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Apostila Resumo Exercícios Simulado Prova 
 
 
 
 
HISTÓRIA 
DO BRASIL 
 
 
 
 
Eduardo José Biasseto 
 
 
Título: 
 
História do Brasil para Concursos
www.resumosconcursos.com 
Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
2 
 
 
História 
 
 
 
 
Título: 
HISTÓRIA DO BRASIL PARA 
CONCURSOS 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: 
EDUARDO JOSÉ BIASSETO 
 
www.resumosconcursos.com 
Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
3 
 
 
CONTEÚDO 
 
1 – INTRODUÇÃO – PERÍODOS DA HISTÓRIA 
2 – AS GRANDES NAVEGAÇÕES 
3 – NAVEGADORES PORTUGUESES 
4 – DESCOBRIMENTOS ESPANHÓIS 
5 – TRATADO DE TORDESILHAS 
6 – O DESCOBRIMENTO DO BRASIL 
7 – OS DONOS DA TERRA 
8 – INFLUÊNCIA DA CULTURA INDÍGENA 
9 – CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL 
10 – O PAU-BRASIL 
11 – EXPEDIÇÕES EXPLORADORAS, GUARDA-COSTAS E COLONIZADORAS 
12 – BRASIL COLÔNIA (SÍNTESE CRONOLÓGICA) 
13 – SÍNTESE DAS REBELIÕES COLONIAIS 
14 – SÍNTESE DOS DOIS PRINCIPAIS MOVIMENTOS DE EMANCIPAÇÃO 
QUESTÕES RESOLVIDAS 
15 – BRASIL IMPÉRIO 
Síntese das revoltas regenciais: 
QUESTÕES RESOLVIDAS 
16 – O BRASIL NO FINAL DO SÉCULO XIX – INTRODUÇÃO À REPÚBLICA 
17 – A REPÚBLICA VELHA (I) 
18 – A REPÚBLICA VELHA (II) 
Síntese da Primeira Guerra Mundial: 
Síntese da República Velha (1889-1930) 
19 – A ERA VARGAS (1930-1945) 
Síntese histórica: 
20 – BRASIL – REPÚBLICA “LIBERAL-CONSERVADORA” – POPULISMO (1946/64) 
21 – BRASIL – REGIME MILITAR (1964-1985) 
22 – A NOVA REPÚBLICA (1985...) 
23 – TEXTOS COMPLEMENTARES 
24 – O BRASIL EM NÚMEROS 
25 – ACONTECIMENTOS MARCANTES DO PÓS-GUERRA (DEPOIS DA 2ª GUERRA 
MUNDIAL, 1939-1945) 
QUESTÕES RESOLVIDAS 
 
Referências bibliográficas 
 
 
Pesquisa (Seleção/Elaboração): Eduardo José Biasetto 
 
ejbiasetto@hotmail.com
 
Professor de História e Geografia, formado pela Faculdade de Ciências e Letras de Bragança 
Paulista (atual FESB), trabalhou como recenseador econômico do IBGE, foi aluno da Escola de 
Especialistas de Aeronáutica e funcionário do Banespa. Desde 2000, atua como professor efetivo 
do Ensino Público do Estado de São Paulo, ministrando também aulas em cursinhos preparatórios 
para vestibulares e concursos. É colaborador do site ResumosConcursos. 
 
 
www.resumosconcursos.com 
Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
4 
 
 
HISTÓRIA DO BRASIL PARA CONCURSOS 
 
Brasil Colônia / Brasil Império / Brasil República 
 
1 – INTRODUÇÃO – PERÍODOS DA HISTÓRIA
 
História Geral 
Pré-História: Começa com o aparecimento do homem. Termina com o 
aparecimento dos primeiros documentos escritos, mais ou menos há 
4000 anos antes de Cristo. 
 
Idade Antiga: Começa mais ou menos no ano 4000 a.C. Termina em 476 d.C., com 
a queda do Império Romano do Ocidente. 
 
Idade Média: Começa no ano de 476. Termina em 1453, com a tomada de 
Constantinopla. 
 
Idade Moderna: Começa no ano de 1453. Termina em 1789, com a Revolução 
Francesa. 
 
Idade Contemporânea: Começa no ano de 1789. Prolonga-se até os nossos dias. 
 
 
História do Brasil 
Fase Colonial: Começa em 22 de abril de 1500, com a chegada dos portugueses. 
Termina em 7 de setembro de 1822, quando ocorre a proclamação de 
independência. 
 
Fase Imperial: Começa em 7 de setembro de 1822. Termina em 15 de novembro de 
1889, quando ocorre a proclamação da República. 
 
Fase Republicana: Começa em 15 de novembro de 1889. Prolonga-se até os 
nossos dias. 
 
 
2 – AS GRANDES NAVEGAÇÕES
 
No século XV, as partes da superfície da Terra conhecidas eram a Europa, parte da África 
e da Ásia. Os europeus também tinham uma vaga idéia da China e do Japão. 
 
No fim da Idade Média começou a se desenvolver o comércio entre a Europa e a Ásia, 
principalmente na região das Índias. 
 
Certos produtos orientais, chamados de especiarias (cravo, canela, noz-moscada, 
pimenta-do-reino, gengibre), eram muito apreciados pelos europeus, assim como os 
tecidos e os tapetes da Pérsia, as porcelanas da China, as pérolas, os perfumes, os 
marfins, etc. 
www.resumosconcursos.com 
Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
5 
 
Os comerciantes das cidades italianas de Gênova e Veneza iam buscar esses produtos 
em Constantinopla, a fim de vendê-los em vários países europeus. 
 
Outros países europeus, interessados em entrar nesse comércio, passaram a procurar 
um novo caminho para as Índias. 
 
Essa procura foi uma das principais causas das Grandes Navegações. 
 
Também contribuíram para as navegações as lendas que existiam sobre riquezas nos 
países orientais e o desejo de converter ao cristianismo os povos que não eram 
europeus. 
Até 1450, os europeus ainda não conheciam a Oceania, as terras polares e a América. 
Os navegantes, nessa época, acreditavam que a terra era plana e que o oceano 
terminava, caindo os barcos num abismo. 
Marco Pólo foi um comerciante de Veneza. Esteve no Oriente e, ao voltar, escreveu um 
livro contando as maravilhas que viu. 
Algumas invenções também contribuíram para o desenvolvimento do comércio e 
possibilitaram a realização de longas viagens marítimas: 
- as caravelas, que tornaram as viagens mais rápidas; 
- a bússola, com sua agulha magnética sempre voltada para o Norte, era um dos 
instrumentos usados para orientações; 
- o astrolábio, outro instrumento de orientação, media a altura dos astros e sua posição 
acima da linha do horizonte; 
- a pólvora, usada pelos navegantes para se defenderem dos piratas; 
- o papel e a imprensa, que permitiram a divulgação dos conhecimentos de Geografia e 
da ciência e arte de navegar. 
 
 
 
3 – NAVEGADORES PORTUGUESES
 
Portugal foi, durante muito tempo, o único país da Europa a fazer navegações. 
 
O infante português D. Henrique fundou a Escola Naval de Sagres, um centro de 
estudos náuticos. 
 
Os estudiosos dessa Escola acreditavam na redondeza da Terra e achavam ser possível 
chegar às Índias viajando pelo Oriente, contornando as costas africanas. 
 
Em 1488, Bartolomeu Dias, piloto português da Escola Naval de Sagres, dobrou o cabo 
das Tormentas, depois chamado de cabo da Boa Esperança, provando ser possível 
chegar às Índias por essa rota. 
 
Em 1498, Vasco da Gama, navegador português, dobrou o cabo da Boa Esperança, 
realizando pela primeira vez a viagem completa à Ásia e descobrindo o caminho marítimo 
para as Índias. 
 
www.resumosconcursos.com 
Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
6 
 
 
4 – DESCOBRIMENTOS ESPANHÓIS
 
Em 1492, a Espanha também começou a tomar parte nas navegações. 
 
Os espanhóis contrataram Cristóvão Colombo, um navegador italiano que acreditava na 
redondeza da Terra e pretendia atingir as Índias viajando pelo Ocidente (ciclo ocidental). 
Como Colombo não tivesse recursos para fazer essa viagem, recorreu aos governos de 
Gênova, França e Portugal, solicitando auxílio, que lhe foi negado. 
 
Depois de muita luta, ele recebeu apoio dos reis da Espanha, Fernando de Aragão e 
Isabel de Castela. A rainha lhe deu três navios (Santa Maria, Pinta e Nina), com os 
quais ele partiu do porto de Palos, na Espanha, a 3 de agosto de 1492. 
 
Após dois meses de viagem, no dia 12 de outubro de 1492, Colombo chegou à Ilha de 
Guanaani, nas Antilhas. Fez mais três viagens, descobrindo várias ilhas. Como pensou 
ter chegado às Índias, chamou as ilhas de Índias Ocidentais e seus habitantes de índios. 
Bem mais tarde, Américo Vespúcio, outro navegador italiano, verificou que Colombo não 
havia chegado às Índias e sim a um novocontinente. Por isso, a nova terra recebeu o 
nome de América. 
 
Colombo morreu, em 1506, na Espanha, pobre e esquecido. 
Fernão de Magalhães, um português a serviço da Espanha, realizou a primeira viagem 
ao redor do mundo (viagem de circunavegação), em 1519. 
 
 
5 – TRATADO DE TORDESILHAS
 
A descoberta da nova terra por Cristóvão Colombo fez com que os reis da Espanha e 
Portugal entrassem num acordo a respeito das terras descobertas ou ainda por descobrir. 
Em 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que estabelecia um meridiano 
imaginário, situado a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. As terras a oeste 
desse meridiano pertenceriam à Espanha e as terras a leste a Portugal. 
 
A parte do Brasil que ficou para Portugal ia de Belém, no Pará, até Laguna, em Santa 
Catarina. 
 
Muito mais tarde, os bandeirantes ultrapassaram o meridiano de Tordesilhas. 
 
 
6 – O DESCOBRIMENTO DO BRASIL
 
D. Manuel, rei de Portugal, resolveu mandar uma poderosa esquadra a fim de estabelecer 
relações comerciais com as Índias. Como comandante, foi escolhido Pedro Álvares 
Cabral. 
www.resumosconcursos.com 
Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
7 
 
Essa esquadra era composta de treze navios e grande tripulação. Partiu de Lisboa, no dia 
9 de março de 1500. Propositalmente não seguiu exatamente a rota percorrida por Vasco 
da Gama, afastando-se muito das costas da África. 
 
