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Estrada do Açude do Cedro, Km 5 Quixadá-Ceará www.ifce.edu.br DESENHO TÉCNICO PROFESSORA: Karinna Ugulino QUIXADÁ / CE, MARÇO DE 2011 SUMÁRIO UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DESENHO TÉCNICO 1. Definição de Desenho Técnico _____________________________________ 01 2. O que é Visão Espacial ___________________________________________ 01 3. A Origem do Desenho Técnico _____________________________________ 02 4. O Desenho Técnico e a Engenharia _________________________________ 02 5. Tipos de Desenho Técnico _________________________________________ 03 6. Formas de Elaboração e Apresentação do Desenho Técnico ______________ 04 7. Instrumentos de desenho e seu manuseio ____________________________ 04 7.1. Prancheta ________________________________________________ 04 7.2. Papel ____________________________________________________ 05 7.3. Lápis ou lapiseiras __________________________________________ 05 7.4. Caneta nanquim ___________________________________________ 07 7.5. Borracha _________________________________________________ 08 7.6. Régua paralela ____________________________________________ 08 7.7. Régua T __________________________________________________ 08 7.8. Esquadros ________________________________________________ 09 7.9. Escalímetro _______________________________________________ 10 7.10. Compasso ________________________________________________ 11 7.11. Gabaritos _________________________________________________ 12 7.12. Transferidor _______________________________________________ 12 7.13. Normógrafo _______________________________________________ 13 7.14. Conservação ______________________________________________ 13 8. A Padronização dos Desenhos Técnicos ______________________________ 14 8.1. Folhas para Desenho __________________________________________ 15 8.2. Escalas ____________________________________________________ 16 8.3. Linhas _____________________________________________________ 18 8.4. Caracteres __________________________________________________ 19 8.5. Cotagem ___________________________________________________ 20 8.5.1. Limites das Cotas ______________________________________ 21 8.5.2. Apresentação da cotagem ________________________________ 22 8.5.3. Tipos da cotagem ______________________________________ 23 8.5.4. Elementos eqüidistantes _________________________________ 24 8.5.5. Elementos repetidos ____________________________________ 24 8.6. Hachuras ___________________________________________________ 25 UNIDADE II - TEORIA DO DESENHO PROJETIVO UTILIZADO PELO DESENHO TÉCNICO 1. Definição de Projeção Ortogonal ____________________________________ 27 2. Métodos de Projeção Ortogonal _____________________________________ 28 2.1. Projeções ortogonais pelo 1º diedro X Projeções ortogonais pelo 3º diedro __________________________________________________________ 29 3. Como utilizar as projeções ortogonais ________________________________ 32 3.1. Projeções ortogonais em um só plano de projeção ________________ 32 3.2. Projeções ortogonais em dois planos de projeção _________________ 32 3.3. Projeções ortogonais em três planos de projeção _________________ 34 4. Escolha das Vistas _______________________________________________ 35 5. Leitura e Interpretação de Projeções Ortogonais ________________________ 36 5.1. Identificação do Diedro Utilizado no Desenho _____________________ 37 5.2. Análise das Superfícies ______________________________________ 38 5.3. Mediante a Construção de Modelos ____________________________ 38 5.4. Utilizando o esboço em perspectiva ____________________________ 39 6. Representações em Projeções Ortogonais ____________________________ 41 6.1. Representação das arestas ocultas ____________________________ 41 6.2. Representação de superfícies inclinadas ________________________ 43 6.2.1. Superfície Perpendicular a um dos Planos de Projeção e Inclinada em Relação aos Outros dois Planos de Projeção ____________ 43 6.2.2. Superfície Inclinada em Relação aos Três Planos de Projeção __ 43 6.3. Representação de Superfícies Curvas __________________________ 44 6.4. Representação de Arestas Coincidentes ________________________ 46 6.5. Representação de Peças em Cortes ____________________________ 47 6.5.1. Corte Total __________________________________________ 50 6.5.2. Meio Corte __________________________________________ 51 6.5.3. Corte Parcial _________________________________________ 52 6.5.4. Seções _____________________________________________] 52 6.6. Outras Representações _____________________________________ 54 6.6.1. Vistas Auxiliares _____________________________________ 54 6.6.2. Vistas Auxiliares Duplas ________________________________ 55 6.6.3. Representação em uma Única Vista ______________________ 55 6.6.4. Vista de Objetos Encurtados ____________________________ 56 6.6.5. Vista de Objetos Simétricos _____________________________ 56 6.6.6. Intersecções Geométricas ______________________________ 57 6.6.7. Detalhes Repetitivos ___________________________________ 58 6.6.8. Detalhes Ampliados ___________________________________ 58 6.6.9. Comprimento Desenvolvido e Partes Adjacentes _____________ 59 UNIDADE III - PROCEDIMENTOS GRÁFICOS PARA A REPRESENTAÇÃO EM PERSPECTIVA 1. PROJEÇÕES CILÍDRICAS OU AXONOMÉTRICAS _____________________ 61 1.1. AXONOMETRIA OBLIQUA (perspectivas paralelas oblíquas) __________ 61 1.1.1. Perspectiva Axonométrica Cavaleira _________________________ 61 1.1.2. Perspectiva Axonométrica Militar ____________________________ 62 1.2. AXONOMETRIA ORTOGONAL _________________________________ 62 1.2.1. Perspectiva Axonométrica Isométrica ________________________ 62 1.2.2. Perspectiva Axonométrica Dimétrica _________________________ 63 1.2.3. Perspectiva Axonométrica Trimétrica _________________________ 63 2. PROJEÇÃO CENTRAL OU CÔNICA ________________________________ 64 2.1. Definições _______________________________________________ 64 2.2. Classificação ______________________________________________65 2.3. Processo de construção da perspectiva cônica ___________________ 70 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ____________________________________ 71 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ UNIDADE I INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DESENHO TÉCNICO 1. Definição de Desenho Técnico O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia. Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura. Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento específico, porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais. A Figura ao lado está exemplificando a representação de forma espacial por meio de figuras planas, donde pode- se concluir que: 1. Para os leigos a figura é a representação de três quadrados. 2. Na linguagem gráfica do desenho técnico a figura corresponde à representação de um determinado cubo. Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho bidimensional é possível entender e conceber mentalmente a forma espacial representada na figura plana. Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário enxergar o que não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de uma figura plana é chamada visão espacial. 2. O que é Visão Espacial Visão espacial é um dom que, em princípio todos têm, dá a capacidade de percepção mental das formas espaciais. Perceber mentalmenteuma forma espacial significa ter o sentimento da forma espacial sem estar vendo o objeto. Por exemplo, fechando os olhos pode-se ter o sentimento da forma espacial de um copo, de um determinado carro, da sua casa etc.. Ou seja, a visão espacial permite a percepção (o entendimento) de formas espaciais, sem estar vendo fisicamente os objetos. Apesar da visão espacial ser um dom que todos têm, algumas pessoas têm mais facilidade para entender as formas espaciais a partir das figuras planas. A habilidade de percepção das formas espaciais a partir das figuras planas pode ser desenvolvida a partir de exercícios progressivos e sistematizados. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 1 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 3. A Origem do Desenho Técnico A representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais evoluiu gradualmente através dos tempos. Conforme histórico feito por HOELSCHER, SPRINGER E DOBROVOLNY (1978) um dos exemplos mais antigos do uso de planta e elevação está incluído no álbum de desenhos na Livraria do Vaticano desenhado por Giuliano de Sangalo no ano de 1490. No século XVII, por patriotismo e visando facilitar as construções de fortificações, o matemático francês Gaspar Monge, que além de sábio era dotado de extraordinária habilidade como desenhista, criou, utilizando projeções ortogonais, um sistema com correspondência biunívoca entre os elementos do plano e do espaço. O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título “Geometrie Descriptive” é a base da linguagem utilizada pelo Desenho Técnico. No século XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi necessário normalizar a forma de utilização da Geometria Descritiva para transformá-la numa linguagem gráfica que, a nível internacional, simplificasse a comunicação e viabilizasse o intercâmbio de informações tecnológicas. Desta forma, a Comissão Técnica TC 10 da International Organization for Standardization – ISO normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva como linguagem gráfica da engenharia e da arquitetura, chamando-a de Desenho Técnico. Nos dias de hoje a expressão “desenho técnico” representa todos os tipos de desenhos utilizados pela engenharia incorporando também os desenhos não- projetivos (gráficos, diagramas, fluxogramas etc.). 