Buscar

SEMINÁRIO POLÍTICAS PÚBLICAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAPÍTULO 2
ESTADO DA ARTE DE PESQUISA EM POLÍTICAS PÚBLICAS
Nos últimos tempos o campo de conhecimento voltado para políticas públicas vem ressurgindo, trazendo assim muitas regras e novos modelos para a elaboração do seu estudo e conhecimento. Vários fatores contribuíram para que esse campo voltasse a se expandir, o primeiro foi a adoção da política restritivas de gastos, que com essa nova adoção, eles passaram a dominar os gastos dos países e em foco principal os mais desenvolvidos. O segundo vem com novas visões sobre o papel dos governos, onde eles substituem algumas políticas antigas para a política restritiva de gastos. O terceiro fator foi diretamente relacionado aos países desenvolvido e os recém democratizados, isso por que a maiorias desses países não conseguiram formar certas de acordos para a políticas, na qual possam equacionar a questão de desenhar políticas públicas, no qual estas mesmas possas aumentar o desenvolvimento econômico para a sua população. Esses fatores contribuíram muito para o desenhos das políticas públicas, pudessem assim criar regras onde influenciam nas elaborações e implementações das suas decisões e resultados para as decisões que regem as políticas públicas e com isso fez com que a área pública recebesse uma grande atenção tanto para os estudos quanto para a área dos trabalhos técnicos. 
Como surgiu a área das políticas públicas e quem são seus fundadores? 
A área de políticas pública tem origem americana, nascida nos Estados Unidos, e tem como base explicar o papel do estado e as instituições que tem venha com maior importância. Com isso as políticas públicas tem seus reais fundadores cada um dos autores que serão citados tiveram uma contribuição para fundar e mostrar assim um conhecimento científico e criando um conceito para essa área que é tão extensa. Os fundadores são: H.Laswell , H.n Simon, C. Lindblom e D Easto. Cada um desses autores contribuiu para definir a área de políticas públicas e com isso influenciando para seus efeitos e resultados. 
O que são Políticas Públicas?
Para o termo política pública não existe uma única e melhor definição sobre o que ela seja, ela são diretrizes tomados que visam a resolução de problemas ligados à sociedade como um todo, engloba saúde, educação, segurança e tudo mais que se refere ao bem-estar do povo. O é o que o governo escolhe pública fazer e não fazer com a sociedade. No entanto, todas as definições de políticas públicas guiam nossos olhos para um lugar, onde os embates em torno dos interesses que se desenvolvem na área, apesar de ser uma área muito holística ela também possuem campos multidisciplinares onde adota focos diferentes entre a política geral e a política social. 
Política Pública e Política Social 
Para a área de políticas públicas e políticas sociais existem grandes diferenças sobre essas áreas. As políticas públicas busca explicar a política e os seus processos em geral. A política social cuida do bem estar da sociedade em geral e a sua origem e consequência. São essas pequenas distinções, porém implica um estudo mais profundo onde focaliza o conteúdo substantivo da política, e com isso tem uma importância fundamental para o objeto da política pública, atuando assim em qualquer área ou setor do governo. 
O Papel dos Governos 
Apesar de toda essa grande abordagem o que regem e o que são formadas as políticas públicas, vemos também que o governo faz parte dela, melhor dizendo o governo se envolve nas políticas públicas. O Papel do Governo é intervir na formulação de políticas públicas, apesar de quase sempre ser escolhido por algumas situações motivadas por fenômenos que tem a capacidade de diminuir nas suas intervenções. O governo tem como os principais envolventes alguns grupos de interesses, onde movimentam com maior ou menor influência as questões de políticas públicas.
MODELOS DE FORMULAÇÃO E ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS
O tipo da Política Pública
Theodor Lowi (1964- 1972), “A política pública faz a política”, ele mostra que todas as políticas públicas que forem elaboradas sofreram represálias e apoio de acordo com o interesse político, a política pública possui quatro formas; a primeira é das políticas distributivas, são decisões tomadas pelo governo que privilegia uma minoria e esquecem os recursos limitados. Segunda é das políticas regulatórias é mais burocrático com visibilidade e políticos e grupos de interesse. O terceiro é das políticas re- distributivas é mais ampla e com perdas concretas em curto prazo para certos grupos e ganhos incertos para outros em longo prazo. Quarto é das políticas consecutivas, seguem procedimentos. 
