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CASO 01
 Joaquim moveu ação indenizatória por danos morais em face de Alexandre por ter este mantido relação amorosa com Priscila, sua esposa (do autor). Alega que em razão desse relacionamento acabou se separando da sua esposa, o que lhe causou grande abalo psicológico e humilhação. Terá Alexandre o dever de indenizar? O que você alegaria como advogado de defesa de Alexandre? 
R: Não. Alexandre não tem dever de indenizar, tendo em vista não haver relação jurídica entre os dois. Além disso, Alexandre não tinha nenhum dever de fidelidade em relação a Joaquim. Quem tinha este dever, e o violou, foi Priscila, a mulher de Joaquim.
 A responsabilidade seria entre a esposa e o marido traído e não entre o marido e o amante, de acordo com o artigo 1566,I do cc.
 (OAB/Exame Unificado – 2010.3) Ricardo, buscando evitar um atropelamento, realiza uma manobra e atinge o muro de uma casa, causando um grave prejuízo. Em relação a situação acima é correto afirmar: 
A) não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade.
 B) responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade. 
C) praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano. 
D) responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa.
CASO 02
 Menina morre ao receber vaselina na veia em hospital. Estela, 12 anos, foi internada com quadro de virose, diarréia, febre e dores abdominais. O médico lhe receitou medicamentos e soro na veia. Após receber duas bolsas de soro, Estela começou a passar mal na terceira.Só então foi constatado que em lugar de soro estava sendo injetada vaselina na sua veia. Maria, a enfermeira responsável pelo atendimento de Estela, teria se enganado porque os frascos usados para guardar soro e vaselina são semelhantes.( Globo, 7/12/2010) Considerando apenas a conduta da enfermeira Maria, indaga-se: o caso é de responsabilidade contratual ou extracontratual? Responsabilidade objetiva ou subjetiva? Resposta fundamentada.
R: Como Estela estava internada em um hospital, já havia uma relação jurídica preexistente entre eles, logo, é caso de responsabilidade contratual.
A responsabilidade pelo dano foi subjetiva, pois houve a violação de um dever que o agente deveria conhecer e acatar. Não houve intenção de violar o dever jurídico, mas este foi violado por motivo de negligência da enfermeira. A responsabilidade pessoal dos médicos e profissionais de saúde é subjetiva. Houve no caso indiscutível violação do dever de cuidado da enfermeira Maria, o que caracteriza a culpa, e culpa grave. Mera semelhança dos frascos de vaselina e soro não justifica o erro de Maria; pelo contrário, agrava a sua negligência pois, em razão da semelhança dos frascos deveria ter maior cuidado.
 Ação indenizatória por danos materiais e morais movida por Antonio em face de José, fundada no seguinte fato: o veiculo do réu (José) colidiu com a porta do veículo do autor (Antonio) no momento em que este desembarcava do mesmo, decepando-lhe três dedos da mão esquerda. Em contestação, o réu alega e prova que o autor, além de estar parado e, fila dupla, abriu a porta do veiculo inadvertidamente no momento em que passava o veículo do réu. Dando os fatos narrados como provados, assinale a afirmativa correta, justificadamente:
 A) O réu (José) não terá que indenizar porque houve culpa exclusiva da vítima. 
B) O réu terá que indenizar porque violou o dever de cuidado – era previsível que alguém poderia saltar de um veículo parado em fila dupla.
 C) A indenização deverá ser reduzida porque houve na espécie culpa concorrente (art. 945 do Código Civil). 
D) O réu terá que indenizar porque o caso é de responsabilidade objetiva, pelo que é irrelevante a ocorrência de culpa. 
E) Nenhuma das alternativas.
