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TEORIA DO CRIME CRIME CONSUMADO E TENTADO – art. 14 DESSITENCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ – art. 15 ARREPENDIMENTO POSTERIOR – art. 16 CRIME IMPOSSÍVEL – art. 17 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA Art. 14 - Diz-se o crime: Crime consumado I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; Tentativa II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Pena de tentativa Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. ITER CRIMINIS É o caminho do crime: conjunto de etapas que se sucedem, cronologicamente, no desenvolvimento do delito. Instituto específico para os crimes dolosos, não se falando em caminho do crime quando a conduta do agente for de natureza culposa. Ação composta por duas fases: interna e externa. Iter criminis: Cogitação Preparação Execução Consumação Exaurimento Apresentação de grupos 07 06 CONSUMAÇÃO Diz-se consumado crime quando nele se reúnem toso os elementos de sua definição legal. Nem todos os delitos possuem o mesmo instante consumativo. A consumação varia de acordo com a infração penal selecionada pelo agente (apresentação de grupo) Momento da consumação Materiais e culposos: quando se verifica a produção do resultado naturalístico, ou seja, quando a modificação no mundo exterior. (Homicídio – art. 121) Omissivos próprios: com a abstenção do comportamento imposto ao agente (art. 135- omissão de socorro) Mera conduta: com o simples comportamento previsto no tipo, não se exigindo quer resultado naturalístico (violação de domicílio art. 150) Momento da consumação Formais: com a prática da conduta descrita no núcleo do tipo, independente da obtenção do resultado esperado pelo agente, que, caso aconteça, será considerado como mero exaurimento do crime (extorsão mediante sequestro art. 159) Qualificados pelo resultado: com a ocorrência do resultado agravador. (art. 129§2 V- lesão corporal qualificada pelo resultado aborto Permanentes: enquanto durar a permaneça, uma vez que o crime permanente é aquele cuja consumação se prolonga, perpetua-se no tempo. (art. 148 – sequestro cárcere privado) DA TENTATIVA ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM O CRIME TENTADO: Conduta dolosa; Ingresso nos atos de execução; Não consiga chegar à consumação do crime, por circunstâncias alheias à sua vontade. TENTATIVA PERFEITA E IMPERFEITA Perfeita/ acabada/ crime falho: quando o agente esgota, segundo o seu entendimento, todos os meios que tinha ao seu alcance a fim de alcançar a consumação da infração, que só não ocorre por circunstancias alheias a sua vontade. Imperfeita/inacabada: o agente é interrompido durante a prática dos atos de execução, não chegando, assim, a fazer tudo aquilo que intencionava, visando consumar o delito. TENTATIVA BRANCA ou INCRUENTA O agente, não obstante ter-se utilizado dos meios que tinha ao seu alcance, não consegue atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair a conduta. Havendo tentativa branca = pesquisar o dolo do agente. Pois, suponhamos que alguém atire contra outra pessoa e erre o alvo. Sem identificar o dolo do agente, não se pode concluir se ele desejava: Matar (art. 121) Lesionar, ferir (art. 129) Expor a vida de terceiro a perigo (art. 132) TENTATIVA e APLICAÇÃO DA PENA. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços. Qual o critério? A doutrina entende que quanto mais próximo o agente chegar à consumação da infração penal, menor será o percentual da redução. Alguns crimes não admitem tentativa: Crimes habituais = art. 229 (casa de prostituição) e curandeirismo (art. 284). Crimes preterdolosos. Crimes culposos. Crimes unissubsistentes (injúria verbal) Crimes omissivos próprios (ex. art. 135) DESISTENCIA VOLUNTÁRIA e ARREPENDIMENTO EFICAZ Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. Ingressando, o agente, na fase dos atos de execução, duas situações podem ocorrer: 1- O agente é interrompido durante os atos de execução, ou esgota, tudo quilo que tinha ao seu alcance para chegar à consumação da infração penal, que somente não ocorre em virtude de circunstancias alheias à sua vontade TENTATIVA – Art. 14, II do CP 