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Unidade 3 - Melhoramento Genético

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- -1
MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL
MELHORAMENTO 
GENÉTICO APLICADO À 
ESPÉCIE DE INTERESSE 
ECONÔMICO 
(RUMINANTES)
Autoria: Me. Luciano Eduardo Morello Polaquini - 
Revisão técnica: Dra. Talita Barban Bilhassi
- -2
Introdução
Ao longo deste material, serão abordados os programas de MGA aplicados em animais ruminantes, destinados
à produção de carne e leite, sendo possível compreender o processo de seleção de animais geneticamente
superiores e adaptados aos diferentes sistemas de produção vigentes.
Diante desse contexto, você sabia que a pecuária no Brasil é uma das maiores e mais estruturadas do mundo,
apresentando grande diversidade produtiva? Além disso, sabia que o país é um dos maiores produtores de
leite? Consegue imaginar a dificuldade de produzir leite para atender o mercado consumidor? Ainda, consegue
imaginar a complexidade da implementação de um programa de MGA, que visa atender aos consumidores do
mundo inteiro?
A produção brasileira de carne e leite se concentra nas mãos de pequenos e médios produtores, sendo os
grandes considerados uma minoria. Observa-se, também, baixo grau de tecnificação, investimentos e
conhecimentos por parte dos criadores, fatores que inviabilizam a adoção de programas de MGA e/ou animais
melhoradores nas propriedades.
Assim, é preciso estudar as características da pecuária leiteira nas espécies bovina, ovina e caprina, sendo
possível, com isso, identificar os objetivos dos produtores e do mercado consumidor, bem como a necessidade
de adequações ambientais para que os animais possam expressar todo o seu potencial genético, obtendo-se,
como consequência, o aumento da produtividade dos rebanhos e lucratividade.
No material, ainda será abordada a pecuária de corte com suas características produtivas e peculiaridades, as
quais possibilitam o Brasil se manter como líder mundial na exportação de carne bovina, além do
comportamento dos consumidores de carne ovina e caprina. Outro aspecto importante é a identificação das
características que devem ser melhoradas nos animais dos rebanhos para atender aos anseios dos
consumidores, como a melhoria da qualidade de carne (cor, maciez e suculência) e leite (% de gordura e
proteína), entre outras.
Bons estudos!
Tempo estimado de leitura: 55 minutos.
3.1 Melhoramento aplicado à pecuária: gado leiteiro
- -3
O melhoramento genético aplicado aos bovinos leiteiros é de suma importância para a cadeia produtiva de
leite no mundo. Existem inúmeras raças com aptidão leiteira, nas quais podem ser trabalhadas tanto
características produtivas quanto qualitativas. Porém, o aspecto de maior interesse econômico, por parte dos
criadores, é a , seguida dos .produção de leite teores de gordura e proteína
O Brasil, em 2020, tinha o maior rebanho bovino do mundo, com mais de 217 milhões de cabeça com
aptidões tanto para carne quanto para leite. Com relação aos rebanhos caprinos e ovinos, o país tem mais de 21
milhões de cabeças, porém estas representam pouco quando comparamos com os países asiáticos (maiores
produtores e consumidores mundiais) (SOUZA, 2012).
Na figura a seguir, podemos observar um gráfico com o efetivo dos rebanhos brasileiros, sendo que o rebanho
de bovinos é composto por mais de 214 milhões de cabeças, o de ovinos conta com 19 milhões, seguido do
rebanho caprino, com mais de 11 milhões. Desse modo, evidencia-se o tamanho da cadeia produtiva para o
agronegócio brasileiro (IBGE, 2017).
Figura 1 - Efetivo rebanho bovino, caprino e ovino brasileiro em 2017 Fonte: Elaborada pelo autor, baseada em IBGE, 2017.
 #PraCegoVer Na figura, temos um gráfico com o total de bovinos, caprinos e ovinos do Brasil para o ano de 
2017, sendo contemplados todos os animais, independentemente da aptidão (carne ou leite). O rebanho de 
bovinos equivale a mais de 214 milhões de cabeças, o de ovinos conta com 19 milhões e o de caprino tem 
mais de 11 milhões de cabeças.
A estrutura da criação de animais com aptidão para leite no Brasil ainda apresenta muita heterogeneidade
produtiva, sendo que boa parte dos criadores são de portes pequeno ou médio. Inúmeros são os problemas
observados, desde a capacidade de investimento dos produtores (grande maioria descapitalizado) até a base
genética dos animais produzidos (normalmente a base genética é extremamente rústica, porém com baixa
capacidade produtiva).
No entanto, antes de nos aprofundarmos quanto aos programas propriamente ditos, é necessário discutirmos
algumas estratégias adotadas para auxiliar na tomada de decisão com relação à paraescolha dos reprodutores
introdução nos rebanhos leiteiros. Essa seleção deve ser baseada nos critérios técnicos, devendo-se evitar,
- -4
portanto, escolher animais apenas por seus aspectos visuais, como cor do pelo, tamanho e padrão racial, dando
ênfase ao desempenho médio de suas progênies para as características de maior valor econômico.
Nesse sentido, Gama (2002) nos explica que o criador deve priorizar algumas características em específico,
conforme podemos entender a seguir.
Produtivas
Quantidade de leite produzido, teor de gordura e proteína.
Morfológicas
Conformação de úbere, profundidade do animal, comprimento, largura de garupa, inserção da cauda,
características comumente conhecidas como cunhas leiteiras.
Fisiológicas
Resistência à mastite, temperamento dócil, longevidade, fertilidade, entre outros.
Além dos dados apontados, ainda se faz necessária a utilização de animais provados em programas de
melhoramento genético animal (MGA) e com capacidade prevista de transmissão (PTA ou HTP) estimada.