CASO 3
Augusto, comerciante de bois, vende a Gustavo, lavrador, um boi doente, que, por sua vez, contagia os outros bois do comprador, que morrem. Privado desses elementos de trabalho, o lavrador vê-se impedido de cultivar suas terras. Passa a carecer de rendimentos que as terras poderiam produzir, deixa de pagar seus credores e vê seus bens penhorados, os quais são vendidos por preço abaixo de seu valor. Arruinado, o lavrador suicida-se. Seus filhos e viúva ingressam com ação de indenização em face do comerciante. Pergunta-se: quais são os danos ressarcíveis e quem terá de repará-los? Resposta fundamentada. 
R: O ordenamento jurídico brasileiro adotou a teoria da causalidade adequada, positivada no artigo 403 do Código Civil. Assim, em se tratando de Responsabilidade civil, nem todas as condições concorrem para o resultado, somente aquela que foi mais adequada concretamente com o resultado.
No caso exposto, conclui-se que os danos ressarcíveis que terão de ser reparados por Augusto, limitam-se apenas aos bois de Gustavo que morreram em decorrência da doença transmitida pelo boi vendido pelo vendedor. 
Diante das excludentes de nexo causal não é correto afirmar: 
I – Havendo uma excludente de nexo causal o dever de indenizar será afastado mesmo nos casos de risco integral. 
II – O fortuito interno afasta o dever de indenizar.
III – O dever de indenizar é afastado tanto nos casos de responsabilidade civil subjetiva quanto objetiva, diante de alguma excludente de nexo causal. 
A) Somente I e II estão incorretas. 
B) Somente I e III estão incorretas. 
C) Somente II e III estão incorretas. 
D) Todas estão incorretas
SEMANA 4 
Antonia teve o seu veículo apreendido em ação de busca e apreensão movida pelo Banco X. Pagas as prestações em atraso, seis meses depois o veículo lhe foi devolvido, mas inteiramente danificado, inclusive com subtração de peças e acessórios. Alega também Antonia que não poderá usar o seu veículo, enquanto não for consertado, no fornecimento de quentinhas para cerca de 80 pessoas, o que lhe daria um ganho diário de R$ 120,00. Em ação indenizatória contra o Banco X o que Antonia poderá pedir? 
R: É comum a busca e apreensão nos casos de inadimplência. Quando isso ocorre, o Banco se torna depositário, tendo este o dever de conservar a coisa e devolve-lo ao proprietário após quitação da divida tal como recebeu, o que não ocorreu.
Diante dos fatos, pode Antônia pleitear indenização por dano material, na modalidade de dano emergente correspondente à quantia necessária para o conserto do veículo – valor das peças, acessórios, mão de obra etc, e lucros cessantes, aquilo que razoavelmente deixar de ganhar enquanto o veículo não for consertado. Se Antônia provar que não pôde fornecer as quentinhas, deixando assim de ganhar R$ 120,00 diários, esse será um critério razoável para se estabelecer a indenização pelo lucro corrente. Dano moral poderá ser pleiteado, mas não será certo o seu deferimento.  
 (OAB/Exame Unificado – 2004.ES) Acerca da responsabilidade civil, assinale a opção correta:
 A) Se houve o dano, mas a sua causa não está relacionada com a conduta do agente, não há relação de causalidade nem obrigação de indenizar. 
B) Dano emergente compreende aquilo que a vítima efetivamente perdeu e o que razoavelmente deixou de ganhar com a ocorrência do fato danoso.
 C) O ato praticado com abuso do direito, mesmo se não houver causado dano a vitima ou ao seu patrimônio, resulta em dever de indenizar em virtude da violação a um dever de conduta. 
D) O dano patrimonial atinge os bens jurídicos que integram o patrimônio da vitima. Por patrimônio deve-se entender o conjunto das relações jurídicas de uma pessoa apreciáveis em dinheiro, bem como aqueles integrantes da personalidade da pessoa.
