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1 Fisiologia II Introdução à CRONOGRAMA 1ª etapa • Prova teórica de 30 pontos; • Apresentação de artigos de 8 pontos; • Caso clinico de 2 pontos; • Resumo expandido integrado de 10 pontos. 2ª etapa • Prova teórica de 30 pontos; • Prova pratica de 10 pontos; • Seminário de 5 pontos; • Avaliação integrada de 5 pontos. Temas: sistemas cardiovascular, respiratório, renal e tegumentar. Introdução a fisiologia ii Histórico da fisiologia Na antiguidade temos: • Physis: designa a totalidade da natureza, isto é, tudo o que existe, incluindo o ser humano. Ela deu origem à palavra física quanto à fisiologia. • Fisiólogos: os “estudantes da natureza”. Medicina grega: fundação da medicina como uma disciplina racional e cientifica está associada principalmente à figura de Hipócrates. Escola de Alexandria: Alexandria contava com uma importante escola medica, que fundiu o pensamento medico hipocrático com os conhecimentos da medicina egípcia. Galeno e o legado da antiguidade: • Estudou filosofia e medicina; • Acreditava que a natureza tinha um proposito em tudo; • Dissecou vários animais e realizou inúmeros experimentos, sendo considerado o pai da fisiologia experimental. O renascimento cultural: • Medicina árabe e surgimento das universidades; A nova ciência: virada metodológica na qual o método experimental foi definitivamente incorporado as ciências naturais. William Harvey e a circulação do sangue: | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Fisiologia cardiovascular Difusão: vantagens e limitações. Por que temos um órgão especifico no sistema cardiovascular (coração)? Quanto mais simples o organismo, menos eles precisam desse sistema. O sistema fica mais complexo porque temos mais área de corpo para irrigar. No nosso organismo, temos uma grande área para levar oxigênio e nutriente, muitas vezes contra a gravidade. Para isso, precisamos ter uma bomba eficaz e complexa. SISTEMA VASCULAR DE MAMÍFEROS: Funções: • Transporte: inclui o transporte de oxigênio dos pulmões aos vários tecidos; • Homeostase: controle das concentrações internas de substancias dissolvidas, temperatura e ph. • Defesa: contra agentes patogênicos. Precisamos da interação de células de defesa com os vasos linfáticos, etc. • Volume: proteger o corpo da perda de fluidos., tanto os vasos sanguíneos quanto os linfáticos. • Ação mecânica: funções em tecidos eréteis. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Diferentes modelos de circulação. Coração bombeia sangue para uma grande artéria, através dessas artérias, leva-se o sangue ate arteríolas, leitos capilares, vênulas e veias, formando o retorno venoso. Existem variações na estrutura desses vasos, que vai se relacionar com a função desses vasos. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Relações de fluxo de pressão nesses vasos. Sabe-se que em área, os capilares têm uma área maior do que as artérias, pois temos muito capilares. Todavia, a velocidade do fluxo de sangue é muito menos nos capilares. FLUXO E PRESSÃO como conseguimos manter a pressão tão alta ao longo do nosso sistema. x x | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 1 Cardiovascular FISIOLOGIA Fisiologia cardiovascular • Estrutura e função do sistema cardiovascular; • O coração; • Mecânica cardíaca; • Fisiologia do músculo cardíaco; • O ciclo cardíaco; • Discussão de caso clinico. Estamos falando da questão anatômica, artéria coronária descendente anterior; formação de coágulo; uso de uma medicação muito utilizada. Uso de aspirina (ácido acetilsalicílico) à ela impede a agregação plaquetária; além da ação anti- inflamatória, ela tem ação anticoagulante. Motivo pelo qual a gente precisa de um sistema complexo? Precisamos de ter troca de nutrientes e gases. • Organismo simples à troca por difusão direta. • Ser humano à área superficial muito grande, maior complexidade. Por isso precisa de uma bomba e uma rede de vasos complexos, pois precisamos irrigar toda essa área de tecido com eficiência para ocorrer a troca de gases e nutrientes. Funções • Transporte à o oxigênio dos pulmões para os tecidos e o CO2 dos tecidos para os pulmões, além do transporte de metabolitos, hormônios, nutrientes, calor e etc; • Homeostase à controle das concentrações das substancias dissolvidas, temperatura, pH, no SNC há beta HE. • Defesa à contra agentes patogênicos, interação de leucócitos com vasos sanguíneos e linfáticos. • Volume à proteger o corpo da perda de fluidos; • Mecânica à função especifica em tecidos eréteis. Coração • Região medial do tórax; • 1/3 lado direito e 2/3 lado esquerdo; • Localiza-se no mediastino (região entre os pulmões). | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 CAMADAS DO CORAÇÃO: • Camada fibrosa • Pericárdio parietal • Saco pericárdico • Pericárdio visceral (epicárdio) • Miocárdio • Endocárdio PROPRIEDADES FISIOLÓGICAS DO CORAÇÃO • Automatismo: capacidade do coração de gerar os seus próprios estímulos elétricos. • Contratilidade: propriedade de se contrair como um todo. • Excitação: capacidade do miocárdio de reagir a um estimulo. Essa reação vai se estender por todo o órgão. • Condutibilidade: propriedade que esse órgão tem de condução elétrica por todo o tecido (miocárdio) em sequencia sistemática em função da anatomia e outras vias. Para essa propriedade fisiológica existirem, temos estruturas especificas e únicas nesse tecido. O primeiro ramo da aorta descendente é o que vai nutrir as artérias coronárias, estas vão nutrir o músculo cardíaco. Quando acontece algo nessas coronárias, perdemos a nutrição do músculo cardíaco, e isso gera mal funcionamento do coração. AS CÉLULAS MUSCULARES MIOCÁRDICAS: são ramificadas, tem um único núcleo e são ligadas | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 umas as outras por junções especializadas, chamadas de discos intercalares. Iniciando no átrio direito com sangue desoxigenado, esse sangue vai para o ventrículo direito (através da valva atrioventricular direita ou tricúspide). Do VD vai para a valva semilunar pulmonar do tronco pulmonar. No pulmão, o sangue vai entregar CO2 e ganhar O2. O sangue, então, vai para as veias pulmonares e chega através do átrio esquerdo, passando pela valva atrioventricular esquerda (mitral ou bicúspide), do VE vai para a aorta (passando pela valva da aorta), da aorta vai para os capilares sistêmicos. Ganha CO2 nos tecidos, e volta para o coração através das veias cavas superior e inferior. à Circuito fechado que acontece sempre em um sentido. Para isso ocorrer temos um conjunto de estruturas que vão permitir que esse circuito aconteça de uma forma coordenada. CONTRAÇÃO VENTRICULAR As valvas AV vão permanecer fechadas, enquanto as semilunares estarão abertas, a fim de impedir o fluxo retrogrado (refluxo) do sangue para dentro dos átrios. • Valvas atrioventriculares fechadas; • Valvas semilunares abertas. As AV estarão abertas no momento do enchimento do ventrículo. RELAXAMENTO VENTRICULAR • Valva AV esquerda e direita abertas, e as semilunares fechadas à enchimento dos ventrículos. • Semilunares fechadas à impedem o refluxo do sangue nas artérias de volta para os ventrículos. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 VALVAS Valvas atrioventriculares esquerda (mitral) e direita (tricúspide). Valva ou válvula? Valva à se relaciona com as atrioventriculares à contem 2 válvulas. Fisiologiado músculo cardíaco O sistema nervoso autônomo controla as alterações na frequência do coração, mas a auto excitação é próprio do tecido cardíaco. O coração é composto por três tipos de principais de músculo: • Músculo atrial • Músculo ventricular • Fibras especializadas excitatórias e condutoras. Os tipos atrial e ventricular de músculo contraem-se quase como os músculos esqueléticos, mas com uma duração muito maior de contração. As fibras excitatórias e de condução do coração, no entanto, só se contraem fracamente por conterem poucas fibras contráteis, mas apresentam descargas elétricas rítmicas automáticas, na forma de potenciais de ação, ou fazem a condução desses potenciais de ação pelo coração, representando sistema excitatório que controla os batimentos rítmicos. O SNA é usado para modular isso, mas temos sim um automatismo cardíaco. O músculo cardíaco funciona independentemente do controle motor somático, e as fibras estão interconectadas de modo a formar uma unidade funcional única. O impulso para a contração do músculo cardíaco origina-se dentro da própria musculatura, e então, se espalha de miócito a miócito, os quais necessitam de vias bem desenvolvidas para a comunicação entre todas as fibras musculares cardíacas. A contratilidade do músculo cardíaco é regulada por mudanças na permeabilidade da membrana ao cálcio, a qual é controlada principalmente pelo sistema nervoso autônomo (SNA). O coração tem células auto excitáveis. O potencial de ação gerado nessas células se espalha através de cada miócito (ocorre uma transmissão célula a célula) por todos os átrios. Isso vai levar a uma contração atrial. Essa contração leva ao aumento da pressão intra- atrial, movendo o sangue para os ventrículos. Nos ventrículos, a presença desse sangue leva a contração dos ventrículos. O aumento dessa pressão intraventricular faz com que o sangue seja ejetado, fornecendo o debito cardíaco (é o volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo para a artéria aorta a cada minuto). | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 A regulação dessa contração é feita pelo sistema nervoso autônomo. DIVISÃO DO MÚSCULO CARDÍACO Contração do músculo é cadenciada. O arranjo espiral do músculo ventricular permite que a contração ventricular empurre o sangue do ápice do coração para cima. Os discos intercalares contêm desmossomos, que transferem força de célula a célula, e as junções comunicantes, que permitem que os sinais elétricos passem rapidamente de célula a célula. Presença de muitas mitocôndrias à alta demanda de energia. As junções comunicantes vão permitir que os miócito se comuniquem com muita eficiência química e eletricamente. Passagem de PA e de íons, da mesma forma que acontece no músculo esquelético. • Desmossomos à união dos miócitos, uma célula bem próxima à outra; • Junções comunicantes à permitem a passagem do potencial de ação e dos íons de um miócito para o outro. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 COMO O POTENCIAL DE AÇÃO PERMITE A CONTRAÇÃO CARDÍACA? Chega o potencial de ação a partir de células vizinhas (células auto excitáveis que geram a PA por si só). Esse PA vai chegar na célula vizinha. Quando chega esse PA, temos a abertura dos canais de cálcio voltagem dependente. Ao abrir esse canal, ocorre influxo de cálcio. Com esse influxo, o cálcio vai induzir a liberação de cálcio por um tipo de canal no reticulo sarcoplasmático. Sinalização celular à tudo nas células funcionam através de algum tipo de sinal ou mediador. Cada célula e sistema tem as suas especificidades. Assim, cada célula responde a determinada voltagem, apresenta diferentes tipos de canais; entrada e saída de diferentes tipos de ions. Há liberação de cálcio do RS para o citoplasma. Assim, temos um evento chamado fagulhas de cálcio (mensageiro). A soma dessas fagulhas gera um SINAL DE CÁLCIO. Esse cálcio vai se ligar a troponina, para iniciar a contração. O relaxamento ocorre quando o cálcio desligar dessa troponina. O cálcio vai ser bombeado de volta para o RS, pois não pode ficar ali dentro do citoplasma. • Através do gasto de ATP, o cálcio vai ser bombeado para o RS e ser armazenado. • Além disso, uma parte do cálcio vai sair e ser trocado através de um trocador antiporte NCX com o sódio. O gradiente de sódio vai ser mantido por uma bomba de sódio potássio ATPase. Regulação da contração cardíaca SNASimpático esta liberando noradrenalina, fazendo ligação a receptores beta-adrenérgicos à a frequência cardíaca aumenta, pois temos uma fosforilação dependente de AMP cíclico. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Fosforilação dependente de AMPc à o canal de cálcio do tipo L (na membrana) esta sendo fosforilado e aumentando o influxo de cálcio. Estamos aumentando todo o processo normal de contração. Com o aumento do influxo de cálcio, temos mais cálcio aos estoques do RS entre um batimento cardíaco e outro. • Aumenta cálcio intracelular e aumenta o estoque de cálcio (esse estoque aumenta as faíscas). A partir da fosforilação da fosfolambam (proteína integral de membrana do RS) à permite que a bomba de cálcio adicione mais cálcio aos estoques. • A fosfolambam normalmente inibe a bomba; então quando ela é fosforilada, a inibição da bomba de cálcio fica diminuída. Depois disso, temos um aumento do cálcio estocado, que permite que mais cálcio seja liberado para o próximo batimento. Temos então uma contração aumentada para o próximo batimento cardíaco. _________________________________ Bomba de Cálcio: o relaxamento do músculo cardíaco depende de dois transportadores para a retirada desses íons. A bomba SERCA (Ca-ATPase) faz o cálcio retornar para o reticulo sarcoplasmático, enquanto o trocador sódio-cálcio (no sarcolema) retira o cálcio da célula. • A bomba SERCA está associada a essa pequena proteína de membrana (fosfolambam). A fosfolambam funciona como um limitador da bomba (em função do equilíbrio químico). • Porém, quando a fosfolambam for fosforilada, a capacidade de inibir a bomba vai ser reduzida. • Assim, a bomba funciona mais. Podemos concluir duas coisas: • Tempos mais breves de relaxamento; • Aumento da quantidade de cálcio estocado para o próximo batimento. 1 Fisiologia II Retomando ao assunto da fisio cardiovascular Estávamos falando sobre o músculo cardíaco. 1. Maior parte do nosso coração é composto por células musculares cardíacas (miocárdio). Existem dois tipos: as contrateis e as auto- excitatórias. 2. Maior parte dessas células é contrátil. 3. Cerca de 1% do total são de células auto excitáveis (células marca-passo) à determinam a nossa frequência cardíaca, confere ritmicidade. 4. A contração do músculo cardíaco pode ser graduada à é importante, pois consegue variar a quantidade de força na contração, relaciona-se com o volume sanguíneo à depende da necessidade em relação a isso. Ocorre na célula muscular contrátil (miócito). Uma das propriedades chave das nossas células musculares cardíacas é que uma única fibra vai ter a capacidade de executar as contrações graduadas. - Varia a força gerada; - Diferente da contração do músculo esquelético à era tudo ou nada.; já na cardíaca isso é diferente, pois nós temos a graduação. “A fibra varia a quantidade de força que gera. (Lembre-se que a contração de uma fibra no músculo esquelético, independentemente do seu comprimento, é tudo ou nada.) A força gerada pelo músculo cardíaco é proporcional ao número de ligações cruzadas que estão ativas. O número de ligações cruzadas é determinado pela quantidade de Ca2 ligado à troponina. Se a concentração citosólica de Ca2 está baixa, algumas ligaçõescruzadas não são ativadas e a força de contração é menor. Se Ca2 extracelular for adicionado à célula, mais Ca2 será liberado do retículo sarcoplasmático. Esse Ca2 adicional se liga à troponina, aumentando a habilidade da miosina de formar as ligações cruzadas com a actina, gerando mais força.” – Parte retirada do livro Fisiologia Humana – Silverthorn 7ª edição. Relação conhecida como Lei De Frank- Starling do coração. Quanto mais sangue chega ao coração, ele vai se contrair com mais força e vai, consecutivamente, ejetar mais sangue. Ritmicidade cardíaca é dado pelas células auto- excitáveis. Capacidade de regular a ritmicidade é dada pelo sistema nervoso autônomo. 1. Aumento da frequência cardíaca 2. Aumenta a quantidade de sangue que está sendo ejetado 3. Como o sistema é fechado; 4. Aumenta o volume de sangue que está chegando ao coração 5. Aumenta a força de contração | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Em ultima análise, isso significa que dentro dos limites fisiológicos, o coração vai ejetar todo o sangue que chega até ele. Por que ele consegue fazer isso? Porque ele tem a capacidade de fazer contração graduada. Se o coração sempre se contraísse da mesma forma, iria chegar mais sangue e ele não conseguiria bombear esse sangue. SOBRE A CONTRAÇÃO DO CORAÇÃO Músculo estriado cardíaco é especializado, presente apenas no coração. Ele apresenta uma contração rítmica, e pode ser modulado. Apresenta contração involuntária. Na imagem temos uma célula muscular estriada cardíaca. Chega um potencial de ação das células vizinhas, o PA vai abrir o canal de cálcio do tipo L voltagem dependente. Quando ele abre esse canal de cálcio, há o influxo de cálcio para o meio intracelular. A partir disso, ativamos a liberação de cálcio lá do RS, pelos canais do tipo rianodínico. O cálcio vai sair em fagulha e a soma de fagulhas vai gerar o SINAL DE CÁLCIO, fazendo com que ocorra a ligação do cálcio na troponina. Quando mais cálcio temos, mais cálcio se liga na troponina e a contração ocorre de maneira efetiva Para que ocorra o relaxamento, o cálcio deve se desligar da troponina. Assim, uma parte do cálcio e bombeada para o RS para ser armazenado, enquanto a outra parte vai ser trocado por sódio no trocador antiporte na membrana. O gradiente de sódio vai ser mantido pela bomba de sódio e potássio ATPase. • Temos um limite físico e de equilíbrio químico em relação ao acumulo de cálcio no RS. REGULAÇÃO DA CONTARTILIDADE Além de ver a contração involuntária e rítmica do coração, gerada através das células marcapasso. Mas nos também temos a regulação da contratilidade. Essa regulação da contratilidade é feita através da atuação do sistema nervoso autônomo simpático ou parassimpático. Isso é feito através da atuação da bomba SERCA (bomba de cálcio presente no reticulo sarcoplasmático). Essa bomba é acoplada a uma proteína, chamada FOSFOLAMBAM. Os terminais nervosos da SNS liberam noradrenalina, com isso ela gera uma fosforilação dependente de AMPC, com isso há aumento do influxo de cálcio (o canal de cálcio fica mais aberto). Mais cálcio vai se ligar a troponina, estão temos uma maior forca de contração. Além disso, a fosforilação acontece em uma proteína do RS, chamada fosfolamabam, que normalmente regularia inibindo a bomba SERCA. Com a fosforilação, a inibição da SERCA fica diminuída, e mais cálcio é armazenado, de modo que o cálcio seja removido mais rapidamente do citosol. Com isso, encurta-se o tempo de ligação do cálcio com a troponina (diminui o tempo de relaxamento), e assim temos uma menor duração da contração. Com isso, aumenta-se a nossa frequência cardíaca. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 • Quanto mais troponina ligada à mais força. • Velocidade que o cálcio liga ou desliga à relacionado a frequência cardíaca, porque contrai e relaxa muito rápido. Beta-bloqueadores à agem nos receptores beta à com isso, ele bloqueia a atuação das catecolaminas à consequentemente, diminuímos a forca de contração e a frequência cardíaca à diminuímos a pressão arterial. O que é rigor mortis à enrijecimento cadavérico muscular. O cálcio não consegue se desligar da troponina porque precisa de ATP. Para ter o relaxamento precisamos do atp; então como a pessoa morta não tem mais circulação, não tem energia chegando nas células. Sem ATP, a bomba SERCA de cálcio não consegue funcionar, e o cálcio então não vai entrar para dentro do reticulo. Logo, esse cálcio fica preso na troponina, causando o rigor mortis. Algumas nomenclaturas importantes SÍSTOLE à CONTRAÇÃO DIÁSTOLE à RELAXAMENTO Frequência cardíaca à a FC é estabelecida pelo nodo sinoatrial (SA), o marca-passo cardíaco. A FC é dependente (regulada//alterada) do sistema nervoso autônomo, o qual controla a velocidade em que o marca-passo gera uma onda de excitação. A ativação do sistema nervoso simpático (SNS) aumenta a FC, enquanto a estimulação parassimpática a diminui. Pré-carga: a pré-carga se refere à carga que é aplicada a um miócito e estabelece o comprimento muscular antes que a contração inicie. Relacionado com o volume sanguíneo, ou seja, a quantidade de sangue que chega. • O grau de estiramento do miocárdio antes do início da contração é chamado de pré- carga sobre o coração, pois esse estiramento representa a carga colocada sobre o músculo cardíaco antes que ele contraia. • Se deve a um aumento do estiramento, quantidade máxima de alongamento das fibras musculares cardíacas. • Ocorre na final da diástole à volume diastólico final à volume de sangue responsável pelo estiramento máximo. • Quanto mais sangue chega nos ventrículos, maior vai ser o estiramento das fibras musculares, maior será a pré- carga. Pós-carga: a pós-carga é a carga contra a qual um miócito deve se encurtar. Em um individuo saudável, o componente principal da pós-carga do ventrículo esquerdo é a pressão aórtica. O sangue que sai do coração e vai para todo o corpo sai do ventrículo esquerdo, passando pela artéria aorta. Quanto maior a minha pressão na aorta, maior é a força que o ventrículo deve fazer. Então maior é a pós-carga. • Dificuldade enfrentada pelas câmaras ventriculares para a ejeção do sangue ou resistência a ser vencida pela contração ventricular para ejetar o sangue. • Se deve a resistência vascular periférica à quanto maior oferecida tanto pela artéria aorta quanto pela artéria pulmonar, maior será a pós-carga, ou seja, maior será a dificuldade para as câmaras ventriculares ejetarem o sangue. • Atribuímos a pós-carga à pressão arterial sistêmica à quanto maior for a PA, a pós- | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 carga está aumentada, então o coração terá que fazer um esforço maior para vencer essa resistência. • Fatores que interferem na pós-carga: diâmetro do vaso; comprimento e viscosidade. Contratilidade: a contratilidade é uma medida da capacidade do músculo para se encurtar contra uma pós-carga. Na pratica, a contratilidade equivale à concentração de cálcio sarcoplasmático livre. Volume sistólico: o VS é dependente da pré- carga, da pós carga e da contratilidade do VE. Tudo é dependente no coração, ou seja, o quanto de sangue que chega no coração, o quanto de sangue que é bombeado do coração, a pressão dos vasos.... Tudo isso influencia no funcionamento cardíaco. E tudo acontece em círculos/ circuitos. Efeito da pré-carga sobre o miocárdio ventricular Ventrículo vazio = ventrículo menos cheio à sempre tem um pouquinho de sangue lá dentro. Nessa situação, temos um comprimento do sarcômero mínimo, pois o ventrículo está relaxado. A capacidade de gerar uma força durante a contração é pequena. Quando nosso ventrículo está cheio, o volume de sangue esta aumentando o comprimento do sarcômero (distensão). Nessa situação, temos uma capacidademaior de contração. • Quando eu aumento o estiramento muscular, a tensão também aumenta. • O limite operacional cardíaco é dado pela estrutura pericárdica à saco fibroso. Então, pré-carga é a capacidade de liquido que entrou no ventrículo e fez a fibra se distender. Carga aplicada ao miócito para ele se distender. • É a carga que leva o comprimento do sarcômero a ficar maior à a carga aplicada ao miócito para que as fibras se estiquem. EXEMPLO DE UM BALÃO. Damos o exemplo do ventrículo, pois quem regula mais é o ventrículo. O sangue que é ejetado acaba sendo mais “considerado”. Acontece em todo o coração, mas nos ventrículos esse efeito é mais pronunciado. RESUMINDO O PENSAMENTO! A pré-carga vai ser o grau de estiramento da parede ventricular, feita pelo sangue, antes da contração cardíaca. O volume diastólico final é o volume de sangue que causa o máximo estiramento do miocárdio. Seguindo a Lei de Frank-Starling, quanto maior for o estiramento do miocárdio, maior será a força de contração, pois com essa distensão, o sarcômero será “esticado” // aumentado, e isso gera uma maior capacidade de contração. Fisiologia II 1 Parte mecânica do ciclo cardíaco Ciclos alternados de sístole (contração) e de diástole (relaxamento). Vamos ter eventos elétricos que iniciam e coordenam a contração (registrados com um eletrocardiograma - EGC) – estudaremos separadamente. Nos ciclos alternados de sístole e diástole, vamos ter uma variação da pressão dentro das diversas partes do sistema. • Teremos alterações de volume; • Temos sons associados. Contração do músculo cardíaco ocorre após o potencial de ação. Logo, os eventos mecânicos acontecem após os sinais elétricos. _________________________________ Entre ventrículo direito e a artéria pulmonar temos a válvula semilunar pulmonar. Entre o ventrículo esquerdo e a artéria pulmonar temos a válvula semilunar aórtica. Sangue chega das veias cavas, entra no átrio direito, o sangue se dirige para o ventrículo direito, através da valva atrioventricular. Do ventrículo direito, o sangue vai enviar sangue para as artérias pulmonares, indo para o pulmão. Esse sangue retorna para o coração, através das veias pulmonares, entra no átrio esquerdo, passa para o ventrículo esquerdo, vai para a aorta e segue em direção ao corpo. Primeiro evento: final da diástole à o coração tem que encher. Ambos os conjuntos das câmeras vão estar relaxados e os ventrículos vão se encher passivamente. • Válvulas atrioventriculares abertas • Válvulas semilunares fechadas. Segundo evento: sístole atrial à a contração atrial vai forçar uma pequena quantidade de sangue adicional para dentro do ventrículo. Terceiro evento: contração ventricular isovolumétrica à ventrículo esta sendo contraído, mas ela é isovolumétrica, ou seja, não tem alteração de volume. • Primeira fase da contração ventricular, e essa força de contração vai empurrar as valvas atrioventriculares, e elas vão se fechar. • Ainda não tem pressão suficiente para abrir as válvulas semilunares. Quarto evento: ejeção ventricular à a pressão dentro do ventrículo excede a pressão nas artérias, as valvas semilunares vão se abrir e o sangue será ejetado. • Sangue dentro do ventrículo vai diminuir. Quinto evento: relaxamento ventricular isovolumétrico à relaxa sem alteração de volume. A pressão no ventrículo cai, conforme o ventrículo vai relaxando, e não tem retorno de sangue em | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 lugar nenhum, pois anatomicamente, as cúspides das valvas semilunares vão se fechar. • As válvulas semilunares se fecham. S1 à som 1 ou primeira bulha cardíaca: tum do tum-tá. S2 à som 2 ou segunda bulha cardíaca: o tá do tum-tá. O som é em função do turbilhonamento do sangue. Esse som se dá no momento do fechamento das valvas, que faz o turbilhonamento, que gera o som. Diagrama de volume-pressão Referente ao ventrículo esquerdo. Temos um eixo, que é o eixo de alteração de pressão no nosso ventrículo. Depois temos o eixo de alteração de volume no nosso ventrículo. A gente esta aumentando o volume, sem variar a pressão. • A para A’ à enchimento passivo, aumento do volume • A’ para B à ultima etapa do enchimento ventricular, ocorre a contração atrial. • B à volume diastólico final à fechamento das atrioventriculares à mitral. • B para C à Contração ventricular isovolumétrica • C à abertura da valva semilunar aórtica. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 • C para D à ejeção do sangue, final da contração. Volume do ventrículo esquerdo foi enviado para a circulação sistêmica. • D à fechamento da valva semilunar aórtica • Ponto D à volume sistólico final. • D para A à relaxamento isovolumétrico à diminuição da pressão e mantem o volume. Um pouco antes de iniciar o aumento de volume, ocorre abertura da mitral. 130 – 50 = volume de ejeção O coração nunca fica vazio, tem uma reserva para quando precisamos aumentar o volume de ejeção. Bulhas cardíacas 1. Primeira bulha: começo da sístole ventricular à fechamento das AV; 2. Segunda bulha: fechamento abrupto das válvulas semilunares. 3. Terceira bulha: vibrações no começo da diástole, terminação abrupta da distensão ventricular e desaceleração do sangue entrando nos ventrículos. 4. Quarta bulha: oscilação do sangue e das câmaras cardíacas como resultados da contração atrial. O som é em função do turbilhonamento do sangue. Esse som se dá no momento do fechamento das valvas, que faz o turbilhonamento, que gera o som. O volume sistólico é o volume sanguíneo bombeado em uma contração A quantidade de sangue (volume) bombeado por um ventrículo durante uma contração é chamada de volume sistólico. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Qual a finalidade de o sangue permanecer nos ventrículos ao final de cada contração? R: A finalidade é que o VSF de 65ml proporciona uma margem de segurança, uma reserva. Quando precisamos de uma contração mais eficaz, o coração pode diminuir seu VSF, enviando mais sangue para os tecidos. Como muitos órgãos do corpo, o coração geralmente não trabalha a todo vapor. Mesma coisa de volume de ejeção. O debito cardíaco é uma medida do desempenho cardíaco Como podemos avaliar a eficácia do coração como uma bomba? Uma forma é medir o débito cardíaco (DC), o volume sanguíneo ejetado pelo ventrículo esquerdo em um determinado período de tempo. DETERMINANTES DO VOLUME SISTÓLICO E DO DÉBITO CARDÍACO O coração tem uma faixa de funcionamento. Temos duas curvas que nos dão duas relações. 1. Relação pressão-volume sistólica final 2. Relação pressão-volume diastólica final Essas relações elas vão definir quanto os nossos estados de pré-carga, pós-carga e contratilidade vão afetar o volume sistólico, e, por conseguinte o débito cardíaco. • Contratilidade à através do SNA • Pré-carga à relacionado com o retorno venoso, volume sanguíneo. Pressão que o liquido faz no nosso tecido muscular. Quanto mais volume de liquido temos distendendo a fibra, maior é a pré-carga. • Pós-carga à pressão na aorta. RELAÇÃO PRESSÃO-VOLUME SISTÓLICO FINAL | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Linha vermelha à ventrículo pouco cheio • No primeiro momento, temos uma pré- carga pequena Linha verde à ventrículo muito cheio. • No segunda momento, temos uma pré- carga maior. Quando temos um determinado volume de enchimento e uma determinada contração, temos uma determinada pressão máxima no VE. Porém, quando enchemos mais esse VE, vamos conseguir contrair mais, logo a minha pressão máxima desenvolvida no VE é maior. Quanto maior a pré-carga, mais a pressão desenvolvida nesse ventrículo.• No VE, a pré-carga equivale ao volume de sangue que entra na câmara durante a diástole (VDF), o qual é dependente da pressão diastólica final (PDF) Com o aumento do volume de enchimento cardíaco, conseguimos aumentar a força de contração e desenvolver mais pressão. Ventrículo encheu mais devido ao retorno venoso aumentado. Com isso, a gente consegue aumentar a força de contração e consegue ejetar mais esse volume. Então a fração de ejeção aumentou, o quanto a gente consegue ejetar. A contração em repouso é uma; a contração com pré-carga outra e é maior. Relação de Frank-Starling à Quanto mais eu aumento meu retorno venoso, eu aumento a pré- carga, eu consigo contrair mais para ejetar mais. RESUMO: efeito do aumento da pré-carga na alça pressão-volume. A pré-carga vai ser o grau de estiramento dos miócitos no ventrículo antes da contração. Na prática, essa pré-carga vai ser definida pelo volume diastólico final. A pré-carga pode aumentar devido a um maior retorno venoso, por exemplo. Assim, com o aumento da pré-carga, nós teremos um aumento da força de contração (já que vou estirar mais minhas fibras musculares), ejetando mais sangue para fora do ventrículo esquerdo. Mecanismo de Frank Starling 1. Coração pode iniciar seu próprio batimento na ausência de qualquer controle nervoso ou hormonal; 2. Debito cardíaco é controlado pelo retorno venoso – o coração não é o principal controlador do debito cardíaco 3. Quanto maior o retorno venoso, mais a fibras musculares irão se distender e o coração contrai com mais força 4. Dentro do limite fisiológico, o coração bombeia todo o sangue que ele retorna pelas veias 5. A distensão do nodo sinusal na parede do átrio direito tem efeito direto sobre a ritmicidade do próprio nodo. 6. Átrio direito distendido desencadeia o reflexo nervoso, designado reflexo de Bainbridge, acelerando também a frequência cardíaca à o nodo sinusal percebe a distensão, que tem mais volume de sangue chegando, ele dispara para aumentar a frequência cardíaca. 7. Na maioria das condições, o DC (débito cardíaco) é controlado de forma quase que total pelos fatores periféricos que determinam o retorno venoso; 8. Se o retorno sanguíneo for maior que a capacidade de o coração tem de bombear então o coração passa a ser um fator limitante para a determinação do debito cardíaco. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Efeitos da pós-carga na velocidade de contração do miócito cardíaco. Pós-carga: Força que o ventrículo tem que fazer contra a pressão do nosso sistema arterial. • A pós-carga é a força contra a qual o ventrículo deve trabalhar para ejetar o sangue para o interior do sistema arterial. • A pós-carga equivale a pressão arterial média, em circunstancias normais. Conforme aumenta a pós-carga, a velocidade de contração vai diminuindo, a eficiência dessa contração vai diminuindo. • Quanto maior a pressão na aorta, mais força o ventrículo tem que fazer para contrair (porque o VE tem que “vencer” essa pressão para conseguir ejetar o sangue). Hipertrofia do ventrículo esquerdo: ele tem que fazer muita forca devido a pressão alta do paciente, logo ele hipertrofia. Carga = trabalho muscular. Pressão da aorta aumenta, então o trabalho do ventrículo é mais difícil. Assim, precisa de maior força para ejetar o sangue. • Esse ventrículo não consegue sustentar essa ejeção em uma alta pressão, então vamos ter diminuição do volume sistólico. Contração em repouso à ejeção maior Contração com pós-carga à ejeção menor. Quando a pós-carga é muito grande, o coração não aguenta, então temos uma ejeção diminuída. • Quanto mais pressão, menos volume conseguimos ejetar. Resumo: o efeito da pós-carga na velocidade de contração. A pós-carga vai ser a força que o ventrículo deve exercer para conseguir ejetar o sangue para a artéria. Em circunstancias normais, essa pós-carga vai ser a pressão arterial média. Diante do aumento dessa pós-carga, a velocidade de contração diminui, bem com a eficiência de contração, pois maior será a força que o ventrículo esquerdo deve exercer para ejetar o sangue. Com isso, o ventrículo não consegue trabalhar com a ejeção em alta pressão, e, portanto, vai ejetar um menor volume de sangue, ou seja, há diminuição do volume sistólico. Efeitos da inotropia na alça pressão-volume | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Inotropia: é capacidade da célula muscular de desenvolver força à sinônimos de contratilidade. O miocárdio do ventrículo, diferente do músculo esquelético, ele tem a capacidade de o estado de contração variar, para alterar o desempenho cardíaco. • Agente: catecolaminas, alguns fármacos à Fazem com que o miocárdio se contraia mais rapidamente, tenha picos de pressão mais elevados e relaxe mais rapidamente. Vamos ver o que a ativação do SNAsimpático faz: A ativação do SNS aumenta a força de contratilidade por meio do aumento da concentração sarcoplasmática de Ca2+ livre; a RPVSF desloca-se para a esquerda. O ventrículo vai bombear para fora, mais sangue durante a sístole. A fração de ejeção aumenta com a ativação simpática. • Se aumento a força de contração de cada célula, todo ventrículo vai conseguir contrair com mais força, com isso ele consegue ejetar um pouco a mais de sangue. Usamos a reserva que tínhamos. Resumo: relação da inotropia com a alça pressão- volume. A inotropia é a capacidade que o coração tem de variar a sua força de contração, sendo sinônimo de contratilidade. Essa variação de força está relacionada com algum estímulo, de modo a depender então do sistema nervoso autônomo. No caso do SNAsimpático, vai haver aumento da força de contratilidade devido ao aumento da concentração de íon cálcio no sarcoplasma (mais cálcio vai se ligar a troponina). Além de diminuir o tempo de contração e relaxar mais rapidamente. Diante disso, o coração aumenta a sua força de contração, e consequentemente aumenta a força de ejeção, de forma a ejetar um maior volume de sangue. Logo, o volume sistólico final é maior do que em uma situação normal. Fisiologia II 1 Revisando o conteúdo Débito cardíaco à frequência cardíaca X volume sistólico. • Quantidade de sangue bombeada por cada ventrículo num minuto. • Volume/minuto. • Ventrículo cheio com 100 mL de sangue. 100 mL à volume diastólico final à 60 mL são ejetados à fração de ejeção de 60% à quantidade que foi ejetada em relação a quantidade que tinha. 40 ml que sobra à volume sistólico final. O volume sistólico = VDF – VSF Volume sistólico = 100 – 40 = 60. Volume sistólico • Contratilidade à quanto mais forte a contração, mais sangue vai ser ejetado. • Pré-carga à relacionada com o nosso volume diastólico final à o grau de estiramento dos nossos miócitos no final do enchimento. O enchimento ventricular não é um parâmetro que conseguimos medir o paciente; então usamos para medir o volume diastólico final. Diretamente conectado com essa relação, temos lei de Frank-Starling à quanto mais estirado é o tecido, maior é a força de contração. • Pós-carga à resistência que o ventrículo tem que superar para ejetar o sangue. 1. Pressão vascular: uma pressão vascular maior, minha pós-carga é maior, logo o ventrículo vai ter mais dificuldade de ejetar o sangue para fora. 2. Dano as valvas: se a valva esta mais rígida, isso também vai ter uma pós- carga maior. A pressão no VE tem que ser maior que a pressão sistêmica, para que o sangue seja ejetado pela válvula aórtica. Bem como a pressão do VD tem que ser maior para ejetar o sangue pela valva pulmonar. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Comunicação direta de uma célula com a outra através das junções comunicantes. Os desmossomos vão ancorar uma célula à outra.fisiologicamente nos temos um comprimento... conforme vai aumentando o comprimento das fibras, vai aumentando a tensão, ate chegar na tensão máxima. • Tem um valor médio/ ótimo de funcionamento. Então não da para esticar para sempre. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Temos uma diferença de carga entre o meio externo e interno. LICà negativo LEC à positivo Sistema em desequilíbrio químico. Temos vários canais na membrana que vão permitir a troca de carga. Naturalmente temos os canais de cálcio aberto, indo em favor do gradiente de concentração, se dirigindo para fora da célula. As cargas negativas não conseguem ir para fora, com isso, temos um desequilíbrio elétrico. • O LEC fica com carga positiva, e LIC com carga negativa. O gradiente químico é para igualar os dois lados; O gradiente elétrico: cargas iguais se repelem e cargas diferentes se atraem. Conforme os íons potássio vão deixando a célula, a gente vai tendo essa diferença de cargas, então o interior se torna mais negativo e o exterior, positivo. eletrofisiologia | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 No sinoatrial à região marcapasso. Propagação da atividade elétrica no coração Cada um dos dois tipos de células musculares cardíacas tem um PA distinto, que varia um pouco no formato, dependendo do local do coração onde é medido. Tanto no miocárdio auto excitável quanto no contrátil, o cálcio desempenha um papel importante no potencial de ação. O Potencial de membrana vai sendo passado para as células contráteis. Temos os discos intercalares com as junções comunicantes que permitem a passagem do potencial de ação. 1. Dispara no nodo sinoatrial: região marcapasso do coração 2. Vias internodais: via para o átrio esquerdo – feixe de Bachman 3. Nó atrioventricular 4. Feixe atrioventricular – feixe de His 5. Septo interventricular 6. Ápice cardíaco 7. Fibras de purkinje O sentido de passagem do impulso é muito importante para que o sangue passe pelo sentido correto. Por que o nó-sinoatrial é a região marca-passo? • A frequência de impulsos dele é maior; primeiro marca-passo e vai coordenar todo o impulso. Fisiologia II 1 Eletrofisiologia – continuação Nó sinoatrial despolarizando; logo em seguida, temos a atividade elétrica indo rapidamente para o no atrioventricular pelas vias internodais. Depois temos que a despolarização se propaga mais lentamente pelos átrios, através do nó atrioventricular. • Essa despolarização com uma propagação mais lenta ocorre justamente para dar tempo para os ventrículos encherem. A despolarização vai se mover rapidamente através do sistema de condução, pelo feixe de His ate chegar nas fibras de purkinje. Onda de despolarização que vai se espalhando desde o ápice ate a base do coração, para “cima”, para ter a contração para ejetar o sangue. Temos uma onda de despolarização que se propaga através das junções comunicantes, onde as cargas conseguem passar. Entrada de cargas positivas e a passagem delas de miócito a miócito. Essa onda de despolarização é um efeito dominó, ela se inicia e vai despolarizar todas as células que são comunicantes. A velocidade na qual os diferentes miócitos conduzem um sinal elétrico dentro desse músculo depende da rapidez com que despolarizam, o que, por sua vez, é governado pela mistura relativa de canais iônicos contidos no sarcolema. • Constitutivamente o tecido é feito de mistura de canais iônicos diferentes. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 PRINCIPAIS CANAIS IÔNICOS QUE ESTÃO NAS NOSSAS CÉLULAS MIOCÁRDICAS • Canal de sódio • Canal de potássio rápido à joga potássio para fora • Canal de cálcio do tipo L à colocam cálcio para dentro da célula; • Na+ K+ ATPase à bomba que reestabelece o nosso potencial de repouso. • Canal HCN à canais ativados por hiperpolarização, dependem de AMPc para regular sua função. Vão ser encontrados apenas em células marca- passo. • Canal de K+ de ativação lenta Corrente de influxo ou efluxo de determinados íons: quando a corrente é de influxo, temos um gráfico para baixo; quando a corrente é de efluxo, temos o gráfico para cima. • Excitação miocárdica: efluxo de potássio e influxo de sódio e cálcio. Potenciais de ação cardíacos Um aspecto que chama a atenção quando se fala em potencial de ação cardíaco é a grande diversidade de formas dependendo da região do coração. São diferentes pelo conjunto de canais iônicos que temos em cada região do tecido. A heterogeneidade é em função da mistura de canais, que é algo constitutivo. Registro de potencial de ação de uma célula cardíaca Perfil de um potencial de ação em célula contrátil. Fase 4 à potencial de membrana em repouso: final e inicio, estamos no potencial de repouso, aproximadamente em -90mV. • Isso acontece porque temos cargas negativas dentro e cargas positivas fora. Há somente a permeabilidade ao potássio, que está sempre saindo. O que deflagra o inicio da despolarização? A onda de despolarização que chega nas células através das junções comunicantes. Fase 0 à despolarização rápida: Vamos ter abertura dos canais de sódio voltagem dependente, porque estamos recebendo estimulo da célula vizinha. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 • Os canais de sódio se abrem, ocorre o influxo desse íon, e vai de -90mV para +20mV, ocorrendo a despolarização bem rapidamente. • Quando o potencial da membrana atinge +20mV, os canais de sódio se fecham. Fase 1 à repolarização rápida: os canais de sódio estão fechados e os de potássio de abrem. Temos uma corrente rápida que está jogando potássio para fora (efluxo). Fase 2 à platô: abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem (eles estavam se abrindo na fase 0 e 1, e ai quando chega na fase 2 eles estão completamente abertos), e junto a isso vamos ter alguns canais de potássio “rápidos” que vão se fechar. LEMBRAR QUE TEMOS UM CANAL DE POTÁSSIO SEMPRE ABERTO • Cálcio entrando deixando meio interno positivo • Diminuição do efluxo de potássio. • Com isso vamos ter um platô (meio que “fica tudo no mesmo”). • Gera achatamento da curva. Fase 3 à repolarização lenta: fechamento dos canais de cálcio e abertura dos canais lentos de potássio, que vai permitir o EFLUXO de potássio. Fase 4 à potencial da membrana em repouso: No final, retomamos para o nosso potencial de repouso., através da bomba de sódio potássio ATPase. As nossas fases são dividias em: • Fase 0 à despolarização rápida; • Fase 1 à repolarização rápida; • Fase 2 à platô • Fase 3 à repolarização lenta • Fase 4 à potencial de repouso Repolarização à sai do positivo e vai para o negativo Despolarização à sai do negativo e vai para o positivo. Período refratário à espaço de tempo em que não é possível gerar outro potencial de ação. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Potencial de ação rápido à acontece em poucos milissegundos com o influxo de sódio. • Acontece no miocárdio de trabalho atrial e ventricular • Feixes de His • Fibras de Purkinje Potencial de ação lento à leva muito tempo para termos a ativação. • Nodo Sinoatrial • Nó atrioventricular RESUMINDO O QUE VIMOS ATÉ AGORA Despolarização à indo de negativo para o sentido do positivo; Repolarização à indo de positivo para o sentido negativo. Fase 4 à O miócito tem seu potencial de repouso estabelecido através da permeabilidade de potássio. Chega a informação de uma célula para a outra através da entrada de sódio e cálcio. Fase 0 à despolarização rápida à Temos abertura de canais voltagem dependentes, fez com que ocorresse a entrada de sódio (além da entrada de sódio pelas junçõescomunicantes). Com isso, temos a despolarização rápida, onde o PA aumenta bem rapidamente. Fase 1 à repolarização rápida à os canais de sódio controlados por voltagem começam a se inativar, e os de potássio voltagem dependente rápidos começam a se abrir (permite o efluxo de potássio). Fase 2 à platô à alguns canais de potássio rápidos vão se fechar e temos a abertura dos canais de cálcio (permite influxo de cálcio) à gera achatamento da curva. Fase 3 à repolarização lenta à os canais de cálcio controlados por voltagem se fecham e os canais lentos de potássio se abrem (temos vários tipos de canais atuando). Automatismo cardíaco Vão ser as células que apresentam a corrente de entrada de sódio e saída de potássio através do canal HCN à corrente funny. • Funciona de maneira diferente. • Ele não fecha, vai ser o tempo todo reconstituído; e vai ser regulado pelo AMPc | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Fase 4 à inicio e fim à despolarização lenta: A gente tem influxo de sódio através da corrente funny; recuperação de canais de cálcio que estavam sendo inativados (da fase 3) e as bombas de sódio-potássio ATPase que estão restaurando os gradientes iônicos. • A corrente funciona a -60mV. • Corrente à passagem de íons à Corrente Funny à passagem de sódio Fase 0 à despolarização rápida: Influxo de cálcio. • À medida que o potencial de membrana se torna mais positivo, os canais de If (funny) fecham-se gradualmente, e alguns canais de cálcio se abrem. O resultante influxo de cálcio continua a despolarização, e o potencial de membrana move-se continuamente em direção ao limiar. • O PA nas células autoexcitaveis é mais lento, ou seja, o processo de despolarização demora mais a acontecer. Fase 3 à repolarização à canais de cálcio sendo inativados e um efluxo de potássio para permitir a repolarização. • Quando os canais de Ca2 se fecham no pico do potencial de ação, os canais lentos de K estão abrindo. A fase de repolarização do potencial de ação autoexcitável é devida ao resultante efluxo de K. Temos a abertura dos canais de potássio até que chega no valor de voltagem em que eles são fechados, e os funny abrem novamente. No potencial marca-passo a gente tem sódio para dentro da célula. O potencial de ação se da justamente pela própria repolarização na célula. Eles se auto-regulam. As partes aparecem diferentes PA devido a presença diferentes de canais em cada região. REGULAÇÃO DAS CÉLULAS NODAIS PELO SNA | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 O próprio mecanismo de hiperpolarização faz a condução parar à funcionamento basal. Via simpática: 1. Libera noradrenalina, que vai aumentar o AMPc através de mecanismos de sinalização. O AMPc ele aumenta a atividade do canal HCN, aumenta o influxo de sódio, aumenta a velocidade de despolarização da fase 4. Isso gera uma frequência cardíaca aumentada. 