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1 1 GZO 116 – AVICULTURA Prof. Édison Fassani NUTRIÇÃO DE POEDEIRAS COMERCIAIS 2 A nutrição das poedeiras se faz por intermédio de um bom programa nutricional. 1. Fase de cria (1 a 6 semanas) 2. Fase de recria (7 a 16 semanas) 3. Fase de pré-postura (17 até 5% postura) 4. Fase de postura ou de produção de ovos • O programa nutricional deverá contemplar as fases distintas da criação das poedeiras, para cada tipo genético (leve ou semipesada) • Dentro de cada fase poderá ser aplicado diferentes planos nutricionais 3 • Portanto, no período de criação (cria e recria), existem necessidades nutricionais diferentes, de acordo com as ondas de crescimento que a ave passa. • Na fase de 1 a 5 semanas ocorre prioridade fisiológica de crescimento visceral, • Posteriormente seguido de um crescimento ósseo de 6 a 12 semanas, • De 12 a 16 semanas, o desenvolvimento do órgão reprodutivo com aumento da densidade óssea e acúmulo de reservas orgânicas para o início de produção. 1. FASE DE CRIA E RECRIA 4 • De modo geral: - Muito importante os níveis de aminoácidos para dar suporte ao crescimento inicial (crescimento visceral e muscular) = nível protéico mais elevado; - Na fase final de recria, deve-se preocupar com os níveis de energia para adequação do peso da franga para conseguir melhor uniformidade do lote • O peso das frangas ao final da recria é meta importante de uma boa criação. • Aves muito leves que entraram em postura precocemente resultarão em poedeiras de menor produtividade. 5 EM kcal/kg PB = 18% Peso 20ª Sem. (g) PB, % EM = 2859 kcal/kg Peso 20ª sem. (g) 2650 1320 C 15 1445 2750 1378 BC 16 1459 2850 1422 AB 17 1423 2950 1489 A 18 1427 3050 1468 A 19 1444 3150 1468 A 20 1480 A, B, C, (P< 0,05) Fonte: Leeson e Summer (1989) Efeito do nível de EM e PB da dieta sobre o peso corporal de frangas de reposição na recria (brancas) Efeito do peso corporal sobre o desenvolvimento e maturidade sexual de frangas Leeson & Summers, (2005). Consequencias: Menor número de ovos Problemas tamanho ovos Qualidade de ovos no final do ciclo 2 Leeson & Summers, (2005). Consumo alimentar1 de frangas leves (gramas). Metas de peso vivo (gramas) para frangas leves Leeson & Summers, (2005). Metas de peso vivo (gramas) para frangas semipesadas Leeson & Summers, (2005). 10 Hy-Line 2013 • Na recria deve se dar atenção ao desenvolvimento de órgãos digestórios (moela e intestinos); • Praticas de manejo alimentar podem favorecer o desenvolvimento digestório (restrição alimentar); • Fibra dietética também exerce grande influencia no desenvolvimento digestório; • Utilizar ingredientes com granulometria adequada, não muito fina. (ideal DGM 600 a 800 microns fase de recria); • Granulometria deve ser homogênea nas rações fareladas, ou seja, baixo DPG; • Ração peletizada favorece desenvolvimento da moela. 12 Tamanho de partículas de milho de acordo com as peneiras utilizadas na moagem. A granulometria dos ingredientes é feita em conjunto de peneiras vibratórias e os resultados expressos em: DGM = diâmetro geométrico médio DGP = desvio padrão geométrico 3 Efeito da granulometria do milho sobre o consumo de ração (CR), o ganho de peso(GP), a conversão alimentar (CA) e peso da moela (PM) de frangos de corte de 21 a 42 dias de idade (P<0,05). 13 Ingredientes • Nas rações de crescimento (cria e recria), devem ser utilizados ingredientes de boa qualidade, evitando aqueles que possa apresentar fatores antinutricionais, • Milho e farelo de soja são base, contudo, alimentos como farelo de trigo, farinhas de peixe ou de carne, poderão compor as rações. • Farinhas de origem animal de boa qualidade. • Uso de óleo em pelo menos 1% da ração é desejado, sempre que o custo permitir. • Aditivos: Probioticos, prebioticos e enzimas são recomendados 17 18 • O preparo fisiológico das frangas de reposição na fase pré-postura requer cuidados especiais na formulação da ração; • A ave passa por um estresse metabólico, com variações hormonais, e nas suas necessidades nutricionais, principalmente de cálcio; • A utilização de um nível intermediário de cálcio (2,5% Ca), na ração pré-postura, parece estar mais adequado do que aplicar nível alto (4,0% Ca ração de postura). 