Relatório e Resultados da Prática de Limites de Consistência dos Solos

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FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIA
ENGENHARIA CIVIL - NOTURNO
BRENDA SANTOS OLIVEIRA
RELATÓRIO E RESULTADOS DA PRÁTICA DE LIMITES DE CONSISTÊNCIA DOS SOLOS
 
Itabuna- Ba
2015
BRENDA SANTOS OLIVEIRA
RELATÓRIO E RESULTADOS DA PRÁTICA DE LIMITES DE CONSISTÊNCIA DOS SOLOS
Trabalho realizado pelo aluno Brenda Santos Oliveira, como instrumento de avaliação do curso de Engenharia Civil, VI semestre, da disciplina Mecânica dos Solos II, a ser entregue à Professora Marta Carvalho para a sua devida avaliação. 
Itabuna- Ba 
2015
Introdução 
As avaliações dos limites de consistência são determinadas através de dois ensaios nomeados limite de liquidez e limite de plasticidade, que dependem fortemente da presença de água para uma correta previsão dos aspectos fundamentais do seu comportamento.
A caracterização da plasticidade de um solo envolve a quantificação de valores característicos do teor em água, aos quais correspondem alterações significativas do comportamento do solo. Assim, o limite de plasticidade é o teor em água abaixo do qual não é possível moldar o solo, o que, segundo as normas portuguesas (NP-143, 1969), corresponde à impossibilidade de moldar cilindros com cerca de 3 mm de diâmetro por rolagem entre a palma da mão e uma placa de vidro. O limite de liquidez é, por sua vez, o teor em água para o qual o solo se passa a comportar como um líquido, ou seja, de acordo com as normas portuguesas (NP-143, 1969), apresenta um comportamento "fluido" (devidamente caracterizado na norma) quando sujeito a 25 pancadas na concha de Casagrande.
Objetivos 
Os ensaios de determinação dos limites de consistência (limite de liquidez e limite de plasticidade) a realizar nesta aula no Laboratório da MIX Tecnologia que destinam-se a avaliar as características de plasticidade de um solo fino.
Materiais e Métodos 
APARELHAGEM UTILIZADA
Almofariz e não de grau 
Repartidor de amostra 
Peneira de nº 40 (≠ 0,42mm) 
Pipeta para umedecer a amostra 
Espátula de aço para homogeneização da amostra 
Aparelho de Casagrande 
Cinzel 
Balança 
Estufa 
Placa de vidro de superfície lisa 
Cilindro de comparação (Diâmetro= 3mm e Comprimento= 10cm) 
Cápsula de alumínio
PROCEDIMENTO
Limite de Liquidez (LL)
A determinação do limite de liquidez é feita pelo aparelho de casagrande que é uma concha ligada a um eixo com manivela. Acionando-se essa manivela faz-se com que a altura de queda da concha seja de 1cm. A manivela deve ser acionada com uma velocidade de 2rps. 
A amostra deve ser homogeneizada, pela espátula, com teores de água convenientemente crescentes em cada determinação. Depois de homogeneizada é colocada na concha e separada em duas partes (com a utilização de um cinzel apropriado), abrindo-se uma canaleta em seu centro, normalmente à articulação da concha. 
Estando a amostra sobre a concha com a canaleta aberta, inicia-se a aplicação dos golpes, acionando-se a manivela, de forma que esses golpes sejam aplicados regularmente, até que os bordos inferiores da canaleta se unam em um comprimento de 1cm, anotando-se o número de golpes aplicados. 
Após essa união, retira-se uma amostra do material e determina-se o teor de umidade correspondente. O restante do material da concha é juntado com a amostra inicial, adicionando-se mais água, repetindo-se a operação para teores crescentes de umidade, de modo a se obter número de golpes próximos de 50, 40, 30, 20 e 10. 
