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D. Civil- Responsabilidade civil 
 Atividade Prática Supervisionada (APS) 
 
Horas:7horas 
Valor: 20 (vinte) pontos 
Entrega: 03 de outubro de 2022 – via sistema Adx 
 
Descrição: 
1- A atividade por ser realizada em grupo. 
2- cada questão objetiva vale 1,0 (um ponto), sendo meio ponto para a justificativa e meio ponto para a 
indicação da alternativa considerada correta. 
3- para cada questão, a/o aluna/o deverá escolher uma opção e justificar sua resposta, inclusive apontando 
o(s) dispositivo (s) legal(is) pertinente(s); 
4- enviar apenas as respostas (número da questão, indicação da opção considerada certa e a justificativa). 
5- quanto as questões discursivas, cada uma vale 1,0 (um) ponto. Copiar e colar padrão de resposta não 
confere pontuação. 
 
Questões: 
1) Acerca da responsabilidade civil, assinale a opção correta. 
A) A pedagogia da pena é elemento caracterizador e imprescindível para a admissão da indenização por 
danos patrimoniais e morais. 
B) Se houve o dano, mas a sua causa não está relacionada com a conduta do agente, não há relação de 
causalidade nem obrigação de indenizar. 
C) Dano emergente compreende aquilo que a vítima efetivamente perdeu e o que razoavelmente deixou de 
ganhar com a ocorrência do fato danoso. 
d) A admissão do dano moral, embora não possa ser cumulado com o dano patrimonial, fundamenta-se, 
unicamente, no Código Civil. 
E) O dano patrimonial atinge os bens jurídicos que integram o patrimônio da vítima. Por patrimônio deve-se 
entender o conjunto de relações jurídicas de uma pessoa apreciáveis em dinheiro, bem como aqueles 
direitos integrantes da personalidade de uma pessoa. 
 
2) Durante partida de futebol, Filipe envolveu-se em uma briga e passou, abruptamente, a desferir 
pontapés em todos a seu redor, atingindo inclusive o árbitro, Mário, que tentava separar a contenda. Muito 
ferido, Mário ajuizou ação de indenização contra Filipe. Por sua vez, este fez prova de que não teve a 
intenção de acertar Mário. O pedido deverá ser julgado 
(A) procedente, pois Filipe agiu com culpa, devendo ser responsabilizado subjetivamente. 
(B) improcedente, pois Filipe provou não existir um dos elementos para a responsabilização civil. 
(C) procedente, pois Filipe agiu com culpa, devendo ser responsabilizado objetivamente. 
(D) procedente, pois Filipe agiu em abuso do direito, devendo ser responsabilizado objetivamente. 
(E) procedente, pois Filipe agiu em abuso do direito, devendo ser responsabilizado subjetivamente. 
 
3) Analise as afirmações a seguir, acerca da responsabilidade civil: 
I – A denominada culpa da vítima atua como excludente de responsabilidade civil quando se identifica 
o nexo de causalidade exclusivo entre a conduta voluntária do prejudicado e o dano suportado, razão 
pela qual se admite sua incidência inclusive em hipóteses de responsabilidade civil objetiva. 
II – O nexo de causalidade serve para a determinação do sujeito responsável em cada caso concreto, 
razão pela qual se pode afirmar que a denominada culpa concorrente reporta problema de causalidade, 
sendo consequência lógica a repartição da indenização entre os agentes que concorreram 
voluntariamente para o dano. 
III – De acordo com a teoria da causalidade alternativa, não sendo possível identificar dentre um 
conjunto de possíveis agentes aquele ou aqueles que efetivamente agiram para provocar o dano, não 
se admite a formação do nexo de causalidade com qualquer deles. 
É correto afirmar que: 
a) I e III são falsas. 
b) Apenas III é verdadeira. 
c) Apenas II é verdadeira. 
d) I e II são verdadeiras. 
e) Apenas II e III são falsas 
 
