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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
Krislenn Julia Machado 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA PARA 
CRIANÇAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2022 
 
 
 
 
Krislenn Julia Machado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA PARA 
CRIANÇAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso, referente à 
disciplina: trabalho de conclusão de curso II 
(INT5182) do Curso de Graduação em 
Enfermagem da Universidade Federal de Santa 
Catarina, como requisito parcial para obtenção do 
Grau de Enfermeiro. 
 
Orientadora: Profa. Dra. Valéria de Cássia Sparapani 
 
 
 
 
 
Florianópolis 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Krislenn Julia Machado 
 
 
 
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE CARTILHA EDUCATIVA PARA 
CRIANÇAS COM DIABETES MELLITUS TIPO 1 
 
 
Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado como requisito parcial para obtenção 
do Título de “Enfermeiro” e aprovado e sua forma final pelo Curso de Graduação em 
Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. 
 
Florianópolis, 22 de novembro de 2022 
 
 
 
________________________ 
Prof. Dra. Margarete Maria de Lima 
Coordenador do Curso de Graduação em Enfermagem 
 
 
 
________________________ 
Profa. Dra. Valéria de Cássia Sparapani 
Orientadora 
 
Banca examinadora: 
Profa. Dra. Jane Cristina Anders 
Universidade Federal de Santa Catarina 
 
Dra. Jéssica Mallmann Erbes Schaefer Martins 
Hospital Infantil Joana de Gusmão 
 
Profa. Dra. Juliana Coelho Pina 
Universidade Federal de Santa Catarina 
 
 
Florianópolis 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A educação em diabetes não é parte do 
tratamento. É o próprio tratamento” 
(Elliot P. Joslin) 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
Se hoje estou aqui, escrevendo estes agradecimentos, é porque um ciclo está próximo 
de ser encerrado. Parece que foi ontem que eu estava fazendo umas das escolhas mais difíceis: 
que profissão gostaria de seguir? O que colocar no vestibular? Algo estava certo, queria a área 
da saúde! Mas qual profissão? Aqui estou, escolhi a Enfermagem! 
Ter entrado na Universidade Federal de Santa Catarina, foi um dos maiores motivos de 
orgulho dos meus pais. O brilho no olhar deles ao ver meu nome na lista foi emocionante, e foi 
pensando neste brilho em seus olhos que segui firme para conquistar o tão almejado diploma. 
Mãe e Pai, obrigada por me mostrarem que percurso da vida seguir, por me ensinarem a 
importância dos estudos desde o ensino fundamental. Obrigada por todas às vezes que afastaram 
todo mal que poderia me influenciar neste caminho a ser seguido. 
 Cada etapa dessa jornada, chamada graduação, me fez crescer como pessoa, como ser 
humano. A enfermagem é a profissão do cuidar com ciência! Cada disciplina, cada estágio, 
pacientes e familiares fizeram eu ter certeza de que fiz a escolha certa, ser enfermeira! 
E em especial nesta última fase, o dilema, eu quero, eu posso, eu consigo, fez parte dos 
meus dias. Mas isso só foi possível devido ao apoio de pessoas especiais. Meu sincero 
agradecimento vai a vocês: 
Mãe e Pai, mais do que nunca, sentiram o quão desafiador estava sendo, e me deram 
forças com gestos de carinho, palavras, pensamentos positivos e orações. 
Mychel Daniel, meu namorado, parceiro, melhor amigo, meu pilar. Me acompanhou 
desde a segunda fase do curso, nesta longa jornada, acreditou que eu era capaz até quando eu 
mesma já não acreditava mais. Me ouviu, me aconselhou, me ajudou. Obrigada por esses quatro 
anos de muita parceria, e por ler mais três vezes este trabalho junto comigo, para ter certeza de 
que estava bom. 
Minha sogra, que entrou nessa jornada junto comigo, esteve ao meu lado, acordou cedo 
nos dias de estágio para me acompanhar, sempre se preocupando se eu estava me alimentando 
bem, fazendo as marmitinhas deliciosas para ter energia e concluir as horas corridas e intensas 
de estágio e TCC. Agradeço pelas orações, pelos conselhos. Deus com certeza não cruzou nosso 
caminho por acaso. 
As minhas amigas do curso de enfermagem, obrigada pelos dias de estudos juntas, pelas 
trocas de conhecimento, pelos momentos descontraídos. Em especial a minha amiga Vitória 
Davi, que segurou a minha mão nesta última fase. Nós duas sabemos o quão desafiador foi 
conciliar o estágio hospitalar com a disciplina de TCC. Obrigada amiga, serei sempre sua fã. 
 
 
 
Ao Grupo de Estudos e Educação em Diabetes (GEEDI), por toda troca de 
conhecimento, aproximação com o mundo do cuidado a criança/adolescente que vive com 
diabetes tipo 1. Agradeço em especial a coordenadora desse lindo projeto de extensão, Prof. 
Dra. Valéria de Cássia Sparapani, por sempre nos ensinar com tanto amor, carinho e sabedoria. 
Por todas as oportunidades, por aceitar me orientar, e acreditar que o presente trabalho daria 
certo. 
Agradeço aos especialistas da saúde que aceitaram participar da pesquisa e contribuíram 
com o aprimoramento da cartilha educativa. Agradeço a Banca Examinadora pelo aceite e 
leitura acurada deste trabalho. 
Agradeço a Deus, e a mãe padroeira do Brasil, nossa Senhora aparecida, com a minha 
fé, me senti iluminada nos dias de criatividade, e acolhida nos momentos de cansaço. 
 
 
 
 
RESUMO 
Introdução: O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica, caracterizada por insulino- 
dependência desde o diagnóstico, que geralmente ocorre na infância e adolescência. Visto que 
crianças passam a maior parte do dia longe do principal cuidador, é importante que saibam 
identificar sinais de alerta para complicações agudas do diabetes, como hiperglicemia e 
cetoacidose diabética. Para que este público tenha conhecimento sobre estas complicações e 
saiba identificar seus sinais e sintomas, materiais educativos, como cartilhas, são recomendados 
pela literatura. As cartilhas educativas, quando desenvolvidas com foco no público-alvo, 
auxiliam na comunicação em saúde do enfermeiro, oportunizam o ganho de conhecimentos, o 
esclarecimento de dúvidas e incentivam comportamentos saudáveis. Objetivo: Desenvolver e 
validar cartilha educativa sobre hiperglicemia e cetoacidose diabética, para crianças escolares 
que vivem com diabetes tipo 1. Método: Estudo de abordagem metodológica, que desenvolveu 
conteúdo de cartilha educativa norteado pelo referencial teórico-metodológico da Taxonomia 
de Bloom e pela técnica do storytelling, e que validou o conteúdo do material com especialistas 
da área, seguindo a técnica Delphi. A pesquisa está vinculada ao macroprojeto intitulado 
“Desenvolvimento e validação de materiais educativos para crianças com diabetes mellitus tipo 
1”, e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade 
Federal de Santa Catarina. Utilizou-se o Índice de Validade de Conteúdo para análise de 
concordância entre os especialistas quanto ao conteúdo da cartilha. Resultados: Os resultados 
foram apresentados em dois manuscritos, sendo o primeiro sobre o desenvolvimento da cartilha, 
e o segundo destinado à validação do conteúdo da mesma. A cartilha educativa, foi titulada 
como “Aventuras de Alicia no mundo da hiperglicemia”, e o seu conteúdo seguiu as 
recomendações dos passos do domínio cognitivo da Taxonomia de Bloom: “lembrar”, 
“entender”, “aplicar”, “analisar”, “avaliar” e “criar”, trazendo conteúdo sobre hiperglicemia e 
cetoacidose diabética na forma de uma história lúdica que abordou conhecimentos e habilidades 
em ordem de complexidade. A cartilha foi avaliada por 15 especialistas das cinco regiões do 
Brasil, que após a leitura remota do conteúdo da cartilha, responderam ao “Instrumento de 
Validação de Conteúdo Educativo em Saúde”, e deixaram sugestõesao final de cada domínio 
(objetivos, estrutura/apresentação e relevância). O valor crítico do Índice de Validade de 
Conteúdo utilizado para este número de especialistas foi de .60. Os domínios objetivo e 
relevância foram aprovados com .62 e .91, respectivamente. O domínio estrutura/apresentação 
teve o Índice de Validade de Conteúdo abaixo do valor crítico (.20), apontando a necessidade 
de ajustes, em especial na linguagem. O conteúdo das sugestões foi analisado conforme os 
domínios do instrumento e as modificações possíveis e necessárias foram realizadas para 
posterior rodada Delphi com os especialistas. Considerações finais: O uso de referencial 
teórico-metodológico contribuiu no planejamento estruturado da cartilha educativa e no alcance 
dos objetivos de aprendizagem, no caso conhecimento e manejo da hiperglicemia e cetoacidose 
diabética. A validação de conteúdo com os especialistas da saúde revelou que a cartilha 
educativa contempla o tema proposto, esclarece dúvidas e estimula o aprendizado. Adequações 
de linguagem são importantes quando se trata da população infantil. Futuras pesquisas serão 
realizadas para validação de aparência e conteúdo da cartilha e sua disponibilização. 
 
Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 1. Enfermagem. Estudo de validação. Hiperglicemia. 
Cetoacidose diabética. Material Educativo 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - Resultados de análise do CVR (CVR-I e CVR-S) segundo domínios IVCES, 
Florianópolis, 2022. ................................................................................................................ 58 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 — Percurso metodológico......................................................................................... 30 
Figura 2 — Passos recomendados para elaboração de materiais educativos .......................... 40 
Figura 3 — Taxonomia de Bloom e sumarização de conteúdo .............................................. 42 
Figura 4 — Versão 1 da capa da cartilha educativa ................................................................ 43 
Figura 5 — Atividades interativas da cartilha educativa, que cumprem com a categoria avaliar 
da Taxonomia de Bloom ......................................................................................................... 45 
Figura 6 — Protótipo inicial do storyboard ............................................................................ 45 
Figura 7 — Protótipo do storyboard no editor gráfico Canva ................................................ 46 
Figura 8 — Storyboard editor gráfico Canva visualização das cenas .................................... 46 
Figura 9 — Frequência absoluta dos especialistas com respeito ao conteúdo da cartilha 
educativa (N=15) .................................................................................................................... 59 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 — Sugestões dos especialistas segundo domínios e itens do IVCES .................... 60 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
AADE – American Association of Diabetes Educators 
ADA – American Diabetes Association 
DM1 – Diabetes Mellitus Tipo 1 
CAD – Cetoacidose Diabética 
CNS- Conselho Nacional de Saúde 
GEEDI – Grupo de Estudos e Educação em Diabetes Infantil 
GEPESCA – Laboratório de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Saúde da Criança e do 
Adolescente 
IDF – International Diabetes Federation 
ISPAD – International Society for Pediatric and Adolescent Diabetes 
IVATES – Instrumento de Validação de Aparência de Tecnologia Educativa em Saúde 
IVCES – Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo em Saúde 
NFR – Departamento de Enfermagem 
SBD – Sociedade Brasileira de Diabetes 
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso 
TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 14 
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 18 
3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 19 
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 21 
4.1. DIABETES MELLITUS TIPO 1: A IMPORTÂNCIA DO ENTENDIMENTO DE CONCEITOS COMO 
GLICOSE E INSULINA ................................................................................................................................... 21 
4.2. HIPERGLICEMIA: CAUSAS E TRATAMENTOS EVITANDO COMPLICAÇÕES ............................ 24 
4.3. CETOACIDOSE DIABÉTICA: DEFINIÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO PARA PREVINIR 
COMPLICAÇÕES GRAVES ........................................................................................................................... 25 
4.4. O PAPEL DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM DIABETES E O USO DE RECURSOS LÚDICOS
 ........................................................................................................................................................................... 27 
5. MÉTODO ............................................................................................................................ 29 
5.1. TIPO DE ESTUDO .................................................................................................................................... 29 
5.2. PERCURSO METODOLÓGICO .............................................................................................................. 29 
5.2.1. Etapas de elaboração da cartilha educativa .......................................................................................... 29 
5.3. CENÁRIO DO ESTUDO ........................................................................................................................... 33 
5.4. PARTICIPANTES DO ESTUDO .............................................................................................................. 33 
5.5. COLETA DOS DADOS ............................................................................................................................. 33 
5.6. ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................................................... 34 
5.7. CUIDADOS ÉTICOS ................................................................................................................................ 34 
6. RESULTADOS ................................................................................................................... 36 
6.1. MANUSCRITO 1: CARTILHA EDUCATIVA SOBRE HIPERGLICEMIA E CETOACIDOSE: 
STORYTELLING PARA CRIANÇAS ESCOLARES COM DIABETES TIPO 1 .......................................... 36 
6.2. MANUSCRITO 2: VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DE CARTILHA EDUCATIVA DESTINADA A 
CRIANÇAS COM DIABETES TIPO 1: FOCO HIPERGLICEMIA E CETOACIDOSE DIABÉTICA ......... 51 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 65 
8. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 66 
9. APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclarecido” (TCLE) ....................... 74 
10. APÊNDICE B - “Termo de confidencialidade” ............................................................. 77 
11. ANEXO A – “Instrumento de validação de conteúdo educativo em saúde” (IVCES)
 .................................................................................................................................................. 78 
12. ANEXO B – “Parecer consubstanciado do CEP” ......................................................... 79 
14 
 
1. INTRODUÇÃO 
O Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) é uma condição crônica caracterizada por um 
processode autoimunidade, em que ocorre a destruição das células beta pancreáticas. O 
resultado dessa autodestruição é a hiperglicemia persistente, que ocorre devido à falta completa 
e irreversível do hormônio insulina. Comumente o diagnóstico de DM1 ocorre na infância e 
adolescência, porém não é exclusivo nesta faixa etária, podendo ocorrer em adultos jovens 
(AMERICAN DIABETES ASSOCIATION PROFESSIONAL PRACTICE COMMITTEE, 
2022) (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021). Segundo as estimativas da 
INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION (2021) há 108.200 novos casos de DM1 em 
crianças menores de 15 anos ao ano, em diferentes regiões do mundo. O número de casos 
incidentes e prevalentes aumentam em todo o mundo devido ao aumento da incidência e 
redução da mortalidade (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021). Estima-se 
que o Brasil está em segundo lugar na América do Sul e Central com incidência e prevalência 
de crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos com DM1 (OGLE, et al., 2022). 
No DM1 o uso contínuo de insulina é indispensável no tratamento. A insulinoterapia 
para este público tem a finalidade de reproduzir no organismo a função do pâncreas, sendo 
necessário, a aplicação do hormônio exógeno para necessidades basais e prandiais. Entretanto, 
para o melhor manejo do diabetes, tarefas de autocuidado são importantes para manter o 
controle glicêmico, como; monitoramento da glicemia, práticas regulares de atividade física e 
alimentação saudável (JUNIOR; GABBAY, LAMOUNIER, 2022). Quando não há um controle 
metabólico adequado, pode ocorrer o desenvolvimento de complicações crônicas (a longo 
prazo) e agudas, como a hiperglicemia e a cetoacidose diabética (CAD). As complicações do 
diabetes, a longo prazo, podem acometer os olhos (retinopatias), rins (nefropatias), 
sensibilidade de nervos periféricos (neuropatias), doenças cardiovasculares e cerebrovasculares 
(INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021; JUNIOR, GABBAY, LAMOUNIER, 
2022). 
Diferente das complicações crônicas, as agudas ocorrem abruptamente, necessitando de 
reconhecimento dos sintomas e intervenção imediata de modo a prevenir a evolução para suas 
formas mais graves, que podem levar a criança ou adolescente ao atendimento hospitalar de 
urgência. As complicações agudas do diabetes são resultados dos níveis extremos da glicemia. 
Níveis abaixo do valor de normalidade (70 mg/dl), levam o indivíduo a hipoglicemia, e níveis 
acima do valor de referência (180 mg/dl) caracterizam a hiperglicemia. O aumento constante 
15 
 
