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2 UNIVERSIDADE PAULISTA- UNIP FISIOTERAPIA Yasmin Marcelly Medeiros de Oliveira RA: 2309124 RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS AVALIAÇÃO FUNCIONAL BRASÍLIA 2024 Yasmin Marcelly Medeiros de Oliveira RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS AVALIAÇÃO FUNCIONAL Trabalho de graduação apresentado ao curso de fisioterapia, da universidade paulista- UNIP, da disciplina avaliação funcional. Orientadora: Prof. Andreia Izidro BRASÍLIA 2024 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 5 2. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5 2.1 Aula 1 Roteiro 1: Avaliação neurológica. 5 2.2 Aula 2 Roteiro 1: Avaliação da coordenação motora e do equilíbrio. 11 2.3 Aula 3 Roteiro 1: Avaliação do sistema respiratório. 14 2.4 Aula 4 Roteiro 1: Avaliação do sistema circulatório 17 2.5 Aula 4 Roteiro 1: Avaliação postural 19 CONCLUSÃO: 20 REFERÊNCIAS: 22 1. INTRODUÇÃO Nas aulas de Avaliação Funcional, conduzidas pela professora Andrea e estruturadas em tópicos sequenciais, foram explorados uma variedade de avaliações cruciais para a prática clínica. Na primeira aula, focamos na avaliação neurológica, dividida em duas partes. Primeiro, avaliamos a sensibilidade com testes táteis, térmicos, dolorosos e proprioceptivos. Depois, analisamos os reflexos bicipital, tricipital, estilorradial, patelar e calcâneo com martelos apropriados. Finalizamos com a avaliação do tônus muscular, identificando hipertonia ou hipotonia e utilizando a Escala de Ashworth para classificar a espasticidade. Na segunda parte, exploramos mais a fundo a coordenação motora, tanto a fina quanto a grossa. Em seguida, aplicamos testes como o teste índice-nariz, índice-índice, rebote, calcanhar-joelho e diadococinesia, com o objetivo de avaliar movimentos precisos e alternados. Também analisamos o equilíbrio, usando o teste de Romberg, e por fim as estratégias motoras do equilíbrio Na terceira aula, o tema foi sobre a avaliação respiratória. Durante a inspeção estática, analisamos a simetria, deformidades e características do tórax, considerando coloração e trofismo. Na inspeção dinâmica, a fim de observar os movimentos respiratórios. Também medimos a frequência respiratória e realizamos a ausculta pulmonar, buscando identificar sons anormais, como roncos, sibilos, estertores, estridor e atrito pleural. Já na quarta aula, discutimos o sistema circulatório. A professora abordou o exame periférico, onde avaliamos coloração, temperatura, presença de edema e perfusão, vimos sobre a inspeção e palpação, depois medimos a pressão arterial utilizando o esfigmomanômetro e o estetoscópio. Por último, palpamos os pulsos radial e carotídeo para observar a frequência. Por fim na última aula, realizamos a avaliação postural, analisando o alinhamento corporal nas posições anterior, lateral e posterior. Para identificar assimetrias, desalinhamentos articulares e alterações nas curvaturas naturais, como hiperlordose e escoliose. Finalizamos integrando todos esses aspectos em uma abordagem funcional completa. Kisner e Colby (2019) destacam que a avaliação funcional é essencial na fisioterapia, permitindo uma análise abrangente dos sistemas neuromuscular, musculoesquelético e respiratório. Essas avaliações abrangem uma série de testes para melhorar a recuperação e a qualidade de vida do paciente. 2. RESULTADOS E DISCUSSÕES 2.1 Aula 1 Roteiro 1: Avaliação neurológica. A avaliação neurológica desempenha um papel fundamental na prática clínica, consistindo em um exame cuidadoso das funções sensoriais, motoras e cognitivas, com o propósito de detectar possíveis disfunções no sistema nervoso central e periférico. De acordo com Oliveira et al. (2019), uma análise minuciosa dos reflexos, da força muscular, da sensibilidade e da coordenação motora proporciona uma compreensão mais profunda da condição clínica do paciente, sendo indispensável para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficazes. O objetivo desta primeira aula foi executar a avaliação e a identificação de mudanças, no sistema nervoso central e periférico, avaliando a sensibilidade, os