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Biofisica Coração - Copia.docx

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Curso: Enfermagem 1º período 
Matéria: Biofísica 
Professora: Ana Paula
Grupo: Cristiany Belarmino 
 Luciana Alves 
 Amanda Mesquita
 Camila Souza 
 Camila Bonisolo
 
Coração
Cristiany Belarmino 
 Luciana Alves 
 Amanda Mesquita
 Camila Souza 
 Camila Bonisolo
 
Resumo
Palavra chave:
Introdução
O coração humano é um importante órgão do nosso corpo. Ele se localiza sobre caixa torácica, (conjunto de costelas), e ficam entre os dois pulmões. Ele e bastante musculoso, e é capaz de se contrair e se relaxar sem depender da nossa vontade, chamado ato involuntário.
Esse órgão possui o tamanho de um punho fechado. Ele e oco, dividido em quatro compartimentos: Dois átrios e dois ventrículos (átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo).
A partir de seu lado esquerdo, o coração bombeia sague para todo corpo retirando e distribuindo substancias como, por exemplo, gás carbônico e oxigênio, e além de vários elementos de defesa para evitar infecções e de coagulação para evitar hemorragias.
Bomba cardíaca
Embora no coração possua seus próprios sistemas intrínsecos de controle e possa continuar a operar, sem quaisquer influencias nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser muito modificada pelos impulsos reguladores do sistema nervoso central. O sistema nervoso é conectado com o coração através de dois grupos diferentes de nervos do sistema nervoso autônomo: parassimpáticos e simpáticos. A estimulação dos nervos parassimpáticos causa os seguintes efeitos sobre o coração: (1) diminuição de frequência dos batimentos cardíacos; (2) diminuição da força de contração do musculo atrial; (3) diminuição na velocidade de condução dos impulsos através do nódulo AV (atrioventricular), aumentando o período de retardo entre a contração atrial e a ventricular; e (4) diminuição do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários que mantem a nutrição do próprio musculo cardíaco.
O evento de contração da musculatura cardíaca, essencial para que o coração desempenhe sua função de bomba, é dependente da despolarização ordenada das células musculares cardíacas. Para que a fibra muscular cardíaca se contraia, é necessária a despolarização desta mesma fibra. A ativação elétrica ordenada do coração se dá pela propagação, em sequência, de potenciais de ação despolarizantes através das estruturas anatômicas deste órgão. O batimento cardíaco tem início do nodo sinoatrial (SA), com um potencial de ação gerado de maneira espontânea. Esse potencial de ação se dissemina por todo o miocárdio atrial direito, e chega ao miocárdio atrial esquerdo, levando a contração do miocárdio atrial.
Em seguida, essa onda de ativação converge para a única conexão elétrica existente entre o miocárdio atrial e o ventricular: o nodo atrioventricular (AV). Após passar pelo nodo AV, a onda de ativação atinge o feixe de His, e passa por ele até chegar às fibras de Purkinge, que são arborizações do feixe His, no miocárdio ventricular. Deste modo, a onda de despolarização 
 o impulso cardíaco é distribuída a todo o miocárdio dos ventrículos direito e esquerdo, determinando a contração ventricular. As células cardíaca são capazes de gerar uma diferença no potencial elétrico da célula. A bomba de sódio-potassio ATPase (Na/K ATPase) leva três íons sódio (Na) para o exterior da célula em troca de dois íons potássio (K). Isso provoca: 
Maior concentração de íons Na no meio extracelular do que no meio intracelular; com isso é criado um gradiente químico (os íons tendem a passar do meio mais concentrado para o menos concentrado), e a tendência do Na é entrar na célula. Essa entrada é impedida pela membrana plasmática.