O principal propósito da PTA é classificar reprodutores em função das características avaliadas. Vamos
entender um pouco mais sobre essa estimativa a partir de um exemplo em bovinos leiteiros: um touro (A) da
raça Holandesa tem uma PTA para produção de proteína de + 5 kg, enquanto outro touro (B), também da raça
Holandesa, tem PTA para proteína de + 15 kg. Nesse caso, como podemos interpretar essas duas PTAs?
Você quer ler?
Os diferentes programas de MGA se baseiam em informações que devem ser precisas e 
confiáveis, para que seja possível escolher os reprodutores e, com isso, promover ganhos 
produtivos. Uma das estratégias adotadas é o , que permite distribuir o teste de progênie
sêmen de um reprodutor em um grande número de fêmeas, avaliando-se o desempenho 
produtivo de seus filhos para validar o mérito genético do referido reprodutor. Diante 
desse assunto, o artigo , de Como são Feitos os Testes de Progênie (Provas de Touros)
Reginaldo Santos e André Bruzzi Corrêa, pode lhe ajudar a compreender melhor sobre 
essa fonte de informação utilizada no processo de seleção. Leia o artigo na íntegra 
clicando no botão abaixo!
Acesse
http://sbmaonline.org.br/anais/iii/palestras/pdfs/iiip26.pdf
- -5
Pensando na PTA do touro A, podemos esperar que suas filhas produzirão, em média, + 5 kg de proteína que
as filhas de touros usados na base genética. Também é possível comparar as PTAs dos dois touros (A e B), da
seguinte maneira: PTA touro B – PTA touro A = 15 – 5 = 10 kg. Assim, analisando as duas PTAs, pode-se
esperar que as filhas do touro B produzam, em média, 10 kg a mais de proteína que as filhas do touro A.
É importante destacar que, para a comparação ser válida, os animais devem ser do mesmo grupo genético,
assim como as filhas avaliadas precisam estar em ambientes produtivos semelhantes. Por fim, salienta-se a
necessidade de avaliar a acurácia de predição dos valores genéticos dos dois touros para aumentar o grau de
confiabilidade dessas estimativas.
Figura 2 - Comparação das PTAs de dois touros da mesma raça Fonte: Elaborada pelo autor, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos ilustrado um exemplo de como podemos interpretar a PTA de dois touros de 
mesma raça para a característica de produção de gordura. Tem-se um touro na parte de cima com PTA (A) = + 
5,0 kg e um touro na parte de baixo com PTA (B) = + 15,0 kg. As filhas de B produzirão, em média, 10 kg de 
proteínaa mais que as filhas de A.
Ainda existem muitas confusões no momento de interpretar a PTA e, principalmente, na sua aplicação. Desse
modo, é preciso lembrar que muitos produtores estão escolhendo seus reprodutores somente a partir dos
valores de PTA, esquecendo-se de que a introdução de material genético melhorador de maneira isolada não
irá resolver o problema produtivo, pois de nada adianta comprar sêmen de um touro melhorador se não
promover adequações no ambiente em que os animais serão produzidos. Melhorias em alimentação, sanidade
e manejo são fundamentais para que o material genético introduzido possa mostrar seu resultado e aumentar a
produtividade na referida propriedade.
Agora, antes de partimos para o próximo item, vamos realizar uma atividade?
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
- -6
Segundo Ferraz e Formigoni (2014, on-line), “[...] a DEP, sigla de diferença esperada na progênie, nada
mais é do que uma estimação de como os futuros descendentes de um determinado reprodutor irão
expressar as características. Em outras palavras, a DEP permite predizer o desempenho produtivo das
progênies de um animal, comparada das demais progênies dos reprodutores, que foram considerados
no programa de avaliação genética, acasalados com vacas semelhantes. Outra maneira de entender o
conceito é considerar a DEP como o valor genético, de um animal transmissível aos seus filhos [...]”.
FERRAZ, J. B. S.; FORMIGONI, I. B. O uso das DEPs na seleção de reprodutores. , [ .], [BeefPoint s. l s.
.]. Disponível em: d https://www.beefpoint.com.br/o-uso-das-deps-na-selecao-de-reprodutores-4733/. Acesso
em: 24 jun. 2021.
Nesse sentido, considerando nossos estudos a respeito do assunto, analise as DEPs de dois touros da
mesma raça:
Touro A: DEP peso ao desmame = + 15 kg. 
Touro B: DEP peso ao desmame = + 10 kg.
Diante dessas informações, podemos afirmar que:
 a. os filhos do touro A desmamarão, em média, com 5 kg a mais que os filhos do touro B.
 b. os filhos do touro A desmamarão, em média, com 15 kg a mais que os filhos do touro B.
 c. os filhos do touro A desmamarão, em média, com 5 kg a menos que os filhos do touro B.
 d. os filhos do touro A desmamarão, em média, com 10 kg a mais que os filhos do touro B.
 e. os filhos do touro A desmamarão, em média, com 15 kg a menos que os filhos do touro B.
Resposta(s) correta(s):
 a. os filhos do touro A desmamarão, em média, com 5 kg a mais que os filhos do touro B.
Retomando nossos estudos, no item a seguir será explicado de modo mais aprofundado sobre os bovinos
leiteiros. Acompanhe o que preparamos!
3.1.1 Bovinos leiteiros
https://www.beefpoint.com.br/o-uso-das-deps-na-selecao-de-reprodutores-4733/
- -7
Quando se fala em bovinos com aptidão leiteira, o criador tem várias opções de raças, como a Jersey, Gir
Leiteiro, Girolando, Holandesa, Simental, Pardo Suíço, entre outras com esse propósito. Apesar disso, deve-se
dar atenção, também, para os objetivos de seleção, levando-se em consideração o mercado consumidor e
sistema de produção em que os animais são manejados, tendo em vista que a produção de leite é fortemente 
 pelas condições ambientais.influenciada
Normalmente, as características trabalhadas nos diferentes programas de MGA têm como objetivo de seleção
o aumento da produção de leite, da porcentagem de gordura (%G), da porcentagem de proteína (%P), dos
sólidos totais, da precocidade sexual, do intervalo entre partos (IP), da longevidade produtiva, da resistência à
mastite, da persistência na lactação e da fertilidade.
