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TCC: DROGAS E POLITICAS PUBLICAS DE COMBATE

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32
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA-UNINTA
BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
TAYANE TAVARES DA SILVA
O USO DE DROGAS NA ADOLESCÊNCIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE COMBATE ÀS DROGAS
CONDADO-PB
 2019
TAYANE TAVARES DA SILVA
O USO DE DROGAS NA ADOLESCÊNCIA E AS POLÍTICAS PÚBLICAS DE COMBATE ÀS DROGAS
Monografia apresentada ao Instituto Superior de Teologia Aplicada INTA - UNINTA, como requisito parcial para a obtenção do título de bacharel em Serviço Social.
Orientador (a): Prof(a) Dra. Maria Isabele Duarte de Souza.
CONDADO-PB
2019
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por me dar força e coragem todos os dias e por Sua Misericórdia infinita sempre agindo em meu favor. E a Nossa Senhora de Fátima por sua doce intercessão em minha vida. Teu Amor de mãe me sustentou!
Aos meus queridos pais, Sebastião Tavares e Maria Tavares por todo apoio, amor e cuidado e por me ensinarem a buscar os meus sonhos com confiança, humildade e perseverança. Essa vitória também é de vocês!
De modo especial, agradeço aos meus irmãos Tamares Tavares, Tarcísio Tavares e Thiago Tavares por cuidarem tanto de mim e ao meu querido cunhado Edigley Ferreira que também o tenho como um irmão. Vocês são alicerce em minha vida!
Aos meus amados tios, Everaldo Ismael, Everalda Ismael, Eva Ismael, Vicente Ismael Filho, Josefa Ismael, Luciene Ismael e Francisco Ismael. O que dizer de vocês? Obrigada por me ensinarem tanto e por todo amor que vocês emanam.
Agradeço aos meus amigos, Vitoria Fernandes, Claudiana Fernandes, Felipe Fernandes, Simone Gomes, Silvaneide Gomes, Galismar Almeida, William Pires, Wellington Soares, Karina Moura, Rodrigo Queiroga, Carlos Souza e Tiago Almeida, entre outros, pelo apoio emocional, por todo o amor que recebo de cada um e sobretudo por darem sentido a minha vida. Vocês são luz!
Às minhas queridas irmãs que o Serviço Social me deu, Emanoella Dantas, Francisca Machado, Nielma Faustino, Maria Paulina, Rita de Cassia e Vanessa Lacerda, que batalharam comigo em busca do mesmo objetivo e sempre me motivaram a não desistir de lutar.
E por fim e não menos importante, agradeço a todos os professores que cuidaram para que eu aprendesse desde as minhas primeiras lições no ensino infantil até os mais difíceis trabalhos acadêmicos, tudo o que eu sei e o que me tornei foi consequência do esforço de cada mestre que cruzou o meu caminho e me transmitiram os mais belos e importantes ensinamentos. Obrigada a todos vocês professores por me ajudarem tanto! 
De modo geral agradeço a todos, vocês fazem parte da minha história. Que venham muitas conquistas, lutas e vitorias!
RESUMO
O consumo de drogas está aumentando a cada dia. A preocupação dos governantes é nítida, porém, há muito o que se fazer. Estamos vivendo a era da digitalização e do mundo globalizado, disponibilizando o fácil acesso à Internet e aos meios de comunicação mais rápidos e instantâneos. A questão é que os nossos adolescentes estão cada vez mais expostos aos problemas que a sociedade traz consigo e o pior disso é que a juventude está sendo usada, em muitos casos, para o tráfico de drogas que vem se instalando, principalmente nas pequenas cidades. Em virtude disso, o alvo são estes jovens que são induzidos a entrarem no mundo das drogas tão precocemente. O uso de drogas prejudica a vida dos adolescentes, trazendo malefícios para a saúde física e psíquica, por isso deve-se por sempre em questão o respeito e a humanização, inclusive quando se trata da juventude, período em que o ser humano está em processo de formação em muitos aspectos. Com base nisto, trataremos neste Trabalho, das leis e das políticas públicas de saúde que previvem e combatem o uso de drogas, especialmente na adolescência. Sabemos que é na família que aprendemos os primeiros valores morais e éticos para o nosso convívio na sociedade, por isso vale lembrar que é dever de todo cidadão zelar pela família para que tenhamos uma sociedade formada por indivíduos que cuidem uns dos outros e respeitem as leis. Por isso, iremos tratar de todas estas questões e de como funciona as políticas públicas de prevenção às drogas e os programas governamentais voltados à família e aos adolescentes, refletindo sobre o papel do Assistente Social no processo de intermediação entre o jovem e a família e o seu agir profissional em meio a questão das drogas.
Palavras-chave: Drogas. Adolescência. Prevenção.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
2 ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE	9
2.1 O envolvimento com as drogas	12
2.2 Epidemiologia do consumo de drogas por adolescentes	14
2.2.1 Da relação das drogas com o adolescente	17
2.3 Juventude e drogas na contemporaneidade	18
3 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE	21
3.1 Sintomas, sinais e consequências do uso abusivo de drogas	21
3.2 Fatores que influenciam o consumo de drogas	21
4 COMBATE ÀS DROGAS	22
4.1 Importância da família na luta contra as drogas	22
4.2 Descobrindo caminhos para enfrentar as dificuldades	22
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	23
9 REFERÊNCIAS	24
1 INTRODUÇÃO
Com base no projeto de pesquisa desenvolvido durante os estudos acadêmicos acerca desta temática, em que foi enfatizado a questão do uso de drogas lícitas e ilícitas, os seus malefícios para a vida humana e também trazendo uma reflexão sobre o regate da dignidade humana, teve-se a necessidade de se abordar neste trabalho, a temática sobre o uso de drogas na adolescência e as políticas públicas que combatem este mal. O intuito foi de voltar um olhar mais empírico para a situação do envolvimento tão precoce dos nossos jovens com as drogas e de como se deve agir em meio a esta problemática, elencando o papel da família em meio a esta adversidade e trazendo em síntese as leis, programas e políticas que são ofertadas pelo governo para se combater ás drogas, como também as de prevenção.
O consumo de drogas é bastante recorrente na sociedade atual, e a ingestão exacerbada dessas substâncias vem sendo avaliada como um problema de caráter social, sobretudo aos danos que acarretam a saúde, principalmente dos adolescentes.
Sabemos que nos dias atuais, nota-se o aumento de acesso ás redes sociais e a Era da digitalização vem se potencializando gradativamente. Nas grandes cidades é praticamente impossível que algum jovem não tenha acesso à internet ou aos meios de comunicação que dela provém. No entanto, nas cidades e/ou municípios com menor índice de habitantes, localizadas principalmente no interior das grandes capitais ou em regiões mais pobres do Brasil, como o Nordeste, a realidade não é a mesma. Em virtude disto, desenvolve-se uma sociedade formada por muitas pessoas que não tem as mesmas oportunidades que as demais.
Há muitos casos de jovens que, por não terem as mesmas oportunidades que os demais e por terem crescido em um ambiente familiar completamente desestruturado, privados de educação, saúde de qualidade e obrigados a trabalhar desde a infância, ou até mesmo aqueles que sofrem algum tipo de violência familiar, crescem sem a esperança de uma vida melhor e optam pelo caminho mais fácil, e nisto, entram as drogas.
Podemos perceber que há muitos motivos para que os adolescentes utilizem certas substâncias prejudiciais a sua vida tão precocemente. Neste interim, tornou-se necessário identificar os fatores que contribuem para a iniciação e manutenção dessas substâncias na população jovem, pois o esclarecimento do processo pelo qual essa população fica exposta pode nortear o desenvolvimento de estratégias de prevenção.
O objetivo principal do presente artigo, abordando um assunto bastante discutido na contemporaneidade, é desenvolver uma reflexão mais aprofundada sobre o uso de drogas na adolescência e mostrar como esta questão é prejudicial para a juventude, bem como apresentar as políticas públicas voltadas a esta problemática, desenvolver uma pesquisa baseada nos conhecimentos adquiridos e nos estudos feitos durante o período acadêmico, que venha contribuir para que o Jovem possa despertar dos variáveis problemas, permitindo que os mesmos reconheçam o nívelde gravidade do problema e possa recuperar o bem estar e convivência sem o uso de drogas.