Dispondo de uma série de pares de valores, números de golpes x umidades, constrói-se a curva de liquidez, sendo o nº de golpes representado na abcissa em escala logarítmica e umidade correspondente na ordenada. Caso os pontos obtidos não se alinhem numa reta, admite-se uma razoável rota média. 
O limite de liquidez é expresso pela umidade correspondente a interseção da ordenada relativa a 25 golpes, na curva de liquidez. 
Limite de Plasticidade (LP) 
No ensaio, o limite de plasticidade é expresso pelo teor de umidade com que um cilindro de solo de cerca de 10cm de comprimento é rolado, rompendo-se ao atingir 3mm de diâmetro. 
Fisicamente, o que ocorre é que a película de umidade que envolve os grãos começa a romper-se, provocando um atrito direto grão a grão. 
Para a execução do ensaio, coloca-se a amostra com conveniente umidade numa placa de vidro fosco, faz-se pressão com a palma da mão sobre a mesma, dando-lhe a forma cilíndrica. Continua-se a ralar, obtendo-se o comprimento de 10cm, até que o cilindro atinja o diâmetro de 3mm, o que se verifica com o auxílio de um cilindro comparador. Não se dando o rompimento nessas condições, repete-se a operação até que perda de umidade, o cilindro se fragmente em diversos pedaços com o diâmetro de 3mm. Obtido esse rompimento na forma descrita, determina-se a umidade correspondente, que por definição é o LP. 
Esta operação deve ser feita 5 vezes, para obter um valor de umidade com melhor precisão, e o LP será o teor de umidade média. 
OBS: Os valores de umidade encontrados não devem se afastar do valor do teor umidade médio (LP) de mais de 5%. 
Resultados
	LIMITE DE PLASTICIDADE
	AMOSTRA N°
	1
	2
	3
	4
	5
	Cápsula n°
	26
	27
	28
	29
	30
	Peso da cáp.+solo úmido (g)
	16,80
	14,90
	16,40
	15,30
	16,30
	Peso da cáp.+solo seco (g)
	15,20
	13,90
	15,00
	14,00
	14,80
	Peso da cápsula (g)
	10,5
	10,80
	10,80
	10,00
	10,30
	Peso da água (g)
	1,60
	1,00
	1,40
	1,30
	1,50
	Peso do solo seco (g)
	4,70
	3,10
	4,20
	4,00
	4,50
	Teor de umidade (%)
	34,04%
	32,26%
	33,33%
	32,50%
	33,33%
	LP Médio
	 31,1%
	LIMITE DE LIQUIDEZ
	AMOSTRA N°
	1
	2
	3
	4
	5
	Cápsula n°
	21
	22
	23
	24
	25
	Peso da cáp.+solo úmido (g)
	23,10
	23,60
	21,60
	21,60
	23,70
	Peso da cáp.+solo seco (g)
	18,20
	17,70
	16,50
	16,70
	17,20
	Peso da cápsula (g)
	10,90
	9,40
	10,00
	10,90
	10,10
	Peso da água (g)
	4,90
	5,90
	5,10
	4,90
	6,50
	Peso do solo seco (g)
	7,30
	8,30
	6,50
	5,80
	7,10
	Teor de umidade (%)
	67,12%
	71,08%
	78,46%
	84,48%
	91,55%
	Número de Golpes
	40
	33
	27
	20
	14
	LL
	 79%
	ÍNDIDE DE PLASTICIDADE
	LL
	79%
	LP
	31,1%
	IP
	45,9% ≈ 46%
Conclusão 
Após a realização do ensaio dos limites de Atterberg, podemos concluir que, através do traçado da reta que relaciona os teores de humidade de cada um dos provetes com o número de pancadas, o limite de liquidez para as 25 pancadas é de 31,1%. 
Quanto ao limite de plasticidade deste solo, depois de fazermos a média dos teores de humidade calculados para cada um dos provetes ensaiados, obtivemos um valor para o limite de plasticidade de 79%.
Com os valores (LL) e (LP), podemos determinar o índice de plasticidade (IP), que é dado pela fórmula:
 IP = WL – WP 
Obtém-se assim um valor de IP de aproximadamente 46%.
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Referências Bibliográficas 
 
[1] PINTO,C.D. Curso Básico de Mecânica dos Solos. São Paulo,2006.3 ed OFICINA de textos.
[2] Ensaio de consistência LL e LP. Disponível em: <<http://ufpi.br/subsiteFiles/caec/arquivos/files/Ensaios%20de%20Consist%C3%AAncia%20LL%20e%20LP.pdf>> Acesso em 25 de novembro de 2015 as 03:21
[3] Limites de consistência de um solo. Disponível em: <<https://www.dec.uc.pt/currigest/disciplinas/MS1/upload/14LAB_3.pdf>> Acesso em 25 de novembro de 2015 às 03:33