SEMANA 5 
Joana e João da Silva moveram ação de indenização por dano moral contra o Estado do Rio de Janeiro porque dois servidores estaduais, José da Silva e Aroldo dos Santos, assinaram, divulgaram e promoveram distribuição de aviso de suspeita de caso de AIDS no Município do Rio das Pedras, indicando o nome do filho dos autores, Antonio da Silva, como sendo portador de tal doença. Sustentam que o mencionado aviso, além de violar o direito à intimidade e à vidaprivada de Antonio, debilitou ainda mais o seu estado de saúde, apressando a sua morte, ocorrida poucos meses depois da divulgação. Em contestação o Estado alega não terem os autores, pais de Antonio, legitimidade para pleitearem a indenização porque o dano moral, por se tratar de direito personalíssimo, é intransmissível, desaparece com o próprio indivíduo, impossibilitado a transmissibilidade sucessória e o exercício da ação indenizatória por via subrogatória. Diante do caso concreto, aborde a possibilidade de os pais de Antonio obterem a reparação civil pelos danos causados ao seu filho. 
R: Em regra a legitimidade para pleitear dano e receber indenização é da própria vitima, porém os pais possuem interesse legal e são legitimados para promover esse tipo de ação de reparação de dano causado ao filho mesmo depois de sua morte. Esse tipo de ação comporta transmissibilidade, conforme art 943 do CC, desde que o prejuízo tenha sido causado em vida da vitima, cabendo aos herdeiros e sucessores da vitima o direito de exigir reparação dos danos.
Entretanto, com relação ao dano moral a certeza do dano fica no campo da subjetividade, prevalecendo uma presunção "juris tantum" do dano, pelo fato de serem os pais da vítima seus herdeiros (art 12º, Parágrafo Único, CC/2002).
De acordo com art. 37 § 6° da CF, a administração pública responde pelos atos de seus funcionários, independente de culpa, devendo estes serem responsabilizados pela violação de privacidade da vida da vitima, causando-lhe sofrimento e agravando ainda mais seu estado de saúde, vindo este a falecer.
Com relação ao dano estético é CORRETO afirmar:
 I- Existe jurisprudência que coloca o dano estético como um terceiro tipo de dano ao lado do dano material e moral. 
II- Há quem defenda que o dano estético não é um tipo autônomo de dano. 
III- Não há qualquer controvérsia sobre o tema. 
A) Somente a I e II estão corretas. 
B) Somente a I e III estão corretas.
 C) Somente a II e III estão corretas. 
D) Nenhuma está correta
SEMANA 6
1- O depósito de fogos de artifícios de Aldo explodiu na madrugada do dia 24.10.2009. Embora não tenha havido vítimas, deu-se a perda total do material estocado e a destruição completa do prédio. A perícia não apurou nenhuma irregularidade de estocagem, apontando como possível causa da explosão defeito em alguma peça pirotécnica que estava no galpão. Aldo, pequeno empresário, quer ser indenizado. De quem poderá pleitear a indenização, com que fundamento e o que poderá pedir?
R: De acordo com artigo 931 do CC, o fornecedor de produtos tem responsabilidade objetiva pelos produtos postos em circulação no mercado.
Aldo poderá pleitear danos materiais, tanto em questão de dano emergente, pelo real valor que foi perdido nas mercadorias e no reparo do imóvel, caso venha ser o proprietário. Também em relação aos lucros cessantes, por tudo o que vai deixar de lucrar pelo tempo que o estabelecimento estiver fechado.
 2- Paulo foi atropelado por caminhão de transporte de mercadoria de grande empresa multinacional produtora de refrigerantes. Tendo sofrido graves lesões, que lhe causaram invalidez total permanente, Paulo quer ser indenizado por danos materiais e morais. No caso é correto afirmar que a responsabilidade da empresa proprietária do caminhão atropelador é: 
a) subjetiva com culpa provada; 
b) objetiva fundada no risco integral; 
c) objetiva, com culpa presumida; 
d) objetiva, pelo fato do produto (art. 931 do C.C.) 
e) objetiva pelo risco da atividade (art. 927, par.ún. do C.Civ.)