da glicemia, levando o paciente a uma hiperglicemia, faz com que a criança ou adolescente 
apresente sinais e sintomas de poliúria, polidipsia, polifagia, visão turva, fadiga e perda de peso 
(INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021). 
A hiperglicemia geralmente pode ser tratada fora do ambiente hospitalar e necessita que 
a família e a criança tenham conhecimentos adequados de como conduzir essa situação. Para o 
manejo da hiperglicemia, é importante que seja realizada a monitorização frequente da glicose 
sanguínea, a correção da glicemia com insulina de ação rápida a cada uma ou duas horas e o 
aumento da ingesta hídrica (LAFFEL, et al., 2018). Quando o manejo da hiperglicemia não é 
realizado adequadamente, a condição pode se agravar evoluindo para CAD, necessitando de 
atendimento de urgência em serviço de saúde devido à complexidade das alterações metabólicas 
(LAFFEL, et al., 2018). 
A CAD é uma condição de desequilíbrio metabólico grave, que se caracteriza por 
hiperglicemia, cetonemia e acidemia (HADGU, SIBHAT, GEBRETSADIK, 2019). Há uma 
estimativa que cerca de 6,7 bilhões de pessoas com idades entre 20 e 79 anos morreram como 
resultado do diabetes e suas complicações em 2021 (INTERNATIONAL DIABETES 
FEDERATION, 2021). A CAD é frequente no diagnóstico de DM1 e estima-se que ocorra em 
15 a 70% dos casos na Europa e América do Norte. Já no Brasil, a estimativa é de 67% dos 
casos em São Paulo e 42,3% em outras regiões do país, conforme dados de um estudo 
multicêntrico (MARUCHI, et al., 2012; NEGRATO, COBAS, GOMES, 2012). 
 O quadro clínico característico da criança ou adolescente em CAD apresenta hálito 
cetônico, náusea, vômito, dor abdominal, taquicardia, visão turva, sonolência e alteração no 
nível de consciência. Os fatores de risco para o desenvolvimento de CAD além de hiperglicemia 
mal manejada são, diagnóstico de DM1 recente, baixo status socioeconômico, aplicação 
errônea da dose de insulina, omissão de insulina por diversos motivos, interrupção de insulina 
por obstrução do cateter em pacientes que utilizam bomba de infusão, problemas de 
funcionamento da caneta de insulina, situações de doença e dias menstruais (WOLFSDORF, et 
al., 2018). 
A falta de conhecimento esta complicação pode prejudicar a identificação de causas e 
sintomas da CAD. A literatura discute as dificuldades que crianças, adolescentes e seus 
familiares têm em tratar a hiperglicemia em domicílio. Pacientes com diabetes e seus pais 
revelam a grande quantidade de informações recebidas no diagnóstico e dificuldade de 
entendimento sobre hiperglicemia e CAD neste momento. Enfatizam que não houve 
continuidade das informações sobre CAD e quais são os sinais de alarme e tratamento para esta 
condição (CHAFE, et al., 2015). Os cuidadores principais, tem conhecimento sobre CAD e 
16 
 
sinais e sintomas, entretanto, não tem conhecimento sobre o gerenciamento do diabetes quando 
a criança apresenta uma doença intercorrente, ou seja dias-doentes. (KAABBA, et al., 2021). 
A alfabetização em saúde, conhecida como literacia em saúde, é compreendida como a 
capacidade do paciente e familiares em acessar, compreender, avaliar e aplicar as informações 
de saúde no dia a dia de modo a contribuir para a qualidade de vida e escolhas saudáveis 
(MARCIANO, CAMERINI, SCHULZ, 2019). Para que familiares e pacientes tenham essas 
capacidades que dispõem à alfabetização em saúde, é preciso que a equipe multidisciplinar 
realize a educação nos atendimentos durante todo curso de vida do paciente, numa abordagem 
que acompanhe a fase do desenvolvimento da criança e adolescente (FERREIRA, et al., 2021). 
A educação em saúde é uma estratégia de prevenção de doenças ou complicações e de 
promoção à saúde. Visa motivar o empoderamento e a corresponsabilização no paciente e 
familiares. Essa estratégia facilita o alcance da alfabetização em saúde, resultando assim em 
uma melhor qualidade de vida. A educação em saúde faz parte do processo de trabalho do 
enfermeiro, porém se torna mais diversificada quando desenvolvida por uma equipe 
multidisciplinar (COSTA, et al., 2020). 
Tecnologias em saúde, mais precisamente as classificadas como tipo leve-duras, são 
ditas como saberes estruturados, consideradas bons recursos para educação em saúde, pois 
permitem a elaboração de instrumentos de aprendizagem em saúde, a partir dos saberes prévios 
(MERHY, 2002). Os materiais elaborados podem ser, oficina educativa, folders, cartilhas, 
livros, histórias em quadrinhos, entre outras. Esses tipos de tecnologias têm sido recomendados 
pela literatura, por serem estratégias de empoderamento do público-alvo no conhecimento de 
sua condição e contexto em que está inserido para tomada de decisão (ARAÚJO, et al., 2020). 
São tecnologias educacionais que devem seguir um rigor metodológico para serem 
desenvolvidas e então alcançarem efetividade. 
Dentre estes vários recursos, a literatura descreve o desenvolvimento de cartilhas 
educativas para crianças e adolescentes que vivem com doenças crônicas como diabetes, asma, 
fibrose cística. Existem alguns estudos que desenvolveram cartilhas educativas voltadas à 
população infanto-juvenil com diabetes (ROGENSKI, 2012; MOURA, et al., 2017; FROTA, 
et al., 2020) que serão exploradas na revisão de literatura deste estudo. Porém, nenhuma até a 
finalização desta pesquisa, direcionada para o reconhecimento dos sinais de alarme e manejo 
dahiperglicemia e CAD. 
No ano de 2020, no auge da pandemia, enquanto as aulas estavam suspensas, a autora 
deste trabalho iniciou suas atividades no Grupo de Estudos e Educação em Diabetes Infantil 
(GEEDI), projeto de extensão do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de 
17 
 
Santa Catarina (UFSC). Neste grupo teve a oportunidade de aproximação com a temática do 
DM1 e as dificuldades das crianças, adolescentes e seus familiares no manejo da hiperglicemia, 
o que chamou atenção da autora deste trabalho, e assim desenvolver uma tecnologia em saúde 
numa linguagem simples e atrativa para facilitar a compreensão da hiperglicemia e CAD. 
Neste sentido, a proposta deste trabalho é o desenvolvimento e validação de cartilha 
educativa voltada a crianças com DM1 com foco na hiperglicemia e cetoacidose diabética. Para 
isso, têm-se as seguintes questões norteadoras: Como é uma cartilha educativa sobre 
hiperglicemia e cetoacidose diabética, desenvolvida para crianças com diabetes mellitus tipo 1 
a partir do referencial teórico da Taxonomia de Bloom? A cartilha educativa desenvolvida 
possui conteúdo válido para promover conhecimentos e habilidades de manejo sobre 
hiperglicemia e cetoacidose diabética, segundo especialistas da saúde? 
 
 
18 
 
2. OBJETIVOS 
OBJETIVO GERAL 
Desenvolver e validar conteúdo de cartilha educativa para crianças escolares com 
diabetes mellitus tipo 1 sobre hiperglicemia e cetoacidose diabética. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
● Desenvolver a cartilha educativa a partir do referencial teórico da Taxonomia de Bloom. 
● Validar conteúdo com especialistas da área da saúde de todas as regiões do país. 
● Realizar adequação de conteúdo após análise e sugestões dos especialistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
3. JUSTIFICATIVA 
Segundo pesquisa nacional realizada com crianças menores de 12 anos, as mesmas 
apresentam dificuldade de reconhecer os sintomas de hiperglicemia (MERINO, et al., 2022). 
Resultados da literatura internacional apontam que famílias e pacientes têm dificuldade em 
diferenciar CAD com outras doenças, e que só entendem sobre o assunto após passar pela 
experiência (CHAFE, et al., 2015). Estes dados corroboram com estudo realizado em um 
hospital público, centro de referência para acompanhamento de crianças e adolescentes com 
DM1 no Estado de Santa Catarina, que identificou que crianças escolares têm pouco 
conhecimento sobre como manejar a hiperglicemia, em especial quando longe dos seus 
cuidadores principais em cenários como a casa dos amigos, de familiares, locais de lazer e em 
especial, na escola. O entendimento desta clientela sobre os riscos para desenvolvimento da 
CAD e seu manejo também se mostrou limitado (COSTA, 2019). 
 As crianças com idades entre 7 e 12 anos, em idade escolar, passam a maior parte do 
seu dia a dia no ambiente escolar, muitas vezes em período integral. É importante que os 
cuidados do diabetes sejam executados mesmo quando as crianças estão na escola, pois o 
adequado manejo do diabetes neste cenário ajuda na promoção de um bom controle geral da 
doença. Quando o gerenciamento da doença e autocuidado são inadequados neste cenário, 
complicações agudas como hiperglicemias ou hipoglicemias graves podem ocorrer, o que além 
de prejudicar o tratamento, causa transtornos psicossociais à criança, podendo influenciar no 
desempenho escolar (NEUMANNI, et al., 2020; SPARAPANI, et al., 2017). Muitos países, 
como o Brasil, não possuem políticas públicas que garantam a contratação de enfermeiros para 
atuar nas escolas. É então, agora, que os funcionários escolares (supervisores e professores) 
precisam auxiliar ou supervisionar a administração de insulina, monitorização da glicemia e 
identificação de sinais de alerta de complicações agudas, assim como realizar o manejo das 
mesmas (BRATINA, et al., 2018). 
O apoio do profissional da escola à criança, nos cuidados do diabetes facilita a adesão 
do tratamento neste ambiente (AGUIAR, et al., 2021). Entretanto, é de responsabilidade dos 
pais/responsáveis pelas crianças, assim como profissionais da saúde, fornecer informações 
necessárias de cuidado aos funcionários escolares, assim como preparar as crianças para 
conseguirem identificar sinais e sintomas de alerta para complicações. É sabido que crianças 
escolares não devem ser responsabilizadas pelo autocuidado do diabetes, porém tem a 
capacidade física e cognitiva de reconhecer sinais de alerta e realizar o manejo com a supervisão 
de um adulto (MERINO, et al., 2022). 
20 
 
Diante desta problemática, entende-se ser necessário realizar a educação em saúde, com 
a finalidade de fornecer conhecimento às crianças escolares sobre as hiperglicemias e CAD, 
com uma linguagem adequada a esta clientela, para que se alcance bons resultados no processo 
de ensino-aprendizagem. Cartilhas educativas são excelentes tecnologias educacionais para o 
letramento em saúde de crianças com doenças crônicas, além disso, podem ser desenvolvidas 
digitalmente e impressas. Com as evoluções tecnológicas, a cultura digital está rotineiramente 
inclusa na vida de muitas crianças, e assim passam a maior parte do tempo livre navegando na 
internet (PIMENTEL, COSTA, 2018). Porém, é importante que as tecnologias educacionais 
sejam acessíveis, e pensando em diferentes condições socioeconômicas, algumas famílias não 
têm acesso à internet, e por isso materiais impressos se tornam alternativas recomendadas a 
serem desenvolvidas (COSTA, et al., 2021). 
A partir do estudo de Costa, 2019, iniciou-se um projeto com foco na construção de um 
arcabouço teórico e protótipo inicial de uma cartilha educativa para crianças escolares com 
DM1, com objetivo de orientação quanto ao adequado manejo de hiperglicemias e prevenção 
da CAD (FERNANDES, 2021). Esse estudo utilizou a Taxonomia de Bloom como referencial 
teórico metodológico, o qual se mostrou como excelente estratégia para aplicar os saberes que 
se quer ensinar em domínios progressivos, trazendo conceitos dos mais fáceis e evoluindo para 
os mais difíceis, aumentando assim o nível de complexidade do que se quer passar, a partir do 
conhecimento adquirido (FERRAZ; BELHOT, 2010). Neste sentido, o presente projeto tem 
como objetivo dar continuidade a estes estudos, propondo-se a desenvolver protótipo final e 
validar o conteúdo de uma cartilha educativa para crianças escolares, com foco na hiperglicemia 
e CAD. 
 
21 
 
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A seguir serão apresentados os principais temas que embasam a fundamentação teórica 
deste trabalho. Foi realizado estudo para o aprendizado e esclarecimento de conceitos e maior 
aprofundamento dos temas a serem trabalhados na cartilha educativa, como; definição de 
glicose, de insulina, de DM1, hiperglicemia, CAD, assim como seus sinais e sintomas. 
Foi realizada busca de documentos nas principais organizações nacionais e 
internacionais que norteiam o manejo do DM1, assim como artigos científicos nos principais 
periódicos científicos da área (DIABETES CARE, CLINICAL DIABETES, PEDIATRIC 
DIABETES, Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia). Para a busca foram 
utilizadas palavras-chave como; diabetes tipo 1, cetoacidose diabética, complicações agudas do 
diabetes, glicose, metabolismo da glicose e insulina, materiais educativos, enfermagem. 
4.1. DIABETES MELLITUS TIPO 1: A IMPORTÂNCIA DO ENTENDIMENTO DE 
CONCEITOS COMO GLICOSE E INSULINA 
O DM1 é uma condição crônica de saúde não transmissível, caracterizada pela falta de 
insulina, que leva a um aumento da glicose na corrente sanguínea. Ocorre uma hiperglicemia 
persistente, devido à destruição autoimune das células beta pancreáticas, produtoras de insulina. 
As causas da autodestruição ainda não estão totalmente entendidas, mas têm sido relacionadas 
a uma combinação de suscetibilidade genética e “gatilhos” ambientais, tais como as infecções 
(INTERNATIONAL DIABETESFEDERATION, 2021). 
A velocidade da destruição das células beta define como ocorrerá o diagnóstico. 
Quando esta autodestruição ocorre lentamente, há hiperglicemia progressiva, glicemia de jejum 
alterada e sinais e sintomas como poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso. O diagnóstico 
frente a estes sintomas pode ocorrer durante consultas de rotina e na identificação dos familiares 
quanto às mudanças comportamentais da criança como idas frequentes ao banheiro, mudança 
de humor e sonolência (BANDAY, SAMEER, NISSAR, 2020; GOMES, et al., 2019;). Em 
outros casos, a destruição das células produtoras de insulina, repentinamente, pode levar a CAD 
(BANDAY, SAMEER, NISSAR, 2020). A CAD é uma complicação aguda do DM1, 
caracterizada por distúrbios metabólicos, resultado da insulinopenia (JUNIOR, GABBAY, 
LAMOUNIER, 2022). 
Há casos em que ocorre atraso no diagnóstico do DM1, por alguns profissionais 
relacionarem os sinais e sintomas, com outras patologias como, apendicite, infecção do trato 
urinário, tumor cerebral, processo alérgico (GOMES, et al., 2019). Entretanto, seja qual for a 
22 
 