4. O Desenho Técnico e a Engenharia Nos trabalhos que envolvem os conhecimentos tecnológicos de engenharia, a viabilização de boas idéias depende de cálculos exaustivos, estudos econômicos, análise de riscos etc. que, na maioria dos casos, são resumidos em desenhos que representam o que deve ser executado ou construído ou apresentados em gráficos e diagramas que mostram os resultados dos estudos feitos. Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia está intimamente ligado à expressão gráfica. O desenho técnico é uma ferramenta que pode ser utilizada não só para apresentar resultados como também para soluções gráficas que podem substituir cálculos complicados. Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o ensino de Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação de qualquer modalidade de engenheiro, pois, além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as idéias concebidas por alguém sejam executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso de rigor geométrico, o espírito de iniciativa e de organização. Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de engenharia irá depender, de uma forma ou de outra, do desenho técnico. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 2 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 5. Tipos de Desenho Técnico O desenho técnico é dividido em dois grandes grupos: → Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou mais planos de projeção e correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas. → Desenho não-projetivo – na maioria dos casos corresponde a desenhos resultantes dos cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas etc.. Os desenhos projetivos compreendem a maior parte dos desenhos feitos nas indústrias e alguns exemplos de utilização são: → Projeto e fabricação de máquinas, equipamentos e de estruturas nas indústrias de processo e de manufatura (indústrias mecânicas, aeroespaciais, químicas, farmacêuticas, petroquímicas, alimentícias etc.). → Projeto e construção de edificações com todos os seus detalhamentos elétricos, hidráulicos, elevadores etc.. → Projeto e construção de rodovias e ferrovias mostrando detalhes de corte, aterro, drenagem, pontes, viadutos etc.. → Projeto e montagem de unidades de processos, tubulações industriais, sistemas de tratamento e distribuição de água, sistema de coleta e tratamento de resíduos. → Representação de relevos topográficos e cartas náuticas. → Desenvolvimento de produtos industriais. → Projeto e construção de móveis e utilitários domésticos. → Promoção de vendas com apresentação de ilustrações sobre o produto. Pelos exemplos apresentados pode-se concluir que o desenho projetivo é utilizado em todas as modalidades da engenharia e pela arquitetura. Como resultado das especificidades das diferentes modalidades de engenharia, o desenho projetivo aparece com vários nomes que correspondem a alguma utilização específica: → Desenho Mecânico → Desenho de Máquinas → Desenho de Estruturas → Desenho Arquitetônico → Desenho Elétrico/Eletrônico → Desenho de Tubulações Mesmo com nomes diferentes, as diversas formas de apresentação do desenho projetivo têm uma mesma base, e todas seguem normas de execução que permitem suas interpretações sem dificuldades e sem mal-entendidos Os desenhos não-projetivos são utilizados para representação das diversas formas de gráficos, diagramas, esquemas, ábacos, fluxogramas, organogramas etc. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 3 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 6. Formas de Elaboração e Apresentação do Desenho Técnico Atualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados por computadores, pois existem vários softwares que facilitam a elaboração e apresentação de desenhos técnicos. Nas áreas de atuação das diversas especialidades de engenharias, os primeiros desenhos que darão início à viabilização das idéias são desenhos elaborados à mão livre, chamados de esboços. A partir dos esboços, já utilizando computadores, são elaborados os desenhos preliminares que correspondem ao estágio intermediário dos estudos que são chamados de anteprojeto. Finalmente, a partir dos anteprojetos devidamente modificados e corrigidos são elaborados os desenhos definitivos que servirão para execução dos estudos feitos. Os desenhos definitivos são completos, elaborados de acordo com a normalização envolvida, e contêm todas as informações necessárias à execução do projeto. 7. Instrumentos de desenho e seu manuseio Na escolha dos instrumentos e materiais para desenho, deve-se sempre primar em adquirir os que possuem melhor qualidade na praça. Para quem espera executar trabalhos profissionais, é um grande erro comprar instrumentos de qualidade inferior. Algumas vezes o principiante é tentado a adquirir instrumentos baratos para a aprendizagem, na expectativa de comprar outros melhores mais tarde. Um bom conjunto de aparelhos durará, razoavelmente cuidados, toda uma existência. Lista de instrumentos e materiais mais utilizados em desenho técnico: 7.1. PRANCHETA Geralmente de madeira, em formato retangular, onde se fixam os papéis para os desenhos. Deve ser de madeira macia, bem seca e isenta de defeitos. Hoje, todas as pranchetas são feitas de madeira compensada. Para cobrir pranchetas,normalmente pode-se usar o seguinte: 1. Coberturas de vinil, que fornecem uma superfície de desenho suave e uniforme. Furos de alinhamento e cortes ficam naturalmente encobertos. 2. Revestimento e fórmica ou material resistente similar,sem imperfeições de superfície. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 4 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 7.2. PAPEL Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de resistência e durabilidade apropriadas. A escolha do tipo de papel deve ser feita em função dos objetivos, do tipo do projeto e das facilidades de reprodução, a saber: a) papel transparente: - manteiga; - vegetal; - albanene; - poliéster; - cronaflex. b) papel opaco: - canson; - schoeller; - sulfite grosso. Fixação do papel na prancheta: A fixação do papel sobre a prancheta é feita prendendo-o com uma fita adesiva no canto superior esquerdo (a). Em seguida, apóia-se a régua T sobre o papel na prancheta e faz- se com que o limite superior do papel fique paralelo a borda superior da régua. Feito isto, estica-se o papel diagonalmente do canto superior esquerdo ao inferior direito (b), prendendo este canto, com cuidado para não tirá-lo da posição correta. A seguir, sempre procurando esticar o papel, fixam- se os outros dois cantos (c e d). Há desenhos que requerem o uso de um papel tamanho maior, havendo casos em que a fixação nos quatro cantos não é suficiente para firmar o papel. Neste caso, fixa-se também entre os fixados nos cantos superiores (e) e entre os fixados nos cantos inferiores (f). 7.3. LÁPIS OU LAPISEIRAS Essenciais para um bom desenho e traçado. Encontramos no mercado uma enorme variedade de qualidades de grafite. Envolvida em madeira (lápis), em minas simples de várias espessuras para porta minas, desde 0,5mm, 0,7 mm, até às mais grossas apenas envolvidas em plástico para desenhos que exigem um grande depósito de grafite. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 5 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Lapiseira Utiliza uma mina de grafite, que não necessita ser apontada. Ela é utilizada para o traçado de linha nítidas e finas se você girá�la suficientemente enquanto desenha. Para linhas relativamente espessas e fortes, você tem que usar uma série de linhas, ou uma lapiseira com minas de grafite mais espessas. Estão disponíveis lapiseiras que utilizam minas de 0,3 mm, 0,5mm, 0,7mm e 0,9mm, principalmente. O ideal é que a lapiseira tenha uma pontaleta de aço, com a função de proteger o grafite da quebra quando pressionado ao esquadro no momento da graficação. Lápis O lápis comum de madeira e grafite também pode ser usado para desenho. O lápis dever ser apontado, afiado com uma lixa pequena e, em seguida, ser limpo com algodão, pano ou papel. De maneira geral, costuma se classificar o lápis através de letras, números, ou ambos, de acordo com o grau de dureza do grafite (também chamado de “mina”). Classificação por números: Nº 1 – macio, geralmente usado para esboçar e para destacar traços que devem sobressair; Nº 2 – médio, é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral; Nº 3 – duro, usado em desenho geométrico e técnico. Classificação por letras A classificação mais comum é H para o lápis duro e B para lápis macio. Esta classificação precedida de números dará a gradação que vai de 6B (muito macio) a 9H (muito duro), sendo HB a gradação intermediária. Outras classificações 4H duro e denso → Indicado para lay�outs precisos → Não indicado para desenhos finais → Não use com a mão pesada – produz sulcos no papel de desenho e fica difícil de apagar; → Não copia bem. 2H médio duro → Grau de dureza mais alto, utilizado para desenhos finais; → Não apaga facilmente se usado com muita pressão. FH médio → Excelente peso de mina para uso geral; → Para lay�outs, artes finais e letras. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 6 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ HB macio → Para traçado de linhas densas, fortes e de letras; → Requer controle para um traçado de linhas finas; → Facilmente apagável; → Copia bem; → Tende a borrar com muito manuseio. A dureza de um grafite para desenho depende dos seguintes fatores: 1. O grau do grafite, que varia de 9H (extremamente duro) a 6B (extremamente macio); 2. Tipo e acabamento do papel (grau de aspereza): quanto mais áspero um papel, mais duro deve ser o grafite que você usar; 3. A superfície de desenho: quanto mais dura a superfície, mais macio parece o grafite; 4. Umidade: condições de alta umidade tendem a aumentar a dureza aparente do grafite. Atualmente é mais prático o uso de lapiseira. Recomendamos a de 0,5mm e a de 0,9mm, com grafite HB. Defina sua preferência, lápis ou lapiseira, o qual melhor se identifica para um melhor trabalho. 7.4. CANETA NANQUIM: O nanquim é uma tinta a base de água. Tem como característica ser opaca, dando uma boa cobertura para os desenhos. Adicionando água, conseguem-se tonalidades de cinza. Tem secagem rápida. A caneta nanquim pode ser recarregável ou descartável. A caneta nanquim recarregável vem com um compartimento de tinta, que pode ser facilmente recarregável. A largura de seu traço varia de acordo com a sua numeração. A caneta nanquim descartável vem com um filtro e não pode ser recarregada. É vendida com numeração variada, sendo a 0.1 a mais fina, e a medida que a numeração cresce, aumenta a espessura do traço. Caneta Nanquim Recarregável Caneta Nanquim Descartável DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 7 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 7.5. BORRACHA Sempre use borracha macia, compatível com o trabalho para evitar danificar a superfície do desenho. Evite o uso de borrachas para tinta, que geralmente são mais abrasivas para a superfície de desenho. Deve ser macia e de grão muito fino. Cada vez que a usamos, devemos previamente passá-la sobre um pedaço de pano limpo para evitar que, em vez de apagar o desenho, o suje. As borrachas mais duras servem para apagar os traçados de tintas indeléveis. Existe uma borracha especial para nanquim, feita à base de areia. A lâmina de barbear, aplicada com habilidade, raspa qualquer borrão ou linha traçada com tinta indelével, mesmo em papel fino e transparente. Também pode-se usar para tanto o lápis-borracha. Borracha branca Borracha dura Borracha p/ Nanquim Lápis-borracha 7.6. RÉGUA PARALELA Destinada ao traçado de linhas horizontais paralelas entre si no sentido do comprimento da prancheta, e a servir de base para o apoio dos esquadros para traçar linhas verticais ou com determinadas inclinações. O comprimento da régua paralela deve ser um pouco menor do que o da prancheta. 7.7. RÉGUA T Para desenhos em sala de aula, ou outras mesas de desenho, faz-se necessário o uso da régua T, pois e uma régua paralela e pode ser sempre trazida a sala de aula. É uma régua em forma de T composta de cabeçote e haste, formando um ângulo de 90º entre eles. Serve para traçar linhas horizontais paralelas no sentido do comprimento da prancheta ou de apoio aos esquadros para traçar linhas verticais ou com determinadas inclinações. Sendo assim, para utilizá-la, coloca-se o cabeçote da régua T de encontro ao lado esquerdo da prancheta, mantendo-se certa pressão contra a mesma a fim de conservá-lo perfeitamente apoiado. O comprimento da régua T deve ser um pouco menor qu No uso de rég e o da prancheta. ua T, para fazê-la subir ou descer, segura-se com a mão esquerda o cruzamento do cabeçote com a haste e faz-se o movimento para cima ou para baixo. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 8 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 7.8 ular-retangular, uma com ângulos de 45º e outra com ângulos de 30º e 60º (obviamente, e por não se deformarem com a umidade. S de triângulo retângulo isósceles, cujos âng otenusa do esquadro de 45. Utilizados para º e a medida da hipote eta, segurando a régua T elos outros quatro dedos, aço de baixo para cima. cômod dros entre si, deve-se seguir as . ESQUADROS É o conjunto de duas peças de formato triang além do outro ângulo reto –90º). São, na sua maioria,de madeira ou plástico, sendo estes últimos os preferidos, devido à sua transparência ão de dois tipos: um menor em forma ulos agudos são de 45º, e outro maior em forma de triângulo retângulo escaleno, cujos ângulos são de 30º e 60º. O primeiro desses esquadros serve para traçar linhas à 45º, e o segundo para traçar à 30º ou 60º. Mediante combinações dos dois podem-se traçar linhas formando ângulos múltiplos de 15º (15º, 30º, 45º, 60º, 75º, 90º, 105º, 135º, ...). São denominados de “jogo de esquadros” quando são de dimensões compatíveis, ou seja, o cateto maior do esquadro de 30/60 tem a mesma dimensão da hip o traçado de linhas verticais, horizontais e inclinadas, sendo muito utilizado em combinação com a régua paralela. Identifica-se um par de esquadros pelas suas dimensões e por sua espessura. Um jogo ou par de esquadros de 21 cm são esquadros cuja medida do cateto maior do esquadro de 30 nusa do de 45º do mesmo jogo são de 21 cm. O modo de usá-los consiste em colocar a ré assentada e firme na extremidade esquerda da pranch pela palma da mão e pelo dedo polegar, e o esquadro p enquanto que a mão direita empunha o lápis e dá o tr gua T ou paralela bem A borda do esquadro que serve para dar o traço deve, de preferência, estar voltada para a esquerda, porque esse procedimento obriga o desenhista a tomar a postura mais natural e a para o movimento dos braços e do corpo. Isto exige uma iluminação especial para o campo de trabalho, a qual consiste na colocação da fonte luminosa à esquerda do desenhista, para evitar a sombra originada da espessura do esquadro que se confunde com a linha que está sendo traçada, atrapalhando desse modo a perfeição do trabalho. Para obter ângulos (múltiplos de 15º) u apoiados na régua T e combinando esses esqua instruções como mostra as figuras abaixo: tilizando o par de esquadros DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 9 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Utilização de esquadros apoiados na régua T Utilização do par de esquadros combinados Aspectos de qualidade dos esquadros: → Materiais de de ente com o tempo; → aior resistência a arranhões; → senho de acrílico não amarelam rapidam M Facilidade de manuseio → Retenção da linearidade da borda; Cuidados: → Não use o esquadro como guia para corte; s coloridos; → limpo com uma solução diluída de sabão neutro e água (não o). 7.9 Instrumento destinado à marcação de medidas, na escala do desenho. É tilizado para desenhar objetos em escala ou facilitar a leitura das medidas de des em escala. Podem ser planos ou triangulares. → Não use o esquadro com marcadore Mantenha-o utilize álcool na limpeza, que deixa o esquadro esbranquiçad . ESCALÍMETRO u enhos representados Escalímetro plano Escalímetro triangular O escalímetro triangular, é dividido em três faces, cada qual com duas escalas distintas, totalizando 6 réguas com ren sse caso, através da utilização de múltiplos ou submúltiplos dessas seis escalas, extrair d tes escalas. Pode-se, neife um grande número de outras escalas. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 10 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 11 O escalímetro convencional utilizado na engenharia e na arquitetura é aquele que possui as seguintes escalas 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:125. m metro É o instrumento que serve para tr ircunferência e também para comparar e transportar medidas. O compasso serve par uaisquer raios. Deve oferecer um ajuste perfeito, não pe Cada unidade marcada nas escalas do escalímetro corresponde a um metro. Isto significa que aquela dada medida corresponde ao tamanho de u na escala adotada. 7.10. COMPASSO açar circunferências ou arcos de c a o traçado de círculos de q rmitindo folgas. A ponta de lápis (mina) do compasso deve estar sempre bem afiada, utilizando para isso uma lixa. Usa-se o compasso da seguinte forma: aberto com o raio desejado, fixa-se a ponta seca no centro da circunferência a traçar e, segurando-se o compasso pela parte superior com os dedos indicador e polegar, imprime-se um movimento de rotação até completar a circunferência. Para uma correta utilização do compasso é preciso que o segure pela haste e nunca pelos braços. Se não tiveres cuidado com este instrumento, não consegues obter um desenho rigorosamente feito. Quando o compasso está fechado, as duas pontas devem ter o mesmo comprimento para que este funcione convenientemente. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 7.1 s diversos vazados, que possib itam a reprodução destes nos desenhos. gabarito de círculos é útil para o traçado de pequenos círculos de raios pré itos úteis: formas geométricas, equipamentos sanitá 1. GABARITOS São chapas em plástico ou acrílico, com elemento il O -disponíveis. Outros gabar rios/hidráulicos e mobiliário. Para curvas de raio variável usa-se a “curva francesa”. 7.12. TRANSFERIDOR: É um instrumento utilizado para medida e marcação de ângulos. São ncontrados em metal, madeira e plástico. É composto basicamente por uma scala circular, ou de seções de círculo, dividida e marcada em ângulos esp ma régua. As graduações são de grau em grau, e e e açados regularmente, tal qual nu alguns possuem divisões de ½ grau. A parte graduada denomina-se limbo. O diâmetro que contêm a divisão do limbo denomina-se linha de fé. Os transferidores podem ser de diversos tipos sendo os mais comuns: o transferidor de 180º e 360°. Transferidor de 360º Transferidor de 180º DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 12 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Para medir um ângulo, coloca-se o centro do transferidor (ponto 0) no vértice do ângulo, alinha o segmento de reta OA (ou OE) com um dos lados do ângulo e o outro lado do ângulo determinará a medida do ângulo, como mostra a figura. Na figura acima, pode-se ler diretamente as medidas dos seguintes ângulos: m(AÔB)=27º m(AÔC)=70º m(AÔD)=120º m(AÔE)=180º m(EÔB)=153º m(EÔC) =110º m(E D)=6Ô 0º m(EÔA)=180º 7.1 ar caracteres. Pode ser uma régua s e números ou então uma régua transferidos para o papel através normógrafo. 