 SEMANA 7 
Paulo, 16 anos, dirigindo o carro do pai, atropela e fere B gravemente. A vítima, completamente embriagada, atravessou a rua inesperadamente, sendo certo que Paulo dirigia em velocidade normal. Pretende a vítima ser indenizada por danos materiais e morais, pelo que propõe ação contra Carlos, pai de Antonio. Procede o pedido? Como advogado de Carlos o que você alegaria?
R: Embora os pais responderem objetivamente pela conduta dos filhos menores de acordo com artigo 932, I do CC, é preciso, todavia, para configurar essa responsabilidade que o filho tenha dado causa ao dano. No caso nem há que se falar em culpa do filho porque o evento decorreu de fato exclusivo da própria vítima (fato imprevisível) - que exclui o nexo causal. O fato de o filho ser menor de idade e estar dirigindo sem habilitação não foi causa determinante do evento, que teria ocorrido ainda que Antônio fosse maior e estivesse habilitado.
Nesse caso, ainda que não fique provado culpa exclusiva da vítima, que seja procedente a culpa concorrente, aja vista que Paulo trafegava dentro dos limites de velocidade permitida na via. 
 O vigilante de um Banco, encerrado o expediente, dirigiu-se a um botequim levando o revólver que deveria ter deixado no local de trabalho. Horas depois, já embriagado, desentendendo-se com um colega, desferiu-lhe um tiro, causando a sua morte. Tendo em vista a reparação dos danos causados aos dependentes da vítima, é correto afirmar: 
A) o Banco não responde porque o vigilante não estava no exercício do trabalho; 
B) o Banco responde porque o vigilante estava embriagado; 
C) o Banco responde porque o fato foi cometido em razão do trabalho; 
D) o Banco não responde porque a conduta do vigilante foi dolosa; 
E) o Banco não responde porque houve culpa de sua parte e a responsabilidade, no caso, é objetiva.
SEMANA 8
O aposentado Antônio Gomes, de 74 anos, morreu ontem, em Realengo, vítima de ataque de abelhas africanizadas. A vítima foi caminhar num lugar perto de sua casa, onde há um apiário, quando foi picado do couro cabeludo aos pés por inúmeras abelhas. Levado para o Hospital Albert Schweitez, com pressão muito baixa e choque anafilático, Antônio não resistiu e morreu. Segundo Célio dos Santos, dono do apiário, na primavera e no verão os enxames crescem e, como as colméias ficam pequenas, as abelhas se tornam mais agressivas. Supondo que a mulher de Antônio pretenda ser indenizada, pergunta-se: 
De quem poderá pleitear a indenização e com que fundamento?
Poderá o réu alegar com sucesso a excludente de força maior (fato da natureza) por não ter controle sobre as abelhas? Resposta fundamentada.
R: Há na espécie típico caso de responsabilidade civil pelo fato de animal, pelo que aplicável o artigo 936 do Código Civil. A ação indenizatória da mulher de Antônio deve ser dirigida contra o dono ou detentor do animal, no caso o dono do apiário. O dono do animal deve responder por que é o seu guardião, aquele que tem o poder de direção, de controle ou de uso do animal. Trata-se de responsabilidade objetiva que só pode ser excluída no caso de culpa exclusiva da vítima ou força maior. No caso, não pode o dono do apiário, invocar a força maior para excluir a sua responsabilidade porque esta, como se sabe, decorre de fatos da natureza que, embora previsíveis, não podem ser evitados, ademais, Célio sabia que nesta época do ano as abelhas se tornam mais agressivas pelo que poderia e deveria tomar providências (aviso etc.) para que terceiros não se aproximassem do apiário.
Enquanto estavam no cinema, o cachorro de Mário e Maria saiu pela porta do terraço, subiu no parapeito e caiu do 9º andar sobre Antônio que passava pela rua. Gravemente ferido, Antônio ficou internado um mês e sofreu redução permanente de sua capacidade laborativa de 30%. Antônio quer ser indenizado. No caso pode-se dizer:
A) Antônio poderá pleitear indenização de Mário e Maria;
B) A ação indenizatória terá por fundamento o art.936 do Código Civil;
C) Antônio poderá pleitear indenização por danos materiais (dano emergente e lucro cessante) e danos morais;
D) Trata-se de responsabilidade objetiva extracontratual;
E) Antônio terá que provar a culpa de Mario e Maria por se tratar de responsabilidade subjetiva.