2-Ainda durante a prática dos atos de execução, mas se esgotar todos os meios que tinha à sua disposição para chegar à consumação do crime, o agente desiste, voluntariamente, de nela prosseguir DESISTENCIA VOLUNTÁRIA – Art. 15 do CP – primeira parte DESISTENCIA VOLUNTÁRIA *ART. 15, CP – primeira parte * A desistência deve ser voluntária, e não espontânea. * Importante que o agente continue sendo “dono de suas decisões” * Responsabilidade do agente pelo atos já praticados: não será punido pela tentativa. Fórmula de Frank. DESISTENCIAVOLUNTÁRIA TENTATIVA “possoprosseguir, mas não quero” “queroprosseguir, mas não posso” - A execução ficará a critério do agente, uma vez que continuarásenhor das suas decisões. - A consumaçãosó não ocorre em virtude de circunstancias alheias à vontade do agente. ARREPENDIMENTO EFICAZ Art. 15 do CP – 2ª parte Quando o agente, depois de esgotar todos os meios de que dispunha para chegar à consumação da infração penal, arrependem-se e atua em sendo contrário, evitando a produção do resultado inicialmente por ele pretendido. Desistência voluntária Arrependimento eficaz o agente se encontra ainda praticando atos de execução e voluntariamente a interrompe. o agente esgota tudo aquilo que estava a sua disposição para alcançar o resultado, isto é, pratica todos os atos de execução que entende como suficientes e necessários à consumação da infração penal, mas arrepende-se e impede a produção do resultado - o processo de execução está em curso. - a execução já foi encerrada Não impedimento da produção do resultado???? Se vier a ocorrer o resultado, o agente não será beneficiado com os institutos. ARREPENDIMENTO POSTERIOR Art. 16: Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. ARREPENDIMENTO POSTERIOR Crimes cometidos sem grave ameaça ou violência à pessoa. Restituição da coisa ou reparação do dano (parcial ou total?) Causa geral de diminuição de pena – minorante. Política criminal: atende mais a necessidade da vítima que propriamente os anseios do indiciado. ARREPENDIMENTO POSTERIOR Ato voluntário do agente (diferente de espontaneidade) – Terceira pessoa pode restituir ou reparar em nome do agente? * Não é pacífico!!!! *Tem jurisprudência admitindo que: o que se exige é ato voluntário do agente, mas não ato pessoal, de modo a concretizar o arrependimento. Momento para a reparação do dano ou restituição da coisa: Só cabível nas seguintes fases a) extrajudicial – enquanto estiver em curso as investigações policiais. b) até o recebimento da denúncia. ARREPENDIMENTO POSTERIOR ARREPENDIMENTOPOSTERIOR. Art. 16 ARREPENDIMENTOEFICAZ. Art. 15 O resultado já foi produzido O agente impede a produção Não se aplica aos crimes cometidos com violência ou grave ameaça Não há restrição Redução obrigatória de pena Responde pelos atos até então praticados, ficando afastada pela punição pela tentativa da infração penal CRIME IMPPOSSÍVEL Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime CRIME IMPPOSSÍVEL O agente ingressa na fase dos chamados atos de execução A consumação da infração penal só não ocorre por circunstancias alheias à sua vontade. CRIME IMPPOSSÍVEL Absoluta ineficácia do meio - Meio : tudo aquilo utilizado pelo agente capaz de ajudá-lo a produzir o resultado por ele pretendido. só não alcança o resultado por ele inicialmente pretendido porque utilizou meio absolutamente incapaz. - em hipótese alguma o resultado será alcançado com tal utilização. CRIME IMPPOSSÍVEL Absoluta impropriedade do objeto - Objeto: tudo aquilo contra o qual se dirige a conduta doa gente. É a pessoa ou coisa sobre a qual recai a conduta do agente - Não se fala em tentativa Meio relativamente incapaz:Hungria: dá-se inidoneidade relativa do meio quando este, embora normalmente capaz de produzir o evento intencionado, falha no caso concreto, por uma circunstancia acidental na sua utilização Objeto relativamente impróprio: Quando a pessoa ou coisa contra a qual recai a conduta doa gente é colocada efetivamente numa situação de perigo, ou seja, está apta a sofrer com a conduta doa gente, que pode vir a alcançar o resultado por ele pretendido inicialmente.
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