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A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros 09. Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil 10. O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro 11. A importância das campanhas de vacinação no Brasil 12. O problema da alienação parental no Brasil 13. O poder de transformação social do esporte no Brasil 14. Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros 15. HIV: um desafio para a saúde pública e para a sociedade 16. Os obstáculos para a democratização do saneamento básico no Brasil 17. Desafios da adoção no Brasil 18. Os obstáculos para a doação de sangue no Brasil 19. O papel da família na educação de crianças e de adolescentes no Brasil 20. A importância do trabalho voluntário em momentos de crise 21. O problema da ansiedade entre os jovens 22 Alternativas para combater a pirataria entre os brasileiros 23. O advento das informações falsas no Brasil contemporâneo 24. Os desafios da gestão do lixo no Brasil 25. Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer 26. O problema da cultura de transgressão às leis no Brasil 27. O problema do esgotamento profissional em questão no Brasil 28. As dificuldades de inclusão do idoso no mercado de trabalho 29. Os desafios para os profissionais das futuras gerações no Brasil 30. A importância da prática de atividades físicas para a saúde do brasileiro 31. Os desafios do deslocamento nas cidades em questão no Brasil 32. Por que o preconceito linguístico é um paradoxo no Brasil? 33. A perpetuação da cultura do "bullying" nas escolas brasileiras TEMA - A importância do combate aos maus-tratos aos animais A Declaração Universal dos Direitos dos Animais – promulgada em 1978 pela ONU — assegura às espécies domésticas e silvestres o tratamento com dignidade e respeito. Entretanto, os frequentes casos de exploração impedem que lhes sejam assegurados esses direitos na prática. Com efeito, não é razoável que, mesmo a sociedade civil brasileira persista em negar direitos civis aos animais. Diante desse cenário, os maus tratos vão de encontro à legislação nacional e internacional. A esse respeito, em 1961, o então presidente Jânio Quadros promulgou a lei que proíbe expressamente o desenvolvimento de competições baseadas na mutilação e na morte de galos, cachorros, pássaros — conhecidas como rinhas. Entretanto, mesmo após a vigência da lei de Jânio, ainda existem no país locais que utilizam animais para a diversão humana e os submetem a condições degradantes, o que deve ser desconstruído sob pena de prejuízos para a sociedade e a biodiversidade. Ademais, o desrespeito aos animais pode colocar em risco o equilíbrio ambiental. Nesse contexto, a Arara Azul — conhecida espécie em extinção — alimenta-se das sementes da árvore Manduvi e faz seus ninhos na cavidade do tronco dessa planta, cuja existência é importante à biodiversidade do Pantanal. Ocorre que a retirada da Arara Azul do habitat natural coloca em risco a perpetuação da própria ave, bem como interfere na dispersão das sementes da Manduvi, o que é capaz de modificar negativamente a dinâmica das espécies. Todavia, enquanto a exploração a animais se mantiver, o Brasil estará impossibilitado de experimentar um dos direitos mais importantes assegurados pelo artigo 225 da Carta Magna: o equilíbrio ambiental. Portanto, para que o respeito aos animais seja, de fato, assegurado na prática, a ONG WWF-Brasil, por meio de campanhas na mídia televisiva e na internet, deve veicular breves documentários capazes de mostrar aos indivíduos os prejuízos advindos da exploração às espécies silvestres, bem como repudiar os maus tratos aos animais domésticos, com a finalidade de orientar a sociedade civil a colocar em prática os direitos propostos pela ONU. Essa iniciativa da WWF- Brasil é importante, porque problematizaria a função de entretenimento dos animais, aumentaria sua valorização e colaboraria para que o respeito às espécies deixasse de ser, no Brasil, um direito fragilizado. Professor Vinícius Oliveira TEMA – Crianças em situação de rua: como combater esse problema no Brasil? O poema “O Bicho”, de Manuel Bandeira, narra uma cena ao mesmo tempo cruel e comum: pessoas que vivem nas ruas e reviram o lixo para sobreviver. Entretanto, episódios como esse se tornam ainda mais dramáticos quando são crianças