Incrementalismo 
Desenvolvida por Lindblom (1979), Caiden e Wildavsky (1980), de acordo com os autores este modelo mostra que os recursos disponíveis para políticas públicas e programas têm decisões marginais e incrementalistas e independente de mudanças políticas. No incrementalismo surge a visão que decisões tomadas no passado limitam e constrangem decisões futuras e limitam o poder de decisão dos próximos governos para adotar políticas públicas ou de reformular as já existentes. 
O ciclo da política pública 
O ciclo da política pública é constituído pelos seguintes estágios: definição de agenda, identificação de alternativas, avaliação das opções, seleção das opções, implementação e avaliação. O primeiro passo é a definição da agenda, é daí surge a pergunta de como os governantes definem suas agendas, e porque algumas questões entram na agenda política e outros são ignoradas. Existem três prováveis respostas, primeiro é os problemas, o reconhecimento e quando se assume que é necessário fazer algo para resolver-los. A segunda é como fazer que a sociedade se conscientize sobre o problema e a necessidade de resolveu. Terceira classifica pessoas com visíveis, que são políticos a mídia, partidos e grupos de pressão e invisíveis que são acadêmicos e burocráticos. 
MODELO GARBAGE CAN (LATA DE LIXO)
O modelo “lata de lixo” retrata que as escolhas das políticas públicas não são pensadas e direcionadas para o problema, mas sim depende do leque de soluções disponíveis no momento, é como se fosse uma escolha em uma lata de lixo, e assim operam em sistema de tentativas e erros. 
Coalizão de defesa 
Este modelo discorda do modelo “lata de lixo”, e a explicação que para as decisões e não solução dos problemas nas políticas públicas é pelas crenças, valores e idéias e recursos disponíveis, para os processos de formulação políticas públicas. 
Arenas Sociais 
As arenas sociais retratam as políticas públicas como um jogo de interesse e tem iniciativa dos empreendedores políticos ou das políticas públicas, pois transformam para a sociedade determinadas circunstâncias em grandes problemas e as convencem de que algo precisa ser feito assim os Policy Makers se interessam por determinadas questões e ignoram outras, para que isto aconteça tomam decisões para chamar a atenção dos formuladores de políticas públicas, utilizam a divulgação de indicadores que mostrem uma realidade ainda maior do problema, utilizam desastres e a repetição do problema e Feedbck e informações que mostrem falhas de políticos e seus resultados medíocres .Arenas sociais é um jogo de interesse de empresários que fazem investimentos na política pública para terem retornos visíveis por toda a sociedade e que favoreçam sua demandas futuras. 
MODELO DO EQUILÍBRIO INTERROMPIDO
Elaborado por Baumagartner e Jones (1993), o modelo de equilíbrio interrompido é uma mistura de biologia, a característica da política pública de longos períodos de estabilidade com interrupção por períodos de instabilidade, e computação, os estudos mostram que os seres humanos têm capacidade limitada de processar informação, ou seja, processar paralelamente, um de cada vez. Assim com entendimento sobre o conjunto das atividades é possível tomar decisões fazendo mudanças a partir da experiência de implementação e de avaliação, ou seja, a partir de estudos e experiências, e fazer mudanças apenas em momentos de instabilidade.MODELOS INFLUENCIADOS PELO ‘GERENCIALISMO PÚBLICO’ E PELO AJUSTE FISCAL
Com a influência do gerencialismo público e a política fiscal, foram introduzidos novos formatos nas políticas públicas com foco na eficiência, onde era o principal objetivo, como uma independência política. As políticas públicas estavam desprezando o formato da eficiência, pois utilizavam o formato redistributivo e distributivos, onde são reconhecidos na crise fiscal. Os interesses comuns do processo decisório, não depende apenas da ação coletiva, mas do interesse de poucos, pois podem terem mais chance de se organizarem. Há um interesse público, onde não soma os interesses do grupo, assim podendo a política pública não depender de grupos e sim da razão. As questões de eficiência e racionalidade, foram utilizadas para a desregulamentação, privatização e para reforma no sistema social, onde diminuía a ação coletiva. Se destaca a credibilidade, onde as regras pré-anunciadas era mais eficiente do que o poder discricionário de políticos e burocratas, foca na existência de regras claras, ao contrário da discricionariedade, dos políticos e burocratas onde leva a incerteza, além de ter ajustes de alto custo. Assim a discricionariedade seria eliminada, para que instituições independentes fossem delegadas. A delegação também, passou a ser importante na política pública, devido a credibilidade dos órgãos independentes com sua experiência técnica, para que não houvessem dúvidas nas regras, mantendo a coerência. Assim, o novo gerencialismo público adota para as políticas públicas o orçamento participativo, que formula e acompanha as políticas públicas, para que a população influencie ou decida sobre o orçamento público.
