Buscar

melhoramento_genetico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Melhoramento genético das aves
Apesar da avicultura brasileira ser o segundo maior produtor mundial de frangos, seu desenvolvimento está diretamente ligado na utilização do melhoramento genético, para acompanhar a modernização que o mercado mundial exige. Essa genética avançada, com técnicas modernas em manejo, sanidade, alimentação, instalações, visa o melhoramento de uma produção competitiva para atender a indústria e ao próprio consumidor que com o passar dos anos se tornou muito mais exigente com a carne e os produtos derivados dela que consome. 
O melhoramento genético é o resultado de um processo efetuado entre a raça pura, para a obtenção de ganho, tais como peso, e resistência. Para a tiragem de uma linha de indivíduos com característica única e de extremo interesse no lucro do mesmo, a seleção genética é feita nas aves de pedigree, conhecidas por população elite. A partir desse rebanho elite, o progresso genético é transferido para as gerações seguintes por meio de multiplicação até ser incorporado nos frangos comerciais. Os artifícios usados para isso são a seleção e o cruzamento, aproveitando-se as qualidades de um genótipo em complemento com as qualidades do outro. 
Segundo Pereira, J.C.C (2004) em 1974, um reprodutor atingia 1,495kg de peso aos 56 dias de idade. Em 1984, a idade para abate caiu para 45 dias e o peso médio subiu para 2.045kg. 
Com todo o manejo adequado usando a técnica do melhoramento genético, hoje se alcança 2,0 kg em apenas 35 dias, uma evolução excepcional em ganho de peso. Não deixando duvida que o melhoramento genético das aves tem contribuído de forma muito expressiva para o progresso almejado.
O Brasil dependente de material genético desenvolvido em outros países, e representa um grande mercado para a venda de aves melhoradas, sendo um grande importador de linhas puras. O baixo investimento em ciência e tecnologia, é que retarda a evolução das pesquisas para a obtenção de resultados satisfatório. O esforço que o Brasil tem de pesquisa na busca de redução, ou até mesmo na independência genética não é de agora recente, alguns institutos de pesquisas tais como o (IPEACS) Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária do Centro-Sul, hoje PESAGRO, desenvolveram pesquisas desde a década dos anos 50, tentando uma linhagem comercial de aves de postura. Outras instituições envolvidas em pesquisas de avicultura de corte e postura, vem recentemente na busca desse objetivo, como o Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves (CNPSA), a Escola Superior da Agricultura Luiz de Queiróz no interior de São Paulo em Piracicaba, e as Universidades Federais de Viçosa em MG e Santa Maria no RS, onde encontram dificuldade econômica pelo baixo investimento em ciência e tecnologia, atrasando a evolução das pesquisas nessa área e nos resultados projetados como metas. 
	Gargalos da avicultura no Brasil
A avicultura brasileira é uma atividade econômica com alta produtividade e de competitividade no comércio mundial, porem ainda é dependente de material genético desenvolvido em outros países, principalmente do Estados Unidos, França, Inglaterra, Alemanha e Holanda. Em frangos de corte, 80% de toda produção comercial, é usado material genético de cinco empresas de melhoramento genético. Nas aves de postura essa dependência atinge 100% do total da produção, há relatos de que o “calcanhar de aquiles” dessa produção é a situação de dependência que o Brasil tem para com esses países se tornando submisso a fornecedores externos. 
Segundo Pereira, J.C.C (2004) é que na verdade a situação não é tão dramática como parece. Pois o dispêndio de divisas, em 1997 tomado como exemplo foi de apenas 17 milhões de dólares, contra 900 milhões de dólares de exportação de carne de frango, sendo apenas 2% das divisas arrecadadas. 
Com a globalização o maior risco para a avicultura pode ser o aparecimento de novas doenças ou surtos das que já existem em nosso país. Sendo assim um rígido programa profilático-sanitário é uma decisão certa e viável, bem como a necessidade do Brasil de desenvolver suas próprias raças e linhagem produtoras de frangos e ovos. O CNPSA tem trabalhado para conseguir progresso em um programa de pesquisa e desenvolvimento de linhagens nacionais de aves para corte e postura de ovos brancos e castanhos, através de um programa antigo da Granja Guanabara. O CNPSA obteve resultado positivo uma vez que já vem sendo comercializado para a avicultura de postura, através de um pacote da Embrapa-011, com linhas puras da raça Leghorn que foram selecionadas e cruzadas entre si nas condições brasileiras.