Em virtude disso, é importante que os adolescentes sejam bem informados para que conheçam os danos acarretados pelo uso das drogas. A informação tem papel crucial como medida preventiva entre adolescentes e jovens; porém, precisa ser veiculada com cautela, de tal forma que não desperte a curiosidade ao consumo, ao invés de preveni-lo. Para a informação ser considerada um fator protetor, é necessário que ela seja transmitida de forma correta e completa. É importante evidenciar os efeitos negativos, mas sem deixar de citar os prazeres momentâneos alcançados com o consumo das drogas. Com isso, os adolescentes agirão de forma mais consciente diante das pressões externas e internas. 
Como objetivos específicos elencaremos, verificar os desafios impostos pela sociedade atual aos jovens; identificar os fatores que levam os adolescentes ao uso de drogas; analisar as consequências enfrentadas pela classe juvenil que fazem o uso indevido das drogas; perceber a importância da família para a formação emocional, psíquica e pessoal do jovem; reconhecer a importância da intervenção profissional do assistente social no âmbito juvenil relativo ao uso de drogas e estudar as políticas públicas de saúde que trabalham a questão da prevenção às drogas e os programas do governo ofertados ao público jovem.
Observando o aumento dos casos de drogadição entre os adolescentes e a preocupação da família e da sociedade em si, esse tema despertou-nos interesse para construção deste artigo sobre as consequências das drogas na família e o porquê este problema está atingindo progressivamente as camadas mais jovens da população. Embora o problema exista também entre os adultos e seja, também neste caso, alarmante, o envolvimento precoce com o vício preocupa pelo fato de interferir no adequado desenvolvimento do indivíduo, tanto do ponto de vista físico, como do psicológico.
A adolescência é o momento em que o jovem procura a sua identidade, não mais se baseando nas orientações dos pais, mas também, nas relações que constrói com o grupo social no qual está inserido, principalmente o grupo de amigos.
Este contexto de representação social sobre o adolescente tem sido agravado com o aumento do consumo de drogas por esta parcela da população. Assim, o consumo de álcool e outras drogas, em excesso, pelo adolescente traz várias consequências graves para sua saúde biopsicossocial. Além disso, o álcool, por ser uma droga socialmente aceita é a porta de entrada para o consumo para outras drogas, ditas ilícitas (ALAVARSE; CARVALHO, 2006).
O problema, muitas vezes, pode também começar na própria família com drogas lícitas como o álcool, os cigarros, os medicamentos e outros produtos, as drogas ilícitas são também facilmente utilizadas para a oposição aos padrões sociais predeterminados e como formas de rebeldia à família, comportamento normal dos jovens que tem necessidade de se opor às normas. Quando alguém da família faz uso contínuo e excessivo das drogas, toda a família fica abalada, pois o dependente químico é um doente e a família normalmente vem a sofrer junto.
Sabe-se que a droga é de alta atratividade para os adolescentes e os jovens e a porta de entrada para vários problemas desencadeados posteriormente. É cada vez mais constante a ocorrência de jovens envolvidos com o uso de drogas nos ambientes familiares, nas ruas, escolas e muito e observa-se que aumenta cada dia, mesmo que as organizações governamentais e não governamentais busquem soluções ainda não é suficiente para conter os avanços para lidar com este tipo de situação, além de pais despreparados para acolhimento e aceitação desta condição. 
Este artigo será realizado tomando por base metodológica a pesquisa qualitativa, além de pesquisa quantitativa, tomaremos como fonte artigos, livros, sites e buscaremos dados relevantes para conhecer a população brasileira e sua relação com as drogas. A coleta de dados realizar-se-á por meio de pesquisa bibliográfica. Tentaremos diagnosticar o envolvimento de adolescentes com drogas e observar as consequências que elas trazem no ambiente familiar e social, fazendo conhecer os riscos para mudar em prol de uma vida saudável e harmoniosa. Trata-se de uma pesquisa a que abrange um nível nacional, por se tratar de um assunto extremamente atual e preocupante a todos, envolvendo a intervenção do assistente social em meio a esta problemática. 
2 ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE
A adolescência é um período marcado por conflitos emocionais internos, pressão psicológica e uma fase marcadas por escolhas, mas também essencial para a formação humana em todos os âmbitos. É nela que o ser humano passa a se conhecer, a descobrir quais são seus ideais e passa a analisar seu propósito de vida. O primeiro contato com uma droga, seja lícita ou ilícita pode acontecer por mera curiosidade, quando o jovem sente-se inclinado a conhecer os efeitos tão comentados que faz pressão para que ele haja de acordo com as normas do grupo, podendo então ser aceito por ele. 
A adolescência é um momento especial na vida do indivíduo. Nessa etapa, o jovem não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle sobre si mesmo. É um momento de diferenciação em que “naturalmente” afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais. Se esse grupo estiver experimentalmente usando drogas, o pressiona a usar também. Ao entrar em contato com drogas nesse período de maior vulnerabilidade, expõe-se também a muitos riscos. O encontro do adolescente com a droga é um fenômeno muito mais frequente do que se pensa e, por sua complexidade, difícil de ser abordado. (MARQUES; CRUZ, 2002, p.32)
Na adolescência é muito importante a identificação com o grupo, porque nessa fase o jovem está tentando evoluir a partir de sua condição infantil, ligada basicamente a família, para um mundo novo onde ele encontrará o seu papel de adulto. Se no grupo há o hábito de experimentar e consumir drogas, o jovem será pressionado a fazer o mesmo, sendo então aceito como membro efetivo.
Pratta e Santos (2007, p. 253) enfatizam que a adolescência é uma fase da vida humana que tem início a partir das mudanças físicas que acontecem com o indivíduo, tendo início na puberdade, [...] ou seja, ela começa na biologia e termina na cultura, período em que o(a) adolescente atinge certo grau de independência psicológica em relação aos pais.
Nesta perspectiva, o indivíduo desde a pré-adolescência até a sua vida adulta é consequentemente marcado por pressões vindas da sociedade, causando-lhe assim, certa dificuldade em construir por completo uma certa estabilidade, seja ela financeira, emocional ou pessoal, na sua vivência enquanto ser humano. 
Em se tratando de desafios, todo ser humano passa por estes desde o nascer até os seus últimos dias de vida. Estamos expostos aos desafios diariamente, não obstante, é necessário enfrenta-los para que tenhamos vez e voz na sociedade e o resultado disto diz muito sobre quem somos e em que nos tornaremos. 
No entanto, nos tempos atuais nota-se a dificuldade de muitas pessoas de superar os desafios impostos pela vida, como também de vencer os seus medos, superar traumas e correr atrás dos seus objetivos. Isto se deve a grande pressão psicológica e social que as pessoas sofrem, principalmente nas últimas décadas, período em que a sociedade passou por transformações que influenciaram de forma negativa boa parte da humanidade.
Os autores Assis, Pesce, Avance e Njaine (2005, p. 14) afirmam que “qualquer adversidade se torna gravemente prejudicial quando altera a capacidade da pessoa sentir ou manifestar afeto e manter a convivência com os outros. Passar por muitos problemas pode comprometer bastante a vida do adolescente; porém, um único problema grave, por vezes, pode derrubar um jovem.”
A fase da adolescência é conhecida por todos os adultos já experientes como “a melhor época da vida”. Já que, como citado anteriormente, é um período emque os sentimentos estão acima do raciocínio logico e o indivíduo está se redescobrindo. Os autores ainda dizem que muitos problemas atravessam a vida dos adolescentes, entre eles estão a dificuldade de ser pobre, os problemas de saúde da família; brigas e separação dos pais ou perda de algum parente que mantinha uma relação próxima ao jovem, problemas com amigos e na escola ou até mesmo crescer numa família violenta, etc. Ou seja, o jovem na sua formação enquanto ser humano é pressionado de todos os lados e cabe a ele decidir o que é melhor pra sua vida e como enfrentar cada problema citado anteriormente. 
Uma das formas de violência mais difícil de se detectar e mais prejudicial para formação da pessoa é a psicológica, que ocorre quando as pessoas humilham, demonstram falta de interesse, fazem muitas críticas colocam sentimento de culpa, desencorajam, ignoram sentimentos ou cobram excessivamente do adolescente [...]. A violência sexual, por sua vez, prejudica ainda mais os adolescentes quando envolve pais, irmãos ou outros familiares. Adolescentes com mais dificuldades para superar problemas vivenciaram mais experiências sexuais envolvendo os pais. (ASSIS et al., 2005, p.18)
Assis, Pesce, Avance e Njaine (2005, p. 24) elencam que “receber apoio e carinho da família e dos amigos para enfrentar as adversidades é importante para fortalecer a resiliência. As experiências negativas são ainda mais dolorosas para quem conta com pouco ou nenhum apoio, [...] é o meio afetivo e a condição material que nos protegem para enfrentar as dificuldades.”