3. NORMÓGRAFO: É um instrumento auxiliar para desenh vazada através da qual se desenham as letra com sulcos no formato dos caracteres, que são de um instrumento denominado de aranha para A aranha para normógarfo possui um ponto de apoio, uma "ponta seca" e uma extremidade onde é presa a caneta. Utiliza-o com a ponta seca seguindo o sulco da régua do normógrafo, transferindo o desenho do caractere para o papel. 7.14. CONSERVAÇÃO Para aumentar-se a vida útil dos instrumentos devemos manuseá-los com o máximo cuidado possível e armazena-los sempre em seus estojos. A limpeza da régua, dos esquadros e do transferidor deve ser feita sempre com água e sabão neutro. Nunca utilizar substâncias corro rivados de petróleo. unca azeitar as articulações do compasso; o para traz; → → Manter os instrumentos sempre limpos. sivas ou de Precauções mínimas que devem ser seguidas: → Evitar choques ou queda dos instrumentos; → Nunca desenhar com a aresta inferior da régua T → Não colocar qualquer das extremidades na boca; → Nunca trabalhar com o lápis com ponta grossa; → ; N → Nunca traçar uma linha voltand Nunca passar a borracha por todo o desenho depois de terminado; → Deve-se limpar a mesa antes de começar os trabalhos; DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 13 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 8. A Padronização dos Desenhos Técnicos Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi nec representação gráfica. Essa pad seguidas e respeitadas inte esforço cooperativo dos inte que regulem relações entre pro eiteiros e clientes. Cada país ela ório por tod r. ção internacional e facilitar inter NB • NB essário padronizar seus procedimentosde ronização é feita por meio de normas técnicas rnacionalmente. As normas técnicas são resultantes do ressados em estabelecer códigos técnicos dutores e consumidores, engenheiros, empr bora suas normas técnicas e estas são acatadas em todo o seu territ os os que estão ligados, direta ou indiretamente, a este seto ditadas pela Associação BrasileiraNo Brasil as normas são aprovadas e e de Normas Técnicas – ABNT, fundada em 1940. Para favorecer o desenvolvimento da padroniza o câmbio de produtos e serviços entre as nações, os órgãos responsáveis pela normalização em cada país, reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organização Internacional de Normalização (International Organization for Standardization – ISO) Quando uma norma técnica proposta por qualquer país membro é aprovada por todos os países que compõem a ISO, essa norma é organizada e editada como norma internacional. As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras -NBR e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO. Os procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de representação gráfica, são algumas delas: • NBR 10068/87 – Folha de desenho – leiaute e dimensões • NBR 10582/88 – Folha para Desenho: Apresentação • NBR 13142/99 – Dobramento e cópia • NBR 8196/99 – Emprego de escalas • R 8403/84 – Aplicação de linhas em desenho técnico - Procedimento • NBR 10067/95 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico • NBR 8402/94 – Execução de Caracteres para Escrita em Desenho Técnico - Procedimento R 10126/87 – Cotagem em Desenho Técnico • NBR 12298/95 - Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico - Procedimento DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 14 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 8.1. Folhas para Desenho A padroniza ção de folhas de papal abrangem as normas brasileiras: NBR 10068/87 - Folha de desenho - Leiaute e dimensões, formato A0 como máximo A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e arquivamento. As dimensões dos formatos, em ordem decrescente (A0, A1, A2, A3 e A4) ão de forma que o formato seguinte possui exatamente a etade da dimensão do formato anterior. Então, a menor imensão do formato base passa a ser a maior dimensão o formato seguinte, e a maior dimensão do formato base passa a ser a menor dimensão do formato seguinte ela ao lado: o do o: Apresentação, a ho e situada no canto mitadas pelo e quadro. O senho FIGURA 2 – Margens rda e direita, bem omo as larguras das linhas, devem ter as imen 10068/87, NBR 10582/88 e NBR 13142/99. Devem ser utilizados os formatos de papel da série A, conforme NBR e s m d d multiplicada por dois. Os formatos da série A e suas dimensões, segundo a NBR 10068/87, estão apresentados na tab As legendas são usadas para informação, indicação e identificaçã desenho, a saber: designação da firma, projetista, local, data, assinatura, conteúdo do desenho, escala, número do desenho, símbolo de projeção, logotipo da firma, unidade empregada, escala, etc. FIGURA 1 – Exempl o de legenda Segundo a NBR 10582/88 – Folha para Desenh posição da legenda deve estar dentro do quadro para desen inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente como verticalmente. A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm nos formatos A1 e A0 As margens são li contorno externo da folha quadro limita o espaço para o de segundo figura abaixo: As margens esque . c d sões constantes na Tabela ao lado: A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. Segundo a NBR 13142/99 – Folha para Desenho: Dobramento, o formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos A0, A1, A2 e A3 deve ser o formato A4. Para formatos maiores que o A0 (formatos especiais), o dobramento deve ser tal que esteja no formato A4. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 15 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda. Para facilita e A2 tiverem de ser perfuradas para ás o canto superior esquerdo a uma distância de 105mm, conforme as figuras a seguir: r, recomenda-se assinalar, nas margen Quando as cópias de formato A0, A1 arquivamento, deve ser dobrado para tr s, as posições das dobras. FIGURA 3 – Dobramentos dos formatos da série A 8.2. Escalas Escala é a relação de grandeza entre as dimensões do objeto que se quer desenhar e as dimensões de representação em desenho. As escalas podem ser: • Escala Natural: onde o desenho é representado do mesmo tanhanho do objeto, em tamanha real (ESCALA 1:1) • Escala de Ampliação: onde o objeto é representado maior do que seu tamanho real (ESCALA X:1) • Escala de Redução: onde o objeto é representado menor que seu tamanho real (ESCALA 1:X) O valor de X dev s. Por exemplo, 1:2, 50:1, 1:100. /99 – Desenho Técnico: Emprego de Escalas, a designação de uma escala deve consistir na palavra ESCALA ou ESC, seguida da • > 1) e ser igual a 2, 5 ou 10, ou múltiplos deste Segundo a NBR 8196 indicação da relação: • ESCALA 1:1 para escala natural • ESCALA X:1 para escala de ampliação (X > 1) ESCALA 1:X para escala de redução (X A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 16 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vist lar uma distância a partir de uma escala, deve-se considerar: a a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral. Para calcu d / D = 1 / E ond real e: d = distância representada em desenho D = distância em valor E = escala utilizada DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 17 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 8.3. Linhas As linhas são fundamentais para o desenho técnico, pois contém informações que auxiliam na interpretação do desenho: seu tipo e sua espessura. Os tipos e espessuras de linhas são padronizados pela NBR 8403/84 – Aplicação de linhas em desenho técnico. Quanto a espessura deve-se seguir a seguinte regra: quanto mais próximos os elementos representados, maiores as espessuras das linhas em relação às linhas dos elementos mais distantes. Mas, deve-se observar as seguintes regras: • A relação entre as larguras de linhas larga e estreita não deve ser inferior a 2. • A largura das linhas deve ser escolhida conforme o tipo, dimensão, escala e densidade, de acordo com o seguinte escalonamento (em mm): 0.13, 0.18, 0.25, 0.35, 0.50, 0.70, 1.00, 1.40 e 2.00. • O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive hachuras) não deve ser menor que 2 vezes a largura da linha mais larga, no entanto recomenda-se que não seja inferior a 0,70 mm. Quanto ao tipo de linha tem-se: • Contínua larga – contornos visíveis • Contínua estreita – cotagem, linhas auxiliares, hachuras, linha de chamada, linhas de centro curtas • Contínua estreita à mão livre – limites ou interrupções • Contínua estreita em zique-zague – limites ou interrupções • Tracejada estreita – contornos não visíveis • Traço e ponto estreito – linhas de centro, simetria • Traço e ponto estreita, mas larga nas extremidades e nas mudanças de direção – planos de cortes • Traço e ponto largo - Indicação das linhas ou superfícies com indicação especial • Traço dois pontos estreita – contornos de peças adjacentes, posição limite de peças móveis, linhas de centro de gravidade, cantos antes da conformação, detalhes situados antes do plano de corte Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser observados osseguintes aspectos, em ordem de prioridade: 1. Contornos visíveis 2. Contornos não visíveis 3. Planos de cortes e seções 4. Linhas de centro e simetria 5. Linhas de cota e auxiliar As linhas de chamadas devem terminar: a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota; b) com um ponto, se termina dentro do objeto representado; c) com uma seta, se ela conduz e ou contorna a aresta do objeto representado. FIGURA 4 – Tipos de representações de linhas de chamadas DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 18 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 8.4. Caracteres As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são: legibilidade, formidade e a adequação à microfilmagem e outros processos de reprodução. Tão importante em um desenho quant uni o o traçado do mesmo, são as letras sem interpretações quanto a valores ou palavras. a. 3. O corpo das letras minúsculas ocupa ⅔ da altura. e algarismos, que deverão estar perfeitamente desenhadas para que traduzam pre uma boa apresentação, não deixando margens a possíveis duplas Desenho de letras 1. Escolha a altura “h” da letra maiúscul 2. Divida a altura em 3 partes iguais, trace a pauta e acrescente ⅓ para baixo. 