reflexos e o tônus muscular. Após as explicações, os alunos se dividiram em duplas, alternando os papéis de fisioterapeuta e paciente. Avaliação da sensibilidade: Primeiramente realizamos a avaliação da sensibilidade tátil, dolorosa, térmica e profunda, para identificar mudanças no sistema nervoso central. Segundo Souza e Lima (2018), a investigação da sensibilidade envolve testes que medem a percepção do toque, dor, temperatura, vibração e a sensibilidade proprioceptiva, possibilitando ao profissional reconhecer disfunções neurológicas e direcionar o tratamento terapêutico apropriado. Partindo para a avaliação tátil utilizamos um pedaço de um algodão e uma tampa de caneta, durante a avaliação tocamos levemente em diferentes áreas da pele, após cada toque fui perguntando a minha dupla se sentiu o toque e onde sentiu. Por fim, o teste deu positivo para todos os estímulos sentidos (normoestesia) sem alteração da sensibilidade. Imagem 1: Sensibilidade tátil Fonte: Acervo pessoal Logo após a avaliação tátil, avançamos para a prática da sensibilidade dolorosa, onde utilizamos os dedos para beliscar a dupla. O intuito desse teste era proporcionar um estímulo doloroso que fosse perceptível, mas que não causasse danos na pele. O resultado desse teste foi relatado sensação de dor normal (normoalgesia). Na próxima imagem, a professora Andrea fala sobre a sensibilidade térmica e explica também que em casos em que o paciente transpire muito, seria necessário aplicar gelo para ele conseguir identificar a superfície fria. Como mostra na imagem a seguir um dos alunos teve que posicionar as mãos sobre a mesa, utilizando o toque para identificar se a mesa estava fria ou quente. Imagem 2: Sensibilidade térmica Fonte: Acervo pessoal É importante destacar que a sensibilidade profunda, também conhecida como propriocepção, analisa o movimento. Assim como mostra na imagem nesse teste a professora Andrea elevar o braço da aluna e desce logo depois, enquanto isso a aluna deve identificar esses movimentos sem utilizar a visão. Imagem 3: Propriocepção Fonte: Acervo pessoal Avaliação dos reflexos: Depois de ter avaliado a sensibilidade, partimos para avaliação dos reflexos: bicipital, tricipital, estilorradial, patelar e calcâneo, utilizando o martelo de reflexos. Lembrando que os testes devem ser sempre realizados de forma bilateral. Conforme afirmam Souza e Lima (2018), os reflexos têm a capacidade de revelar a integridade das vias nervosas e como o sistema neurológico reage a estímulos, sendo valiosos na identificação de lesões ou disfunções. A avaliação envolve testes específicos para reflexos, como o patelar, bicipital e calcâneo, que permitem ao profissional observar tanto a presença quanto a intensidade da resposta motora do paciente. Ademais, é fundamental que esses testes sejam realizados com precisão para evitar interpretações incorretas, as quais podem prejudicar o diagnóstico (OLIVEIRA et al, 2019). Inicialmente, avaliamos o reflexo bicipital, para isso minha dupla está sentada com o braço relaxado e apoiado na maca. A resposta que esperamos observar é a contração do músculo bíceps, resultando na flexão do antebraço, que indica um reflexo bicipital considerado normal. Imagem 4: Reflexo bicipital Fonte: Acervo pessoal Após avaliamos o reflexo bicipital, partimos para a prática do reflexo tricipital, e a resposta esperada para este reflexo é uma extensão do cotovelo. Imagem 5: Reflexo tricipital Fonte: Acervo pessoal Na sequência, foi realizado o teste do reflexo estilorradial, a expectativa é que a resposta inclua uma leve pronação e flexão dos dedos, no entanto, minha dupla não conseguiu realizar a tensão, pois não estava relaxada o suficiente. Imagem 6: Reflexo estilorradial Fonte: Acervo pessoal Logo em seguida, foi executado o teste do reflexo patelar. A resposta esperada para esse teste é a extensão de joelho, a professora Andrea estava realizando o teste e explica que em alguns pacientes o tecido pode interferir na avaliação, masnesse caso a calça jeans não interferiu. Imagem 7: Reflexo patelar Fonte: Acervo pessoal Por fim, foi realizando o último teste de reflexos, o reflexo calcâneo