4) Devido à indicação de luz vermelha do sinal de trânsito, Ricardo parou seu veículo pouco antes da faixa 
de pedestres. Sandro, que vinha logo atrás de Ricardo, também parou, guardando razoável distância entre 
eles. Entretanto, Tatiana, que trafegava na mesma faixa de rolamento, mais atrás, distraiu-se ao redigir 
mensagem no celular enquanto conduzia seu veículo, vindo a colidir com o veículo de Sandro, o qual, em 
seguida, atingiu o carro de Ricardo. 
Diante disso, à luz das normas que disciplinam a responsabilidade civil, assinale a afirmativa correta. 
a) Cada um arcará com seu próprio prejuízo, visto que a responsabilidade pelos danos causados deve ser 
repartida entre todos envolvidos. 
b) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados ao veículo de Sandro, e este deverá indenizar os 
prejuízos causados ao veículo de Ricardo. 
c) Caberá a Tatiana indenizar os prejuízos causados aos veículos de Sandro e Ricardo. 
d) Tatiana e Sandro têm o dever de indenizar Ricardo, na medida de sua culpa. 
 
5) Ricardo, buscando evitar um atropelamento, realiza uma manobra e atinge o muro de uma casa, 
causando um grave prejuízo. Em relação à situação acima, é correto afirmar que Ricardo 
A) não responderá pelo dado, pois agiu em estado de necessidade. 
B) responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade. 
C) responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa. 
D) Praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano. 
 
 
6) Márcia transitava pela via pública, tarde da noite, utilizando uma bicicleta que lhe fora emprestada por 
sua amiga Lúcia. Em certo momento, Márcia ouviu gritos oriundos de uma rua transversal e, ao se 
aproximar, verificou que um casal discutia violentamente. Ricardo, em estado de fúria e munido de uma 
faca, desferia uma série de ofensas à sua esposa Janaína e a ameaçava de agressão física. De modo a 
impedir a violência iminente, Márcia colidiu com a bicicleta contra Ricardo, o que foi suficiente para 
derrubá-lo e impedir a agressão, sem que ninguém saísse gravemente ferido. A bicicleta, porém, sofreu 
uma avaria significativa, de tal modo que o reparo seria mais caro do que adquirir uma nova, de modelo 
semelhante. De acordo com o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
A) Lúcia não poderá ser indenizada pelo dano material causado à bicicleta. 
 
 
B) Márcia poderá ser obrigada a indenizar Lúcia pelo dano material causado à bicicleta, mas não terá 
qualquer direito de regresso. 
C) Apenas Ricardo poderá ser obrigado a indenizar Lúcia pelo dano material causado à bicicleta. 
D) Márcia poderá ser obrigada a indenizar Lúcia pelo dano material causado à bicicleta e terá direito de 
regresso em face de Janaína. 
 
7) No que concerne ao ato ilícito e à responsabilidade civil, assinale a opção correta. 
A) A responsabilidade por ato de terceiro é objetiva e permite estender a obrigação de reparar o dano a 
pessoa diversa daquela que praticou a conduta danosa, desde que exista uma relação jurídica entre o 
causador do dano e o responsável pela indenização. 
B) A concorrência de culpas do agente causador do dano e da vítima por acidente de trânsito, por exemplo, 
no caso de colisão de veículos, acarreta a compensação dos danos, devendo cada parte suportar os 
prejuízos sofridos. 
C) Quando inúmeras e sucessivas causas contribuem para a produção do evento danoso, todas essas causas 
são consideradas como adequadas a produzir o acidente e a gerar a responsabilidade solidária para aqueles 
que o provocaram. Nessa situação, cabe à vítima escolher a quem imputar o dever de reparar. 
D) Os atos praticados em legítima defesa, no exercício regular de um direito ou em estado de necessidade, 
que provoquem danos morais ou materiais a outrem, embora sejam considerados como atos ilícitos, 
exoneram o causador do dano da responsabilidade pela reparação do prejuízo causado. 
 
8) No que concerne à responsabilidade civil, assinale a opção correta. 
A) O antigo proprietário de veículo alienado somente será solidariamente responsável por dano resultante 
de acidente que envolva o veículo no caso de ausência de registro da transferência. 
B) Sendo objetiva a responsabilidade dos pais em relação aos filhos menores, caso um adolescente menor 
de dezesseis anos de idade cause, no períodode aulas, dano a aluno da escola onde estuda, têm os pais o 
dever de indenizá-lo, isentando-se de responsabilidade a escola. 
C) Não havendo, entre locadora e locatário, relação de preposição, uma locadora de veículos não responde 
pelos danos causados pelo locatário quando da utilização de um veículo. 
D) A responsabilidade do proprietário de veículo automotor é solidária à do indivíduo que tome o veículo 
emprestado e, conduzindo-o, cause danos a terceiros. 
 