4. A perna ou haste ocupa ⅓, para cima ou para baixo. As alturas das letras maiúsculas (h) e minúsculas (c) não devem ser menores do que 2,5 mm. Na aplicação simultânea de letras maiúsculas e a letra maiúscula (h) nãminúsculas, a altura d o deve ser menor que 3,5 mm ra a . ertical ou inclinad direita ncia entre caracteres (a) deve ser, no mínimo, duas A escrita pode ser v a, em um ângulo de 15° pa em relação à vertical. A distâ vezes a largura da linha (d). FIGURA 5 – Padronização dos caracteres Obs: A caligrafia técnica deve ser usada: - Em todas a nda s anotações - No preenchimento da lege - Nas notas explicativas em geral - Nas cotas e todas as anotações nos desenhos. À medida que se for adquirindo o hábito de escrever com letras técnicas, tende-se a dispensar as proporções anteriormente citadas, fazendo a escrita proporcionada visualmente e tornando, consequentemente, o trabalho bem mais produtivo. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 19 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 8.5. Cotagem Cotagem e a indicação de medidas em um desenho. Existem cotas que de elementos. As cotas podem ser: a) Funcional - Essencial para a função do objeto ou local b) Não funcional - Não essencial para funcionamento do objeto c) Auxiliar - Dada somente para informação. A cotagem auxiliar não influi nas operações de produção ou de inspeção; é derivada de outros valores apresentados no desenho ou em documentos e nela não se aplica tolerância. indicam TAMANHO e cotas que indicam LOCALIZAÇÃO FIGURA 6 – Tipos de Cotas As regras adotadas na cotagem têm como objetivo deixar sua representação clara e padronizada. Como regra geral para realização da cotagem deve-se privilegiar sempre a clareza e a precisão na transmissão das informações. A seguir são descritos os princípios a serem observados na cotagem de projetos, tais como os elementos componentes da cotagem, seu posicionamento nos desenhos, e outros. mensão daquilo que está sendo cotado o da cota. • Lin cotagem: é a linha que liga a linha de cota ao • Co Os elementos componentes da cotagem são: • Linha de cota: é a linha que contém a di e n or numérica qual é posicionado o val ha de chamada (ou auxiliar) de elemento que está sendo cotado. tas: são numerais que indicam as medidas básicas FIGUR A 7 – Representação de cotas possível, acima ou à lido de esquerda para direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada. Ao cotar um desenho é necessário observar o seguinte: • As linhas de cota devem posicionar-se sempre fora do desenho, salvo em casos de impossibilidade; • O valor das cotas deve posicionar-se, sempre que esquerda da linha de cota; • As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 20 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ • As linhas auxiliares devem ser prolongada ligeiramente além da respec linha de cota; As cotas guardam uma pequena distância acima das linhas de cotas. As linhas tiva • auxiliares também guardam uma pequena distancia das linhas de contorno; • Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto se necessário, pode ser desenhado obliquamente a este, (aproximadamente 60°), porém paralelas entre si; • Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas • A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja; • O cruzamento das linhas de as Restrições para cotagem obl os de 15°. b) com traço oblíquo desenhado com uma linha curta e inclinado a 45°; A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num mesmo desenho. uando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota devem ando o espaço for externamente no prolongamento da linha de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se isso ocorrer, linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento. FIGURA 8 – 8.5.1. Limites das Cotas A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços íquos, como segue abaixo: a) por seta desenhada com linhas curtas formando ângul A seta pode ser aberta, ou fechada preenchida; Q ser apresentadas entre os limites da linha de cota. Qu limitado as setas de limitação da linha de cota, podem ser apresentadas cota, desenhado com esta finalidade FIGURA 9 – Tipos de limites de linhas de cota utilizando setas Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio. Pode ser dentro do ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo elemento apresentado. FIGURA 10 – Cotagem de raio DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 21 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 8.5.2. Apresentação da cotagem Existem dois método : MÉ localizadas acima e paralelamente às suas linhas de ntro (Figura 11). As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido de esquerda para direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada. Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a Figura 12. Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas na Figura 13. s de cotagem mas somente um deles deve ser utilizado num mesmo desenho TODO 1: As cotas devem ser cotas e preferivelmente no ce FIGURA 11 FIGURA 12 FIGURA 13 Localização das cotas Cotagem de raio Cotagem de âgulos MÉTODO 2: As cotas devem ser lidas sempre da esquerda para direita. As linhas de cotas devem ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota. (Figura 14) Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas na Figura 15. FIGURA 14 - Localização das cotas FIGURA 15 - Cotagem de ângulos ando a forma for claramente indicada. Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a identificação das formas e melhorar a interpretação de desenho. Os símbolos de diâmetro e de em ser omitidos ququadrado pod Ø Diâmetro R: Raio □ Quadrado Ø ESF: Diâmetro esférico R ESF: Raio esférico DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 22 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 8.5.3. Tipos da cotagem a) Cotagem em Cadeia Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerâncias não comprometer a necessidade funcional das partes. FIGURA 16 – Cotagem em cadeia b) Cotagem em Paralelo É a localização de várias cotas simples paralelas uma às outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota. FIGURA 17 - Cotagem em paralelo c) Cotagem Aditiva É uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada onde há limitação de espaço e não haja problema de interpretação. FI A 1 ) Cot GUR 8 - Cotagem aditivad agem por coordenadas Cotas feitas a partir das coordenadas X e Y DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 23 FIGURA 19 – Diversas formas do cotagem por coordenadas IFCE – CAMPUS QUIXADÁ e) Cota são combinadas no desenho. gem Combinada Quando dois tipos de cotagem FIGURA 20 - Cotagem combinada s equidistantes 8.5.4. Elemento Para elementos eqüidistantes pode-se simplificar a cotagem dando o número de elementos, o valor da cota e, se necessário, o valor total, como mostra as figuras abaixo: FIGURA 19 – Formas do cotagem de elementos equidistantes Se for possível definir a quantidade de elementos de mesmo tamanho e assim, evitar repetir a mesma cota, eles podem ser cotados como mostra a figura abaixo: 8.5.5. Elementos repetidos FIGURA 20 – Cotagem de elementos repetidos DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 24 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 8.6. Hachuras As hachuras são linhas ou figuras com o objetivo de representar tipos de materiais em áreas de corte em desenho técnico. As hachuras são constituídas de linhas finas, eqüidistantes e traçadas a 45° em relação aos contornos ou aos eixos de simetria da peça, padronizadas segundo a NBR 12298 - Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico. A figura a seguir mostra a representação das hachuras: FIGURA 21 – Representação das hachuras O espaçamento entre as hachuras deverá variar com o tamanho da área a ser hachurada (Fig ura 2 (a) e (b)). O espaçamento mínimo para as hachuras é de 0,7 mm, conforme a NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos. As hachuras, em área de corte muito grande, podem ser limitadas a vizinhança do contorno, deixando a parte central em branco (Figura 2 (c)). FIGURA 22 – Espaçamentos das hachuras Em uma mesma peça as hachuras devem ter uma só direção. Nos desenhos de conjuntos as peças adjacentes ou peças compostas (soldada, rebitada, remanchada ou colada) devem ser hachuradas em direções diferentes. (a) (b) (c) FIGURA 23 – Hachuras em peças compostas ou adjacentes Porém, As hachuras em peça composta, quando representada em desenho de conjunto, devem ser feitas numa mesma direção, coma numa peça simples, segundo figura 3 (c). DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 25 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Quando o corte da peç antes paralelos, as hach a for constituído de planos ec uras devem ter a mesma direçã As hachuras podem ser omitidas em seções de peças de espessuras finas. No desenho do conjunto, peças adjacentes devem ter um espaçamento em branco de no mínimo 0,7 mm, conforme figura ao lado. FIGURA 25 – Hachuras em peças s o, porém, serão deslocadas para distinguir os planos de corte, como mostra a figura ao lado. FIGURA 24 – Hachuras em planos secantes paralelos As hachuras devem ser interrompidas quando da necessidade de se inscrever na área hachurada. adjacentes com espaçamento mínimo As hachuras podem ser utilizadas, em alguns casos, para indicar o tipo do material da peça. A Figura abaixo mostra algumas hachuras convencionadas para representar o tipo de material utilizado na construção da peça: FIGURA 26 – Hachuras específicas para determinados tipos de materiais. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 26 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ UNIDADE II TEORIA DO DESENHO PROJETIVO UT PELO DESEN ILIZADO HO TÉCN ICO 1. Definição de Projeção Ortogonal Nos desenhos projetivos, a representação de qualquer objeto feita po ou figura será r sua projeção sobre um plano, como mostra a figura abaixo: FIGURA 27 – Projeção de objetos sobre um plano Os raios projetantes tangenciam o retângulo e atingem o plano de projeção formando a projeção resultante. Este tipo de projeção é denominado Projeção Ortogonal (do grego ortho = reto + gonal = ângulo), pois os raios projetantes são perpendiculares ao plano de projeção. Das projeções ortogonais surgem as seguintes conclusões: • Toda superfície paralela a um plano de projeção se projeta neste plano exatamente na sua forma e em sua verdadeira grandeza, conforme mostra a Figura 28; • Quando a superfície é perpendicular ao plano de projeção, a projeção resultante é uma linha, conforme mostra a Figura 29; • As arestas resultantes das interseções de superfícies são representadas por linhas, conforme mostra a Figura 30. FIGURA 2 ntação de paralela ao pl s 8 – Projeção FIGURA 29 – Projeção FIGURA 30 – Represe ano de projeção perpendicular ao plano de projeção arestas de interseçõe DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 27 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 2. Métodos de Projeção C jeções ortogon és de A representação de objetos tridimensionais por meio de desenhos idimensionais, utilizando projeções ortogonais, foi idealizada por Gaspar Monge Considerando os planos, vertical e horizontal, prolongados além de suas interse orário, e denominados 1º, 2º, 3º, e 4º Diedros. Ortogonal omo os sólidos são constituídos de várias superfícies, as pro ais são utilizadas para ensionais atravrepresentar as formas tridim figuras planas. b no século XVIII. ções, como mostra abaixo, dividiremos o espaço em quatro diedros (que tem duas faces). Os quatros diedros são numerados no sentido anti-h FIGURA 31 - Diedros Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras planas, representar formas espaciais utilizando os rebatimentos (no sentido trial e facilitar o exercício inte informações tecnológicas. Assim, para padronizar a forma de utilização, a norma NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico, fixou a utilização das projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação de peças: • Sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro • Sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro horário) de qualquer um dos quatro diedros. Entretanto, para viabilizar o desenvolvimento indus da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem que, a nível rnacional, simplifica o intercâmbio de DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 28 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Nos Estados Unidos da América (USA) é mais difundido o uso do 3º diedro; os países europeus é mais difundido o uso do 1º diedro. No Brasil é mais utilizad iedro é importante a familiarização com os dois sistemas de repres 2.1 3º ador em relação ao objeto e plano de projeção As projeções feitas em qualquer plano do 1º e 3° diedro seguem um princípio básico. No 1° diedro, o objeto a ser representado deverá estar entre o observador e o plano de projeção, conforme mostra a Figura 32. N 3° diedro, o plano de projeção deverá estar posicionado entre o observador e o objeto, conforme mostra a Figura 33. O plano de projeção precisa ser transparente (como uma placa de vidro) e o observador, por trás do plano de projeção, puxa as projetantes do objeto para o plano. n o o 1º diedro. Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o uso do 1º e 3º d entação. . Projeções ortogonais pelo 1º diedro X Projeções ortogonais pelo diedro a) Quanto à posição do observ FIGURA 32 – Projeções no 1° Diedro FIGURA 33 – Projeções no 3° Diedro b) Quanto às Posições relativas das vistas Considerando o objeto imóvel no espaço, o observador pode vê-lo por seis direções diferentes, obtendo seis vistas da peça. Ou seja, aplicando o princípio básico em seis planos circundando a peça, obtemos, de acordo com as normas internacionais, as vistas principais no 1º e 3° diedro. A Figura 34 e 35 mostra as vistas principais peça circundada pelos seis planos principais e que do 1° e do 3° diedros, onde a posteriormente são rebatidos ada face se movimenta 90º em relação à outra. de modo a se transformarem em um único plano. C DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFªKARINNA UGULINO 29 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ FIGURA 34 – Objeto representado no 1° diedro FIGURA 35 – Objeto representado no 3° diedro Para facilitar a comparação, vamos considerar nos dois casos, a vista de frente correspondente ao mesmo lado do objeto. Como é mantida a mesma frente, onseqüentemente, todas as outras istas são iguais, modificando somente as u c s v as posições relativas. FIGURA 36 – Comparação de projeções no 1° e 3° diedro DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 30 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Sendo assim, teremos: Observe que no 1º diedro, olha-se a peça por um lado e desenha-se o que se está vendo do outro lado, enquanto no terceiro diedro, o que se está vendo é desenhado no próprio lado donde se está olhando a peça. Não se pode esquecer que cada projeção ortogonal representa o objeto em uma determinada posição e, assim sendo, no 1º diedro qualquer projeção ortogonal corresponde àquilo que é visto pelo outro lado da projeção que estiver ao seu lado. Da m projeção ortogonal corresponde àquilo que é visto na direção da projeção que estiver ao seu lado. Para facilitar a interpretação do desenho é recomendado que se faça a indicação do diedro utilizado na representação. A indicação pode ser feita escrevendo o nome do diedro utilizado ou utilizando os símbolos da Figura 37. esma forma, no 3º diedro qualquer FIGURA 37 – Símbolos de representação dos diedros Dificilmente será necessário fazer seis vistas para representar qualquer objeto. Porém, quaisquer que sejam as vistas utilizadas, as suas posições relativas obedecerão às disposições definidas pelas vistas principais. Na maioria dos casos, o conjunto formado pelas vistas de frente, vista superior e uma das vistas laterais é suficiente para representar, com perfeição, o objeto desenhado. No 1º diedro é mais difundido o uso da vista lateral esquerda, resultando no conjunto preferencial composto pelas vistas de frente, superior e lateral esquerda, que também são chamadas, respectivamente, de elevação, planta e perfil. Não importa o número de vistas utilizadas, o que importa é que o desenho fique claro e objetivo. O desenho de qualquer peça, em hipótese alguma, pode dar margem a dupla interpretação. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 31 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 3. Como utilizar as projeções ortogonais 3.1. Projeções ortogonais em um só plano de projeção Na aplicação das projeções ortogonais em um só plano de projeção de objetos tridimensionais, é praticamente impossível identificar o sólido representado, pois a terceira dimensão não está representada. As figuras abaixo mostram a aplicação das projeções ortogonais na representação das superfícies que compõem, respectivamente, um cilindro, um aralelepípedo e um prisma de base triangular. Pode-se observar que as projeç p ões resultantes são constituídas de figuras iguais. FIGURA 38 – Projeção em um só plano de projeção FIGURA 39 – Plano de projeção resultante Veja que, de acordo com as projeções resultantes, é impossível identificar as formas espaciais representadas, pois cada uma das projeções pode corresponder a qualquer um dos três sólidos. Isto acontece porque a terceira dimensão de cada sólido não está representada pela projeção ortogonal. Para fazer aparecer a terceira dimensão é necessário fazer uma segunda projeção ortogonal olhando os sólidos por outro lado. 3.2. Projeçõ Agora veremos os três sólidos anteriores sendo projetados nos planos, ertical e horizontal, e fazendo-se, posteriormente, o rebatimento do plano horizo es ortogonais em dois planos de projeção v ntal até a formação de um único plano na posição vertical: FIGURA 40 – Projeção de sólidos em dois planos de projeção DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 32 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Olhando para cada um dos pares de projeções ortogonais e sabendo que les correspondem, respectivamente, às representações dos três sólidos vistos por s o entendimento da form em o comprimento e a la e posições diferentes, pode-se obter a partir das figuras plana a espacial de cada um dos sólidos representados. Observe que, na projeção feita no plano vertical aparecem o comprimento e a altura do objeto e na projeção feita no plano horizontal aparec rgura do mesmo objeto, o que