O quadro a seguir nos mostra os valores dos coeficientes de herdabilidade e correlações genéticas das
características avaliadas em bovinos leiteiros.
Quadro 1 - Herdabilidade de algumas características em bovinos leiteiros Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.
 #PraCegoVer No quadro, temos 22 linhas e três colunas. Na primeira coluna, encontramos as características, 
as quais estão divididas em de produção, de tipo e outras. Na segunda coluna, temos a herdabilidade. Por fim, 
na terceira coluna, há a correlação genética. Para produção de leite, consideramos herdabilidade de 0,25 e 
correlação de 1. Para produção de gordura, consideramos herdabilidade de 0,25 e correlação de 0,75. Para 
produção de proteína, consideramos herdabilidade de 0,25 e correlação de 0,82. Para sólidos totais, 
consideramos herdabilidade de 0,25 e correlação de 0,92. Para % de gordura, consideramos herdabilidade de 
0,50 e correlação de – 0,40. Para % de proteína, consideramos herdabilidade de 0,50 e correlação de – 0,22. 
Para escore de tipo, consideramos herdabilidade de 0,30 e correlação de – 0,23. Para altura, consideramos 
herdabilidade de 0,40. Para pernas (lateral), consideramos herdabilidade de 0,16. Para ângulo dos pés, 
consideramos herdabilidade de 0,10. Para profundidade de úbere, consideramos herdabilidade de 0,25. Para 
colocação dos tetos, consideramos herdabilidade de 0,20. Para velocidade de ordenha, consideramos 
herdabilidade de 0,11. Para contagem de célula somática**, consideramos herdabilidade de 0,10. Para 
dificuldade de parto, consideramos herdabilidade de 0,05. Para peso ao nascimento, consideramos 
herdabilidade de 0,35. Para dias em aberto, consideramos herdabilidade de 0,05.
- -8
No quadro, podemos notar diferentes valores de coeficientes de herdabilidade em bovinos leiteiros, o que nos
permite observar que aquelas de maior interesse econômico (produção de leite, gordura, proteína e sólidos
totais) apresentam herdabilidades de 25%, sendo classificadas de média magnitude, indicando que
respondem bem ao processo de seleção direta.
Convém mencionar, ainda, algumas informações pertinentes à cadeia produtiva do leite no Brasil. Como já
sabemos, a maior parte dos produtores de bovinos leiteiros no país são classificados como pequenos ou
médios, sendo que a maior parte do leite produzido é feito a partir de pastagens.
A permite produzir leite a baixo custo, porém exige planejamento para os períodos deprodução a pasto
escassez de chuvas no que diz respeito à alimentação. Como o Brasil é um país de clima tropical, existem
diferentes alternativas para alimentar os animais no período seco, como a silagem, o feno ou a utilização de
capineiras e/ou banco de proteínas, incluindo amplas possibilidades de suplementação. Para tanto, é necessário
que os produtores se preparem para essa época do ano, a fim de que o fato não seja um fator limitante à
produção animal.
Figura 3 - Produção a pasto para produzir leite a baixo custo Fonte: Labellepatine, Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de dois bovinos leiteiros se alimentando em um pasto verde. Um 
está mais à frente, à direita, enquanto o outro está mais ao fundo, no centro da foto. Em segundo plano, há um 
celeiro.
Quando se fala em selecionar animais de alta produtividade leiteira, há que se preocupar, também, com o
ambiente produtivo (instalações, manejo sanitário e conforto térmico), pois a produção de leite é fortemente
influenciada pelas condições em que os animais são manejados. Significa dizer que de nada adianta selecionar
e utilizar animais de mérito genético superior se as condições ambientais do local não forem adequadas para
que eles possam expressar todo seu potencial.
Os programas de MGA normalmente optam por selecionar características de produção e percentual de sólidos
totais no leite, porém ainda é possível buscar melhoria em outras características, como saúde do animal,
fertilidade, longevidade produtiva, tipo e conformação leiteira, entre outras.
- -9
Os laticínios brasileiros costumam remunerar os produtores em função da qualidade do produto entregue,
sendo a mais usual a remuneração diferenciada por teor de gordura, volume e qualidade microbiológica
(contagem de células somáticas (CCS) e contagem bacteriana total (CBT)).
Diante desse cenário, Rodriguez-Martinez . (2008) citam que a seleção de características produtivas acabaet al
assumindo maior atençãodos produtores rurais, pois acarretam aumentos consideráveis no faturamento das
empresas rurais. No entanto, deve-se atentar para o fato d que a seleção extrema dessas características pode
levar à perda considerável na eficiência reprodutiva, bem como na diminuição de resistência a doenças.
Afinal, quando se selecionam características produtivas, os animais se tornam mais susceptíveis a doenças e
mudanças ambientais, ou seja, perdem em rusticidade. A respeito do assunto:
Mas qual é a melhor estratégia a ser seguida? Você saberia explicar?
Em uma situação na qual o produtor precisa definir quais objetivos deve utilizar em seu programa de MGA,
existem diferentes possibilidades a serem avaliadas e, posteriormente, sirvam como base na tomada de decisão.
Você o conhece?
Lúcia Galvão de Albuquerque tem graduação em Medicina Veterinária pela 
Universidade de São Paulo (USP) e atualmente é docente da Universidade Estadual 
Paulista, Júlio de Mesquita Filho (UNESP, Campus de Jaboticabal-SP), além de titular 
da disciplina de Melhoramento Genético Animal do curso de Ciências Agrárias. 