No dia 21 de abril foram avistados sinais de terras: aves voando e ervas boiando nas 
ondas. 
 
No dia 22 de abril de 1500 foi avistado um monte, ao qual Cabral deu o nome de monte 
Pascoal, pois era tempo de Páscoa. Dias depois, encontraram um bom porto para 
abrigar os navios. Atualmente, esse lugar chama-se baía Cabrália. 
 
No dia 26 de abril, frei Henrique Soares Coimbra rezou a primeira missa no ilhéu da 
Coroa Vermelha, onde foram estabelecidas as primeiras relações com os indígenas, 
habitantes da terra. 
 
A 1º de maio foi rezada uma segunda missa, dessa vez em terra firme. Nesse dia, Cabral 
tomou posse da terra em nome de Portugal. 
 
No dia seguinte, a esquadra prosseguiu viagem para as Índias. 
 
Cabral mandou a Portugal um navio comandado por Gaspar de Lemos, levando ao rei 
amostras de madeira cor de brasa (pau-brasil) e algumas aves interessantes da nova 
terra. Levava também uma carta escrita por Pero Vaz de Caminha (escrivão da 
esquadra), informando sobre o descobrimento da terra. 
 
O primeiro nome dado à terra foi Ilha de Vera Cruz, por terem pensado ser a nova terra 
uma ilha. Pouco depois, quando veio a primeira expedição, verificaram o engano e 
deram-lhe o nome de Terra de Santa Cruz. Mais tarde, recebeu o nome de Brasil, por ter 
grande quantidade de madeira cor de brasa, chamada “pau-brasil”. 
 
Durante muitos anos, pensou-se que o Brasil tivesse sido descoberto no dia 3 de maio. A 
carta de Pero Vaz de Caminha, encontrada alguns séculos depois, esclareceu essa 
dúvida, pois nesse documento está escrito que o monte Pascoal foi avistado no dia 22 
de abril de 1500. 
Durante muito tempo, pensou-se que o Brasil foi descoberto por acaso. Atualmente, 
porém, não se aceita essa teoria, afirmando-se que Cabral saiu realmente com o fim de 
vir ao Brasil. 
Outros navegantes alegaram ter visitado a costa do Brasil antes de Cabral; porém, a 
glória do descobrimento do Brasil cabe aos portugueses, porque foram eles que 
anunciaram a nova descoberta a todas as nações. 
 
7 – OS DONOS DA TERRA
 
O Brasil, na época do seu descobrimento, era habitado pelos indígenas ou índios, cujos 
costumes eram muito diferentes dos costumes europeus. Os índios viviam em tribos. O 
chefe da tribo era o cacique e o chefe religioso o pajé, que também tentava curar os 
doentes. 
www.resumosconcursos.com 
Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
8 
 
Acreditavam em vários deuses: Guaraci, o Sol; Jaci, a Lua; Tupã, o raio e o trovão. 
 
Moravam nas aldeias, em casas de pau-a-pique cobertas de sapé chamadas de oca. A 
reunião de ocas formava a taba. Havia uma praça central, a ocara, onde se realizavam 
reuniões, danças e festas importantes. 
 
Os índios gostavam de música e dança. As danças guerreiras chamavam-se poracés e 
eles viviam em guerra com as tribos vizinhas. 
 
Os homens caçavam, pescavam, fabricavam suas armas (arco, flecha, tacape, 
zarabatana), suas canoas (ubás), seus instrumentos musicais, etc. Como não conheciam 
o uso dos metais, fabricavam seus objetos com madeira, pedra, osso e fibras vegetais. 
 
As mulheres fiavam e teciam o algodão, fazendo redes, esteiras, etc.; fabricavam peças 
de cerâmica (potes, bacias, panelas); faziam uma bebida feita de milho mastigado: o 
cauim. 
Viviam nus ou seminus. Quando moravam em lugares frios, abrigavam-se com peles de 
animais. Banhavam-se várias vezes ao dia e pintavam o corpo com uma tinta extraída de 
plantas, como o urucu e o jenipapo. Algumas tribos furavam as orelhas e os lábios e 
tatuavam o corpo. 
 
Viviam da caça e da pesca. Os mais adiantados cultivavam o milho, a mandioca e o fumo, 
usando o processo da coivara: derrubavam e queimavam as árvores para fazer novas 
plantações. 
 
Eram nômades, isto é, mudavam sempre, principalmente quando acabava a pesca e a 
caça na região ou quando a terra não produzia muito. 
 
 
8 – INFLUÊNCIA DA CULTURA INDÍGENA
 
Os índios deram várias contribuições à nossa cultura: 
- nas palavras: geralmente, em nomes próprios de lugares, rios, cachoeiras, plantas, 
animais, etc. Ex.: Bauru, Peri, Paraná, Iguaçu, abacaxi, arara, etc. 
- nos alimentos: milho, mandioca, mate, cacau, palmito, guaraná, canjica, pamonha, 
etc. 
- nas embarcações: canoas e jangadas. 
- nos costumes: banhos freqüentes, dormir em redes, caçar e pescar com armadilhas. 
 
As principais nações que habitavam o Brasil eram a dos tupis, no litoral, e dos tapuias 
(jês), no interior. Na Amazônia encontravam-se os caraíbas e os aruaques. 
Cândido Mariano da Silva Rondon (Marechal Rondon) tornou-se notável por amar e 
amparar os índios. Seu lema era: “Morrer se preciso for; matar, nunca”. 
Os irmãos Vilas Boas também prestaram muitos serviços aos índios. 
O órgão que cuida dos interesses dos índios é a FUNAI (Fundação Nacional do Índio). 
 
 
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Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
9 
 
9 – CICLOS ECONÔMICOS DO BRASIL
 
Ciclos econômicos foram períodos da nossa História em que uma riqueza predominou 
sobre as outras. 
 
Os ciclos econômicos do Brasil foram: a) açúcar: séculos XVI e XVII → começou com a 
vinda da expedição colonizadora e foi a primeira atividade agrícola da colônia; b) 
mineração: século XVIII → teve início com as bandeiras para a caça ao índio e procura 
de ouro; c) café: séculos XIX e XX → começou logo após a Independência do Brasil. 
 
Nos primeiros tempos do período colonial foi explorado o pau-brasil. 
Houve também a expansão do gado. O gado ajudava a mover engenhos, transportava 
cana e fornecia alimentos. 
Outros produtos: o trigo, no Rio Grande do Sul; a borracha, na Amazônia; o fumo, no 
Recôncavo Baiano e em Alagoas; o algodão, no Nordeste (principalmente no Maranhão). 
Nos tempos atuais constituem a base da economia do país a policultura e a indústria. 
 
 
10 – O PAU-BRASIL
 
No início do século XVI, o produto mais importante de nossa economia era o pau-brasil, 
madeira vermelha chamada de “ibirapitanga” pelos índios. 
 
O pau-brasil foi importante nessa época porque dele se extraía uma tinta vermelha para 
tingir tecidos e constituía fonte de riqueza para Portugal. 
 
O rei de Portugal não permitia que outras nações viessem ao Brasil explorar o pau-brasil. 
Este produto tornou-se monopólio da Coroa lusa.A cobiça de vários países sobre o pau-brasil contribuiu para que os portugueses 
percebessem que era necessário povoar e colonizar o Brasil, para evitar que nossa terra 
fosse ocupada por outros povos europeus, principalmente os franceses. 
 
O pau-brasil era encontrado desde o litoral do Rio Grande do Norte até o litoral do Rio de 
Janeiro. Mais de meio milhão de árvores foram cortadas, de forma que o produto foi 
praticamente extinto. 
 
 
11 – EXPEDIÇÕES EXPLORADORAS, GUARDA-COSTAS E COLONIZADORAS
 
Entre 1501 e 1503, D. Manuel, rei de Portugal, mandou expedições ao Brasil, a fim de 
explorar o litoral: 
 
- expedição exploradora de 1501: 
→ era comandada por Gaspar de Lemos. 
→ verificou que o Brasil não era uma ilha. 
→ deu ao Brasil o nome de Terra de Santa Cruz. 
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Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
10 
 
→ deu nome aos acidentes geográficos. 
→ verificou a existência do pau-brasil. 
→ tinha como acompanhante Américo Vespúcio. 
 
- expedição exploradora de 1503: 
→ era comandada por Gonçalo Coelho. 
→ veio localizar os lugares onde havia mais pau-brasil. 
→ tinha também como acompanhante Américo Vespúcio, que fundou uma feitoria em 
Cabo Frio. 
 
- expedições guarda-costas: em 1516 e 1526, o rei de Portugal mandou expedições 
comandadas por Cristóvão Jacques, com o objetivo de: proteger o litoral; combater o 
contrabando de pau-brasil. 
 
- expedição colonizadora: em 1530, o rei de Portugal resolveu mandar ao Brasil uma 
expedição comandada por Martim Afonso de Sousa. Essa expedição vinha para: 
explorar e reconhecer o litoral brasileiro; guardar a costa, para evitar o contrabando de 
pau-brasil; colonizar e povoar a nova terra. 
 
Ao chegar às costas de Pernambuco, Martim Afonso prendeu três navios franceses 
carregados de pau-brasil. 
 
Na Baía de Todos os Santos, encontrou-se com Diogo Álvares Correia, o “Caramuru”, 
um náufrago português que lhe prestou grandes serviços, auxiliando-o no contato com os 
índios. 
 
Dirigindo-se para o sul, chegou até o rio da Prata, que foi explorado por seu irmão Pero 
Lopes de Sousa. 
 
Ao voltar do rio da Prata, ancorou na ilha de São Vicente, onde fundou a vila do mesmo 
nome (primeira vila fundada no Brasil). 
 
Em São Vicente foram construídos vários prédios: igreja, casa da Câmara, cadeia, casas 
para os moradores, etc. Iniciou-se também a cultura da cana-de-açúcar, sendo 
construído o Engenho do Governador, assim como a plantação de uva e trigo e a criação 
de gado. 
 
Martim Afonso subiu a serra do Mar. No planalto de Piratininga fundou a vila de Santo 
André da Borda do Campo, ajudado por João Ramalho, um português que lá vivia com 
os índios. Ao regressar para Portugal, confiou o governo de São Vicente ao padre 
Gonçalo Monteiro. 
 