1. todas as afirmativas são corretas;
2. todas as afirmativas são incorretas;
3. apenas as afirmativas das letras b e e estão incorretas;
4. apenas as afirmativas das letra a e d estão corretas.
SEMANA9
Antonio estava lendo o jornal, na pequena varanda de sua casa, quando foi atingido mortalmente por uma bala proveniente de uma troca de tiros entre policiais e traficantes em um morro próximo. Viúva e filhos de Antonio querem ser indenizados pelo Estado por danos materiais e morais. Provado que o projétil partiu efetivamente da referida troca de tiros, examine a responsabilidade do Estado nas seguintes hipóteses: a) a bala partiu da arma do traficante; b) a bala partiu da arma do policial; c) não foi possível apurar de que a arma partiu a bala. Fundamente sua resposta com base na lei, na doutrina e na jurisprudência.
R: a) 1º posicionamento é minoritário. Ele pensa que se for possível provar que o tiro saiu da arma do traficante dele é a responsabilidade. 
O 2º posicionamento acredita que, embora o tiro tenha sido disparado pelo traficando, tal atitude só ocorreu por culpa da conduta da policia, sendo do Estado a responsabilidade de indenizar, com base na teoria do risco Administrativo, pois o tiro foi oriundo de uma troca de tiros entre envolvendo policiais.
b) Se for possível provar que o tiro partir da arma de um policial será aplicado o artigo 37 § 6º da CF, sendo a responsabilidade do Estado objetiva.
c) Se não foi possível identificar de onde saiu o disparo, pelo fato do disparo ter ocorrido em troca de tiros envolvendo policial, o Estado deverá indenizar, com base na teoria do risco administrativo.
SEMANA 10
Um prisioneiro do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro faleceu acometido de pneumonia. A viúva propõe ação indenizatória contra o Estado sob o fundamento de que a este cabia zelar pela integridade física do seu marido. Assiste-lhe razão? Resposta fundamentada. Corregedor do STJ intercede para liberar caminhoneiro preso injustamente em SP (O GLOBO 24/12/2007). Em abril de 1999 o caminhoneiro Aparecido Batista perdeu os documentos em Uberlândia (MG). Registrou a ocorrência na Delegacia local e usou o boletim muitas vezes para provar que também era vítima, diante das cartas de cobrança que recebia de lojas do país inteiro. Em 2005, foi condenado como réu em dois processos criminais em Pernambuco, acusado de desvio de cargas. Preso há mais de 60 dias, a empresa em que Aparecido trabalha conseguiu um Hábeas corpus em seu favor, provando que, no dia do crime, Aparecido voltava de Brasília para São Paulo e que, portanto, não estava em Pernambuco, onde o crime ocorreu. Supondo que Aparecido pretenda ser indenizado por danos moral e material, assinale a opção correta: A) o Estado não responde por ato judicial; B) no caso, quem deve responder é o juiz que condenou Aparecido equivocadamente; C) o Estado responde com base no art. 37, § 6º da Constituição Federal por ser tratar, no caso, de atividade judiciária; D) por se tratar de ato judicial típico, o Estado responde com base no art. 5º, LXXV da Constituição; E) o Estado só responde no caso de erro, dolo ou má-fé do juiz.
R: Em nenhum momento a questão diz que houve omissão da administração pública ou que foi por culpa dela que o cliente adoeceu. Por isso, neste caso a Administração publica não será responsabilizada. Agora, se o Estado deixar de prestar os cuidados médicos e por conseqüência o prisioneiro falecer ela será responsabilizada, pois o estado responde pela integridade física do preso, conforme previsto na CF88.