Trabalha com o melhoramento de bovinos de corte e leiteiros, atuando, principalmente, 
nos seguintes temas: estimação de parâmetros genéticos, modelos de regressão aleatória 
e critérios de seleção para precocidade sexual. Vale realizar uma pesquisa sobre essa 
personalidade!
[...] em termos de características produtivas, parcela considerável dos produtores brasileiros dá ênfase no
melhoramento genético para produção de leite, relegando para um segundo plano os componentes do
leite gordura e proteína. Este fato está relacionado às peculiaridades do mercado de leite no Brasil, no
qual historicamente muitas indústrias de laticínios não remuneram adequadamente pela composição do
leite. Além disso, o sêmen de touros com baixo valor genético para sólidos do leite apresenta
normalmente preço inferior devido à sua menor utilização nos países de pecuária leiteira desenvolvida
[...]. (THALER NETO, 2014, on-line)
- -10
Antes de seguirmos com nossos estudos e identificarmos a melhor estratégia de MGA, vamos realizar uma
atividade? Acompanhe a proposta na sequência e responda à questão com base nos conhecimentos adquiridos
até o momento!
Leia o trecho na sequência.
“A genética é o pilar de tudo. Não adianta o produtor se preparar com as melhores instalações,
condições sanitárias, alimentação e mão de obra e não pensar na genética. [...] o melhoramento genético
do rebanho é um projeto contínuo e de longo prazo, sendo necessário que o produtor tenha em mente
seus objetivos de forma clara e trabalhe neles com constância […] então não podemos trabalhar
pensando só no agora [...]”.
MELHORAMENTO genético: iniciando no leite. , [ .], 17 dez. 2020. Disponível em: MilkPoint s. l
https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/melhoramento-genetico-iniciando-no-leite-223313/.
Acesso em: 24 jun. 2021.
De acordo com o conteúdo sobre a seleção de vacas para aumentar a produção de leite nos rebanhos,
podemos considerar:
I. elevada produção de leite;
II. elevada produção de gordura;
III. baixa persistência de lactação;
IV. baixa capacidade cardiorrespiratória;
V. precocidade reprodutiva.
Está correto o que se afirma em:
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/melhoramento-genetico-iniciando-no-leite-223313/
- -11
 a. I, II e V.
 b. I, II e III.
 c. II, III e IV.
 d. I, IV e V.
 e. III, IV e V.
Resposta(s) correta(s):
 a. I, II e V.
No quadro a seguir, é possível analisar que existem características que variam em sentidos contrários quando
consideradas de maneira simultânea em programas de MGA, como a seleção para aumentar a quantidade de
leite, % de gordura e % de proteína do leite produzido pelas vacas do rebanho. Isso ocorre devido à pleiotropia
, sendo a principal causa de correlação genética entre as características. Nesse caso, é observada uma
associação entre as particularidades na qual a variação ocorre em sentidos contrários, com correlação negativa.
O fato torna evidente a importância de entendermos o comportamento das características consideradas em
programas de MGA, as quais devem ser pautadas em sua relevância econômica no contexto produtivo.
Quadro 2 - Mudanças esperadas na composição do leite por diferentes critérios de seleção Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.
 #PraCegoVer No quadro, temos oito linhas e seis colunas. Na primeira coluna, encontramos o critério de 
seleção do touro (produção de leite, gordura e proteína, % de gordura e % de proteína). Nas demais colunas, 
temos a resposta esperada nas filhas desse touro selecionado. Em resumo, +++++ é ganho máximo, 0 é 
indiferente e ----- é perda máxima.
A partir dos dados analisados, podemos concluir que a estratégia adotada por parte dos produtores rurais do
Brasil (selecionar para aumento no volume de leite) interfere de maneira negativa nos valores de porcentagem
de gordura (%G). Assim, o produtor rural precisa escolher qual das características é mais importante em
termos econômicos: produção de leite ou % de gordura e/ou % de proteína do leite? A seleção para aumentar
uma implicará na redução das demais características.
Entretanto, ainda sobre esse aspecto, vale destacar que a seleção para sólidos totais não interfere de maneira
direta na porcentagem de gordura (%G), sendo considerada nula (0).
- -12
Certamente os produtores se perguntam: qual caminho devo seguir para obter o tão sonhado progresso
genético a partir da adoção do programa de melhoramento genético animal em minha propriedade?
A questão é complexa e se faz necessário um planejamento antes de iniciar com os animais, levando
em consideração todas as demandas para que se obtenha sucesso, pois, infelizmente, grande parte dos
produtores ainda acredita que a simples compra de material genético (sêmen ou embriões) resolve o
problema produtivo de sua propriedade.
Na bovinocultura leiteira, além dos aspectos listados anteriormente, como a escolha de características
produtivas, morfológicas e fisiológicas, a será, em breve, uma realidade viável para a maioria dosgenômica
produtores rurais. Segundo pesquisadores da Embrapa Gado de Leite, o Programa Clarifide Girolando é
voltado para a raça bovina Girolando, de grande expressão no Brasil, tendo em vista que os animais são
amplamente criados no país (SILVA, 2018).
No próximo quadro, podemos analisar as diferenças entre as duas maneiras de selecionar reprodutores leiteiros
(MGA tradicional e MGA por avaliação genômica). Entre os benefícios da seleção genômica, destacam-se a
redução dos custos e rapidez na determinação de animais geneticamente superiores.
Quadro 3 - Melhoramento genético tradicional x seleção genômica Fonte: Elaborado pelo autor, 2021.
 #PraCegoVer No quadro, temos oito linhas e duas colunas indicando as diferenças entre melhoramento 
genético tradicional e seleção genômica. Na primeira coluna, encontramos as características do melhoramento 
tradicional (selecionam-se os animais que se acredita serem bons, coletam-se dados produtivos dos animais, os 
touros são submetidos ao teste de progênie, faz-se a avaliação das filhas dos reprodutores com base na 
produtividade após a primeira lactação, há publicação da avaliação dos touros nos sumários da raça e o tempo 
[...] o Clarifide é resultado de seis anos de pesquisas em genômica, genética molecular e bioinformática.