Contribuindo com este pensamento, temos o Estatuto da Criança e do Adolescente que, no capítulo III do qual fala dos direitos à convivência familiar e comunitária, traz em seu Artigo 19 o seguinte termo:
Seção I: disposições gerais: “É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, sem ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (BRASIL, 1990. Lei nº 13. 257, de 2016)
Vale lembrar que no Brasil, um dos grandes desafios enfrentados pela população juvenil é a falta de emprego ocasionado pelo grande número de pessoas em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho, principalmente por aqueles recém-formados em diversas áreas sociais que saem em busca de oportunidades.
Os dados estatísticos apontados pelo IBGE (2019) mostraram que o desemprego entre os jovens chega a 40% em alguns estados brasileiros. A fonte enfatiza que no primeiro trimestre deste ano, 41,8% da população de 18 a 24 anos fazia parte dos grupos dos subutilizados, ou seja, estavam desempregados, desistiram de procurar emprego ou tinham disponibilidade para trabalhar por mais horas na semana. 
 Em síntese, muitos dos jovens que procuram emprego são aqueles sem nenhuma formação profissional ou não apresentam um certo grau de escolaridade necessários para se cumprir os requisitos exigidos pelos empregadores e acabam aceitando empregos temporários, fazendo “bicos” ou ficando a mercê da sociedade, desistindo dos seus objetivos e sonhos “inalcançáveis”. Segundo o IBGE, 11,8% dos jovens entre os 15 e 17 anos de idade com menores rendimentos abandonaram a escola sem concluir a educação básica em 2018. O quadro mais difícil para os jovens fica evidente quando se compara o crescimento da população de subocupados de 18 a 24 anos em relação ao total dos brasileiros. Entre 2012 e o primeiro trimestre deste ano, a fatia de subocupados na economia brasileira passou de 20,9% para 25%, enquanto entre os jovens de 18 a 24 o aumento foi de 30,1% para 41,8%. O envolvimento com as drogas se dá também em evidencia disto, além de outras questões que serão tratadas no com mais detalhes posteriormente.
A juventude sempre foi mais sensível às mudanças ocorridas ao longo do tempo na sociedade, tanto que o número de jovens com depressão aumentou nos últimos anos, isso por que a população juvenil não sabe lidar com a pressão que é imposta diariamente pela sociedade. Acredita-se que os jovens se tornaram mais sensíveis as cobranças e mais acomodados quando se trata de alcançar os objetivos ou até mesmo de se traçar metas e conquistar seu espaço na sociedade. Isto se torna preocupante, já que estamos falando de seres humanos em processo de formação enquanto ser vivente e formador de opinião.
Para tanto, Marques e Cruz (2002) enfatizam que “Entre os fatores que desencadeiam o uso de drogas pelos adolescentes, os mais importantes são as emoções as emoções e os sentimentos associados a intenso sofrimento psíquico, como depressão, ansiedade exagerada e baixa autoestima.”
2.1 O envolvimento com as drogas
Conforme Cavalcante, Alves e Barroso (2008), a adolescência é considerada período crítico na vida de cada indivíduo, haja vista que, nessa fase as pessoas vivenciam descobertas significativas e afirmam sua personalidade e a individualidade. É comum caracterizar a adolescência somente como faixa etária, porém é uma maneira muito simplista de observá-la, pois esta fase é composta por transformação que conduzem o jovem até a idade adulta, não apenas sob o ponto de vista biológico, mas também social e, principalmente, psicológico.
A adolescência constitui-se então, como uma vivência liminar e fundamental para a construção da identidade do sujeito, sendo permeada por mudanças, remodelamentos subjetivos, reinvestimentos pulsionais, retificações e ressignificações de diversas ordens (SANTOS; PRATTA, 2012).
Drogas são substancias naturais ou sintéticas capazes de alterar o funcionamento do organismo humano. Dependendo da natureza e composição das mesmas elas podem agir em determinados locais ou no organismo como um todo. Toda droga tem seus efeitos, porém eles não se manifestam da mesma maneira em todos os organismos, especialmente porque cada droga tem sua contraindicação.
Segundo Kail (2004), em todos os tempos, sempre houve consumo de substância que alteravam o comportamento, os pensamentos e/ou as emoções. Hoje em dia, existem várias substâncias utilizadas para este fim. As drogas consumidas habitualmente incluem o álcool, a maconha, os alucinógenos, a heroína, a cocaína, os barbitúricos e as anfetaminas.
O efeito das drogas sobre o corpo humano, as substâncias chamadas de psicotrópicas, tem origem no sistema nervoso, produzindo resultados conhecidos como psicoativos. 
Podem, quanto à origem, ser divididas em naturais, semissintéticas ou sintéticas; e ainda, como lícitas ou ilícitas. Do ponto de vista sociocultural, tanto podem ser socialmente integradas ou rejeitadas; de finalidade terapêutica ou não. Por último, essas substâncias podem provocar ou não dependência física (PATRICIO, 1999 apud CAVALCANTE; ALVES; BARROSO, 2008).
Considera-se droga toda substância que são introduzidas no corpo através da inalação, ingestão ou injetada por via parenteral, e que provoca alterações do funcionamento do organismo humano. Dentre estas, há um grupo que atua no psiquismo, as denominadas psicotrópicas, outras que provocam alterações do humor, percepção, sensações de prazer e euforia, alívio, medo, dor. Para efeito iremos considerar para esse grupo a denominação de droga (GONÇALVES, 1998 apud CAVALCANTE; ALVES; BARROSO, 2008).
Existe na atualidade uma atenção especial ao uso de drogas entre os jovens e no Brasil a população mais atingida é a de universitários com faixa etária entre 18 e 24 anos.
Acredita-se que a autonomia que se insere na vida de muitos estudantes no período de ingresso na universidade é fator preditor da vulnerabilidade que irá acarretar o início do consumo dessas substâncias, e o maior uso por essa população específica está relacionado a determinados fatores já identificados, como depressão, transtorno de personalidade antissocial, baixa autoestima, falta de perspectiva de vida, estar à procura de novas sensações, disponibilidade da droga, fatores ambientais como altas taxas de criminalidade, morar longe dos pais, apresentar mais horas livres nos dias úteis e não possuir religião.
Atravésde estudos e relatos feitos durante nosso período acadêmico, podemos notar o quão elevado é o nível de carência dos jovens, em que muitos deles tem dificuldades de lidar com o seu ‘eu’ e enfrentam crises existenciais continuamente. Também esta fase é marcada por interesses e curiosidades que vão além do normal, abrindo espaço para coisas que não acrescentam em nada a sua vida. A droga é uma delas.
2.2 Epidemiologia do consumo de drogas por adolescentes
Antes de falarmos de drogas ilícitas, vamos fazer um breve comentário acerca das drogas lícitas, apresentando dados trazidos por outros autores referente ao tema abordado. A exemplo, temos o álcool, droga mais comum entre os jovens, no qual podemos perceber que desde muito cedo, ainda na adolescência, as pessoas tendem a consumir bebidas alcoólicas com mais frequência. Segundo Pechansky, Szobot e Seivoletto (2004) é quase comum o consumo do álcool entre os jovens, visto que em quase todos os ambientes frequentados por eles, como festas, ambientes públicos e até mesmo em casa. Apesar de a venda de bebida alcoólica ser proibido aos menores de 18 anos nos bares e mercados brasileiros, a realidade é outra. Os jovens com menos de 15 anos já fazem uso do álcool com bastante frequência.
O uso problemático de álcool por adolescentes, está associado a uma série de prejuízos no desenvolvimento da própria adolescência e seus resultados posteriores [...]. O adolescente acredita estar magicamente protegido de acidentes por exemplo, e também se sente mais autônomo na transgressão, envolvendo-se, assim, em situações de risco, por muitas vezes com consequências mais graves. (PECHANSKY; SZOBOT; SEIVOLETTO; 2004, p.16).
Os autores ainda reiteram que “os estudos epidemiológicos sugerem que 19% dos adolescentes norte-americanos apresentam abuso do álcool. Os dados brasileiros são mais escassos e indicam haver características regionais quanto ao uso de álcool e outras drogas.” O uso de drogas muitas vezes é visto de forma a causar medo e preconceito pelas pessoas devido à percepção negativa pelas famílias, sendo que na maioria das vezes, o primeiro contato da criança com estas substancias ocorre no meio familiar e social. 
