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Toxoplasmose Caroline Medeiros Distribuição geográfica mundial; Prevalência sorológica Doença clínica – menos frequente Introdução Recém - nascidos Imunossuprimidos Zoonose – 300 espécies de animais Gênero Toxoplasma Espécie Toxoplasma gondii Taxonomia Agente etiológico Hospedeiros Intermediário: Várias espécies de mamíferos (homem) Aves Definitivo: Felídeos Células do epitélio intestinal Taquizoítos Cistos (Bradizoítos) Oocisto Morfologia Formas evolutivas do parasito Oocistos – hospedeiro definitivo Forma evolutiva Células intestinais de felídeos Parede dupla Eliminados nas fezes Forma de resistência – meio ambiente esporulação do oocisto Forma infectante Taquizoíto – hospedeiro intermediário e definitivo Forma evolutiva Encontrada na fase aguda da infecção; Forma móvel - multiplicação rápida em células de vários tecidos e líquidos orgânicos Destruídos pelo suco gástrico Cistos (bradizoítos) Vários tecidos Fase crônica Localização: vacúolo parasitóforo Multiplicação lenta – dentro dos cistos Forma evolutiva Isola os bradizoítos da ação do sistema imunológico Resistentes a pepsina e tripsina Permanecem viáveis por anos Transmissão Ingestão de: Alimentos/água contaminados com oocistos maduros (contendo esporozoítos) Carne crua ou mal cozida contendo bradizoítos Leite cru (não pasteurizado) contendo taquizoítos Transplante de órgãos ou transfusão sanguínea - bradizoítos ou taquizoítos, respectivamente Transmissão placentária – taquizoítos - bradizoítos (rompimento dos cistos) Inoculação acidental - taquizoítos Ciclo biológico Heteroxênico Respostas Imunes – são complexas Resposta celular – apresenta destaque na resistência à doença Imunidade Fase inicial da infecção – Proliferativa Disseminação – vias sanguínea e linfática Evolução da infecção Fase Aguda Fase Crônica Taquizoítos Bradizoítos Duração - meses a décadas Fase Aguda Fase Crônica Imunidade Não desperta sintomatologia no hospedeiro Manutenção de títulos sorológicos Resposta imune limita a progressão da doença e o desenvolvimento de novas lesões porém não erradica os cistos já existentes. Imunidade Patogenia Fatores como: Cepa do parasito Resistência do indivíduo - Imunodepressões medicamentosas - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida Infecção : Toxoplasmose Congênita ou Pré – Natal Toxoplasmose Pós - Natal Toxoplasmose Congênita ou Pré-Natal Patogenia Ocorre quando: -A primoinfecção ocorre durante a gestação - Reagudização da doença na gravidez Transmissão da toxoplasmose para o feto é remota quando a toxoplasmose é adquirida antes da concepção Patogenia Toxoplasmose Congênita ou Pré-Natal Consequências da toxoplasmose materna para o feto dependem: 3 - Do grau de exposição do feto aos toxoplasmas 2 - Período gestacional 1 - Da virulência da cepa Risco de transmissão fetal – depende da idade gestacional 1° trimestre – 25% 2° trimestre – 40% 3° trimestre – 65% A gravidade das lesões fetais é inversamente proporcional à idade gestacional Corrioretinite – bilateral Calcificações intracranianas Perturbações neurológicas Patogenia Síndrome de Sabin – Toxoplasmose Pós - Natal Patogenia Apresenta quadro clínico variado desde casos benignos até casos de morte De acordo com a localização do parasito - Ganglionar ou febril aguda; - Ocular - Cutânea ou exantemática - Cerebroespinhal ou meningoencefálica* - Generalizada Infecção adquirida (assintomática em 80% dos casos) sinais inespecíficos - febre, mal estar, dores musculares linfadenopatia (usualmente regridem espontaneamente) lesões oculares (coriorretinite) - podem levar á cegueira Indivíduos imunocompremetidos: - toxoplasmose cerebral é a forma mais comum: febre, convulsões, hemiparesia, confusão mental e coma Patogenia Toxoplasmose Pós - Natal Diagnóstico Demonstração do Parasito Laboratorial Testes Sorológicos Fase aguda Exsudato, líquor, leite, líquido amniótico Fase crônica Biópsia Imunofluorescência ELISA Diagnóstico Toxoplasmose Congênita Pesquisa de anticorpos IgM – soro do recém - nascido Título do recém – nascido é maior que o da mãe em duas diluições; Elevação dos títulos do recém - nascido em testes sucessivos; Persistência da reação positiva no lactente até 5 ou 6 meses após o nascimento. Testes de triagem e seguimento de gestantes de risco 50 a 60% das gestantes não apresentam anticorpos para o toxoplasma (susceptíveis) IgM (-) e IgG(+) Imunes – sem risco de toxoplasmose congênita Exceção: gestantes HIV (+) ou imunocomprometidas – reativação da doença crônica ( agudização) Infecção congênita Diagnóstico na gestante Sorologia: detecção de anticorpos A avaliação visa responder: A primoinfecção ocorreu antes ou durante a gravidez? Indicação de toxoplasmose ativa: - Soroconversão - Elevação dos títulos de anticorpos 4 vezes maior que a dosagem anterior Diagnóstico na gestante As gestantes susceptíveis devem realizar exames sorológicos para toxoplasmose a cada trimestre da gestação a fim de detectar a viragem sorológica e desta forma iniciar o tratamento o mais precoce possível Diagnóstico na gestante Tratamento Tratamento somente dos casos agudos Espiramicina – não atravessa a barreira placentária Sulfadiazina e pirimetamina – 14° semana de gestação (potencial teratogênico) Profilaxia Evitar ingestão de carne crua ou mal cozida Não alimentar animais com carne ou vísceras cruas Controlar população de gatos vadios Destino adequado das fezes de gato Evitar manipular a terra sem proteção Lavar as mãos após manipular a terra Evitar o contato direto com fezes de gatos (Gestantes e IS) Exame pré-natal Tratamento das grávidas de fase aguda Exercício - 08 1) Quais as formas infectantes do Toxoplasma gondii 2) Cite as formas de transmissão do T. gondii 3) Cite os hospedeiros intermediários e definitivos do T. gondii 4) Cite os métodos de diagnóstico utilizados na Toxoplasmose aguda e crônica. 5) Qual a importância da realização do pré-natal no diagnóstico da Toxoplasmose. 6) Descreva as medidas profiláticas utilizadas no controle da Toxoplasmose Toxoplasmose Caroline Medeiros
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