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Aula 4 - Enferm - Atenção e Memória

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13/05/2015
1
Atenção e Memória
Aula 4
Sandro H. V. Almeida
Psicologia Aplicada Enfermagem
2015.1
Atenção
ATENÇÃO
• Atenção: seleção de informações necessárias para 
assegurar o desenvolvimento da ação e sua 
manutenção.
• Busca:
– Identificação primária de informações
– Seleção de informações
– Tem caráter seletivo, consciente, organizativo.
• Pode ser distinguida por seu:
– Volume – distribuição
– Estabilidade – concentração
– Oscilação – alternância
• Fatores determinantes de seu desenvolvimento:
Fatores internos ao indivíduo:
– Capacidade de processar informações
– Aprendizagens
– Características do indivíduo
– Sistema sensorial
– Determinações sociais (estresse, gênero)
– Hora (momento) do dia
• Estrutura do estímulo externo a ser considerados
1) Intensidade do estímulo;
2) Novidade ou diferença de estímulo;
3) Sentido (estrutura da atividade e grau de 
automatização)
• Fatores orientadores da atenção:
– Estímulo físico
– Estímulo verbal – pode prolongar o estado de 
atenção, rompendo com os limites biológicos.
• A atenção depende mais da tarefa que do objeto
• Em crianças de dois anos, a instrução verbal tem 
função orientadora quando coincide com a 
percepção imediata da criança. Se a orientação for 
complexa e exigir síntese prévia, não tem caráter 
orientador.
• Fatores que interferem na atenção e concentração: 
– Estados emocionais
– Estados patológicos (em geral o indicador é a 
estabilidade)
• Em crianças de dois anos, a instrução verbal tem função 
orientadora quando coincide com a percepção imediata 
da criança. Se a orientação for complexa e exigir síntese 
prévia, não tem caráter orientador.
• Fatores que interferem na atenção e concentração: 
– Estados emocionais
– Estados patológicos (em geral o indicador é a 
estabilidade)
13/05/2015
2
Critérios de diagnósticos para transtorno de déficit 
de atenção/hiperatividade
Características clínicas: hiperatividade, 
comprometimento percepto-motor, instabilidade 
emocional, déficit geral da coordenação, distúrbios 
da atenção, impulsividade, transtorno da memória 
e do pensamento, deficiências específicas do 
aprendizado, distúrbios da fala e da audição e 
sinais e irregularidades neurológicas duvidosas ao 
EEG. 
No caso da hiperatividade, A. (2): 
(2) Seis (ou mais) dos seguintes sintomas de 
hiperatividade persistirem por, pelo menos, 6 
meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente 
com o nível de desenvolvimento:
a) freqüentemente remexe as mãos ou os pés ou 
se remexe na cadeira
b) freqüentemente abandona sua cadeira em 
sala de aula ou outras situações nas quais se 
espera que permaneça sentado
Hiperatividade:
c) freqüentemente corre em demasia, em 
situações nas quais isto é inadequado (em 
adolescentes em adultos podem estar 
limitado a sensações subjetivas de 
inquietação)
d) com freqüência, tem dificuldade para brincar 
ou se envolver silenciosamente em 
atividades lazer
e) está freqüentemente “a mil” ou, muitas 
vezes, age como se estivesse “a todo vapor”
f) freqüentemente fala em demasia
Impulsividade:
g) frequentemente dá respostas apressadas 
antes de as perguntas terem sido 
completadas
h) com freqüência, tem dificuldade para 
aguardar a sua vez
i) freqüentemente interrompe ou se mete em 
assuntos de outros
B. Alguns sintomas de hiperatividade-
impulsividade ou desatenção que causaram 
comprometimento estavam presentes antes dos 7 
anos de idade
C. Algum comprometimento causado pelos 
sintomas está presente em dois ou mais contextos
D. Deve haver claras evidências de 
comprometimento clinicamente significativo do 
funcionamento social, acadêmico ou ocupacional
E. Os sintomas não ocorrem exclusivamente 
durante o curso de um transtorno invasivo do 
desenvolvimento, esquizofrenia ou outro 
transtorno psicótico e não são melhor explicados 
por outro transtorno mental (humor, ansiedade, 
dissociativo, personalidade).