que espera como resposta uma flexão plantar do tornozelo. Nesse teste não foi possível ver uma resposta esperada. Imagem 8: Reflexo calcâneo Fonte: Acervo pessoal Avaliação do tônus muscular: Antes de começarmos a parte prática, a professora nos apresentou a Escala de Ashworth, que serve para classificar o nível de espasticidade muscular, identificando se é moderada ou severa. A investigação do tônus muscular, utilizando escalas como a de Ashworth, é fundamental para identificar condições como espasticidade e flacidez, que podem impactar a funcionalidade do paciente e direcionar as abordagens de reabilitação. (SOUZA E LIMA, 2018). Imagem 9: Escala de ashworth Fonte: Livro texto Após essa introdução teórica, realizamos a avaliação do tônus muscular com o objetivo de identificar possíveis disfunções, analisando a resistência passiva do músculo ao movimento. Essa prática nos auxiliou a entender melhor como identificar alterações neuromusculares em pacientes. Imagem 10: Flexão e extensão do MI Fonte: Acervo pessoal Imagem 11: Flexão e extensão do MS Fonte: Acervo pessoal 2.2 Aula 2 Roteiro 1: Avaliação da coordenação motora e do equilíbrio. Na segunda aula realizada no dia 14 de setembro, a professora Andrea discutiu os conceitos de coordenação motora grossa e fina, destacando suas distinções e aplicações no contexto da reabilitação. A análise das habilidades motoras grossas e finas são fundamentais para avaliar a precisão e o controle dos movimentos. (SILVA, 2020). Para garantir que entendêssemos os conceitos, a professora sugeriu que criássemos um caso que envolvesse ambas as formas de coordenação. Em dupla, desenvolvemos um caso sobre um paciente que havia sofrido um acidente vascular cerebral (AVC), com ênfase na coordenação motora grossa. O exercício que escolhemos foi o treino de marcha assistida, visando aprimorar a mobilidade, o equilíbrio e a estabilidade do paciente durante o processo de reabilitação, porém no começo desta atividade apresentei algumas dificuldades em como realiza a prática desse exercício, e na voz de comando. Em coordenação motora fina não criamos nenhum exemplo. Testes de coordenação que não envolvem o equilíbrio: E após entendermos os conceitos teóricos relacionados à coordenação motora grossa e fina, passamos para a prática dos testes de coordenação que não envolvem equilíbrio. Segundo Santos (2019) A análise da coordenação motora pode abranger testes específicos que não se concentram no equilíbrio, como o teste conhecido como "índice-índice". Esse teste avalia a capacidade do paciente de tocar as pontas dos dedos de maneira precisa e controlada, facilitando a identificação de possíveis deficiências nas habilidades motoras finas. Em sala realizamos uma série de testes, começando pelo teste índex-nariz, seguido pelo teste índex-índex, ambos focados na precisão dos movimentos voluntários. Em seguida, aplicamos o teste do rebote, que avalia a capacidade de controlar força e resistência muscular. Também fizemos o teste calcanhar-joelho para analisar a coordenação dos membros inferiores e finalizamos com o teste de Diadococinesia, que verifica a habilidade de executar movimentos rápidos e alternados. Segue abaixo as imagens da prática de cada teste realizado em aula: Imagem 12: Testes realizados em aula Fonte: Acervo pessoal Avaliação dos equilíbrios estático e dinâmico: Depois de realizarmos os testes, avançamos para os testes que verificam o equilíbrio, com ênfase tanto no equilíbrio estático quanto no dinâmico. Avaliar os equilíbrios estáticos e dinâmicos é crucial para entender a habilidade de um paciente em sustentar o controle postural. (FREITAS, 2018). Em aula cada dupla recebeu uma tarefa específica, eu e minha dupla ficamos encarregadas de uma atividade que envolvia andar colocando o calcanhar de um pé diretamente na frente dos dedos do outro, formando uma linha reta. Minha dupla mostrou como deveria caminhar dessa maneira e orientou a elevar as pontas dos pés do chão enquanto mantinha o equilíbrio sobre os calcanhares, a fim de observar os passos. Na observação foi possível notar que enquanto realizava a atividade, estava transferindo o peso para