As mudas de cana-de-açúcar vieram da ilha da Madeira. Nessa época, Brás Cubas 
fundou a povoação de Santos. Caramuru era casado com a índia Paraguaçu, filha do 
cacique Taparica, e João Ramalho com a índia Bartira, filha do cacique Tibiriçá. 
Feitorias eram postos fortificados onde se fazia a troca de pau-brasil com os índios. 
 
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Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
11 
 
12 – BRASIL COLÔNIA (SÍNTESE CRONOLÓGICA)
 
1500-1530 – Período Pré-Colonial: expedições exploradoras (1501 e 1503); 
expedições guarda-costas (1516 e 1526); 
extração do pau-brasil. 
1530 – com medo de perder a nova terra (presença de piratas), a Coroa portuguesa 
envia a expedição colonizadora de Martim Afonso de Sousa. 
1532 – fundação, por Martim Afonso, da primeira vila do Brasil, a Vila de São 
Vicente. 
1534 – o Brasil é dividido em capitanias hereditárias. 
1548 – cria-se o governo-geral no Brasil com o intuito de centralizar a 
administração colonial, dando suporte aos capitães-donatários. 
1550 – chega a Salvador os primeiros escravos africanos. 
1555 – fundação da França Antártica, no Rio de Janeiro. Primeira invasão 
francesa. 
1567 – os franceses são expulsos do Rio de Janeiro. 
1570 – Carta régia de D. Sebastião garantindo a liberdade dos índios. 
1571 – D. Sebastião decreta que somente navios portugueses transportem 
mercadorias para o Brasil. 
1580 – Portugal e seus domínios são anexados à Espanha. A chamada União 
Ibérica se estende até 1640. 
1612 – fundação da França Equinocial, no Maranhão. Segunda invasão francesa. 
1615 – os franceses são expulsos do Maranhão. 
1621 – fundação da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. 
1624 – os holandeses invadem a capital da Colônia portuguesa, Salvador. 
1625 – os holandeses são expulsos da Bahia. 
1630 – os holandeses iniciam a invasão de Pernambuco. Depois de um período de 
resistência, os holandeses são aceitos e dominam diversas áreas 
produtoras. 
1637 – Maurício de Nassau chega ao Brasil e inicia sua administração, na “parte 
holandesa”. 
1640 – D. João IV restaura o trono português pondo fim ao domínio espanhol. 
1644 – desentendendo-se com a Companhia das Índias Ocidentais, Maurício de 
Nassau deixa o cargo de governador. 
1648 – vitória dos luso-brasileiros contra os holandeses na 1ª batalha dos 
Guararapes (a 2ª em 1649). 
1654 – os holandeses assinam sua rendição em Campina da Taborda. Expulsos 
do Brasil, passam a produzir açúcar nas Antilhas, concorrendo com a 
produção brasileira, que começa a declinar. 
1661 – os holandeses reconhecem a perda do nordeste brasileiro com o tratado de 
paz de Haia. 
1674 – bandeira de Fernão Dias Pais Leme parte em direção ao sertão de Minas 
Gerais. 
1684 – explode, no Maranhão, a revolta liderada pelo senhor de engenho Manuel 
Beckman. 
1690 a 1695 – são encontradas as primeiras jazidas de ouro no Brasil. 
1694 – o bandeirante Domingos Jorge Velho (sertanismo de contrato) destrói o 
quilombo dos Palmares. 
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Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
12 
 
1701 – é proibida a criação de gado numa faixa de dez léguas a partir do litoral. 
1702 – é criada a Intendência das Minas, tendo como função básica distribuir 
terras para a exploração do ouro e cobrar tributos para a Fazenda Real. 
1708 – tem início a Guerra dos Emboabas – conflitos entre os paulistas e os 
forasteiros (especialmente portugueses) pelo controle da minas. 
1710 – explode a Guerra dos Mascates, conflito entre os senhores de engenho de 
Olinda e os comerciantes de Recife. 
1713 – Tratado de Utrecht (a França aceitava o rio Oiapoque como limite entre a 
Guiana e o Brasil). 
1715 – Tratado de Utrecht (a Espanha concordava em devolver a Colônia do 
Sacramento a Portugal). 
1720 – são criadas as Casas de Fundição, onde todo o ouro deveria ser levado 
para a transformação em barras. Ao receber o ouro, as Casas retiravam a 
parte correspondente ao imposto (o quinto). Nesse mesmo ano, explode a 
Revolta de Vila Rica, em protesto contra a criação das Casas de Fundição. 
Filipe dos Santos acaba executado. 
1729 – inicia-se a produção de diamantes no arraial do Tijuco, atual cidade de 
Diamantina, em MG. 
1750 – é determinado que o resultado do quinto não poderia ser menor do que 100 
arrobas de ouro por ano. Tratado de Madri (determinava que a Colônia do 
Sacramento pertenceria aos espanhóis, e a região dos Sete Povos das 
Missões pertenceria aos portugueses). 
1759 – expulsão dos jesuítas do Brasil, por determinação do marquês de Pombal. 
1761 – Acordo do Pardo (Espanha e Portugal anulam o Tratado de Madri). 
1763 – a capital do Estado do Brasil é transferida de Salvador para o Rio de 
Janeiro. 
1765 – foi decretada a derrama, pela qual obrigava-se a população mineradora a 
completar a soma acumulada doimposto devido. 
1771 – começa a funcionar a enérgica atuação da Intendência dos Diamantes. 
1777 – Tratado de Santo Ildefonso (a Espanha ficaria com a Colônia do 
Sacramento e a região dos Sete Povos das Missões, mas devolveria terras 
que havia ocupado nos atuais Estados de Santa Catarina e Rio Grande do 
Sul). 
1789 – ocorre a Inconfidência Mineira, 1ª tentativa de emancipação política – 
Tiradentes é executado. 
1798 – ocorre a Conjuração dos Alfaiates (Conjuração Baiana) – 2ª tentativa de 
emancipação política. 
1808 a 1821 – período joanino: fugindo de Napoleão, D. João VI e grande comitiva 
passam a viver no Brasil. Várias medidas são tomadas e o Brasil 
“começa” a se libertar de Portugal. 
7 de setembro de 1822 – D. Pedro I declara a independência do Brasil. 
 
 
13 – SÍNTESE DAS REBELIÕES COLONIAIS
 
Revolta de Beckman (Maranhão, 1684): 
- participantes: colonos brancos, proprietários de terras. 
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Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
13 
 
- os colonos contra os jesuítas e a Companhia de Comércio do Maranhão, porque 
queriam escravizar os índios e combater os abusos da Cia. 
 
Guerra dos Emboabas (Minas Gerais, 1707/1709): 
- participantes: mineradores paulistas e brasileiros de outras regiões contra os 
mineradores portugueses (forasteiros, chamados de “emboabas”, nome de um pássaro). 
- as rivalidades eram causadas pela disputa das minas, os bandeirantes paulistas se 
sentiam “donos” das riquezas locais. 
 
Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1710/1711): 
- participantes: senhores de engenho e portugueses comerciantes. 
- os senhores de Olinda achavam que eram explorados pelos comerciantes portugueses 
de Recife. A elevação de Recife à categoria de vila, gerou o estopim dos conflitos, 
acentuando as rivalidades entre os dois povoados. 
 
Rebelião de Vila Rica (Revolta de Filipe dos Santos, Minas Gerais, 1720): 
- participantes: mineradores contrários à administração das minas, imposta pela Coroa. 
- os mineradores eram contra a obrigação de fundir o ouro nas Casas de Fundição. 
 
 
14 – SÍNTESE DOS DOIS PRINCIPAIS MOVIMENTOS DE EMANCIPAÇÃO
 
Inconfidência Mineira (Região de Vila Rica, 1789): 
- contou com a participação de pessoas das altas camadas sociais e membros da classe 
média. 
 teve como causas: a queda na produção de ouro e diamantes, o empobrecimento da 
população, os altos impostos, os privilégios dos portugueses e os altos preços das 
mercadorias importadas. 
- os revoltosos queriam a independência da região das minas, formando uma nova nação, 
sob os moldes republicanos, tendo como exemplo os Estados Unidos, independente 
desde 1776. 
- não havia um consenso entre os inconfidentes sobre a questão da escravidão. 
 
Conjuração dos Alfaiates (Salvador, 1798): 
- também chamada de Conjuração Baiana, contou com a participação das camadas 
pobres e miseráveis da região. 
- a insatisfação popular se dava em relação aos altos preços dos alimentos, a exploração 
e maus tratos a que estavam sujeitos os escravos; além da discriminação social e política 
contra os mulatos. 
- almejavam a independência do Brasil, a construção de uma República, a liberdade de 
comércio, o fim da escravidão e a igualdade social e política. 
 
 
 
 
 
 
 
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14 
 
QUESTÕES RESOLVIDAS 
 
1 – A instalação do Governo Geral no Brasil tinha por objetivo 
a) acabar com as capitanias hereditárias. 
b) apenas desenvolver a lavoura açucareira. 
c) escravizar os índios. 
d) cuidar das finanças dos donatários. 
e) centralizar a administração, amparar os donatários e intensificar o povoamento. 
 
Solução: e 
 
 
2 – Durante o período colonial, Bahia e Pernambuco foram alvos de invasões de 
a) franceses, atraídos pelo pau-brasil. 
b) holandeses, atraídos pela produção açucareira. 
c) espanhóis, indignados com a extensão territorial portuguesa. 
d) italianos, interessados no mercado de especiarias. 
e) ingleses, atraídos por riquezas minerais. 
 
Solução: b 
 
 
3 – O povoamento no interior nordestino no início do século XVIII deveu-se 
basicamente 
a) à expansão da cultura do algodão. 
b) à fundação de grande número de missões. 
c) ao aparecimento de quilombos. 
d) à expansão extensiva da pecuária. 
e) à expansão do cultivo do tabaco. 
 
Solução: d 
 
 
4 – A Guerra dos Emboabas ocorrida entre os anos de 1707 e 1709, em região 
mineradora teve como rivais: 
a) mineiros e paraenses. 
b) paulistas e pernambucanos. 
c) paulistas e forasteiros. 
d) portugueses e espanhóis. 
e) mineiros e espanhóis. 
 
