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UERJ – Faculdade de Educação / Consórcio CEDERJ Licenciatura em Pedagogia Língua Portuguesa Instrumental Coordenadora: Professora Helena Feres Hawad Avaliação a Distância 1 – 2013.2 Nesta atividade, você vai escrever um resumo da reportagem anexa a esta proposta de trabalho – “Ensino Religioso e escola pública: uma relação delicada”, publicada na revista Nova Escola em maio de 2013. ATENÇÃO: Antes de fazer a AD1, é indispensável que você leia o material complementar Técnica de resumo, postado na sala de aula virtual. Essa leitura é parte integrante da tarefa de elaboração da AD1. A avaliação de seu trabalho levará em conta a observância das orientações contidas no material complementar. Observe as seguintes especificações sobre o formato do trabalho: O resumo deve ter, no mínimo, 250 palavras e, no máximo, 350 palavras, e deve se organizar em um único parágrafo. O título será, simplesmente: “Resumo da reportagem Ensino Religioso e escola pública: uma relação delicada”. Apresente seu texto digitado em fonte Times New Roman 12 ou Arial 11 (como preferir), em espaço 1,5, alinhamento justificado, impresso com tinta preta sobre papel branco. Se não puder digitar e imprimir, faça o trabalho manuscrito, com caneta azul ou preta, em folha de papel almaço pautada. Nesse caso, certifique-se de que a caligrafia seja facilmente legível. Em qualquer dos dois casos, o trabalho deve ser precedido de um cabeçalho, para o qual você pode usar o seguinte modelo: UERJ – EDU / Consórcio CEDERJ Curso: Licenciatura em Pedagogia Polo: --- Disciplina: Língua Portuguesa Instrumental Avaliação a Distância 1 Data: --- Aluno/a: --- Entregue seu trabalho no polo até a data prevista no cronograma do curso: 20/8/2013. A data é uma terça-feira. Então, se você só pode ir ao polo no fim de semana, organize-se para entregar a AD até o último fim de semana antes dessa data. Lembre-se de que, se optar por enviar o trabalho pelo correio, isso deve ser feito no mínimo cinco dias antes da data para entrega no polo. IMPORTANTE: Na disciplina Língua Portuguesa Instrumental, não é permitida a entrega de ADs por meio da plataforma. Critérios de avaliação: O valor total do trabalho é de dez pontos, que serão assim atribuídos: 1. Conteúdo e desenvolvimento (fidelidade às ideias do texto original, boa seleção dos conteúdos incluídos, observância dos limites mínimo e máximo de tamanho) – 4,0 pontos 2. Correção ortográfica e gramatical (pontuação, ortografia, concordância, regência, colocação, estruturação das frases, seleção vocabular) – 3,0 pontos 3. Organização, clareza de expressão, coerência interna do texto, coesão, impessoalização da linguagem – 2,0 pontos 4. Capricho com a apresentação (observância do formato gráfico estipulado na proposta, limpeza e cuidado com o aspecto físico do trabalho, existência de um cabeçalho adequado) – 1,0 ponto ATENÇÃO: Trabalhos que fujam inteiramente à proposta feita receberão nota zero. Trabalhos em que se caracterize cópia do trabalho de outras pessoas (outros alunos do curso, sites da internet ou quaisquer outras fontes) receberão nota zero. Na disciplina Língua Portuguesa Instrumental, as AD´s têm peso 2, e as AP´s têm peso 8 na composição da N1 e da N2. ANEXO – Reportagem da revista Nova Escola Ensino Religioso e escola pública: uma relação delicada Todos têm o direito de manifestar sua fé, mas incluir a disciplina na grade pode causar momentos embaraçosos Com apuração de Fernanda Salla Aulas de religião na escola pública. Pode? Sim, de acordo com a Constituição brasileira e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), desde que não sejam obrigatórias para os alunos e a instituição assegure o respeito à diversidade de credos e coíba o proselitismo, ou seja, a tentativa de impor um dogma ou converter alguém. Mas faz sentido oferecer a disciplina na rede pública? Desta vez, a resposta é não, e os motivos são três. O primeiro tem a ver com a dificuldade de cumprir o que é determinado legalmente. A começar pelo caráter facultativo. O que fazer com os estudantes que, por algum motivo, não queiram participar das atividades? Organizar a grade para que eles tenham como opção atividades alternativas é o que se espera da escola. Porém, não é o que acontece em muitas redes. Nelas, nenhum aluno é obrigado a frequentar as aulas da disciplina, mas, se não o fizerem, têm de descobrir sozinhos como preencher o tempo ocioso. A lei não obriga a rede a oferecer uma aula alternativa, mas é contraditório permitir que as crianças fiquem na escola sem uma atividade com objetivos pedagógicos. A questão da diversidade, outro item previsto na lei, também não é uma coisa simples de ser resolvida. Como garantir que todos os grupos religiosos - incluindo divisões internas e dissidências - sejam respeitados durante o programa em um país plural como o nosso? Dados do Censo Demográfico 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que 64,6% da população se declara católica, 22,2% evangélica, 2% espírita, 