O PAPEL DAS INSTITUIÇOES/REGRAS NA DECISÃO DE FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
A política pública mostra o que o governo quer fazer e o que ele está fazendo; transparência das leis e regras que são infinitas, ou seja, não tem limites; tem-se que trabalhar com foco em atingir os objetivos, ele precisam ser alcançados; a política pública é de longo prazo; à partir dos processos é preciso a execução e a avaliação; as políticas públicas deve-se focar nas regras, na política social e nos resultados da política. As políticas públicas tem sido influenciada pelo neo-institucionalismo. Onde enfatiza a importância das regras para a decisão, formulação e implementação de políticas públicas. Questiona-se dois mitos, o primeiro é o interesse individuais, que gera uma ação coletiva e o segundo é a ação coletiva que produz bens coletivos. Pode-se definir sobre as políticas públicas a democracia onde acontece a ação seletiva e distribuição de bens coletivos, a formulação das escolhas racial, incentivos seletivos onde diminui interesses próprios. O neo-institucionalista interage com o institucionalismo e o estruturalista, contribuindo para as instituições moldando as definições dos decisores. A ação racial dos que decidem, não se restringe apenas ao seu auto-interesse. Depende como percebe suas consequências e avaliações dos resultados. Essa escolha racional, o processo decisório, acontece apenas com os indivíduos onde perseguem seu auto - interesse , onde tem a visão de preferências que se movem para processor de socialização e não pelo interesse pessoal. O neo- institucionalista mostra que os indivíduos ou grupos, tem força relevante onde influenciam as políticas públicas e as regras formais e informais que administram as instituições, contribui também na capacidade da área das políticas públicas tem de incorporar e analisá-las, a natureza e a importância das instituições. Lutando pelo poder e recursos em grupo sociais, para a formulação de políticas públicas, tendo clareza e saber como utilizá-la, pois políticas públicas é estudar o governo em ação. Enfim, a política pública procura a implementação, focando no processo em busca dos resultados, para corrigir o problemas e as instituições/regras, modelam a decisão e a implementação política.
CAPÍTULO 3
PERSPECTIVAS TEÓRICAS SOBRE O PROCESSO DE FORMULAÇÃO DE 
POLÍTICAS PÚBLICAS
Quantas vezes já nós questionamos acerca de como o Governo estabelece suas prioridades? Ou como será formulada uma política pública para solucionar um determinado problema social? Para compreendermos este processo de modo objetivo e direto tomamos como base o texto de Ana Claúdia Capella, que apresenta e discuti modelos para auxiliar na compreensão de como são formuladas as políticas públicas. Capella apresenta os modelos que enfocam o modo como são feitas as agendas de políticas governamentais: o modelo de Fluxos Múltiplos e o modelo do Equilíbrio Pontuado.
O Modelo de Fluxos Múltiplos desenvolvido por John Kingdon (1984), com base no garbage can model (Cohen, March e Olsen, 1972, 1-25) pode ser traduzida como modelo da lata de lixo, para designar uma organização em que ideias, atores, processos, soluções e oportunidades estão reunidos num só lugar e interagem simultaneamente. “Uma organização é uma coleção de escolhas procurando por problemas, valores e sentimentos procurando por situações em que possam ser aplicados, soluções procurando por perguntas para as quais possam ter resposta, e tomadores de decisão procurando trabalho”. Kindgon, dessa forma, utiliza a teoria para ressaltar que não há nenhuma linearidade no processo de formação de uma agenda política e na produção de uma política pública, contrapondo-se, desta forma, à teoria estruturalista e de ciclos.
