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Desemprego x Bolsa Família

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FAHESA - Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína
ITPAC - INSTITUTO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS LTDA
DIREITO
Enilton de Sousa Alves, 3º Período de Direito Noturno
Carências e Correntes
São constantes os debates sobre a condição econômica do país e a efetividade das políticas públicas para melhoria de vida da população mais carente, bem como alavancar o potencial produtivo do Brasil. O programa assistencial do governo federal com mais enfoque nas últimas décadas tem sido o Bolsa Família criado pelo então Presidente Lula em 2003. O programa tem como objetivo o combate à miséria e à exclusão, transferindo renda para famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza.
 Porém mesmo com resultados positivos o programa tem sido motivo de discussões, considerado por alguns críticos como um programa que sustenta as famílias assistidas e não como forma de auxílio a sua subsistência. Um dos fatores preocupantes do programa é a sua relação com o desemprego. Ora é certo que as famílias de baixa renda atendidas pelo programa passaram a consumir, tendo acesso a produtos e serviços, aquecendo o mercado interno, mas onde fica a geração de emprego e renda? Fato que esse não é o enfoque do programa, mas o problema e justamente esse, segundo o IBGE, em outubro de 2014, o Brasil alcançou a menor taxa de desemprego nos últimos oito anos, 6,1%, porém para o IBGE as famílias assistidas pelo programa não entram na conta dos desempregados e sim na categoria de “Trabalhadores desalentados”. 
Algumas das famílias assistidas, para não perderem o benefício decidem não procurar outra forma de renda, dessa forma se excluem da população economicamente ativa, e por consequência dos cálculos de desemprego no país. É bom ver que o programa Bolsa Família em todos esses anos ajudou a tirar muitas famílias da zona da pobreza extrema, mas a dependência dessa “ajuda” do governo não estimula as pessoas a ingressarem no mercado de trabalho.
Essas famílias não precisam apenas desse auxílio, elas precisam na verdade de políticas públicas de geração de emprego e educação de qualidade para formação de mão-de-obra qualificada, atraindo assim empresas e investidores, não é possível acabar com a fome e a miséria apostando apenas em um “curativo” como esse. Quando você ajuda uma pessoa com a perna quebrada a ficar de pé, ela não vai conseguir andar sozinha de imediato, assim deve ser o governo para com seu povo. Manter o Programa ativo ainda é importante, mas com limites e outros programas sociais trabalhando em conjunto, como cursos de capacitação profissional obrigatórios, com foco nos membros mais jovens da família que são os que têm maior potencial produtivo, bem como se faz necessário, reformular todo o sistema de ensino no país em todos os níveis. Infelizmente enquanto programas sociais como o bolsa família forem usados apenas como apelo político, só vai pesar o orçamento do Estado, e quanto a população, essa precisa acreditar que pode e deve cobrar do estado assistências desse tipo, mas não deve se esquecer de que “Quando uma formiga quer voar ela cria asas”. E só podemos criar asas para rumar há uma vida melhor, através de educação de qualidade e fazendo valer nos direitos como cidadãos dignos de respeito e dignidade.

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