O abuso de drogas como fenômeno global tem atingido parcela da população cada vez mais jovem, o que leva a necessidade de entenderem-se os aspectos epidemiológicos do consumo de drogas entre adolescentes.
De acordo com os autores, nas décadas de 80 e 90 o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) disponibilizou números relacionados ao consumo de drogas envolvendo estudantes de 10 capitais brasileiras onde os resultados foram preocupantes.
[…] Cerca de 24,7% dos participantes haviam feito uso de drogas alguma vez na vida, excetuando-se álcool e tabaco. O uso de maconha aumentou em todas as capitais pesquisadas e em nove delas os solventes aparecem como a droga mais usada, sendo a segunda mais usada na capital restante. A maconha aparece como a segunda droga consumida ocupando o primeiro lugar em uma capital, o segundo em seis capitais e o terceiro em uma capital. Em terceiro lugar na preferência dos participantes ficaram os ansiolíticos e as anfetaminas (SANCEVERINO; ABREU, 2004, p. 1049).
Assim, sendo uma substancia psicoativa o “uso do álcool demonstrou ser um fator de risco para o consumo de outras drogas como tabaco, drogas ilegais e a manifestação de condições como desordens depressivas, ansiedade, brigas na escola, danos à propriedade e problemas com a polícia” (WHO, 2008 apud MALTA et al., 2011, p. 137).
Alguns autores alertam que o uso de substâncias psicoativas geralmente tem início na adolescência, cujo uso nesta faixa do ciclo vital costuma ser intenso e precoce (SANTOS; PRATTA, 2012). 
Os autores ainda descrevem que, o uso e abuso da droga estão, em um primeiro momento, diretamente relacionados à busca da maximização do prazer, que é inerente ao psiquismo. Entre os comportamentos de risco observados na adolescência tem chamado atenção dos pesquisadores a questão do consumo de drogas que, além de altas prevalências, tem sido cada vez mais precoce.
Nas cidades com um menor índice de habitantes, o uso e drogas tem aumentado, principalmente naquelas comunidades rurais onde concentra-se o maior número de pessoas que não são totalmente assistidas pelo governo, seja ele, municipal, estadual ou federal, exceto pelos programas de transferência de renda. Nisto, as famílias carentes praticamente não recebem auxílio da assistência, quiçá da saúde, para num dado momento, passarem a conhecer o assunto tratado, que é de domínio público. 
No Artigo 59 do Estatuto da criança e do adolescente, diz que “Os municípios, com apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos para programações, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.” (BRASIL, 1990). Dito isto, percebemos que também há uma certa falha dos governantes de porem em pratica o que é escrito na lei, que é ofertar programas de qualidade para o público jovem. Uma certa parcela dos jovens de muitas famílias pobres é facilmente induzida a levarem uma vida fácil e passam a ser objeto de muitos traficantes que ganham dinheiro através do tráfico de drogas, influenciando os adolescentes a tornarem-se escravos de suas vontades, a partir de ameaças, dividas e necessidades que os levam a ir por esse caminho. 
Neste sentido, a partir do momento em que o adolescente faz uso de algum tipo de droga, a sua saúde passa a se fragilizar, como também passa a pôr em risco a sua própria vida, além de comprometer a segurança de toda a sua família, que passa a intervir na situação, muitas vezes de forma errada. 
A drogadição, tomada como um sintoma psíquico, coloca o indivíduo frente à necessidade de compreender que significados essa formação sintomática embute, ou seja, o que ele busca revelar por meio do sintoma. Nessa linha de pensamento, considerando que os estudos epidemiológicos apontam que a maioria dos indivíduos começa a fazer uso de substâncias psicoativas na adolescência e que esse uso entre adolescentes tem sido mais intenso e precoce, é importante identificar principalmente nessa fase do ciclo vital. (SANTOS; PRATTA, 2012).
Nos grandes centros urbanos, o maior número de usuários de drogas encontra-se nas periferias, onde o índice de pobreza é elevado. Também podemos perceber que há um certo número de jovens nas ruas fazendo uso de substancias psicoativas. Isso nos leva a crer que a quantidade de pessoas usuárias de drogas está relacionada ao índice de pobreza e má distribuição de renda ofertada pelo Governo, como também a falta de oportunidade, seja nas grandes e pequenas cidades.
A droga para os adolescentes funciona muitas vezes como refúgio para fugir de uma realidade muito longe da desejada. Quando acontece o primeiro contato com a droga, o indivíduo entra em estado de êxtase, estabelecendo logo de início uma relação de prazer e felicidade, adquirindo novos gostos e objetivos. Com isso, o jovem ou qualquer outro usuário de substancias psicoativas sentem a necessidade de sempre e/ou a qualquer instante reviver a sensação rápida de fantasia prazerosa e alegre.
Nesta sociedade atual o papel dos profissionais da saúde “é alertar os pais para que se aproximem de seus filhos nessa fase tão conturbada de suas vidas, destacando sempre a importância da família e da manutenção de uma convivência familiar saudável”. Assim, “os pais têm papel importante, pois, são eles que ensinam aos filhos a distinguir entre o certo e o errado, fazendo-se presentes em qualquer que seja o caminho tomado pelo filho” (CAVALCANTE; ALVES; BARROSO, 2008, p. 556).
Como um problema que atinge a sociedade como um todo, não pode ser ignorado o papel que esta sociedade e as instituições de assistência em saúde têm para minimizar a ocorrência do mesmo. Assim, para que haja uma participação efetiva da sociedade é necessário conhecermos os fatores que influenciam o consumo de droga.
2.2.1 Da relação das drogas com o adolescente
Os adolescentes se envolvem coma droga cada vez mais cedo e atualmente é uma preocupação da sociedade brasileira, se tornam-se mais expostos e vulneráveis ao consumo de drogas. É um momento especial na vida do indivíduo.
Nessa etapa, o jovem não aceita orientações, pois está testando a possibilidade de ser adulto, de ter poder e controle sobre si mesmo. É um momento de diferenciação em que "naturalmente" afasta-se da família e adere ao seu grupo de iguais e expõe-se também a muitos riscos, como o álcool, o tabaco e a maconha. 
Segundo Schenker; Minayo (2005) os adolescentes sob efeitos do uso de drogas podem ser levados a se envolver em atividades ilícitas, ou reduzir a inibição, levando-o ao envolvimento em atos delinquentes.
Os autores expressam um pensamento que podem modificar o comportamento e atitudes dos adolescentes tirando seus costumes do seio familiar para aderir as atividades ilícitas como forma de manter seus vícios.
Para Gorges (2008), a adolescência é um processo de crescimento e transformação que leva o jovem a chegar até a maioridade, tornando-se adulto, ou seja, a adolescência sucede na passagem da fase da criança para a adulta, sendo o momento em que a pessoa sofre modificações e transformações no comportamento, apresentando, muitas vezes, expressões de rebeldia, dúvidas e curiosidades. 
Com base na citação do autor percebe-se que o mesmo se preocupa com o processo de transformação que o adolescente pode alcançar fora do seu convívio familiar vindo afetar ainda no processo de mudança física, psíquica e social influenciado pela cultura em que está inserido.
Na opinião de Grynberg e Kalina (2002) na adolescência o mundo se descortina, é um salto com vistas para um renascimento, na qual este questiona a conhecida vida familiar, os conceitos tradicionais, regras e padrões preestabelecidos, em busca de algo que seja realmente seu.
Os autores citam em seu entendimento que é na adolescência onde as pessoas vivem um período de vulnerabilidade buscando algo novo que venha realmente ser seu e busca uma nova experiência no seu ciclo, mas entende-se que nem todos são bem sucedidos e assim, perdem sua capacidade de viver adentrando cada vez mais no mundo da droga como resposta para seu fracasso.
É na adolescência que o jovem busca sua própria identidade e quer ser reconhecido no seu ciclo de alguma forma. Mas, Scivoletto (2004, p. 34) afirma que os adolescentes começam a questionar as normas da casa, tentam escolher seu próprio caminho.
Minelli (2005), fala sobre a mudança que há no jovem como ele vê seus pais e como os pais se modificam na influência para com o filho. 