SEMANA 11
 João adquiriu vidros na loja X, fabricados por Indústria Y, para coloca-los na janela de sua casa. Atendidas as regras técnicas para instalação do referido material, uma semana depois o vidro veio a estilhaçar-se sem uma causalidade externa aparente, tão pouco por conduta do próprio comprador. O evento causou ferimentos no rosto da esposa de João, que necessitou de internação hospitalar por 10 dias. Quem pode pleitear indenização, contra quem, com que fundamento e em que prazo? Resposta fundamentada. 
R; Poderá pleitear a indenização por dano moral a esposa e o marido por danos morais. Reforçando que poderá ser cobrado pela esposa os lucros cessantes. Pelas despesas médicas poderá pleitear aquele que efetuou o pagamento. A indenização deverá ser pleiteada da fabricante do produto, no prazo prescricional de 05 anos. Reforçando que pelo fato do produto o comerciante só responde de maneira subsidiária.
O estouro de um pneu provocou a capotagem de veículo de Marcos, que ficou totalmente destruído. Marcos também sofreu graves lesões. Tendo em vista que o veículo tinha apenas seis meses de uso, Marcos pretende ser indenizado. Assinale a opção correta: A) não há direito a qualquer indenização porque o estouro de um pneu caracteriza caso fortuito; 
B) Marcos só poderá pleitear indenização do fabricante do pneu; 
C) Marcos poderá pleitear indenização do fabricante do automóvel e do pneu; 
D) Marcos só poderá pleitear indenização da concessionária que lhe vendeu o veículo; 
E) Marcos poderá pleitear a indenização do fabricante do veículo e da concessionária porque há solidariedade entre eles.
SEMANA 12 
Em 05/01/2009, Áurea comprou um carro 0 km, da marca FORD, na Concessionária Xavante. Decorridos quatro meses de uso, apresentou o veículo problemas no sistema de freio. A Concessionária Xavante recusou-se a fazer o reparo alegando ter ocorrido a decadência do direito de Áurea reclamar. Ao sair da Concessionária, em um sinal de trânsito Áurea é assaltada por Berto, que assumiu a direção do veículo. Perseguidos pela polícia, que tomou conhecimento do assalto, Berto acaba colidindo com a traseira do veículo de Carlos, em virtude do freio do carro de Áurea não ter funcionado adequadamente. Ficaram gravemente feridos Áurea, Carlos e o assaltante Berto, além de destruídos os dois veículos. Áurea e Carlos ajuízam ações com pedido de indenização em faze do fabricante e da Concessionária, em que pleiteiam danos morais e materiais. Em contestação, alega o fabricante que houve fato exclusivo de terceiro (ato do assaltante) e a Concessionária sustenta ser parte ilegítima, além de insistir na ocorrência da decadência. Decida a questão, fundamentando-a. Analise, também, se houve decadência e se há possibilidade do assaltante Berto pleitear indenização.
R: É certo que Áurea e Carlos poderão cobrar indenização da concessionária. 
Parte da doutrina diz que o assaltante não poderá cobrar, pois deu causa ao acidente ao praticar o delito. Porém, há doutrina que entende que até o assaltante poderá cobrar indenização, pois não se não houvesse defeito no erro o acidente não teria ocorrido.
Reforça-se que os responsáveis são o fabricante e a concessionária de forma subsidiária.
Submetida a uma cirurgia estética no rosto, a aparência de Maria em lugar de melhorar ficou pior. Com relação à responsabilidade do Dr. Antonio, o médico que fez a cirurgia, é correto afirmar: 
A) é objetiva pelo fato do serviço; 
B) é subjetiva, com culpa provada, porque a obrigação do médico é sempre de meio; 
C) é objetiva porque a obrigação do médico é sempre de resultado; 
D) não há responsabilidade do Dr. Antonio porque o resultado na cirurgia estética é sempre imprevisível;
 E) é subjetiva com culpa presumida porque no caso a obrigação do médico é de resultado.