2. O AMPc aumenta a fosforilação do canal de cálcio, aumenta o influxo de cálcio e temos o aumento do limiar do PA se movendo em direção ao Vm (potencial de repouso). Via parassimpática: 1. Tem liberação de acetilcolina. Ela diminui o AMPc, diminui atividade de HCN, diminui influxo de sódio, diminui velocidade de despolarização. 2. Além disso, ela diminui a fosforilação do canal de cálcio, diminui influxo de cálcio, diminui o limiar do PA, que se move para longe do Vm (potencial de repouso). 3. Essa via também atua em um canal muscarinico de potássio, que faz o efluxo de potássio e um deslocamento negativo do potencial de repouso, o que diminui essa frequência. Temos muita inervação parassimpática na musculatura atrial, enquanto essa inervação é escassa nos ventrículos. No parassimpático à A permeabilidade ao K aumenta, hiperpolarizando a célula, de modo que o potencial marca-passo inicia em um valor mais negativo. Ao mesmo tempo, a permeabilidade ao Ca2 diminui nas células marca-passo. A diminuição da permeabilidade ao Ca2 retarda a taxa em que o potencial marca-passo despolariza. A combinação dos dois efeitos faz a célula levar mais tempo para alcançar o limiar, atrasando o início do potencial de ação no marca-passo e diminuindo a frequência cardíaca. • No caso do simpático, temos uma despolarização mais rápida. • No caso do parassimpático temos uma despolarização mais lenta. Se utilizarmos um fármaco beta-bloqueador à diminui a atividade da noradrenalina à diminuição da frequência cardíaca. 1 Fisiologia II Revisando o gráfico de potencial de ação No caso das células marca-passo, a própria repolarização vai permitir que o ciclo continue, uma vez que ele faz chegar ao valor correto de potencial de membrana, além de propiciar a recuperação dos canais de cálcio e abertura dos canais HCN (funny). Eletrocardiograma (ecg) Representa dados sobre as informações do coração. • Mostram a soma da atividade elétrica gerada pelas células do coração Exame padrão para se avaliar a geração e a propagação da atividade elétrica do coração. • O ECG vai captar uma serie de disparos unidimensionais dos eventos elétricos que estão ocorrendo no nosso coração. • Fornece uma imagem muito detalhada do ritmo, da direção e da massa de tecido cardíaco envolvida. O ECG é um registro extracelular que representa a soma de múltiplos potenciais de ação ocorrendo em muitas células musculares cardíacas. Como registramos a imagem elétrica? Através de eletrodos colocados na superfície da pele do individuo, aí conseguimos captar essa atividade. Derivações: são posicionamentos dos eletrodos que vão nos dar uma determinada característica do sinal. Vamos ter a formação de um triângulo e o coração vai estar mais ou menos no meio. Temos o registro dessas derivações ocorrendo uma de cada vez. • Primeira derivação à eletrodo negativo no braço direito e eletrodo positivo no braço esquerdo • Segunda derivação à eletrodo positivo na perna esquerda e negativo no braço direito à bem importante, dá a característica das ondas. • Terceira derivação à negativo no braço esquerdo e positivo na perna esquerda. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 A atividade elétrica de todas as células do coração em um determinado momentos pode ser representada por um vetor elétrico resultante, como mostrado pela despolarização. No nó sinoatrial temos uma corrente positiva que está se dissipando pelo coração. Quando eu tenho o disparo, tenho a onda de despolarização e tudo vai ficando mais positivo internamente. • Quando o vetor de despolarização está no sentido do nosso eletrodo positivo, a gente vai ter um registro para cima. • Quando temos um vetor no sentido contrario ao eletrodo positivo (na repolarização) ai vamos ter uma linha para baixo. EM UM PACIENTE NORMAL Detalhando a derivação II à negativo no braço direito e positivo na perna esquerda.; nos dá as ondas com características mais claras para identificar. A despolarização esta acontecendo lá no canto superior direito para o canto inferior esquerdo. • Saem do nó sinoatrial e vão para o nodo atrioventricular. Quando a gente tem esse disparo ate o nodo atrioventricular, temos o momento de despolarização atrial à ONDA P - onda de despolarização. Gráfico voltagem x tempo à cada quadradinho equivale a 0,04 segundos. A onda p apresenta 0,08s. Temos a passagem de corrente ate chegar no nodo atrioventricular. Nesse nodo a corrente fica mais lenta, reduzindo sua velocidade, pois as células atrioventriculares são pequenas, logo a passagem da corrente tem uma velocidade reduzida. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Além disso a nossa despolarização está ocorrendo em função do cálcio, logo temos uma despolarização lenta. Assim, o átrio esta contraindo e relaxando (temos tempo para isso em função do atraso).Esse tempo vai permitir que durante esse momento haja o enchimento dos ventrículos. (TUDO ISSO ACONTECENDO NA ONDA P). • Contração e relaxamento do átrio • Na parte reta do gráfico é o momento que a gente tem o enchimento ventricular. Intervalo P-R leva em geral 0,12 segundos para acontecer. Do nó atrioventricular vamos para o Feixe de His e depois para o septo interventricular. Depois disso vai para as fibras de purkinje. Temos uma baixa no gráfico, pois o caminho da despolarização é contrario ao nosso eixo (de detecção – que é “de cima para baixo”). • A onda de despolarização vai passar ao sentido contrario no septo, sendo despolarizado do septo esquerdo para o direito (devido a uma característica do tecido) • Chamado de ONDA Q. • Deflexão negativa SEGMENTO QRS à despolarização dos ventrículos à A despolarização vai se espalhar para os ventrículos e ai vamos ter uma onda de amplitude maior. • A amplitude é maior porque como esse gráfico mostra o somatório de todas as células, temos mais tecido nos ventrículos, então isso vai propiciar uma maior amplitude. Ao mesmo tempo que há despolarização ventricular está ocorrendo a repolarização atrial, mas esse sinal não aparece no ECG, pois tem muito mais célula ventricular do que atrial, então acaba que só esta ultima ação é demonstrada no “gráfico”. Está escondida dentro do complexo QRS. Uma parte da despolarização vai acontecer no sentido oposto, então temos uma deflexão no gráfico. Essa deflexão ocorre porque ela vai “subindo” através das fibras de purkinje, então o caminho da despolarização fica ao contrario do eixo de detecção. Logo em seguida temos a contração ventricular à SEGMENTO ST. Período em eu não há diferença de voltagem. • Contração e bombeamento do sangue. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 ONDA T à leva mais ou menos 0,16 segundos à repolarização ventricular. Temos que o sentido da repolarização vai ocorrer na direção do epicárdio para o endocárdio. Quando começa a despolarizar, fica negativo do lado de fora, e o sentido de despolarização fica da “dentro para fora” à do endo para o epi. A gente esperaria que o endocárdio repolarizasse primeiro. Porem acontece o contrario, primeiro repolariza o epicárdio e depois repolariza o endocárdio. Característica intrínseca do tecido. Onda P à despolarização atrial Segmento PR à condução através do nó atrioventricular e do fascículo atrioventricular. Onda Q à apresenta a deflexão porque no septo a condução do impulso é ao contrario de eixo. Onda R à despolarização ventricular (ao mesmo tempo está acontecendo a repolarização atrial.) Segmento ST à contração dos ventrículos à contrair e ejetar Onda T à repolarização ventricular à esta no mesmo sentido da despolarização porque temos essa diferença na repolarização do endocárdio e epicárdio. O sentido vai ser em função do sentido de vetor de despolarização e repolarização. • Se esta no mesmo sentido dos eletrodos à curva para cima • Se esta no sentido contrario à curva para baixo. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 A altura dessa onda vai refletir a quantidade de músculo envolvido, então podemos ter alterações em função de alguma lesão. Onda U à Conseguimos perceber a repolarização do músculo papilar. Podemos ter derivações aumentadas que medem a diferença de voltagem entre os mesmos eletrodos na pele e um ponto de referencia central. RESUMINDO O ECG ECG é uma técnica que analisa a atividade elétrica do coração. Esse exame avalia o somatório dos potenciais de ação de todas as células miocárdicas. Para avaliar o ECG nós temos as derivações, que consistem nos diferentes posicionamentos dos eletrodos na superfície do corpo. ONDA P A onda P consiste na despolarização atrial, que se inicia através do Nó Sinoatrial, tendo então a contração e posterior relaxamento do átrio. Depois disso, essa onda de despolarização se dirige para o Nodo Atrioventricular, porém, como essa região apresenta células menores e dependentes do influxo de cálcio para se despolarizar, acaba que o PA tem sua velocidade reduzida. Diante disso, nós teremos o enchimento ventricular. • Contração (sístole) atrial ONDA Q A onda Q consiste em uma deflexão negativa. Isso porque nesse momento o potencial de ação saiu do Nodo Atrioventricular, se dirigiu para o feixe de His e depois para o Septo Interventricular. No septo a despolarização acontece da “esquerda para a direita”, ou seja, de modo contrario ao eixo de análise (formada pelos eletrodos). Diante dessa situação, ocorre a deflexão negativa no gráfico. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 SEGMENTO QRS O segmento QRS está relacionado com a despolarização ventricular. Ele apresenta maior amplitude devido a maior quantidade de células presentes na região dos ventrículos. A condução do PA acontece através das fibras de Purkinje, que propagam o impulso do ápice do coração ate sua base. Por conta desse fator, no gráfico nós teremos uma deflexão, pois a onda de despolarização segue em um sentido contrario ao eixo de medição Nesse momento temos também a repolarização atrial, porem, como o ventrículo apresenta mais células, essa repolarização não é representada no gráfico. • Contração ventricular isovolumétrica. SEGMENTO ST No segmento ST nós temos a contração ventricular, e por conta disso não há diferença de voltagem. • Ejeção ventricular ONDA T A onda T consiste da repolarização ventricular. Essa repolarização é representada graficamente como uma curva positiva porque esse processo acontece no sentido do epicárdio para o endocárdio, de modo que o sentido da repolarização fosse igual ao eixo de medição. • Relaxamento ventricular isovolumétrico. ONDA U A onda U consiste da repolarização dos músculos papilares. Eles são responsáveis por controlar a abertura das valvas atrioventriculares através das cordas tendineas. Através das padronizações podemos ter eletrodos posicionados em regiões especificas que vão nos dar uma imagem característica daquela região. • As variações dependem da quantidade de tecido e do posicionamento dos eletrodos. Entender a correlação dos eventos do ciclo com o ECG. Ritmos O coração de um individuo saudável em repouso bate dentro de um ritmo sinusal normal de 60 a 100 batimentos/min. Alguns indivíduos têm taxas normais que ficam abaixo dessa amplitude (bradicardia sinusal), enquanto uma atividade física extenuante geralmente faz a taxa normal exceder os 100 batimentos/min (taquicardia sinusal). O prefixo “sinus” para ambos os ritmos indica que a taxa é estabelecida pelo nodo SA. Ritmos anormais (disritmias e arritmias) podem, praticamente, se originar em qualquer parte do miocárdio. • Nodo SA determina o ritmo. Coisas que alterem a minha condução: 1. Lesão no tecido que dificulte minha condução à gera alteração de ritmo. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Eixo elétrico médio Eixo elétrico médio é uma média desses muitos vetores que são gerados pela onda de excitação no coração. Ele vai demonstrar qual região do coração domina os eventos elétricos. • Temos a produção de vários vetores elétricos que apontam para varias direções conforme o PA vai circulando pelo coração. • No individuo saudável o que domina é o ventrículo esquerdo, porque ele tem a maior massa de tecido. O EEM vai dar um valor, uma única seta, que é a média da região que domina os eventos elétricos. Esta mais ou menos entre 30º e 105º. • Se esse EEM for menor que 30º à o lado esquerdo do coração esta contribuindo mais para esse eixo à desvio do eixo para a esquerda à hipertrofia ventricular esquerda. • Se EEM maior que 105º à desvio para a direita à hipertrofia ventricular direita. Hipertrofia ventricular esquerda (aumenta a massade tecido): • Pressão arterial sistêmica elevada; • Obstrução de vaso • Aumento da pós-carga Hipertrofia ventricular direita: • Edema à aumenta a pressão para ejetar sangue para os pulmões; • Problemas relacionados a pequena circulação. Fisiologia II 1 SANGUE E VASOS SANGUÍNEOS ARTÉRIAS à Temos as artérias, que estão transportando sangue da alta pressão do coração em direção a todo o organismo. Nessas artérias, as paredes vão ser espessas, temos força muscular, camadas elásticas que permitem expansão com limite. A luz do vaso é estreita. • Funcionam como condutos de alta pressão. • De certa forma, mantem e passam essa pressão ao longo do nosso organismo. ARTERÍOLAS à Após as artérias, temos pequenas artérias e arteríolas, onde o sangue está sob uma pressão modesta. Vão ter parede musculares espessas; apresentam contração e relaxamento sob o SNA. • Funcionam como torneira para controlar o fluxo para os tecidos. VASOS CAPILARES à transportam sangue a baixas pressões; a espessura é praticamente de uma única célula endotelial, pois queremos que ocorra a troca. Velocidade do fluxo é muito baixas. • Tudo isso para maximizar a troca de material. VÊNULAS à transportam sangue a baixas pressões; as paredes lembram vasos capilares com quantidades mínimas de músculo liso e tecido conectivo. • Funcionam como condutores de baixa pressão. VEIAS à transportam sangue a baixa pressão; paredes tem uma fina camada; A musculatura está sob controle do SNA; a luz é ampla e acomoda grandes volumes de sangue. • Funcionam como reservatório de sangue, que são usados para ajustar a pré-carga ventricular. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 ESTRUTURA DOS VASOS SANGUINEOS • Tecido conectivo fibroso à túnica adventícia à confere força • Presença de elastina à Permite a expansão • Músculo liso à túnica média à regula o diâmetro do vaso • Endotélio à túnica intima à reveste todos os vasos. Se os vasos sanguíneos dilatarem, a pressão dentro do sistema circulatório cai. Se os vasos sanguíneos contraírem, a pressão sanguínea no sistema aumenta. As mudanças no volume dos vasos e no coração são os principais fatores que influenciam a pressão sanguínea no sistema circulatório. A velocidade do fluxo sanguíneo é menor nos capilares. A velocidade do fluxo diminui ao chegar nos vasos de menor diâmetro à ela depende da área de secção transversal total. • Área de secção transversal nos capilares à maior • Área de secção transversal da aorta à menor • TEMOS MUITOS METROS DE CAPILARES: reunindo todas essas áreas, a dos capilares vai ser maior. POR QUE O SANGUE FLUI? É que os líquidos e os gases fluem por gradientes de pressão (∆P) de regiões de alta pressão para regiões de baixa pressão. Por essa razão, o sangue pode fluir no sistema circulatório apenas se uma região desenvolver pressão mais elevada do que outras. • Existe diferença de pressão. • O coração vai gerar essa diferença de pressão. ∆ 𝑃𝑅𝐸𝑆𝑆Ã𝑂 A pressão mais alta nos vasos do sistema circulatório é encontrada na aorta e nas artérias sistêmicas, as quais recebem sangue do ventrículo esquerdo. A pressão mais baixa ocorre nas veias cavas, imediatamente antes de desembocares no átrio direito. • Variação da pressão em pulsos; • Essa pressão é perdida devido à fricção com o endotélio, além de sua dissipação na forma de calor. VASOS: ARTÉRIA Possibilidade de constrição e dilatação dos vasos. Vasos de resistência: artérias e arteríolas à são aqueles que conseguem manter a pressão que estão recebendo. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Esse vaso acima tem um determinado diâmetro e fluxo, bem grande por sinal por se tratar de uma artéria. Podemos ter uma regulação de constrição e então vamos ter uma diminuição do diâmetro e, obviamente, uma diminuição da passagem do fluxo. Essa constrição e dilatação de estruturas podem alterar a nossa passagem do fluxo de sangue. Com isso, podemos irrigar mais ou menos uma região de interesse. A aorta tem a capacidade de se distender para receber essa grande quantidade de fluxo e de conseguir empurrar esse fluxo em sentido ao nosso organismo. Quando temos a ejeção ventricular, a gente tem a expansão da aorta. Quando o coração relaxa – relaxamento ventricular – esse fluxo sanguíneo que chega na aorta cessa, mas aí continua o fluxo nas arteríolas decorrente do recolhimento elástico das paredes arteriais. Ajuda a empurrar o sangue através dos vasos e manter a pressão e o fluxo. • Não acontece nas cavas. • OCORRE NAS ARTÉRIAS SISTÊMICAS Ou seja, na ejeção ventricular, vai haver o aumento do volume sanguíneo, e a aorta consegue se distender para receber essa quantidade de sangue. Depois, o recolhimento elástico das paredes arteriais vai possibilitar que o sangue flua da aorta para as arteríolas, pois “meio que expulsa” o sangue da aorta. REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO PELAS ARTERÍOLAS Arteríolas que conseguem regular o fluxo. Temos regiões no nosso corpo onde temos pequenas artérias e arteríolas que funcionam como reguladores de fluxo lá nos leitos vasculares. COMO ISSO OCORRE? Dependendo do metabolismo nessas células, da demanda metabólica, a gente consegue liberar determinados sinalizadores para abrir a “torneira” e recebe um fluxo maior de sangue à dilata o vaso; Esse fluxo a mais vem em função da necessidade de o tecido ser mais irrigado. • EXEMPLO: Processo inflamatório no tecido à precisa chegar células de defesa e nutrientes, por exemplo. Essas são sinalizações que fazem aumento da vascularização. Ademais, o nosso SNAsimpático pode fechar as torneiras e cortar esse fluxo, quando precisa diminuir o fluxo para ter um maior aporte de | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 sangue em regiões mais importantes à constrição do vaso. VASOS: veias As veias são vasos que fazem o retorno; locais de baixa pressão; apresentam um diâmetro maior. Vaso capilar àfenestrado para haver troca entre o sangue a célula. Do vaso capilar vai para a veia. Esta apresentará um diâmetro maior para reunir todo o sangue advindo dos vasos capilares e levar para o coração. DETERMINANTES DO FLUXO SANGUÍNEO O sangue só fluirá através dos vasos sanguíneos se for forçado a fazê-lo pela aplicação de uma pressão, a qual é necessária para sobrepor uma resistência ao fluxo. Para um liquido que flui por um tubo, a resistência é influenciada por três componentes: 1. Raio do vaso 2. Comprimento do vaso 3. Viscosidade do sangue. Resistência = dificuldade de passagem. Lei de Poiseuille Fatores relacionados ao fluxo do sangue nos vasos. 