Reunimos o que há de mais avançado nos conhecimentos de genoma e sistemas computacionais para
avaliar as informações provenientes de um chip com centenas de milhares de dados relacionados ao DNA
bovino. (SILVA, 2018, on-line)
- -13
de avaliação dura, no mínimo, de quatro a cinco anos). Já na segunda coluna temos as características da 
avaliação genômica (selecionam-se os animais que se acredita serem bons, coleta-se material genético 
(sangue, sêmen ou embrião), o produtor recebe o valor genômico do animal e o tempo de avaliaçãodura 
alguns meses).
No quadro, podemos identificar que o MGA tradicional demanda etapas extras, como a escolha dos animais
que acreditam ser superiores, os quais são submetidos a coleta de dados (produtivos e reprodutivos) e,
posteriormente, são colocados em um teste de progênie para avaliar sua superioridade em relação aos seus
contemporâneos. Além disso, convém lembrar que os animais somente serão validados após a análise dos
dados de suas filhas.
Ainda é possível concluir que, a partir da , o processo de seleção se torna mais rápido. Éavaliação genômica
necessário apenas o envio do material genético daqueles animais que o produtor julga ser superiores. Depois,
o material será analisado, e o criador receberá o valor genômico desses indivíduos, tendo a opção de utilizar
ou não os animais em seu rebanho.
Esse tipo de seleção (genômica) permite que o produtor possa selecionar animais extremamente jovens, em
alguns casos até antes de seu nascimento (material coletado do embrião). Dessa maneira, é possível estimar se
o animal é portador das características (genes) desejáveis para determinadas particularidades de interesse
econômico. Ademais, o procedimento economiza o tempo de avaliação dos animais, pois permite a seleção
daqueles mais jovens, promovendo redução no intervalo entre gerações, nos custos com manutenção de
reprodutores, além de aumentar o progresso genético.
3.1.2 Caprinos e ovinos leiteiros
A criação de pequenos ruminantes no Brasil aumentou nos últimos anos devido ao maior interesse dos
criadores de caprinos e ovinos em atender ao mercado “ ”, tendo a possibilidade de disponibilizar aosgourmet
consumidores uma carne diferenciada. Nota-se, também, um aumento na procura de derivados lácteos
oriundos dessas espécies, justamente para atender a um nicho de mercado bastante promissor. Esses fatores,
sem dúvidas, foram os maiores responsáveis pelos novos empreendimentos e investimentos em tecnificação,
tanto na caprinocultura quanto na ovinocultura brasileira.
A brasileira está entre as criações que apresentam características peculiares, concentrandocaprinocultura
mais de 90% do efetivo rebanho localizado na região do nordeste, sendo as mesmas produzidas em sistemas
com baixo nível tecnológico, fato que dificulta a oferta de produtos de qualidade, de acordo com a exigência
do mercado consumidor.
- -14
Figura 4 - Caprinocultura em terras brasileiras Fonte: gali estrange, Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de um filhote de caprino se alimentando do leite materno de sua 
mãe. Esta aparece apenas parcialmente. Há, em segundo plano, outros caprinos, também pouco visíveis.
Com relação à caprinocultura leiteira, a Embrapa Caprinos e Ovinos implementou, no ano de 2005, seu
programa de melhoramento genético de caprinos leiteiros (CAPRAGENE), a partir do qual busca
desenvolver a produção de leite na caatinga por meio da identificação de reprodutores geneticamente
superiores para as características de volume e qualidade (PROGRAMA…, [s. d.]a).
A Embrapa utiliza o controle leiteiro, além do teste de progênie, para identificar animais que sejam superiores
em relação à média produzida pelo rebanho controle. O CAPRAGENE publica periodicamente um sumário
contendo as informações das avaliações genéticas dos animais para servir de referência na tomada de decisão
dos criadores.
O teste de progênie realizado no programa objetiva avaliar reprodutores caprinos por meio da análise do
desempenho de suas filhas (produção de leite), sendo uma ferramenta extremamente segura e confiável para
estimar a capacidade de transmissão de determinada característica dos pais para suas filhas.
A caprinocultura leiteira, no Brasil, é composta, basicamente, por pequenos e micro produtores. É classificada
como agricultura familiar ou de subsistência, de acordo com a região brasileira, caracterizada pela adoção de
programas sociais, pois gera renda familiar e auxilia no processo de fixação do ser humano no campo.
Você sabia?
A Embrapa Caprinos e Ovinos, localizada no semiárido brasileiro, implementou no ano 
de 2005 seu programa de melhoramento genético denominado CAPRAGENE, voltado 
para a seleção de caprinos leiteiros, cujo objetivo principal é selecionar animais 
superiores para a melhoria do rebanho caprino. Maiores informações podem ser 
encontradas em: .http://srvgen.cnpc.embrapa.br/pmgcl/
http://srvgen.cnpc.embrapa.br/pmgcl/
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A produção de leite de cabra no Brasil representa pouco mais de 1% da produção mundial, sendo que mais de
90% das cabras estão na região nordeste e norte do Brasil, criadas em sistemas extensivos (IBGE, 2017).
A produção anual de leite de cabra é de aproximadamente 25 milhões de litros, com crescimento de mais de
16% entre os anos de 2006 e 2017 (IBGE, 2017).
Em teoria, o CAPRAGENE permite que qualquer produtor faça o cadastro no programa. Na prática, o
produtor recebe uma visita dos técnicos em sua propriedade para a coleta de informações e início do controle
leiteiro. Posteriormente, a propriedade passa a receber dados de suas cabras para análise e seleção. Os
produtores recebem, também, orientações sobre direcionamentos dos seus acasalamentos com o objetivo de
elevar seus ganhos genéticos e de produtividade (PROGRAMA…, [ ]a).s. d.