2. FASE DE PRÉ-POSTURA 4 • Por outro lado, este nível não deve ser administrado por períodos longos (além de 5% de produção de ovos) pois, poderá comprometer a reserva medular de cálcio das aves que efetivamente estão em produção. • A utilização de níveis muito altos de cálcio solúvel aliado a alta suplementação de vitamina D na fase pré- postura aumenta a incidência de urolitiase nas aves, que poderá afetar o desempenho do lote. Exemplo de Recomendações nutricionais no crescimento 20 FASES INICIAL CRESCIM. DESENV. PRÉ-POSTURA SEM. 1 – 6 6 - 12 12 – 15 16 - 5% Prod. PB (%) 20,0 17,5 15,5 16,5 EM (Kcal/Kg) 2860 2880 2830 2850 LISINA T.% 1,10 0,90 0,66 0,80 MET + CIST T. % 0,82 0,71 0,58 0,65 TREONINA T.% 0,73 0,55 0,52 0,55 Ca % 1,0 1,0 1,0 2,5 Pd % 0,45 0,43 0,42 0,40 Cl e Na % 0,18 0,18 0,18 0,18 21 3. FASE DE POSTURA • Na fase de postura, o fornecimento adequado de energia garantirá os melhores resultados zootécnicos, porém a energia é a parte mais onerosa da ração, o retorno econômico será o principal determinante do nível ótimo de energia para poedeira. • O melhor método para a determinação da ingestão de energia é medir a quantidade de ração que a ave consome (HARMS, 1999). • O exigência de energia é variável de acordo com o peso corporal, fase de produção, tamanho de ovo, linhagem e temperatura ambiente (COON, 2002). Equações de Predição das Exigências de Energia Metabolizável (kcal/ave/dia) para Galinhas poedeiras Equação Autor Poedeiras Leves EM = 144,50.P0,75 + 3,84G + 1,92O + 2,0. P(21 - Tº) Rostagno et al (2000) EM = P0,75. (173 - 1,95Tº) + 5,5.G+ 2,07.O N.R.C. (1981) EM = P. (170 - 2,2Tº ) + 5.G + 2.0 - O EMMANS (1974) P = peso corporal (em kg); G = ganho de peso/ave/dia em g, O = gramas de ovos/ave/dia (% postura/100 x peso do ovo); Tº = Temperatura 23 Efeito da Temperatura e Energia metabolizável (EM) no consumo de ração de poedeiras de 20 a 36 semanas. Exemplo de Recomendações nutricionais para poedeiras vermelhas 24 Post. 1 Post. 2 Post. 3 Post. 4 Sem. 18 – 32 33 – 44 45 - 55 56 - ... PB % 18,00 16,75 15,60 14,10 EM (kcal/kg) 2860 2840 2800 2760 g/ave/dia 100 104 109 113 LISINA % 0,93 0,83 0,82 0,73 M + C % 0,76 0,73 0,62 0,55 TREO % 0,65 0,62 0,57 0,53 Ca % 4,0 4,10 4,15 4,20 Pd % 0,44 0,38 0,33 0,31 Na % 0,18 0,17 0,17 0,16 5 25 Exemplo de Recomendações nutricionais para poedeiras brancas 26 Ingredientes • Milho e farelo de soja são base, contudo, alimentos como farelo de trigo, farinhas de carne, poderão compor as rações. • Farinha de peixe deve ser evitada (alem do preço elevado pode trazer cheiro e gosto aos ovos) • Uso de óleo em pelo menos 1% da ração é desejado, sempre que o custo permitir. • Ingredientes pigmentantes (glutenose60, pigmentantos naturais ou sintéticos e o próprio milho amarelo) • Aditivos: Probioticos, prebioticos, enzimas são recomendados. • Do total de calcário – 1/3 em granulometria 2 a 4mm. 27 Pigmentação gema dos ovos • A cor da gema esta relacionada com os pigmentos carotenoides ingeridos pela poedeira. • As xantofilas são os mais importantes carotenoides na nutrição das aves, pois é esse grupo de pigmentos que é depositado nos tecidos, conferindo coloração a gema dos ovos, além de pele, gordura, bico e canela. • Alguns ingredientes naturais são ricos em xantofilas • Fontes purificadas e sintéticas também são utilizadas com propósito de pigmentação (pigmentantes sintéticos) 29 • Cantaxantina – pigmento vermelho (carophyll red) • Astaxantina – pigmento vermelho • B-apo-8’-carotenoide – pigmento amarelo • Os pigmentos são moléculas propensas a oxidação, portanto, ideal usar antioxidante para garantir eficiência na pigmentação. (BHT) Ingrediente Nível de Xantofila (mg/kg) Milho amarelo 20 a 25 Alfafa 150 a 175 Parte aérea da mandioca 125 a 150 Farelo de glútem de milho 250 a 275 Pétalas de Marigold 6500 a 7000 Cantaxantina (sintético) 20.000 6 Pigmentos naturais Tagetes erecta (Marigold) Capsicum (Pimentão doce) Leque colorimétrico
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