Solução: c 
 
 
5 – A cobrança de elevados impostos por Portugal e a criação das Casas de 
Fundição, provocaram a 
a) Revolta de Filipe dos Santos. 
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b) Guerra dos Emboabas. 
c) Revolta de Beckman 
d) Guerra dos Mascates. 
e) Conjuração Baiana. 
 
Solução: a 
 
 
6 – O último movimento de Pré-Independência brasileiro: 
a) Revolução Pernambucana – 1817. 
b) Conjuração dos Alfaiates – Salvador – 1798. 
c) Conjuração Mineira – Vila Rica – 1789. 
d) Guerra dos Emboabas – região das minas – 1798. 
e) Revolta de Beckman – Maranhão – 1684. 
 
Solução: a 
 
 
7 – “A chegada dos colonos desintegrou o modo de vida de inúmeros grupos 
indígenas, tornando sua sobrevivência extremamente difícil. Além disso, milhares 
de índios foram exterminados nas guerras de conquista e em consequência da 
escravização.” 
No Brasil, ao processo descrito no texto pode-se relacionar a 
a) colonização e a criação das capitanias hereditárias. 
b) imigração e a ocupação do nordeste pelos franceses. 
c) mineração e a criação do cargo de governador-geral. 
d) catequização e a expulsão dos jesuítas da colônia. 
e) n.d.a. 
 
Solução: a 
 
 
8 – “Do mundo do açúcar nascia o Brasil, marcado a ferro e fogo pela colonização, 
pelo trabalho escravo, pelo domínio do mercado externo. E assim permaneceria, 
escravizado ao poder do latifúndio.” 
A partir do texto pode-se concluir que 
a) são muito recentes os problemas econômicos do Brasil no mercado externo. 
b) a escravidão só foi superada, no Brasil, com a abolição. 
c) ainda hoje o tipo de propriedade que predomina no Brasil é o latifúndio. 
d) o açúcar permitiu ao Brasil exercer a liderança no comércio internacional. 
e) n.d.a. 
 
Solução: c 
 
 
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9 – “É compreensível a dificuldade de se implantar a produção de determinados 
artigos em pequenas e médias propriedades, quando se tem em vista a exportação 
em larga escala.” 
O texto refere-se a um dos fatores que favoreceram, no Brasil, desde o período 
colonial até os nossos dias, a 
 
a) existência de grandes propriedades rurais. 
b) extinção das grandes propriedades rurais. 
c) inexistência de propriedades improdutivas. 
d) alta lucratividade das propriedades fundiárias. 
e) n.d.a. 
 
Solução: a 
 
 
10 – No Brasil Colonial, a escravidão se constituiu em uma das bases de grandes 
unidades agrícolas conhecidas como 
a) vilas. 
b) haciendas. 
c) cercamento. 
d) plantation. 
e) n.d.a. 
 
Solução: d 
 
 
 
 
15 – BRASIL IMPÉRIO
 
 
Primeiro Reinado (1822 – 1831) 
Cronologia básica: 1822 – Ano da Proclamação da Independência, D. Pedro I se torna o 
imperador do Brasil; 1823 – Sob o comando de mercenários europeus (Lord Cochrane, 
Pierre Labatut, John Taylor e John Grenfell), tropas brasileiras vencem as resistências 
portuguesas, fixadas no Brasil e contrárias à Independência; 1824 – D. PedroI, em 25 de 
março, outorga a Constituição, depois de ter dissolvido a Assembléia Constituinte, no ano 
anterior; 1828 – A Província da Cisplatina (Uruguai) consolida sua independência, 
desligando-se do Brasil, o que faz aumentar a oposição a D. Pedro I, acusado de não ter 
tido competência para lidar com o caso; 1830 – Assassinato, em São Paulo, do jornalista 
Líbero Badaró, um dos principais críticos de D. Pedro I; 1831 – Em 13 de março ocorre a 
“Noite das Garrafadas”; em 7 de abril, D. Pedro I abdica ao trono brasileiro. 
 
 
 
 
 
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Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
17 
 
Texto complementar 
 
O 7 de setembro de 1822 não alterou em nada a sociedade e a economia 
brasileira. Permaneceu o sistema escravista, baseado na grande propriedade 
monocultora e exportadora. O povo continuou marginalizado e impossibilitado de 
participar das decisões políticas. 
Nas lutas pela consolidação da independência destacou-se a participação das 
camadas populares contra as tentativas portuguesas de impedir a libertação e a 
presença de mercenários estrangeiros, contratados por D. Pedro I, como o almirante 
inglês Cochrane. 
A monarquia era a forma ideal de governo para a aristocracia, principalmente 
porque manteria a escravidão, impediria a participação política das massas e evitaria as 
lutas populares. 
Para reconhecer a independência de sua colônia, Portugal cobrou uma 
indenização, no valor de 2 milhões de libras, dinheiro que o Brasil emprestou da 
Inglaterra. 
Usando a força das armas D. Pedro I dissolveu a Assembléia Constituinte, 
porque os deputados pretendiam limitar os poderes do imperador, valorizando o 
Legislativo. Em 25 de março de 1824, D. Pedro I impôs ao povo brasileiro uma 
Constituição que determinava a existência de quatro poderes (Moderador, Executivo, 
Legislativo e Judiciário), a submissão da Igreja ao Estado, o Senado vitalício e o 
voto censitário, que excluía completamente as camadas pobres do processo político 
brasileiro. 
O Nordeste reagiu ao autoritarismo de D. Pedro I, através de uma revolta: a 
Confederação do Equador, em 1824. 
A crise econômica brasileira foi motivada pela queda das exportações do açúcar 
e do algodão, pelas concessões comerciais a países estrangeiros, pelos empréstimos 
externos, que submetiam o Brasil ao domínio do capital inglês e pelo fato de D. João VI 
ter levado para Portugal o dinheiro do Banco do Brasil. 
 Para completar o quadro negativo em que se meteu D. Pedro I, em 1828 o Brasil 
perdeu a Cisplatina (atual Uruguai), depois de vários anos de conflito na região. 
 Sem apoio político e popular, D. Pedro I abdicou (renunciou) ao trono brasileiro em 
1831. 
 
 
Período Regencial (1831 – 1840) 
O Período Regencial foi marcado por várias revoltas e agitações políticas. As Regências: 
Regência Trina Provisória (1831); Regência Trina Permanente (1831-1835); Regência 
Una de Feijó (1835-1837); Regência Una de Araújo Lima (1838-1840). 
Num primeiro momento do Período Regencial ocorreu um avanço político (“Avanço 
Liberal”), seguido de um “Regresso Conservador”. 
Como a maior parte da população continuava marginalizada e excluída do cenário 
político, as revoltas foram constantes: Cabanagem (Pará, 1835-1840); Sabinada (Bahia, 
1837-1838); Balaiada (Maranhão, 1838-1841); Guerra dos Farrapos (Rio Grande do Sul, 
1835-1845). 
 
 
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Síntese das revoltas regenciais: 
 
Cabanagem (1835-1840) – Pará: causas políticas aliadas à condição de miserabilidade 
dos “cabanos” (pobres que viviam em cabanas, à beira de rios). Os revoltosos 
conseguiram se impor em Belém, por um período de um ano, mas foram derrotados. 
Acredita-se que mais de 30 mil pessoas foram mortas pela ação do governo. 
 
Sabinada (1837-1838) – Bahia: liderada por Sabino Álvares, o movimento representou a 
insatisfação com o governo da Regência, negando sua autoridade. Assim como a 
Cabanagem, foi duramente reprimida. 
 
Balaiada (1838-1841) – Maranhão: movimento popular que contou com a presença de 
fabricantes de cestos (balaios), vaqueiros e escravos fugidos. Representava a revolta 
contra os abusos das autoridades e as condições de miséria da população. Da repressão 
ao movimento participou Luís Alves de Lima e Silva (futuro duque de Caxias). 
 
Guerra dos Farrapos (1835-1845) – Rio Grande do Sul: revolta da classe dominante 
gaúcha, indignada com as taxas impostas pelo governo sobre a produção de charque do 
sul, e a consequente concorrência do charque platino, especialmente o argentino. A 
Guerra dos Farrapos ou Farroupilha durou dez anos, constituindo-se na mais longa 
revolta do período. As lideranças conseguiram mobilizar as massas rurais, provocando 
algumas concessões por parte do governo. 
 
 
Texto complementar 
 
 Como o herdeiro do trono brasileiro, Pedro de Alcântara, não tinha idade para 
assumir o poder, pessoas passaram a governar no lugar do imperador, até que este 
atingisse a maturidade. Surgiu assim, o Período Regencial. 
 Rebeliões sociais das camadas populares agitaram o país nesta época. 
 Ao tomarem consciência de que as elites as utilizavam como instrumentos para 
alcançar seus próprios objetivos, as camadas populares se desligaram da liderança da 
classe dominante e partiram para a sua própria luta contra a escravidão, a 
marginalização e o latifúndio gerador de fome e miséria social. 
 Neste contexto, ocorreram as rebeliões já citadas, lembrando que a Guerra dos 
Farrapos foi, essencialmente, uma revolta da elite local (os estancieiros do sul); ao 
contrário do que aconteceu, especialmente, na Cabanagem e na Balaiada. 
 Os partidos políticos do Período Regencial defendiam e representavam 
exclusivamente os interesses da classe dominante. Não tinham um programa de defesa 
dos interesses nacionais. 
 Devido às reformas liberais decretadas entre 1831 e 1835, esse período foi 
chamado de Avanço Liberal. 
 Com a renúncia de Feijó e a vitória eleitoral de Araújo Lima, começou a fase do 
Regresso Conservador. 
 Em julho de 1840 progressistas e regressistas deram um golpe político ao 
conceder a maioridade ao menino Pedro de Alcântara, então com 15 anos de idade. 
Coroado imperador, se transformou em D. Pedro II, dando início ao Segundo Reinado. 
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Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
19 
 
Segundo Reinado (1840 – 1889) 
 
Introdução 
 
O Golpe da Maioridade foi uma manobra política que atendeu aos interesses dos grupos 
mais reacionários da elite política brasileira. 
 
Com o primeiro ministério, começaram a violência e a fraude nas eleições, cujo objetivo 
era garantir a vitória dos candidatos do partido que estava no poder. 
 
Ser liberal ou conservador era praticamente a mesma coisa, já que ambos defendiam os 
interesses da elite dominante. 
 
