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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 05 Assunto:Equações da reta no R2 e no R3, equações do plano, funções de uma variável real a valores em Rn Palavras-chaves: Equação da reta, equação do plano, curvas, trajetórias e traço. Equação da reta No R2 Sejam P0 = (x0, y0) um ponto fixo do R2 e −→v = (a, b) um vetor fixo e não-nulo. Vamos denotar por r a reta que passa por P0 e tem a direção do vetor −→v P = (x, y) é um ponto genérico de r. Temos que −→ P −−→P0//−→v . Assim, teremos −→ P −−→P0 = t−→v , t ∈ R Portanto, a equação da reta r será P = P0 + t −→v Também pode ser escrita como segue (x, y) = (x0, y0) + t(a, b) Desenvolvendo a equação vetorial, temos (x, y) = (x0 + at, y0 + bt). Portanto, { x = x0 + at y = y0 + bt No qual, as mesmas são chamadas de equações paramétricas da reta r. Supondo a 6= 0 e b 6= 0, temos t = x− x0 a e t = y − y0 b Portanto, y − y0 b = x− x0 a Na qual é a equação simétrica da reta r. Daí, temos que ay − ay0 = bx− bx0 ⇒ bx− ay = bx0 − ay0 Escrevendo b = α,−a = β e γ = bx0 − ay0, temos a equação geral da reta dada por αx+ βy = γ Obs: O vetor −→x = (α, β) = (b,−a) é perpendicular a direção da reta, pois −→x ⊥ −→v . Isolando y em αx+ βy = γ, temos y = −α β x+ γ β escrevendo m = −α β e n = γ β , obtemos a seguinte equação reduzida da reta r dada por y = mx+ n Exemplo 1 Considere a reta r que passa pelo ponto P0 = (1, 3) e tem a direção do vetor −→v = (4, 2). Obtenha uma equação vetorial, equações paramétricas e uma equação geral para a reta r. Interprete geometricamente. Resolução: Equação Vetorial 2 −→ P = −→ P0 + t −→v , P = (x, y) (x, y) = (1, 3) + t(4, 2) Equações Paramétricas (x, y) = (1 + 4t, 3 + 2t){ x = 1 + 4t y = 3 + 2t Equação Geral t = x− 1 4 , t = y − 3 2 x− 1 4 = y − 3 2 2x− 2 = 4y − 12 2x− 4y = −10⇒ x− 2y = −5 Interpretação Geométrica t = 0⇒ { x = 1 y = 3 t = 1⇒ { x = 5 y = 5 t = 2⇒ { x = 9 y = 7 t = −1⇒ { x = −3 y = 1 3 Equação da reta no R3 Sejam P0 = (x0, y0, z0) um ponto fixo do R3 e −→v = (a, b, c) um vetor fixo e não-nulo do R3. Consideremos a reta r que passa por P0 e é paralela (tem a direção)ao vetor −→v . Seja P = (x, y, z) é um ponto genérico de r. Temos que −→ P −−→P0//−→v . Assim, teremos −→ P −−→P0 = t−→v , t ∈ R Portanto, a equação vetorial da reta r será P = P0 + t −→v Esta equação também pode ser apresentada por (x, y, z) = (x0, y0, z0) + t(a, b, c) 4 Desenvolvendo a equação vetorial de r, obteremos (x, y, z) = (x0 + at, y0 + bt, z0 + ct). Portanto, x = x0 + at y = y0 + bt z = z0 + ct Essas são as equações paramétricas da reta r. Supondo a 6= 0, b 6= 0 e c 6= 0, temos t = x− x0 a t = y − y0 b e t = z − z0 c Portanto, y − y0 b = x− x0 a = z − z0 c Na qual é a equação simétrica da reta r. Mesmo quando um dos números a, b ou c são nulos, é possível isolar o t. Por exemplo, se a = 0, então x = x0 y = y0 + bt z = z0 + ct Portanto, neste caso, as equações simétricas será x = x0 ; y − y0 b = z − z0 c 5 Exemplo 2 Determine as equações vetorial, paramétricas e simétricas da reta que passa pelo ponto (4, 3, 5) e tem a direção do vetor −→v = (2, 4, 3). Resolução: Equação