Relatório ETA Jaime Camara - Joao Paulo Neves

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
ENGENHARIA CIVIL
RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA
ETA – ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
JAIME CAMARA
ACADÊMICO:JOAO PAULO NEVES DE REZENDE
MAT.: 2009.1.025.0217
TURMA: B01-1
PROF..: FABIO MAURICIO CORREA
GOIÂNIA, 17 DE JUNHO DE 2014
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
ENGENHARIA CIVIL
Saneamento Básico
Visita Técnica- Estação de tratamento de Água de Goiânia
Relatório de visita técnica à Estação de Tratamento de Água de Goiânia Jaime Câmara, no dia 10 de Abril de 2014, a ser apresentado como forma de conhecimento adquirido para a disciplina de Saneamento Básico no curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, sob orientação do professor Fabio Mauricio Correa.
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JOAO PAULO NEVES DE REZENDE
GOIÂNIA, 17 DE JUNHO DE 2014
SUMÁRIO
Introdução..............................................................................................04
Objetivos................................................................................................05
A Visita...................................................................................................06
Anexos...................................................................................................07
Conclusão..............................................................................................11
Referências Bibliográficas.....................................................................12
Introdução
DEFINIÇÃO DE ETA - estação de tratamento onde se procede à eliminação de substâncias presentes na água captada do solo ou dos cursos de água, de forma a torná-la potável.
Estação de tratamento de água ou também abreviado como ETA é um local em que realiza a purificação da água captada de alguma fonte para torná-la própria para o consumo e assim utilizá-la para abastecer uma determinada população. A captação da água bruta é feita em rios ou represas que possam suprir a demanda por água da população e das indústrias abastecidas levando em conta o ritmo de crescimento. Antes que vá para o sistema de distribuição de água através de adutoras, passa por um processo de tratamento com várias etapas.
Objetivos
Objetivo da visita é conhecer detalhadamente como é o mecanismo de tratamento da água bruta que chega do reservatório Ribeirão João Leite, além disso, obter conhecimento com clareza de como é tratada e de qualidade da água que nós consumimos em nossas casas.
A Visita
A visita à ETA Jaime Câmara ocorreu no dia 10 de abril de 2014 e foi acompanhada pela orientadora Luciana, funcionária da Saneago.
A estação de tratamento Jaime Câmara foi inaugurada em 1957 e tratava 150 l/s, o que significava tratamento para uma cobertura de 49% da população de Goiânia. Em 1988 entra em ação o Sistema João Leite, que passa a atender 51% da população de Goiânia e da grande Goiânia. Com isso a água tratada hoje não é suficiente para atender toda a população, o que ocasionou a licitação para construção da Barragem João Leite e do lado, construção da ETA Mauro Borges, ambas com construção em andamento. O diâmetro das adutoras é de 600 mm e 800 mm.
Logo no início do processo de tratamento se situa a chegada da água bruta sem nenhum tipo de tratamento. A partir daí começa o tratamento, inicialmente com hipoclorídrico de sódio. À frente são aplicados coagulantes à base de ferro ou alumínio, que serve para flocular a sujeira da água. Adiante existe uma calha que se chama calha Parshall e é utilizada para medir a vazão de chegada da água através de um medidor ultrassônico. Ao final da calha Parshall é aplicado uma certa quantidade obrigatória de flúor na água. A seguir a água é direcionada simultaneamente aos floculadores, hidráulicos e mecânicos. A água segue dos floculadores para os 4 decantadores existentes na ETA. Estes decantadores são separados por um tipo de compartimento para aumentar a seção de material decantado. Dos decantadores, a água cai nas calhas coletoras. Das calhas, seguem para os filtros.
Existem 14 filtros no local e a cada 6 horas há um revezamento para que todos sejam lavados com um consumo de 150 litros de água para a lavagem de cada filtro. Estes filtros são de filtração rápida. Os filtros de filtração lenta são utilizados para água de boa qualidade e que não se usa produto químico no tratamento, o que não é o caso da água que é tratada na ETA visitada.
Em seguida aconteceu a visita ao laboratório. É onde se tem o controle de qualidade da água registrado a todo momento. A portaria 2914 do Ministério da Saúde é utilizada no laboratório. A mesma dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Esta portaria está em vigor desde 2011 depois do acontecimento ocorrido em Caruaru, estado do Pernambuco, onde água de açude sem tratamento contra microtoxinas era utilizada nos procedimentos de hemodiálise em pacientes da rede pública.
As características do solo que mais influenciam no tratamento da água são a quantidade de ferro e manganês.
Durante a visita ao laboratório foi feita um teste de turbidez, onde se constatou que a água bruta chegou com um índice de 117 UT e a água tratada teve um índice de 0,5 UT. O limite é de até 1 UT.
Visitamos também o depósito de cilindros de cloro, que chega na forma de gás, passa pelos injetores e se torna uma solução clorada. Na ETA Jaime Câmara existe 02 reservatórios com capacidade para 2.700 m³ e 01 reservatório com capacidade para 5.500 m³. A limpeza dos mesmos ocorre por agendamento e é feita primeiro em um compartimento e depois em outro, para não comprometer a distribuição de água. A distribuição da água tratada seria ideal por gravidade. Mas, devido à topografia, às vezes a distribuição é feita por bombeamento/recalque.
O Sistema João Leite possui 27 reservatórios enquanto o Sistema Meia Ponte possui 33 reservatórios. O Sistema Campus tem capacidade para tratar 17 l/s de água.
Relatório Fotográfico
 