Maior concentração dos íons K no meio intracelular do que no meio extracelular. É criado um gradiente químico do K, e sua tendência é sair da célula. De fato, o K sai da célula através de canais de K não controlados por voltagem, mecanismo que estudaremos a seguir. A membrana da célula seletiva ao K. Estes canais ficam permanentemente abertos, produzindo em fluxo (saída) constante de íons K. Isto causa a diminuição do número de íons positivos do lado interno da membrana, em relação ao lado externo (tanto os íons Na o íon K são positivamente carregados - cátions). Em dado momento, a força que atrai o K para da célula (gradiente químicos) se equipara a força que retém o K dentro da célula (ele é um íon positivo e a face interna da membrana, positivamente carregada, tende a retê-lo – este é a gradiente elétrico). O potencial de repouso da membrana é alcançado quando ocorre o equilíbrio entre a gradiente químico e elétrico do K. Esse potencial varia entre -60mV e -90mV, dependendo do tipo de célula cardíaca.
A membrana plasmática fica, por tanto, num estado polarizado. Quando a célula está em repouso, sua membrana encontra-se polarizada, isto é, há mais íons positivos do lado externo da membrana que do lado interno. Carga positiva (íon Na cálcio, por exemplo) pode ser adicionada a célula, se canais específicos forem abertos. Se carga positiva for adicionada ao lado interna da célula, ela irá se tornar menos polarizada ou despolarizada. Se carga positiva for removida da célula, ela se tornara mais polarizada, ou hiperpolarizada. Se a célula for despolarizada, e a carga positiva adicionada for removida em seguida, ela sofrera repolarização. O potencial de ação é um evento que abrange a despolarização da membrana das células excitáveis; no nosso caso, as células cardíacas. Ele é responsável, nos neurônios, pela liberação das vesículas que contem neurotransmissores. Nas células cardíacas, seu objetivo final é a contração do miocárdio, responsável pelo bombeamento de sangue pelo coração. 
 
 Capilaridade e Pressão superficial
Ação capilar: refere a elevação ou queda de um líquido num tubo estreito ou capilar, causando a formação de uma superfície curvada para as paredes do tubo.
Pressão sanguínea na circulação sanguínea humana:
Ao lado do fluxo sanguíneo, o parâmetro mais importante na circulação é a pressão sanguínea. A pressão sanguínea deve ser suficiente para dirigir o sangue do coração para os vasos sanguíneos, mas também deve ser baixa o suficiente para criar 
um gradiente de pressão e permitir drenagem eficiente do sangue de volta ao coração para os ciclos adicionais. Como uma consequência, a pressão sanguínea varia significativamente em vários pontos da circulação, permitindo os diferentes vasos sanguíneos acomodar seus papéis e funções designadas.
O ventrículo esquerdo ejeta sangue do coração no sistema arterial sob uma pressão de aproximadamente 120 mmHg. Isto corresponde à fase sistólica do ciclo cardíaco e é comumente referido como pressão sanguínea sistólica. Quando o sangue penetra no sistema circulatório, a pressão começa a cair vagarosamente. Da aorta, o sangue flui para as artérias maiores a 110 mmHg, para as artérias médias a 75 mmHg e para as artérias menores ou arteríolas a 40 mmHg até atingir o sistema capilar. O sangue entra no sistema capilar sob uma pressão de 30 mmHg e sai sob uma pressão de 16 mmHg. A baixa pressão é suficiente para gerar movimento e ainda baixa suficiente para o sangue fazer uma função fisiológica e sustentar o metabolismo celular. O sangue drena do sistema capilar para as veias menores ou vênulas a 16 mmHg, continuando para as veias de tamanho médio sob pressão de 12 mmHg, e para as grandes veias a 4 mmHg antes de entrar novamente no coração para outro ciclo circulatório. A pressão dentro do sistema circulatório varia de 120 mmHg a 4 mmHg e mantém esta variação numa base continuada.
Esta membrana pode inflamar e causar pericardite o coração e formado por músculos e necessita de gás oxigênio para seu funcionamento, esse suprento de gás através do sangue pelas artérias.
