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Faculdade e Colégio Santa Rita Tecnologia e Processos da Construção Civil TÓPICO 10 Revestimentos Prof. Geraldo Silva Tópico 10: Revestimentos PISOS Piso Cerâmico: placa extrudada ou prensada destinada ao revestimento de pisos fabricada com argila e outras matérias-primas inorgânicas, com a face exposta vidrada ou não, e com determinadas propriedades físicas e características próprias compatíveis com sua finalidade. Piso Cerâmico não vidrado: placa cerâmica cujo corpo apresenta composição, cor, textura e características determinadas pelas matérias primas e processos de fabricação utilizados, com valores médios de absorção de água de acordo com os parâmetros a seguir: • impermeável: aquele cujo corpo apresenta absorção de água até 0,5%; • de baixa absorção: aquele que apresenta absorção de água entre 0,5% e 3%; • de média absorção: o que apresenta absorção entre 3% e 6%; • de alta absorção: o que apresenta absorção acima de 6%. Porcelanato: piso cerâmico não vidrado composto por pigmentos misturados à argila, feldspato durante o processo de prensagem. Quando queimados apresentam aspecto de pedra natural, em que camadas de pigmentação permeiam a base de argila. Possibilitam o acabamento polido (com brilho) e não-polido (sem brilho). Tópico 10: Revestimentos PISOS CERÂMICOS PORCELANATOS Tópico 10: Revestimentos PORCELANATO LÍQUIDO é um material epóxi autonivelante utilizado para o revestimento de pisos. Pode ser utilizado em pisos já existentes, diretamente no contrapiso ou em pisos de madeira. Surgiu em Dubai por volta de 2010 e não demorou muito para chegar aos Estados Unidos onde explodiu como grande sucesso. O porcelanato líquido se caracteriza por ser contínuo e sem juntas e por tem um alto brilho e aparência vitrificada quando bem executado. Podem ser utilizados adesivos para personalizar o piso de acordo com a escolha do cliente. O piso de porcelanato líquido garante maior uniformidade e brilho ao piso já existente por meio do uso do epóxi. Para maior resistência a riscos, utiliza-se também um aditivo de poliuretano. Tópico 10: Revestimentos Tópico 10: Revestimentos PORCELANATO LÍQUIDO VANTAGENS • Dispensa a necessidade de reforma e quebra de pisos na casa ou apartamento, evitando maiores sujeiras e entulhos; • Não é necessário o uso de juntas, como nos pisos comuns; • O aspecto final do porcelanato líquido é totalmente liso e os pisos que receberão o epóxi não precisam necessariamente estar nivelados pois este é um piso autonivelante; • O epóxi é um material que é facilmente manuseado e confere brilho e durabilidade ao piso; • Tem-se a opção de personalização do piso, podendo-se utilizar adesivos para dar um aspecto de piso 3D; • Pode ser aplicado sobre pisos já existentes, diretamente sobre o contrapiso ou ainda sobre pisos de madeira; • Facilidade de limpeza do piso, desde que usados os materiais indicados para isso; • Tem alta resistência ao impacto e não quebrará ou trincará facilmente caso algo caia sobre ele. DESVANTAGENS • Não pode ser aplicado por qualquer pessoa. O porcelanato líquido requer cuidados e técnicas de um profissional treinado e capacitado; • Por ser um produto relativamente novo, poucos profissionais detém o conhecimento de como aplicar; • Risca com facilidade se não utilizado outros produtos aditivos como acabamento em poliuretano; • É mais indicado para áreas internas com pouca circulação e onde não haja movimentação de móveis. Tópico 10: Revestimentos Tópico 10: Revestimentos PISOS Os revestimentos cerâmicos devem seguir às prescrições das normas técnicas, as quais classificam as placas cerâmicas em função do grau de absorção de água, fixando limites de características dimensionais, físicas, químicas e mecânicas para cada classe de absorção. GRUPO GRAU DE ABSORÇÃO USO RECOMENDADO I 0% a 3% Pisos, paredes, piscinas e saunas II a 3% a 6% Pisos, paredes e piscinas II b 6% a 10% Pisos e paredes III >10% Paredes Tópico 10: Revestimentos PISOS A resistência à abrasão representa a resistência ao desgaste superficial causado pelo movimento