as protagonistas dessa situação de rua, o que torna urgente que se garanta a dignidade humana e que se combata o individualismo. Diante desse cenário, a ONU promulgou em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos, segundo a qual todos os indivíduos fazem jus a condições de humanidade. Todavia, a falta de moradia, de vestuário e de higiene, bem como a carência de serviços básicos subtrai da infância a dignidade garantida pelas Nações Unidas. Nesse viés, meninos e meninas que vivem em logradouros públicos são marginalizados, o que colabora para a sua progressiva vulnerabilidade, ao contrário do que prevê a legislação internacional. Dessa forma, é incoerente que, mesmo no século XXI, as crianças sejam obrigadas a fazer das ruas o seu lar. Ademais, a omissão da sociedade dá lugar a narrativas análogas ao poema modernista. Nesse viés, Simone de Beauvoir — expoente filósofa francesa — desenvolveu o conceito conhecido como invisibilidade social, que consiste na estratégia racional de ignorar grupos em vulnerabilidade. Ocorre que o egoísmo denunciado por Beauvoir aprofunda desigualdades sociais e é ainda mais cruel para este grupo: as crianças em situação de rua, que, embora sejam obrigadas a trabalhar, são incapazes de prover o próprio sustento. Assim, invisibilidade é sinônimo de agressão e violenta diariamente meninos e meninas que foram impedidos de ter um lar. A moradia deve ser, portanto, uma garantia da infância, tal como defendem as Nações Unidas. Nesse sentido, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos deve combater a vulnerabilidade infantil, por meio da confecção de um cadastro de crianças em situação de rua e da oferta de casas-lares disponíveis para receber meninos e meninas, com abrangência nacional e divulgação pela grande mídia. Essa iniciativa teria a finalidade de garantir dignidade humana às crianças e dar publicidade à carência sofrida por elas, de sorte que os indivíduos sejam sensibilizados, deixem de ser omissos e, enfim, contribuam para que as crianças deixem de protagonizar “O Bicho”, de Manuel Bandeira. Professor Vinícius Oliveira TEMA – Efeitos sociais da gravidez na adolescência em questão no Brasil A Organização das Nações Unidas estabeleceu a data 26 de setembro para ser o Dia Mundial de Combate à Gravidez na Adolescência e lançou campanhas a serem aplicadas pelos países membros. Todavia, o Brasil não possui estratégias para desestimular a gestação precoce, que representa grave problema. Assim, os efeitos sociais dessa realidade têm como consequência a evasão escolar e deixam claro o despreparo da sociedade verde-amarela. À vista desse problema, o abandonoà escola para cuidar da gestação precoce é um dos principais efeitos sociais sofridos pelas meninas. Nesse sentido, Paulo Freire — expoente cientista da educação — desenvolveu a obra “Pedagogia do Oprimido”, segundo a qual a escola é capaz de mudar a realidade das pessoas e ampliar seus horizontes. Ora, as adolescentes que engravidam e largam as salas de aulas estão impedidas de experimentar a liberdade descrita por Freire e estarão fadadas a serem oprimidas pela sociedade com baixos salários e com a dependência do marido, tal como é denunciado no livro “Pedagogia do Oprimido”. Inclusive, os altos índices de gravidez na adolescência equiparam o Brasil a nações onde a exploração sexual é a regra. A esse respeito, a OMS fez um levantamento dos níveis de gestação precoce e chegou à conclusão de que o Afeganistão — local em que o casamento e o abuso infantil acontecem livremente — possui 90 meninas grávidas a cada 1000. O Brasil, por sua vez, aproxima-se do país islâmico segundo a Organização Mundial da Saúde, com 72 meninas gestantes, o que significa que a nação brasileira ainda vive em grave retrocesso e está distante de ser considerada uma sociedade evoluída. Há de se minimizar, portanto, os casos de gravidez precoce no Brasil. Nesse viés, as escolas devem orientar meninos e meninas de 10 a 19 anos acerca do momento adequado para o início da vida sexual, com foco no uso de preservativos. Essa iniciativa poderia se chamar “Momento certo” e aconteceria por meio de projetos pedagógicos, como aulas e palestras, a fim de evitar os efeitos sociais negativos, como a evasão escolar. A partir dessas ações, o Brasil deixará de estar próximo de nações com alto índice de gestação