um dos lados, além de apresentar uma leve pronação, o que afetou a precisão do movimento. Essa constatação evidenciou a importância de fazer ajustes na postura e no controle do equilíbrio. Em seguida, a professora falou sobre o sinal de Romberg, que pode ser feito tanto com os olhos abertos ou fechados e tem como objetivo avaliar o equilíbrio e a propriocepção. O sinal de Romberg é um exame que se destina a analisar o equilíbrio estático de um paciente. Este teste é considerado positivo quando a pessoa demonstra instabilidade ao permanecer em pé com os olhos fechados, o que indica uma dependência excessiva da propriocepção para manter a postura (GATTA et al., 2014). Durante a demonstração, ela usou uma cama elástica como uma superfície instável para aumentar a dificuldade do exercício de equilíbrio, possibilitando observar as reações do corpo, como mostra na imagem abaixo. Imagem 13: Sinal de Romberg Fonte; Acervo pessoal Estratégias motoras do equilíbrio: Por fim, no último tópico da aula, a professora Andrea discutiu as estratégias motoras relacionadas ao equilíbrio, esclarecendo como o corpo recorre a diversos mecanismos para preservar a estabilidade em momentos de instabilidade. As abordagens motoras relativas ao equilíbrio são essenciais para a adaptação postural do corpo, principalmente em contextos de instabilidade. (OLIVEIRA et al, 2019). Tais abordagens englobam tanto ajustes automáticos quanto voluntários dos músculos responsáveis pela postura, possibilitando que o indivíduo preserve a estabilidade diante de alterações na posição ou ao lidar com desafios, como superfícies irregulares ou movimentos rápidos. (OLIVEIRA et al, 2019). A professora enfatizou as principais estratégias empregadas, incluindo a estratégia de tornozelo, de quadril e o passo, detalhando as circunstâncias em que cada uma delas é acionada e sua relevância. 2.3 Aula 3 Roteiro 1: Avaliação do sistema respiratório. Na terceira aula de avaliação funcional, realizada em 28 de setembro, focamos na avaliação do sistema respiratório e no padrão de ausculta. Guyton e Hall (2020) enfatizam que a avaliação do sistema respiratório é um elemento fundamental na prática clínica. Isso abrange inspeção, palpação, percussão e ausculta, com a finalidade de detectar mudanças nos padrões de proteção, na expansão torácica e a ocorrência de sons anormais, como estertores ou sibilos, que podem sinalizar doenças respiratórias. Inspeção estática: Durante a aula realizamos uma inspeção estática. A inspeção estática envolve uma avaliação visual minuciosa do corpo, focando em simetrias, deformidades, mudanças musculares, coloração da pele, cicatrizes e outros indícios que possam revelar anormalidades estruturais ou funcionais. Essa análise é uma etapa essencial para identificar condições clínicas. (PALMIERE, 2018). A professora nos instruiu a observar o tórax como um todo, comparando ambos os lados para identificar possíveis assimetrias e anomalias, além de observações sobre cicatrizes, hematomas, trofismo muscular e coloração da pele. Depois, analisamos as formas do tórax e realizamos uma nova inspeção estática com a aluna em pé e relaxada, em busca de eventuais alterações. Imagem 14: Inspeção estática Fonte: Acervo pessoal Inspeção dinâmica: Depois de avaliar a inspeção estática, a aluna se mantém de pé para que pudéssemos fazer uma inspeção dinâmica. A inspeção dinâmica constitui uma fase da avaliação física que examina os movimentos corporais em ação, possibilitando a observação de padrões de movimento, assimetrias, compensações musculares e modificações funcionais. (SILVA, 2020) Na observação foi possível identificar que os movimentos respiratórios eram mais pronunciados na partesuperior do tórax, resultado da maior atividade dos músculos intercostais. A professora comentou que esse fenômeno pode estar associado a lesões pulmonares, problemas no diafragma, aumento da pressão abdominal e até mesmo durante a gestação. Frequência respiratória: Depois de realizarmos a inspeção tanto dinâmica quanto estática, a próxima fase da atividade foi avaliar a frequência respiratória. A frequência respiratória é um parâmetro essencial