Kingdon identifica 3 fluxos na construção da agenda política: Problemas (problems), Soluções ou Alternativas (policies) e Política (politics).
Problemas (problems) - Procura responder à questão: Por que é que os decisores políticos prestam atenção a determinados problemas e não a outros? Resposta: saber como é que determinadas condições são entendidas como problemas. Esse Fluxo possui três fases de identificação: indicadores, que desnudam a dimensão do problema; acontecimentos dramáticos, casos de calamidades públicas, ou repetição de um problema; e feedback de programas que podem conduzir à reflexão sobre o seu impacto e a necessidade de serem reformulados.
Soluções ou Alternativas (policies) - inclui um conjunto de ideias sobre a forma de resolver problemas. Este conjunto de ideias pode ser gerado por especialistas, burocratas, políticos e académicos.
Política (politics) - constituído por: pressão dos grupos de interesse, turnover (volume de negócios) dos políticos e national mood (as linhas de pensamento dominante de uma certa comunidade).
ATORES NO PROCESSO DE DEFINIÇÃO DA AGENDA E FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Alguns fatores têm forte influência na formulação de uma agenda governamental. Os atores são divididos em dois grupos: Os visíveis e os invisíveis. O presidente é considerado por Kingdon O personagem principal na definição dessa agenda, mesmo tendo grande poder de influência ele não tem o controle de escolher entre alternativas, ele não tem poder de decidir o resultado final de uma determinada política pública. As pessoas que são escolhidas pelo presidente para designar tarefas em altos cargos têm forte influencia na agenda, tendo o poder de influência sob ação de inserir novas idéias ou focar nas que já existem. O presidente tem um menor controle de seleção e de implementação. O legislativo também tem forte influência sobre a agenda governamental, sem contar que, ainda contribuem para criação de alternativas. Isso ocorre devido aos recursos (criação de leis) dos quais os parlamentares dispõem e o acesso a informações mais generalistas, ao contrário dos burocratas e outros que lidam com informações mais técnicas e detalhadas. Mais um fato que explica o poder de influencia desses atores é a estabilidade, mesmo com as mudanças que ocorrem constantemente no legislativo à alternância é comparativamente menor do que os que são parte dos altos escalões. O papel do congresso é central para a formação da agenda, seja porque os políticos querem satisfazer seus eleitores ou porque almejam ser bem conceituados. Outra parte desse grupode atores é constituída por integrantes do processo eleitoral, os políticos podem se sentir forçados a realizar promessas feitas e campanha e os que o apóiam lhe dão esse suporte justamente para que eles cumpram com seus compromissos. Por mais que as promessas políticas influenciem, isso não quer necessariamente dizer que os políticos cumprirão com o que foi proposto ao povo, para que isso realmente ocorra cabe ao partido fazer com que isso aconteça. Os grupos de interesse têm forte influencia no desenvolvimento da agenda governamental que podem afetar de forma positiva (quando influenciam nas ações) e de forma negativa (restringindo as ações). O ultimo autor visível é a mídia, que influência grandemente na agenda, mas Kingdon diz que não confirmou isso em sua análise, segundo ele isso ocorre porque a mídia só transmite ao grupo depois que as questões da agenda são feitas, delimitando o que para mídia é interessante e tendo uma duração de um curto período de tempo, deslocando a atenção para o que for mais conveniente essa importância varia de acordo com a pessoa que esta envolvida no processo de formulação da agenda, se tem muita influência ou pouca. Mesmo a analise não encontrando elementos que afetem diretamente a agenda, ainda há estudos que dizem que a mídia influência sim a opinião do povo. A mídia não cria temas com certeza pode desenvolvê-los. Os atores que recebem atenção da mídia são chamados de atores visíveis, já os participantes que não são vistos, são influenciadores das alternativas e soluções. Os servidores públicos tem forte influência sobre a criação de alternativas e o processo de implementar as políticas públicas do que ao processo da agenda, isso ocorre devido a hierarquia que gera um modelo centralizador. O segundo grupo de atores invisíveis é formado por consultores e pesquisadores, eles têm forte influência na criação de alternativas se voltando assim para a comunidade, eles têm papel determinante e atuam principalmente sobre a agenda de decisão.