13/05/2015
3
Tratamento para TDAH
�Psicoterapia – individual e familiar
�Acompanhamento pedagógico e/ou 
psicopedagógico (nem sempre os casos exigem 
atenção individualizada)
�Medicamentoso – geralmente o metilfenidato 
(Ritalina) 
RITALINA – do grupo das anfetaminas, age no 
sistema nervoso central. É indicado para 
crianças que tem TDAH (acima de 6 anos), 
idosos em diagnósticos de depressão e em casos 
de narcolepsia.
Dados sobre a Ritalina
(retirados da bula do medicamento)
Reações adversas
O nervosismo e a insônia são as reações adversas 
mais comuns. Ocorrem no início do tratamento e 
são usualmente controlados pela redução da dose e 
pela omissão da dose da tarde ou da noite. A 
diminuição de apetite é também comum, mas 
geralmente transitória. 
Sistema nervoso central e periférico. 
Ocasionais: Cefaléia, sonolência, tontura, discinesia. 
Trato gastrintestinal: 
Ocasionais: dor abdominal, náusea, vômito. 
Ocorrem usualmente no início do tratamento, 
podendo ser aliviados pela ingestão 
concomitante de alimentos. Boca seca. 
Sistema cardiovascular: 
Ocasionais: taquicardia, palpitação, arritmias, 
alterações da pressão arterial e do ritmo 
cardíaco (geralmente aumentado). 
Pele/hipersensibilidade: 
Ocasionais: rash, prurido, urticária, febre, 
artralgia (dor articular), alopecia (perda de pelos 
e cabelos). 
Aspecto de um indivíduo 
medicalizado com Ritalina
MEDICALIZAÇÃO DA VIDA
1. Timidez….vira…..Desordem de 
Ansiedade 
Social……………código 300.23
2. Perda de um 
ente…..vira…..Desordem Depr
essiva Maior………… código 
296.2
3. Saudades de 
casa….vira..Desordem de 
ansiedade de separação… 
código 309.21
4. Desconfiança…..vira 
…..Desordem de 
Personalidade 
paranóica…código 301.00
5. Ter altos e 
baixos…..vira……Transtorno 
Bipolar………….………….código 
296.00
6. Ser distraído……vira.….. 
TDAH……… código 314.9
http://iconoclastia.org/2013/03/07/brasil-dispara-no-vicio-induzido-
pelos-pais-na-droga-da-obediencia-ritalina/
13/05/2015
4
PROBLEMAS NO DIAGNÓSTICO
• Critérios de diagnósticos dos manuais 
subjetivos
• Diagnósticos dados em uma única sessão
• Por ensaio terapêutico
• Medicalização da vida
PRODUÇÃO DO TDAH?
Que relações de produção são estas, que vêm 
produzindo indivíduos sem “foco atencional” 
ou “sem autocontrole”?
Qual o critério que se estabelece nesta forma de 
produção de comportamentos para se distinguir 
entre o saudável e o patológico?
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA
Não cabe ao professor fazer o diagnóstico do em 
uma criança, porém ele é um profissional 
importante para encaminhar o aluno para um 
especialista, devido à sua convivência cotidiana 
com a criança em situações grupais.
Características que são acentuadas na vida 
escolar:
�dificuldades com a linguagem e escrita;
�dificuldades em escrever;
�dificuldades com a ortografia;
�lentidão na aprendizagem da leitura.
ESTRATÉGIAS E INTERVENÇÕES 
PEDAGÓGICAS
O trabalho deve ser multidisciplinar envolvendo, 
pais, professores, médicos e terapeutas. 
As principais estratégias pedagógicas para 
atender este aluno que o professor deverá 
oferecer, envolve as seguintes ações:
13/05/2015
5
�Modificação do ambiente;
�Adaptação do currículo;
�Flexibilidade na realização e apresentação das 
tarefas;
�Adequação do tempo das atividades 
propostas.