precoce, e haverá redução dos níveis de gravidez em momento errado. Professor Vinícius Oliveira TEMA - O cidadão brasileiro valoriza a manutenção da saúde coletiva? Em 1988, representantes do povo, reunidos em Assembleia Constituinte estabeleceram o bem-estar e a vida saudável fundamentos básicos e indispensáveis à dignidade humana. Todavia, substancial parcela dos brasileiros se mostra incapaz de valorizar a saúde coletiva, que seria fundamental para a manutenção do direito constitucional. Com efeito, a solução do problema pressupõe que se respeitem as campanhas de prevenção de doenças e que se fomente a cultura de autocuidado. Nesse sentido, a falta de adesão aos métodos de prevenção de doenças inviabiliza a busca pela qualidade de vida. Nesse viés, a Revolta da Vacina no começo do século XX representou a resistência da sociedade da época às campanhas. Anos depois, nós reproduzimos o mesmo comportamento retrógrado e colocamos a nossa própria integridade em risco. Assim, é incoerente que, mesmo após décadas de evolução científica, ainda sejam comuns o comportamento antivacinação. Ademais, a falta de cultura de autocuidado dificulta a manutenção da saúde coletiva. Sobre isso, o conceito de "self-care", vinculado inicialmente aos cuidados femininos, diz respeito à nossa capacidade de perceber a necessidade de cuidados médicos constantes. Ocorre que a nossa sociedade não tem, em regra, acesso a médicos, a enfermeiros e a hospitais. Desse modo, não há como exigir do brasileiro o costume da valorização da saúde coletiva se o contato com os profissionais qualificados está restrito a quem pode pagar por eles. Desse modo, enquanto a elitização se mantiver, os cidadãos serão obrigados a conviver com este grave problema: a falta de cuidados com a saúde. Para que o direito ao bem-estar e à saúde seja, portanto, realidade no país, o Ministério da Saúde deve, com eficácia, difundir informações e sensibilizar a população, por meio de uma campanha na mídia que alerte sobre os riscos da postura antivacinação e da falta de autocuidado. Essa iniciativa poderia se chamar “Cuidar é o melhor remédio”, seria composta de ações comunitárias, como eventos lúdicos nas praças e locais públicos, e teria dupla finalidade: alertaria a sociedade sobre a importância das vacinas e levaria o brasileiro a valorizar, de fato, a saúde coletiva. Professor Vinícius Oliveira TEMA – O drama do desaparecimento de crianças no Brasil A produção infantil “Procurando Nemo”, embora seja uma animação lúdica, ilustra um sério problema presente entre os indivíduos fora da ficção: o desaparecimento de pessoas. Com efeito, a situação se torna ainda mais cruel quando as crianças protagonizam a triste história de Nemo. Nesse viés, para que os sumiços não sejam uma regra, há de se desconstruir a omissão estatal, bem como a indiferença da sociedade. Nesse sentido, o enfrentamento do problema pelas autoridades carece de agilidade. A esse respeito, os EUA instituíram uma ferramenta chamada de Alerta Amber, capaz de disparar mensagens simultâneas em todos os veículos midiáticos e de radiodifusão, o que potencializa as chances de encontrar crianças sequestradas. Entretanto, o Brasil não possui estratégias de combate imediato, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos. Inclusive, até 2019, não havia sequer um cadastro que unificasse os casos de desaparecimento infantil, o que evidencia o despreparo da polícia. Assim, enquanto a omissão do Estado for a regra, pais e mães continuarão órfãos dos próprios filhos. Ademais, há quem se emocione com o sumiço de Nemo, mas seja indiferente aos casos reais de crianças desaparecidas. Nesse sentido, o UNICEF — órgão da ONU especializado em infância — defende que os principais motivos para o rapto são o tráfico internacional de órgãos, a exploração sexual e os trabalhos forçados. Ocorre que esse problema denunciado pelas Nações Unidas não tem sido capaz de sensibilizar a população brasileira, de sorte que ainda persiste a falta de empatia com aqueles que tiveram seus filhos sequestrados. Nessa perspectiva, não há como construir uma sociedade livre, justa e solidária sem o enfrentamento coletivo ao desaparecimento de crianças. O Brasil precisa, portanto, solucionar a cruel realidade de meninos e meninas que são diariamente subtraídos de suas famílias. Para isso, a Polícia