9) Daniel, morador do Condomínio Raio de Luz, após consultar a convenção do condomínio e constatar a 
permissão de animais de estimação, realizou um m sonho antigo e adquiriu um cachorro da raça Beagle. 
Ocorre que o animal, muito travesso, precisou dos serviços de um adestrador, pois estava destruindo móveis 
e sapatos do dono. Assim, Daniel contratou Cleber, adestrador renomado o, para um pacote de seis meses 
de sessões. Findo o período do treinamento, Daniel, satisfeito com o resultado, resolve leva ar o cachorro 
para se exercitar na área de lazer do condomínio o e, encontrando-a vazia, solta a coleira e a guia para que o 
Beagle possa correr livremente. Minutos depois, a moradora Diana, com 80 (oitenta) anos de idade, chega à 
área de lazer c com seu neto Theo. Ao perceber a presença da octogenária, o cachorro pula em suas pernas, 
Diana perde o equilíbrio, cai e fratura o fêmur. Diana pretende ser indenizada pelos danos materiais e 
compensada pelos danos estéticos. 
Com base no caso narrado, assinale a opção correta. 
A) Há responsabilidade civil valorada pelo critério subjetivo e solidária de Daniel e Cleber, aquele por culpa 
na vigilância do animal e este por imperícia no adestramento do Beagle, pelo fato de não evitarem m que o 
cachorro avançasse em terceiros. 
B) Há responsabilidade civil valorada pelo critério objetivo e extracontratual de Daniel, havendo obrigação 
de indenizar e compensar os danos causados, haja vista a ausência de prova de alguma das causas legais 
excludentes do nexo causal, quais sejam, força maior ou culpa exclusiva da vítima. 
C) Não há responsabilidade e civil de Daniel valorada pelo critério subjetivo, em razão da ocorrência de 
força maior, isto é, da chegada inesperada da moradora Diana, caracterizando a inevitabilidade do ocorrido, 
com rompimento do nexo de c causalidade. 
D) Há responsabilidade valorada pelo critério subjetivo e contratual apenas de Daniel em relação aos danos 
sofridos por Diana; subjetiva, em m razão da evidente culpa na custódia do animal; e contratual, por serem 
ambos moradores do Condomínio o Raio de Luz. 
 
10) Carlos, motorista de táxi, estava parado em um cruzamento devido ao sinal vermelho. De repente, de 
um prédio em péssimo estado de conservação, de propriedade da sociedade empresária XYZ e alugado para 
a sociedade ABC, caiu um bloco de mármore da fachada e atingiu seu carro. Sobre o fato narrado, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Carlos pode pleitear, da sociedade XYZ, indenização pelos danos sofridos. 
B) Carlos pode pleitear indenização pelos danos sofridos apenas da sociedade ABC. 
C) A sociedade XYZ pode se eximir de responsabilidade alegando culpa da sociedade ABC. 
D) A sociedade ABC pode se eximir de responsabilidade alegando culpa exclusiva da vítima 
 
11) Fernando, 15 anos, mora com seus pais Ana e Aluísio, grandes empresários, titulares de vultoso 
patrimônio, e utiliza com frequência as redes sociais. Em seu perfil pessoal em certa rede social, realiza 
vídeos em que comenta a vida privada de seus colegas de escola, ofendendo-os e atribuindo-lhes apelidos 
constrangedores. Sobre o caso apresentado, em eventual ação de indenização por danos morais, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Será responsável o menor, na forma subjetiva. 
B) Apenas será responsável o menor caso este seja titular de patrimônio suficiente, na forma objetiva. 
C) Serão responsáveis os pais do menor, na forma subjetiva. 
D) Serão responsáveis os pais do menor, caso este não tenha condições de fazê-lo, na forma objetiva. 
 