Entre 1848 e 1850, eclodiu, na Província de Pernambuco, a Revolta Praieira, um 
movimento de caráter separatista. 
 
Do ponto de vista político, os rebeldes praieiros pretendiam proclamar uma república, 
acabar com o voto censitário (baseado na renda), além de extinguir o Senado e o Poder 
Moderador. 
 
Apesar do caráter liberal da revolução, os revoltosos não cogitavam a abolição da 
escravidão. 
Depois de receber a adesão da população urbana que vivia em extrema pobreza, 
pequenos arrendatários, boiadeiros, mascates e negros libertos, os praieiros marcharam 
sobre o Recife em fevereiro de 1849 com quase 2.500 combatentes, mas foram 
rechaçados. (Wikipédia) 
 
Com o apoio da Inglaterra, Brasil, Argentina e Uruguai formaram a Tríplice Aliança e 
travaram uma sangrenta guerra com o Paraguai – a Guerrado Paraguai (1864-1870). 
 
Para muitos estudiosos, o Paraguai incomodava a Inglaterra, pois tinha um modelo 
econômico independente na América do Sul. Para os padrões da época, era um país 
desenvolvido, distante da influência do capital europeu, especialmente o britânico. 
 
Afirma-se também que, ao pensar em formar o Grande Paraguai, Solano Lopez, o 
governante da nação, visava uma saída para o mar e a ampliação da área de cultivo 
agrícola do país. Nesse contexto, o ditador paraguaio teria planos para conquistar terras 
de seus vizinhos. 
 
A guerra arruinou o Paraguai, aumentou a crise econômica brasileira, bem com a dívida 
externa. Por outro lado, terminado o conflito, o Exército brasileiro passou a exigir 
melhores condições frente ao imperador D. Pedro II, as quais, não atendidas, 
contribuíram para a crise imperial, que marcaria o processo republicano a partir de 
meados da década de 1870. 
 
O Segundo Reinado foi, sem dúvida, um momento de grande prosperidade econômica 
para o Brasil graças, sobretudo, à expansão da economia cafeeira. 
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Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
20 
 
 
Mauá, um brasileiro arrojado 
 
Irineu Evangelista de Souza (1813-1889), de origem humilde, se transformou num dos 
maiores empreendedores de nossa história. 
 
No século XIX as nações européias já caminhavam a passos largos na direção da 
industrialização. No continente americano a situação era outra. Tirando os Estados 
Unidos, que ensaiavam sua industrialização, os demais países eram tipicamente 
agroexportadores. 
 
Nesses países os interesses dos fazendeiros predominavam sobre todos os demais 
grupos e classes da sociedade. Controlavam a política e só aprovavam as leis que 
beneficiassem seus interesses. Para eles, seus países continuariam sendo sempre uma 
grande fazenda, vendedores de gêneros agrícolas e compradores de manufaturados. 
Felizmente nem todos os brasileiros pensavam assim. Havia alguns, bem poucos, é 
verdade, que queriam ver o Brasil industrializado. Um desses homens foi Irineu 
Evangelista, o Barão de Mauá. 
 
Foi ele quem inaugurou a primeira ferrovia em 1854, depois disso, criou a Cia. De 
Navegação a Vapor do rio Amazonas, estabeleceu a ligação telefônica, por cabo 
submarino, entre o Brasil e a Europa, em 1872. 
 
Mauá abriu empresas no exterior, se tornando um dos homens mais ricos de seu tempo. 
Porém, liberal e abolicionista, chegou a sofrer boicotes e sabotagens em seus negócios, 
vendo seu império se desmoronar. Morreu pouco antes da proclamação da República, 
deixando um exemplo de arrojo, competência, coragem e obstinação. 
 
 
O Segundo Reinado – O problema da mão-de-obra 
(adaptado de: Anglo Vestibulares, série alfa) 
 
Entende-se por problema da mão-de-obra a substituição da escravidão pelo trabalho livre, 
ocorrida no Brasil ao longo do século XIX. 
 
Os fatores responsáveis pela decadência da escravidão foram: 1) a extinção do tráfico 
negreiro (Lei Eusébio de Queirós, 1850); 2) o desenvolvimento do trabalho assalariado; 
3) o crescimento do setor de semi-servidão. 
 
A extinção do tráfico ocorreu principalmente devido à pressão da Inglaterra (Bill 
Aberden), a qual, por motivos econômicos, era contrária ao tráfico e à escravidão. 
 
Quando o Brasil cedeu às pressões britânicas, extinguindo o tráfico, em 1850, teve início 
um processo de liberação de capitais, que eram empregados na aquisição de escravos, 
para outros setores, destacando-se o segmento industrial. 
 
 
 
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Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
21 
 
A partir de meados do século XIX, os cafeicultores paulistas começaram a substituir o 
trabalho escravo pelo assalariado, que apresentava maior produtividade, já que o negro 
feito cativo trabalhava, obviamente, muito contrariado. Ocorreu então, um incentivo para a 
vinda de imigrantes europeus, principalmente italianos. Desse modo, a região mais rica do 
país (São Paulo) abandonou a escravidão. 
 
Nas áreas mais atrasadas do país, particularmente no Nordeste, o trabalho escravo 
também foi sendo abandonado devido ao seu custo. Como essas regiões decadentes não 
tinham condições de adotar o trabalho assalariado, a escravidão foi gradativamente 
substituída por um sistema de semi-servidão. 
 
Corroído por todos os lados, e já em total decadência, o sistema escravista teve ainda 
que enfrentar a campanha abolicionista (após 1870), até ser abolido oficialmente. 
Leis abolicionistas: Lei Eusébio de Queirós (1850); Lei do Ventre Livre (1871); Lei dos 
Sexagenários ou Lei Saraiva-Cotegipe (1871); e, finalmente, a Lei Áurea (13 de maio de 
1888). 
 
A crise do Império e a proclamação da República 
 
O poder político no Brasil, na segunda metade do século XIX, continuava manipulado pela 
velha e decadente aristocracia. Por isso a nova elite cafeeira do Oeste Paulista se 
chocava com essa aristocracia, exigindo o comando do poder, já que São Paulo 
sustentava, em grande parte, a economia do país. 
 
Coube à imprensa e especialmente à Faculdade de Direito do Largo São Francisco, 
em São Paulo, a divulgação das novas idéias de transformações políticas e sociais 
defendidas pela elite cafeeira. 
 
As camadas médias urbanas aderiram ao movimento republicano, pois aspiravam 
participar do poder. 
 
O governo imperial não acompanhou a evolução e a modernização do país, mostrando-se 
incapaz de atender às novas aspirações sociais. 
 
A Questão Religiosa, que causou a condenação de dois bispos a quatro anos de 
trabalhos forçados, resultou no apoio de parte do clero ao movimento republicano. 
 
A Guerra do Paraguai foi fundamental para a modernização e politização do Exército 
brasileiro. Após a guerra desenvolveu-se entre os oficiais o ideal de salvação nacional, 
segundo o qual a missão do Exército era salvar o país dos vícios e da degradação 
política. 
 
A idéia dos evolucionistas de que a República viria naturalmente, sem luta, estava mais 
de acordo com os militares e com a elite cafeeira, por isso prevaleceu. 
 
 
 
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Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
22 
 
O governo de D. Pedro II enfraqueceu-se por três motivos fundamentais: conflitos com o 
Exército; conflitos com a Igreja; conflitos com os barões de café. Soma-se a isso, a 
questão abolicionista. D. Pedro II procurou “empurrar com a barriga”, um problema de 
grande importância. Desta forma, desagradou aqueles que queriam o fim da escravidão, 
ao retardá-la; desagradou os escravistas, que, inconformados com a Lei Áurea, exigiam 
uma indenização. 
 
 
 
 
15 de novembro de 1889: um golpe civil-militar proclama a República. 
 
QUESTÕES RESOLVIDAS 
 
11 – Por que a Inglaterra queria o fim da escravidão? 
A Inglaterra vivia sob a Revolução Industrial. Sua produção crescia rapidamente, de forma 
que necessitava ampliar seu mercado consumidor. Vale lembrar que escravo não poderia 
comprar, simplesmente porque nem era assalariado. A Revolução Industrial trouxe uma 
idéia de liberalismo de mercado e consumo, logicamente, que um país como o Brasil, 
escravocrata e conservador, não se encaixava nesse contexto. 
 
 
12 – Faça a correspondência: 
A – Pombeiros (C) Navios Negreiros 
B – Peças da Índia (A) Agenciadores do tráfico negreiro 
C – Tumbeiros (B) Medida de trabalho potencial dos escravos africanos 
 
 
13 – A primeira decretada no Brasil sobre a Questão Servil, em consequência do 
bloqueio ao tráfico negreiro imposto pela Inglaterra, foi a 
a) Ventre Livre. 
b) dos Sexagenários. 
c) Eusébio de Queirós. 
d) Áurea. 
e) Saraiva-Cotegipe. 
 
Solução: c 
 
 
14 – A imigração para o Brasil, na segunda metade do séculoXIX, foi estimulada 
a) pelo desenvolvimento da lavoura açucareira. 
b) pela necessidade de mão-de-obra para as indústrias. 
c) pela necessidade de mão-de-obra para a lavoura cafeeira. 
d) pela necessidade de fixar a população nas fronteiras do país. 
e) pela necessidade de ampliação do mercado consumidor interno. 
 
Solução: c 
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23 
 
 
 
15 – Na Questão Religiosa, 
a) D. Pedro II apoiou os bispos contra as irmandades interditadas, ordenando a prisão de 
seus presidentes. 
b) dois bispos propugnaram pela inteira separação da Igreja em relação ao Estado. 
c) D. Pedro II apoiou os bispos maçons contra as irmandades, mandando interditá-las. 
d) D. Pedro II apoiou as irmandades interditadas, ordenando a prisão dos bispos 
interditores. 
e) padres maçons pretendiam constituir uma Igreja Nacional Brasileira. 
 
Solução: d 
 
 
 
Obs.: Na época do Império, a Igreja Católica era submetida ao Estado. Alguns padres 
faziam parte da maçonaria, o que desagradava a cúpula da Instituição religiosa. A Igreja 
tinha dois objetivos: ser independente do Estado; evitar que seus membros fossem 
maçons. 
 