Federal deve destinar tratamento mais célere aos casos, por meio de estratégias eficazes de enfrentamento, como a criação de delegacias especializadas e de um alarme que denuncie, em tempo real, o desaparecimento de crianças. Essa iniciativa teria a finalidade de agilizar a busca dentro das primeiras horas, bem como dar visibilidade nacional aos casos, de sorte que a indiferença da sociedade seja convertida em auxílio comunitário. Assim, a partir da mobilização social, meninos e meninas deixarão, em breve, de ser protagonistas da angústia de Nemo. Professor Vinícius Oliveira TEMA – O problema da cultura do cancelamento e da hostilidade nas redes sociais Em 2006, o mundo presenciava o surgimento do “Twitter”, um microblog on-line, cujo objetivo era disseminar a maior quantidade de informações de forma rápida a fim de potencializar a interação social. Entretanto, a mídia social norte-americana possibilitou a ocorrência de um dos mais sérios fenômenos da contemporaneidade: a cultura do cancelamento, que representa grave problema, seja por fragilizar a dignidade humana das vítimas, seja por evidenciar a maldade humana. Diante desse cenário, a “hashtag” “MeToo” foi criada para denunciar crimes de assédio e de exploração sexual, mas foi subvertida, já que os usuários da rede passaram a criticar outros usuários cujas opiniões divergiam das suas. Com efeito, a cultura do cancelamento é, hoje, um novo nome para um velho problema: o discurso de ódio, que condena aqueles com posicionamentos diferentes e fragiliza o direito à liberdade de expressão. Inclusive, os agentes do discurso ofensivo se apoiam na aparente impunidade das redes sociais para tecer os mais cruéis comentários, o que prejudica a dignidade humana e vai de encontro ao Estado Democrático de Direito. Inclusive, George Orwell desenvolveu a obra “1984”e ilustrou uma sociedade hostil que, a cada dia, dedicava dois minutos diante da teletela para xingar e agredir verbalmente os inimigos do Partido — movimento chamado de “Dois minutos de ódio”. Fora da ficção, os usuários da rede reproduzem esse mesmo comportamento do livro “1984” e se colocam diariamente diante das telas dos “smartphones” para hostilizar outros indivíduos. Ocorre que, em vez de criticar por apenas dois minutos, como narrou Orwell, as agressões ocorrem por horas, por dias ou, até mesmo, por semanas. Assim, a cultura do cancelamento evidencia uma das mais graves mazelas sociais: a maldade humana. As redes sociais precisam, portanto, valorizar a interação humana e não o oposto. Nesse sentido, as escolas, cuja função é promover a cidadania, deve contribuir para desestimular a agressão na internet, por meio de um projeto pedagógico composto por palestras e oficinas, que receberiam o nome de “Cancelamento mata”. Essa iniciativa teria a finalidade de mostrar os prejuízos à dignidade humana e combater a maldade entre indivíduos de todas as faixas etárias, de sorte que seja possível viver, em breve, em uma sociedade solidária, justa e livre de qualquer cultura de hostilidade. Professor Vinícius Oliveira TEMA – O problema da superexposição nas redes sociais Fundado em 2010, o Instagram tornou-se uma das maiores mídias de compartilhamento de fotos e de vídeos do mundo. Embora tenha sido criado para o entretenimento, a rede social de Zuckerberg potencializou um grave problema comum no Brasil: a superexposição, motivada pela busca excessiva por prestígio na internet e que torna possíveis os crimes cibernéticos. Diante desse cenário, a constante busca por prestígio nas mídias sociais favorece a superexposição. A esse respeito, o filósofo francês Guy Debord, em sua obra "Sociedade do Espetáculo", defende que as relações sociais são medidas por imagens que podem oferecer falsa perfeição. Nesse sentido, as fotos postadas nas redes sociais, em regra de forma excessiva, confirmam o fenômeno denunciado por Debord e colaboram para construir a necessidade de status. Ocorre que a superexposição pode causar baixa autoestima e depressão naqueles que não alcançam a perfeição imposta no ciberespaço. Nesse sentido, a exposição excessiva favorece a ocorrência de crimes. A esse respeito, o ex-presidente Getúlio Vargas saiu da vida para a história com a criação do Código Penal brasileiro, que décadas depois passou a tratar dos cibercrimes. Entretanto, embora haja punição para aqueles