A autora refere-se as relações verticalizadas impostas às ordens dos pais, para converter-se em relações horizontais, prevalecendo o afeto, o respeito e a forma como são conduzidas. Ainda segundo a autora, a amizade torna-se uma relação de pessoas específicas, estabelecendo um novo círculo social.
Velho (apud ESPINHEIRA, 2002) fala sobre a relação com o “mundo das drogas”, onde associa as redes sociais, citando que:
Redes sociais que organizam sua produção, distribuição e consumo, bem como à conjuntos de crenças, valores, estilos de vida e visões de mundo que expressariam modos particulares de construção social da realidade. Nessa mesma linha de raciocínio, evidenciamos que o mundo das drogas produz a cultura das drogas: os grupos em sua singularidade desenvolvem conhecimentos a respeito das drogas que utilizam, compartilhando essas experiências e estabelecendo normas e formas de uso. (VELHO apud ESPINHEIRA, 2002, p. 14).
Entende-se que o os autores se preocupam com a organização e a produção de consumo, bem como, o mundo que o mundo das drogas produz sua mesma cultura, normas e forma de uso.
2.3 Juventude e drogas na contemporaneidade
A relação entre jovens e drogas é um tema que na contemporaneidade vem sendo muito discutido, tanto na mídia, como nos programas sociais, nos noticiários relacionados aos problemas sociais o que torna a abordagem desse fenômeno ampla e complexa. 
Este se constitui como um desafio que deve ser enfrentado com uma visão crítica e realista, principalmente quando se trata de intervenções preventivas (SOARES, 2007).
A droga nos dias atuais está sendo usada como forma de prazer, segurança e autoestima para os adolescentes e isso demonstra uma preocupação para os meios sociais como desafio no processo preventivo. 
A juventude pode ser vista na atualidade como um processo de transição dramático e específico de socialização e integração, onde o jovem passa a ser sujeito, pronto para desempenhar o seu papel, buscando novos modelos de socializar-se sobretudo, pela busca de outros modelos, diferentes dos que têm em casa, pela experimentação, pela busca do prazer.
Segundo Cruz (2000) foi somente a partir do século XX que o uso de substâncias psicoativas passou a ser definido como uma questão médica, de aspectos puramente biológicos. 
Podemos entender como o autor cita, que antes do século XX a questão da droga e seus efeitos não eram consideradas com uma questão de saúde, e ele mesmo também considera as consequências como uma prática de dimensão biológica.
Gilberta Acselrad (2000) pontua que, [...] o consumo de drogas ilícitas é colocado como um caso de segurança nacional, enquanto que os danos decorrentes do uso crônico de álcool e tabaco são discutidos como problemas de saúde pública. 
Atualmente o uso das drogas lícitas pela juventude e demais faixas etárias está relacionada ao sucesso, a beleza e ao modo de vida da sociedade atual, que buscam nas drogas lícitas principalmente para garante seu relacionamento com os grupos sociais e isso caminha para o consumo de drogas ilícitas como prazer e sucessivamente exposto à dor e ao horror da morte.
Segundo Schall (2000, p. 190) “O início do uso na adolescência é favorecido pela pressão do grupo e pela vulnerabilidade é influência dos colegas, associada à insegurança típica da idade e necessidade de aceitação”. 
A autora considera que os adolescentes são influenciados pelos componentes (usuários) do grupo como pretexto para ser aceito e como se encontra em estado vulnerável experimental sem saber as consequências futuras, induzido ou não pelo grupo e pela vontade de ser aceito. 
No estudo de Vitt (2009) um dos fatores apontados como facilitadores ao uso de drogas foi à falta de religiosidade e espiritualidade no meio em que as pessoas convivem. A falta de fé e de valores místicos tem se provado como um dos fatores importantes a serem levados em consideração. 
A autora aponta que os jovens propensos a fazer uso de drogas, são pessoas que não possuem princípios religiosos são mais propícios a se apegarem ao consumo de drogas para o enfrentamento de situações difíceis.
Fiori (2002) considera que o prazer proporcionado pelas drogas só funciona até o momento em que se instala a dependência química e a tolerância do corpo a tais substâncias. 
O autor deixa bem claro que os adolescentes que buscam o prazer pelas drogas só ocorrem quando o usuário já se sente dependente. Nesse contexto, a droga proporciona um efeito positivo quando está na fase de experimento não contínuo, mas quando se torna dependente começa surgir os efeitos negativos que decorre do quadro de dependência, onde a substância só funciona como forma de aliviar o mal-estar provocado pela abstinência.
3 POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
Quando falamos em políticas públicas de saúde, logo pensamos em prevenção, e quando a prevenção não acontece, temos de lidar com a doença ou com o “mal” que nos amedronta, usando as ferramentas certas de combate para que este se dissolva. A prevenção é o ponto chave de toda e qualquer doença, pois se ela não acontece de forma correta, logo teremos consequencias assombrosas durante nossa vida.
 As políticas públicas de saúde foram criadas pelo governo devido a grande necessidade que as pessoas apresentam de se ter mais atenção à saúde e cuidados mais aprofundados no que se diz respeito à prevenção e ao tratamento de doenças, vícios e outras necessidades da população. O acesso aos serviçosrelacionados à saúde que são oferecidos pelo Estado, que cumpre seu papel mediante a lei, que é direito de todo cidadão, pois todos necessitam de viver bem e com saúde, independente de seus valores.
A saúde é direito de todos e dever do Estado, por isso a Constituição Federal traz em seu Artigo 5º, no Capítulo II, a seguinte ordem:
VIII- Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se às invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei. (BRASIL, 1988).
A partir da promulgação da Constituição Federal, as políticas de saúde ganharam novas configurações estabelecendo-se como direito universal. Assim, o novo sistema, antes restrito ao trabalhador segurado passa a abarcar a totalidade da população. Outra alteração significativa é quanto a forma de financiamento da saúde, que historicamente estava sob a responsabilidade única da União, agora, com a criação do SUS conta com a participação dos estados e municípios. (CIELO; SCHMIDT; WENNINGKAMP; 2015)
O Sistema Único de Saúde foi implementado no Brasil com o intúito de que a população teria mais facilidade no acesso aos serviços de saúde que são oferecidos. Já que atigamente, apenas as pessoas com uma melhor condição financeira tinham acesso com mais frequencia.
Nisto, as características que o sistema de saúde deve ter para que a população possa te acesso aos seus direitos são as seguintes: deve ser essencial a todo cidadão, independente de sua capacidade financeira ou de sua forma (ou possibilidade de inserção no mercado de trabalho; deve ser capaz de responder às exigencias posta pela transformação do quadro demografico e do papel epidemológico, garantindo a adequação das ações às demandas postas pelos diferentes quadros sanitários, nas diversas regiões do país; deve ter como objetivo a construção e a preservação de saúde e não apenas a cura da doença; deve operar de modo articulado, sujeito aos mesmos principios e diretrizes, viabilizando a integralidade dos cuidados com a saúde e oferecendo serviços de boa qualidade; deve, para assegurar tudo isso, contar com um processo decisório participativo e submeter-se ao controle dos sujeitos sociais. Em resumo acesso universal, integralidade da atenção, enfase em ações de promção e proteção da saúde, descentralização, participação social (...). (BARROS, 1996)
Entre as políticas publicas de saúde que combatem as drogas no Brasil, existe a Política Nacional Sobre Drogas (PNAD), aprovada em 23 de maio de 2005, que foi implementada pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD), o orgão resposável por coordenar e integrar as ações do governo para promover a redução da demanda de drogas.
Os objetivos propostos pela PNAD são: “Conscientizar a sociedade brasileira sobre os prejuízos sociais e as implicações nagativas representadas pelo uso de drogas e suas consequências; educar, informar, capacitar e formar pessoas em todos os seguimentos sociais para a ação efetiva e eficaz de redução da demanda, da oferta e de danos, fundamentada em conhecimentos científicos validados e experiências bem sucedidas, adequadas a nossa realidade (...); implantar e implementar rede de assistência integrada, público e privada, intersetorial, para pessoas comtranstornos decorrentes do consumo de substâncias psicoativas, fundamentadas em conhecimento validado, de acordo com a normatização funcional mínima, integrando os esforços desenvolvidos no tratamento; avaliar e acompanhar sistematicamente os diferentes tratamentos e iniciativas terapêuticas, fudamentados em diversos modelos, com a finalidade de promover aqueles que obtiverem resultados favoráveis; reduzir as consequências sociais e de saúde decorrentes do uso indevido de drogas para a pessoa, a comunidade e a sociedade (...).” (BRASIL, 2010)
A PNAD traz como pressupostos a idéia de construção de uma sociedade protegida do uso de drogas ilícitas, a questão de reconhecer as difrenças entre os usuários, a pessoa em uso indevido, o dependente e o traficante de drogas, para que haja uma forma diferenciada de tratá-los. Outro ponto importante citado pela PNAD é a de garantir ações que tratem da redução de oferta de drogas, por intermédio da atuação coordenada e integrada dos orgãos responsáveis pela persecução criminal, em níveis federal e estadual, visando realizar ações repreensivas e processos criminais contra os responsáveis pela produção e tráfico de drogas. (BRASIL, 2010)
Também nota-se a Lei nº 11.343/2006 que foi criada no governo Lula logo após a implementação da PNAD, com o objetivo de regulamentar e combater o uso e o tráfico de drogas aplicando medidas socioeducativas pelos juizados especiais criminais, e a questão da fiscalização e acompanhamento das pessoas que fazem uso indevido de drogas.