 
 
16 – O BRASIL NO FINAL DO SÉCULO XIX – INTRODUÇÃO À REPÚBLICA
 
A política brasileira, na segunda metade do século XIX, continuava sob o domínio 
aristocrático das velhas OLIGARQUIAS. Ao mesmo tempo, havia surgido uma nova elite: 
a dos cafeicultores, que buscavam uma maior participação pública. 
 
Os intelectuais da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, passaram 
a defender novas idéias, criticando o conservadorismo monárquico de D. Pedro II. Não há 
dúvidas de que o Brasil estava mudando, pois também surgiam movimentos urbanos. Os 
operários, surgidos com o advento da industrialização, a partir de 1870, passaram a fazer 
reivindicações, muitas vezes influenciados pelas IDÉIAS ANARQUISTAS, articuladas 
pelos imigrantes europeus. 
 
Sem acompanhar as mudanças, o governo imperial não teve forças para vencer o golpe 
militar-civil de 15 de novembro de 1889, quando a República foi implantada no Brasil. 
Destituído o governo imperial do SEGUNDO REINADO (1840-1889), o período 
republicano tomava início, com o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca. 
 
 
Ao longo do processo histórico da sociedade brasileira, o ideal republicano esteve 
presente em vários momentos: nas conjurações de caráter separatista, ocorridas em 
fins do século XVIII, como a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana, de 
1898. O mesmo ocorreu durante o período regencial (1831-1840), com a Farroupilha 
(1835-1845), na qual se chegou, inclusive, a proclamar a República Rio-grandense. 
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Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
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A idéia republicana, no entanto, ganhou corpo a partir da publicação do ‘Manifesto 
Republicano’, em 1870, assinado por jornalistas, intelectuais, médicos, advogados, 
comerciantes, professores. Apesar de serem representantes dos segmentos médios e 
urbanos da sociedade, tinham vínculos como os grandes fazendeiros, muitos deles 
proprietários de escravos. 
O ‘Manifesto Republicano’ deixou transparecer, em seu slogan ‘Somos da América e 
queremos ser americanos’; a idéia de que a Monarquia era uma ‘planta exótica’ no 
continente, onde os demais países eram repúblicas. Defendia, também, o federalismo, 
isto é, a ampla autonomia das províncias em relação ao governo central. Nesse sentido, 
vinha ao encontro das aspirações da emergente burguesia agrária do oeste paulista. 
 Adaptado de: 
 BERUTTI, Flávio. História – tempo e espaço, 8ª série. São Paulo, 2002, p. 85, 
 Formato, Editora Saraiva. 
 
 
 
17 – A REPÚBLICA VELHA (I) 
 
Texto básico 
 
A República Velha é o período que vai da proclamação, em 1889, até a Revolução de 
1930, quando Getúlio Vargas chegou ao poder. 
 
A República Velha subdivide-se em duas fases: a República da Espada, de 1889 a 
1894; e a República Oligárquica (1894-1930). 
 
A oligarquia ocorre quando um grupo minoritário de pessoas domina o poder político e 
econômico. Durante a República Velha, o grupo dominante foi o dos grandes 
fazendeiros, destacando-se os cafeicultores. 
 
Com a proclamação da República, o poder foi entregue, provisoriamente, ao marechal 
Deodoro da Fonseca, que acabou sendo oficializado na presidência. Porém, após entrar 
em choque com o Congresso e setores da economia, foi levado à renúncia, em 1891. Seu 
vice, o marechal Floriano Peixoto, assumiu o poder, governando até 1894. A presença 
dos dois marechais, nos primeiros tempos da República, explicam o termo “república da 
espada”. 
 
Com o fim do governo de Floriano Peixoto, o poder federal passou para as mãos de 
Prudente de Morais, o primeiro presidente civil da República brasileira. 
 
A República Velha se caracterizou pelos mandos e desmandos da oligarquia rural, 
gerando movimentos de contestação no campo e nas cidades, tais como: Guerra de 
Canudos (1897); Revolta da Vacina (1904); Revolta da Chibata (1910); Guerra do 
Contestado (1912-1916); bem como o movimento do Cangaço (final do século XIX e 
primeiras décadas do XX). 
 
 
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25 
 
Os presidentes do Brasil, de 1894 a 1930: 
 
- Prudente de Morais (1894 a 1898): fazendeiro paulista. 
- Campos Sales (1898 a 1902): fazendeiro paulista. 
- Rodrigues Alves (1902 a 1906): fazendeiro paulista. 
- Afonso Pena (1906 a 1909): mineiro, apoiado pelos cafeicultores. 
- Nilo Peçanha (1909 a 1910): fazendeiro fluminense. 
- Hermes da Fonseca (1910 a 1914): militar e político gaúcho. 
- Venceslau Brás (1914 a 1918): político mineiro, apoiado pelos cafeicultores. 
- Rodrigues Alves (1918): reeleito, faleceu antes de tomar posse. 
- Delfim Moreira (1918 a 1919): vice de Rodrigues Alves. 
- Epitácio Pessoa (1919 a 1922): paraibano, apoiado pelos cafeicultores. 
- Artur Bernardes (1922 a 1926): mineiro, apoiado pelos cafeicultores. 
 
Washington Paulista (gestão: 1926 a 1930): paulista de carreira (era nascido em Macaé, 
Rio de Janeiro). Apoiado pelos cafeicultores, foi destituído do cargo, ao final de seu 
mandado, em razão da Revolução de 1930. Era o fim da República Velha e o início da 
Era Vargas. 
 
 
Texto complementar 
 
Rui Barbosa (1849-1923), ministro da Fazenda do Governo Provisório, queria 
transformar o Brasil em uma nação industrializada. Lançou uma política de emissão de 
papel-moeda, facilitando o crédito. Visava, com isso, estimular a abertura de empresas. 
A intenção de Rui Barbosa era positiva, mas surgiram “empresas fantasmas”, 
especulação e inflação, gerando uma crise financeira no país, que ficou conhecida como 
“encilhamento”. 
Em 1898, ano em que foi eleito, Campos Sales esteve na Europa, renegociando a dívida 
externa do Brasil, conseguindo novos prazos e novos empréstimos. O acordo financeiro 
recebeu o nome de “funding-loan”. 
Dando continuidade às suas reformas, Campos Sales desenvolveu uma severa política 
de combate a inflação, reestruturando as contas do governo, mas complicando ainda 
mais a vida das camadas populares. 
Foi com Campos Sales que se iniciou a “Política do café-com-leite”, uma manobra 
eleitoral que colocava no poder central, de forma alternada, um candidato do PRP, 
Partido Republicano Paulista; e um candidato do PRM, Partido Republicano Mineiro. 
 
 
18 – A REPÚBLICA VELHA (II)
 
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) trouxe mudanças no Brasil, pois acabou 
incentivando a indústria nacional. As nações européias, envolvidas no conflito, sofreram 
uma queda na produção de bens exportáveis. Como o Brasilconsumia muitos produtos 
fabricados na Europa, sentiu, com o conflito, a necessidade de ampliar o seu próprio 
parque industrial. 
 
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O Brasil participou do conflito, ao lado dos países da Tríplice Entente, enviando 
enfermeiras e alimentos. 
 
 
Síntese da Primeira Guerra Mundial: 
 
Surgiu como conseqüência dos choques imperialistas, na Ásia e na África, entre as 
potências européias, que buscavam mercado consumidor e produtor de matérias-primas. 
Teve como estopim o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do 
trono austríaco, em 28 de junho de 1914. 
 
Primeiro grande acontecimento do século XX, colocou em conflito os países da Tríplice 
Entente (Rússia, Grã-Bretanha e França) e os países da Tríplice Aliança (Alemanha, 
Áustria-Hungria e Itália). Em 1915 a Itália deixou de apoiar a Alemanha. 
 
Em 1917 os Estados Unidos entraram na guerra, combatendo a favor dos países da 
Entente. Nesse mesmo ano, o Brasil declarou guerra à Alemanha e entrou no conflito, 
através de ajuda humanitária. 
 
Também em 1917, a Rússia se retirou das batalhas, em razão de mudanças internas: a 
Revolução Russa (Revolução Socialista). 
 
O final de 1917 e o ano de 1918 assinalam os momentos finais do grande conflito. A 
guerra se tornou, novamente, de movimentos. Desembaraçada dos russos, a Alemanha 
iniciou um contra-ataque à França, mas foi decisivamente barrada na segunda batalha do 
Marne (15 a 18 de julho de 1918). E, em novembro, o governo alemão aceitava os termos 
de uma rendição incondicional. 
 (Flávio Berutti, obra citada, p. 18) 
 
 
No início da década de 1920, o mundo respirava relativa paz e as nações arrasa- das 
pela guerra tentavam se recuperar. Os Estados Unidos da América, fortalecidos com a 
guerra, viviam um momento de extrema euforia e progresso: o “American Way Of Life”. 
 
No Brasil, o modelo arcaico de governo passou a ser rigidamente criticado. Jovens oficiais 
das Forças Armadas deram início ao “movimento tenentista”, defendendo a moralização 
política do país, com o fim das fraudes eleitorais e atuação coronelista. No mesmo ano 
em que teve início o Tenentismo, em São Paulo ocorreu a Semana de Arte Moderna de 
1922, onde artista e escritores propunham uma revolução cultural no Brasil. 
 
O crescimento acelerado da produção norte-americana levou a economia do país a um 
colapso, quando a oferta de produtos superou a procura, levando inúmeras empresas à 
falência. A Crise de 1929, que levou à quebra da bolsa de Nova York, atingiu diversas 
nações do planeta, inclusive o Brasil, que sofreu uma queda brusca nas exportações de 
café. 
 
 
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27 
 
O movimento dos tenentes, a crise financeira e a atitude de Washington Luís, indicando 
Júlio Prestes, outro paulista, à presidência, resultaram no movimento conhecido como 
Revolução de 1930, quando um golpe colocou Getúlio Vargas no poder. Tinha início a 
“Era de Vargas”. 
 