Outras raças como Cornish branca e Plymouth Rock branca, também cruzadas entre si já estão disponibilizadas para a produção de frango de corte. Esse pacote comercial é denominado Embrapa-021. Já no pacote Embrapa-031 formam linhas puras de raças Plymouth Rock branca Rhode Island Red para a seleção de produção comercial de ovos de mesa, da cor marrom, todo esse processo foi finalizado em dezembro de 1998.
Algumas estratégias são usadas para o país de vários aspectos, a seguir: Redução de risco de doenças exóticas; Geração de tecnologia nacional com potencialização em exportação; Independência das restrições impostas por outros países; Economia de divisas pequenas porem expressiva no ponto de vista nacional; Produção de materiais genéticos adaptados às nossas condições de criação, etc. Nada disso é possível se não houver apoio politico para tal. Pois programas dessa natureza necessitam sustentação, estabilidade e visão a longo prazo, para que não acabem morrendo como já aconteceu com propostas de várias instituições publicas brasileiras.
	Histórico
Advindas de imigrantes ingleses no navio Mayflower, no continente americano, precisamente da parte Norte dos Estados Unidos, as aves eram trazidas, e foram introduzidas juntamente com colônias nativas onde o cruzamento gerava aves de adorno, com variadas cores de penas e forma de crista, na qual eram usadas para exibição pelo seus colonizadores que já notavam logicamente características fenotípicas, criavam para produção e reprodução. Foi então que gerando competição entre os criadores, aliaram se a outros países da Europa e do Oriente com vários tipos e raças aumentando a população avícola. Por achar que era um problema essa competição entre criadores, um médico chamado Dr. J.C. Bennot, que também era criador, organizou uma exposição avícola, convidando todos os criadores a exibir suas aves na cidade de Boston no ano de 1849 e essa exposição teve duração de dois dias. O Dr. J.C. Bennot conseguiu reunir 219 criadores que exibiram suas 1423 aves ao todo, a partir dai veio aumentando as exposições avícolas tal qual a criação das raças, como também o interesse e a transformação de animal de estimação para animal de utilização.
	Os trabalhos iniciais de genética 
A aplicação da genética científica na avicultura, teve seu inicio em 1900, mas a padronização de raças e de variedades só foi reconhecida no ano de 1935 com dois fatos importantes e independentes para esse avanço, que foi a redescoberta dos principais caracteres genéticos de pais para filhos, apesar da lei de Mendel, que provocou em alguns geneticistas na década de 20 que na maioria dos caracteres econômicos não eram de transmissão simples, obrigando os a selecionar indivíduos como forma de melhorar gerações; O outro acontecimento também simples foi a descoberta do ninho de alçapão que facilitou a seleção de galinhas poedeiras mais produtivas e seu ciclo produtivo de pintos nascidos das mesmas. 
Segundo Pereira, J.C.C (2004) o biologista inglês Bateson, foi o primeiro a demonstrar que na lei de Mendel sobre as ervilhas, poderiam ser aplicadas em animais, e principalmente em galinhas. 
O trabalho de Bateson juntamente com Punnett e Davenport contribuíram pouco para as características econômicas apesar de importantes. Porem esses estudos demonstraram que apesar de determinadas características como a cor das penas , não seguiam a lei da dominância por padrão barrado. Nesse caso opesquisador Spillman em 1908, descreveu a característica ligada ao sexo do gene barrado. Já em 1923 outro pesquisador Serebrovsky descobriu que a velocidade do empenamento é controlada pelo gene ligado ao sexo. Nesse mesmo ano Goodale estudando a produção de ovos, concluiu que a mesma dependia de quatro fatores importantes: a idade de maturidade sexual; intensidade de postura; ausência de choco; e muita persistência.

Outros materiais