para avaliar a função do sistema respiratório, referindo-se ao número de ciclos respiratórios realizados por minuto. (TORTORA E DERROCKSON, 2017). Em duplas, cada um ficou responsável por observar o tórax do parceiro para contabilizar o número de respirações durante esse intervalo. O resultado foi de 12 respirações por minuto, o que se encontra abaixo da faixa normal para adultos, que oscila entre 18 e 24 respirações por minuto em mulheres. A professora esclareceu que essa alteração pode ter ocorrido porque a pessoa estava ciente de que estava sendo monitorada, o que pode afetar o padrão respiratório, ou ainda pela falta de uma instrução mais precisa sobre a técnica. Ausculta: Em aula realizamos a prática da ausculta. Para isso, foi necessário marcar pontos específicos no tórax e nas costas onde iríamos colocar o estetoscópio. A ausculta dos pulmões é uma técnica fundamental na análise clínica, permitindo a detecção de sons respiratórios normais, como o murmúrio vesicular, bem como de sons advindos de patologias, como estertores e sibilos, os quais indicam modificações no sistema respiratório. (CASTRO et al, 2009). Essa prática foi essencial para que pudéssemos aprender a ouvir e identificar possíveis alterações nos sons respiratórios, como roncos, estertores ou sibilos, correlacionando essas observações com eventuais condições clínicas. Imagem 15: Mapeamento e auscultação Fonte: Acervo pessoal Por fim, seguimos para o aprendizado sobre os tipos de sopros. A professora nos apresentou os diversos sons que podem ser percebidos durante a ausculta dos pulmões e do coração. Ela detalhou como os sopros podem variar em intensidade e tonalidade, dependendo da saúde do sistema respiratório ou cardiovascular, além de ensinar como interpretar cada um deles. Conforme aponta o Marques et al. (2013), os sopros pulmonares se manifestam como sons anormais prolongados, resultantes do fluxo de ar turbulento nas vias respiratórias. Esses sons podem estar relacionados a condições patológicas, como obstruções, estertores ou modificações anatômicas, e são frequentemente detectados durante a ausculta respiratória na avaliação clínica. 2.4 Aula 4 Roteiro 1: Avaliação do sistema circulatório Na quarta aula, que ocorreu em 1 de outubro, o tema abordado foi a avaliação do sistema circulatório. A avaliação do sistema circulatório inclui a medição da pressão arterial para identificar hipertensão ou hipotensão, a palpação de pulsos periféricos para avaliar frequência, ritmo e intensidade, e a ausculta cardíaca para detectar sopros, arritmias e alterações nos sons cardíacos, auxiliando no diagnóstico de disfunções cardiovasculares (MCGEE, 2020). Exame periférico: A avaliação periférica consiste em examinar o acúmulo de líquido nos tecidos das extremidades, o que pode ser provocado por diversos fatores, incluindo questões circulatórias ou de drenagem linfática. O diagnóstico é realizado por meio de inspeção e palpação, com o objetivo de identificar as particularidades do edema, frequentemente associado a condições como insuficiência cardíaca ou linfedema (ROSENTHAL; CUMBLER, 2024). A professora introduziu uma breve explicação sobre o exame periférico, ressaltando a relevância de estar realizando a inspeção e palpação. Pressão arterial: Na aula recebemos orientações sobre o uso do esfigmomanômetro para medir a pressão arterial. Cada par de alunos ficou responsável por medir a pressão arterial do colega, trocando de função em seguida. Ferreira et al. (2020), enfatiza que é fundamental que a aferição da pressão arterial seja realizada com atenção a protocolos estritos relacionados à postura do paciente, à utilização correta do equipamento e à técnica de medição. Durante a medição da pressão na minha dupla, percebi que coloquei o aparelho de maneira inadequada, o que complicou um pouco o procedimento. Além disso, encontrei algumas dificuldades ao realizar a ausculta. Contudo, ao final, obtivemos um resultado de 110 por 90 mmHg, que é considerado um valor normal. Imagem 16: Aferição da pressão arterial Fonte: Acervo pessoal Medição do pulso radial e carotídeo E por fim, avançamos para a parte prática da aula, que