 Foto 01 – Dados Operacionais Foto 02 – Fluxograma da ETA
 
 Foto 03 – Aplicação de produto químico Foto 04 – Aplicação de produto químico
O processo de coagulação é realizado por meio da adição de coagulantes a base de ferro ou alumínio e tem a finalidade transformar as impurezas da água que se encontram em suspensão fina em estado coloidal. Inicialmente. Em seguida a água é encaminhada para o tanque de Pré-Floculação para que o coagulante e o cal se misturem uniformemente no líquido
 
 Foto 05 – Floculador Mecânico Foto 06 – Decantador
Floculador Mecânico - Compartimento provido de agitadores lentos, que efetuam a mistura homogênea do Sulfato de Alumínio com a água e suas impurezas. Neste processo é muito importante o tempo de contato e a velocidade dos agitadores Estes tipos de misturadores, realizam a agitação por meio de hélices, turbinas, rotores ou palhetas giratórias.
Decantador: a principal função é a de receber todos os flocos oriundos do floculador. É composto por um tanque contendo placas inclinadas num ângulo de 60º, que aumentam a área de contato e forçam a diminuição da tensão superficial da água. Seu fundo tem a forma cônica que facilita a remoção do lodo, que é realizada com descargas intermitentes.
 
 Foto 07 – Calhas Coletoras Foto 08 - Filtro
A água decantada sai pela parte de cima do decantador, após haver escoado pela placas paralelas a água é coletada pelas calhas coletoras.
Filtros: Unidade Composta por fundo falso, camada de seixos, areia e carvão mineral. Nesta unidade são removidos turbidez remanescente eum percentual em torno de 80 % de bactérias. Estes filtros são do tipo rápido por gravidade de leito misto, aonde a água entra por cima e sai por baixo limpa. A limpeza dos filtros é feita invertendo-se o fluxo da água, ou seja, a água entra por baixo e remove as impurezas
 
 Foto 09 – Modelo de filtro em corte Foto 10 – Lavagem de filtro 
 
 Foto 11 – Cilindros de cloro Foto 12 – Reservatórios de água 
A água que sai dos filtros vai para um reservatório de contato onde ocorre a desinfecção (com adição de cloro gás) e a correção do pH da água.
Conclusão
Depois de realizada a visita percebe-se que o tratamento de água não é um processo simples. Deve-se ter um controle rigoroso das doses de produtos químicos aplicados à água bruta e também controle tecnológico da água tratada para que se constate sua potabilidade, segundo a portaria que se usa do Ministério da Saúde.
Essas visitas deveriam estar na grade curricular do ensino fundamental e médio, para que desde sempre comece a conscientização dos jovens do futuro para que evitem o desperdício. A região de Goiânia é bem servida de água, portanto ainda não tivemos problemas sérios de distribuição como é o caso do estado de São Paulo, mas mesmo assim as pessoas devem usar a água racionalmente pois não se pode prever como será daqui para frente.
Referências Bibliográficas
Estação de Tratamento de Água. Disponível em 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_de_tratamento_de_%C3%A1gua 
Acesso em 16 de junho de 2014 às 20h38min.
Portaria MS nº 2914 de 12/12/11 (Federal). Disponível em
http://www.amae.sc.gov.br/wp-content/uploads/2012/08/Portaria_MS_2914-11.pdf
 Acesso em 16 de junho de 2014 às 20h45min.