SEMANA 13
 Famoso pintor se obrigou a fazer um quadro para exposição em galeria de arte, pelo preço certo de R$ 50.000,00(cinqüenta mil reais). O quadro teria que ser entregue até quinze dias antes do inicio da exposição, sob pena do pagamento de multa diária de R$ 1.000,00 (mil reais). Se mesmo assim o quadro não fosse entregue até o dia do início da exposição, o pintor pagaria a multa de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). Como o quadro não foi entregue no prazo previsto, o dono da galeria (adquirente do quadro), três dias antes da exposição adquiriu outro quadro em substituição e moveu ação indenizatória contra o pintor, formulando os seguintes pedidos: I – pagamento de R$ 15.000,00(quinze mil reais) correspondentes à multa pelos dias de atraso na entrega do quadro; IIpagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) correspondentes à multapela não entrega do quadro; III – reparação dos danos materiais, emergentes e lucros correntes, estimados em R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) assim distribuídos: a) R$ 10.000,00(dez mil reais) pela diferença a mais pelo preço pago pela compra do quadro em substituição; b) R$ 15.000,00 (quinze mil reais) devidos pela melhor cotação dos quadros do pintor inadimplente. Dando os fatos como provados, responda se será possível acolher todos os pedidos fornecidos pelo dono da galeria, autor da ação?
R: A multa de R$ 1.000,00 (hum mil reais) diários pelo atraso na entrega do quadro é cláusula penal moratório e pode ser cobrada, consoante ao artigo 411 do código civil, durante os dias de efetivo atraso. Como o autor comprou outro quadro três dias antes da exposição, ai cessou a mora do pintor (o quadro tornou-se inútil para o credor) e passou a haver inadimplemento. Por isso, não será cabível o pagamento de R$ 15 mil reais, mas sim de R$ 12 mil reais, sendo o atraso benéfico ao credor de 12 dias, pois depois da compra do novo quadro cessou o valor do quadro para este.
Ele não poderá cobrar os R$ 30 mil reais da multa, pois se assim o fizer estará cobrando duas vezes, ao menos que ele cobre este valor e não cobre os demais, pois se receber os R$ 30 mil mais os R$ 25 mil estaria recebendo duas vezes, estando configurado o enriquecimento sem causa. (pagamento em duplicidade)
Como Advogado, pediria a cláusula penal , pois está seria mais benéfica ao autor.
 Com relação à mora é incorreto afirmar: 
A) é o retardamento no cumprimento de uma obrigação persistindo, todavia, a possibilidade de cumpri-la; 
B) a mora será sempre do devedor; 
C) a mora ex re ocorre quando a obrigação é positiva, líquida e tem termo certo para o cumprimento; 
D) na mora ex persona é indispensável a notificação do devedor; 
E) o devedor em mora responde pelo caso fortuito e a força maior se estes ocorrerem durante o atraso.
SEMANA 14 
Aldo Couto a juíza, em face de VIAÇÃO BOA VIAGEM, ação de indenização por danos materiais e morais, com fulcro no artigo 37, § 6º da Constituição Federal, em razão de acidente de transporte. Alega o autor que se encontrava no interior do coletivo quando ocorreu a colisão, o que lhe acarretou lesões, como demonstrado no Registro de Ocorrência, em que constou, expressamente, o nome do autor como passageiro do ônibus, e, ainda, o nome do Hospital Salgado Filho, local para onde foram levadas as vítimas do acidente de trânsito. As lesões corporais impossibilitaram a locomoção e ausência da vítima de sua residência por 15 dias. Em contestação, a ré pretende que seja o pedido julgado improcedente por ter o acidente ocorrido porque um caminhão colidiu com o ônibus, invadindo contra-mão. Em réplica, o autor aduz que a ré não demonstrou qualquer prova da exclusão de sua responsabilidade, razão pela qual pugna pelo reconhecimento de sua responsabilidade objetiva. Dando os fatos narrados como comprovados, decida fundamentadamente: 1) a natureza da relação jurídica tem amparo no direito comum ou no artigo 37, § 6º da Constituição Federal; 2) admitida como verdadeira a tese de defesa da ré, exclui a sua responsabilidade? 
