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12/10/2012 1 SISTEMA DIGESTIVO DOS RUMINANTES Jozivaldo Prudêncio Gomes de Morais Prof. Dr. CCA/UFSCar ESTÔMAGO DO RUMINANTE • Animais que regurgitam e remastigam seus alimentos; • Obtenção de parte de seus nutrientes como subproduto da fermentação estomacal; • Possuem duas subordens: RUMINANTIA Cervo Alce Rena Caribu Antílope Boi almiscarado Bisão Girafa Vaca Ovelha Cabra. TYLOPODA Alpaca Lhama Vicuna Camelo 2. ESTRUTURA E FUNÇÃO Retículo Rúmen Omaso Abomaso Pré-estômago 12/10/2012 2 Dobradinha ou buchada • Iguaria alimentar formada de rúmen e retículo 2.1. Rúmen • Possibilita o encharcamento, mistura e fermentação da ingesta. • Câmera de fermentação. Rúmen – estrutura interna •Pilares do rúmen – pregas musculares capazes de mover e misturar grandes volumes Vilosidades 2.2. Retículo • Funciona como uma “bomba” impulsionando alimento para regurgitação ou para o omaso. • Banha o cárdia antes da regurgitação. 2.2. Retículo 2.3. Omaso •Tritura e adensa o alimento 12/10/2012 3 2.3. Omaso 2.3.Abomaso • É o maior compartimento do ruminante recém-nascido e o rúmen o maior em adultos. • Fornece as funções de estômago verdadeiro. Pré-estômagos – vista seqüencial Pré-estômagos – vista seqüencial Desenvolvimento do pré-estômago Goteira reticular (esofáfica) • Condutor de leite da abertura cardíaca para a abertura retículo omasal 12/10/2012 4 3. Ruminação •Transporte da ingesta do estômago para a boca; •Fases: regurgitação, remastigação, reinsalivação e redeglutição; •Após o bolo chegar à boca o mesmo é espremido e deglutido; •Remastigação e reinsalivação - acontecem ao mesmo tempo e dependem da dieta; •Tempo de ruminação – varia com a espécie e o alimento (2h30 a 8h00/dia para bovinos ) e espaçados no decorrer do dia. 4. Produção de gás e eructação • Dióxido de carbono – produzido da fermentação de carboidratos, desaminação de aminoácidos e do bicarbonato salivar; • Metano – redução de CO2 pelas bactérias; • Volume – 60 a 70% CO2 e 30 a 40% metano. 0,5 a 1,0 L/min; 4. Produção de gás e eructação •Eructação – remoção do gás do pré- estômago para a faringe. Ocorre uma a cada minuto; •Como é controlado – centro de eructação e mecanoreceptores; •Timpanismo – falha no mecanismo de eructação; •Parte do gás eructado é direcionado para a traquéia. 5. Química e microbiologia do rúmen • Bactérias participam de cerca de 80% do metabolismo ruminal (1011 bac/ml de conteúdo); • Protozoários são cerca de 20% do metabolismo ruminal (106 prot/ml de conteúdo); • Microorganismos produzem – AGVs, CO2 e metano; Principais AGVs Acético Propiônico Butírico Tipo de alimento 75 15 10 Fibrosos 40 40 20 Ricos em grãos Fibrosos Amido Solúveis TIPO DE CARBOIDRATO NA DIETA 5. Química e microbiologia do rúmen • Razão entre AGVs – depende do alimento e uso de aditivos; • Hidrólise de proteínas – quebra peptídeos até aminoácidos livres. Na desaminação fermentativa produzem CO2, amônia e AGVs; • Aproveitamento direto de aminoácidos pelos microorganismos; 12/10/2012 5 5. Química e microbiologia do rúmen • Grande número de bactérias produzem seus constituintes N a partir de amônia; • Triglicérides – hidrólise microbiana forma glicerol (propiônico) e ácidos graxos; • Ácidos graxos insaturados são convertidos em saturados (biohidrogenação). • Bactérias podem ainda sintetizar vitaminas do complexo B. 6. Digestão microbiana no intestino grosso • Significativa apenas para herbívoros não ruminantes e onívoros; • Produtos finais: AGV (energia); • Microorganismos não são fontes de aminoácidos (exceto coelho); • AGV supre cerca de 75% da necessidade energética do cavalo. 7. Análise Ruminante x Herbívoro • Localização do AGV e vitaminas produzidas; • Aproveitamento da amônia; • Retenção seletiva de partícula e ruminação; • Eructação; • Salivação e contrações ruminais; • Neutralização de substâncias tóxicas. 8.Variações intencionais e não intencionais na função ruminal • Nutrientes protegidos •Visa disponibilizar nutrientes diretamente ao intestino delgado, escapando da fermentação ruminal; •Podem ser liberados lentamente no rumen; •Evita a degradação microbiana de proteína de alta qualidade, •Previne a saturação de ácidos graxos poliinsatirados; •Permite que níveis mais altos de nutrientes possam se ministrados (proteína ou lipídios). 8.2. Antibióticos seletivos em alimentos • Visa suprimir seletivamente metano - bactérias; •Ionóforo momensina. 8.3. Probióticos • Micróbios ativos, cujas vias fermentativas são desejáveis; •Possuem proliferação limitada, necessitando de reintroduções consecutivas; •Leveduras e seu mecanismo de ação. 12/10/2012 6 8.4. Variação concentrado/ volumoso 8.5. ACIDOSE • Deve-se principalmente à súbita mudança na dieta de fibrosa para concentrado; •Subclínica: de 1 a 3 horas após a refeição rica em concentrado; • Adaptação – visa neutralizar a produção de lactato; •Dietas concentradas aumentam a produção de lactato; •Rumenite – ulceração múltipla do epitélio ruminal. 8.6. TIMPANISMO • Distenção do rúmen retículo pelo gás acumulado; •Pode ser simples ou espumoso; •Deve-se a três fatores: dieta, micróbios e fatores relacionados aos animais.
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