representam as três dimensões do objeto, conforme figura abaixo: FIGURA 41 – Projeção de prisma reta lar FIGURA 42 – Projeção de prisma trian ular orém, observe que as projeções de um prisma retangular representado por do utro exemplo em que as projeções resultantes não definem a forma da peç ções resultantes) obtida ngu g P is planos de projeção, conforme representado na figura acima, também correspondem às mesmas projeções de um prisma triangular ilustrado na figura 42. Assim sendo, pode-se concluir que duas vistas, apesar de representarem as três dimensões, podem não ser suficientes para representar a forma do objeto desenhado. O a é mostrado na figura abaixo em que as duas vistas (proje s na Figura 44 também podem corresponder a formas espaciais completamente diferentes. FIGURA 43– Rebatimento do plano de projeção FIGURA 44 – Projeção resultante de objetos diferentes DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 33 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 3.3. Projeções ortogonais em três planos de projeção A representação das formas espaciais é resolvida com a utilização de uma terceira projeção. A Figura abaixo mostra a utilização de um plano lateral para obtenção de uma terceira projeção, resultando em três vistas da peça por lados diferentes. FIGURA 45 – Projeções ortogonais em três planos de projeção encionados, e sempre se rebatem sobre o plano vertical. Mantendo o sentido dos re da peça que for projetado no plano vertical sempre será considerado como A manutenção das mesmas posições relativas das vistas permite que a partir dos desenhos bidimensionais, resultantes das projeções ortogonais, se entenda (visualize) a forma espacial do objeto representado. Os desenhos da Figura 46 mostram as três vistas das quatro peças que anteriormente haviam sido representadas por somente duas vistas. Observe-se que não existe mais indefinição de forma espacial, cada conjunto de vistas corresponde somente à uma peça. É importante considerar que cada vista representa a peça sendo observada de uma determinada posição. Ou seja, nas projeções ortogonais, apesar de estarmos vendo desenhos planos (bidimensionais), em cada vista há uma profundidade, não visível, que determina a forma tridimensional da peça representada. Para que o desenho resultante se transforme em uma linguagem gráfica, os planos de projeção horizontal e lateral têm os sentidos de rebatimento conv batimentos dos planos horizontal e lateral resultará sempre nas mesmas posições relativas entre as vistas. O lado sendo a frente da peça. Assim sendo, em função dos rebatimentos convencionados, o lado superior da peça sempre será representado abaixo da vista de frente e o lado esquerdo da peça aparecerá desenhado à direita da vista de frente. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 34 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ FIGURA 46 – Projeções ortogonais resultantes de peças diferentes Para entender a forma da peça representada pelas projeções ortogonais é preciso exercitar a imaginação e a capacidade de visualização espacial fazendo a associação das projeções ortogonais feitas por lados diferentes. Cada superfície que compõe a forma espacial da peça estará representada em cada uma das três projeções ortogonais. 4. Escolha das Vistas O ponto de partida para determinar as vistas necessárias é escolher o lado da peça que será considerado como frente. Normalmente, considerando a peça em sua posição de trabalho ou de equilíbrio, toma-se como frente o lado que melhor define a forma da peça. Quando doislados definem bem a forma da peça, escolhe-se o de maior comprimento. Na figura abaixo, considerando a frente indicada no objeto, o conjunto formado pelas vistas de frente, superior e lateral direita é o que melhor representa a peça. Na vista lateral esquerda aparecem linhas tracejadas, que devem ser evitadas. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 35 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ FIGURA 47 – Escolha das vistas Quando a vista de frente for uma figura simétrica, conforme mostra a figura abaixo, teoricamente poderia utilizar qualquer uma das vistas laterais, porém deve-se utilizar a vista lateral esquerda para compor o conjunto das vistas preferenciais. FIGURA 48 – Escolha das vistas no caso de figuras simétricas , em hipótese nenhuma, dê margem a dupla interpretação. de Projeções Ortogonais adas na sua representação, e a associação das p os vendo a representação de um sólido, visto ortogonalmente de uma determinada posição, onde cada linha representa uma intersecção de superfícies (cada linha representa um canto da peça) e que existe uma terceira dimensão escondida pela projeção ortogonal. É preciso ter muito cuidado com a escolha das vistas, porque o uso de vistas inadequadas pode levar a soluções desastrosas. As vistas precisam ser escolhidas de modo que o desenho defina fielmente forma da peça e quea . Leitura e Interpretação 5 Ler um desenho significa entender a forma espacial do objeto representado no desenho bidimensional resultante das projeções ortogonais. A visualização da forma espacial de um objeto só será possível a partir da associação das diversas vistas utiliz rojeções ortogonais com os diferentes sentidos de observação da peça permitirá o entendimento da imagem espacial representada. É muito importante que, ao olhar para qualquer vista, se tenha em mente que estam DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 36 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Para se fazer a interpretação do desenho e entender a forma espacial representada, pode-se utilizar quatro caminhos: a) Através da identificação do diedro utilizado no desenho; b) Através da análise das superfícies; c) Mediante a construção de modelos; d) Utilizando o esboço em perspectiva. A visualização da forma espacial dependerá da capacidade individual de cada um para interpretar e associar as projeções ortogonais aos rebatimentos dados na peça. 5.1 icar o diedro utilizado na elaboração do desenho, basta analisar as projeções ortogonais de uma única superfície. . Identificação do Diedro Utilizado no Desenho Para se fazer a interpretação do desenho e entender a forma espacial representada, o primeiro passo é identificar qual foi o diedro utilizado na sua elaboração. Para identif Figura 49 – Identificação das vistas Na Figura acima a superfície “A” é representada por uma linha cheia na à vista 1, a vista 2 orresponde à peça sendo olhada por cima. Como a vista superior (2) está localiz vista 2. Assim sendo, pode-se concluir que, em relação c ada embaixo da vista de frente (1), o desenho foi elaborado segundo as regras do 1º diedro. Estando o desenho no 1º diedro, a vista 3 é a vista lateral esquerda. Como a superfície “B” está representada por uma linha cheia na vista 3, comprova-se que, em relação à posição da vista 1, a vista 3 corresponde à peça sendo olhada pela esquerda. A identificação do diedro utilizado permite a identificação dos sentidos dos rebatimentos utilizados na obtenção do conjunto de vistas do desenho. Conhecendo-se os rebatimentos é possível associar as projeções ortogonais com os sentidos de observação e entender a forma espacial da peça desenhada. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 37 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 5.2 , a maioria das pessoas não con os detalhes que con ada nas projeções ortogonais. Essa difi rada fazendo-se o estudo parcial das pro ente cada superfície do objeto. ça desenhada. ara ler um desenho com facilidade o leitor deverá interpretar, em cada vist u . uperfície que compõe a forma espacial da peça estará representada em ca ados com letras e nas projeções pode-se analisar os rebatimentos de cada um destes planos. . Análise das Superfícies Dependendo da complexidade da peça segue, mentalmente, visualizar integralmente todos stituem a forma espacial represent culdade de visualização pode ser supe jeções ortogonais analisando separadam A imagem integral da forma espacial, representada nas projeções ortogonais, será obtida a partir do somatório da forma espacial de cada superfície que compõe a pe P a, o q e representa cada linha das projeções ortogonais O posicionamento espacial de cada superfície que compõe a peça resultará no entendimento integral da forma espacial da peça. Cada s da uma das três projeções ortogonais (Figura 50), onde os planos que compõem a forma espacial da peça foram identific Figura 50 – Análise das superfícies Na figura acima, percebe-se que o plano “A”, sendo paralelo ao plano vertical de projeção, aparece na vista de frente na sua fo a grandeza, enquanto nas vistas superior e latera or um li s rma e em sua verdadeir l, o plano “A” é representado p a nha devido à sua perpendicularidade aos respectivos planos de projeção. 