundo) como forma de dizer que a citação 
está correta e vai direto ao ponto, por isso, citação direta. 
d) Citação de citação Emprega o apud (citado por, segundo) como forma de referenciar 
um terceiro autor. Pede-se que se evite esse tipo de citação, em nome de uma leitura 
ampla de toda a bibliografia citada. 
e) Citação objetiva Trata-se da citação que está coordenada com o objetivo geral da 
pesquisa. 
4. Estela, aluna do polo Rio Sono (TO), está estudando sobre o modo de citação no modelo 
autor/data. Com este processo de citação ela entendeu que é possível referenciar ao longo 
do texto a partir do sobrenome do autor e com o ano da publicação. Dentre as alternativas 
abaixo, qual delas está correta e pode auxiliar o entendimento da graduanda?
a) O sistema autordata pede que seja inserido o nome completo de cada autor, logo após 
o seu ano de nascimento e entre parênteses. Exemplo: (JOSÉ DA SILVA, 1976)
b) O sistema autordata pede que seja inserido o sobrenome do autor somente e entre 
parênteses. Exemplo: (SILVA)
c) O sistema autordata pede que seja inserido o nome completo de cada autor, logo após 
o seu ano de nascimento, sem parênteses. Exemplo: JOSÉ DA SILVA, 1976
d) O sistema autordata deve ser utilizado somente por pósgraduandos, não sendo possível 
à Estela o seu uso. 
e) Devese começar pelo sobrenome de cada autor ou pela sigla da entidade produtora do 
texto, logo após a data de publicação do documento e da pági¬na citada entre parênteses. 
Exemplo: (SILVA, 1980, p.23) ou (IBGE, 2004, p.04)
5. Com base na discussão sobre a forma de exposição da autoria em artigos acadêmicos 
analise as alternativas abaixo e assinale a correta:
a) Somente o nome completo do autor e da instituição é suficiente, segundo a ABNT.
b) A autoria de um artigo deve ser colocada junto com uma pequena biografia do autor 
em que ele conta a origem das ideias do texto.
c) Com alinhamento justificado, deve-se colocar o nome completo do autor, título e 
instituição e, por último, o email de contato do pesquisador. 
d) Com todas as frases alinhadas à esquerda, deve-se colocar o nome completo do autor, 
título e instituição e, por último, o email de contato do pesquisador. 
e) Nome completo do autor, título, instituição e, por último, o email de contato do 
pesquisador, com todas as frases alinhadas à direita. 
6. Complete as lacunas do trecho abaixo:
Na formatação da ABNT, o _________ aparece logo abaixo dos dados de identificação 
da autoria. Ele segue as normas da _______ (NBR 6028) e pode ter poucas variações em 
trabalhos acadêmicos. Separadas por ponto e vírgula as ______ ______ podem ser até 3. 
Em termos de escrita, recomenda-se que esteja na terceira pessoa do singular (ele; ela) 
e que se empregue a voz ativa. Nele deve estar contido: tema, objetivo(s), metodologia, 
considerações finais e palavraschave. 
85
a) referencial teórico; universidade; palavraschave
b) resumo; ABNT; palavraschave
c) método quantitativo; banca de avaliação; palavraschave
d) método quantitativo;direção do polo; palavraschave
e) resumo; faculdade; palavraschave
7. Lucilene, aluna do polo Igaci (AL), está produzindo seu artigo final no curso de graduação 
em Física e fará a inclusão de gráficos e tabelas para demonstrar os resultados encontrados. 
Das afirmativas abaixo, qual delas pode colaborar com o trabalho da graduanda.
 
a) Gráficos e tabelas exigem que o pesquisador seja da área de Ciências biológicas ou da 
área de Matemática, não sendo dessas áreas, o pesquisador deve buscar outro formato de 
exposição de suas ideias. 
b) Há uma proporção no uso de tabelas que deve ser de 5 para cada gráfico. 
c) Comumente os gráficos apresentam tendências mais gerais, enquanto tabelas 
apresentam valores com mais precisão. 
d) Gráficos devem ser de cor única, pois assim, é mais fácil a identificação para o leitor. 
e) Gráficos e tabelas contém dados diversos, não sendo necessário nenhum nível de 
generalização. 