que cometem delitos na web, o Código Penal ainda é incapaz de coibir a ação de criminosos que se aproveitam das localizações e das fotos postadas em tempo real nas redes. Inclusive, os delitos podem extrapolar o universo digital e se manifestar de forma presencial, tal como os sequestros, que poderiam ser evitados a partir do uso responsável das mídias. Os excessos nas redes sociais devem, portanto, ser desconstruído entre os brasileiros. Para isso, os indivíduos devem evitar a ultraexposição, evitando nutrir a cultura de prestígio imposta nas mídias, e, principalmente, não veiculando fotos íntimas e localizações, a fim de evitar problemas comuns na contemporaneidade, como a baixa autoestima e os crimes cibernéticos. Assim, a nação verde-amarela deixará de ser, enfim, uma sociedade de espetáculo. Professor Vinícius Oliveira TEMA – O problema da violência contra os idosos no Brasil Em 1909, Filippo Tommaso Marinetti — fundador da vanguarda futurista –— divulgou o “Manifesto Futurista”: documento cujo conteúdo estabelecia a destruição da memória passada e defendia não haver qualquer beleza na velhice. Com efeito, a ideologia de Marinetti manifesta-se no imaginário daqueles que praticam com violência contra os idosos, o que representa grave problema social. Assim, para que a agressão dê lugar ao respeito, há de se descontruir a indiferença da sociedade e a omissão do Estado. Diante desse cenário, a violência simbólica, embora não seja evidente, afeta a dignidade humana da população senil. A esse respeito, na obra “A Velhice”, Simone de Beauvoir — expoente escritora do século XX — desenvolveu o conceito de invisibilidade social, que consiste na indiferença crônica sofrida pelos idosos. Nesse viés, a Terceira Idade é agredida de forma cruel quando não é percebida ou quando as suas necessidades não são tratadas com atenção, o que manifesta na prática a invisibilidade denunciada por Beauvoir. Desse modo, não é razoável que homens e mulheres ignorem a existência daqueles cuja idade depende de atenção. Nesse sentido, o silêncio do Estado permite a manutenção de posturas cruéis contra a população sênior. Sobre isso, em 2003, foi sancionado o Estatuto do Idoso, que prevê tratamento digno e isonômico, como a garantia da integridade física e a proteção à discriminação. Todavia, poucas aplicações práticas têm sido estendidas de fato aos lares dos brasileiros mais velhos, na medida em que as cidades carecem de delegacias especializadas para acolher denúncias de maus-tratos e de desrespeito, o que torna o Estatuto uma utopia. Nesse sentido, enquanto a omissão estatal se mantiver, a população senil será obrigada a conviver com uma das mais graves mazelas sociais: a violência. É incoerente, portanto, que o Estado Democrático de Direito ceda lugar à cruel ideologia de Marinetti. Para mitigar esse problema, o Poder Legislativo deve combater a invisibilidade social acerca do tratamento à Terceira Idade e garantir que essa parcela marginalizada receba as garantias previstas em seu Estatuto. Isso ocorreria por meio da criação um projeto que se chamaria “Idoso Visível” e que destinaria cuidados específicos, como atendimento psicológico e delegacias especializadas no combate à violência contra os mais velhos. Essa iniciativa teria a finalidade de garantir que o Brasil passe a ser, enfim, uma sociedade justa, solidária e livre de toda forma de agressão aos idosos. Professor Vinícius Oliveira TEMA – O problema do desperdício de comida entre os brasileiros Em 1988, representantes do povo, reunidos em Assembleia Constituinte estabeleceram a alimentação como um fundamento básico e indispensável à dignidade humana. Todavia, a persistência da fome no Brasil — motivada pelo desperdício de comida — evidencia que a sociedade torna o direito constitucional em uma utopia. Com efeito, há de se combater o consumo irresponsável pelos indivíduos, bem como a omissão do Estado. A respeito desse problema, a formação colonial exploratória e desigual do Brasil contribuiu para que o excesso de alimento à mesa estivesse relacionado ao sucesso, o que motiva o brasileiro a produzir mais comida do que é capaz de consumir. Ocorre que a cultura imprópria do desperdício representa grave mazela construída desde o século XVI, que poderia ser revertida em alimentação para os 5,2 milhões de indivíduos que passam fome, segundo