forma de diagnóstico do DM1, a reposição exógena diária de insulina é indispensável 
imediatamente na sua confirmação, pois sem a insulinoterapia a hiperglicemia constante e 
crescente, ou seja, os altos níveis de glicose no sangue, causam complicações graves e pode 
levar o indivíduo à morte (BANDAY, SAMEER, NISSAR, 2020). 
A glicose é um monossacarídeo, obtida por determinados nutrientes após metabolizados 
pelo organismo. É considerado um excelente combustível bioquímico para o bom 
funcionamento das células, sendo seus principais fornecedores os macronutrientes 
(carboidratos, proteínas e gorduras). Os carboidratos são a principal fonte de glicose/energia 
necessária para as atividades diárias de um indivíduo, classificados em simples e complexos. 
São exemplos de carboidratos simples, o arroz, a batata, pães, massas, doces, mel, entre outros. 
Este tipo de carboidrato, quando ingerido, é absorvido rapidamente, provocando um aumento 
da glicemia (FOREZI, et al., 2021; PEREIRA, et al., 2022). Já os carboidratos complexos 
também são fonte de energia para as células, porém a taxa glicêmica é inferior, e a absorção é 
lenta, o que leva a maior tempo de saciedade. São exemplos de carboidratos complexos os 
cereais e alimentos integrais. Organizações internacionais recomendam que crianças e 
adolescentes que vivem com DM1 deem preferência por estes alimentos, para o melhor controle 
glicêmico (FOREZI, et al., 2021). 
Os carboidratos são um dos macronutrientes que mais influenciam na glicemia. Vale 
ressaltar que o planejamento alimentar deve ser individualizado para cada pessoa, entretanto no 
geral, a alimentação fracionada e espaçada contribui com a ação da insulina para absorção da 
glicose do alimento ingerido (SEYFFART, 2009). 
A insulina é uma pequena proteína da classe dos hormônios peptídeos, que em 
situações fisiológicas, é produzida pelas células beta do pâncreas, sendo este um órgão 
glandular misto com funções exócrinas e endócrinas (NELSON, COX, 2014). A liberação de 
insulina ocorre para manter as necessidades fisiológicas basais do organismo, e para auxiliar na 
absorção da glicose metabolizada após as refeições, um processo chamado de estimulação de 
insulina induzida por glicose (RAHMAN, et al., 2021; SUCHOJ, ALENCAR, 2018). 
No ano de 2021 foi comemorado os 100 anos de descoberta e primeiro uso da insulina 
em seres humanos. Isso em uma época em que o manejo do diabetes era apenas através da 
redução de calorias da alimentação e o diagnóstico de diabetes era considerado uma sentença 
de morte (ROSS, NEVILLE, 2019). Após ser testado a insulina em um garoto com diabetes de 
14 anos, os médicos determinaram a insulina como tratamento do diabetes, sendo necessária 
administração diária por toda vida, pois com a tentativa de suspender a insulina exógena, a 
criança começou a apresentar novamente os sintomas da doença (ROSS, NEVILLE, 2019). 
23 
 
Neste sentido, a conduta de “tomar medicamentos”, neste caso a aplicação de insulina, 
é recomendada por organizações nacionais e internacionais da área como um dos 
comportamentos essenciais para o adequado manejo do diabetes, e está dentre os 7 
comportamentos de autocuidado recomendados a todos os pacientes (ASSOCIATION OF 
DIABETES CARE & EDUCATION SPECIALIST, 2021). A insulinoterapia deve mimetizar 
a fisiologia da secreção de insulina do pâncreas como nas pessoas que vivem sem diabetes. Por 
isso, as recomendações do tratamento incluem múltiplas doses de insulina ao longo do dia ou 
infusão subcutânea contínua de insulina (JUNIOR, GABBAY, LAMOUNIER, 2022). 
 O conhecimento de crianças, adolescentes e familiares sobre a função da insulina e o 
seu uso diário é fundamental na adesão ao tratamento (AGUIAR, et al., 2020). A insulinoterapia 
é uma tarefa complexa do tratamento do diabetes, e por isso deve ser avaliada em todos os 
atendimentos. Não é raro a identificação de irregularidades com relação aos passos da técnica 
da aplicação de insulina, aos locais de armazenamento, transporte e tempo de uso do 
medicamento após a sua abertura; às trocas de agulhas de aplicação, ao rodízio de aplicação, 
entre outros cuidados importantes. Embora pareçam detalhes, mesmo que mínimos, quando não 
estabelecidos e padronizados no autocuidado adequadamente, podem levar ao descontrole 
glicêmico (REIS, et al., 2020). Estas questões podem refletir a falta de conhecimento da criança, 
adolescente e sua família sobre o papel da insulina no corpo (SPARAPANI, FELS, 
NASCIMENTO, 2017). Intervenções educativas lúdicas como brinquedo terapêutico (LA 
BANCA, et al., 2019), jogos (SERAFIM, et al., 2019) e cartilhas educativas (RIBEIRO, et al., 
2021) podem trazer resultados positivos no processo de ensino aprendizagem de crianças 
escolares sobre o papel da glicose e da insulina no organismo, assim como entender melhor a 
importância do autocuidado. A literatura aponta que pacientes que possuem melhor 
entendimento sobre a sua doença e tratamento, possuem melhores resultados glicêmicos, têm 
menos situações de hiperglicemia grave e CAD (AGUIAR, et al., 2020). 
 
 
 
24 
 
4.2. HIPERGLICEMIA: CAUSAS E TRATAMENTOS EVITANDO COMPLICAÇÕES 
A hiperglicemia é uma das complicações agudas do diabetes, manifestada por sintomas 
como polidipsia, poliúria, visão turva, boca seca, e fadiga. A Sociedade Brasileira de Diabetes 
recomenda que crianças e adolescentes mantenham a glicemia pré-prandial até 130 mg/dl e pós-
prandial até 180 mg/dl. Valores mantidos por um longo período acima do que é recomendado, 
pode resultar lesões microvasculares e macrovasculares (JUNIOR, GABBAY, LAMOUNIER, 
2022). 
Há momentos da vida que familiares e pacientes que vivem com DM1, precisam ter 
mais atenção no gerenciamento do diabetes, por exemplo, nos chamados “dias doentes”. O 
efeito hiperglicemiante decorrente dos “dias doentes” ocorre devido à liberação de hormônios 
do “estresse”, como, por exemplo, o cortisol. Nestas situações, que se referem a dias em que o 
paciente apresenta alguma doença intercorrente, pode ocorrer a necessidade de alterar as doses 
de insulina, principalmente quando há episódios de febre e doenças que necessitam de 
tratamento com corticoides e antibióticos, pois são consideradas situações hiperglicemiantes 
(LAFFEL, et al., 2018). Os corticoides, geralmente usados no tratamento de processo 
inflamatório e alérgico, tem influência no metabolismo da glicose, pois inibem o transportador 
de glicose, e por consequência ocorre um acúmulo da glicose sanguínea (LAFFEL, et al., 2018; 
SALVIANO, et al., 2020). 
As recomendações da literatura para os “dias doentes”, orientam que familiares e 
pacientes com diagnóstico de DM1, devem seguir alguns passos para evitar a hiperglicemia 
sem controle com risco para CAD. Em resumo, as recomendações descritas, considerando arealidade do Brasil, são de não deixar de realizar as aplicações corretas de insulina, monitorar 
e manter a hidratação com sal quando a pessoa apresenta febre, vômito e diarreia. Monitorar a 
glicemia com mais frequência, se o apetite estiver diminuído e a glicemia abaixo de 180 mg/dl 
deve ser ofertada água com açúcar com ajuste da dosagem de insulina e principalmente tratar a 
doença intercorrente o mais rápido possível. Dessa forma, deve-se procurar atendimento 
quando não ocorrer o sucesso na estabilização da glicemia, e quando a criança ou adolescente 
apresentar dor abdominal, respiração lenta e profunda, sinais de desidratação (olhos fundos, 
turgor cutâneo diminuído, mucosa oral ressecada e ausência de lágrimas) (LAFFEL, et al., 
2018). 
No entanto, não é somente em “dias doentes” que a criança ou adolescente que vive com 
DM1 pode apresentar hiperglicemia. A insulinoterapia é um desafio na vida desta clientela e 
seus responsáveis, e não está isenta de falhas. No dia a dia, a hiperglicemia pode ocorrer quando 
25 
 
há omissão da dose por diversos motivos como, o esquecimento da aplicação de insulina, erro 
na dosagem (subdosagem), falta de conhecimento no manuseio dos dispositivos de aplicação, 
rodízio de aplicação, armazenamento (AGUIAR. et al., 2020; LA BANCA, et al. 2019, 2020) 
 Os sintomas dessa complicação aguda, podem ser incômodos para os pacientes. As idas 
ao banheiro e a necessidade frequente de beber água, também é fator que causa estresse para as 
crianças quando estão em hiperglicemia, em especial no cenário escolar. Para justificar a 
autorização do professor para que o aluno com diabetes possa sair com frequência da sala de 
aula, o diagnóstico é contado para os demais colegas, o que muitas vezes se torna incômodo 
para a criança e adolescente que vive com DM1, que em sua maioria não se sente à vontade 
para contar sobre a sua doença (AGUIAR. et al., 2020). 
4.3. CETOACIDOSE DIABÉTICA: DEFINIÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO 
PARA PREVINIR COMPLICAÇÕES GRAVES 
A CAD é uma complicação aguda do diabetes, que leva a distúrbios metabólicos, 
podendo resultar em desfechos clínicos graves dependendo da evolução da acidose 
(WOLFSDORF, et al., 2018). A literatura aponta ser comum a manifestação da CAD no 
diagnóstico de DM1, geralmente em crianças com idade inferior a 5 anos devido à dificuldade 
de identificação dos sintomas. Outro fator importante são regiões com baixa incidência de 
DM1, pois quanto mais raramente tem pacientes vivendo com a doença em determinadas 
regiões, menor ocorre conscientização sobre o DM1 entre profissionais da saúde, e 
reconhecimento precoce da doença, consequentemente levando a diagnósticos tardios 
(SOUZA, et al., 2020). 
A falta de insulina no organismo leva a um acúmulo de glicose sanguínea, resultando 
em hiperglicemia persistente e aumento dos hormônios contrarreguladores como; cortisol, 
catecolaminas, glucagon e hormônio do crescimento. Estes hormônios são opostos a ação da 
insulina, principalmente o glucagon, e causam a gliconeogênese (síntese de glicose por 
precursores de carboidratos) e glicogenólise (síntese de glicose a partir de fígado e músculos), 
fazendo uma sobrecarga de glicose circulante, além disso, os hormônios contrarreguladores 
fazem com que haja quebra de tecido gorduroso, processo conhecido como lipólise (FERRAN, 
PAIVA, 2017). 
Em situações fisiológicas a insulina inibe esse processo de lipólise, armazenando 
ácidos graxos no tecido gorduroso. Com a falta de insulina, o aumento de hormônios 
contrarreguladores potencializa a lipólise, os ácidos graxos são liberados e no fígado, oxidados 
em ácidos beta-hidroxibutírico e acetoacético responsável pela alteração no pH sanguíneo e 
26 
 
consequentemente diminuição do bicarbonato, caracterizando a CAD e desencadeando sinais e 
sintomas como náusea, vômito e fadiga (CONSTANZO, 2014). Conforme as alterações no 
bicarbonato e pH, a CAD é classificada em; leve, moderada e grave quando os respectivamente 
pH <7,3 bicarbonatos <15mmol/l, pH<7,2 bicarbonatos <10mmol/l e pH<7,1 bicarbonato 
<5mmol/dl (LAFEEL, et al., 2018). 
As manifestações clínicas da CAD se diferem da hiperglicemia. Na CAD o paciente 
pode apresentar respiração de Kussmaul por tentativa de correção da acidose com compensação 
respiratória, desidratação devido à perda excessiva de líquidos e eletrólitos na urina que se dá 
por conta da sobrecarga renal de solvente e solutos como, por exemplo, a glicose, e um dos 
sinais bem característico é o hálito cetônico em que a literatura descreve com odor de maçã 
apodrecida (FERRAN, PAIVA, 2017; WOLFSDORF, et al., 2018). 
O tratamento da CAD, deve ser realizado por uma equipe com expertise em diabetes 
e CAD, além disso, a instituição hospitalar deve estar amparada com tecnologias de suporte e 
contar com exames laboratoriais frequentes (eletrólitos séricos, glicose, nitrogênio, cálcio, 
magnésio, fosfato, hematócrito e gases sanguíneos). O paciente em CAD deve ser 
constantemente monitorado, com atenção nos sinais vitais, avaliação neurológica, 
monitorização de entrada e saída de fluidos, avaliação horária da glicemia capilar 
(WOLFSDORF, et al., 2018). 
A terapêutica de correção da CAD ocorre por reposição de fluidos e administração de 
insulina, cada instituição segue a via de aplicação, e tem por finalidade a correção da acidose e 
dos distúrbios de desidratação. O tratamento é embasado na clínica do paciente e exames 
laboratoriais, considerando a gravidade da CAD. A insulinoterapia e reposição hidroeletrolítica 
deve ser efetuada gradualmente para prevenção de edema cerebral (SANTOMAURO, 
JUNIOR, RADUAN, 2022). 
O edema cerebral é uma das complicações do tratamento da CAD mais temido, pode 
acontecer decorrente a terapia de reposição de fluidos, e por este motivo que deve ser realizada 
gradualmente. Assim como forma de medidas preventivas dessa complicação deve ser realizada 
a avaliação do nível de consciência minuciosamente e contínua, assim como avaliar sintomas 
como cefaleia e vômito desde o início do tratamento (FERRAN, PAIVA, 2017; SOUZA, et al., 
2018). 
 
 
 
27 
 
4.4. O PAPEL DO ENFERMEIRO NA EDUCAÇÃO EM DIABETES E O USO DE 
RECURSOS LÚDICOS 
A educação em saúde é uma das atribuições importantes na prática de cuidado do 
profissional enfermeiro e tem como objetivo transmitir conhecimento científico para que o 
paciente e/ou a família consigam tomar decisões importantes durante o tratamento. A educação 
em saúde pode promover uma melhora na qualidade de vida, pois o conhecimento 
compartilhado potencializa as escolhas benéficas à saúde. Algumas estratégias utilizadas no 
processo educacional facilitam a abordagem de diversos assuntos em saúde como conceitos 
básicos desde o princípio do que é a afecção, sinais e sintomas, reconhecimento de sinais de 
alerta, tratamento e prevenção de agravos (COSTA, et al., 2020; WILD, et al., 2019). 
É papel do profissional de saúde, em especial o enfermeiro que atua no cuidado à 
criança e adolescente, de acolher, escutar e ensinar, considerando a sua fase de desenvolvimento 
e assim encontrando a melhor forma de conseguir aproximação com a criança. O uso de 
materiais educativos lúdicos favorece a interação e vínculo profissional-paciente, pois 
oportuniza ao profissional conhecer como funciona a visão de mundo da criança e adolescente, 
facilitando a educação em saúde, promovendo um cuidado atraumático, amenizando sofrimento 
e medo, assim como esclarecendo dúvidas (PENNAFORT, et al., 2017). 
A educação em saúde é essencial como estratégia de ensino-aprendizagem de crianças 
e adolescentes que vivem com doenças crônicas, e que precisam de cuidados especiais como 
uso de tecnologias, medicamentos e cuidados diários complexos (COSTA, et al., 2018). O 
DM1, é uma das doenças crônicas que geralmente é diagnosticada na infância e adolescência, 
que exige desse público e familiares cuidados especiais de rotina,como aplicações diárias de 
insulina, alimentação equilibrada, práticas regulares de atividade física, monitorização da 
glicemia, atenção em fatores que levam a descompensação glicêmica que pode levar a 
complicações agudas e a longo prazo (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2022). 
Sendo assim, crianças, adolescentes e responsáveis precisam ter conhecimento para viver 
plenamente com qualidade de vida e sem complicações, e por isso precisam de suporte teórico 
fidedigno oriundos da equipe de saúde assistente (MACHADO, et al., 2021). 
Uma revisão integrativa da literatura que buscou por tecnologias educacionais 
desenvolvidas para as crianças com DM1, identificou oficinas, videogames, simulações, 
plataformas digitais, pôsteres e cartilhas educativas (COSTA, et al., 2021). O estudo em questão 
destaca que o desenvolvimento das tecnologias em saúde se deu por enfermeiros e que dois 
desses profissionais eram Educadores em Diabetes. As tecnologias em saúde são excelentes 
28 
 