Já a no Brasil se encontra muito reduzida. Pode-se dizer que está quase em uma faseovinocultura leiteira
embrionária quando comparada à mesma exploração nos países europeus. No entanto, ainda é vista como uma
excelente oportunidade de investimento e nicho de mercado bastante promissor.
As propriedades que se dedicam à exploração da ovinocultura leiteira no país não chegam nem a 20 no total.
No entanto, os estados do sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) concentram a maioria dos
produtores de leite do Brasil, sendo a raça Lacaune, de origem francesa, aquela de maior interesse por parte
dos criadores devido à sua aptidão leiteira.
Figura 5 - Ovinocultura em terras brasileiras Fonte: Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de um grupo de ovelhas olhando para a câmera. Duas estão mais 
próximas, com pouca pelagem. Já outras três estão mais atrás, com mais pelagem. Ao fundo, pode-se observar 
a vegetação.
Os principais desafios da ovinocultura brasileira para a produção de leite em escala podem ser melhor
compreendidos com o recurso a seguir. Acompanhe!
De ordem produtiva
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A maioria dos ovinos produzidos no país acaba sendo utilizada para a produção de carne.
De ordem técnica
Mediante a falta de conhecimento nos sistemas leiteiros de produção de ovelhas.
De ordem genética 
A maioria dos ovinos manejados no país tem aptidão para o corte, ou seja, para a produção de carne.
Tais fatos torna necessário um programa de seleção genética mais efetivo para animais com aptidão leiteira,
levando-se em consideração as condições brasileiras de produção. Significa dizer que não basta importar o
material genético da Europa, pois os animais precisam estar aclimatados ao ambiente tropical, além de
adaptados ao sistema de produção para que possam expressar todo o seu potencial genético.
3.2 Melhoramento aplicado à pecuária: gado de corte
A pecuária de corte, no Brasil, é considerada uma das maiores do mundo. Atualmente, o país possui mais de
214 milhões de cabeça, sendo que a maioria dos animais produzidos é destinado à produção de carne.
Desde o ano de 2005, o país se consolidou como um dos maiores produtores e exportadores de carne bovina
do mundo, sendo o segundo maior produtor, perdendo apenas para os Estados Unidos, liderando o ranking
mundial de exportação dessa proteína (CNA, 2020).
3.2.1 Bovinos de corte
Cerca de uma em cada nove pessoas no mundo não tem comida para se manter alimentado. As projeções de
crescimento populacional apontam para que, em 2050, tenhamos mais de 9,5 bilhões de pessoas no planeta, o
que eleva a demanda por alimentos. No entanto, a expansão de áreas agricultáveis está limitada a poucos
países,localizados, principalmente, na América Latina e África (THE STATE…, 2015). Na América Latina, o
Brasil se mantém como um grande produtor de alimentos (origem vegetal e animal), apresentando potencial
para aumentar a oferta dessas proteínas.
VAMOS PRATICAR?
Que tal praticar o conhecimento obtido até aqui? Realize uma pesquisa sobre as 
principais biotecnologias utilizadas no melhoramento genético de bovinos leiteiros. Em 
seguida, elabore um texto de, no máximo, uma página, explicando os achados de sua 
pesquisa. Ao final, compartilhe com seus colegas e debata sobre o tema!
- -17
A produção brasileira de carne é feita a partir de pastagens tropicais. Dados de pesquisa apontam que mais de
85% dos animais abatidos no país foram manejados estritamente sob pastejo. No aspecto produtivo, existe
tecnologia (nutricional, sanitária e de manejos em geral) que permite antecipar a idade de abate dos animais
dos atuais 48 meses de vida para algo em torno de 30 meses de idade.
A demanda por alimentos impacta de maneira direta todo o sistema agroindustrial da carne brasileira, exigindo
adequações produtivas a cada safra. O melhoramento genético animal, juntamente com boas práticas
produtivas e ambientais, vem permitindo ganhos em eficiência, atendendo parte das demandas geradas pelo
crescimento populacional.
O melhoramento dos sistemas de produção pode ser obtido a partir de mudanças de ordem ambiental
(alterando alimentação, sanidade e utilizando técnicas reprodutivas melhores e mais modernas) e genética.
Você quer ler?
A diferença esperada na progênie (DEP) é uma estimativa importante para os programas 
de MGA em pecuária de corte, permitindo que os produtores possam escolher os 
animais que contribuem com a melhoria das características produtivas nos rebanhos. 
Nesse contexto, artigo , de José Bento S. O Uso das DEPs na Seleção de Reprodutores
Ferraz e Ivan Borba Formigoni, aborda aspectos importantes na escolha de animais a 
partir de suas DEPs. O texto pode ser encontrado na íntegra clicando no botão abaixo. 
Vale conferir!
Acesse
Você quer ver?
A pecuária de corte é de suma importância para o agronegócio brasileiro, afinal, o Brasil 
é, atualmente, o maior exportador de carne bovina do mundo. Isso se deve, 
principalmente, pela melhoria dos sistemas de produção, mediante a adoção de práticas 
de bem-estar animal, instalações mais adequadas de acordo com a fase de crescimento e 
desenvolvimento dos bovinos de corte, investimento em genética, além dos manejos 
reprodutivos, nutricional e sanitário mais eficientes. O pesquisador da Embrapa Gado de 
Cortecomenta sobre o melhoramento genético adotado na pecuária de corte em dois 
vídeos bem interessantes. Clique nos botões abaixo para se aprofundar no assunto!
Acesse
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https://www.beefpoint.com.br/o-uso-das-deps-na-selecao-de-reprodutores-4733/
https://www.youtube.com/watch?v=Qw4S_Yzguac
https://www.youtube.com/watch?v=3G6uJCUnfXo
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Queiroz (2012) cita que o melhoramento do ambiente produtivo normalmente é rápido e de elevado custo,
porém o MGA é um investimento a longo prazo, considerado mais eficiente.