A Lei nº 11.343/2006 instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre drogas com a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades de prevenção, tratamento e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como as de repressão ao tráfico estando em perfeito alinhamento com a Política Nacional sobre Drogas e com os compromissos internacionais do país. (BRASIL, 2010)
O Ministério da Saúde (2003) diz que a dependência das drogas é transtorno onde predomina a heterogeneidade, já que afeta as pessoas de diferentes contextos e circunstâncias. Muitos consumidores de drogas não compartilham da expectativa e desejo de abstinência dos profissionais de saúde e abandonam os serviços. Assim, o nível de adesão ao tratamento ou práticas preventivas e de produção é baixo, não contribuindo para a inserção social e familiar do usuário.
A Lei traz em seu Art. 3° a questão que trata do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre drogas que diz o seguinte: 
Art 3°- O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades relacionadas com: 
I- A prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social usuários e dependentes de drogas.
II- A repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
3.1 Sintomas, sinais e consequências do uso abusivo de drogas	
Conforme Marques e Cruz (2002, p.32) “O uso de drogas é um fenômeno bastante antigo na história da humanidade e constitui um grave problema de saúde pública, com sérias consequências pessoais e sociais no futuro dos jovens e de toda a sociedade”. Considerando que as consequências do uso abusivo de drogas, pelos adolescentes, que atingem várias dimensões de seu desenvolvimento, é necessário discorremos sobre os principais sinais e sintomas presentes nas pessoas que fazem uso abusivo de drogas.
A questão do uso de drogas é relevante, sendo que “o consumo de álcool em excesso pelo adolescente traz várias consequências graves para sua saúde, evidenciando-se que esta droga socialmente aceita é a porta de entrada para o consumo e o vício em outras drogas, ditas ilícitas” (CAVALCANTE; ALVES; BARROSO, 2008, p. 557). As autoras ainda consideram que, algumas questões se mostram relevantes, quando nos referimos à vulnerabilidade dos adolescentes no plano individual, social ou pragmático. 
O uso e o abuso de álcool e outras drogas lícitas constituem as principais causas desencadeadoras de situações de vulnerabilidade na adolescência, a exemplo dos acidentes, suicídios, violência, gravidez não planejada e a transmissão de doenças por via sexual e endovenosa, nos casos das drogas injetáveis (BRASIL, 2007 apud CAVALCANTE; ALVES; BARROSO, 2008, p. 557).
As substâncias psicotrópicas atuam diretamente no Sistema Nervoso Central (SNC), podendo resultar em alterações comportamentais, humor, cognição e percepção. Conforme o mecanismo de atuação no Sistema Nervoso Central que são classificadas em: Depressoras, estimulantes e/ou perturbadoras (CARLINI et al., 2001). Dentre os sinais e sintomas apresentados, existe ainda a tolerância que se caracteriza […] pela diminuição dos efeitos de uma dose fixa da substância psicoativa no decorrer da administração prolongada,ou ainda, pela necessidade de se aumentar a dose para obtenção dos efeitos iniciais. A tolerância farmacodinâmica resulta da alteração do equilíbrio ou homeostase de circuitos neurais, de tal forma que estes atingem novos pontos de equilíbrio na presença de inibição ou estimulação por uma determinada substância.
São inúmeras as consequências do uso de drogas, principalmente por que atinge catastroficamente a saúde do adolescente.
“Os inalantes, como a cola de sapateiro, as ações dopaminérgica e noradrenérgica, podendo produzir, durante a intoxicação, crises convulsivas, isquemia cardíaca e cerebral, além de quadros maniformes e paranoides. O uso crônico induz a síndromes psiquiátricas semelhantes a depressão, ansiedade, pânico, mania, esquizofrenia e transtornos de personalidade. Também provoca piora do desempenho em tarefas que exigem a integridade de funções cognitivas, exaustão crônica e alterações funcionais de lobos frontais. O uso endovenoso está relacionado está relacionado à transmissão de doenças como a síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), e as hepatites B e C [...]. O uso de “crack” pode provocar vários problemas pulmonares, como tosse, expectoração, pneumonia hemoptise, bronquioespasmo e edema pulmonar. A cocaína e principalmente o “Crack” são drogas que podem desenvolver dependência de forma rápida.” (MARQUES; CRUZ, 2002, p.33)
Segundo Abreu (2007), os problemas originados das drogas são complexos e dinâmicos. Assim, pressupõem-se que as complexas relações que envolvem o uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas fazem parte de um cenário de vulnerabilidade e violência. Portanto, deve ser encarado como um problema complexo e desafiante que carece de ser enfrentado pelos governantes.
Se considera que não há possibilidade de uma sociedade que não faça uso de psicoativos, uma perspectiva, então, volta-se para a redução de danos, sejam individuais ou coletivos (CRIVES; DIMENSTEIN, 2003, p.29).
Nesta sociedade atual o papel dos profissionais da saúde “é alertar os pais para que se aproximem de seus filhos nessa fase tão conturbada de suas vidas, destacando sempre a importância da família e da manutenção de uma convivência familiar saudável”. Assim, “os pais têm papel importante, pois, são eles que ensinam aos filhos a distinguir entre o certo e o errado, fazendo-se presentes em qualquer que seja o caminho tomado pelo filho” CAVALCANTE; ALVES; BARROSO, 2008, p. 556).
A questão é que muitas vezes, não há um diálogo estabelecido no ceio familiar para que haja uma orientação afim de evitar, na maioria dos casos, que estes jovens se envolvam tão cedo no mundo das drogas. Além do mais, nos dias atuais, o papel de educar os filhos está muitas vezes sendo exercida pelos professores que apenas tem a função de transferir conhecimento. Com isso, fica ainda mais difícil manter um relacionamento saudável na família.
Como um problema que atinge a sociedade como um todo, não pode ser ignorado o papel que esta sociedade e as instituições de assistência em saúde têm para minimizar a ocorrência do mesmo. Assim, para que haja uma participação efetiva da sociedade é necessário conhecermos os fatores que influenciam o consumo de droga.
3.2 Fatores que influenciam o consumo de drogas	
A pessoa não começa a usar drogas ou abusar delas por acaso ou por uma decisão isolada, sendo que o uso indevido de drogas fruto da ação de múltiplos fatores, como influência de amigos, de traficantes, além dos contextos social, político, cultural e econômico. Assim, alguns fatores de risco para o uso de substancias psicoativas pelos adolescentes são:
	
[…] (a) pessoais: predisposição genética, transtornos de personalidade, mau desempenho escolar, baixa autoestima e comportamento agressivo na infância; (b) interpessoais: falta de apoio familiar, pressão do grupo e violência doméstica; e (c) ambientais: disponibilidade de drogas, pobreza, falta de políticas sobre drogas, normas e atitudes sociais favoráveis ao uso (SILVA NETO et al., 2012, p.5).
Quanto às questões pessoais citadas pelo autor, temos os transtornos de personalidade. No qual o adolescente que vive sendo pressionado diariamente a adaptar-se ao cenário político, social e econômico do mundo atual, que caracteriza a juventude como seres problemáticos, que para ser ‘estiloso(a)’ e completamente feliz, é preciso estar diariamente conectado ao mundo virtual. Sendo assim, o adolescente se ver “desarmado” e extremamente desnorteado, incapaz de buscar ajuda psicológica que o tire do buraco negro em que está sua vida. Por isso, o jovem tende a ir pelo caminho mais fácil, onde a está inserida. Vale ressaltar que a baixa autoestima também é um problema que o jovem tende a lidar e está intrinsicamente ligada a uma das causas que os levam a fazer uso das drogas. Isso por que ele se sente auto insuficiente perante uma sociedade baseada em estereótipos, que a todo instante cobra exageradamente dos adolescentes e impõe rótulos para que se tenha uma vida social.