materiais, principalmente quando desenvolvidas conforme a faixa etária do público-alvo. O 
desenvolvimento de tecnologias em saúde que explora a criatividade, e o lúdico, tende a 
estimular o interesse para que a criança aprenda sobre a realidade que vive, facilitar a 
compreensão da patologia e sua rotina, e assim a tomada de decisão frente a complicações 
agudas, e potencializar assim o autocuidado (RIBEIRO, et al., 2020). 
As tecnologias educacionais são divididas em tecnologias leves, leve-duras e duras. As 
tecnologias leves consideram o acolhimento ao usuário, escuta do paciente e anamnese, ou seja, 
envolve as relações profissional-usuário. As tecnologias leve-duras envolvem o raciocínio 
clínico do profissional, em uso de saberes estruturados (teorias, modelos de cuidado e cuidado 
de enfermagem) a produzir conhecimento. Por fim, as tecnologias duras tratam do que é 
material palpável, como, por exemplo, relacionando essa categoria ao diabetes, os 
glicosímetros, bomba de insulina, lancetas, caneta e seringa de insulina, seriam as tecnologias 
duras (FRANCO, MERHY, 2012). 
O cuidado de enfermagem mediado pelas tecnologias leve-duras ultrapassa a formação 
do vínculo e acolhimento entre profissional-paciente, possibilita a prestação de um cuidado 
estruturado de acordo com as necessidades do paciente, e assim esclarecimento de dúvidas, 
permitindo uma melhor troca de informações (SABINO, et al., 2016). As tecnologias leve-
duras permitem a elaboração de materiais educativos, por exemplo, cartilhas educativas. 
Na busca de tecnologias leve-duras tipo cartilha educativa voltadas à população infanto-
juvenil com diabetes, foram encontrados trabalhos como o de Moura et al. (2017) que 
desenvolveu a cartilha “Aplicando a insulina: a aventura de Beto”, Frota (2020), “Diabetes sem 
medo, controlar é segredo”, Rogenski (2012), “Diabetes Mellitus tipo 1: Orientações às crianças 
e seus familiares”. Todas as tecnologias com objetivos semelhantes, de promover a literacia em 
saúde de forma lúdica. 
Na elaboração de cartilhas educativas, a literatura orienta que é importante definir o 
tema e adequar a linguagem para o público-alvo, abordar a temática claramente de forma 
objetiva. Deve-se também priorizar um layout atraente e ilustrações complementares ao 
conteúdo para melhor compreensão, em especial quando o material é voltado para crianças e 
adolescentes (ALMEIDA, 2017). Para garantir a fidedignidade das informações, além de 
realizar a revisão documental de literatura, é importante que cartilhas sigam um referencial 
teórico-metodológico e sejam também validadas em sua aparência e conteúdo por profissionais 
especialistas. 
O referencial teórico da Taxonomia de Bloom, recomendado na literatura para o 
desenvolvimento de cartilhas educativas (ALMEIDA, 2017) auxilia na construção do ensino-
29 
 
aprendizado do aprendiz, que corrobora com o objetivo da cartilha educativa deste estudo. O 
domínio cognitivo da Taxonomia de Bloom é composto por seis categorias organizadas em 
níveis de complexidade, o que é excelente na educação, por construir a aprendizagem a partir 
dos conceitos básicos para os mais complexos, até que educando consiga usar a criatividade 
colocando em prática o conhecimento adquirido (FERRAZ & BELHOT, 2010). 
 Para validação de conteúdo de materiais educativos, no Brasil temos disponível o 
Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo em Saúde (IVCES) (ANEXO A), que avalia 
objetivo, estrutura e relevância da tecnologia educativa, garantindo assim a coesão e coerência 
da abordagem do tema proposto, clareza do tema e leitura prazerosa (LEITE, et al., 2018). Para 
validação de aparência, foi elaborado e validado o Instrumento de Validação de Aparência de 
Tecnologia Educacional em Saúde (IVATES). Com o IVATES, pode-se garantir a 
harmonização das ilustrações com o conteúdo, adequação das imagens quanto a cores, tamanho, 
quantidade e cotidiano do público-alvo (SOUZA; MOREIRA; BORGES, 2020). 
5. MÉTODO 
5.1. TIPO DE ESTUDO 
Estudo de abordagem metodológica cujo objetivo é desenvolver e validar o conteúdo 
de uma cartilha educativa para crianças com DM1. Este tipo de estudo visa criar, validar e 
avaliar ferramentas e métodos de pesquisa (POLIT; BECK, 2011). O desenvolvimento de 
tecnologias educacionais em saúde geralmente utiliza este tipo de estudo, como demonstrado 
por Sabino et al., (2018), Gonçalves et al., (2019), Rodrigues et al., (2020), Lima et al., (2020). 
5.2. PERCURSO METODOLÓGICO 
5.2.1. Etapas de elaboração da cartilha educativa 
As etapas que compreendem a elaboração de uma tecnologia tipo cartilha educativa, 
de acordo com a literatura da área, são: 1. Diagnóstico situacional, 2. Revisão de literatura e 
documental, 3. Seleção e sumarização de conteúdo, 4, elaboração de roteiro, 5, criação e 
diagramação de imagens; 6. Validação de conteúdo e aparência com especialistas e público-
alvo. As etapas concluídas até a finalização deste trabalho estão sinalizadas em verde, conforme 
ilustrado na Figura 1: 
Figura 1: Percurso metodológico 
30 
 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2022) 
5.2.1.1. Diagnóstico Situacional 
O diagnóstico situacional se refere à fundamentação do desenvolvimento do material 
educativo, neste caso, da cartilha educativa. Nesta etapa são coletados dados com os futuros 
usuários do material proposto. A partir do estudo de COSTA (2019) foi identificada a 
necessidade de aprendizagem sobre hiperglicemia e cetoacidose diabética de crianças escolares 
acompanhadas em um centro de referência no atendimento de crianças e adolescentes que 
vivem com DM1. A pesquisa foi supervisionada pela orientadora deste presente projeto e está 
vinculada ao Laboratório de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Saúde da Criança e do 
Adolescente - GEPESCA do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de Santa 
Catarina (UFSC). 
5.2.1.2. Revisão de literatura e documental 
Nesta etapa foi realizada busca na literatura científica e em documentos da literatura 
cinzenta como Teses e manuais em sites de associações da área de pediatria e endocrinologia, 
sendo eles a International Diabetes Federation (IDF); American Diabetes Association (ADA), 
American Association of Diabetes Educators (AADE); International Society for Pediatric and 
adolescent Diabetes (ISPAD); Diabetes Australia e Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). 
Esta etapa busca garantir a fidedignidade das informações apresentadas na cartilha educativa. 
31 
 
5.2.1.3. Seleção e sumarização dos tópicos que irão compor a cartilha educativa 
A partir dos dados provenientes do público-alvo e da revisão de literatura, é realizada 
uma seleção e sumarização dos tópicos a serem inseridos no material educativo. Ou seja, pontos 
importantes são analisados, para definição de qual a melhor forma da sua apresentação. Esta 
etapa foi desenvolvida por FERNANDES (2021). Portanto, neste estudo foi revisado o trabalho 
realizado porFERNANDES (2021), para prosseguir o desenvolvimento do conteúdo da cartilha 
educativa. 
5.2.1.4. Elaboração do roteiro e desenvolvimento da cartilha educativa 
Neste tópico, cada parte da cartilha educativa, seja tipos de personagens, diálogo de 
personagens, texto conforme a sumarização da etapa anterior do percurso metodológico e 
ilustrações foram planejadas seguindo-se o referencial da Taxonomia de Bloom. Foi elaborada 
uma pré-diagramação da cartilha e imagens de referência foram selecionadas, construindo um 
banco de imagens. A taxonomia de Bloom trata-se de uma taxonomia de processos educacionais 
e seus objetivos, criada em 1948 por Bloom e colaboradores a pedido da Associação Norte 
Americana de Psicologia (American Psycological Association). A taxonomia de Bloom é 
dividida em domínios específicos do desenvolvimento como o cognitivo, o afetivo e o 
psicomotor (FERRAZ & BELHOT, 2010). O domínio cognitivo é o mais utilizado por 
educadores e está relacionado ao aprender e dominar um conhecimento. Os objetivos de 
aprendizagem propostos pela Taxonomia estão organizados em seis categorias hierarquizadas, 
dependentes, e estruturadas em níveis simples e progredindo para níveis mais complexos. A 
proposta é de que o avanço entre as categorias só ocorra quando o aprendiz atinge um 
desempenho adequado. Neste sentido, a cartilha educativa foi criada seguindo os passos deste 
domínio: 1. Lembrar, 2. Entender, 3. Aplicar, 4. Analisar, 5. Sintetizar, 6. Criar (FERRAZ & 
BELHOT, 2010). 
5.2.1.5. Validação do conteúdo da cartilha educativa por profissionais especialistas 
Após finalizada a primeira versão do roteiro da cartilha educativa, a mesma foi 
validada em seu conteúdo por especialistas da área da saúde. A técnica Delphi foi empregada, 
a qual procura facilitar e melhorar a tomada de decisão de um grupo de especialistas sobre 
algum produto, sem que os mesmos tenham interação entre si. O conteúdo da cartilha foi 
apresentado e os especialistas deram suas contribuições a partir de questionários/instrumentos. 
Foi mantido o anonimato, feedback individual e análise da opinião geral, como um todo, 
conforme recomendações da técnica. A implementação da técnica Delphi (MARQUES, 
32 
 
FREITAS, 2018) seguiu as seguintes etapas: 1. Escolha dos especialistas, 2. Construção da 
plataforma Google Forms® com inserção do questionário de caracterização dos especialistas 
contendo perguntas sobre sexo, idade, experiência profissional (anos), área de atuação, título 
de graduação, especialização, local de trabalho, região do Brasil (Estado) e área específica de 
atuação. Termo de Confidencialidade (APÊNDICE B) e Termo de Consentimento Livre e 
Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE A), conteúdo da cartilha educativa e instrumento de 
validação de conteúdo. 3. Primeiro contato com especialistas para convite de participação. Foi 
estabelecido um prazo de retorno da avaliação, com possibilidade de prorrogação do prazo, 4. 
Envio do material (rodada 1) a partir de URL Link que direcionou o participante à Plataforma 
Google Forms®, 5. Recebimento das respostas, 5. Análise qualitativa e quantitativa das 
respostas, 6. Ajustes necessários de acordo com a análise. 
Para este trabalho, a equipe de desenvolvimento optou inicialmente por validar o 
conteúdo da cartilha sem as ilustrações com objetivo de ter o seu conteúdo validado 
primeiramente para depois prosseguir com a contratação de profissional do design para as 
ilustrações da cartilha. Este cuidado tem como objetivo economizar recursos, pois ilustrações 
poderiam ter que ser refeitas a depender da avaliação do conteúdo da cartilha. Prevemos 
futuramente a realização de novas rodadas com especialistas para validação de conteúdo e 
aparência, e envio ao público-alvo (rodada 3), intercalando com análises e ajustes. 
Os critérios de inclusão dos participantes foram os seguintes: profissionais de saúde 
com expertise na área de educação em diabetes e/ou tema de materiais educativos. 
O IVCES, utilizado para validação de conteúdo, foi desenvolvido para profissionais 
da saúde validarem materiais educativos em saúde, garantindo que o público-alvo receba as 
tecnologias com conteúdo mais fidedigno e adequado. O instrumento consiste em 18 itens 
distribuídos em domínios, sendo eles: objetivos (5 itens), estrutura/apresentação (10 itens), e 
relevância (3 itens), com opção de 3 tipos de resposta: “discordo” = 0; “concordo parcialmente” 
= 1; “concordo totalmente” = 2 
5.2.1.6. Criação e diagramação das ilustrações 
 Nesta etapa, foi apresentado o roteiro da história da cartilha educativa, e ideias de 
ilustrações, assim como a diagramação, para o profissional do design. Realizaram-se, reuniões 
para discussão com o profissional e definição do orçamento necessário para ilustração e 
diagramação. Anteriormente à escolha do profissional do design, foram realizadas reuniões com 
outros profissionais da área de design, em que foi discutida a proposta e orçamentos. O 
profissional que foi escolhido, além de ter já produzido trabalhos anteriores desenvolvidos na 
33 
 
área do diabetes, vive com o DM1 há mais de 20 anos. Assim, a sua experiência em criar 
ilustrações na área do diabetes, facilitará a compreensão do profissional quanto ao projeto 
proposto. Para levantar os recursos financeiros iniciais, foram realizadas duas palestras 
organizadas pelo GEEDI com o tema de cetoacidose diabética. 
5.3. CENÁRIO DO ESTUDO 
O estudo teve como cenário a UFSC, local onde o coordenador da proposta atua 
enquanto docente. A cartilha educativa foi validada utilizando o meio eletrônico, ou seja, de 
forma online, como forma de envio e recepção dos documentos necessários para o processo de 
desenvolvimento e validação. Desta forma, este estudo não ocorreu em local específico e não 
teve o deslocamento dos especialistas ou público-alvo para sua participação. 
5.4. PARTICIPANTES DO ESTUDO 
Os especialistas que participaram da validação da tecnologia educacional foram 
provenientes de diferentes regiões do país, da área de interesse da cartilha educativa, com o 
intuito de assegurar sua adaptação cultural. Estes critérios, estabelecidos para o presente estudo, 
não utilizaram o Modelo de Fehring por ser uma classificação desenvolvida para ser aplicada à 
realidade norte-americana, cuja formação difere da brasileira. Foi utilizado método de 
amostragem não probabilística e intencional consultando a Plataforma Lattes e o Google 
citations por assunto, “diabetes”, “pediatria”, “material educativo”, “cartilha educativa”, 
“design”, “tecnologias”. Os especialistas também foram captados a partir de sociedades 
científicas como a Sociedade Brasileira de Diabetes, Grupos de Educação em Diabetes, 
WhatsApp® e Instagram®. 
5.5. COLETA DOS DADOS 
 A coleta de dados ocorreu remotamente no período de 8 de agosto a 1 de setembro. Foi 
utilizado a plataforma Google Forms® que foi elaborada em seis sessões, sendo 
respectivamente, sessão 1. identificação e e-mail do especialista participante; seção 2. anexado 
o TCLE, em seguida Termo de Confidencialidade; seção 3, e sessão 4: caracterização dos 
especialistas; seção 5: disponibilizado o conteúdo da cartilha educativa em forma de texto 
word, e por último, a seção 6: o instrumento de validação de conteúdo, IVCES. 
 