Convém destacar que parte dos produtores rurais não tem acesso ao MG, em especial pela falta de recursos
financeiros necessários tanto para as adaptações ambientais quanto para a aquisição do componente genético
propriamente dito.
De qualquer modo, como nos demais programas de MGA, na pecuária de corte, busca-se selecionar
características de maior interesse econômico. Dessa forma, destaca-se de maior importância econômica:
Peso ao desmame (PD)
Medida aos 205 dias de idade do animal, a qual serve de parâmetro para avaliar a genética do bezerro, bem
como os efeitos maternos (ajuda na estimativa da habilidade materna).
Ganho de peso aos 345 dias (GP)
Medida que evidencia a capacidade que o animal tem de ganhar peso, permitindo identificar animais com
precocidade de terminação.
Idade ao primeiro parto (IPP)
Medida nas fêmeas que indica a precocidade reprodutiva. Dentro da maioria dos programas de MGA, é de
suma importância para reduzir o intervalo entre gerações, potencializando o progresso genético.
Circunferência escrotal (CE)
Avaliada nos machos a partir da idade ao sobreano. A característica tem correlação genética positiva em
relação ao crescimento dos filhos do reprodutor. Animais com maior circunferência escrotal produzem filhas
mais precoces e filhos que produzem espermatozoides em idade reduzida.
Ganho de peso (GP)
Característica muito valorizada na bovinocultura de corte, pois animais que apresentam velocidade de
crescimento normalmente precisam de menos dias para atingir o peso de abate, bem como o peso para entrada
em reprodução.
O Programa de MGA de gado de corte objetiva a melhoria no componente genético, porém, como nos demais
programas, é fundamental lembrar que a melhoria ambiental deve ocorrer concomitantemente.
De maneira bem simplificada, um programa de melhoramento genético em bovinos de corte deve atender às
seguintes etapas:
Definição de objetivos de seleção
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Os produtores devem se atentar para a etapa de objetivos, pois, a partir daí, toda a estratégia do programa será
definida. Convém salientar que os objetivos devem levar em consideração as tendências de mercado, visto que
o MGA deve atender às expectativas dos consumidores de carne, como maciez, suculência, palatabilidade; e o
sistema de produção em que os animais serão manejados.
Definição das ferramentas do MGA
Os produtores, em conjunto com a equipe técnica, devem identificar quais ferramentas precisam ser
implementadas. A etapa permite elaborar os parâmetros coletados nos animais, como as medidas de
desempenho ponderal (peso de nascimento, peso de desmame, peso ao sobreano, ganho de peso, entre outras),
observação visual (padrão racial, proporções e aprumos) e medidas avançadas (estimativas de conversão
alimentar, ultrassom e marmoreio).
Definição dos critérios de seleção e descarte para progenitores e progênies
O estabelecimento de um padrão de aceitabilidade nos níveis produtivos e reprodutivos é muito importante,
pois, a partir desses critérios, será realizada a escolha dos futuros reprodutores e o descarte de animais que não
se enquadram. Esses critérios devem estar alinhados aos objetivos de seleção.
Separação dos grupos contemporâneos
Importante separar os animais por época de nascimento para que as comparações possam ser realizadas de
maneira correta. É válido salientar que as comparações devem ser feitas somente entre animais que pertencem
ao mesmo grupo genético e que foram criados em sistema idênticos, eliminando o efeito de ambiente.
Avaliação genética dos animais
É possível estimar o valor genético dos animais sob seleção. Na criação de gado de corte (bovinos, caprinos e
ovinos), essa avaliação é indicada pela DEP (diferença esperada na progênie) e publicada nos sumários de
touros de cada programa.
Acasalamentos
Após a escolha dos futuros reprodutores da geração seguinte, deve-se estabelecer a estação de monta,
lembrando que o controle dos animais continua se fazendo importante, devendo-se evitar acasalamentos
endogâmicos.
E quanto ao melhoramento de caprinos e ovinos de corte? Será que as particularidades aqui estudadas são as
mesmas para esses grupos de animais? Vamos descobrir com a leitura do próximo item. Confira o conteúdo!
3.2.2 Melhoramento caprinos e ovinos de corte
- -20
Assim como para as outras espécies de interesse econômico, os caprinos e ovinos de corte apresentam
peculiaridades que devem ser levadas em consideração ao se pleitear a implantação de melhoria genética para
as espécies, como o fato de que grande parte do efetivo rebanho se encontra no nordeste brasileiro, uma região
de clima muito seco (caatinga) e sistemas de produção caracterizados pelo baixo emprego de tecnologia
(SILVA . 2020).et al
O rebanho de caprinos e ovinos no Brasil é caracterizado por apresentar como principal característica a 
, ou seja, animais muito adaptadosà presença de ecto e endoparasitas, tolerância a elevadasrusticidade
temperaturas e pastagens nativas; e (baixo ganho de peso, elevadas taxas debaixa capacidade produtiva
mortalidade, baixa taxa de fertilidade, baixo rendimento de carcaça, pouca marmorização, entre outras), o que
torna desafiador a implementação de melhoramento genético animal nessas espécies.
Figura 6 - Caprinocultura para corte Fonte: Goyo Romero, Shutterstock, 2021.
 #PraCegoVer Na figura, temos a fotografia de uma cabra de pelagem clara olhando para a câmera. Ela tem 
uma identificação amarela em sua orelha esquerda. Ao fundo, pode-se observar outras cabras desfocadas.
Ainda existem diferenças nos sistemas de produção brasileiro, sendo que a maioria dos animais criados no
nordeste provém da chamada pecuária de subsistência, com baixo empego de tecnologia e fornecimento de
carcaças de baixa qualidade.