5.3. Mediante a Construção de Modelos Um método utilizado para entender as formas espaciais das superfícies que compõem uma peça representada por suas projeções ortogonais é construir um modelo em qualquer material macio e fácil de cortar. (Normalmente utiliza-se massa de modelar ou uma barra de sabão para fazer a modelagem) A modelagem pode ser executada: a) a partir de um bloco onde são feitos cortes sucessivos; ou b) pela justaposição de diferentes sólidos geométricos. Analisando a figura ao lado, pode-se concluir que 2 é uma vista superior em relação à posição 1 e que o desenho está no º diedro. Figura 51 – Projeções ortogonai1 DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 38 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ de um objeto em análise Para fazer a modelagem a partir de cortes sucessivos, o primeiro passo é modelar um paralelepípedo proporcional às suas dimensões, conforme mostra o passo 1 da figura abaixo: Figura 52 – Procedimentos para construção de modelos através de cortes sucessivos Olhando para a vista 1 da Figura 51, pode-se concluir pela necessidade de um corte inclinado no paralelepípedo, conforme mostra o passo 2 da Figura 52. Fazendo, no modelo obtido, o corte definido na vista superior (vista 2) obtém-se a forma espacial da peça desenhada, conforme mostra o passo 3 da Figura 34. A Figura 53 mostra a modelagem a partir da justaposição de sólidos geométricos simples para obtenção da forma espacial da peça. Observando as projeções ortogonais, pode-se concluir que a forma espacial da peça poderá ser composta pela justaposição de três paralelepípedos. Figura 53 – Procedimentos para construção de modelos pela justaposição de sólidos geomé s 5.4 ralelepípedo que contenha as ação que foram nas faces do esboçando em cínio dos cortes trico . Utilizando o esboço em perspectiva A dificuldade de visualização da forma espacial pode ser amenizada por uma elaboração do esboço em perspectiva da peça representada pelas projeções ortogonais. Esse procedimento é semelhante à modelagem a partir de um bloco om cortes sucessivos. c Desenha-se inicialmente a perspectiva de um pa dimensões de comprimento, largura e profundidade da p localização nas faces do paralelepípedo dos sentidos de observ utilizados na obtenção das projeções ortogonais. Comparando os sentidos de observação, marcados paralelepípedo, com as respectivas projeções ortogonais, vai-se perspe vista do desenho. eça, fazendo a ctiva os detalhes definidos em cada Para facilitar o estudo da forma espacial da peça deve-se procurar identificar as posições das vistas nas faces do paralelepípedo. Para a construção do esboço,pode-se utilizar o racio sucessivos ou a associação das vistas desenhadas nos respectivos lados do paralelepípedo, ou ainda, utilizar os dois procedimentos simultaneamente. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 39 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Segue abaixo o procedimento para construção do esbo sucess ço através de cortes ivos na peça cujas projeções são: Figura 54 – Projeções Ortogonais de uma peça em análise para construção do esboço através de cortes sucessivos o 1° pelo do e Analisando as vistas da figura acima, pode-se concluir que o desenho está diedro, pois, em relação à vista 1, a vista 2 foi obtida olhando a peça n la squerdo (a vista lateral esquerda2 está à direita da vista de frente1). 1° PASSO 2° PASSO 3° PASSO 4° PASSO Figura 55 – Procedimento para construção do esboço através de cortes sucessivos Olhando para a vista de frente (vista 1) pode-se concluir, com facilidade, pela retirada do pedaço do paralelepípedo mostrado no 1° passo. Olhando para a vista lateral esquerda (vista 2), também com facilidade, pode-se concluir pela retirada de mais um pedaço do paralelepípedo, conforme mostra o 2° passo. concluir pelo corte final, mostrado no 3° passo, e, finalmente chegar na peça representada no 4° passo. rojeções ortogonais da figura ao lado, verifica Figura 57 – Procedimento para construção do esboço Comparando as vistas dadas com a forma espacial já obtida, pode-se DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 40 O outro procedimento, através da associação das vistas desenhadas nos respectivos lados do paralelepípedo, é feito através da seguinte forma: Analisando as p -se que o desenho está no primeiro diedro porque a vista 2 é uma vista superior em relação à posição da vista 1. Figura 56 – Projeções Ortogonais de uma peça em análise para construção do esboço através da associação das vistas IFCE – CAMPUS QUIXADÁ DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 41 através da associação das vistas No Passo 1, o paralelepípedo de referência com as indicações dos sentidos de observação utilizados na elaboração das projeções ortogonais. No Passo 2, as vistas desenhadas nas respectivas faces do paralelepípedo. No Passo 3, a associação das linhas das vistas de frente e superior, definindo-se, no A figura tridimensional mo o 4 corresponde às projeções ortogonais dadas e, assim, novamente ficou comprovado que a utilização dos esboç Para facilitar a utilização dos esboços em perspectivas é recomendado que o paralelepípedo de referência seja desenhado numa posição tal que as faces visíveis correspondam às vistas dadas. Dependendo da vista lateral utilizada, deve-se variar a posição do paralelepípedo de referência, conforme mostra a figura abaixo: paralelepípedo, a forma espacial da peça. strada no Pass os em perspectiva facilita a visualização da forma espacial representada nas projeções ortogonais. Figura 58 – Paralelepípedo de referência 6.1 Como a representação de ob ortogonais, é feita por vistas tomada dendo da forma espacial do objeto, algumas de suas superfícies poderão ficar ocultas em relação ao sentido de observação. Observando a Figura 59 vê-se que a superfície “A” está oculta quando a peça é vista lateralmente (direção 3), enqu a peça é vista por cima (direção 2). Nestes caso em um determinado sentido de observação são tracejadas. As linhas tracejadas são constituídas de pequenos traços de comprimento uniforme, espaçados de um terço de seu comprimento e levemente mais finas que as linhas cheias. 6. Representações em Projeções Ortogonais . Representação das arestas ocultas jetos tridimensionais, por meio d s por lados diferentes, depen e projeções anto a superfície “B” está oculta quando s, as arestas que estão ocultas representadas por linhas IFCE – CAMPUS QUIXADÁ FIGURA 59– Representação de arestas ocultas Deve-se procurar evitar o aparecimento de linhas tracejadas, porque a visualização da forma espacial é muito mais fácil mediante as linhas cheias que representam as arestas visíveis. É importante destacar que evitar o aparecimento de linhas tracejadas não significa omiti-las, pois, em relação ao sentido de observação, as linhas tracejadas são vitais para compreensão das partes o ultas do objeto. As linhas tracejad -se a posição da peça em relação aos planos de projeção (mudar a posição da vista de frente). posição da peça em seja, linhas tracejadas. c as podem ser evitadas invertendo A Figura abaixo mostra exemplos da mudança de relação à vista de frente para evitar arestas ocultas, ou FIGURA 60 – Mudança de posição da peça em relação à vista de frente para evitar arestas ocultas DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 42 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ 6.2 ão de superfícies inclinadas pode ser dividida em dois casos distintos: a) Quando a superfície é perpendicular a um dos planos de projeção e inclinada em relação aos outros planos de projeção. b) Quando a superfície é inclinada em relação aos três planos de projeção 6.2.1. Superfície Perpendicular a um dos Planos de Projeção e Inclinada em Relação aos Outros dois Planos de Projeção Como já foi dito anteriormente, toda superfície paralela a um plano de projeção se projeta neste plano exatamente na sua forma e em sua verdadeira grandeza. Sendo assim, a projeção resultante no plano que é perpendicular à superfície inclinada será um segmento de reta que corresponde à verdadeira grandeza da dimensão representada. Nos outros dois planos a superfície inclinada mantém a sua forma, mas sofre alteração da verdadeira grandeza em uma das direções da projeção resultante. . Representação de superfícies inclinadas A representaç FIGURA 61 – Representação de projeção ortogonal de superfície inclinada perpendicular a um dos planos de projeção 6.2.2. Superfície Inclinada em Relação aos Três Planos de Projeção As projeções resultantes nos três planos de projeção manterão a forma da superfície inclinada, contudo, não corresponderão à sua verdadeira grandeza. É importante ressaltar que, mesmo que as projeções resultantes não correspondam à verdadeira grandeza da superfície representada, seu contorno não sofre alterações, pois, em todas as vistas, uma determinada linha sempre manterá sua posição primitiva em relação as outras linhas que contornam a superfície inclinada. DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 43 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ FIGURA 62 – Representação de projeção ortogonal de superfície inclinada em relação aos três planos de projeção FIGURA 63 – Paralelismo existente entre as arestas representadas pelos segmentos de retas [(1,2); (3,4)] e [(1,5);(2,3)] 6.3. Representação de Superfícies Curvas As projeções ortogonais resultantes de superfícies planas e circulares são representadas da seguinte forma: • Em relação ao plano paralelo à superfície: a projeção resultante mantém a forma e a verdadeira grandeza do círculo; • Em relação aos planos perpendiculares à superfície: a projeção resultante é um segmento de reta, cujo comprimento corresponde ao diâmetro do círculo. FIGURA 64 – Representação de superfícies curvas paralela a um dos planos de projeção DISCIPLINA: DESENHO TÉCNICO PROFª KARINNA UGULINO 44 IFCE – CAMPUS QUIXADÁ Se a superfície circular não possuir paralelismo com nenhum dos três planos de projeção, mas for perpendicular em relação a um deles, as projeções resultantes terão dimensões em função do ângulo de inclinação da superfície. FIGURA 65 – Representação de superfícies curvas sem paralelismo com nenhum dos três planos de projeção No plano cuja superfície circular é perpendicular, a projeção resultante é um segmento de reta, cujo comprimento é igual ao diâmetro do círculo. Nos outros planos, a projeção ortogonal diminui um dos eixos da superfície
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