1. Modificação do ambiente:
�A sala de aula ou quadra deve ser organizada, 
minimizar fatores que estimulem excitações e 
distrações;
�Ficar próximo ao professor e solicitar que o 
aluno o auxilie quando for necessário;
�Constância na arrumação do ambiente, por 
exemplo, na arrumação dos materiais de aula;
2. Adaptação do currículo
�Garantir o uso eficiente de estratégias para 
execução de uma tarefa (conteúdos 
procedimentais)
�Evitar atividades repetitivas�Dividir tarefas maiores em unidades menores;
�Graduação do problema para evitar saltos de 
situações fáceis para as difíceis
3. Flexibilidade na realização e apresentação 
das tarefas
�Dar instruções claras, uma de cada vez;
�Lista de tarefas em local visível;
�Pedir que repita o comando dado na tarefa 
para certificar-se que tenha entendido o que 
foi solicitado;
�Dar responsabilidades que possa cumprir, 
fazendo com que se sinta necessário e 
valorizado;
�Trabalho com pequenos grupos sem isolar a 
criança;
�Trabalhar com jogos e desafios para motivá-lo;
�Dar comandos de forma segura e clara: “abra o 
caderno” ao invés de “O que você acha de abrir 
o caderno?”
�Tenha “combinados” e regras bem definidas, se 
possível escritas ou pictográficas. 
4. Adequação do tempo
�Dar tarefas curtas e intercaladas, para que 
possa concluí-las antes de se dispersar;
�Ir devagar com o trabalho e parcelar a tarefa. 
�Siga rotinas
13/05/2015
6
– Trabalhar positivamente o olhar e o ouvir aguçados 
da criança com exercícios de seleção e focalização 
de objetos-figuras.
– Interessar-se mais pelas coisas que a criança sabe 
fazer, por seus talentos e não somente pelas suas 
deficiências. Enfatizar mais as qualidades do que os 
supostos déficits.
– Aproveitar a alegria, vitalidade, criatividade, 
intuição, generosidade e afetuosidade da criança 
de forma a criar um ambiente positivo para 
possibilitar um contato saudável entre a criança e 
os colegas.
Memória
Memória
• Processo complexo de elaboração da informação, 
dividido em uma série de etapas e que, por seu 
caráter, se aproxima da atividade cognoscitiva 
(pensamento). Organiza-se no cérebro em um 
complexo sistema funcional, ativo por seu caráter, 
que se desdobra no tempo em uma série de elos 
sucessivos e organizados em vários níveis.
• Esse caráter complexo e sistêmico está presente nos 
processos fundamentais da memória e se refere por 
igual ao processo de registro (ou recordação) e ao 
de reprodução (ou evocação) de vestígios 
impressos.
• A memória estabelece relações sistêmico-
específicas com a linguagem e com os demais 
processos psicológicos, isto é, está relacionada à 
formação do sistema psicológico/ funcional e não 
por uma relação de associações sensoriais 
mecânicas entre ambas. Apoia-se em um sistema 
multidimensional de conexões que incluem 
componentes elementares (sensoriais), complexos 
(perceptivos) e muito complexos (conceituais), 
sendo estes processos também dependentes do 
material a ser recordado, o tempo que se tem 
para registro e do lugar que a memorização ocupa 
na estrutura da atividade.
• Todo o processo mnemônico é também regulado 
pelas emoções e sentimentos dos indivíduos, por 
seus interesses e atenção, e assim também é 
determinado pelos motivos e necessidades da 
atividade e pelos significados e sentidos da 
realidade - e assim sendo, dos conteúdos 
memorizados - para o indivíduo.
• A memória é organizada sob diversas formas, sendo 
cada uma dessas organizações baseada em diversos 
critérios. A primeira, que usualmente é destacada, é 
a estruturação da atividade mnêmica tendo como 
critérios o tempo de retenção e o conteúdo da 
informação memorizada.
Classificação da Memória Segundo 
Critérios de Tempo e Conteúdo
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7
Critério: Tempo de Retenção
• A memória, quanto ao tempo, pode ser dividida 
em:
a. Memória Ultracurta (ou Memória de Trabalho) –
duração de poucos segundos – função operacional, 
on line – não deixa registros ou traços de memória 
apesar de ser fiel ao conteúdo trabalhado
b. Memória de Curto Prazo (também chamada de 
operacional) – tem duração de alguns segundos ou 
minutos a algumas horas (6h a 8h) – Existe a 
formação de traços de memória – Período para a 
formação destes traços chama se período de 
consolidação.