34 
 
5.6. ANÁLISE DOS DADOS 
 A validação de conteúdo da cartilha educativa foi acessada por meio do CVR (Content 
Validity Ratio). Foram calculados o CVR para cada item dos instrumentos (CVR-I), assim como 
o CVR médio de cada domínio (CVR-S). A fórmula para cálculo do CVR-I é = (Ne-N/2)/(N/2), 
sendo que o número de especialistas que indicam a opção “concordo totalmente”, N é o número 
total de especialistas. O objetivo do uso do CVR é de reduzir o risco de viés relacionado ao 
painel de especialistas, já que o valor crítico de corte depende do número de especialistas 
incluídos. Todos os itens que não atingiram o valor crítico nasrodadas da Técnica Delphi foram 
revisados e a parte da cartilha referente ao item foi ajustada para a nova avaliação (AYRE, 
SCALLY, 2014, WILSON, PAN, SCHUMSKY, 2012). 
Também foram realizadas a análise da frequência absoluta das respostas referentes a 
cada item dos instrumentos. Os comentários e sugestões foram categorizados e discutidos em 
acordo com os resultados estatísticos, seguindo recomendações para análise de conteúdo (ELO, 
et al., 2014). 
5.7. CUIDADOS ÉTICOS 
Em cumprimento à Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (BRASIL, 
2012) que regulamenta pesquisas com seres humanos no país e ao Ofício Circular Nº 
2/2021/CONEP/SECNS/MS sobre “orientações para procedimentos em pesquisas com 
qualquer etapa em ambiente virtual”, o macroprojeto de pesquisa intitulado “Desenvolvimento 
e validação de materiais educativos para crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1” 
– Processo SIGPEX 202105829, ao qual este presente projeto está vinculado, do Departamento 
de Enfermagem (NFR) da UFSC (instituição proponente) foi aprovado pelo Comitê de Ética 
em pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (CEPSH - UFSC) 
– via Plataforma Brasil e aprovado CAAE 55851422.8.0000.0121 (23/02/2022) (ANEXO B). 
No momento em que foi enviado o convite individual de participação na pesquisa para 
especialistas da saúde, os objetivos do estudo, os procedimentos de coleta de dados a serem 
utilizados, os benefícios da pesquisa e os potenciais riscos e possíveis incômodos foram 
informados, incluindo aqueles característicos ao ambiente virtual. Ainda, foi garantido o 
anonimato durante todas as fases da pesquisa e respeitado o desejo ou não de participar. Os 
compromissos e cuidados éticos dos pesquisadores foram garantidos, com destaque à 
manutenção da privacidade e da confidencialidade dos dados utilizados, preservando 
integralmente o anonimato dos participantes. Todos os participantes foram identificados a partir 
35 
 
de um número, para garantir a confidencialidade dos dados do estudo. No entanto, também 
esclarecemos que, ainda que involuntária e não intencional, a quebra de sigilo poderia 
acontecer, o que também era um risco da participação na pesquisa, cujas consequências 
deveriam ser tratadas nos termos da lei. 
Todos tiveram plena liberdade de recusar a participar ou mesmo de retirar seu 
consentimento/assentimento, em qualquer momento da pesquisa, sem penalização alguma. 
Os possíveis benefícios da participação na pesquisa incluíram a oportunidade de expor 
experiências e dúvidas sobre o DM1 e de refletir sobre complicações agudas como 
hiperglicemias e cetoacidose. Além disso, os resultados do estudo irão gerar uma cartilha 
educativa que irá beneficiar crianças com diabetes e suas famílias e poderá ser utilizada por 
profissionais da saúde na educação em diabetes nos seus locais de trabalho. Os riscos de 
participação na pesquisa envolveram o desconforto que foi gerado pelo estresse e cansaço para 
avaliar o material e responder o questionário, embora a avaliação durasse em torno de 30 
minutos. Não houve despesas decorrentes da participação na pesquisa. Em caso de despesas 
extraordinárias ou danos comprovadamente relacionados à pesquisa, o ressarcimento e a 
indenização de acordo com a legislação vigente e amplamente consubstanciada foi garantido. 
O pesquisador principal comprometeu-se em arquivar os dados coletados confidencialmente, 
pelo período de cinco anos após o término da pesquisa e posteriormente encontrá-los. Ao 
concluir a coleta dos dados, foi realizado download dos mesmos em um dispositivo eletrônico 
local e apagado todo e qualquer registro da plataforma virtual ou “nuvem”. Os resultados 
obtidos com a pesquisa em questão serão compartilhados com os participantes e a instituição 
proponente ficará responsável por apresentar ao CEP os relatórios parciais semestrais e relatório 
final ao término da pesquisa. 
 
 
36 
 
6. RESULTADOS 
Os resultados deste trabalho serão apresentados em formato de manuscrito seguindo a 
normativa para apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de Graduação 
em Enfermagem da UFSC. 
6.1. MANUSCRITO 1: CARTILHA EDUCATIVA SOBRE HIPERGLICEMIA E 
CETOACIDOSE: STORYTELLING PARA CRIANÇAS ESCOLARES COM 
DIABETES TIPO 1 
RESUMO 
Objetivo: Descrever processo de desenvolvimento de uma cartilha educativa sobre 
hiperglicemia e cetoacidose diabética, desenvolvida para crianças escolares com diabetes tipo 
1, a partir do referencial teórico-metodológico da Taxonomia de Bloom. Método: Estudo de 
abordagem metodológica que seguiu passos recomendados para elaboração de materiais 
educativos em saúde: 1. Diagnóstico situacional, 2. Revisão de literatura e documental, 3. 
Seleção e sumarização de conteúdo. 4. Elaboração do roteiro, 5. Criação e diagramação das 
imagens. Resultados: O presente estudo resultou no desenvolvimento do conteúdo da cartilha 
educativa “Aventuras de Alícia no mundo da hiperglicemia” que seguiu os passos preconizados 
pela Taxonomia de Bloom e as orientações do storytelling para criação da história e 
diagramação. O conteúdo de hiperglicemia e cetoacidose diabética foi abordado e apresentado 
inicialmente com conceitos simples, evoluindo para maior complexidade, de acordo com os 
passos do domínio cognitivo da Taxonomia. Conclusão: O referencial teórico da Taxonomia 
de Bloom se mostrou como excelente instrumento norteador de organização dos temas a serem 
abordados e a técnica do storytelling auxiliou na criação de uma história envolvente e que 
melhore conhecimentos e atitudes importantes no manejo de situações agudas do diabetes como 
hiperglicemia e cetoacidose. Neste sentido, o estudo confirma que o uso de referenciais 
teóricos-metodológicos auxilia no planejamento de materiais educativos voltados às 
necessidades do público-alvo e podem resultar em maior sucesso dos objetivos. 
Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 1. Cetoacidose diabética. Hiperglicemia. Cartilha 
educativa. Storytelling. 
 
 
 
37 
 
INTRODUÇÃO 
 O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica não transmissível, caracterizada 
por hiperglicemia persistente devido à ausência completa e irreversível da insulina, a qual é um 
hormônio produzido pelo pâncreas. (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021). 
No DM1, a ausência da insulina ocorre devido à destruição das células beta pancreáticas, este 
distúrbio ocorre por vários marcadores imunológicos, como os autoanticorpos (BANDAY, 
SAMEER, NISSAR, 2020). Os sinais e sintomas que caracterizam o DM1 são a polidipsia, 
poliúria, polifagia, perda de peso e fadiga (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 
2021). 
Comumente o diagnóstico do DM1 ocorre na infância e adolescência e a destruição das 
células beta nesta fase da vida é rápida e intensa, entretanto adultos jovens também podem ser 
diagnosticados com DM1, e estes diagnósticos tardios acontecem pela destruição celular 
ocorrer lentamente. Conforme a fisiopatologia do DM1, pessoas diagnosticadas com a doença 
precisam de reposição diária de insulina exógena para sobreviver. A estratégia da 
insulinoterapia no DM1, deve mimetizar a secreção que seria fisiológica para suprir as 
necessidades vitais de energia ao longo do dia (JUNIOR, GABBAY, LAMOUNIER, 2022). 
Em razão da fisiopatologia do DM1, não é raro a cetoacidose diabética (CAD) no 
momento do diagnóstico, principalmente em crianças com idade inferior a 5 anos, nível 
socioeconômico baixo e países com baixa prevalência de DM1 (SOUZA, et al., 2019). A CAD 
é uma das complicações agudas mais graves do diabetes, pois se não diagnosticada em tempo 
oportuno, pode levar ao coma e morte (WOLFSDORF, et al., 2018). Em crianças e adolescentes 
com diagnóstico prévio de DM1, o risco de CAD é aumentado quando estão em “dias doentes”, 
má gestão no autocuidado e baixo nível socioeconômico (LAFFEL, et al., 2018). 
As metas do tratamento do diabetessão individualizadas, mas no geral, é recomendado 
que crianças e adolescentes diagnosticadas com DM1, tenham hemoglobina glicada (HbA1c) 
menor do que 7%, glicemia de jejum e pré-prandial entre 70 a 130 mg/dl e 2 horas, pós-prandial 
até 180 mg/dl (ALMEIDA-PITITTO, et al., 2022). Valores acima das metas esperadas para 
crianças/adolescentes com DM1, recebem o nome de hiperglicemia, sendo esta situação 
considerada uma complicação aguda do diabetes. Quando não manejada de forma correta pode 
levar a CAD, e complicações crônicas, como a retinopatia diabética, doença renal do diabetes 
e doenças cardiovasculares (ALMEIDA-PITITTO, et al., 2022; MALERBI, et al., 2022; SÁ, 
et al., 2022). 
Neste sentido, faz-se essencial que crianças e adolescentes diagnosticados com DM1 e 
seus familiares saibam manejar a hiperglicemia quando ela ocorre e reconheçam os sinais e 
38 
 
sintomas da CAD, em especial as crianças quando estão longe dos seus responsáveis. 
Considerando este um público com diversas particularidades, a literatura destaca a importância 
de utilizar materiais educativos como jogos, folders, infográficos animados, vídeos, brinquedo 
terapêutico e cartilhas educativas para o ensino deste público quanto às questões importantes 
da doença e seu tratamento (COSTA, et al., 2021). As cartilhas educativas são materiais 
diversificados que podem ser compostos por história com ilustrações e atividades interativas, 
em especial quando desenvolvida para o público infantil (COSTA, et al., 2021; MOURA, et 
al., 2017). As cartilhas podem ser desenvolvidas para diversas realidades socioeconômicas, pois 
há a possibilidade de disponibilização por meio de recursos impressos (COSTA, et al., 2021). 
Uma forma de comunicar e ensinar em saúde através do lúdico em cartilhas educativas é o uso 
da arte de storytelling, ou seja, a contação de histórias. O uso das narrativas na comunicação 
em saúde tem aumentado como estratégias de educar e promover mudanças saudáveis de 
comportamento, bem como melhorar a comunicação profissional-paciente. A utilização de 
referenciais teóricos-metodológicos para o desenvolvimento de cartilhas educativas é também 
essencial. O referencial da Taxonomia de Bloom, que orienta processos educacionais e os seus 
objetivos, é uma das recomendações da literatura, pois seu modelo facilita o processo de 
estruturação do material e como as temáticas a serem trabalhadas devem ser abordadas para 
alcançar melhores resultados no processo ensino-aprendizagem (FERRAZ, BELHOT, 2010). 
Assim, este estudo apresenta a seguinte questão norteadora: Como é uma cartilha 
educativa sobre hiperglicemia e cetoacidose diabética, desenvolvida para crianças escolares 
com DM1, a partir do referencial teórico da Taxonomia de Bloom? 
 
 
 
 
 
39 
 
MÉTODO 
Tipo de Estudo, local e período de desenvolvimento 
 Estudo do tipo metodológico que desenvolveu cartilha educativa sobre hiperglicemia e 
cetoacidose diabética, para crianças com DM1. Estudos do tipo metodológicos tratam do 
desenvolvimento, validação e avaliação de ferramentas e métodos de pesquisa (POLIT; BECK, 
2011). Utilizou-se o referencial teórico-metodológico da Taxonomia de Bloom. Este estudo foi 
realizado em Florianópolis/SC, no período de outubro de 2021 a agosto de 2022. 
 
Protocolo do estudo 
O estudo seguiu passos para o desenvolvimento da cartilha educativa, de acordo com 
recomendações da literatura, sendo eles: 1. Diagnóstico situacional, 2. Revisão de literatura e 
documental, 3. Seleção e sumarização de conteúdo, 4. Elaboração de roteiro, 5. Criação e 
diagramação das imagens. Fases de validação de conteúdo e aparência com experts e público-
alvo também são recomendados porém, não serão trabalho neste estudo. A figura 2 ilustra as 
etapas cumpridas. 
 
Figura 2: Passos recomendados para a elaboração de materiais educativos. 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2022) 
 
 
As etapas 1 (COSTA, 2019), 2 e 3 (FERNANDES, 2021) foram desenvolvidas em 
estudos anteriores. Para a elaboração do roteiro da cartilha educativa, foi realizado atualização 
40 
 
da revisão de literatura e documental por meio de consulta de artigos científicos dos últimos 3 
anos e de documentos da International Diabetes Federation (IDF), American Diabetes 
Association (ADA), American Association of Diabetes Educators (AADE), International 
Society for Pediatric and Adolescent Diabetes (ISPAD) e Sociedade Brasileira de Diabetes 
(SBD). A partir da sumarização de conteúdo (etapa 3), ocorreu a elaboração do roteiro da 
cartilha educativa. 
Para a criação do conteúdo, que representa a etapa 4 dos passos metodológicos, foi 
utilizado de forma criteriosa o domínio cognitivo do referencial teórico da Taxonomia de 
Bloom, o qual é um instrumento cujo objetivo é auxiliar o planejamento do processo de ensino-
aprendizagem por educadores (FERRAZ, BELHOT, 2010). O domínio cognitivo da 
Taxonomia de Bloom se refere a aprender e dominar o conteúdo, organizado em 6 categorias 
de objetivos de aprendizagem, sendo-as; lembrar, onde o objetivo é reconhecer/relembrar uma 
ideia já memorizada; entender, que se refere a conexão de conhecimento prévio a um novo; 
aplicar, onde o aprendiz tem conhecimentos para serem aplicados em situações novas ou não; 
avaliar, em que os conhecimentos são checados e por fim, criar, em que o objetivo é que o 
aprendiz consiga realizar o planejamento do autocuidado e produzir ideias novas (FERRAZ, 
BELHOT, 2010). 
Desta forma, os objetivos da aprendizagem do material educativo são planejados para 
serem alcançados a partir de conteúdos simples para os mais complexos, em que para avançar 
nos conhecimentos é preciso ter dominado a fase anterior (FERRAZ, BELHOT, 2010). 
Para melhor compreensão do conteúdo pelas crianças escolares, foi utilizado a técnica 
de storytelling, ou seja, a contação de história. Na saúde esta arte é empregada para transmissão 
de conhecimentos para contribuir nas ações da população em sua própria saúde (WORLD 
HEALTH ORGANIZATION, 2022). O referencial teórico da Taxonomia de Bloom auxiliou 
no percurso da história lúdica, possibilitando que o leitor seja conduzido com o avanço do 
conteúdo categorizado pelo domínio cognitivo. Simultaneamente à elaboração do roteiro da 
história lúdica, o planejamento das cenas estava sendo desenvolvido, para que as informações 
se relacionassem com as ilustrações. 
Após a finalização do roteiro, foi iniciado o storyboard, ou seja, a criação do arco da 
história, para isso, primeiro foi utilizado um caderno de rascunho, em seguida foi utilizado a 
plataforma Canva® para diagramação e ilustração para facilitar a compreensão do profissional 
da arte gráfica do projeto, sendo neste sentido, já iniciado o desenvolvimento da etapa 5. 
 