consistiu na palpação das artérias. Recebemos orientações para usar um cronômetro ao contar a frequência radial e carotídea. A palpação dos pulsos carotídeos e radiais é uma prática essencial na avaliação do sistema cardiovascular. De acordo com Ferreira et al (2020), a palpação das artérias carótidas devem ser realizada de forma cuidadosa e sequencial, examinando uma artéria por vez para minimizar o risco de ativação do reflexo vagal, que pode causar bradicardia. Por outro lado, a palpação do pulso radial é crucial para verificar a regularidade e a força do pulso, sendo útil na identificação de arritmias ou outras condições que possam afetar a circulação periférica (SILVA, 2020). A técnica de palpação precisa ser feita com delicadeza, pois uma compressão excessiva pode prejudicar o diagnóstico. Na aula começamos pela palpação do pulso radial, que registrou 50 batimentos por minuto. Depois, verificamos o pulso carotídeo, obtendo um resultado de 60 batimentos por minuto. Essa experiência prática foi extremamente útil para entender a importância da avaliação correta da circulação e a relação entre os diferentes parâmetros de pressão arterial e frequência cardíaca. 2.5 Aula 4 Roteiro 1: Avaliação postural Na última aula de avaliação funcional, discutimos a importância da avaliação postural, um assunto fundamental na atuação da fisioterapia. A avaliação postural é essencial para identificar desequilíbrios musculares, desalinhamentos e compensações que podem causar dor ou disfunções. Analisa-se o paciente em posições estáticas e dinâmicas para detectar assimetrias, desvios e alterações na coluna, além de padrões compensatórios como projeção da cabeça, inclinações laterais e rotações na pelve, frequentemente relacionados a problemas musculoesqueléticos ou hábitos inadequados (KENDALL et al., 2007). Nesta aula, foi introduzido o simetrógrafo, um equipamento empregado na identificação de desvios posturais através da análise de pontos anatômicos. Vale destacar que a observação deve sempre começar pela cabeça, levando em conta as posições anterior, lateral e posterior do corpo. Imagem 17: Simetrógrafo Fonte: Acervo pessoal Durante a aula, a professora orientou todos os alunos a ficarem de pé para observar a postura de uma colega, permitindo que praticássemos a avaliação de assimetrias sob sua orientação. Ao começarmos a prática, conseguimos identificar alguns desvios posturais significativos. Notamos que a cabeça da colega apresentava uma leve protusão, enquanto o ombro direito estava mais baixo em relação ao esquerdo, que se encontrava mais elevado. O quadril direito também estava posicionado mais baixo. Embora o joelho parecesse normal, a análise foi limitada, pois a colega estava usando calça jeans, o que dificultou uma avaliação mais detalhada dessa região. Observamos ainda que o pé direito apresentava características cavas e que a pelve mostrava uma leve retroversão. Imagem 18: Avaliação postural Fonte: Acervo pessoal Para diagnosticar a escoliose, foi aplicado o teste de Adams, que é amplamente utilizado para identificar desvios na coluna vertebral, como a escoliose, avaliando a simetria do tronco em posição de flexão anterior (KENDALL et al., 2007). Constatou-se que a colega necessitava de uma Reeducação Postural Global (RPG) para corrigir os desvios posturais. Em seguida, cada aluno foi submetido a uma avaliação postural, e todas as posturas revelaramassimetrias e desvios, evidenciando a relevância de uma análise minuciosa. Imagem 19: Teste de adams Fonte: Acervo pessoal CONCLUSÃO: Essas aulas foram cruciais para desenvolver nossas habilidades, abordamos uma gama de temas relevantes para a atuação na fisioterapia, com ênfase na avaliação neurológica, respiratória, circulatória e postural. Isso possibilitou entender a relevância desses aspectos na prática clínica. A aula foi extremamente enriquecedora, promovendo uma perspectiva abrangente e integrada sobre as avaliações básicas que devemos realizar em nossos pacientes. ATIVIDADES 1. Avaliar a sensibilidade ou os reflexos. A atividade de casa foi avaliar os reflexos ou a sensibilidade. Eu e minha dupla escolhemos avaliar os reflexos, trabalhando com os reflexos bicipital, tricipital, estilorradial, patelar e calcâneo. Tivemos dificuldade para localizar os pontos corretos da avaliação, mas, após várias tentativas, conseguimos avaliar todas as respostas reflexas. 