Camarás do coração
O coração humano e composto de quatro
câmeras 2 átrios e 2 ventrículos os átrios estão na região superior do coração e são menores e são menores q os ventrículos os átrios. Possuem um septo que os separam chamado septo interatrial e os ventrículos são separados pelo septo interventricular
Vasos do coração
O sangue. Venoso entra no átrio direito pela veia cava inferior e veia cava superior as quatro veias pulmonares trazem sangue da circulação pulmonar pelo átrio esquerdo o sangue q sai do coração em direção ao corpo sai pela artéria aorta e o sangue que vai para os pulmões sai pelas arteriaspulmonares
Valvas do coração
As valvas. Servem para direcionar o fluxo sanguíneo pelas camarás do coração entre os átrios e ventrículos encontramos as valvas atrioventriculares também chamadas de bicúspide e mitral estas valvas impedem que o sangue q foi para o ventrículo retorne para o átrio quando há contração as valvas q impedem que o sangue que sai do coração retorne para o ventrículo são chamadas valvas seminu lunares.
Tipos de circulação
Circulação pulmonar
E a circulação no qual o sangue q sai do coração está rico em gás carbônico e levado até o pulmão onde e oxigenado e retorna ao coração.
Circulação sistêmica
E o tipo de circulação na qual o sangue oxigenado sai do coração em direção ao corpo irriga os tecidos onde ocorrem as trocas gasosas ele volta para o coração rico em gás carbônico.
Circulação pelo coração
O sangue rico em gás carbônico do corpo chega ao coração pelas veias cavas superior e inferior, entrando no átrio direito, que se contrai e envia o sangue para o ventrículo direito, que também se contrai, bombeando este sangue para o pulmão através da artéria pulmonar até a rede de capilares do pulmão onde ocorrerá a troca gasosa. O pulmão recebe o gás carbônico e fornece oxigênio ao sangue, que retorna ao coração pelas veias pulmonares, que entram no átrio esquerdo. O átrio esquerdo bombeia o sangue para o ventrículo esquerdo, que bombeia este sangue rico em oxigênio pela artéria aorta para o corpo, onde vai chegar até uma rede de capilares que irrigam os tecidos, onde o oxigênio é fornecido as células e recebe gás carbônico, retornando ao coração pelas veias cavas.
 Principais órgãos do Sistema Circulatório:
Coração: é o "motor" do sistema circulatório. Sua função é bombear o sangue, de forma que chegue a todo corpo. Com isso, o sangue que contém oxigênio pode alimentar as células do corpo. Uma circulação completa inclui duas passagens pelo coração: uma em direção ao corpo e a outra em direção ao pulmão; 
Vasos capilares: são as veias, artérias e capilares. Sendo que as artérias são mais largas e flexíveis, as veias mais finas, mas igualmente resistente (isso porque as veias circulam sangue em locais de baixa pressão, portanto precisa ser resistente). Os capilares são os menores vasos sanguíneos e servem de canal de transição das artérias para as veias.
Sangue: material líquido que transporta os nutrientes e oxigenação para as células e tecidos do corpo. É bombeado pelo coração e é amplamente rico e m nutrientes.
Aspectos relacionados com a mecânica da circulação sanguínea
Circulação Sanguínea - movimento contínuo unidireccional do sangue, num sistema relativamente fechado, de modo a permitir permanentemente o acesso de nutrientes necessários à sobrevivência celular, assim como de oxigénio, e remover dos diferentes órgãos e tecidos os produtos do metabolismo, que se aí permanecessem funcionariam como tóxicos. A circulação sanguínea é indispensável à vida. 
Não há circulação, quer dizer, não há movimento do sangue se não hou-ver uma diferença de pressão entre dois pontos. 
Diz a Lei das Pressões da cardiologia que a pressão, por exemplo, na grande circulação, é máxima na aorta, decai bruscamente ao nível dos capilares e continua a diminuir progressivamente nas veias até atingir valores próximos de zero nas aurículas. 