 
41 
 
RESULTADOS 
Em concordância com os passos preconizados na Taxonomia de Bloom, a cartilha foi 
organizada conforme a sumarização de conteúdo realizadas na etapa 3 do percurso 
metodológico. Os primeiros assuntos a serem abordados na cartilha foram glicose, insulina e 
DM1. Esta estratégia de iniciar a história aplicando conceitos básicos se remete à categoria 
“lembrar” onde o objetivo é fazer o leitor buscar em sua memória conhecimentos que já estão 
memorizados. Esta categoria representa o verbo no gerúndio, “reconhecendo” e 
“reproduzindo”. Após o aprendiz já ter reconhecido esses conceitos básicos, a história avança 
mais um passo, e alcança a categoria “entender”. Nesta etapa os conteúdos são elaborados com 
a finalidade de o leitor relacionar os conhecimentos já adquiridos com os novos. Esta categoria 
é seguida pelos verbos “interpretando”, “exemplificando”, “classificando” e “explicando”. A 
próxima categoria a ser alcançada é a do “aplicar”. Nesta fase os conteúdos são destinados à 
aplicação do conhecimento e os verbos “executando” e “implementando” a representam. Na 
etapa do “analisar”, os verbos “diferenciando”, “organizando”, ‘‘atribuindo”e “concluindo”, 
referem-se ao momento de entendimento da relação entre as partes já trabalhadas. A penúltima 
etapa é destinada ao momento de “avaliar” os conhecimentos e atitudes aprendidas e por isso, 
os verbos “checando” e “criticando” a norteiam. Na última fase, na etapa “criar” espera-se que 
o leitor consiga colocar em prática os conhecimentos adquiridos e os verbos desta etapa são 
“generalizando”, “planejando” e “produzindo”. 
Figura 3: Taxonomia de Bloom e sumarização dos conteúdos 
 
 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2020) 
42 
 
 
A cartilha educativa, “Aventuras de Alícia no mundo da hiperglicemia”, foi 
desenvolvida para crianças escolares com DM1. O protótipo inicial conta com 25 páginas, 
organizadas da seguinte forma: 
Página 1: Título e ilustração dos personagens do enredo. 
Páginas 2 e 3: Informações sobre a ficha catalográfica e técnica da equipe de 
desenvolvimento. 
Página 4: Descreve ao leitor, a apresentação formal dos objetivos da cartilha educativa. 
Página 5: Apresentação da cartilha direcionada ao público-alvo, utilizando uma 
linguagem atrativa, didática e lúdica, seguindo as etapas da Taxonomia de Bloom. 
Na página 6: Inserido uma legenda com ilustrações dos personagens para melhor 
identificação dos mesmos ao decorrer da história. 
A Figura 4 ilustra a sugestão de capa, elaborada pelos autores. Junto a ela foram 
enviadas outras referências a partir de desenhos animados e livros infantis ao ilustrador 
contratado. 
Figura 4: Versão 1 da capa da cartilha educativa 
 
 
 
A partir da página 7, o conteúdo foi organizado em forma de história. O enredo criado 
fala sobre uma garota de 9 anos, que se chama Alicia, que tem DM1. Ela é protagonista da 
história e está passando pelos chamados “dias doentes”. Os “dias doentes” são momentos em 
43 
 
que a criança/adolescente apresenta uma doença intercorrente, ou seja, algo além do diabetes 
que pode ser uma infecção do trato urinário, doenças respiratórias e outras doenças rotineiras 
da infância (LAFFEL, et al., 2018). Na história criada, Alícia está com uma infecção urinária e 
com dificuldade em estabilizar a sua glicemia. Neste momento, os demais personagens da 
história são apresentados: a célula de defesa do corpo, a glicose, o pâncreas e um mascote. 
Alícia e sua mãe são amparadas por eles, que as auxiliam a procurar atendimento no serviço de 
saúde, já que o seu caso está se agravando. Isso gera uma tensão no enredo, prendendo a atenção 
do leitor. No serviço de saúde, Alícia e sua mãe recebem atendimento multiprofissional, do 
médico Joslin e da enfermeira Florence, que realizam consulta e educação em saúde sobre o 
seu caso. A grande dúvida é se a criança necessitará de internação hospitalar ou não, tornando-
se este o clímax da história, que logo terá um desfecho. 
Inicialmente, o roteiro textual foi desenvolvido em formato de quadro, organizado a partir 
dos seguintes tópicos: página, categoria da Taxonomia de Bloom, texto, diálogos, ilustrações e 
referências. O conteúdo da cartilha educativa foi desenvolvido em formato de história lúdica, 
com textos narrativos complementados por diálogos dos personagens. Para o texto e os diálogos 
procurou-se utilizar linguagem clara, objetiva e simples. Para explicar melhor termos técnicos, 
quadros informativos foram adicionados à página, à parte da história. A história da cartilha 
educativa foi criada alinhando-se aos princípios do storytelling com os passos preconizados no 
domínio cognitivo do referencial teórico da Taxonomia de Bloom. 
Na categoria lembrar, foram abordados conceitos básicos como glicose, insulina, DM1. Na 
categoria entender foi abordado a definição de hiperglicemia e CAD e seus principais sintomas; 
na categoria aplicar a temática foi direcionada para o manejo da hiperglicemia evitando a CAD; 
na categoria analisar foi discorrido sobre os sinais de alerta destas condições. Na categoria 
avaliar foram elaboradas quatro atividades interativas como cruzadinha; reconhecendo a 
hiperglicemia; labirinto e caça-palavras (Figura 5). Todas foram testadas para confirmar seu 
funcionamento e objetivos. Por fim, na última categoria denominada criar, foi planejado um 
espaço em que o público-alvo é convidado a se desenhar em situação de hiperglicemia e assim 
utilizar conhecimentos adquiridos nos domínios anteriores para o planejamento do autocuidado. 
 
 
 
 
 
 
44 
 
Figura 5: Atividades interativas da cartilha educativa, que cumprem com a categoria avaliar da 
Taxonomia de Bloom 
 
 
 
O roteiro da diagramação e storyboard foi desenvolvido pela autora e pela orientadora deste 
trabalho (Figura 6,7 e 8). O storyboard, a qual é uma forma de organizar as cenas, organizando-
a visualmente, de forma rudimentar, porém, sistematizada, em que cada página ganhou seu 
rascunho, com posição dos personagens, do texto e das falas. Depois de finalizado e revisado, 
o mesmo foi “transportado” para o editor gráfico Canva®. 
Figura 6: Protótipo inicial da diagramação 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2022) 
 
 
45 
 
Figura 7: Protótipo da diagramação editor gráfico Canva 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2022) 
 
Figura 8: Storyboard editor gráfico Canva - visualização das cenas 
46 
 
 
Fonte: Elaborada pela autora (2022) 
 
DISCUSSÃO 
Cartilhas educativas, são tecnologias educativas em saúde com potencial de fornecer 
informações necessárias, estimulando o empoderamento para tomadas de decisões benéficas à 
saúde (COSTA, et al., 2021; MOURA, et al., 2017). Na busca por cartilhas educativas para 
crianças escolares, é comum observar a utilização da estratégia de abordagem lúdica com a 
contação de história, diálogos entre personagens e ilustrações relacionadas ao conteúdo. Estes 
estudos apontam que esta estratégia promove o processo de ensino-aprendizagem de forma 
atrativa e prazerosa (ASSOCIAÇÃO NACIONAL ATENÇÃO DIABETES [s.n.]; FROTA, et 
al., 2021; MOURA, et al., 2017). Por isso, foi desenvolvida a cartilha educativa “Aventuras de 
Alicia no mundo da hiperglicemia”, com uso do storytelling e personagens fictícios como a 
glicose, uma mascote que interage com a personagem principal e sua mãe. 
47 
 
A maioria das cartilhas educativas descritas na literatura e encontradas nas organizações 
das diversas especialidades, apresentam em sua estrutura capa, apresentação do objetivo do 
material para o público-alvo, índice/sumário, ficha catalográfica, lista de referências, espaço de 
interação do leitor com atividades, jogos ou espaços destinados às anotações (BRITO, REMOR, 
2022; CRUZ, 2020; MOURA, et al., 2017). Portanto, para este estudo, foram considerados a 
maioria desses itens na elaboração da estrutura da cartilha educativa. 
A narrativa conta a história de Alícia, personagem principal que vive com DM1 e 
apresenta uma doença intercorrente, para abordar a temática de hiperglicemia e CAD. A ideia 
de a personagem principal estar em “dias doentes”, ou seja, apresentando uma doença 
intercorrente, se dá por este ser um fator que causa, na maioria das vezes, o aumento da 
glicemia, e importante fator de risco para CAD, conforme descrito pela literatura da área 
(LAFFEL, et al., 2018). Estas duas complicações agudas complexas em sua compreensão e 
manejo. Considerando a complexidade do tema e o público-alvo, foi elaborada a cartilha de 
forma lúdica, utilizando a estratégia de storytelling e ilustrações relacionadas ao conteúdo para 
facilitar a compreensão dos leitores. 
No storytelling aplicado à saúde, a história contada costuma ter proximidade com a 
realidade do público-alvo. Por isso, o enredo foi elaborado baseado em experiências frequentes 
da prática clínica, onde é comum o surgimento de dúvidas quando a criança/adolescente 
apresenta hiperglicemia em dias doentes. Os personagens no storytelling são elementos 
essenciais, pois é comum que o leitor estabeleça uma conexão com os mesmos (WORLD 
HEALTH ORGANIZATION, 2022).A história conta com personagens lúdicos para tornar a 
história mais interessante considerando a clientela infantil, tendo uma mascote e a Glicose, que 
irão acompanhar e auxiliar a personagem principal na aventura do mundo da hiperglicemia. 
Além desses, a história tem o médico Joslin e a Enfermeira Florence que irão realizar educação 
em saúde e alterar as dosagens de insulina. 
Os personagens Joslin e Florence, simbolizam o cuidado multiprofissional, importante 
para crianças e adolescentes que vivem com o DM1, pois precisam de cuidados complexos e 
diversificados em todo percurso de sua vida desde o diagnóstico. O cuidado realizado por uma 
equipe multiprofissional com educador físico, enfermeiro, médico, nutricionista, farmacêutico, 
psicólogo e professores da escola, pode proporcionar benefícios para a criança, adolescente e 
familiares, pois abrange aspectos biopsicossociais, colaborando para melhora do tratamento e 
redução das internações (FERREIRA, et al., 2021). 
A escolha dos nomes dos profissionais, compostos na cartilha não foi feita 
aleatoriamente. O nome do médico da cartilha se refere ao Elliot Proctor Joslin (1869 - 1962), 
48 
 
fundador do Joslin Diabetes Center, o primeiro centro especializado em diabetes no mundo. 
Elliot P. Joslin foi pioneiro na educação em diabetes e trabalhava no sentido de ensinar aos seus 
pacientes a importância da educação para o autocuidado do diabetes e prevenção de problemas 
(JOSLIN DIABETES, 2022; HIDALGO, PERES, 2022). A enfermeira Florence, precursora da 
enfermagem moderna, atuou na guerra da Criméia em 1854, onde se destacou. Suas ações 
sanitaristas e estudos estatísticos foram essenciais para os avanços bioestatísticos e controle de 
infecções hospitalares (SILVA, et al., 2020). Apesar de a teoria de Florence Nightingale não 
estar relacionada ao autocuidado, a escolha do nome da personagem se deu em sua homenagem. 
O referencial teórico da Taxonomia de Bloom proporcionou a organização da cartilha 
educativa desde a sumarização do conteúdo no estudo anterior (FERNANDES, 2021), até o seu 
protótipo final, permitindo a elaboração do enredo abordando conceitos básicos, avançando 
para os mais complexos, com o cuidado de não pular etapas, garantindo o aprendizado gradual. 
As atividades interativas disponibilizadas no final da cartilha foram criadas seguindo as 
recomendações do referencial teórico, pois a partir dos conhecimentos adquiridos nas 
categorias anteriores, o leitor conseguirá avaliar o seu aprendizado. 
As cartilhas encontradas na literatura e sites de organizações destinadas ao diabetes, não 
se referem a um referencial teórico como instrumento norteador do seu desenvolvimento 
(FROTA, et al., 2020), enfatizando o ineditismo da cartilha educativa “Aventuras de Alicia no 
mundo da hiperglicemia”. A Taxonomia de Bloom se mostrou como instrumento facilitador na 
elaboração, e organização do material educativo, pois os passos preconizados pelo domínio 
cognitivo do referencial teórico, direcionam o objetivo de aprendizagem que se espera do leitor, 
e assim auxiliam o autor a desenvolver o conteúdo de acordo com o aprendizado esperado 
(FERRAZ, BELHOT, 2010). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O referencial teórico metodológico da Taxonomia de Bloom e as recomendações da 
aplicação do storytelling, permitiram o desenvolvimento de uma cartilha educativa voltada para 
crianças com DM1 de forma estruturada e lúdica, que abordou questões de difícil entendimento 
por este público-alvo, que são a hiperglicemia e CAD. Conforme o percurso metodológico de 
tecnologias educativas em saúde, a etapa de validação de conteúdo e aparência devem ser 
desenvolvidas em estudos futuros. 
 
 
49 
 
REFERÊNCIAS 
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adoecimento. Rev Esc Enferm USP. 2020. Disponível em: 
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An overview. Avicenna J Med 2020;1. Disponivel em https://www.thieme-
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de enfermagem á criança: revisão integrativa. Rev Bras Enferm. 2019;72(Suppl 3):333-42. 
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Diabetes Mellitus tipo 1: síntese do conhecimento. Ceará, 2021. Disponível em: 
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FERRAZ, Ana Paula do Carmo Marchet; BELHOT Renato Vairo. Taxonomia de Bloom: 
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FROTA, Sabrine Silva. et al. Criação e Validação de uma revista em quadrinhos para 
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LAFFEL, Lori M.et al. ISPAD Clinical Practice Consensus Guidelines 2018: Sick day 
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2022. 
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SILVA, Aline Teixeira Marques Figueiredo. Florence Nightingale como tema do ensino de 
história em enfermagem. 2020. Disponível em 
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SOUZA, Ana Cecilia Caetano; MOREIRA, Thereza Maria Magalhães; BORGES, José Wicto 
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Acesso em 7 Out 2022. 
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Western Pacific. 2022. 
WOLFSDORF, J.I. et al. ISPAD Clinical Practice Consensus Guidelines 2018: diabetic 
ketoacidosis and the hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatric Diabetes, 2018. Disponivel 
em:https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5425587/mod_resource/content/1/CAD%20ISPA
D%20Consenso%202018%20pedi.12701%20%281%29.pdf. Acesso em 21 Mar 2022. 
 
 
 
 
51 
 
 
6.2. MANUSCRITO 2: VALIDAÇÃO DE CONTEÚDO DE CARTILHA EDUCATIVA 
DESTINADA A CRIANÇAS COM DIABETES TIPO 1: FOCO HIPERGLICEMIA E 
CETOACIDOSE DIABÉTICA 
RESUMO 
Objetivo: Estudo metodológico que objetivou validar conteúdo de cartilha educativa no 
formato de storytelling para crianças escolares com diabetes tipo 1. Método: A validação de 
conteúdo foi norteada pela técnica Delphi com as etapas: 1. Escolha dos especialistas na área 
de educação em diabetes, 2. Construção do formulário de coleta de dados na plataforma Google 
Forms®, 3. Convite aos especialistas, 4. Coleta de dados, 5. Recebimento das respostas, 6. 
Análise quantitativa das respostas ao "Instrumento de Validade de Conteúdo Educativo em 
Saúde” por frequência relativa e absoluta e de concordância por Índice de Validade de Conteúdo 
(content validity ratio - CVR). Análise qualitativa do conteúdo das sugestões, 7. Ajustes 
conforme análise dos dados. Resultados: A cartilha educativa foi avaliada por 15 especialistas 
das cinco regiões do País. O CVR crítico de acordo com número de avaliadores foi de .60. Os 
domínios “objetivos” e “relevância” foram aprovados em concordância com CVR de .62 e .91, 
respectivamente. No domínio “estrutura e apresentação” o CVR foi de .20 mostrando 
necessidade de ajustes nos itens que correspondem à linguagem e apresentação das 
informações. A análise das sugestões permitiu o aprimoramento da cartilha educativa. 
Conclusão: A validação de conteúdo por especialistas da área, prévio às ilustrações, favoreceu 
melhorias significativas do material. Além disso, resultou na economia de recursos financeiros, 
pois os ajustes do conteúdo poderiam levar a mudanças das ilustrações. Deste modo, a cartilha 
educativa “As aventuras de Alícia no mundo da hiperglicemia”, apresenta tema atual, e tem 
potencial para promover conhecimentos e habilidades de manejo sobre hiperglicemia e 
cetoacidose diabética às crianças escolares com diabetes tipo 1. 
Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 1. Cartilha educativa. Estudos de validação. 
Enfermagem. 
 
