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Resumo Pele e Anexos

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18 Pele e Anexos 
A pele recobre a superfície do corpo, sendo constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a epiderme, 
e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Dependendo da espessura da epiderme, distinguem-se a 
pele fina (maioria do corpo) e a espessa (palma das mãos, na planta dos pés e em algumas articulações). Abaixo e em 
continuidade com a derme encontra-se a hipoderme ou tecido celular subcutâneo, que não faz parte da pele, apenas 
lhe serve de união com os órgãos subjacentes. A hipoderme é um tecido conjuntivo frouxo que pode conter muitas 
células adiposas, constituindo o panículo adiposo. A camada queratinizada da epiderme, protege o organismo contra 
desidratação e atrito. Suas terminações nervosas sensoriais, recebem constantemente informações sobre o ambiente 
e as envia para o sistema nervoso central. Os vasos sanguíneos, glândulas e tecido adiposo, colaboram com a 
termorregulação do corpo. A melanina, tem função protetora contra os raios ultravioleta. Na pele se forma vitamina 
D3 pela ação da radiação ultravioleta do sol sobre precursores sintetizados no organismo. Apresenta ainda células do 
sistema imunitário, que atuam contra a invasão de microrganismos. A derme tem projeções, as papilas dérmicas, que 
se encaixam em reentrâncias da epiderme, as cristas epidérmicas, aumentando a coesão entre essas duas camadas. 
A Epiderme (epitélio estratificado pavimentoso queratinizado) é formada por queratinócitos, melanócitos, as células 
de Langerhans e as de Merkel. A camada Basal (germinativa), é formada por céls prismáticas, cuboides ou basófilas 
sobre a membrana basal (entre Derme e Epiderme), possui céls-tronco e melanócitos, é responsável, junto com a 
camada espinhosa, pela renovação da epiderme (15 a 30 dias), possui filamentos de queratina. A camada Espinhosa, 
é formada por céls cuboides ou ligeiramente achatadas, possui tonofilamentos que associados aos desmossomos 
realizam a manutenção da coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito. A camada Granulosa, possui 
no citoplasma de suas céls grânulos basófilos repletos de querato-hialina, possui ainda, grânulos 
lamelares que se fundem com a membrana plasmática e expulsam seu conteúdo para o espaço intercelular 
da camada granulosa, onde o material lipídico se deposita, contribuindo para a formação de uma barreira contra a 
penetração de substâncias e para tornar a pele impermeável à água, impedindo a desidratação do organismo. A 
camada Lúcida, é constituída por uma delgada camada de células achatadas, eosinófilas e translúcidas, cujos núcleos 
e organelas citoplasmáticas foram digeridos por enzimas dos lisossomos e desapareceram. O citoplasma apresenta 
numerosos filamentos de queratina compactados, ainda se podem ver desmossomos entre as células. A camada 
Córnea, possui espessura variável e é constituída por células achatadas, mortas e sem núcleo. Na pele fina, a epiderme 
é mais simples, faltando frequentemente as camadas granulosa e lúcida e apresentando uma camada córnea muito 
reduzida. 
A Derme é o tecido conjuntivo em que se apoia a epiderme e une a pele ao tecido subcutâneo ou hipoderme. Sua 
superfície externa é irregular, observando-se saliências, as papilas dérmicas (aumentam a área de contato da derme 
com a epiderme, reforçando a união entre essas duas camadas sendo mais frequentes nas zonas de pressão e atrito), 
que acompanham as reentrâncias correspondentes da epiderme. A camada Papilar é delgada, constituída por tecido 
conjuntivo frouxo que forma as papilas dérmicas, possui fibrilas especiais de colágeno, que se inserem por um lado na 
membrana basal e pelo outro penetram profundamente a derme, que prendem a derme à epiderme, os pequenos 
vasos sanguíneos observados nessa camada são responsáveis pela nutrição e oxigenação da epiderme. A camada 
reticular é mais espessa, constituída por tecido conjuntivo denso, ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema 
elástico responsáveis pela elasticidade da Pele, além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos nervos, também são 
encontradas na derme as seguintes estruturas, derivadas da epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e 
glândulas sudoríparas. 
