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Resumo Capítulo 7 - CYRO REZENDE

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Resumo Capítulo 7 – História Econômica do Brasil
O Novo Colonialismo
No século XIX houve poucas alterações na economia mundial, com exceção da independência das colônias de Portugal e Espanha de suas respectivas metrópoles. Inglaterra seguia no domínio da economia mundial. As Américas e Europa Oriental seguem como regiões periféricas e África e menores partes da Ásia continuam com menor importância ao sistema econômico. A Índia atua num artificial mercado de produtos industrializados, comprando tecidos de algodão da Inglaterra. 
Em 1870 ocorre um processo denominado imperialismo. Nenhuma região do globo não tinha alguma relação desigual de comércio de produtos industrializados. É o desenvolvimento natural do sistema econômico capitalista. 
O capital Monopolista
	Os tempos de livre concorrência pertencem aos primeiros estágios do capitalismo. Mas logo esse universo de múltiplas empresas tendeu-se a reduzir, principalmente em virtude da introdução de inovação técnica no processo produtivo. Então, passa a vigorar uma concorrência desigual, cujo resultado foi a exclusão das demais empresas no mercado. 
	Dessa forma, “o capital maior engole o capital menor”. A Segunda Revolução Industrial produziu uma fusão entre dois setores já bastante concentrados, o produtivo e o financeiro. Surgiram as holdings, controladoras de trustes e cartéis. 
	O capital torna-se rapidamente monopolista, podendo determinar os preços finais dos produtos, uma vez que ele controla de forma absoluta as várias etapas da vida econômica, ou seja, a produção, a distribuição e o consumo. 
	A demanda relativa do trabalho sofre uma redução em um período acentuado de desenvolvimento demográfico. A população europeia eleva-se de 180 milhões de habitantes em 1800, para 265 milhões em 1850, atingindo 390 milhões em 1900. 
	O capitalismo esgotara sua capacidade de manter o desenvolvimento econômico nos mercados internos. No entanto, os mercados externos estavam com problemas, com uma política protecionista e de generalização de prática do dumping, que agravou sobremaneira a situação geral. Recorreu-se ao desemprego e à redução das horas de trabalho. Na década de 1870 as taxas de juros europeias não superavam os 3%. 
O Imperialismo
	A solução natural para o capitalismo aparentemente sucateado foi a transformação das áreas externas (Ásia e África) em áreas periféricas da economia-mundo, através do imperialismo. Essas áreas deveriam se transformar em fornecedoras de matéria-prima e de mão de obra não especializada, em importadoras de produtos industrializados, de capitais e de excedentes populacionais. Havia um caráter bélico que acompanhou a ocupação. Assim, as nações armadas acabaram vivendo um claro período de paz armada, quando não de guerra armada. 
Na África, com exceção da Libéria e da Etiópia, todo o contingente se encontrava compartilhado por portugueses, espanhóis, belgas, italianos, alemães e principalmente franceses e ingleses. Na Ásia, o continente e os arquipélagos estavam ocupados por franceses, ingleses, alemães, norte-americanos, holandeses, japoneses e russos. Os impérios otomano e chinês estão submetidos a toda sorte de pressões para efetuarem concessões econômicas e cedem pela força às potências imperialistas. Na guerra Russo-Japonesa de 1904-1905 a derrota russa barra a continuidade da expansão do Japão, levando-o a uma posição ímpar: único país de população não europeia, industrializado e imperialista. 
Os Estados Unidos, primeira colônia no mundo a conquistar sua independência, justificam sua guerra com a Espanha em 1898, que lhes trará as áreas coloniais de Guam, Porto Rico e Filipinas, pela revolta do povo cubano contra a opressão espanhola e a anexação do arquipélago do Havaí em 1901. 
O capital monopolista fez com que dois setores se tornassem fundamentais: os investimentos de capital e os transportes, fundamentais para política imperialista. Estes acabaram por transformar o comércio mundial em multilateral, com déficits de uma determinada área correspondendo a excedente em outras. 
O país mais favorecido nessa fase do imperialismo foram os Estados Unidos, uma vez que além de nação industrializada eram grandes produtores de matérias-primas. 
As formas de Imperialismo
	