52 
 
 
INTRODUÇÃO 
Estima-se que o Brasil ocupa o segundo lugar na América do Sul e Central, com 
incidência e prevalência de crianças e adolescentes, entre 0 a 14 anos, vivendo com o diabetes 
mellitus tipo 1 (DM1) (OGLE, et al., 2022). O DM1 é uma doença crônica, cuja fisiopatologia 
é caracterizada por destruição autoimune das células beta do pâncreas, que ocorre por 
susceptibilidade genética e fatores ambientais desencadeantes (RAMALHO; NORTADAS, 
2021). Como resultado da destruição das células beta pancreáticas, o corpo começa a entrar em 
um estado de insulinopenia, interferindo no metabolismo da glicose, levando a uma 
hiperglicemia persistente, sinalizada por sinais e sintomas como; poliúria, polidipsia, perda de 
peso, polifagia, e visão turva (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2021). 
Portanto, o tratamento principal se dá por meio de reposição de insulina exógena (JUNIOR, 
GABBAY, LAMOUNIER, 2022). 
O diagnóstico de DM1 geralmente acontece na infância e adolescência, entretanto pode 
ocorrer em adultos jovens (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION PROFESSIONAL 
PRACTICE COMMITTEE, 2022). Não é raro a cetoacidose diabética (CAD), no diagnóstico 
de DM1. No Brasil é estimado 67% dos casos em São Paulo, e 42,3% em outras regiões do País 
(NEGRATO, COBAS, GOMES, 2012). Um estudo realizado por Souza, et al., (2019) em um 
ambulatório de endocrinologia no Sul do País, apresentou que de 274 crianças e adolescentes 
participantes, 58,8% apresentaram CAD no momento de diagnóstico de DM1. A CAD é uma 
complicação aguda grave do diabetes, causada por deficiência de insulina no corpo, 
caracterizada por hiperglicemia (acima de 200 mg/dl), aumento de corpos cetônicos (pH abaixo 
de 7,30, bicarbonato abaixo de 15mEq/L), acidose metabólica e distúrbio hidroeletrolítico. Esta 
complicação aguda é considerada grave, pois pode levar a coma, edema cerebral e morte 
(JUNIOR, GABBAY, LAMOUNIER, 2022; WOLFSDORF, et al., 2017). A CAD não ocorre 
somente no diagnóstico de DM1, crianças e adolescentes com diagnóstico prévio de DM1 estão 
suscetíveis a desenvolver esta complicação aguda grave, quando estão com alguma doença 
aguda intercorrente devido ao processo inflamatório ou por necessidade de tratamento com 
corticoides e antibióticos, omissão de dose de insulina por diversos motivos, déficit no 
autocuidado e vulnerabilidade social (LAFFEL, et al., 2018). 
Considerando a gravidade da CAD e não sendo raro esta complicação em crianças e 
adolescentes que vivem com o DM1, é importante que as mesmas e seus familiares saibam 
identificar os sinais e sintomas, característico de hiperglicemia e CAD, principalmente quando 
nunca vivenciaram esta complicação. Profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, são 
53 
 
importantes na disseminação de conhecimento por meio da educação em saúde. Esta estratégia 
de cuidado visa o empoderamento para tomada de decisões importantes (COSTA, et al., 2020). 
Para o público pediátrico, o ideal é que as estratégias de educação em saúde sejam 
desenvolvidas de forma atraente, dinâmica e lúdica e estas potencialidades podem ser 
alcançadas por materiais educativos (PENNAFORT, et al., 2017). 
Cartilhas educativas são exemplos de materiais educativos, e têm se mostrado como 
recurso capaz de contribuir com o conhecimento do público-alvo, e auxiliar profissionais da 
saúde no processo de ensino-aprendizagem de pacientes e familiares, em diversos níveis da 
assistência (MOURA, et al., 2017; RIBEIRO, et al., 2020). Após o desenvolvimento de 
cartilhas educativas e outros materiais educativos em saúde, é importante, que seja realizado a 
etapa e validação de conteúdo do material com juízes especialistas da área, para garantir a 
fidedignidade das informações, utilização de linguagem apropriada ao público-alvo, coesão e 
coerência textual, e relevância. 
Portanto, para o desenvolvimento deste estudo trazemos a seguinte questão de pesquisa: 
A cartilha educativa desenvolvida possui conteúdo válido para promover conhecimentos e 
habilidades de manejo sobre hiperglicemia e cetoacidose diabética, segundo especialistas da 
saúde? Para tanto o objetivo deste estudo é descrever o processo de validação de cartilha 
educativa destinada para crianças escolares que vivem com diabetes tipo 1, sobre hiperglicemia 
e cetoacidose diabética a partir do referencial teórico da Taxonomia de Bloom. 
 
MÉTODO 
ASPECTOS ÉTICOS 
Esta pesquisa está vinculada ao macroprojeto intitulado como “Desenvolvimento e 
validação de materiais educativos para crianças e adolescentes com diabetes mellitus tipo 1”. 
do Departamento de Enfermagem (NFR) da Universidade Federal de Santa Catarina sido 
submetido à revisão ética e acompanhamento do Comitê de Ética em pesquisa com Seres 
Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (CEPSH - UFSC) CAAE 
55851422.8.0000.0121, (23/02/2022). Esta pesquisa foi realizada em ambiente virtual 
conforme as normas da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 2012), 
Nº 2/2021/CONEP/SECNS/MS sobre “orientações para procedimentos em pesquisas com 
qualquer etapa em ambiente virtual’’ 
 
 
 
54 
 
Tipo e desenho do estudo 
 
Estudo de abordagem metodológica. Estudos metodológicos são organizados em etapas. 
Segundo a literatura, o desenvolvimento de materiais educativos segueas seguintes etapas: 
diagnóstico situacional, revisão de literatura e documental, seleção e sumarização de conteúdo, 
elaboração do roteiro, criação e diagramação e validação de conteúdo e aparência com 
especialistas e público-alvo. 
Este estudo teve como foco a etapa de validação de conteúdo com especialistas da saúde 
sendo norteado pela técnica Delphi seguindo as etapas de 1. Escolha dos especialistas, 2. 
Construção da plataforma Google Forms®, 3. Primeiro contato com os especialistas, 4. Envio 
do material para coleta de dados, 5. Recebimento das respostas, 6. Análise qualitativa e 
quantitativa das respostas e 7. Ajustes conforme análise. 
 
População amostra; critério de inclusão e exclusão 
Para a validação de conteúdo, foram buscados especialistas da área do diabetes e 
tecnologias educacionais por meio da Plataforma Curriculum Lattes utilizando os termos 
“diabetes”, “materiais educativos” e “tecnologias educacionais”. De acordo com a literatura, o 
termo especialista está relacionado ao profissional que se dedica, especial ou exclusivamente, 
ao estudo ou a um ramo determinado de sua profissão (NORA, ZOBOLI, VIEIRA, 2017). Por 
isso, a busca também foi realizada a partir de sociedades científicas como a Sociedade Brasileira 
de Diabetes, Grupos de Educadores em Diabetes no WhatsApp® e pelo Instagram® por 
educadores em diabetes certificados. Os critérios de inclusão para seleção dos especialistas 
foram: profissionais da saúde com experiência em educação em diabetes e/ou materiais 
educativos. Critérios de exclusão: profissionais que tivessem experiência com desenvolvimento 
de materiais educativos, mas nenhuma com educação em diabetes. Seguiram-se os seguintes 
critérios de não-inclusão: aqueles que não respondessem ao e-mail de contato e aqueles que não 
responderam à avaliação no período de coleta dos dados. 
 
Protocolo do estudo 
A coleta de dados ocorreu de forma online, no período de 8 de agosto a 1 setembro de 
2022. Foram enviados o link URL da Plataforma Google Forms® composto por 6 sessões: 1. 
Identificação e contato, 2. Termo de consentimento livre esclarecido (TCLE), 3. Termo de 
confidencialidade, 4. Caracterização dos juízes, em que foram levantadas variáveis 
sociodemográficas como: idade, título de graduação, local de trabalho, Estado de moradia e que 
55 
 
trabalha, título de especialização, residência ou pós-graduação, atividade relacionada a 
educação em diabetes e tempo de trabalho na educação em diabetes. Após o levantamento de 
dados sociodemográficos, seguiram com sessão 5: leitura do conteúdo da cartilha educativa, 
que foi elaborado de forma a apresentar número da página, se seria incluído ou não uma 
ilustração, fala dos personagens e enredo. Por último, a sessão 6 que continha o Instrumento de 
Validação de Conteúdo em Saúde (IVCES) (LEITE, et al., 2018). 
O IVCES, instrumento utilizado para a validação do conteúdo pelos especialistas, possui 
opções de resposta em escala Likert de 3 pontos, em que 0 = discordo, 1 = concordo 
parcialmente e 2 = concordo totalmente. O instrumento é composto por 18 itens, separados em 
3 domínios: 1. OBJETIVOS: propósitos, metas ou finalidades. 2. 
ESTRUTURA/APRESENTAÇÃO: organização, estrutura, estratégia, coerência e suficiência. 
3.RELEVÂNCIA: significância, impacto, motivação e interesse. No final de cada domínio foi 
disponibilizado espaço aberto para sugestões, em especial quando o especialista assinalava a 
opção discordo ou concordo parcialmente. 
 
Análise dos dados 
Para avaliação das respostas dos juízes foi utilizado Índice de Validade de Conteúdo 
(content validity ratio (CVR) em que o CVR crítico se refere ao nível mais baixo de CVR, tal 
que o nível de concordância entre os especialistas excede o do acaso para um determinado item. 
O objetivo do uso do CVR é de reduzir o risco de viés relacionado ao painel de especialistas, já 
que o valor crítico de corte depende do número de especialistas incluídos (AYRE, SCALLY, 
2014; WILSON, PAN, SCHUMSKY, 2012). 
Foram calculados o CVR para cada item do instrumento (CVR-I), e para o total CVR-S 
= soma dos totais/número de itens. Para o cálculo do CVR-I, foi utilizado a seguinte fórmula: 
CVR-I = (Ne-N/2)/(Ne-N/2), em que Ne refere-se ao número de especialistas que responderam 
“concordo totalmente”, N para o número total de especialistas. Os itens que não atingiram o 
valor crítico, foram revisados e o conteúdo da cartilha ajustado. Além do CVR, foi realizada 
análise da frequência absoluta e relativa para cada item do instrumento. As sugestões dos juízes 
também foram analisadas, e categorizadas conforme os resultados estatísticos. 
 
 
 
56 
 
RESULTADOS 
 
Do total de 19 especialistas que receberam o convite, um deles respondeu que não teria 
condições de avaliação e 3 não retornaram. O total de participantes foi de 15 especialistas, de 
diferentes áreas, sendo 10 enfermeiros, três médicos, um nutricionista e um cirurgião dentista. 
Dentre as especializações, três profissionais são endocrinologistas, três são pediatras e 11 
participantes possuem certificação de educadores em diabetes e um deles possui especialização 
em gestão em enfermagem. Em relação à pós-graduação, 6 participantes possuem o grau de 
mestre e 8 possuem doutorado. Sobre o local de trabalho, os especialistas são dos seguintes 
Estados: Santa Catarina (2), Rio Grande do Sul (1), Goiás (1), São Paulo (6), Minas Gerais (1), 
Paraíba (1), Ceará (1), Amapá (1), Amazonas (1), alcançando especialistas das cinco regiões do 
País. A média de idade dos especialistas foi de 45,4 anos, com 18 anos de experiência na área. 
Segundo a literatura, para um painel de 15 especialistas, o valor crítico do CVR para 
aprovação do item é de 0,60. A validação de conteúdo da cartilha educativa “Aventuras de 
Alicia no mundo da hiperglicemia” obteve o resultado do CVR-S para os domínios “objetivos” 
e “relevância” de 0,62 e 0,91 respectivamente. Para o domínio “estrutura e apresentação” o 
CVR-S foi de 0,46. Para cada item do instrumento de validação, foram realizados os cálculos 
(CVR-I) que estão apresentados, segundo os seus domínios, na Tabela 1. Todos os itens que 
não alcançaram o valor crítico estão em destaque na tabela. 
 
Tabela 1: Resultados da análise do CVR (CVR-I e CVR-S) segundo domínios do IVCES. 
Florianópolis, 2022. 
 
 Itens CVR-
I 
 
 OBJETIVOS 
1. Contempla tema proposto 0,86 
2. Adequado ao processo de ensino-aprendizagem 0,46 
3. Esclarece dúvidas sobre o tema abordado 0,60 
4. Proporciona reflexão sobre o tema 0,73 
5. Incentiva mudança de comportamento 0,46 
CVR-S 0,62 
ESTRUTURA/APRESENTAÇÃO 
6. Linguagem adequada ao público-alvo 0,46 
7. Linguagem apropriada ao material educativo 0,20 
8. Linguagem interativa, permitindo envolvimento ativo no processo educativo 0,20 
9. Informações corretas 0,73 
10. Informações objetivas 0,20 
57 
 
11. Informações esclarecedoras 0,60 
12. Informações necessárias 0,60 
13. Sequência lógica das ideias 0,60 
14. Tema atual 0,60 
15. Tamanho do texto adequado 0,86 
CVR-S 0,20 
RELEVÂNCIA 
16. Estimula o aprendizado 0,73 
17. Contribui para o conhecimento na área 1,0 
18. Desperta interesse pelo tema 1,0 
CVR-S 0,91 
 Fonte: Elaborada pela autora (2022) 
 
Os itens que não alcançaram o valor crítico mínimo para aprovação dos especialistas 
foram os itens 2, 5, 6, 7, 8, 10, 15. Os resultados da análise da frequência relativa e absoluta das 
respostas, ilustram a concordância total, parcial ou discordância dos participantes conforme 
ilustra Figura 9. 
 
Figura 9: Frequência absoluta dos especialistas com respeito ao conteúdo da cartilha educativa 
(N=15) 
 
 
Fonte:Elaborada pela autora (2022) 
58 
 
As sugestões dos especialistas em cada domínio avaliado foram analisadas e aquelas 
pertinentes consideradas nos ajustes do conteúdo para uma futura etapa de validação da cartilha 
educativa, como mostra o Quadro 1. Além das sugestões, alguns experts deixaram elogios 
como: “Conteúdo excelente, parabéns!" e “Material excelente, extremamente criativo, 
ilustrativo e atraente! Parabéns”. Apesar do foco da presente pesquisa ser a validação de 
conteúdo da cartilha educativa e isto ter sido pontuado aos especialistas, alguns destes fizeram 
sugestões e colocações sobre as possíveis ilustrações da cartilha e diagramação: “Alicia use 
uma pulseira indicando que tem DM1”, “se recebêssemos o material já desenhado com textos 
localizados, facilitaria muito a avaliação e validação”, “Acredito que o tamanho e a fonte a ser 
usada será um determinante para ser mais atrativa" 
 
Quadro 1: Sugestões dos especialistas segundo domínios e itens do IVCES, Florianópolis 2022 
 Domínio Sugestões dos especialistas Alterações 
Item 2 - Adequado 
ao processo de 
ensino-
aprendizagem 
(…) o material precisa de adequações 
na linguagem e conceitos para atender 
as necessidades de ensino-
aprendizagem desse público. (ESP12) 
A linguagem e os 
conceitos foram 
adequados conforme 
sugestões. 
Item 5 - Incentiva 
mudança de 
comportamento 
“Não conseguimos afirmar que esse 
processo possa mudar o 
comportamento” (ESP11) 
O texto foi revisto para 
aprimorar o conteúdo de 
forma a incentivar a 
mudança de 
comportamento. 
Item 6 - Linguagem 
adequada ao 
público-alvo 
“Página 10: substituir ‘teste de 
glicemia’ por picada no dedo, gotinha 
de sangue, algo mais na linguagem da 
criança” (ESP12) 
 
“Substituir célula por outra palavra - de 
novo, linguagem adequada à idade” 
(ESP12) 
 
"Página 21 - Atividade palavras 
cruzadas - tem palavras técnicas que 
não aparecem na cartilha e seriam bem 
difíceis para a criança de 7 anos, tipo 
hálito cetônico.” (ESP12) 
 
“(...) quando explicando sobre o 
aparecimento de cetonas (...) aparece 
um novo vilão, o glucagon, que 
aumenta. Parece ser mais fácil explicar 
com um vilão, que a insulina também 
combate. Fica também mais fácil 
explicar que esse vilão aparece quando 
Substituído os termos 
“testes de glicemia” e 
“célula” conforme sugestões 
para adequar o texto ao 
público-alvo. 
 