8. Referências bibliográficas são um apanhado organizado de citações dos traba¬lhos 
acadêmicos mobilizados em um determinado texto científico. Grosso modo, sua estrutura 
contém basicamente nome do (s) autor(es), título da obra, número da edição, local da 
publicação, editora e data. Todavia, não podemos nos esquecer das especificidades 
conforme as variações de citação. Vejamos as citações abaixo: 
I. SAVIANI, D. A Nova lei da educação: LDB, trajetória, limites e perspectivas. Campinas: 
Autores Associados, 1997.
II. ADRIÃO, T.; PERONI, V. Implicações do Programa Dinheiro Direto na Escola para a 
gestão da escola pública. Educação & Sociedade, Campinas, v. 28, n. 98, p.253267, jan./
abr. 2007.
III. OLIVEIRA, D.A. A gestão democrática da educação no contexto da reforma do 
Estado. In: FERREIRA, N.S.C.; AGUIAR, M.A.S. (Org.). Gestão da educação: impasses, 
perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000a.
IV. PERONI, V. M. V.; OLIVEIRA, R. T. C.; FERNANDES, M. D. E. Estado e terceirosetor: as 
novas regulações entre o público e o privado na gestão da educação básica brasileira. 
Educ. Soc., Campinas, v. 30, n. 108, p. 761778, Out., 2009.
V. CARAZZAI, Estelita Hass. Trump agora promete acabar com política que 
separa famílias de refugiados. Folha de S.Paulo, São Paulo, 20 de jun. 
de 2018. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/06/
trumpagoraprometeacabarcompoliticaqueseparafamiliasderefugiados.shtm>. 
Acesso em: 20 de jun. de 2018.
VI. TRUMP agora promete acabar com política que separa famílias 
de refugiados. Folha de S.Paulo, São Paulo, 20 de jun. de 2018. 
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/06/
trumpagoraprometeacabarcompoliticaqueseparafamiliasderefugiados.shtml. 
86
Acesso em: 20 de jun. de 2018.
Diante das sentenças anteriores, qual alternativa melhor identifica a ordem dos estilos de 
referência bibliográfica:
a) Referência bibliográfica com um autor com dois autores em obra coletiva com mais de 
dois autores citação de artigo de jornal com autor citação de artigo de jornal sem autor. 
b) Referência bibliográfica com um autor em obra coletiva com mais de dois autores 
citação direta citação de enciclopédia citação indireta. 
c) Referência bibliográfica com dois autores em obra coletiva com mais de dois autores 
citação de artigo de jornal sem autor com mais de dois autores citação indireta. 
d) Citação de artigo de jornal sem autor em obra coletiva com dois autores com mais de 
dois autores citação de artigo de jornal com autor citação direta. 
e) Citação de artigo de jornal sem autor com dois autores com mais de dois autores citação 
direta referência bibliográfica com um autor em obra coletiva. 
87
RESPOSTAS DO FIXANDO O CONTEÚDO
UNIDADE 1
UNIDADE 3
UNIDADE 5
UNIDADE 2
UNIDADE 4
UNIDADE 6
QUESTÃO 1 D
QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 E
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 D
QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 A
QUESTÃO 8 A
QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 A
QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 E
QUESTÃO 8 B
QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 D
QUESTÃO 3 B
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 A
QUESTÃO 6 D
QUESTÃO 7 B
QUESTÃO 8 C
QUESTÃO 1 C
QUESTÃO 2 E
QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 B
QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 D
QUESTÃO 8 A
QUESTÃO 1 E
QUESTÃO 2 A
QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 A
QUESTÃO 5 C
QUESTÃO 6 E
QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 B
QUESTÃO 1 A
QUESTÃO 2 C
QUESTÃO 3 D
QUESTÃO 4 E
QUESTÃO 5 E
QUESTÃO 6 B
QUESTÃO 7 C
QUESTÃO 8 A
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