 
12) Um rapaz, que era pessoa em situação de rua, acabou de sair da prisão. Ele fora condenado pelo crime 
de latrocínio e, posteriormente, a defensoria pública ajuizou, a seu favor, uma ação de revisão criminal, na 
qual ele foi absolvido por ausência de provas, caracterizando, assim, um erro judiciário. Nesse período, ele 
ficou cinco anos preso. Agora a família indaga se existe um direito de indenização em função de 
condenação por erro judiciário. Assinale a opção que apresenta a informação que você, na condição de 
advogado(a) especializado(a) em Direitos Humanos, deve prestar à família, com base na Convenção 
Americana Sobre Direitos Humanos. 
A) O direito à indenização está previsto na Convenção Americana Sobre Direitos Humanos de forma geral, 
mas não há previsão expressa de indenização por erro judiciário; portanto, essa é uma construção 
argumentativa que deve ser produzida no caso concreto. 
B) A indenização por erro judiciário não é uma matéria própria do campo dos Direitos Humanos, por isso 
não existe tal previsão nem na Convenção Americana Sobre Direitos Humanos, nem em nenhum outro 
tratado de Direitos Humanos de que o Brasil seja signatário. 
C) A Convenção Americana Sobre Direitos Humanos assegura o direito à indenização por erro judiciário, 
mas o restringe aos erros que resultam em condenação na esfera civil, excluindo eventuais erros que 
ocorram na jurisdição penal. 
D) A Convenção Americana Sobre Direitos Humanos dispõe que toda pessoa tem direito de ser indenizada 
conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença transitada em julgado por erro judiciário. 
 
13) Um caso emblemático relacionado à Teoria da a perda da chance foi o episódio que envolveu a perda 
da chance do atleta brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima, o qual tinha uma vantagem de 28 segundos na 
liderança da prova da Maratona nas Olimpíadas de Atenas, quando foi interceptado dolosamente por um 
terceiro, que o agarrou e o levou ao chão. Em decorrência dessa intercepção, o atleta veio a perder 
colocações na prova, acabando em terceiro lugar, sem êxito no alcance do mais elevado degrau do pódio e 
da medalha de ouro. 
Considerando a teoria mencionada e o caso descrito, assinale a opção correta. 
A) A teoria da perda de uma chance é um instituto anômalo criado pela doutrina civilista estrangeira, para 
o qual não há respaldo legal no ordenamento jurídico brasileiro. 
B) A doutrina civilista admite, em casos como o relatado, a condenação por danos emergentes e lucros 
cessantes, mas exclui o dano moral, por tratar-se de responsabilidade subjetiva. 
C) A aplicação da responsabilidade subjetiva, segundo a teria da perda de uma chance, é pacífica, o que 
torna a comprovação da culpa do agente do ato ilícito requisito fundamental e afasta, consequentemente, 
a responsabilidade objetiva. 
D) A teoria da perda de uma chance prevê a comprovação de evento certo e futuro para obtenção do 
ganho da causa, mediante a juntada de documento probatório e demais meios de provas que determinem 
a culpa do terceiro ou agente causador do ato ilícito. 
E) A perda de uma chance se caracteriza quando, em virtude da conduta de outrem desaparece a 
probabilidade de um evento que possibilitaria um benefício futuro para a vítima, como deixar de recorrer 
de sentença desfavorável por falha do advogado. 
 
14) RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO AMBIENTAL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE 
CONTROVÉRSIA. [...] DANOS DECORRENTES DE VAZAMENTO DE AMÔNIA NO RIO SERGIPE. 
ACIDENTE AMBIENTAL [...]. [...] 
a) para demonstração da legitimidade para vindicar indenização por dano ambiental que resultou na 
redução da pesca na área atingida, o registro de pescador profissional e a habilitação ao benefício do 
seguro-desemprego, durante o período de defeso, somados a outros elementos de prova que permitam o 
convencimento do magistrado acerca do exercício dessa atividade, são idôneos àsua comprovação; b) a 
responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de 
causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a 
invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para 
afastar a obrigação de indenizar; [...]; d) em vista das circunstâncias específicas e homogeneidade dos 
efeitos do dano ambiental verificado no ecossistema do rio Sergipe – afetando significativamente, por cerca 
de seis meses, o volume pescado e a renda dos pescadores na região afetada –, sem que tenha sido dado 
amparo pela poluidora para mitigação dos danos morais experimentados e demonstrados por aqueles que 
extraem o sustento da pesca profissional, não se justifica, em sede de recurso especial, a revisão do 
quantum arbitrado, a título de compensação por danos morais, em R$ 3 000,00 (três mil reais); e) o dano 
material somente é indenizável mediante prova efetiva de sua ocorrência, não havendo falar em 
indenização por lucros cessantes dissociada do dano efetivamente demonstrado nos autos; assim, se 
durante o interregno em que foram experimentados os efeitos do dano ambiental houve o período de 
defeso – incidindo a proibição sobre toda atividade de pesca do lesado –, não há cogitar em indenização 
por lucros cessantes durante essa vedação; [...] (Superior Tribunal de Justiça (STJ). Recurso Especial n° 
1.354.536. Relator: Min. Luis Felipe Salomão). 
Considerando a ementa apresentada, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. 
I. A orientação de indenização pelo STJ, no recurso repetitivo, aplica-se aos pescadores do rio 
Sergipe relativamente ao período de seis meses, em decorrência de dano ambiental causado no 
ecossistema por poluição, fator determinante da redução do volume do pescado no rio e da renda 
dos pescadores, e eles deverão receber a indenização por dano moral no valor de R$ 3 000,00 
(três mil reais), decorrente da responsabilidade objetiva da empresa poluidora. 
 
PORQUE 
 
II. O STJ negou o direito ao dano material sob o argumento de que tal dano só poderia ser 
indenizado mediante comprovação efetiva do prejuízo, o que, no caso, está inviabilizado em razão 
do período de defeso coincidir com o período em que ocorreu a afetação poluidora do 
ecossistema no rio Sergipe. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
A) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. 
B) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. 
C) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
D) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
E) As asserções I e II são proposições falsas. 
 
15) Jane ajuizou ação em face de Cisforme Ltda. pleiteando indenização por danos morais e materiais. Na 
petição inicial, Jane informa que seu marido, Winston, falecido há dois anos, e cujo inventário já foi 
concluído e encerrado, foi modelo fotográfico e que o réu vem se utilizando da imagem dele, sem qualquer 
autorização, para fazer publicidade de seus produtos. Em contestação, Cisforme Ltda. suscita preliminar de 
ilegitimidade da parte autora, pois alega que a ação deveria ter sido ajuizada pelo espólio do falecido, e não 
por sua esposa em nome próprio. No mérito, Cisforme Ltda. alega a ausência de prova de prejuízo material 
ou moral decorrente da exposição da imagem do falecido. Sobre o caso, responda aos itens a seguir. 
A) alegação preliminar de ilegitimidade deve ser acolhida? Justifique. 
B) A alegação de mérito referente à ausência de prova de prejuízo deve ser acolhida? Justifique. 
 
16) Jonas estava hospedado no Hotel Grande Vereda, onde passava suas férias, quando esbarrou 
acidentalmente em Lucas, um funcionário contratado havia apenas 20 dias pelo hotel. Lucas, furioso, 
começou a ofender Jonas, aos gritos, diante de todos os hóspedes e funcionários, com insultos e palavras 
de baixo calão. Logo depois, evadiu-se do local. A gerência do hotel, prontamente, procedeu a um pedido 
público de desculpas e informou que a principal recomendação dada aos funcionários (inclusive a Lucas) é a 
de que adotassem um tratamento cordial para com os hóspedes. O gerente, de modo a evidenciar a 
diligência do estabelecimento, mostrou a gravação do curso de capacitação de empregados ao ofendido. 
Indignado, Jonas conseguiu obter, junto à recepção do hotel, o nome completo e alguns dados pessoais de 
Lucas, mas não seu endereço residencial, porque sua ficha cadastral não estava completa. Em seguida, 
Jonas ajuizou ação indenizatória por danos morais em face de Lucas e do Hotel Grande Vereda. Ao receber 
a petição inicial, o juízo da causa determinou, desde logo, a citação de Lucas por edital. Decorrido o prazo 
legal após a publicação do edital, foi decretada a revelia de Lucas e nomeado curador especial, o qual 
alegou nulidade da citação. 
Com base no caso narrado, responda, fundamentadamente, se deve o hotel responder pelo ato de Lucas, 
que agiu por conta própria e em manifesta contrariedade à orientação do estabelecimento? 
 