Análise crítica do modelo 
Zahariadis desenvolveu o modelo para o processo de privatização, e fez três adaptações ao modelo original, já Kingdon se volta para análise pré-decisional, enquanto Zahariadis amplia até a fase de implementação do governo. Em segundo o autor faz com que o modelo se volte para o estudo corporativo de políticas públicas, fazendo relação entre políticas parecidas. A terceira e última consiste na alteração da unidade de análise. O Multiple Streams tem como objeto de avaliação toda a expansão do governo federal, fazendo uma análise de diferentes tipos de questão, que percorrem a estrutura governamental. Zahariadis se volta para uma questão única: a privatização e sua circulação na metodologia decisória. Uma última mudança, de jeito metodológico, requererida pelo autor incidiu no acordo das três variáveis do caminho político - humor nacional, grupos de interesse e mudanças no governo, em uma variável singular, que deu o nome de “ideologia”. Estas considerações não desvirtuam a coerência principal do modelo de Kingdon, que não entende o alargamento de políticas como um procedimento de aprendizado seqüencial e comandado, na qual uma dificuldade é facilmente notada, soluções são geradas especificamente para o problema, sendo postas em prática e verificadas. O exemplo enfoca a dinâmica do conceito: o aumento de políticas é tido como uma disputa sobre definições de problemas e criação de soluções, desfazendo com planos interpretativos deterministas, o exemplo toma uma lógica contingêncial. A mudança na agenda depende da combinação de problemas, soluções e condições políticas. Ao surgir um problema, não quer dizer que surja também uma solução, um dos grandes benefícios desse modelo é a permissão para lhe dar com condições incertas, esses fatores não seriam tratados normalmente pelas abordagens na criação de políticas. Diversos autores criticam essas características, alguns dizem que o modelo de Kingdon o é muito desenvolvidos na estrutura e operacionalização, e que tem um grande grau de abstração. A estrutura surge do modelo que não há relações entre problemas e soluções, surge da idéia de garbagecan que trabalha de um modo diferente, presente nas abordagens do sistema fechado. Kingdon defende-se dizendo que há uma estrutura no modelo de garbagecan, mas é diferente dos modelos convencionais. Mucciaroni sugeri a invenção de variáveis para integrar as variáveis propostas por Kingdon que são de : problemas, soluções e política e assim capacitar o exemplo a prever alterações na agenda, já Sabatier apresenta a criação de um modelo explícito de ação individual. Há um determinado modelo na dinâmica interna de cada fluxo, não sendo estes inteiramente aleatórios. Certas alterações nas forças políticas organizadas e dentro do governo são mais aceitas e prováveis do que outras. Essas condições podem ser pensadas como variáveis intermediárias, atuando no interior de cada fluxo. Ao observar o mecanismo pelo qual o fluxo se reúne, percebemos que o modelo não é excepcionalmente aleatório. Algumas possibilidades da junção desses fluxos são mais prováveis que outras. Esta “aleatoriedade residual” garante que o modelo adote o artifício de criação de políticas como sendo inesperado. O modelo busca ministrar instrumentos para o entendimento desse processo, mais do que para a previsão de eventos futuros.
MODELO DE EQUILÍBRIO PONTUADO
O modelo consiste em analisar, criando mecanismos, os períodos de estabilidade e das mudanças mais drásticas que ocorrem na formulação das políticas públicas. Os processos políticos muitas vezes são de forma linear, mas às vezes, eles podem ser interrompidos de forma abrupta por algumas mudanças. Após esses assuntos se tornarem importantes, eles são incluídos nas agendas oficias, e como os autores o chama, recebe o nome de “feedback positivo”. Esse “feedback” acaba emergindo e deixando de lado algumas propostas, agora obsoletas. Uma de suas ideias básicas consiste que interações entre sub-sistemas políticos e processos decisórios geram acomodações sucessivas (incrementalismo) e mudanças radicais (inflexões) ao longo do tempo. 