Por outro lado, quando se fala de circulação deve-se perceber o que gera o gradiente de pressões. Para haver pressão é necessário que determinado líquido esteja dentro de um recipiente, porque é este conflito entre conteúdo e continente que gera a pressão, ou seja, se tivermos um vaso muito grande e uma pequena quantidade de sangue lá dentro, certamente não se verifica a geração de pressão. Pelo contrário, se tivermos determinada quantidade de sangue e um vaso com lúmen muito estreito, gera-se pressão. 
Pode-se assim perceber que há vários aspectos que interferem na génese da pressão arterial. 
 Foram feitas experiências físico-explicativas: Um frade europeu inseriu um tubo em T numa égua, com uma haste muito alta, uma das extremidades penetrou numa das artérias, ficando a outra extremidade laqueada. O sangue subiu ao longo do tubo até atingir determinado patamar, verificando depois movimentos de subida e descida. Descobrindo, assim, a pressão sistólica e diastólica, respectivamente. A que se deve a diferença entre a pressão sistólica e diastólica? Deve-se à existência de uma bomba que permite a circulação sanguínea. A experiência que o demonstra é feita com um tubo circular que possui um sistema valvular, contendo uma porção susceptível de ser apertada ou relaxada. Sempre que se aperta, devido ao sistema valvular, o sangue caminha num só sentido, estando impedido de voltar no sentido contrário. O que permite compreender o papel das válvulas cardíacas no movimento unidirecional do sangue. Para a circulação sanguínea se processar tem de existir : 
• Bomba - coração 
• Sistema de transporte e distribuição - artérias 
• Local que permita as trocas - capilares 
• Vasos que permitem o retorno do sangue ao coração - vénulas e veias 
 As artérias e arteríolas são vasos de resistência. Se não houver resistência periférica não são criadas condições para se gerar pressão, uma vez que esta depende principalmente de dois fatores: 
• Débito cardíaco (volume de sangue expulso pelo ventrículo por unidade de tempo) 
• Resistência periférica 
Pressão = Débito x Resistência
Através da fórmula, é fácil compreender, então, que não há pressão se não houver resistência. 
A circulação terá sempre o mesmo padrão no que respeita a valores de pressão arterial? (Sai muito em exame) NÃO. Existem dois regimes circulatórios com condições hemodinâmicas diferentes em relação à pressão arterial, nomeadamente a grande e pequena circulação. 
A grande circulação possui um comprimento maior, o que justifica um aumento da resistência. Pois a resistência depende do comprimento, mas também da área de um vaso. Como se pode ver pela fórmula, a resistência aumenta com o aumento do comprimento e com a diminuição da área de secção transversal do vaso. Então, na grande circulação, há maior resistência porque o circuito é maior em comprimento e porque a área de seção da artéria aorta é menor do que a da artéria pulmonar. 
Resistência = Porque é que temos dois circuitos, um de baixa e outro de alta pressão? Por-que a artéria pulmonar tem uma secção maior do que a aorta, correspondendo a uma diminuição da resistência, logo a pequena circulação tem menor pressão que a grande circulação (porque a pressão depende da resistência). 
Pressões Pressão das artérias> Pressão dos capilares> Pressão das veias 
Débito (O débito é igual na aorta e na pulmonar) Débito das artérias = Débito dos capilares = Débito das veias Lei dos débitos: o débito é constante em qualquer sector da árvore circulatória 
Débito = Frequência cardíaca x Volume Sistólico 
Débito cardíaco varia com: 
Exercício 
Aumenta a frequência cardíaca 
Aumenta o débito hipertrofia do coração 
Aumenta o débito hemorragia 
Diminui o volume sistólico 
Diminui o débito (em baixo está a explicação) 
Velocidade 
Velocidade artérias > Velocidade das veias > Velocidade dos capilares (a velocidade é menor nos capilares para permitir um maior contacto do sangue com os tecidos) 
Voltando ao débito: O débito, no exercício, pode-se manter (nunca diminui!) pois, apesar de haver um amento da frequência cardíaca, pode haver
diminuição do volume sistólico. Porquê? A frequência cardíaca aumenta, fazendo com que a diástole não seja tão prolongada (há, assim, menos tempo para o enchimento),logo o volume sistólico diminui. 