Vetorial −→ P = −→ P0 + t −→v , P = (x, y, z) (x, y) = (4, 3, 5) + t(2, 4, 3) Equações Paramétricas (x, y, z) = (4 + 2t, 3 + 4t, 5 + 3t) x = 4 + 2t y = 3 + 4t z = 5 + 3t Equações Simétricas t = x− 4 2 , t = y − 3 4 , t = z − 5 3 x− 4 2 = y − 3 4 = z − 5 3 Como serão as equações de retas no Rn;n ≥ 4? Equação do plano Sejam P0 = (x0, y0, z0) um ponto fixo do R3 e −→n = (a, b, c) um vetor fixo e não nulo do R3. Vamos denotar por pi o plano que passa por P0 e é perpendicular ao vetor −→n . Neste caso, −→n é chamado de vetor normal ao plano pi. 6 Seja P = (x, y, z) um ponto genérico do plano pi. Assim, temos que, −→ P − −→P0 ⊥ −→n . Portanto, a equação vetorial do plano pi é dada por −→n .(−→P −−→p0) = 0 Outro modo de expressar a equação vetorial é (a, b, c).[(x, y, z)− (x0, y0, z0)] = 0 7 Assim, teremos que (a, b, c).(x− x0, y − y0, z − z0) = 0 a(x− x0) + b(y − y0) + c(z − z0) = 0 A qual é chamada de equação escalar do plano pi. Desenvolvendo a equação, teremos ax− ax0 + by − by0 + cz − cz0 = 0 ax+ by + cz = ax0 + by0 + cz0︸ ︷︷ ︸ d Logo, a equação geral do plano pi (também chamada de equação linear do plano pi) é dada por ax+ by + cz = d Exemplo 3 Determine a equação geral do plano que passa pelo ponto P0 = (1, 2, 3) e é perpendicular ao vetor−→n = (2, 1, 4). Resolução: A equação geral do plano é dada por ax+ by + cz = d Temos que −→n = (a, b, c) = (2, 1, 4). Logo, 2x+ y + 4z = d Precisamos do valor de d. Como P0 pertence ao plano,então, teremos 2.1 + 2 + 4.3 = d⇒ d = 2 + 2 + 12 = 16 Portanto, 2x+ y + 4z = 16 8 Funções de R em Rn (curvas) Estudaremos agora funções definidas em um subconjunto A de R (podendo A ser o próprio R) e que tomam valores em Rn, com n ≥ 2. α : A ⊂ R −→ Rn Por exemplo, 1. α(t) = (t, t2), onde α é uma função de R em R2. Portanto, α : R −→ R2 t 7−→ (t, t2) 2. α(t) = (cos t, sin t), 0 ≤ t ≤ 2pi, onde α é uma função do intervalo [0, 2pi] em R2. Portanto, α : [0, 2pi] −→ R2 t 7−→ (cos t, sin t) 3. α(t) = ( cos t, sin t, t4 ) , t ≥ 0, onde α é uma função do intervalo [0,+∞] em R3. Portanto, α : [0,+∞] −→ R3 t 7−→ ( cos t, sin t, t 4 ) 4. γ(t) = (t, 2t, t+ 1, t2), onde γ é uma função do R em R4. Portanto, γ : R −→ R4 t 7−→ (t, 2t, t+ 1, t2) Dada uma função α : A ⊂ R −→ Rn definida por α(t) = (x1(t), x2(t), ..., xn(t)). As funções xi, i = 1, 2, ..., n, são funções de A em R, isto é, x1 : A −→ R e são chamadas de funções componentes de α. Quando n = 2, as funções componentes são, em geral, denotadas por x(t) e y(t). Assim, α(t) = (x(t), y(t)) 9 Quando n = 3, as funções componentes são, em geral, denotadas por x(t), y(t) e z(t). Assim, α(t) = (x(t), y(t), z(t)) Por exemplo, 1. α(t) = (2 cos t, 3 sin t). As funções componentes são: x(t) = 2 cos t e y(t) = 3 sin t 2. α(t) = ( 2 cos t, 3 sin t, t 4 ) . As funções componentes são: x(t) = 2 cos t , y(t) = 3 sin t e z(t) = t 4 3. γ(t) = (√ t, ln(2− t), 1 t− 1 , e t ) . As funções componentes são: x1(t) = √ t , x2(t) = ln(2− t) , x3(t) = 1 t− 1 , x4 = e t Uma função α : A ⊂ R −→ Rn pode ser interpretada como uma "função vetorial"que associa a cada t ∈ A o vetor −−→α(t). 10
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