o IBGE (2018). Nesse viés, é incoerente que o descarte de comida seja a regra em uma nação majoritariamente pobre. Ademais, o Estado se mostra omisso ao desperdício. A esse respeito, segundo o filósofo John Locke, os indivíduos confiam suas necessidades no Estado, que, em contrapartida, deve — ou deveria — garantir direitos básicos à população, tal como a alimentação. Todavia, o Poder Público brasileiro, que poderia reaproveitar a comida desperdiçada de bares e restaurantes, permanece inerte e incapaz de cumprir a ideologia de Locke e oferecer o mínimo para indivíduos marginalizados: as refeições básicas, indispensáveis para a subsistência digna. Para que o desperdício de comida deixe de ser realidade, os cidadãos, no exercício do seu senso crítico, devem evitar o desperdício, por meio da cocção planejada dos seus próprios alimentos, a fim de desestimular a cultura de fartura e o descarte de comida. O Poder Executivo, por sua vez, precisa garantir as refeições básicas daqueles que passamfome, regulamentando a distribuição das comidas que sobram de bares e de restaurantes, o que atualmente é proibido. Essa iniciativa desconstruiria a omissão do Estado e contribuiria para que o direito à alimentação deixasse de ser, no Brasil, um privilégio. Professor Vinícius Oliveira TEMA – O que o Brasil precisa aprender para lidar com o novo Coronavírus? Em 1988, foi criado o Sistema Único de Saúde com objetivo de garantir que todos os brasileiros tivessem acesso a médicos e a hospitais. Todavia, a pandemia da COVID-19 mostra que o SUS, embora seja o maior do mundo, ainda apresenta fragilidades. Com efeito, o novo Coronavírus mostra que não só o Estado precisa melhorar suas políticas públicas, assim como os indivíduos devem ser mais responsáveis acerca da prevenção a doenças. Nesse sentido, o pai do liberalismo político, John Locke, desenvolveu o conceito conhecido como Contrato Social, segundo o qual os cidadãos devem confiar nas autoridades públicas, que, em contrapartida, devem garantir direitos naturais, dos quais a vida é o principal. Ora, durante a pandemia da COVID-19, o Poder Público brasileiro, ao contrário do ideal de Locke, tem sido incapaz de garantir a manutenção da vida de substancial parcela da população. Inclusive, a enfermidade revelou ineficiências do SUS que estavam ocultas e que devem, urgentemente, ser solucionadas. Inclusive, o povo brasileiro precisa utilizar a experiência caótica com o novo coronavírus para desenvolver uma prática que é – ou deveria ser – básica: o autocuidado. Nesse viés, esse conceito, inicialmente relacionado à saúde feminina, refere-se a atitudes individuais que podem garantir a manutenção da saúde e, até mesmo, da própria vida. Entretanto, durante o período de quarentena da COVID-19, houve indivíduos que frequentavam bares e praias normalmente, o que facilitou a proliferação da doença respiratória. Assim, enquanto a nação verde-amarela não perceber a relevância do autocuidado, estará vulnerável a infecções tão ou mais graves do que a causada pelo coronavírus. Urge, portanto, que a sociedade brasileira, de fato, aprenda com a pandemia. Nesse sentido, o Poder Legislativo precisa solucionar a crise do SUS, por meio de investimentos em hospitais, como a ampliação de emergência e a criação de novos leitos, a fim de garantir que o combate às doenças seja eficaz. Os cidadãos, por sua vez, devem praticar o autocuidado, por intermédio de ações simples, como o respeito à quarentena, bem como a constante higiene das mãos. Essa iniciativa básica poderá evitar o colapso de saúde pública e contribuir para que, em breve, a pandemia da COVID-19, permaneça apenas na história. Professor Vinícius Oliveira 10 redacoes em pdf A importância do combate aos maus-tratos ao animais Crianças em situação de rua como combater esse problema no Brasil Efeitos sociais da gravidez na adolescência em questão no Brasil O cidadão brasileiro valoriza a manutenção da saúde coletiva - enem O desaparecimento de crianças no Brasil O problema da cultura do cancelamento e da hostilidade nas redes sociais O problema da superexposição nas redes sociais O problema da violência contra os idosos OK O problema do desperdício de comida entre os brasileiros O que o Brasil precisa aprender para lidar com o novo Coronavírus CAPA
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