de pessoas e objetos. No caso de cerâmicas não esmaltadas, a abrasão é medida pelo volume de material removido da superfície da peça quando ela é submetida a ação de um disco rotativo de material abrasivo específico. ABRASÃO DESGASTE APÓS RESISTÊNCIA TIPO DE AMBIENTE Grupo 0 100 ciclos Desaconselhável para pisos PEI 1 150 ciclos Baixa Banheiros, dormitórios PEI 2 600 ciclos Média Ambientes sem portas para o exterior PEI 3 1500 ciclos Média alta Cozinhas, corredores e halls residenciais, sacadas e quintais PEI 4 12000 ciclos Alta Áreas comerciais, hotéis, show rooms, salões de vendas PEI 5 > 12000 ciclos Altíssima e sem encardido Áreas públicas ou de grande circulação, shopping centers, aeroportos, etc. * PEI (Porcelain Enamel Institute) – unidade para atestar a resistência ao desgaste superficial. Tópico 10: Revestimentos PISOS Ladrilho Hidráulico: são fabricados com cimento e areia, isentos de cal, prensados, perfeitamente planos, com arestas vivas, cores firmes e uniformes, desempenados e isentos de umidade. Apresentam acabamento polido para uso em áreas cobertas e com relevo para áreas descobertas. São resistentes ao desgaste e à abrasão. Suas dimensões são comumente de 20x20cm ou 15x15cm e com espessura de 2cm. Tópico 10: Revestimentos PISOS Granilite, Quartzite ou Marmorite: Trata-se de piso rígido e geralmente polido, com juntas de dilatação, moldado in loco, à base de cimento com agregado de mármore triturado e areia. Não existem cores padrão, elas variam de acordo com a granilha e o corante que são colocados na sua composição. As cores básicas são palha, preta, cinza (quando não é utilizado o cimento branco) e branca. A textura do piso de granilite, além de polida, poderá ser simplesmente lisa ou mesmo sem polir e/ou ainda antiderrapante. O granilite tem elevada resistência à abrasão, é impermeável, não é absorvente e é imune à ação de óleos e maioria dos componentes orgânicos. A conservação é feita com água e sabão, seguida de cera. Tópico 10: Revestimentos AZULEJOS Azulejos são placas de louça cerâmica, de corpo poroso, vidradas em uma das faces, na qual recebe corante(s). A face posterior (tardoz) não é vidrada e apresenta saliências para aumentar a capacidade de aderência da argamassa de assentamento. • Espessura: 5,4mm; • São fabricados em grande variedade de cores, brilhantes e acetinadas, e em diversos padrões lisos e decorados; Os azulejos precisam ser escolhidos (classificados) na obra quanto às suas: • qualidade (defeitos na superfície ou cantos, diferença de tonalidade, etc.); • empeno; • dimensões (devendo para tanto ser providenciada, no canteiro de obras, a confecção de gabarito para aferição de bitola dos azulejos a serem aplicados). Tópico 10: Revestimentos AZULEJOS Tópico 10: Revestimentos AZULEJOS Os azulejos têm de satisfazer as seguintes condições: • estar conforme com as normas técnicas; • a codificação (número e/ou nome comercial do modelo) do material estar de acordo com a que foi solicitada; • os códigos de tonalidade indicados nas embalagens de fabricação ser idênticos para uso no mesmo ambiente; • estar em conformidade com as dimensões de fabricação indicadas nas embalagens; • estar conforme com a classe indicada nas embalagens. Tópico 10: Revestimentos PASTILHA As pastilhas são mosaicos que têm, normalmente, 2,55cm x 2,55cm e espessura variando entre 4 e 5mm. São vendidas coladas a folha de papel kraft, para facilitar a colocação. Esse papel deverá ser retirado posteriormente por lavagem com água levemente cáustica. Há pastilhas de porcelana, de faiança (louça de barro coberta por esmalte), vidradas bem como pastilhas de vidro. • Utilização básica: revestimentos internos e externos de paredes e pisos, mesmo curvos ou não regulares; Tópico 10: Revestimentos PASTILHAS DE VIDRO Devido à durabilidade do aspecto visual, as de vidro possuemum acabamento superior em relação às outras e não perdem o brilho nem desbotam. Sua absorção de umidade é inferior a 0,05%, sendo um revestimento altamente indicado para banheiros, cozinhas, varandas ou piscinas, e seu coeficiente de dilatação é quase