Obs: Os dois primeiros tipos de memória formam a chamada 
memória operativa que mantém as informações disponíveis, 
como um armazenamento provisório, para o funcionamento 
dos demais processos psíquicos, sendo a memória operativa 
constituída pelo executivo central, estrutura responsável pelo 
esse funcionamento específico das informações, sejam elas 
visuo-espaciais ou fonológica.
c. Memória de Longo Prazo – memória com duração 
de dias, meses ou anos
d. Memória Remota – memórias de longa duração 
que duram décadas – mais suscetíveis a 
esquecimento e extinção assim como falhas ou 
adição de novos conteúdos – o que a torna mais 
lábil, aumentando a possibilidade de formação de 
falsas memórias
Critério: Conteúdo da Informação
• A memória (de longo prazo), quanto ao conteúdo 
da informação, pode ser dividida em:
• Declarativas ou explícitas – são aquelas memórias 
que usam diretamente a linguagem em sua 
organização – seja este signo simbólico ou 
imagético – memórias que podem ser contadas, 
declaradas, explicitadas. São subdivididas em:
– Semânticas – responsáveis pelos 
conhecimentos gerais
– Episódicas – responsáveis pela memorização de
• fatos cotidianos
• autobiografia
• Não Declarativas ou Implícitas ou de Procedimento 
– São aquelas memórias que não são facilmente 
declaráveis, e assim não usam diretamente a 
linguagem para evocação. Também chamadas de 
hábitos. São subdivididas em memórias:
– Emotivas
– Pré-ativação (priming)
– Motoras
– Condicionadas
• Operante
• Respondentes (Reflexo ou Pavloviano)
– Comportamentos Reflexos
• Sensibilizações
• Habituações
Relação entre memórias de
curta e longa duração
• Houve um debate que 
data desde a proposição 
por Willian James em 
seu “Princípios de 
psicologia”, sobre a 
existência da memória 
de curto e longo prazos e 
suas relações. Elas são 
sucessivas ou paralelas?
• Por meio de diferenciações 
bioquímicas dos processos, 
foi possível identificar que a 
memória de curto prazo e 
de longo prazo não são 
processos contínuos e sim 
paralelos
Classificação da Memória Segundo Critério 
de Modalidades de Memorização
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Classificação da Memória Segundo 
Critério de Finalidade
A Não Recordação de Informações 
• A não recordação / esquecimento de alguma informação pode ter 
três origens:
1. é resultado do declínio do traço mnêmico – extinção das 
informações memorizadas – menos comum
2. é resultado do efeito inibitório-regulador que os processos 
interferentes (distratores) ou irrelevantes têm na evocação das 
lembranças – mais usual
OBS: Destaca-se que nestas duas não há perda efetiva da 
informação, e assim esta pode por algum motivo ser manifesta 
(conscientemente ou não)
3. Pode-se genuinamente chamar de esquecimento – é a completa 
perda daquela informação
a. desaparecimento do neurônio ou grupo de neurônios 
encarregados daquele dado
b. não uso daquela informação por um longo período.
Causa Orgânica
Doenças Senis
DemênciaNeurodegenerativas
Alzheimer
Parkinson
Huntington
Korsakoff
Acidente Vascular 
Cerebral
Causadores 
Químicos
Drogas
Lícitas
Ilícitas
Causadores 
Físicos
Acidentes em 
Geral
Guerras
Causa Psicogênica
Fatores Psicológicos que Inibem 
Recordação
Distúrbios 
Afetivos
Estresse Pós 
Traumático
Amnésias – Critério Cronologia
• As amnésias, quanto a cronologia, podem ser 
divididas em:
– retrógrada – incapacidade de se recordar 
acontecimentos anteriores ao estabelecimento da 
amnésia (transtorno de evocação)
– anterógrada – incapacidade de armazenar em 
longo prazo novas informações, sendo que esta 
raramente é psicogênica
• OBS: as amnésias afetam predominantemente 
as memórias episódicas

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