– lei de Starling (será desenvolvida noutro tema; esta lei diz que o movimento da água depende da pressão coloidosmótica e da pressão hidrostática nos capilares e no líquido intersticial que banha os capilares ). O débito cardíaco aumenta, também, com a hipertrofia do coração que leva ao aumento da contractilidade. Esta característica do coração é conhecida por inotropismo (capacidade que o coração tem de variar a força de contração) 
O volume sistólico pode estar diminuído quando há, por exemplo, uma hemorragia, isto ajuda a perceber porque é que a pressão arterial depende destes fatores (volime sistólico, débito cardíaco, frequência cardíaca). De acordo com o anteriormente expresso podemos descrever que: 
 
Pressão= frequência cardíaca x volume sistólico x comprimento x viscosidade x área–2 
Hipertensão
 
Existem vários aspectos que podem provocar hipertensão, um deles ocorre quando há aumento da volemia, provocado, por exemplo, pelo consumo de álcool, pela ingestão de alimentos com muito sal, sendo que o sal, por efeito osmótico, leva a entrada de água para o interior do vaso. Há aumento da volemia e consequentemente, aumento do retorno venoso e do débito sistólico, provocando hipertensão. Nestes casos, é necessário aconselhar os doentes a moderarem a ingestão de sal. Outra situação que pode explicar a subida da pressão arterial é a vasoconstrição - diminuição do diâmetro dos vasos (ex.: obstrução parcial ou total das artérias por placas de ateroma; diminuição da elasticidade das artérias). Esta diminuição de diâmetro faz aumentar a resistência conduzindo ao aumento da pressão. É também frequente ocorrer a chamada hipertensão da bata branca, que se caracteriza como sendo um aumento da frequência cardíaca causada por uma situação de stress, neste caso, pela presença de um médico. A estimulação simpática também pode levar à vasoconstrição. Indivíduos muito nervosos têm tendência a ter hipertensão, sendo que isto é uma situação biológica. Os doentes com este tipo de problema são tratados com tranquilizantes, ou então tenta-se que estes deixem de lado as situações de conflito social, familiar, profissional, e que sobretudo saibam ter um auto controlo para evitar esta situação. 
O estudante de fisiologia, quando põe em prática a auscultação e ouve os ruídos de korotkov todos bem medidos, já perceber que está perante um doente com pressão arterial alta, provavelmente devido a aterosclerose, stress, aumento da atividade simpática, vasoconstrição - um conjunto de fatores susceptíveis de modificar a pressão arterial. É preciso entender a razão do uso de um tratamento seletivo para combater a hipertensão arterial, pois esta leva a complicações graves como o AVC, enfarte do miocárdio; complicações graves que encurtam a vida e levam a um grande aumento da mortalidade e morbilidade. Como é que vamos tratar estes doentes? Vamos administrar fármacos que atuem ao nível do simpático. Bloqueantes adrenérgicos vão diminuir a vasoconstrição, diminuindo a frequência cardíaca. Estes fármacos são úteis no tratamento da hipertensão arterial em indivíduos hiper excitados, com um pulso de 100 a 120 pulsações/minuto, indivíduos com personalidade do tipo combativo… 
Antigamente o tratamento número 1 para o tratamento da hipertensão arterial era provocar um aumento da diurese, por causa da retenção de líquidos ou do mau funcionamento dos rins. A diurese provoca uma diminuição da volemia e, havendo menor volume de sangue a circular, a pressão vai diminuir. É como ter uma câmara cheia de ar lá dentro em que o que temos de fazer é aliviar a pressão, para evitar as graves complicações da hipertensão. Observando agora de uma perspectiva oposta. Sendo a pressão arterial o fator indispensável e determinante do movimento do sangue, se