A Hipoderme é formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a derme aos órgãos 
subjacentes é a camada responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas nas quais se apoia. Dependendo 
da região e do grau de nutrição do organismo, a hipoderme pode ter uma camada variável de tecido adiposo que, 
quando desenvolvida, constitui o panículo adiposo que modela o corpo, é uma reserva de energia e proporciona 
proteção contra o frio. 
Os vasos arteriais que suprem a pele formam dois plexos: um que se situa no limite entre a derme e a hipoderme 
e o outro entre as camadas reticular e papilar. Deste último plexo partem finos ramos para as papilas dérmicas. Cada 
papila tem uma única alça vascular, com um ramo arterial ascendente e um venoso descendente. Existem três plexos 
venosos na pele: dois nas posições descritas para as artérias e mais um na região média da 
derme. Encontram-se frequentemente, na pele, anastomoses arteriovenosas com glomus, que têm papel 
importante nos mecanismos de termorregulação. O sistema de vasos linfáticos inicia-se nas papilas dérmicas como 
capilares em fundo cego, que convergem para um plexo entre as camadas papilar e reticular. Desse plexo partem 
ramos para outro plexo localizado no limite da derme com a hipoderme; portanto, na mesma localização dos vasos 
sanguíneos arteriais descritos anteriormente. 
A pele é o receptor sensorial mais extenso do organismo. Além das numerosas terminações nervosas livres localizadas 
na epiderme, folículos pilosos e glândulas, existem receptores encapsulados e não encapsulados na derme e na 
hipoderme, sendo mais frequentes nas papilas dérmicas. As terminações nervosas livres são sensíveis ao toque e à 
pressão (receptores táteis), bem como a variações de temperatura, dor, coceira e outras sensações. Os receptores 
encapsulados são os corpúsculos de Ruffini, Vater-Pacini, Meissner e Krause. Muitas áreas da pele são desprovidas 
desses corpúsculos, porém têm sensibilidade. No entanto, quando são encontrados, eles funcionam como 
mecanorreceptores. Os corpúsculos de Vater-Pacini e os de Ruffini são encontrados também no tecido conjuntivo de 
órgãos situados nas partes profundas do corpo, em que provavelmente são sensíveis aos movimentos dos órgãos e às 
pressões de uns órgãos sobre os outros. 
Pelo: Cada Pelo se origina de uma invaginação da epiderme: o Folículo Piloso, que apresenta uma dilatação terminal, 
o Bulbo Piloso, contendo a Papila Dérmica. Recobrindo a Papila Dérmica estão as células que formam a Raiz do Pelo. 
As células centrais da Raiz do Pelo: Produzem células grandes, vacuolizadas e pouco queratinizadas, que formam a 
Medula do Pelo. Em seguida e lateralmente aparecem as células que dão origem ao Córtex do Pelo. Células epiteliais 
mais periféricas dão origem às Bainhas interna e externa. Bainha Externa: se continua com o epitélio da epiderme, 
Bainha Interna: desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas o folículo. Entre o folículo 
Piloso e o conjuntivo que fica em volta situa-se a Membrana Vítrea. O conjuntivo que envolve o folículo apresenta-se 
mais espesso, formando a Bainha Conjuntiva do Folículo Piloso. Cada um é uma glândula independente (túbulo 
alveolar composta). Dispostos obliquamente e inseridos de um lado na Bainha Conjuntiva do Folículo Piloso e do outro 
na Camada Papilar da Derme, encontra-se os Músculos Eretores do Pelo, cuja contração puxa o pelo para uma posição 
mais vertical, tornando-o eriçado. A presença de melanócitos dá a cor ao pelo, e estão dispostos entre a papila e o 
epitélio da raiz do pelo e fornecem melanina às células da raiz e córtex do pelo. 
Unha: são placas de células queratinizadas localizadasna superfície dorsal das falanges terminais dos dedos. A porção 
proximal da unha é chamada de raiz da unha. O epitélio da dobra de pele que cobre a raiz da unha consiste nas 
camadas usuais da epiderme. A camada córnea desse epitélio forma a cutícula da unha. É na raiz da unha que se 
observa a sua formação, graças a um processo de proliferação e diferenciação das células epiteliais aí colocadas, que 
gradualmente se queratinizam, formando uma placa córnea. A unha é constituída essencialmente por escamas 
córneas compactas, fortemente aderidas umas às outras. Elas crescem deslizando sobre o leito ungueal, que tem 
estrutura típica de pele e não participa na firmação da unha. A transparência da unha e a pequena espessura do 
epitélio do leito ungueal possibilitam observar a cor do sangue dos vasos da derme, constituindo uma maneira de se 
avaliar a oxigenação do sangue. 