Desenvolvido originalmente para a análise do cenário norte-americano, o modelo prega que os indivíduos operam com uma racionalidade limitada, assim os governos delegam poder para os agentes governamentais. E os líderes cuidam de assuntos mais proeminentes. Os sub-sistemas, como são conhecidos ficam por conta dos especialistas, enquanto outros assuntos modificam a agenda dos líderes no “macrosistema”. Neste ínterim, é de fundamental importância a “policy image”, que nada mais é do que a disseminação das idéias para a sociedade, a forma como ela será apresentada. Quando as idéias são amplamente aceitas pela comunidade, o monopólio é mantido, quando não, um colapso tem início. As policy image são cridas baseadas em dois pilares: informações empíricas e apelos emotivos.Vale ressaltar a importância da mídia no direcionamento das atenções e de modelagem das temáticas para contribuir para os apelos emotivos. As principais mudanças ocorrem quando instituições e imagens de políticas são criticadas e desmoralizadas, a estabilidade é rompida, monopólios de políticas públicas são desafiados e, frequentemente, destruidos e reconstruídos.
SIMILARIDADES E DIFERENÇAS ENTRE OS MODELOS
Ambos os modelos (multiple streams e equilíbrio pontuado) crêem que a definição de uma questão é central a formação de uma agenda. Os autores da teoria do equilíbrio apontam a formação da “policy image” como a fonte que impulsiona a mobilização de atores da sociedade, gerando uma mudança nas agendas. Enquanto o autor da outra teoria (Kingdom) prega a estratégia de chamar a atenção de indivíduos influentes no governo e na comunidade em geral. Para o último autor citado, as crises, desantres e símbolos são os chamados eventos focalizadores. Enquanto para Baumgartner e Jones, o que deve ser levado em conta são os componentes empíricos e valorativos desses eventos. A argumentação e as estatísticas do problema devemser utilizadas tendo como forma de representar o problema, e mais tarde ligá-lo à solução.
COMO INFLUENCIAR POLÍTICAS PÚBLICAS
	Muitos não se encontram satisfeitos com o modo como as políticas públicas ocorrem no país, e buscam conhecimento acerca de como influenciar os que decidem, para que possam ser mais eficientes. Para conseguir influência sobre as políticas públicas, faz-se necessário entrar em contato com culturas, realidades e experiências diferentes, para conseguir ter um olhar mais aprofundado a respeito das coisas. Buscar recursos e apoio com outros parceiros, estabelecendo parcerias, é outro aspecto interessante no processo. Tecer uma rede de relacionamentos.	Um ator importante para esse processo é a legitimidade do projeto. O projeto deve ser significante para a sociedade, para que tenha credibilidade diante dela, e força para causar impactos. É necessário em alguns momentos, fazer pressão, para alcançar o resultado desejado. 
	Para influenciar políticas públicas é importante ter força política, que é conquistada por meio da coerência que se tem nas atitudes, por meio da ética, da coragem, e também da ousadia. Exige que a pessoa acredite em sua causa.
	Política pública é um processo universal de distribuição de direitos. As pessoas devem ser convencidas da importância de causa. Devem ser agrupadas de forma que dêem força e legitimidade as ideias, que com a formulação de estratégias possam pressionar os governos, para que estes não fujam de suas responsabilidades. Exige disciplina, ousadia, humildade, clareza de propósitos e fidelidade.
ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR – ASCES
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – 4º PERÍODO
POLÍTICAS PÚBLICAS – PROF JOÃO ANACLETO
POLÍTICAS PÚBLICAS NO BRASIL
ALICE CAROLINE – CRISLANY BEZERRA – JARINA MIRELLY – MARÍLIA OLIVEIRA – LAÍSA CAVALCANTI – PAULO ANDRÉ – RENATA ARAÚJO
13 DE SETEMBRO DE 2013
CARUARU – PE

Outros materiais

Outros materiais