este gradiente desaparece, o que é que acontece? Se há gradiente o sangue circula; se não há gradiente não há circulação, podendo ocorrer a morte. Tomando por exemplo um indivíduo que aparece na urgência, em coma, inconsciente, ou pelo menos debilitado, ao qual se mede a pressão arterial, e esta encontra-se muito baixa ou mesmo nula, situação que em clínica se dá o nome de choque. O doente está em choque, anulação da pressão arterial. Recorrendo à fórmula anteriormente referida, podemos concluir que o indivíduo está em choque porque ocorreu paragem cardíaca e a frequência cardíaca fica nula. Se o coração parou não há bomba a impulsionar o sangue, não temos pressão, o indivíduo está em choque por paragem cardíaca. Se esta paragem for durante pouco tempo, para tentar salvar o indivíduo, podemos inserir um pacemaker no paciente. O que é importante compreender é que há uma anulação da pressão quando há uma anulação de um dos fatores. Existem vários fatores que podem causar a anulação de um dos fatores intervenientes. Uma grande hemorragia pode causar perda de sangue em quantidade suficiente para que deixe de haver volume sistólico; a fibrilhação, que leva a que não haja volume sistólico deixando de haver bombeamento; uma arritmia grave (ocorre quando há enfarte do miocárdio, uma parte do músculo morre), pois o inotropismo fica afetado. 
Outro exemplo é quando um indivíduo perde sangue por rompimento da artéria femoral (acontece muito nas touradas) ou da artéria uterina na gravidez, provocando grandes hemorragias. A forma de atuar nestes casos é estancar a hemorragia e depois repor a volemia. Outro exemplo é um choque vaso gênico, acontece quando as pessoas se assustam e entram em choque porque há uma grande vasodilatação periférica por efeito vagos simpático e anula a pressão arterial; neste caso deve-se administrar medicamentos que favoreçam a vasoconstrição e todos os processos de reanimação. 
No caso do susto não era de esperar que se ativasse o simpático em vez do parassimpático? (pergunta de um aluno) 
Como o homem ocupa, durante a maior parte da vida, uma posição bípede, se não houvesse estes mecanismos compensatórios em relação ao efeito da gravidade, o indivíduo passando da posição deitado para a posição de pé, devido à gravidade o sangue teria tendência a concentrar-se na parte mais baixa e a faltar na parte de cima, sendo que o indivíduo ficaria tonto, é a dita tontura ortostática, que ocorre por um défice destes mecanismos compensatórios. Em investigação tenta-se perceber onde está a razão da baixa perfusão cerebral. 
Porque é que existem pessoas que têm tendência a ter a pressão baixa? (Pergunta de um aluno) É muito variável e depende de muitos fatores, um exemplo é o mau funcionamento da suprarrenal (estudado em bioquímica fisiológica, endocrinologia), em que todo o mecanismo de retenção de água e sal está perturbado, o sistema renina-angiotensina-androsterona está fragilizado. Geralmente acontece mais em indivíduos do sexo feminino; os mecanismos do simpático e parassimpático não estão devidamente compensados. Na mulher a pressão é geralmente mais baixa que no homem, basta, por exemplo, o débito ser ligeiramente menor, devido à sua constituição, para a pressão ser menor.
SISTEMA CARDIO-VASCULAR
(HEMODINÂMICA)
 
Durante todo o tempo o sangue flui, constantemente, por uma vasta rede vascular por todos os nossos tecidos.
O coração bombeia continuamente, a cada sístole, um certo volume de sangue para nossas artérias. O sangue encontra uma certa resistência ao fluxo, proporcionada em grande parte pelo próprio atrito das moléculas e células sanguíneas contra a parede de um longo caminho encontrado a frente através de nossos vasos sanguíneos, de variados diâmetros e numerosas ramificações.