Já os animais produzidos nas regiões sul e sudeste se apresentam inseridos em sistemas semi-intensivos ou
, com a utilização raças melhoradas geneticamente, normalmente exóticas, produzindo carcaçasintensivos
com melhor acabamento e rendimento, direcionados para um consumidor mais exigente (mercado )gourmet
possibilitando melhor remuneração e gerando mais estímulos aos criadores.
De maneira geral, as preocupações descritas nos programas de melhoramento genético de bovinos de corte
devem ser seguidas na seleção de caprinos e ovinos, ou seja, os critérios de seleção de machos e fêmeas
devem ser implementados da mesma forma e com o mesmo rigor, porém levando em consideração que o
ambiente produtivo será diferente, o que impacta nos resultados finais.
- -21
O Brasil pode-se beneficiar da crescente demanda por carne de pequenos ruminantes, tanto no mercado
interno quanto no externo, bastando se atentar à necessidade de melhoria na qualidade do produto ofertado.
A Embrapa Caprinos e Ovinos iniciou, no ano de 2005, o programa de melhoramento genético de caprinos e
ovinos de corte ( ), que busca assegurar aos criadores animais provados, que possam melhorar aGENECOC
cadeia da carne e pele das duas espécies. O sistema de gerenciamento de rebanho (SGR) permite que qualquer
produtor possa se cadastrar ao programa e fazer a gestão das informações de seus animais a partir de um
software com linguagem simplificada, alimentando um banco de dados PostigreSQL (banco de dados livre).
A Embrapa, a partir de seus pesquisadores, estima a DEP dos animais cadastrados no GENECOC,
disponibilizando aos criadores orientações de como proceder com a escolha de futuros reprodutores, pensando
em melhorias nos rebanhos locais (PROGRAMA…, [ .]b).s. d
Estudo de Caso
A Associação Brasileira de Criadores de Dorper (ABCDorper) implementou, no Ceará, 
uma parceria com criadores das raças Dorper e White Dorper para o melhoramento 
genético utilizando reprodutores puros em rebanhos comerciais de ovinos (geralmente 
cruzados de Santa Inês).
Na região, os animais normalmente são criados em sistemas extensivos, o que acarreta 
abate tardio e com baixa qualidade de carne. Assim, o criador Manoel Carlos, 
proprietário da Dorper Cauípe, localizada no município de Caucáia (CE), desenvolveu 
um sistema semi-intensivo em que os animais são mantidos na caatinga e suplementados 
com ração concentrada, produzindo animais precoces e com ótima cobertura de gordura, 
classificados como cordeiros. Os abates ocorrem em um frigorífico credenciado com 
Serviço de Inspeção Estadual.
O produtor recebe em torno de R$ 7,00 a R$ 8,00 pelo quilo vivo, nada menos que o 
dobro da média paga aos demais produtores que insistem em produzir animais não 
melhorados. A explicação está na qualidade ofertada de carne, com grau de acabamento 
muito bom, o que permite ao frigorífico atender mercados mais exigentes e que 
remuneram melhor pelo quilo de carne de cordeiro.
[...] as tendências para o mercado ovinos e caprinos são promissoras, a demanda de carne nos países em
desenvolvimento vem sendo impulsionada pelo crescimento demográfico, pela urbanização e pelas
variações das preferências e dos hábitos alimentares dos consumidores. Dessa forma, estima-se um
crescimento anual de 2,1% na produção de carne ovinacaprina, registrando-se essa elevação
principalmente em países em desenvolvimento [...]. (SILVA ., 2020, p. 4)et al
- -22
O mercado de carnes caprinas e ovinas se encontra em expansão, tendo em vista a crescente demanda por
carnes rotuladas como “exóticas” e que, até pouco tempo, eram pouco conhecidas por parte do público
consumidor. A crescente do mercado de carnes, associada à busca por produtos de qualidade,gourmetização
vêm permitindo que programas de MG ofertem produtos diferenciados e com valor agregado, estimulando
maior participação dos criadores.
VAMOS PRATICAR?
Para finalizarmos, realize uma pesquisa sobre as características que são mais 
selecionadas na ovinocultura de corte e, em seguida, elabore um texto de, no máximo, 
uma página, explanando suas conclusões. Depois, compartilhe os achados com seus 
colegas e faça um debate a respeito do assunto!
- -23
Conclusão
Chegamos ao fim do material. Aqui, você teve a oportunidade de aprender sobre o MGA aplicado a gado
leiteiro e de corte, com ênfase em bovinos, caprinos e ovinos. Foi possível evidenciar a importância de
implementar os programas de MGA para que cada cadeia produtiva continue a oferecer produtos de qualidade
e atender à crescente demanda dos consumidores por alimentos acima da média.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• aprender sobre o melhoramento genético em bovinos, caprinos e ovinos com aptidão leiteira;
• compreender quanto ao melhoramento genético em bovinos, caprinos e ovinos com aptidão para o 
corte;
• analisar as características que podem ser melhoradas em todos os programas apresentados.
•
•
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Referências
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Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-
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2019. 1 vídeo (10 min). Publicado pelo canal Pecuária em Foco. Disponível em: https://www.youtube.com
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http://www.fao.org/publications/sofi/en
	Introdução
	3.1 Melhoramento aplicado à pecuária: gado leiteiro
	Correto!
	Incorreto!
	3.1.1 Bovinos leiteiros
	Correto!
	Incorreto!
	3.1.2 Caprinos e ovinos leiteiros
	3.2 Melhoramento aplicado à pecuária: gado de corte
	3.2.1 Bovinos de corte
	Peso ao desmame (PD)
	Ganho de peso aos 345 dias (GP)
	Idade ao primeiro parto (IPP)
	Circunferência escrotal (CE)
	Ganho de peso (GP)
	3.2.2 Melhoramento caprinos e ovinos de corte
	Conclusão
	Referências
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