A República Velha, minada por uma série de fatores, entrou em crise. A antiga rixa entre 
governo e Exército, nos anos 20, assumiu um novo conteúdo: a baixa oficialidade, 
especialmente os tenentes, revoltou-se contra um regime que os mantinha fora das 
principais esferas do poder. Depois de uma revolta fracassada no Forte de Copacabana, 
em 1922, o movimento tenentista eclodiu em 1924, já agora em caráter nacional. Os 
revoltosos chegaram a manter a cidade de São Paulo ocupada por vinte dias, mas 
tiveram de abandoná-la, formando a chamada Coluna Paulista. Deslocando-se para o 
Oeste do Paraná, em abril de 1925, encontrou-se com outro movimento vindo do Rio 
Grande do Sul, liderado pelo capitão Luís Carlos Prestes. Embrenhando-se pelo interior 
do Brasil, a agora chamada Coluna Prestes percorreu milhares de quilômetros em dois 
anos, até retirar-se para a Bolívia em 1927. 
Outro fator de desgaste do regime foi a divisão das oligarquias estaduais, em que um 
pequeno grupo submetia os demais. No plano federal, a terceira potência eleitoral e 
econômica do país, o Rio Grande do Sul, estava marginalizado do governo central. 
Aproveitando-se do desentendimento entre paulistas e mineiros sobre a sucessão de 
Washington Luís, em 1930, a oligarquia gaúcha lançou a candidatura à presidência do 
governador do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas. 
O apoio da oligarquia mineira e da paraibana – em troca da vice-presidência – permitiu 
a constituição da Aliança Liberal, que se contrapunha aos interesses da oligarquia 
cafeeira, atraindo as camadas urbanas e os remanescentes do movimento tenentista. 
Os integrantes marginalizados das oligarquias estaduais participaram das eleições 
apoiando o candidato rival ao do grupo dominante no estado. O resultado foi o surgimento 
de conflitos locais, como na Paraíba, que culminou com uma revolta em Princesa Isabel e 
o assassinato de João Pessoa – o candidato a vice-presidente pela Aliança Liberal. 
A derrota eleitoral levou aliancistas e tenentistas a uma revolta armada, pela qual 
impuseram uma derrota militar ao regime já enfraquecido. Calcada numa produção 
cafeeira superior ao consumo mundial, e sustentando artificialmente os preços altos do 
café, a República Velha enfraqueceu-se também por suas dificuldades econômicas, e 
extinguiu-se. Em seu lugar surgiu um novo regime. 
Adaptado de: CAMPOS, Flávio de, DOLHNIKOFF, Miriam. Atlas – História do Brasil. 
São Paulo, 1993, p. 46. Editora Scipione. 
 
 
Síntese da República Velha (1889-1930) 
 
- 1889/1894: República da Espada (período de crise): 
 
→ 1889/1891: Governo Provisório (Deodoro da Fonseca), crise econômica 
(Encilhamento). 
→ 1891: nova Constituição Federal, a primeira da fase republicana. 
→ 1891: choques entre Deodoro e o Congresso; renúncia do presidente. 
→ 1891/1894: governo de Floriano Peixoto; em 1893 ocorreu a Revolta da Armada, 
no RJ. 
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- 1894/1930: República Oligárquica: 
 
→ domínio das oligarquias rurais, em especial a dos cafeicultores. 
→ Guerra de Canudos (1896/1897). 
→ “política dos governadores”. 
→ “política do café-com-leite”. 
→ Convênio de Taubaté (1906) – solução para a crise do café. 
→ 1910/1920: 
a) “política das salvações”. 
b) Primeira Guerra Mundial (1914/1918) – governo de Venceslau Brás. 
c) crescimento industrial. 
d) Guerra do Contestado (1912/1916) – conflitos no sul. 
e) forte movimento grevista em São Paulo (1917). 
→ 1922: movimento tenentista (RJ); Semana de Arte Moderna (SP). 
→ 1924/1927: atuação da Coluna Prestes. 
→ 1929: quebra da Bolsa de Nova York; crise do setor cafeeiro. 
→ 1930: um golpe depõe o presidente Washington Luís e coloca Vargas no poder. 
 
Os governantes da República Oligárquica: 
 
- 1894/1898: Prudente de Morais (PRP). 
- 1898/1902: Campos Sales (PRP). 
- 1902/1906: Rodrigues Alves (PRP). 
- 1906/1909: Afonso Pena (PRM) – faleceu e Nilo Peçanha completou o mandato. 
- 1910/1914: Hermes da Fonseca (gaúcho, com apoio do PRM). 
- 1914/1918: Venceslau Brás (PRM). 
- 1918/1919: Delfim Moreira (PRM) – assumiu em função da morte de Rodrigues Alves 
(PRP). 
- 1919/1922: Epitácio Pessoa, paraibano, apoiado pelo PRP e PRM. 
- 1922/1926: Artur Bernardes (PRM). 
- 1926/1930: Washington Luís (PRP) – Júlio Prestes (PRP) foi eleito para seu sucessor, 
mas não chegou a assumir, em razão da “Revolução de 30”. 
 PRP = Partido Republicano Paulista 
 PRM = Partido Republicano Mineiro 
 
 
19 – A ERA VARGAS (1930-1945)
 
Síntese histórica: 
 
- 1ª Fase: 1930 a 1934 = Governo Provisório 
São Paulo reage:Revolução Constitucionalista de 1932. 
Nova Constituição Federal em 1934. 
 
- 2ª Fase: 1934 a 1937 = Governo Constitucional 
Vargas deveria ficar no poder, conforme a Constituição, até 1938. 
Em 1935 ocorre um levante no país: a Intentona Comunista. 
Em 1937, aproveitando-se de uma farsa – o Plano Cohen –, Vargas dá um golpe. 
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Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
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- 3ª Fase: 1937 a 1945 = Governo Ditatorial – o Estado Novo 
Nova Constituição Federal em 1937, a “polaca”. 
Intentona Integralista (1938). 
1939-1945: Segunda Guerra Mundial. 
1940/45: Vargas estimula as indústrias de base no país. 
1942: o Brasil declara guerra à Alemanha. 
1943: criação da FEB – Força Expedicionária Brasileira. 
1944: a FEB participa de batalhas na Itália. 
1945: a aproximação do final da guerra leva á queda de Vargas. 
 
A aproximação do fim da Segunda Guerra Mundial, colocou Vargas numa situação 
delicada, pois ao mesmo tempo em que se mantinha como ditador na presidência do 
país, apoiava as democracias européias na luta contra o nazismo alemão. Foi nesse 
contexto que o Estado Novo chegou ao fim, em 1945. 
 
 
20 – BRASIL – REPÚBLICA “LIBERAL-CONSERVADORA” – POPULISMO (1946/64)
 
1946: nova Constituição Federal – democrática. 
1946/1951: governo do General Eurico Gaspar Dutra. 
1948: o PCB foi declarado ilegal por Dutra – reflexo da Guerra Fira. 
1950: eleição de Vargas. 
1951: Vargas volta a governar o Brasil. 
1953: Vargas cria a Petrobras. 
1954: suicídio de Vargas. 
1956/1961: governo de Juscelino Kubitschek. 
1960 (21 de abril): inauguração de Brasília. 
1960: eleição de Jânio da Silva Quadros. 
1961: Jânio governa por sete meses e renuncia. 
1961: o parlamentarismo é adotado no Brasil, durante o governo de João Goulart 
(Jango). 
1963: volta do presidencialismo. 
1964 (31 de março): golpe militar depõe Jango e implanta a ditadura. 
 
Atualmente, a Petrobras é maior empresa do Brasil, com lucros anuais, na faixa de 25 
bilhões de reais. A empresa comemora em 2006 o fato de o Brasil ter alcançado a auto-
suficiência no setor pretolífero. Em contrapartida, surgem problemas em filial da empresa 
na Bolívia, de onde o Brasil importa gás natural, em razão da nacionalização de empresas 
estrangeiras, adotado pelo novo governante do país. 
 
 
 
21 – BRASIL – REGIME MILITAR (1964-1985)
 
1964: uma junta militar decreta o Ato Institucional nº. 1 (AI-1). O marechal Castelo 
Branco assume o poder. 
1965: Castelo Branco decreta o AI-2. 
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1966: são decretados o AI-3 e o AI-4. 
1967: nova Constituição de caráter ditatorial. O marechal Costa e Silva assume o 
poder. 
1968: entra o vigor o AI-5. 
 
Através dos Atos Institucionais os militares impunham total opressão e comando 
arbitrário, desconsiderando os valores democráticos. Os Atos Institucionais davam poder 
ilimitado aos governantes. 
 
1969: Costa e Silva se afasta do governo (problemas de saúde). Emílio Garrastazu 
Médici passa a governar. 
1969/1973: crescimento econômico significativo – anos do “milagre brasileiro”. 
1973: crise mundial do petróleo (o valor do barril aumenta) – fim do “milagre”. 
1974: o general Ernesto Geisel assume o governo. 
1975: morte do jornalista da TV Cultura, Vladimir Herzog, nos porões da ditadura, 
gera crise de comando e fortes críticas. 
1978: Geisel revoga (anula) os atos institucionais. 
1979/1985: governo do general João Baptista de Oliveira Figueiredo, dá continuidade à 
abertura iniciada por Geisel. 
→ lei da anistia – perdão político. 
→ restabelece a eleição direta para alguns cargos executivos. 
→ reforma partidária – deixa de existir o bipartidarismo (Arena – governo; 
MDB – oposição), e novos partidos são criados (pluralismo político). 
→ transição para a retomada da democracia. 
 
Em 1984 milhões de brasileiros vão às ruas, na campanha das Diretas Já!, mas a eleição 
de Tancredo Neves se daria de forma indireta: foi eleito pelo Colegial Eleitoral, frustrando 
o sonho do voto popular. 
 
 
22 – A NOVA REPÚBLICA (1985...)
 
1985: Tancredo morre, seu vice, José Sarney, assume a presidência. 
1986: o governo Sarney lança o Plano Cruzado. 
1988: uma nova Constituição Federal é promulgada, centrada em valores 
democráticos. 
1989: o brasileiro volta a eleger presidente – Fernando Collor é o escolhido. 
1992: acusado de corrupção, Collor sofre processo de impeachment – acaba 
renunciando. O vice, Itamar Franco, assume a presidência. 
1993: plebiscito confirma o presidencialismo no Brasil. Plano real é lançado. 
1995: eleição e posse de Fernando Henrique Cardoso, ministro da Fazenda, no 
governo Itamar. 
1999: Fernando Henrique é reeleito presidente. 
2002: Luiz Inácio Lula da Silva se torna presidente do Brasil. 
2006: Luiz Inácio Lula da Silva é reeleito presidente do Brasil. 
 
