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PROSTITUIÇÃO INFANTIL NO BRASIL: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS
Elizeu Ramos Feitosa1
RESUMO: Este artigo tem como objetivo analisar as causas e consequências da 
prostituição infantil no Brasil, e apontar possíveis soluções para esse problema que 
assola e denigre nosso país.
Palavras Chave: Prostituição Infantil, Pobreza, Crianças, Adolescentes
1. INTRODUÇÃO
A prostituição infantil é um problema socioeconômico e está presente em 
todas as partes do país, suas causas são variadas, mas frequentemente estão 
ligadas a situação de pobreza e/ou abandono, aliados à impunidade dos adultos 
pedófilos que procuram (e pagam) por esse tipo de “divertimento”. Esses e outros 
fatores têm alimentado esse “mercado” desde tempos imemoriais. Registros 
históricos mostram que a prostituição infantil era fato natural em diversas culturas do 
passado. Na Grécia antiga os prostíbulos eram legalizados e era comum 
adolescentes (meninos e meninas) trabalharem com prostitutos. Depois que o 
cristianismo dominou o mundo ocidental, o fato acabou se tornando mais discreto, 
mas mesmo assim era comum crianças e adolescente se prostituírem em troca de 
comida.
Nos últimos anos a prostituição infantil tem gerado um “negócio” 
conhecido como turismo sexual, onde pedófilos do mundo todo visitam cidades 
turísticas simplesmente a procura de garotas e garotos com idade entre 9 e 17 anos 
para prática de sexo e movimentam milhões de dólares por ano, o que acaba 
levando empresários (da rede hoteleira e turismo em geral) a apoiarem esse tipo de 
prática reprovável.
Esse fato gera um outro tipo de crime, conhecido como Exploração sexual 
de Crianças e Adolescentes, que apesar de frequentemente confundido com a 
prostituição infantil, são fatores diferentes, mesmo que interligados. Normalmente a 
exploração parte de aliciadores (muitas vezes os próprios pais) que exploram a 
prostituição de crianças e adolescentes. Já a prostituição propriamente dita, parte 
1 Discente do 1º ano do curso de Direito da UNIPAR – Universidade Paranaense – Campus Guaíra - PR
1
diretamente da criança ou adolescente, sem a intermediação de aliciadores. É dessa 
última que tratemos nesse artigo.
2. CAUSAS
As principais causas da Prostituição Infantil no Brasil são a pobreza e os 
fatores derivantes dela: famílias mal estruturadas, miséria extrema, falta de acesso à 
educação, uso de drogas ou ainda consumismo exagerado. Analisaremos cada caso 
em particular e suas possíveis soluções:
2.1 FAMÍLIA
É onde geralmente tudo começa. Pais usuários de drogas, agressivos, 
bêbados ou mães prostitutas tendem a influenciar negativamente seus filhos e 
muitas vezes a criança ou adolescente, na tentativa de se ver livre de opressão e de 
maus tratos, acaba indo para a rua onde a falta de oportunidades, fome ou influência 
de outras crianças, acaba por levá-las à prostituição.
2.2 MISÉRIA
É talvez, o fator principal, obrigando crianças e adolescentes a se 
prostituírem em troco de comida ou quantias irrisórias, para se manterem ou 
ajudarem no sustento da família. É mais comum nas cidades pequenas e isoladas 
do Nordeste do país, geralmente em rodovias e/ou postos de gasolina, onde 
caminhoneiros e viajantes exploram a situação financeira precária dos menores.
2.3 EDUCAÇÃO
Apesar de confirmado que crianças e adolescentes instruídos também 
caem na prostituição, é fato constatado que a maioria são crianças com 
pouquíssimo grau escolar, ou analfabetas, que por não terem conhecimento das 
consequências, acabam se sujeitando a esse tipo de situação. 
2.4 DROGAS
2
Outro fator alarmante. Este, porém, é mais comum nas grandes cidades, 
onde menores, geralmente meninas, se prostituem nas ruas simplesmente para 
manterem o vício. São geralmente filhas de pais também drogados ou moradores de 
rua, e vêem na prostituição uma forma de serem auto-suficientes e manterem o 
vício.
2.5 CONSUMISMO
Este fator é mais recente e atinge geralmente menores de posição social 
um pouco superior, que vítimas do sistema capitalista e consumista imposto a todos, 
se deixam seduzir pelo dinheiro fácil e rápido, para assim, manterem um padrão e 
uma aparência em meio à sociedade que os rodeia. São geralmente meninas que 
querem um sapato da moda, uma bolsa de marca ou aparelhos eletrônicos em 
evidência como celulares, notebooks, iPods, etc.
3. CONSEQUÊNCIAS
As consequências são, em sua grande maioria, mais graves para os 
menores, que podem apresentar transtornos psíquicos como: baixa auto-estima, 
fadiga, confusão de identidade, ansiedade generalizada, medo de morrer, uso de 
drogas; e orgânicos como atraso no desenvolvimento e problemas na garganta. 
Além da degradação moral, risco de DSTs e contaminação pelo vírus da AIDS, já 
que, por estarem em uma situação de inferioridade, não podem exigir de seus 
parceiro o uso de preservativos.
4. POSSÍVEIS SOLUÇÕES
Não é fácil encontrar um solução em curto prazo para o problema da 
prostituição infantil. Leis mais rígidas contra os abusadores, educação de qualidade 
e acessível a todos, políticas de combate e prevenção às drogas, programas sociais 
de auxílio ás famílias de baixa renda, conscientização do problema através de 
campanhas e propagandas; são alguns exemplos do que pode ser feito para aplacar 
esse mal que atinge e denigre a sociedade em nosso tempo.
3
5. RESPONSABILIDADE
Através da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990 foi criado o ECA (Estatuto 
da Criança e do Adolescente) com o objetivo principal de proteger a integridade de 
crianças. E em seu artigo 4° dispõe a responsabilidade sobre a criança e 
adolescente:
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do 
poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos 
direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, 
ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância 
pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas 
com a proteção à infância e à juventude.
CONCLUSÃO
Vimos através de artigo que a prostituição infantil é, ainda, um problema 
sem solução no Brasil e no Mundo. Por ser um negócio excessivamente rentável 
(terceiro no comércio mundial), só perdendo para o tráfico de drogas e armas e 
pelas condições precárias em que vive grande parte da população, aliado a falta de 
educação e cultura, é improvável que vejamos o fim desse problema em nosso 
tempo, porém de nada adianta fecharmos os olhos diante deste quadro 
socioeconômico deteriorado. É urgente que os operadores do direito, tomem postura 
relevante frente a essa situação e façam valer o que determina os artigos 19 e 22 do 
ECA.
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado 
no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, 
4
assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da 
presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. 
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos 
filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de 
cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei N° 8.069, de 1990. Brasília: 
Senado Federal, 2002.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prostitui%C3%A7%C3%A3o_na_Gr%C3%A9cia_Antiga. 
Acesso em: 08/09/2011
http://www.revelacaoonline.uniube.br/a2002/cidade/prostituicao.htmlAcesso em: 
07/09/2011
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