𝑄 = ∆𝑃 𝑥 𝜋 𝑥 𝑟. 8 𝑥 𝐿 𝑥 𝜂 ∆𝑃à Variação de pressão r à raio do tubo L à comprimento 𝜂 à Viscosidade do fluido Entender como o fluxo Q é regido pelo nosso sistema. Ele é regido através da variação de pressão, do raio do vaso, do comprimento do vaso e da viscosidade do liquido. • Quem varia a pressão: o coração; • Variação do raio: sistema nervoso; • Comprimento: constante no nosso corpo. • Viscosidade: não tem uma relação muito forte, pois fisiologicamente não muda tanto. Já em uma situação patológica, pode interferir. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 A RESISTÊNCIA SE OPÕE AO FLUXO A tendência de o sistema circulatório (principalmente os vasos sanguíneos) se opor ao fluxo sanguíneo é denominada resistência ao fluxo. Um aumento na resistência de um vaso sanguíneo resulta em redução do fluxo por ele. Podemos expressar essa relação da seguinte forma: Fluxo é proporcional ao inverso da resistência. Fluxo proporcional a 1/R Quais parâmetros determinam a resistência (R)? 1. R aumenta quandoo comprimento do tubo aumenta; 2. R aumenta à medida que aumenta a viscosidade do liquido, mas 3. R diminui quando o raio do tubo aumenta. Raio na quarta potência. Comprimento dos tubos à anatomia; essencialmente constante. Viscosidade do liquido à razão entre eritrócitos e plasma. Em geral, essa viscosidade é constante. Mudanças na viscosidade não causam tantos problemas. Raio do tubo à isso faz as mudanças no raio serem a principal variável que afeta a resistência na circulação sistêmica. Temos uma fricção das hemácias com o tubo; isso cria uma resistência ao fluxo. A medida que o tubo diminui, a resistência do fluxo aumenta. Considerando somente a resistência e o raio, vamos ter que a resistência é proporcional ao inverso do raio à quarta potencia. • Se o a resistência dobra, o raio diminui 16 vezes. O fluxo é proporcional ao inverso da resistência quando dobramos o raio, a gente aumenta o fluxo 16 vezes. Carótida 50% ocluída tem um impacto muito grande no fluxo: Diminuo o raio, logo eu aumento a resistência e diminuo o fluxo sanguíneo, com isso o sangue vai diminuir para o cérebro, então o quadro clinico é muito grave. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 • Diminuindo o fluxo, pode gerar, em ultimo caso, um edema ou até um aneurisma (dilatação do vaso). O SANGUE FLUI DE UMA ÁREA DE MAIOR PRESSÃO PARA UMA ÁREA DE MENOR PRESSÃO O fluxo pelo tubo é diretamente proporcional ao gradiente de pressão. Ou seja, quanto maior o gradiente de pressão (diferença), maior será o fluxo de liquido. Quando não temos gradiente de pressão, não vai ter fluxo. Se a nossa pressão inicial e final for diferente, mas a diferença de pressão for igual, nós teremos O MESMO FLUXO. DELTA P = 100 – 75 – 25 mmHg DELTA P = 40 -15 = 25 mmHg Paciente que faz uso de tabaco: estresse oxidativo gera lesão vascular. Temos vasoconstrição, lesão vascular, aumento de pressão. Pode haver formação de trombos. Muitas vezes, esses pacientes começam a formar novos vasos para tentar compensar onde está ocluindo à neoangiogênese. LIMITES A LEI DE POISEUILLE Isso é importante porque, normalmente, nós temos o fluxo sanguíneo laminar, que é regido pela Lei de Poiseuille. Temos mais próximo da parede dos vasos uma camada de liquido imóvel. Em direção ao centro, temos camadas de sangue que deslizam uma sobre as outras. Assim, o fluxo é mais rápido no centro do vaso, o que é bom para evitar dano a parede do vaso. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 Fluxo laminar: padrão normal de fluxo nos vasos sanguíneos, altamente eficiente; segue a lei de Poiseuille. Em regiões de velocidade de fluxo alto podemos ter um fluxo turbulento. É ineficaz, pois a energia é desperdiçada no movimento caótico, e com isso não podemos usar a lei de Poiuseuille. Usa-se então a equação de Reynolds. • Equação de Reynolds, considera a velocidade Na ausculta cardíaca, escutamos esse fluxo turbulento. Então pode ser normal, mas um quadro constante pode ser ruim. INTEGRAÇÃO DO CONTEÚDO E APLICAÇÕES CLINICAS ESTENOSE AÓRTICA Na valva aórtica., temos um determinado fluxo. Temos o debito cardíaco (fluxo sanguíneo x volume sistólico = quantidade de sangue ejetada por minuto) então. Na estenose aórtica vai ter uma alteração dessas valvas e elas se fundem, gerando um funcionamento inadequado. O ventrículo esquerdo tenta ejetar o sangue, mas ele encontra uma região estreitada. • Com isso, temos dificuldade de sustentar o débito de 5 litros. Para conseguir ejetar esse sangue, tem-se o aumento da força do ventrículo, o que acaba aumentando a velocidade em função da força de contração. Com alta velocidade do liquido, temos um fluxo turbilhonado, com turbulência. Para conseguir manter o fluxo de 5L, com uma área reduzida, teve que aumentar a velocidade, para compensar isso. • A ausculta é diferente de um quadro normal. Gera dano a parede do vaso; gera oclusão. Para manter o débito, aumentou a força de contração. Quanto mais força de contração, mais aumenta a pressão de saída do liquido, o que agrava todo esse caso. • Hipertrofia de ventrículo esquerdo, pois aumentou muito a força de contração. SOPROS CIRCULATÓRIOS A circulação sanguínea é silenciosa, como fluxo laminar em todos os setores. 1. O aparecimento de ruído, pela presença de fluxo turbilhonar é conhecido como sopro circulatório, e pode ser normal ou patológico. 2. Estreitamento das válvulas cardíacas, por lesões inflamatórias ou degenerativas, vão deixar cicatrizes que podem ocasionar uma alteração de fluxo e de velocidade. Velocidade maior do que é comportado, e aparece os sopros; 3. O abaixamento da viscosidade sanguínea acarreta concomitante diminuição da Vc, com aparecimento de sopros que podem ser ouvidos em todo o tórax ou outras regiões. 4. O jato de sangue que é lançado em um aneurisma, ou o que sai dele, pode provocar turbulência, com ruído associado. Essa turbulência é causada na entrada ou na saída do aneurisma, pois na região dilatada, a velocidade é menor. | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 • Pressão arterial elevada à quanto maior PA, pior é a situação do aneurisma. • Aspecto congênito RESISTÊNCIA E VISCOSIDADE DO SANGUE Quando maior a viscosidade do sangue, maior resistência e menor o fluxo sanguíneo. Coleta de sangue, e ai vou centrifugar esse sangue, fazendo com quem é mais denso vá para o fundo à eritrócitos. Hematócrito vai dizer qual o percentual de eritrócitos presentes no sangue. • Diminuição da viscosidade: anemias severas, sopro circulatório audível na parede do tórax • Aumento da viscosidade: policitemia severa (aumento no numero de eritrócitos). FISIOPATOLOGIAS RELACIONADA À QUEBRA DO REGIME ESTACIONÁRIO EDEMA PULMONAR: uma das mais graves emergências circulatórias e sua gênese deve-se ao desrespeito ao regime estacionário. A quantidade de sangue que entra na pequena circulação é maior que a que sai à quebra do regime estacionário. • Isso pode correr por aumento da resistência a circulação, por falha da bomba cardíaca. Esse acúmulo de sangue (estase ou estagnação) impede a hematose, e o liquido parado tende a sair pelos alvéolos, afogando o paciente no próprio plasma. • Se tiver sangue parado, teremos um problema. RELAÇÃO ENTRE VELOCIDADE DE CIRCULAÇÃO E DIÂMETRO DOS VASOS As variações de área são acompanhadas de variações de velocidade, de tal modo que o fluxo permanece constante. Estenoses: estreitamento da luz do vaso. • A aterosclerose consiste na deposição de gorduras e cálcio, entre outras substancias, no lúmen de artérias, que ficam estenosadas; • Maior velocidade do sangue • Menor pressão lateral, menor nutrição tecidual = isquemia ou infarto; Aneurisma: dilatação da luz do vaso • Diminuição da velocidade do sangue • Aumento da pressão – tendendo a aumentar a dilatação = ruptura (acidente vascular perigoso). | Lívia Nascimento – FAMED XVI/2 MICROCIRCULAÇÃO, VEIAS E RETORNO VENOSO As artérias sistêmicas elásticas são consideradas reservatórios de pressão, pois elas mantem a pressão enquanto está ocorrendo o relaxamento ventricular. As arteríolas ajustam seu diâmetro para ter uma resistência favorável. Ou seja, elas consegue regular o fluxo sanguíneo que passa por elas (ocorre através de sinalizadores bem como pelo SNA). As veia sistêmicas vão ser reservatório de volume. Cada lado do coração vai funcionar como uma bomba independente. COMO ACONTECEM AS TROCAS NOS CAPILARES Vamos ter artérias e arteríolas carregando sangue proveniente do coração e as trocas ocorrendo nos capilares. Os esfíncteres pré-capilares podem ser fechar, regulando o fluxo sanguíneo através de alguma sinalização. • Quando os esfíncteres pré-capilares estão relaxados,
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