A adolescência é uma fase do ciclo vital, onde muitas vezes ocorre o início do uso de drogas, “seja como mera experimentação seja como consumo ocasional, indevido ou abusivo” (SCHENKER; MINAYO, 2005, p. 708). Para as autoras citadas, [...] A família, pelo papel de inserir seus membros na cultura e ser instituidora das relações primárias, influencia a forma como o adolescente reage à ampla oferta de droga na sociedade atual. 
Também acredita-se que um dos fatores mais vistos atualmente que levam o adolescente a usar drogas e está ligada às questões interpessoais é a questão da relação com alguns amigos. Isso por que, ao começar um ciclo de amizade com alguém, o adolescente é cobrado por estes a fazer coisas que vão além de sua capacidade, eles são pressionados a fazer uso de certas substâncias onde, muitas vezes, não estão totalmente dispostos. 
De acordo com Cardoso e Malbergier, (2014, p.3) a aprovação dos amigos em toda e em qualquer decisão é de extrema importância para os jovens e exerce um elevado grau de influência na vida dos mesmos.
As relações familiares saudáveis desde o nascimento da criança servem como fator de proteção para toda a vida e, de forma muito particular, para o adolescente. No entanto, problemas enfrentados na adolescência, plantados na infância, têm um contexto de realização muito mais ampliado. Buscar-se-á, portanto, neste texto, realizar uma discussão do contexto familiar e outros ambientes importantes para a prevenção do uso indevido de drogas, como é o caso do grupo de pares, da escola, da comunidade e da mídia (SCHENKER; MINAYO, 2005, p. 708).
Atualmente, os meios de comunicação anunciam largamente propagandas de algumas substancias psicoativas em qualquer horário, demonstrando que a utilização destas substancias trazem benefícios variados, acessíveis e com facilidade de aquisição pelo consumidor (ALAVARSE; CARVALHO, 2006).
Um problema enfrentado pelos adolescentes diz respeito à queda no desempenho escolar, dificuldades de aprendizado, prejuízo no desenvolvimento e estruturação das habilidades cognitivo comportamentais e emocionais (ALMEIDA FILHO et al., 2007).
Conhecendo os fatores que influenciam o consumo de drogas é possível vislumbrar de que modo as Equipes Básicas de Saúde (EBS) podem atuar no sentido de promover, prevenir e até mesmo minimizar o consumo de drogas pelos adolescentes. 
Para melhorar a demanda espontânea uma estratégia importante é o desenvolvimento de ações como a divulgação interna na unidade, visitas domiciliares, divulgações na comunidade e estabelecimento de parcerias institucionais com famílias, associações juvenis, grupos sociais e religiosos, clubes e escolas, são fundamentais para que um maior número de adolescentes seja envolvido e informado sobre as perdas e ganhos, quando se escolhe ou se abdica das drogas (CAVALCANTE; ALVES; BARROSO, 2008).
Entende-se que as equipes de saúde se preocupam cada vez mais com os riscos envolvidos nessa problemática. Portanto, considera-se imprescindível uma atuação ativa, mediante um projeto de intervenção no cenárioda atenção primária de saúde.
4 COMBATE ÀS DROGAS
Falar de combate às drogas pode parecer fácil, mas a prática exige sacrifício, dedicação e muita força de vontade. Vimos no decorrer deste estudo que as drogas podem trazer inúmeros malefícios para a sociedade, e podem também causar sérios problemas de saude, principalmente se o uso abusivo destas substâncias acontecer tão precocemente. É extremamente importante que aconteça a prevençaõ das drogas, seja nas escolas, nas famílias, como no meio social em geral, no qual estamos inseridos, especialmete se tratarmos desta prevenção como fator individualmente. No entanto, a partir do momemto em que esta prevenção não é feita ou simplesmente acontece de forma reduzida e descentralizada, é fundamnetal que se tenha em questão o combate às drogas e que este combate aconteça de forma coletiva, e em toda a sociedade.
Os autores Oliveira, Bittencourt e Carmo (2008) elecam um fato importante, “Nas últimas décadas do século XIX e na atualidade, o trabalho de prevenção de drogas vem passando por um processo de evoluição de um modelo cuja as ações e diretrizes, anteriormente centradas no tratamento e na internação (um problema médico), intervencionista e repressor (um problema jurídico) para o enfoque na educação e saúde, com valorização da vida e participação da família.”
Dito isso, logo lembramos de todo o processo de evolução e melhorias no que se diz respeito ao combate as drogas e as políticas públicas ofertadas pelo governo que vêm contribuindo para que este combate aconteça de forma correta, como foi citado no capítulo anterior. Para tanto, os autores acrescentam que:
 As ações preventivas devem, portanto, ser direcionadas às comunidades em situação de risco e aos problemas decorrentes do uso/abuso de drogas. Dentre os fatores de risco relacionados ao uso e abuso de drogas há de se considerar: precárias condições de moradia, presença do tráfico, ausência de perspectiva de trabalho, de ascessão social e de opções de vida socialmente integradoras (OLIVEIRA; BITTENCOURT; CARMO, 2008).
É preciso considerar que as ações preventivas devem ocorrer de forma geral, a fim de que possa beneficiar a população, nos mais variados aspectos, para que possam defintivamente saírem do abismo em eu se encontram. O combate às drogas tem de acontecer intrisecamente no ceio familiar, onde a familia tenha como principal foco a recuperação do dependente de forma total, mas sempre mantendo o equilíbrio emocional, para que não aconteca uma desestresuturação entre os familiares, e por consequência, isso venha a prejudicar a relação entre o usuário e a familia e também a recuperação deste. Neste ultimo estudo, vamos concluir falando do papel que a família exerce no combate às drogas e buscar meios de enfrentar as difuculdades e os problemas trazidos com uso das drogas.
4.1 Importância da família na luta contra as drogas
Sabemos que é na família que construímos nossos princípios e conceitos sociais, e é a partir dela, temos as nossas primeiras experiências de convivência em sociedade. Acredita-se que não se pode viver de forma “saudável” na sociedade, tendo contato com outras pessoas e dividindo experiências, sem que antes de tudo, o ser humano tenha estabelecido um convívio familiar ou sem ter passado pela experiência de ter feito parte de uma família, com costumes, regras, vínculos afetivos e outras formas de aprendizado que apenas a família é capaz de ofertar. 
Porreca (2004, p.13) pontua que a família, enquanto unidade de reprodução social e biológica, constitui-se também como unidade de cooperação econômica e de consumo coletivo de bens materiais e simbólicos. As possibilidades de consumo estão relacionadas à heterogeneidade dos atributos sociais de seus integrantes, como idade, grau de escolaridade, ocupação, forma de inserção no mercado de trabalho, e repertório cultural, que, conjuntamente, conferem a cada um deles possibilidades diferenciadas de auferirem determinado rendimento. O ser humano tem como necessidade viver em contato social com outras pessoas para haja uma comunhão ou até mesmo para sua própria evolução pessoal. 
Conforme Acosta e Vitale (2016), acerca das relações familiares, as autoras enfatizam:
[...] Cada família constrói sua própria história, ou seu próprio mito, entendido como uma formulação discursiva em que se expressam o significado e a explicação da realidade vivida, com base nos elementos objetiva e subjetivamente acessíveis aos indivíduos na cultura em que vivem. Pensar a família como uma realidade que se constitui pelo discurso sobre si própria, internalizado pelos sujeitos, é uma forma de buscar uma definição que não se antecipe à sua própria realidade, mas que nos permita pensar como ela se constrói, constrói sua noção de si, supondo evidentemente que isto se faz em cultura, dentro, portanto, dos parâmetros coletivos do tempo e do espaço em que vivemos, que ordenam as relações de parentesco (entre irmãos, entre pais e filhos, entre marido e mulher). Sabemos que não há realidade humana exterior à cultura, uma vez que os seres humanos se constituem em cultura, portanto, simbolicamente.
É inegável que a família constitui um papel importante na vida de cada pessoa. Desde os primórdios da humanidade, quando foram instituídas as primeiras famílias, temos visto que as relações interpessoais têm ganhado grande proporsão no que se diz respeito a formação da sociedade e as primeiras civilizações.