R: Não cabe ao transportador alegar fato de terceiro. Ele é responsável pelo danos e poderá cobrar do terceiro em ação regressiva. Será aplicado o artigo 14 do código de defesa do consumidor, responsabilidade pelo fato do serviço, uma vez que a ré é prestadora de serviço e o autor é consumidor, sendo tal responsabilidade objetiva. O fato culposo de terceiro não exclui a responsabilidade civil.
Ônibus bate em prédio, explode e mata mãe e filha. Outras 14 pessoas ficaram feridas. Motorista passou mal (teve um desmaio) e perdeu o controle do veículo (Globo 09/01/09). No caso é correto afirmar que o mal súbito do motorista: 
A) não tem qualquer relevância causal;
 B) caracteriza fato exclusivo de terceiro (o motorista); 
C) caracteriza o fortuito interno; 
D) caracteriza a força maior; 
e) caracteriza o fato exclusivo da vítima (o motorista).
SEMANA 15
Juracy propôs ação requerendo a condenação da América do Norte Seguros S/A ao pagamento de indenização correspondente ao valor de seu automóvel, pelos fatos e fundamentos que seguem. O autor celebrou contrato de seguro de seu único veículo com a ré. Ao preencher a apólice, ensejando as informações necessárias à celebração do contrato, afirmou residir numa cidadezinha pacata do interior do Estado do Rio de Janeiro, onde tem apenas um pequeno depósito de mercadorias, informando, ainda, que o veículo se destinava ao seu uso particular. Na realidade, Juracy, utilizando-se de seu automóvel, dirigia-se quase que diariamente à referida cidadezinha e lá circulava grande parte do dia para exercer sua profissão de vendedor, transportando e fornecendo mercadorias para vários botequins. Certo dia, ao estacionar para ir ao supermercado numa rua do bairro da Ilha do Governador, onde efetivamente reside, teve seu veículo furtado. Acionou imediatamente o seguro e, para tal, forneceu toda a documentação necessária, inclusive o Registro da Ocorrência, realizado na delegacia de polícia. Entretanto, a seguradora se negou a realizar o pagamento. Requereu a procedência do pedido. Contestou a ré, sustentando que, após examinar a referida documentação, se negou a pagar a indenização referente ao sinistro, ao detectar fraude tarifária, pois Juracy declarou no RO que reside na Ilha do Governador, o que é verdade, enquanto que na ocasião da celebração do contrato de seguro, afirmou residir numa cidadezinha pacata do interior do Estado. Além disso, omitiu o fato de que o veículo era utilizado para transporte de mercadorias. Argumentou a seguradora que a capital do Estado é local onde o risco de roubos, furtos, colisões e outros sinistros é extremamente superior ao de cidades pequenas, o que majora consideravelmente o valor do prêmio a ser pago pelo segurado. O fato de o veículo ser utilizado para transporte de mercadorias também faz com que o valor do prêmio seja majorado. Agindo assim, prossegue a ré, o autor infringiu o princípio da boa-fé, praticando conduta fraudulenta. Pleiteou a improcedência do pedido. Resolva a questão fundamentadamente. 
R: Trata-se de caso de fraude tarifária, que configura quando o segurado omite informações relevantes acerca das características do contrato (endereço, etc), quando isso ocorre, o próprio segurado viola o principio da boa- fé. Desta forma, poderá ocorrer a perda do direito de indenização.
Nos contratos de seguro pode haver o agravamento do risco: 
A) desde que, seja respeitada a vulnerabilidade do segurado. 
B) desde que, exista boa-fé e, o CC/02 permite em seu art.769. 
C) não há possibilidade de agravamento do risco em nosso ordenamento. 
D) o CDC não permite o agravamento do risco

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