O fluxo sanguíneo varia bastante nos diferentes tecidos. Determinados tecidos necessitam de um fluxo bem maior do que outros. Tecidos como músculos esqueléticos apresentam grandes variações no fluxo sanguíneo através dos mesmos em diferentes situações: Durante o repouso o fluxo é relativamente
pequeno, mas aumenta significativamente durante o trabalho, quando o consumo de oxigênio e demais nutrientes aumenta e a produção de gás carbônico e outros elementos também aumenta.
Através de uma vasodilatação ou de uma vasoconstrição, a cada momento, o fluxo sanguíneo num tecido pode aumentar ou diminuir, devido a uma menor ou maior resistência proporcionada ao mesmo.
Dois importantes fatores que determinam o fluxo num vaso podem ser demonstrados pela seguinte fórmula:
FLUXO = PRESSÃO / RESISTÊNCIA
Diante disso podemos concluir que, aumentando a pressão, o fluxo aumenta; aumentando a resistência, o fluxo diminui.
A resistência ao fluxo, por sua vez, depende de diversos outros fatores: 
 
•Comprimento do Vaso: Quanto mais longo o caminho a ser percorrido pelo sangue num tecido, maior será a resistência oferecida ao fluxo. Portanto, quanto maior for o comprimento de um vaso, maior será a resistência ao fluxo sanguíneo através do próprio vaso.
•Diâmetro do Vaso: Vasos de diferentes diâmetros também oferecem diferentes resistências ao fluxo através dos mesmos. Pequenas variações no diâmetro de um vaso proporcionam grandes variações na resistência ao fluxo e, consequentemente, grandes variações no fluxo. Vejamos: Se um determinado vaso aumenta 2 vezes seu diâmetro, através de uma vasodilatação, a resistência ao fluxo sanguíneo através do mesmo vaso (desde que as demais condições permaneçam inalteradas) reduz 16 vezes e o fluxo, consequentemente, aumenta 16 vezes. Existem situações em que um vaso chega a aumentar em 4 vezes seu próprio diâmetro. Isso é suficiente para aumentar o fluxo em 256 vezes. Podemos concluir então que a resistência oferecida ao fluxo sanguíneo através de um vaso é inversamente proporcional à variação do diâmetro deste mesmo vaso, elevada à quarta potência.
•Viscosidade do Sangue: O sangue apresenta uma viscosidade aproximadamente 3 vezes maior do que a da água. Portanto, existe cerca de 3 vezes mais resistência ao fluxo do sangue do que ao fluxo da água através de um vaso. O sangue de uma pessoa anêmica apresenta menor viscosidade e, consequentemente, um maior fluxo através de seus vasos. Isso pode facilmente ser verificado pela taquicardia constante que tais pessoas apresentam.
Diante dos diferentes fatores citados acima e de que forma os mesmos interferem no fluxo sanguíneo, podemos melhor entender a Lei de Poiseuille:
FLUXO = DP.(D)4 / V.C
Onde:
DP = Variação de Pressão entre um segmento e outro do segmento vascular. 
C = Comprimento do vaso. 
V = Viscosidade do sangue. 
D = Diâmetro do vaso.
VELOCIDADE DO SANGUE:
A Velocidade do sangue nos vasos também varia dependendo do diâmetro do vaso: Quanto maior o diâmetro de um vaso, menor será a velocidade do sangue para que um mesmo fluxo ocorra através deste vaso. 
Vejamos um exemplo:
A área de secção de reta da artéria aorta é de aproximadamente 2,5 cm2. Já a área de secção de reta de todos os capilares existentes no nosso corpo (somados) seria de, aproximadamente, 1000 vezes maior do que a da aorta (2,5 cm2 X 1.000 = 2500 cm2 = 25 m2). 
A velocidade do sangue na artéria aorta é de, aproximadamente, 30 cm/segundo. Sendo assim, a velocidade do sangue num capilar seria de, aproximadamente, 1.000 vezes menor, ou seja, 30 cm/seg / 1.000 = 0,3 mm/seg.

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