 
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23 – TEXTOS COMPLEMENTARES (ADAPTADOS DE WIKIPÉDIA)
 
O governo de Juscelino 
 
Aspectos marcantes do seu mandato 
Juscelino foi o último presidente da República a assumir o cargo no Palácio do Catete 
em 31 de janeiro de 1956. Em seu mandato presidencial, Juscelino lançou o Plano 
Nacional de Desenvolvimento, também chamado de Plano de Metas, que tinha o 
célebre lema "Cinquenta anos em cinco". 
 
O plano tinha 31 metas distribuídas em seis grandes grupos: energia, transportes, 
alimentação, indústria de base, educação e — a meta principal — Brasília. Visava 
estimular a diversificação e o crescimento da economia, baseado na expansão industrial e 
na integração dos povos de todas as regiões com a capital no centro do território 
brasileiro. 
 
Economia 
Embora o governo de Juscelino Kubitschek usasse uma plataforma nacional-
desenvolvimentista, o Plano de Metas, lançado em 1956, permitiu a abertura da economia 
brasileira ao capital estrangeiro. Isentou de impostos de importação as máquinas e 
equipamentos industriais, assim como os capitais externos, desde que associados ao 
dinheiro nacional ("capital associado"). Para ampliar o mercado interno, o plano ofereceu 
uma generosa política de crédito. Financiou a implantação da indústria automobilística e 
da indústria naval, a expansão da indústria pesada, a construção de usinas siderúrgicas 
e de grande usinas hidrelétricas, como Furnas e Três Marias, abriu as rodovias 
transregionais e aumentou a produção de petróleo da Petrobras. Em 15 de dezembro de 
1959, JK criou a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, Sudene, para 
integrar a região ao mercado nacional. Em maio de 1960, um mês após a inauguração de 
Brasília, Juscelino fez com que o Brasil obtivesse do FMI um empréstimo de 47,7 milhões 
de dólares para financiar o seu plano industrial — sobretudo, a indústria automobilística 
em São Paulo. 
 
Os críticos de Juscelino Kubitschek frisam o fato de ele ter priorizado o transporte 
rodoviário em detrimento do ferroviário devido à indústria automobilística, o que teria 
causado prejuízos ou isolamento a certas cidades. A opção pelas rodovias é considerada 
por muitos danosa aos interesses do país, que seria melhor servido por uma rede 
ferroviária. 
 
De fato, a expansão do crédito e as constantes emissões de moeda - para manter os 
investimentos estatais e pagar os empréstimos externos - provocaram crescimento da 
inflação e queda no valor dos salários. Em 1960, a inflação estava a 25% ao ano, subiu 
para 43% em 1961, para 55% em 1962 e chegou a 81% em 1963. A dívida externa 
aumentou 1,5 bilhão de dólares, chegando ao todo a 3,8 bilhõesde dólares. Foi ainda 
agravada pelas altas remessas de lucros das empresas estrangeiras de "capital 
associado" e pelo consequente aumento do déficit na balança de pagamentos. Durante o 
governo JK, a produção industrial cresceu 80%, os lucros da indústria cresceram 76%, 
mas os salários cresceram apenas 15%. 
 
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Construção de Brasília 
A construção de Brasília foi, sem dúvida, um dos fatos mais marcantes da história 
brasileira do século XX. A idéia de construir uma nova capital no centro geográfico do 
País estava prevista na primeira Constituição republicana de 1891, mas foi adiada por 
todos os governos desde então. Até que o Congresso, mesmo com descrença, aprovou a 
Lei n° 2874, sancionada por JK em 19 de setembro de 1956, determinando a mudança da 
Capital Federal e criando a Companhia Urbanizadora da Nova Capital — Novacap. 
 
As obras, lideradas pelos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer começaram com 
entusiasmo em fevereiro de 1957. Mais de 200 máquinas e de 30 mil operários - os 
candangos - vindos de todas as regiões do Brasil (principalmente do Nordeste), 
exerceram um regime de trabalho ininterrupto, dia e noite, para construir Brasília até a 
data prefixada de 21 de abril de 1960, em homenagem à Inconfidência Mineira. As 
obras terminaram em tempo recorde de 41 meses — antes do prazo previsto. Já no dia 
da inauguração, em pomposa cerimônia, Brasília era considerada como uma das obras 
mais importantes da arquitetura e do urbanismo contemporâneos. Além da obediência à 
Constituição, a construção da Nova Capital visava a integração de todas as regiões do 
Brasil; a geração de empregos, absorvendo o excedente de mão-de-obra da região 
Nordeste; e o estímulo ao desenvolvimento do interior, desafogando a economia saturada 
do centro-sul do País. 
 
 
Política externa 
Outro fato importante do governo de JK foi a manutenção do regime democrático e da 
estabilidade política, que gerou um clima de confiança e de esperança no futuro entre os 
brasileiros. Teve grande habilidade política para conciliar os diversos setores da 
sociedade brasileira, mostrando-lhes as vantagens de cada setor dentro da estratégia de 
desenvolvimento de seu governo. Evitou qualquer confronto direto com seus adversários 
políticos e apelou a eles para que fizessem oposição sempre dentro das leis 
democráticas. 
 
No plano internacional, Juscelino procurou estreitar as relações entre o Brasil e os 
Estados Unidos da América, ciente de que isso ajudaria na implementação de sua política 
econômica industrial e na preservação da democracia brasileira. 
 
 
Rebeliões 
Em seu governo ocorreram duas rebeliões de oficiais da Força Aérea Brasileira: em 19 
de fevereiro de 1956 em Jacareacanga, Pará, e em 3 de dezembro de 1959, em 
Aragarças, Goiás. Ambas foram rapidamente controladas e seus líderes foram 
anistiados. 
Apesar do crescimento econômico, o mandato de Juscelino Kubitschek terminou com 
crescimento da inflação, aumento da concentração de renda e arrocho salarial. Ocorreram 
várias manifestações populares, com greves na zona rural e nos centros industriais. As 
eleições de outubro de 1960 foram vencidas pelo candidato oposicionista Jânio Quadros, 
ex-governador de São Paulo apoiado pela UDN. Jânio obteve 48% dos votos — a maior 
votação obtida por um político brasileiro até então. Juscelino havia apoiado o marechal 
Henrique Lott, da aliança PSD-PTB. 
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Assunto: História do Brasil para Concursos 
 
Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
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Ao passar a faixa presidencial para Jânio Quadros em 31 de janeiro de 1961 Juscelino 
tornou-se o primeiro presidente desde Artur Bernardes a ser eleito pelo voto direto que 
iniciou e concluiu seu mandato dentro do prazo determinado pela Constituição Federal. 
 
 
Jânio na presidência 
 
O governo 
No seu curto período de governo, Jânio Quadros: 
 
Criou uma nova política internacional, a política externa independente (PEI), visando 
estabelecer relações com todos os povos, particularmente os da área socialista e da 
África. Restabeleceu relações diplomáticas e comerciais com a Rússia e a China. 
Nomeou o primeiro embaixador negro da história do Brasil. 
 
Defendeu a política de autodeterminação dos povos, condenando as intervenções 
estrangeiras. Condenou o episódio da Baía do Porcos e a interferência norte-americana 
que provocou o isolamento de Cuba. 
 
Deu a Che Guevara uma homenagem em Brasília, o que irritou seus aliados. 
Criou as primeiras reservas indígenas, dentre elas o Parque Nacional do Xingu, e os 
primeiros parques ecológicos nacionais. 
 
Através da Resolução nº 204 da Superintendência da Moeda e do Crédito, acabou com 
subsídios ao câmbio que beneficiavam determinados grupos econômicos importadores às 
custas do erário público. 
 
Instalou uma vara política de gastos públicos, enxugando onde fosse possível a máquina 
governamental. Abriu centenas e centenas de inquéritos e sindicâncias em um combate 
aberto à corrupção e ao desregramento na administração pública. 
 
Enviou ao Congresso os projetos de lei antitruste, a lei de limitação e regulamentação da 
remessa de lucros e royalties, e a pioneira proposta de lei de reforma agrária. 
Naturalmente nenhum desses projetos jamais foi posto em votação pelo Congresso - 
hostil a seu governo - que os engavetou, uma vez que Jânio se recusava a contribuir com 
o que chamava de espórtulas constrangedoras que os congressistas estavam 
acostumados a exigir para aprovar Leis de interesse da nação. Finalmente, proibiu o 
biquíni na transmissão televisada dos concursos de miss, proibiu as rinhas de galo, o 
lança-perfume em bailes de carnaval e regulamentou o jogo carteado. Por hilárias que 
possam ter parecido essas medidas na ocasião, mais de 45 anos depois, passados mais 
de dez presidentes pela cadeira que foi sua, todas essas leis editadas por Jânio ainda 
continuam em vigor. 
 
 
 
 
 
 
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Matéria: História do Brasil Autor: Eduardo José Biasetto 
 
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A renúncia 
Carlos Lacerda, governador do estado da Guanabara, - o derrubador de presidentes - 
percebendo que Jânio fugia ao controle das lideranças da UDN, mais uma vez se colocou 
como porta-voz da campanha contra um presidente legitimamente eleito pelo povo (como 
havia feito com relação a Getúlio Vargas e tentado, sem sucesso, com relação a Juscelino 
Kubitschek). Não tendo como acusar Jânio de corrupto, tática que usou contra seus dois 
antecessores, decidiu impingir-lhe a pecha de golpista. 
 
Em um discurso no dia 24 de Agosto de 1961, transmitido em cadeia nacional de rádio e 
televisão, Lacerda denunciou uma suposta trama palaciana de Jânio e acusou seu 
Ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta, de tê-lo convidado a participar de um golpe de 
estado. 
 
Na tarde de 25 de Agosto, Jânio Quadros, para espanto de toda a nação, anunciou sua 
renúncia, que foi prontamente aceita pelo Congresso Nacional. Especula-se que talvez 
Jânio não esperasse que sua carta-renúncia fosse efetivamente entregue ao Congresso. 
Pelo menos não a carta original, assinada, com valor de documento. 
 
Cláudio Lembo, que foi Secretário de Negócios Jurídicos da Prefeitura durante o 
segundo mandato de Jânio, recorda dois pedidos de renúncia que Jânio lhe entregou - e 
preferiu guardar no bolso. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo disse Lembo: 
 
Ele fazia isso em momentos de tensão ou muito cansaço, ou de "stress", como os jovens 
dizem hoje. Era aquele cansaço da luta política, de quem diz 'vou

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