17) Marcos, por negligência, colidiu seu carro com o automóvel de Paulo, que é taxista e estava 
trabalhando no momento. Em razão do acidente, Paulo teve que passar por uma cirurgia para a 
reconstrução de parte de seu braço, arcando com os custos correlatos. A cirurgia foi bem-sucedida, embora 
Paulo tenha ficado com algumas cicatrizes. Após ficar de repouso em casa por quatro meses, por 
recomendação médica, no período pós-operatório, Paulo resolveu ajuizar ação contra Marcos, com o 
objetivo de obter indenização por perdas e danos sofridos em razão do acidente. No curso da ação, Marcos, 
que tinha contratado seguro contra terceiros para seu veículo, requereu a denunciação da lide da 
Seguradora X, tendo o juiz, no entanto, indeferido o pedido. 
Nessa situação hipotética, Especifique os danos sofridos por Paulo e indique os fundamentos que justificam 
sua pretensão. 
 
18) Jonas, médico dermatologista, atende a seus pacientes em um consultório particular em sua cidade. 
Ana Maria, após se consultar com Jonas, passou a utilizar uma pomada indicada para o tratamento de 
micoses, prescrita pelo médico. Em decorrência de uma alergia imprevisível, sequer descrita na literatura 
médica, a pele de Ana Maria desenvolveu uma grave reação à pomada, o que acarretou uma mancha 
avermelhada permanente e de grandes proporções em seu antebraço direito. Indignada com a lesão 
estética permanente que sofreu, Ana Maria decidiu ajuizar ação indenizatória em face de Jonas. Tomando 
conhecimento, contudo, de que Jonas havia contratado previamente seguro de responsabilidade civil que 
cobria danos materiais, morais e estéticos causados aos seus pacientes, Ana Maria optou por ajuizar a ação 
apenas em face da seguradora. 
A respeito do caso narrado, responda, fundamentadamente, se provada a ausência de culpa de Jonas, 
poderia Ana Maria ser indenizada? 
 
19) Marcos estacionou seu automóvel diante de um prédio de apartamentos. Pouco depois, um vaso de 
plantas caiu da janela de uma das unidades e atingiu o veículo, danificando o para-brisa e parte da lataria. 
Não foi possível identificar de qual das unidades caiu o objeto. O automóvel era importado, de modo que 
seu reparo foi custoso e demorou cerca de dez meses. Dois anos e meio depois da saída do automóvel da 
oficina, Marcos ajuíza ação indenizatória em face do condomínio do edifício. 
De acordo com o caso acima narrado, responda fundamentadamente: Considerando que o vaso de plantas 
caiu da janela de apenas um dos apartamentos, pode o condomínio alegar fato exclusivo de terceiro para 
se eximir do dever de indenizar? 
 
20) Danilo ajuizou ação cominatória com pedido de reparação por danos morais contra a financeira Boa 
Vida S/A, alegando ter sofridodano extrapatrimonial em virtude da negativação equivocada de seu nome 
nos bancos de dados de proteção ao crédito. Danilo sustenta e comprova que nunca atrasou uma parcela 
sequer do financiamento do seu veículo, motivo pelo qual a negativação de seu nome causou-lhe dano 
moral indenizável, requerendo, liminarmente, a retirada de seu nome dos bancos de dados e a condenação 
da ré à indenização por danos morais no valor de R$5.000,00. O juiz concedeu tutela provisória com relação 
à obrigação de fazer, apesar de reconhecer que não foi vislumbrado perigo de dano ou risco ao resultado 
útil do processo; contudo, verificou que a petição inicial foi instruída com prova documental suficiente dos 
fatos constitutivos do direito do autor, não havendo oposição do réu capaz de gerar dúvida razoável. Em 
sentença, o juiz julgou parcialmente procedentes os pedidos, condenando a ré à obrigação de retirar o 
nome do autor dos bancos de dados de proteção ao crédito, confirmando a tutela provisória, mas julgando 
improcedente o pedido de indenização, pois se constatou que o autor já estava com o nome negativado em 
virtude de anotações legítimas de dívidas preexistentes com instituições diversas, sendo um devedor 
contumaz. 
Em face do exposto, responda, à luz da jurisprudência dos tribunais superiores, se é correta a decisão do 
juiz que julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais?

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