As glândulas sebáceas situam-se na derme e os seus ductos, revestidos por epitélio estratificado, geralmente 
desembocam nos folículos pilosos. Em algumas regiões (lábio, mamilos, glande e pequenos lábios da 
vagina), porém, os duetos abrem-se diretamente na superfície da pele. A pele da palma das mãos e a da planta dos 
pés não têm glândulas sebáceas. As glândulas sebáceas são acinosas, e geralmente vários ácinos desembocam em um 
ducto curto. A atividade secretora dessas glândulas é muito pequena até a puberdade, quando é estimulada pelos 
hormônios sexuais. As glândulas sebáceas são um exemplo de glândula holócrina, pois a formação da secreção resulta 
na morte das células. A secreção sebácea é uma mistura complexa de lipídios que contém triglicerídeos, ácidos graxos 
livres, colesterol e ésteres de colesterol. 
As glândulas sudoríparas merócrinas são tubulosas simples enoveladas, cujos duetos se abrem na superfície da pele, 
os ductos não se ramificam e têm menor diâmetro do que a porção secretora, que se encontra na derme. As células 
secretoras são piramidais e entre elas e a membrana basal estão localizadas as células mioepiteliais que ajudam a 
expulsar o produto de secreção. Nessas glândulas existem dois tipos de células secretoras, as células escuras e as 
células claras. As escuras são adjacentes ao lúmen e as claras localizam-se entre as células escuras e as mioepiteliais. 
O ápice das células escuras apresenta muitos grânulos de secreção que contêm glicoproteínas, e o citoplasma é rico 
em retículo endoplasmático granuloso. As células claras não contêm grânulos de secreção e são pobres em retículo 
endoplasmático granuloso, mas contêm muitas mitocôndrias. Entre elas existem delgados espaços intercelulares 
(canalículos). As células claras apresentam muitas dobras da membrana plasmática, uma característica das células que 
participam do transporte transepitelial de fluido e sais. Essas características estruturais sugerem que a função das 
células claras seja produzir a parte aquosa do suor. O ducto da glândula abre-se na superfície da pele e segue um 
curso em hélice ao atravessar a epiderme. Apresenta-se constituído por epitélio cúbico estratificado (duas camadas 
de células) que repousa sobre a membrana basal. As células da camada mais externa do revestimento dos duetos, em 
contato com a membrana basal, apresentam invaginações da membrana plasmática e citoplasma rico em 
mitocôndrias, que são aspectos característicos de células que transportam íons e água. O suor secretado por essas 
glândulas é uma solução extremamente diluída, que contém pouquíssima proteína, além de sódio, potássio, cloreto, 
ureia, amônia e ácido úrico. O fluido encontrado no lúmen das glândulas sudoríparas é essencialmente um ultrafiltrado 
do plasma sanguíneo, derivado dos abundantes capilares localizados em volta das porções secretoras. Ao alcançar a 
superfície da pele, o suor se evapora, fazendo baixar a temperatura corporal. Os catabólitos encontrados no suor 
mostram que as glândulas sudoríparas participam da excreção de substâncias inúteis para o organismo. 
As glândulas sudoríparas apócrinas, localizadas na derme e na hipoderme. Há fortes indicações de que essas glândulas 
secretam pelo processo merócrino, porém o nome de glândulas sudoríparas apócrinas tornou-se consagrado 
pelo uso. Os ductos das glândulas apócrinas desembocam em um folículo piloso e o lúmen de suas partes secretoras 
é dilatado. A secreção dessas glândulas é ligeiramente viscosa e inodora, mas adquire um odor desagradável e 
característico, pela ação das bactérias da pele. Na mulher, as glândulas apócrinas axilares passam por alterações 
durante o ciclo menstrual. As glândulas apócrinas são inervadas por fibras adrenérgicas, enquanto as merócrinas o são 
por fibras colinérgicas. As glândulas de Moll da margem das pálpebras e as de cerume do ouvido são glândulas 
sudoríparas modificadas.

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