nulo, o que permite que essas pastilhas sejam expostas à grande variações de temperatura. Tópico 10: Revestimentos PASTILHAS DE PORCELANA As de porcelana são extremamente duráveis, sendo uma opção recorrente na hora de escolher revestimento para fachadas expostas à ação do sol ou da maresia. Além disso, são recomendadas para locais que demandam uma higienização frequente devido à sua praticidade e facilidade de limpeza, mas costumam perder um pouco do vigor no aspecto visual com o passar do tempo. Tópico 10: Revestimentos PASTILHAS DE CERÂMICA As de cerâmica são ótimas opções para revestimento de piscinas, pois são muito resistentes à ação do cloro. Por serem peças delicadas, pequenas e de pouca espessura, é muito importante contratar mão-de-obra especializada para instalá- las, pois qualquer descuido pode resultar em um acabamento defeituoso. Tópico 10: Revestimentos LAMINADO DECORATIVO DE ALTA PRESSÃO (LDAP) – FÓRMICA O Laminado Decorativo de Alta Pressão – LDAP é uma chapa para revestimento de substratos rígidos, composta de camadas de material fibroso, celulósico (papel, por exemplo), impregnadas com resinas termoestáveis, amínicas (melamínicas) e fenólicas, montadas, prensadas sob condições de calor e alta pressão, em que as camadas de superfície, em um ou ambos os lados, são decorativas. Observadas as condições adequadas de aplicação, o LDAP possui: • resistência ao desgaste; • Resistência a manchas e a produtos químicos domésticos não abrasivos; • Resistência a altas temperaturas; • Resistência a água fervente; • Resistência a impactos; • Estabilidade de cores (resistência à luz de xenônio); • Estabilidade dimensional (uniformidade das medidas); • Fácil lavabilidade. Tópico 10: Revestimentos FORRO Os tipos de forro arquitetônico mais comumente usados, quanto à características de sua fixação, são três: • Forros colados – são uma forma de proteção ou revestimentos das faces internas dos planos de cobertura. Sua finalidade pode estar ligada a exigências de conforto ambiental (isolamento térmico ou absorção acústica) ou a intenções puramente estéticas. Estes forros podem ser realmente colados por meio de adesivos especialmente desenvolvidos (sobretudo quando se trata de lajes de concreto) quanto podem ser pregados ou parafusados à estrutura principal (o que é comum nas coberturas de telhado). Tópico 10: Revestimentos FORRO • Forros tarugados em madeira, PVC, gesso e estuque: exigem a execução de uma grelha portante em madeira ou aço, fixada às paredes ou à estrutura do edifício. Além de sustentação, essa grelha serve para limitar os vãos, a serem recobertos, às dimensões compatíveis em cada material empregado no recobrimento. As réguas de madeira são pregadas ao madeiramento, enquanto as de PVC podem ser rebitadas (em tarugamento metálico( ou pregadas (em tarugamento de madeira). Tópico 10: Revestimentos FORRO • Forros suspensos: A principal característica que distingue dos outros forros é o seu sistema de fixação baseado em uma estrutura portante flexível e polivalente: tirantes metálicos reguláveis fixados à cobertura do ambiente, suspendendo uma grelha de perfis metálicos em que são presos os painéis de fechamento. Tópico 10: Revestimentos FORRO O material constitutivo dos painéis permite uma outra tipologia dos forros, assim resumida: • Gesso: em placas lisas, perfuradas ou estriadas, com porta-painéis aparentes ou oclusos; • Fibras vegetais: em placas prensadas de fibras de pinus ou eucalipto, pré pintadas, lisas ou decoradas, perfuradas ou não, com porta-painéis aparentes ou oclusos; • Fibras minerais: em placas prensadas de lã de vidro ou aglomerado de vermiculita expandida, com os mesmos acabamentos do tipo anterior; • Resinas sintéticas: principalmente o PVC e o acrílico, apresentadas em réguas ou placas opacas ou translúcidas, estas últimas resultando nos chamados forros luminoso, quando associadas à retroiluminação; • Madeira: em placas, réguas ou colmeias, ficam entre a industrialização e o artesanato; • Metal: principalmente alumínio e aço, apresentam-se nas mais variadas configurações e acabamentos.