 A família e sua forma de organização institui-se como um elemento relevante no processo de socialização de seus menbros por meio da transmissão de valores, normas e modelos de comportamento, tendo a função de torná-los integrantes do universo doméstico e do público. A composição familiar, ainda hoje é caracterizada como sendo fundada pelos laços de parentescos advindos das relações de aliança (casamento) por vínculos de consanguinidade (ROMANELLI, 2002). O homem tem a necessidade de viver em meio ao convívio familiar e estabeler vínculos que o ajudem a desenvolver-se enquanto ser humano, servindo assim, como apoio no decorrer de sua vida para que se tenha preparo nas adversidades que este venha a enfrentar, como auxílio nas dificuldades financeiras, amparo emocional na vida pessoal e ajuda nos cuidados com a saúde, entre outros aspectos.
Entende-se, portanto, a família como um locus a ser protegido e que pode vir a fortalecer ou esfacelar as possibilidades de crescimentoe potencialidade de seus membros para com a sociedade, logo se faz necessário evitar a neutralização da família havendo a necessidade de compreendê-la como um grupo social dinâmico xom momentos de organização-desorganinzação-organização que interfere e sofre interferência do contexto sociocultural (CARVALHO, 2002).
Embora a família tenha sofrido mudanças quanto à sua estrutura e funcionamento nos últimos anos, ela continua sendo a principal base de segurança e bem-estar de seus membros. Em função destas mudanças, são múltiplas as possibilidades de arranjos familiares, sem que seja possível indicar um arranjo específico como típico ou ideal, considerando-se que a família pode ser definida como um grupo social especial, caracterizado pela existência de vínculos baseados na intimidade, na afetividade e nas relações intergeracionais (Dessen, 2010).
Quando acontece o envolvimento da pessoa com as drogas, a família é a primeira a receber o impacto da notícia e também a primeira a buscar soluções favoráveis que possam contribuir com a “emersão” do indivíduo do mundo das drogas. Não obstante, a família sofre junto ao usuário, trazendo assim, questões familiares e danos irreparáveis, não somente para o dependente, mas drasticamente para os familiares que estão lutando ao lado do usuário. 
Para Lopes (1996, p. 78):
“a família tem um papel de destaque no processo de recuperação do dependente,buscando impedir que o problema avance e auxiliando no tratamento mais adequado para a situação. Em alguns casos, isto torna-se particularmente difícil pela fragilidadecom que todos os seus membros chegam a este ponto.”
Apesar das adversidades enfrentadas pelos usuários de drogas, envolvendo também o contexto familiar, como os desentendimentos e as richas familiares, pode-se notar como ponto principal o envolvimento e a participação da familia no combate às drogas, e um dos fatos que contribui para a reestruturação que livra o usuário de sua dependência quimica e a reinserção na sociedade, onde a pessoa com problemas pode se sentir como parte integrante da sociedade, tendo assim, a sua dignidade reestabelecida.
É extremamente importante que a familia apoie o usuário nas decisões que este venha a tomar, no que se diz respeito ao tratamento, a fim de que o dependete químico tenha consciência de que não está sozinh nesta luta e que, com a familia ao seu lado, motivando-o ao invés de julgá-lo, como acontece em muitos casos, os problemas possam ser resolvidos.
O condenar e combater o uso e abuso de drogas, deve, portanto, levar em consideração a evolução histórica de uma determinada região ou sociedade, bem como os fenômenos sociais, políticos e culturais do contexto no qual se inserem, senão este combate será cego, fanático e ineficiente, porque não ataca o problema em si, mas apenas certas conseqüências, certos sintomas de disfuncionamento social amplo, fazendo parte a exploração econômica e política das drogas, onde se lança de qualquer meio e argumento para tirar vantagens ou lucro (ARAÚJO et al, 2014) 
Como já foi falado nos capítulos anteriores, sabemos que o problema das drogas na maioria das vezes surge devido a conflitos familiares e desentendimentos que levam o jovem a buscar meios de fugir de tal realidade. Nesta perspectiva, nada mais sensato que encontrar soluções dentro do ceio familiar, auxiliando e guiando o usuário a traçar caminhos mais fáceis, sem deixar de ressaltar que sozinho não poderá sair do mundo das drogas e que um tratamento adequado, com profissionais capacitados o ajudará completamente.
4.2 Descobrindo caminhos para enfrentar as dificuldades
Existem diversas formas de enfrentar os problemas que tendem a aparecer na nossa vida, seja através de uma boa conversa com amigos de confiança, conhecendo novos lugares ao lados de pessoas amadas, ou até mesmo ter momentos de lazer sempre que puder. Atualmente, as pessoas sofrem drasticamente com a pressão psicológica e social imposta pela sociedade, onde o ser humano é cobrado de todos os lados a escolher uma posição acerca das catástrofes que o mundo vem apresentando. 
O primeiro passo para o ser humano se ver livre do mundo das drogas é tomar a decisão de aceitar ajuda, seja profissional ou no âmbito familiar, e ter a convicção de que sozinho não conseguirá se livrar da dependência, pois é essencial que o usuário receba palavras motivacionais que o ajudem a superar esta difícil fase de sua vida.
O Conselho Federal de Serviço Social (2016), que trata sobre o estigma do uso das drogas em seu Caderno 2, dá ênfase a alguns pontos que tratam da atuação dos profissionais da assistência social mediante ao uso de drogas.
 Na Assistência Social: 
1. obstaculização do acesso à programas e direitos socioassistenciais, quando o uso de psicoativos, sobretudo os ilícitos, é constatado pelas equipes; 
2. horários de atendimento, critérios rígidos e burocratizados, contrários às perspectivas de flexibilização e da baixa exigência que orientam as práticas de acolhimento, em face das situações de vulnerabilidade e do perfil das/os usuárias/os de psicoativos; 
3. interdição do acesso aos equipamentos que oferecem abrigo, alimentação e higiene pessoal às/aos usuárias/os que estão sob efeito de psicoativos; 
4. interdição do acesso a programas de transferência de renda, numa perspectiva de controle moral sobre a destinação dos recursos (se será usado para compra de psicoativos, por exemplo).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Gostaríamos de concluir esta reflexão ressaltando a importância desta temática para a sociedade em geral, especialmente para a Família, lugar que mais sofre com impacto social nos dias de hoje. A questão das drogas não é assunto somente dos governantes que criam políticas de combate a todo momento, mas é um assunto atual e extremamente preocupante, que interessa a todos os brasileiros, até mesmo para aqueles não fazem uso de certas substâncias ou que não têm parentes envolvidos. Isto por que, ela atinge a todos direta ou indiretamente, pois se não está na sua casa, está na casa de um vizinho ou de um amigo que seu filho ou sua filha conhece. É preciso ter conhecimento do assunto por que só desta forma podemos combater coletivamente este mal que tanto prejudica as pessoas.
Para aqueles que já lutam por uma sociedade sem drogas, a ideia é de unir mais pessoas para ganhar forças e esta luta motivar mais cidadãos que querem se ver livres deste mal. Quanto àqueles que lutam para se ver livres dos vícios, que eles possam ganhar esta batalha e servir de inspiração para outros que passam pela mesma situação. 
O processo de trabalho do(a) Assistente Social remete ao objeto de trabalho do mesmo e à junção da teoria com a prática no enfrentamento das expressões da questão social. Desse modo, o(a) profissional que no exercício cotidiano da profissão consegue alinhar as dimensões do Serviço Social (ético-político, teórico-metodológico e técnico-operacional) tece uma gama de habilidades para tornar efetivo, eficaz e eficiente em todas as suas ações em qualquer campo de trabalho, ainda que, existem limites na sua atuação. A intervenção do(a) Assistente Social no enfrentamento da dependência química é extrema e urgentemente necessária, uma vez que este(a), na prática profissional, está inserido nas políticas públicas com um espaço privilegiado (SANTOS; FREITAS, 2012). 
O nosso papel enquanto futuros assistentes sociais e servidores da população, é de ter sempre consciência de que esta profissão seja a âncora daqueles que sofrem com a questão social, diariamente enfrentando problemas diversos, lutando para ver sua família bem, com pleno acesso à educação e a saúde. Somos a esperança de todo cidadão que procura por seus direitos nas prefeituras, nos centros de referência e nos mais diversos lugares que ofertam serviços socioassistenciais à sociedade, acreditando na nossa mediação e esperando obter uma notícia positiva. 
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