	No espaço ampliado de rivalidades nacionais, a ação concreta do imperialismo deu-se por duas formas e caracterizou quatro tipos de dominação colonial.
O Imperialismo Informal
	Caracteriza-se pela ausência de dominação política sobre as áreas periféricas. Essas áreas conservam sua situação de países independentes, mas sua economia é voltada para o mercado externo. Há um maciço investimento de capital estrangeiro, que em certos casos chegam a desnacionalizar totalmente certos setores de sua economia. 
	A maior parte desse imperialismo se encontra na América Latina. Nela há três grupos de países exportadores de produtos primários: os de clima temperado, os de clima tropical e os de minerais. 
	O primeiro é representado pelo Uruguai e Argentina, que concentram sua produção exportadora na carne, primeira refrigerada e depois congelada.
	O segundo engloba o Brasil, Colômbia, Equador, América Central e o Caribe, exportando basicamente café e cacau. 
	O terceiro grupo, formado pelos países exportadores de produtos minerais, é composto pelo México, Chile, Peru, Bolívia e Venezuela. Nele a demanda internacional por matérias-primas industriais intensificou o investimento de capitais estrangeiros. 
O Imperialismo Formal
	O imperialismo formal reduz as áreas periféricas sob seu controle a uma verdadeira situação de colônias em nome da missão civilizadora do homem branco. Esse controle colonial sobre os países da Ásia e da África produz uma completa desnacionalização dose setores mais produtivos de suas economias, artificialmente desenvolvidos para abastecer em um mercado externo. A sua localização geográfica reforça em nível ideológico a justificativa do fardo do homem branco, que se sacrifica para civilizar os selvagens. 
	Podemos classificar as colônias afro-asiáticas formadas pelo imperialismo em quatro tipos diversos:
Colônias de enraizamento: caracterizam-se por uma maioria de população de origem europeia. Os exemplos são a Austrália e a Nova Zelândia. 
Colônias de enquadramento: uma minoria dirigente europeia impôs-se sobre grandes populações nativas, controlando posições-chave na administração, justiça e forças de segurança (política e exercício). Os custos da administração direta foram largamente compensados pela exploração impiedosa do trabalho dos nativos e pela espoliação de seus recursos naturais, enquanto os investimentos concentram-se na viabilização de uma estrutura econômica exportadora. O exemplo mais perfeito de colônia de enquadramento foi fornecido pela Índia Britânica, onde menos de cinco mil funcionários ingleses eram responsáveis pelo controle de 300 milhões de indianos, pela guarda das fronteiras, administração do território e supervisão da economia.
Protetorados: constituíram-se na forma mais inteligente de dominação colonial, onde os colonizadores preservavam oficialmente os poderes locais, exercendo uma dominação indireta, mas não menos eficaz, pela cooptação das elites nativas. Foram exemplos o Marrocos, o Egito e a Indochina. 
Áreas de influência: são regiões ainda independentes, onde as potências coloniais competem umas com as outras, no sentido de obter concessões econômicas. Basicamente, essas áreas de influência restringiram-se ao Império Otomano, à Pérsia e à China. 
As formas de trabalho sob o imperialismo
	O trabalho assalariado era a forma de trabalho dominante, senão a única nas colônias de enraizamento. Na América Latina o trabalho escravo vigorou até 1888 no Brasil. Escravidão indígena foi dominante em certas áreas do México. Em vastas regiões agrárias da América Central, da Colômbia e do Peru, as populações camponesas entregavam parcelas de sua produção agrícola aos proprietários de terras.
A Sociedade de Massa
	Nada mais é que a popularização do consumo, com aformação de amplos mercados cujos principais componentes eram os trabalhadores assalariados. 
	A constituição dessa sociedade de massas, com seu enorme mercado interno, pode ser vista com reflexo de uma série de fatores: a existência de uma ampla e concentrada população urbana; um aumento de gastos da classe trabalhadora em geral; um acréscimo do tempo de lazer; notáveis melhorias nos sistemas de transporte coletivo; uma grande expansão no volume de uma propaganda comercial. 
	O sistema econômico capitalista parecia no final de sua “juventude”, plenamente realizado. Estendera-se a todas as partes do mundo, e constituíra em sua área central um pujante mercado consumidor alimentado por uma população assalariada em crescimento, enquanto sujeitava sua área periférica a uma relação de trocas desiguais, que só contribuía para sua autorreprodução.

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