2. Pesquisar o que é a marcha fisiológica. A marcha fisiológica, também conhecida como marcha normal, consiste em uma série de movimentos repetitivos das pernas que possibilitam o deslocamento do corpo para a frente, ao mesmo tempo em que garante a estabilidade. Esse processo é complexo e requer a colaboração entre o sistema neuromotor, o sistema sensorial e o sistema musculoesquelético. A marcha é considerada um dos movimentos mais intrínsecos da natureza humana. 3. Fazer o mapeamento e a ausculta do tórax. Na atividade proposta tivemos que realizar o mapeamento e a ausculta torácica e, durante a ausculta, pude perceber os sons normativos. 4. Pesquisar qual exame que faz para verificar a circulação e a hipertensão e realizar a aferição da pressão arterial. O exame realizado para verificar a circulação é o exame de Ressonância Magnética Angiografia (RMA) e Tomografia Computadorizada Arterial e Venosa (TCAV), enquanto para verificar pacientes hipertensos é o exame de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA). De acordo com as orientações que recebemos em aula, fiz o procedimento de medição da pressão arterial com a ajuda do meu parceiro, utilizando o esfigmomanômetro corretamente. Depois de ajustar o manguito no braço de forma adequada e utilizar o estetoscópio para ouvir os sons arteriais, conseguimos determinar o valor final da pressão arterial, que acabou sendo de 100 por 82 mmHg. REFERÊNCIAS: 1 CASTRO, G.; REMONDINI, R.; SANTOS, A. Z.; PRADO, C. Análise dos sintomas, sinais clínicos e suporte de oxigênio em pacientes com bronquiolite antes e após fisioterapia respiratória durante a internação hospitalar. Revista Brasileira de Fisioterapia. Disponível em: https://www.scielo.br. Acesso em: 24 nov. 2024. 2 FREITAS, Daniel C. Avaliação fisioterapêutica: abordagens e técnicas. São Paulo: Editora Científica, 2018. 3 FERREIRA, J. F.; ALMEIDA, R. S.; PEREIRA, T. A. Protocolos e desafios na medição da pressão arterial em ambientes clínicos. São Paulo: Editora Saúde, 2020. 4 GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 14. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2020. 5 GATTA, Rafael; FREITAS, Renato; OLIVEIRA, Felipe. Avaliação neurológica: aspectos práticos e diagnósticos. 2. ed. São Paulo: Editora Médica, 2014. 6 KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 6. ed. Barueri: Manole, 2019. 7 KENDALL, F. P. MCCREARY, E. K.; PROVANCE, P. G. Músculos: provas e funções. 5. ed. São Paulo: Manole, 2007. 8 MARQUES, L.; et al. Avaliação clínica e funcional do sistema respiratório. Revista deFisioterapiaRespiratória.Disponívelem:https://www.revistadefisioterapiarespiratoria.combrAcesso em: 24 nov. 2024. 9 OLIVEIRA, FA; SILVA, RM; PEREIRA, AL Fundamentos da Avaliação Neurológica na Prática Clínica. 2. ed. São Paulo: Editora Médica, 2019. 10 PALMIERE, André L. Avaliação física em fisioterapia: fundamentos e práticas clínicas. São Paulo: Editora Universitária, 2018. 11 ROSENTHAL, Laura D.; CUMBLER, Ethan. Avaliação do edema periférico: diagnóstico diferencial dos sintomas. BMJ Best Practice, 2024. Disponível em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/334. Acesso em: 24 nov. 2024. 12 SOUZA, MR; LIMA, JF Avaliação Neurológica: Fundamentos e Práticas Clínicas. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Scientia, 2018. 13 SILVA, L. Avaliação neurofisiológica em fisioterapia: conceitos e práticas. São Paulo: Editora Saúde, 2020. 13 SANTOS, M. Avaliação da função motora em fisioterapia: práticas e abordagens. Rio de Janeiro: Editora Fisio, 2019. 14 TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e fisiologia. 15. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017 image2.jpeg image3.jpeg image4.jpeg image5.jpeg image6.jpeg image7.jpeg image8.jpeg image9.PNG image10.jpeg image11.PNG image12.PNG image13.jpeg image14.jpeg image15.PNG image16.jpeg image17.jpeg image18.jpeg image19.jpeg image1.PNG