3% praticante de outras religiões e 8% sem religião. O segundo motivo é de foro íntimo e tem a ver com as escolhas de cada um e com o respeito às opções dos outros. De que forma assegurar que o professor responsável por lecionar Ensino Religioso não incorra no erro de impor seu credo aos estudantes? Ou que aja de maneira preconceituosa caso alguém não concorde com suas opiniões? É fato que todos, educadores e alunos, têm o direito de escolher e exercer sua fé. Está na Constituição também. Não há mal algum em rezar, celebrar dias santos, frequentar igrejas (ou outros templos), ter imagens de devoção e portar objetos, como crucifixos e véus. Porém, em hipótese alguma, a escola pode ser usada como palco para militância religiosa e manifestações de intolerância. É bom lembrar que a mesma carta magna determina que o Estado brasileiro é laico e, por meio de suas instituições, deve se manter neutro em relação a temas religiosos. Quando isso não acontece, aumentam os riscos de constrangimentos e eventos de bullying. Stela Guedes Caputo, doutora em Educação e docente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), pesquisou por mais de duas décadas a infância e a adolescência de praticantes do candomblé. Por causa de sua fé, muitos deles foram humilhados pelos colegas e até por seus professores. Para evitar tais situações, a maioria omitia a crença na tentativa de se proteger. O terceiro motivo para deixar o Ensino Religioso fora do currículo é a essência da escola. Cabe a ela usar os dias letivos para ensinar aos estudantes os conteúdos sobre os diversos campos do conhecimento. Há tempos, sabe-se que estamos longe de cumprir essa obrigação básica. Os resultados de avaliações como a Prova Brasil e o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, sigla em inglês) comprovam com clareza essa falta grave. Boa parte dos estudantes conclui o Ensino Fundamental sem alcançar proficiência em leitura, escrita e Matemática. Além disso, há que se avaliar um argumento usado por quem defende o Ensino Religioso como forma de tratar de valores morais. Sem dúvida, é importante que a escola explore esse tema, mas desde que ele perpasse todo o currículo e esteja presente no discurso e nas atitudes de toda a comunidade escolar. Por isso, não faz sentido falar de moral nas aulas sobre religião e nas atividades alternativas oferecidas para quem optar por não cursar a disciplina. Num cenário ideal, a moral trabalhada no ambiente educacional não tem a ver com a pregada pelas religiões. Educação e verdades incontestáveis não combinam. Enquanto os credos são dogmáticos e pautados na heteronomia (quer dizer, as normas são reguladas por uma autoridade ou um poder onipresente), a escola é o lugar para a conquista e o desenvolvimento da autonomia moral. Isso querdizer que crianças e adolescentes devem aprender e ser estimulados a analisar seus atos por meio da relação de respeito com o outro, compreendendo as razões e as consequências de se comportar de uma ou outra maneira. Bons projetos de Educação moral, que abrem espaço para questionamentos e mudanças de hábito, dão conta do recado. Mesmo sem oferecer a disciplina, muitas instituições pecam ao usar a religião no dia a dia. Segundo respostas dadas por 54.434 diretores ao questionário da Prova Brasil 2011, independentemente de oferecer a matéria, 51% das escolas cultivam o hábito de cantar músicas religiosas ou fazer orações no período letivo, no horário de entrada ou da merenda, entre outros(leia outros dados no gráfico abaixo). Outro exemplo de como os limites são extrapolados é apresentado no estudo O Uso da Religião como Estratégia de Educação Moral em Escolas Públicas e Privadas de Presidente Prudente, de Aline Pereira Lima, mestre em Educação e docente da Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (Felicam). Na instituição pública analisada, mesmo sem a presença da matéria na grade dos anos iniciais do Ensino Fundamental, a religião estava muito mais presente do que nas duas escolas particulares visitadas, que tinham caráter confessional declarado. O discurso teológico permeava o dia a dia dos estudantes: era usado para solucionar casos de indisciplina e até de violência. A pesquisadora observou também que os professores diziam aos estudantes frases como "Deus castiga os desobedientes". Sem contestar ou ameaçar a liberdade de credo de ninguém, espera-se que os educadores sigam buscando ensinar o que realmente interessa. Sem orações, imagens e afins. Religiosidade e Educação Contrariando a laicidade do Estado, as escolas têm manifestações de crenças 66% ministram aulas de Ensino Religioso 51% têm o costume de fazer orações ou cantar músicas religiosas 22% têm objetos, imagens, frases ou símbolos religiosos expostos Fonte Questionário Diretor Prova Brasil 2011 Nova Escola. maio / 2013. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/ensino-religioso-escola-publica-relacao- delicada-laica-religiao-747579.shtml Acesso em 29/7/2013.
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