 
Elaborados quadros 
informativos ao longo da 
cartilha com termos 
técnicos que trazem a 
explicação mais “científica” 
para as metáforas da 
história. 
 
Inserido personagem do 
vilão na história. 
59 
 
temos infecções (...) vai embora com o 
tratamento das infecções e com a 
insulina’’ (ESP15) 
Item 7 - Linguagem 
apropriada ao 
material educativo 
“Melhorando os textos e acrescentando 
os desenhos, ficará melhor o 
entendimento. Precisamos rever em 
segunda rodada para melhor parecer. 
(..)” (ESP9) 
 
Os textos foram revistos e 
as ilustrações 
apresentadas na segunda 
rodada de avaliação. 
Item 8 - Linguagem 
interativa, 
permitindo 
envolvimento ativo 
no processo 
educativo 
 
“Alguns diálogos poderiam ser menos 
prescritivos” (ESP11) 
Diálogos alterados de 
forma incluir os 
personagens na ação. 
10. Informações 
objetivas 
“Acredito que a página 15 em que o 
Robô explica a Alícia sobre CAD 
esteja muito complexo para 
compreensão de crianças. Sugiro que 
não entre na explicação da 
fisiopatologia e se foque mais na 
prática” (ESP8) 
 
 “A explicação do que acontece no 
corpo também parece bem complexa 
para uma criança de 7 anos” (ESP12) 
As ilustrações irão 
facilitar a compreensão da 
criança e os textos foram 
revisados, além dos 
quadros informativos 
inseridos. 
15. Tamanho do 
texto adequado 
“Achei os textos longos” (ESP1) 
 
'' Não sei se daria para suprimir, ‘e 
importante todo o escrito, mas o texto 
ficou longo’’ (ESP11) 
Os textos foram revistos. 
Fonte: Elaborado pela autora (2022) 
 
DISCUSSÃO 
 
O desenvolvimento de cartilhas educativas, é essencial para transmissão de 
conhecimento sobre determinadas condições de saúde-doença e, assim, empoderar a população 
para tomada de decisão consciente (SILVA, et al., 2021). Entretanto, após a construção deste 
tipo de material educativo, é indispensável a etapa de validação de conteúdo e aparência por 
profissionais especialistas na temática abordada no material. Os materiais educativos avaliados 
por especialistas, aumentam o grau de confiabilidade das informações colocadas na cartilha, os 
especialistas são mediadores entre o autor, o material educativo e o público-alvo (GALDINO, 
et al., 2019). 
60 
 
Estudos que validaram materiais educativos em saúde sobre DM1, mostraram que a 
etapa de validação foi essencial para o aprimoramento do material, a partir das contribuições 
dos especialistas (BRITO, REMOR, 2022; REBOUÇAS, 2021). As contribuições são ainda 
mais abrangentes quando os juízes selecionados para avaliação do material são de diferentes 
categorias profissionais (FROTA, et al., 2020). O presente estudo, além de selecionar 
profissionais de diferentes categorias e especialidades, garantiu que a validação de conteúdo 
ocorresse com pelo menos um juiz de cada região do País. Esta avaliação possibilitou a 
uniformização dos termos, o que é importante devido à variação linguística de cada região 
(NORA, ZOBOLI, VIEIRA, 2017). 
Como mostra o CVR médio da tabela 1, a cartilha educativa foi aprovada no domínio 
objetivo e relevância, mostrando então que o material apresenta o tema proposto, possibilita o 
esclarecimento de dúvidas, assim como proporciona a reflexão sobre a temática. Com a 
aprovação do domínio relevância, é possível concluir que a cartilha educativa tem potencial 
para estimular o aprendizado sobre hiperglicemia e cetoacidose diabética para crianças 
escolares, contribuindo com o conhecimento na área e desperta interesse pelo tema. 
Embora o CVR médio do domínio de estrutura/apresentação, ser abaixo do corte crítico, 
a cartilha educativa desenvolvida possui o tema atual, com informações esclarecedoras e 
necessárias (itens 11, 12 e14 do IVCES), o que corrobora com a prática clínica das 
pesquisadoras deste estudo, em que não é raro a internação de crianças com DM1 em CAD, 
sendo esta clientela carente de informações sobre o tema. A literatura mostra o quanto é 
frequente a CAD no momento do diagnóstico e durante toda a vida, principalmente quando a 
criança ou adolescente apresenta doença intercorrente aguda (LAFFEL, et al., 2018; SOUZA, 
et al., 2020). 
A CAD, é uma complicação metabólica aguda grave, que pode levar à morte (HAMDY, 
2021), e alguns sinais e sintomas são facilmente confundidos com outras doenças agudas, 
levando ao atraso do diagnóstico de CAD (SOUZA., et al, 2020); por isso, é importante que 
crianças, adolescentes e cuidadores, saibam reconhecer os sinais de alerta desta complicação. 
O conteúdo sobre CAD é extenso e complexo, sendo estes um dos maiores desafios ao abordar 
esta temática para crianças escolares. Mesmo com os ajustes durantes a fase de 
desenvolvimento da cartilha educativa, a avaliação dos especialistas no domínio 
estrutura/apresentação, em especial nos itens relativos à linguagem (itens 6, 7e 8) objetividade 
das informações (item 10)e tamanho do texto (item 15) mostraram que a cartilha necessita de 
ajustes nestes quesitos. 
61 
 
Não há estudos específicos sobre o desenvolvimento de cartilhas educativas para 
crianças escolares. No entanto, para organização da estrutura da cartilha educativa, foram 
realizadas buscas na literatura infanto-juvenil para verificar ilustrações, cores, tamanho de letra 
e número de páginas. A maioria das cartilhas educativas num geral tem de 25 a 40 páginas 
(GALDINO, et al., 2019; REBOUÇAS, et al., 2021). 
Os especialistas trouxeram sugestões enriquecedoras para a adequação destes itens, 
como a inclusão de umvilão na história e formas diferentes de usar a linguagem, para ser mais 
bem direcionada às crianças, público-alvo. Estas sugestões são compatíveis com às 
recomendações do planejamento de histórias na arte do storytelling, em que é recomendada a 
criação de personagens protagonistas, que sejam relacionáveis com o público-alvo, e um 
antagonista que é o personagem que se opõe ao protagonista, podendo então ser um vilão 
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2022). As sugestões irão aprimorar a estratégia do 
storytelling para desenvolvimento do conteúdo de forma lúdica. O storytelling é arte de 
contação de histórias, recomendada na comunicação em saúde (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2022). 
No desenvolvimento da cartilha educativa "Aventuras de Alicia no mundo da 
Hiperglicemia”, foi utilizado o domínio cognitivo do referencial teórico da Taxonomia de 
Bloom, que dispõe o processo de ensino-aprendizagem com objetivos definidos, aplicando 
conceitos básicos, evoluindo para os mais complexos (FERRAZ, BELHOT, 2010). Neste 
sentido, para aperfeiçoar este quesito, conforme a sugestão dos especialistas, os termos 
possíveis de serem apresentados na narrativa na linguagem lúdica, serão disponibilizados 
também em quadros informativos, com a explicação mais técnica, devido ao objetivo de 
educação em saúde proposto pelo estudo. As adequações necessárias serão realizadas e o 
projeto final com as ilustrações serão enviados futuramente para avaliação do conteúdo e 
aparência pelos especialistas e público-alvo. 
 
CONCLUSÃO 
A validação de conteúdo é uma etapa importante no percurso metodológico de 
desenvolvimento de materiais educativos a serem aplicados na educação em saúde de crianças 
escolares com DM1 e familiares. Os domínios do instrumento IVCES, auxiliaram na avaliação 
da cartilha educativa pelos especialistas segundo objetivos, estrutura/apresentação e relevância. 
A análise dos dados utilizando-se o cálculo do CVR, a partir do número de especialistas e a 
avaliação da frequência relativa e absoluta dos dados auxiliaram na análise do conteúdo da 
cartilha, sobre os pontos importantes a serem aprimorados. Ressaltamos a relação dos dados 
62 
 
entre si, ao comparar o CVR de cada item, frequência relativa e sugestões dos juízes, as 
informações se relacionam. 
As contribuições dos juízes através das sugestões foram essenciais para o 
aprimoramento e ajustes do material educativo nos itens que não alcançaram o valor crítico do 
CVR. A validação de conteúdo prévio à contratação do profissional design, resultou na 
economia de recursos financeiros, pois os ajustes do conteúdo irão modificar algumas ideias 
nas ilustrações. Neste modo, uma próxima etapa de validação de conteúdo e aparência deverá 
prosseguir em estudos futuros. 
Segundo a validação de conteúdo da cartilha educativa “Aventuras de Alicia no mundo 
da hiperglicemia”, a mesma desperta interesse pelo tema, estimula o aprendizado, e tem 
potencial para promover conhecimentos e habilidades de manejo sobre hiperglicemia e 
cetoacidose diabética. 
 
 
63 
 
 
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65 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente estudo mostrou que para o desenvolvimento de materiais educativos é 
importante o uso de um referencial teórico metodológico, como a Taxonomia de Bloom, pois a 
mesma norteou o planejamento da estrutura da cartilha e estabeleceu objetivos de aprendizagem 
a serem alcançados. Este referencial teórico foi desenvolvido para fins pedagógicos, entretanto, 
na literatura, não foi encontrada nenhuma cartilha educativa que utilizou a Taxonomia de 
Bloom, sendo esta uma característica do seu desenvolvimento inovador. 
A Taxonomia de Bloom, auxiliou no desenvolvimento do roteiro da cartilha educativa, 
desde a história inicial até as atividades interativas, representadas pelas categorias “avaliar” e 
“criar”. O cuidado em construir o enredo conforme as categorias do domínio cognitivo, 
assegurou a sequência lógica das ideias, evitando o dispersamento do conteúdo. A utilização da 
estratégia do storytelling, foi essencial para criar um enredo lúdico, com personagens fictícios, 
com objetivo de facilitar a compreensão do público, considerando o mundo imaginário infantil. 
A etapa de validação de conteúdo, que busca, uma concordância dos especialistas 
quanto ao conteúdo do material produzido, é uma fase importante do percurso metodológico de 
desenvolvimento de materiais educativos. A utilização de um instrumento desenvolvido e 
validado no Brasil, voltado a materiais educativos, permitiu a avaliação dos itens que não estão 
adequados para o propósito do material. A análise de dados quantitativa (Índice de Validade de 
Conteúdo e frequência absoluta e relativa), com a qualitativa (sugestões dos especialistas) 
permitiu o melhor aprimoramento da cartilha. 
Desenvolver este projeto, possibilitou o uso de diversos aprendizados durante os últimos 
anos do curso de graduação de enfermagem, desde as disciplinas básicas como bioquímica, 
farmacologia, o cuidado no processo de viver humano na condição clínica de saúde e cuidado 
no processo de viver humano na saúde da criança e adolescente. Além disso, com este trabalho 
novos conhecimentos foram adquiridos, como análise de conteúdo quantitativa e qualitativa, 
desenvolvimento de material embasado num referencial teórico. 
Foi desafiador construir uma história lúdica, com o cuidado de transmitir o 
conhecimento e habilidades de maneira simplificada sobre conteúdos complexos para crianças. 
Assim, a construção da cartilha educativa permitiu o desenvolvimento pessoal do olhar mais 
acurado e sensível quanto a educação em saúde destinada a crianças. 
 
66 
 
8. REFERÊNCIAS 
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74 
 
9. APÊNDICE A – Termo de consentimento livre e esclarecido” (TCLE) 
 
75 
 
 
 
76 
 
 
 
 
77 
 
10. APÊNDICE B - “Termo de confidencialidade” 
 
 
78 
 
11. ANEXO A – “Instrumento de validação de conteúdo educativo em saúde” (IVCES) 
OBJETIVOS: propósito, metas ou finalidades. 0 1 2 
1. Contempla o tema proposto. 
2. Adequado ao processo de ensino-aprendizagem 
3. Esclarece dúvidas sobre o tema abordado 
4. Proporciona reflexão sobre o tema 
5. Incentiva mudança de comportamento. 
ESTRUTURA/APRESENTAÇÃO: organização, estrutura, estratégia, 
coerência e suficiência 
 
6. Linguagem adequada ao público-alvo 
7. Linguagem apropriada ao material educativo 
8. Linguagem interativa, permitindo envolvimento ativo no processo 
educativo 
 
9. Informações corretas 
10. Informações objetivas 
11. Informações esclarecedoras 
12. Informações necessárias 
13. Sequência lógica das ideias 
14. Tema atual 
15. Tamanho do texto adequado 
RELEVÂNCIA: significância, impacto, motivação e interesse 
16. Estimula o aprendizado 
17. Contribui para o conhecimento na área 
18. Desperta interesse pelo tema 
Fonte: LEITE (2018). 
 
 
 
 
 
79 
 
12. ANEXO B – “Parecer consubstanciado do CEP” 
 
80 
 
 
81 
 
82 
 
 
 
 
83 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM 
 
DISCIPLINA: INT 5182-TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II 
PARECER FINAL DO ORIENTADOR SOBRE O TRABALHO DE 
CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
A aluna Krislenn Julia Machado concluiu o Trabalho de Conclusão de Curso intitulado 
“Desenvolvimento validação de cartilha educativa para crianças com diabetes mellitus tipo 1” 
com êxito. A aluna cumpriu com compromisso e dedicação todas as fases necessárias para a 
realização do proposto trabalho, um estudo metodológico que se iniciou com revisão de 
literatura sobre o tema de estudo, aprofundamento de referencial teórico-metodológico, 
elaboração do conteúdo da cartilha relacionando-o com a literatura e referencial até o envio do 
conteúdo para avaliação de especialistas via remota e análise dos dados, com posterior 
adequação das recomendações. Desenvolveu aptidões que irão auxiliá-la na sua carreira 
enquanto enfermeira, com olhar clínico e crítico para a temática estudada, além de aproximar-
se do potencial das estratégias lúdicas para educação em saúde de crianças com doenças 
crônicas, neste caso, o diabetes tipo 1. Destaco a sua criatividade, empenho e aprofundamento 
teórico, além de sua disciplina e compromisso com a pesquisa realizada e com o professor 
orientador. Concluiu o estudo no período proposto, teve ótima avaliação da Banca 
Examinadora, realizou as adequações necessárias e sugeridas pela Banca e apresentou 
publicamente o seu trabalho, demonstrando conhecimento e clareza do tema estudado. 
 
Florianópolis, 13 de dezembro de 2022. 
 
 
 
Prof. Dra.Valéria de Cássia Sparapani 
		2022-12-13T17:09:45-0300
		2022-12-13T17:10:26-0300
		2022-12-14T11:32:28-0300

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